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artigo a escola e os tipos de inclusão

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A ESCOLA E OS TIPOS DE INCLUSÃO
BAIXA VISÃO
LUCIANE DA APARECIDA ROCHA, RU 1273312
ROSENILDA APARECIDA PAES FERREIRA, RU 1288664
SANDRA LYSIANE LY LUZ, RU 1078029
POLO FAZENDA RIO GRANDE
UNINTER
Resumo
A Inclusão escolar traz novos padrões para as escolas de ensino regular, está buscando questões relacionadas à politica nacional de inclusão escolar, especialmente para os alunos de baixa visão. É preciso acolher o aluno deficiente e não apenas incluí-lo na aprendizagem, é preciso oferecer-lhe condições de aprendizagem de qualidade para que assim possa contribuir positivamente o desenvolvimento de suas potencialidades e suas capacidades. Com base na Lei de Diretrizes e Bases nº 4024, de 1961, na qual, pela primeira vez, a Educação Especial é tratada legalmente e a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394, de 1996, que instituiu a modalidade Educação Especial oferecida preferencialmente na rede do ensino regular e reconheceu o direito à diferença, ao pluralismo e à tolerância. O presente artigo tem o objetivo discutir o tema inclusão, bem como mostrar seu contexto histórico, a legislação que protegem esses indivíduos, e qual a formação do professor está recebendo para preparar estes alunos, à inclusão é algo que vem acontecendo, porém levará um tempo para que seja concretizado. 
Palavras-chave: Inclusão. Aprendizagem. Ensino regular. 
	O presente artigo tem como objetivo discutir se a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394, de 1994, Art. 58. :
“Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais” (Lei de Diretrizes e Bases nº 9394. Art. 58. de 1994).
	A importância de abordarmos e discutir este tema se justifica pelo fato de que, para os deficientes, ainda hoje a inclusão não é uma realidade em todas as escolas, sejam elas públicas ou privadas. Sabemos que faltam infraestrutura e formação capacitada para professores na área de educação especial. 
	Buscando um resgate na história, veremos que é bem recente a inclusão na sociedade. E ainda percebemos que a inclusão no mundo é recente, pois o preconceito fez com que o processo de inclusão demorasse tanto tempo para ocorrer. Mas o preconceito para com os deficientes surgiu em nossa sociedade há muito tempo, desde a existência humana. Existem registros que os deficientes eram maltratados e considerados inválidos ou incapazes. Vejamos um exemplo: “Nós matamos os cães danados, os touros ferozes e indomáveis, degolamos as ovelhas doentes com medo que infectem o rebanho, asfixiamos os recém-nascidos mal constituídos; mesmo as crianças, se forem débeis ou anormais, nós a afogamos: não se trata de ódio, mas da razão que nos convida a separar das partes sãs aquelas que podem corrompê-las.” (Sêneca, Sobre a Ira, I, XV) [2]. 
Já a falta de capacitação para os professores é evidenciada por Bueno (1999, p. 21), como um dos entraves para a efetivação da educação inclusiva nas escolas:
Por um lado,  os professores do ensino regular não possuem preparo mínimo para trabalharem com crianças que apresentem deficiências evidentes e, por outro, grande parte dos professores do ensino especial tem muito pouco a contribuir com o trabalho pedagógico desenvolvido no ensino regular, na medida em que têm calcado e construído sua competência nas dificuldades específicas do alunado que atende, porque o que tem caracterizado a atuação de professores de surdos, de cegos, de deficientes mentais, com raras e honrosas exceções, é a  centralização quase que absoluta de suas atividades na minimização dos efeitos específicos das mais variadas deficiências. (Bueno, 1999, p. 21)
	Igualdade é uma coisa que muitos falam mais será que realmente existe esse tipo de sentimento, quando pensam em igualdade será que querem ser iguais ou diferentes. Essa questão trás dois tipos de situação esse assunto é ainda hoje muito polemico, tema para varias discussões e debates. Com base nos dados pesquisados, foi realizada uma visita em um Colégio Estadual do ensino regular publico, no município de Fazenda Rio Grande, onde tem um aluno com deficiência visual, o aluno tem 17 anos de idade, mora com a mãe e tem mais uma irmã com a mesma deficiência. 
	De “acordo com o relato da mãe do aluno” ele sofreu muitos preconceitos, até mesmo dentro da escola, quando estava nos primeiros anos do ensino fundamental, pois para ela as escolas não estavam preparadas para receber alunos deficientes, com base no relato, podemos observar que existem ainda algumas escolas que não tem preparo algum para receber alunos deficientes, o aluno tem baixa visão, têm somente 10% da sua visão ele utiliza em seu dia a dia lupa, bengala, régua com lupa. No colégio a proposta pedagógica para incluí-lo já esta sendo aplicada, onde os professores e demais docentes não o diferenciam dos demais, a prova e os demais conteúdos é ampliado em fonte Arial e tamanho 28, geralmente ele senta na cadeira da primeira fila e centralizado, porque a iluminação da sala às vezes atrapalha.
	Para um ensino de qualidade para alunos de baixa visão, visamos proporcionar ambientes claros e amplos, com infraestrutura adequada para esta deficiência, assim, o aluno poderá ter uma aprendizagem de qualidade. Tendo ainda, a intenção de desenvolver uma proposta de intervenção pedagógica na escola, uma vez que há a necessidade de uma compreensão mais digna do que seja a Inclusão no Ensino Regular. Neste texto, referimo-nos sobre a inclusão do aluno com baixa visão no ensino regular, a partir de um serviço educacional, garantido por lei e que possibilite a esse aluno uma educação digna e de qualidade. Procuramos compreender que por meio de um atendimento especializado e inclusivo, o aluno terá acesso ao universo escolar, bem como, será propiciado práticas pedagógicas humanizadas para sua inserção também no universo social.
	 Assim podemos esperar que na escola, por ser um espaço de amplo convívio, seja possível que o aluno crie laços afetivos em relação de respeito, identidade e dignidade. O respeito e a valorização da diversidade entre os alunos exigem que a escola defina sua responsabilidade no estabelecimento de relações que possibilitem a criação de espaços inclusivos. A escola, ao estabelecer a inclusão escolar entre seus objetivos, deflagra um processo inclusivo que se propõe ser gradual e dinâmico, que toma formas distintas de acordo com as necessidades e habilidades dos alunos.
Lembrando que esse texto é apenas um artigo do trabalho a ser desenvolvido no cotidiano escolar, podemos pensar que para que a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais aconteça, vários fatores são necessários e um deles é a preparação dos professores e mudanças conceituais e pedagógicas. Alguns autores como Vitaliano (2002); Rodrigues (2004); Costas (2005) afirmam que há o urgente compromisso das Universidades em criar programas de formação continuada, preparação para os professores e profissionais da educação.
Estas colocações são alguns dos fatores para que haja sintonia com a inclusão de alunos com deficiência, que é a função da escola e do processo pedagógico escolar. Afirma-se, contudo, que somente a mudança pedagógica na escola não garante a inclusão efetiva dos alunos com deficientes, entretanto, se a escola consegue ter o compromisso com a formação do aluno, a formação humana, então é seu papel também garantir uma educação e conhecimento social, proporcionando aos alunos condições para que a inclusão realmente aconteça. Ainda, a própria sociedade através das políticas públicas de inclusão deve garantir uma vida escolar digna e emancipada dos alunos com necessidades educacionais especiais.
		
Referências
ALVES, Fátima. Inclusão: muitos olhares, vários caminhos e um grande desafio. Rio de Janeiro. Wak Editora, 2012.
BRASIL. Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 dez. 1996.Disponível em. Acesso em: 22 ago. 2014.
CARVALHO, Rosita Édler. Educação Inclusiva: Com os Pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 2004.

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