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16/09/2013 1 1 HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM Prof. Filipe Lima Dornelas PRECIPITAÇÃO ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM CAPÍTULO 3 3 PRECIPITAÇÃO ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM DEFINIÇÃO “ Água proveniente da condensação do vapor d’água da atmosfera, depositada na superfície terrestre sob a forma de chuva, granizo, neve, geada ou orvalho” � IMPORTÂNCIA: Representa o elo entre os fenômenos hidrológicos e os de escoamento superficial, que mais interessam ao engenheiro. 16/09/2013 2 4 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM FORMAS DE PRECIPITAÇÃO � CHUVISCO: Precipitação muito fina e de baixa intensidade; � CHUVA: É a ocorrência de precipitação na forma líquida; � NEVE: É a precipitação em forma de cristais de gelo que durante a queda coalescm formando blocos de dimensões variáveis; � SARAIVA: É a precipitação sib a form de pequenas pedras de gelo arredondadas, com diâmetro de cerca de 5 mm; � GRANIZO: Quando as pedras, arredondadas oude forma irregular, atingem grande diâmetro (d ≥ 5,0 mm); � ORVALHO: Condensação do vapor de água do ar de objetos que se resfriam durante a noite. O resfriamento noturno geralmente baixa a temperatura até o ponto de orvalho. � GEADA: Deposição de cristais de gelo. Fenônmeno semelhante ao da formação do orvalho, mas que ocorre quando a temperatura é ≤ 0 ºC. PRECIPITAÇÃO 5 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM FORMAÇÃO DAS PRECIPITAÇÃO � Umidade atmosférica; � Mecanismo de resfriamento do ar; � Presença de núcleos higroscópicos; e � Mecanismo de crescimento das gotas (coalescência). PRECIPITAÇÃO 6 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM FORMAÇÃO DAS PRECIPITAÇÃO � As gotas de chuva têm dimensões muito maiores do que as gotículas das nuvens (volume 106 maiores) – Mecanismo de crescimento das gotas; � Para que ocorra o resfriamento do ar, há a necessidade da sua ascensão que pode ser devida aos seguintes fatores: � Gotas de chuva: diâmetros de 0,5 a 2,0 mm (densidade espacial de 0,1 a 1 gota por dm³), com valor máximo de 5,0 a 5,5 mm; • Relevo; • Convecção térmica; • Ação frontal de massas de ar. PRECIPITAÇÃO 16/09/2013 3 7 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM TIPOS DE PRECIPITAÇÃO Chuvas Orográficas PRECIPITAÇÃO 8 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM TIPOS DE PRECIPITAÇÃO Chuvas Orográficas PRECIPITAÇÃO 9 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM TIPOS DE PRECIPITAÇÃO Chuvas Convectivas PRECIPITAÇÃO • Provocadas pelo aquecimento desigual da superfície terrestre; • Grande intensidade e curta duração; • Cobrem pequenas áreas (chuvas típicas de regões tropicais); • Mais problemática em bacias com formas arredondadas. 16/09/2013 4 10 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM TIPOS DE PRECIPITAÇÃO Chuvas Convectivas PRECIPITAÇÃO 11 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM TIPOS DE PRECIPITAÇÃO Chuvas Convectivas PRECIPITAÇÃO 12 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM TIPOS DE PRECIPITAÇÃO Chuvas Frontais PRECIPITAÇÃO • Formadas devido ao encontro de duas massas de ar com características diferentes; • Ascensão do ar quente sobre o ar frio em uma zona de contato entre duas massas de características distintas; • Pequena intensidade e longa duração; • Cobrem grandes áreas. 16/09/2013 5 13 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM TIPOS DE PRECIPITAÇÃO Chuvas Frontais PRECIPITAÇÃO 0 160 km 320 km 480 km FRENTE QUENTE (b) Ar frio Ar quente Ar quente Ar frio 320 km 160 km 0 FRENTE FRIA (a) Superfície Frontal Superfície Frontal 14 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM TIPOS DE PRECIPITAÇÃO PRECIPITAÇÃO Imagem do satélite Meteosat de 03/01/1997 (seqüência de frentes estacionárias entre o fim de 1996 e o início de 1997, com formação de enchentes nos rios São Francisco e Doce) Chuvas Frontais 15 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM FATORES QUE INFLUEM NA DISTRIBUIÇÃO DAS PRECIPITAÇÕES PRECIPITAÇÃO � Latitude � Distância do mar ou outras fontes de umidade � Altitude � Orientação das encostas � Vegetação 16/09/2013 6 16 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM PLUVIOMETRIA PRECIPITAÇÃO Aquisição de dados de precipitação • A aquisição de dados de chuva de boa qualidade é bastante difícil, apesar da medição e dos aparelhos serem simples; • É muito raro encontrar uma série de dados pluviométricos ou pluviográficos confiável; • Basicamente existem duas maneiras de medir a chuva: 1. Pontualmente, com pluviômetro ou pluviógrafos; e 2. Espacialmente, com radares. 17 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM PLUVIOMETRIA PRECIPITAÇÃO � Pluviômetro – Total precipitado Recipiente metálico de volume capaz de conter as maiores precipitações possíveis em um intervalo de 24 horas: Altura pluviométrica A - superfície de captação/cm²; V - volume recolhido no recipiente/cm³; P - altura diária da chuva em mm. 18 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM PLUVIOMETRIA PRECIPITAÇÃO Limitação: não registra a variação da precipitação ao longo dia. � Pluviômetro 16/09/2013 7 19 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM PLUVIOMETRIA PRECIPITAÇÃO • A área de coleta não é padronizada. Encontram-se áreas de 100, 200, 314, 400 ou 1000 cm²; • Existem provetas calibradas diretamente em milímetros para medir o volume de água coletado no pluviômetro. • Graduação: 0,2 mm; Precisão: 0,1 mm; • Norma internacional: o acúmulo das precipitações em 24 horas, observadas antes do meio-dia, é atribuído ao dia anterior. � Pluviômetro 20 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM PLUVIOMETRIA PRECIPITAÇÃO � Pluviômetro 21 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM PLUVIOMETRIA PRECIPITAÇÃO � Pluviômetro 16/09/2013 8 22 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM PLUVIOMETRIA PRECIPITAÇÃO � Pluviógrafo – Intesidade, Duração e Frequência Mesmo princípio do pluviômetro, mas com registro gráfico das variação da precipitação ao longo do dia. Tipos: de peso, de báscula e de flutuador. massa de mínima haste da pena suporte da haste da pena mesa massa de máxima limitador de balança estribo do suporte da haste da pena 23 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM PLUVIOMETRIA PRECIPITAÇÃO � Pluviógrafo de Báscula � Consiste em uma caçamba dividida em dois compartimentos, arranjados de tal maneira que, quando um deles se enche, a caçamba bascula, esvaziando-o e deixando outro em posição de enchimento. �A caçamba é conectada eletricamente a um registrador, sendo que uma basculada equivale a 0,25 mm de chuva. 24 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM PLUVIOMETRIA PRECIPITAÇÃO � Pluviógrafo de Peso � O receptor repousa sobre uma escala de pesagem que aciona a pena e esta traça um gráfico de precipitação sob a forma de um diagrama (altura de precipitação acumulada x tempo). 16/09/2013 9 25 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM PLUVIOMETRIA PRECIPITAÇÃO � Pluviógrafo de Flutuador � Muito semelhante ao pluviógrafo de peso. � Nele a pena é acionada por um flutuador situado na superfície da água contida no receptor. � O gráfico de precipitação é semelhante ao do pluviógrafo descrito anteriormente. 26 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIAE SISTEMAS DE DRENAGEM PLUVIOMETRIA PRECIPITAÇÃO � Pluviógrafo - Pluviograma Gráficos nos quais a abscissa corresponde às horas do dia e a ordenada corresponde à altura de precipitação acumulada até aquele instante. 27 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM PLUVIOMETRIA PRECIPITAÇÃO � Pluviógrafo - Ietograma Gráficos de barras, nos quais a abscissa representa a escala de tempo e a ordenada a altura de precipitação. Duração (horas) A lt u ra ( m m ) A altura de precipitação corresponde a cada barra é a precipitação total que ocorreu durante aquele intervalo de tempo. 16/09/2013 10 28 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM PLUVIOMETRIA PRECIPITAÇÃO � Representação de dados pluviométricos 29 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM PLUVIOMETRIA PRECIPITAÇÃO � Representação de dados pluviométricos Pluviograma típico correspondente a uma dada chuva Altura pluviométrica e intensidade da chuva Chuva de duração de 60 min e total precipitado de 15,7 mm Total precipitado Fim da chuva 30 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM PLUVIOMETRIA PRECIPITAÇÃO � Redes pluviométricas Recomendação para instalação de pluviômetros e pluviógrafos Os locais onde são instalados os pluviógrafos e/ou pluviômetros são denominados postos pluviométricos 16/09/2013 11 31 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM PLUVIOMETRIA PRECIPITAÇÃO � Redes pluviométricas • Quantidades de postos pluviométricos – finalidade do estudo e homogeneidade da distribuição da precipitação; • Redes Básicas x Redes Regionais • Redes Básicas – constituída de pluviômetros e um restrito número de pluviógrafos em áreas de interesse, com coleta permanente de dados; • Brasil (1 posto a cada 500 ou 400km²), França (200km²), Inglaterra (50km²), EUA (310km²); • Redes Regionais – variam conforme sua finalidade (estudos específicos), a extensão da área coberta, características da bacia hidrográfica, etc. 32 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM PLUVIOMETRIA PRECIPITAÇÃO � Radares Meteorológicos Princípio: Radar (Radio Detection And Ranging) transmite microondas em um feixe concentrado. Parte dessa energia eletromagnética (v=300.000 km/s) reflete em objetos (gotas de chuva) e retorna à antena do radar. � A refletividade do eco é uma medida da intensidade da precipitação. � A distância até a área de precipitação pode ser medida pelo tempo entre a emissão e a reflexão. � Os movimentos verticais (↑↓) e azimutais (O) do radar permitem quantificar a variação tri-dimensional da intensidade da chuva em cada instante, dentro de um raio de até 180 km. 33 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM PLUVIOMETRIA PRECIPITAÇÃO � Radares Meteorológicos 16/09/2013 12 34 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PRECIPITAÇÃO � Preparo preliminar dos dados relativos a uma precipitação • Eliminação e correção de erros grosseiros ou sistemáticos; 1. Preenchimento errado do valor na caderneta de campo; 2. Soma errada do número de provetas, quando a precipitação é alta; 3. Valor estimado pelo observador, por não se encontrar no local no dia da amostragem; 4. Crescimento de vegetação ou outra obstrução próxima ao posto de observação; 5. Danificação, problemas mecânicos, etc. Causas mais comuns de erros grosseiros nas observações: 35 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PRECIPITAÇÃO � Preenchimento de Falhas • Falhas: 1. Ausência do observador; 2. Defeitos no aparelho; Observador em posto pluviométrico • Séries contínuas; • Não se deve realizar o preenchimento de valores diários. 36 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PRECIPITAÇÃO • Selecionar pelo menos 3 postos (localizados numa região climatológica semelhante ao posto a ser preenchido) que possuam no mínimo 10 anos de dados. Método da ponderação regional � Preenchimento de Falhas 16/09/2013 13 37 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PRECIPITAÇÃO Método da ponderação regional � Pelo menos três estações climatologicamente homogêneas � Médias normais devem ter > 10 anos de período base � Não ser utilizada para preenchimento de dados diários N = Precipitação normal anual, média normal P = Altura pluviométrica Px = Posto com falha a ser preenchida A, B, C = Dados das estações próximas � Preenchimento de Falhas 38 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PRECIPITAÇÃO Uma estação pluviométrica X ficou inoperante durante um mês no qual uma tempestade ocorreu. As medições da tempestade em três estações vizinhas A, B, C foram, respectivamente, 87 mm, 63 mm e 71 mm. As precipitações médias normais anuais nas estações X, A, B e C são respectivamente 794 mm, 1026 mm, 852 mm e 940 mm. Qual a precipitação na estação X? EXERCÍCIO 3.1 Método da ponderação regional � Preenchimento de Falhas 39 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PRECIPITAÇÃO EXERCÍCIO 3.2 Uma estação pluviométrica µ ficou inoperante durante um mês por problemas técnicos nos aparelhos. As medições pluviométricas em quatro estações vizinhas A, B, C e D foram, respectivamente, 85 mm, 90 mm, 79 mm e 81 mm. As precipitações médias normais anuais nas estações µ, A, B, C e D são respectivamente 1523 mm, 1499 mm, 1100 mm,1290 mm e 1318 mm. Qual a precipitação µ na estação? Método da ponderação regional � Preenchimento de Falhas 16/09/2013 14 40 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PRECIPITAÇÃO • Anormalidades decorrentes de mudança do local ou das condições de operação do aparelho, de erros sistemáticos, de mudanças climáticas ou de modificação no método de observação; • Análise adotada apenas para séries mensais ou anuais; • Escolhe-se vários postos de uma região homogênea sob o ponto de vista meteorológico; • Acumula-se os totais anuais de cada posto; • Calcula-se a média aritmética dos totais precipitados em cada ano em todos os postos contra os totais acumulados de cada um deles. Curva de Duplas Massas ou Curva Dupla Acumulativa � Homogeneidade dos dados 41 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PRECIPITAÇÃO Comparação gráfica entre os valores acumulados das precipitações mensais (ou anuais) observadas na estação em cheque e os valores acumulados das precipitações mensais (ou anuais) regionais, essas tomadas como médias aritméticas de várias estações vizinhas. � Homogeneidade dos dados Curva de Duplas Massas ou Curva Dupla Acumulativa Desenvolvido pelo U. S. Geological Survey PA = observações a serem ajustadas à condição atual PI = dados observados a serem corrigidos (média das estações) tan α = coef. Angular da reta no período mais recentetan β = coef angular da reta no período em que se deseja corrigir 42 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PRECIPITAÇÃO � Homogeneidade dos dados DADOS UTILIZADOS PARA A CONFECÇÃO DE CURVA DUPLA ACUMULATIVA ANO Estação Y (mm) Média 25 est. (mm) Est. Y acum. (mm) Média 25 est. acum. (mm) Est. Y corrigida (mm) Est. Y corrigida acum. (mm) 1956 190 260 190 260 190 190 1955 180 230 370 490 180 370 1954 310 390 680 880 310 680 1953 300 300 980 1180 300 980 1952 210 280 1190 1460 210 1190 1951 280 350 1470 1810 280 1470 1950 180 240 1650 2050180 1650 1949 310 370 1960 2420 310 1960 1948 230 230 2190 2650 230 2190 1947 210 290 2400 2940 210 2400 1946 230 280 2630 3220 230 2630 1945 200 250 2830 3470 200 2830 1944 280 260 3110 3730 280 3110 1943 300 340 3410 4070 300 3410 1942 210 230 3620 4300 210 3620 1941 260 230 3880 4530 260 3880 1940 250 230 4130 4760 250 4130 1939 280 320 4410 5080 301 4431 1938 420 360 4830 5440 388 4819 1937 380 230 5210 5670 301 5121 1936 480 330 5690 6000 401 5522 1935 420 240 6110 6240 325 5847 1934 440 250 6550 6490 340 6187 1933 490 280 7040 6770 380 6567 1932 680 370 7720 7140 517 7084 1931 520 280 8240 7420 394 7478 1930 470 270 8710 7690 365 7843 1929 530 270 9240 7960 393 8236 1928 630 310 9870 8270 462 8698 1927 590 350 10460 8620 464 9162 1926 510 230 10970 8850 363 9524 1925 520 310 11490 9160 410 9934 1924 530 280 12020 9440 399 10333 1923 500 310 12520 9750 400 10733 1922 490 280 13010 10030 380 11112 1921 620 350 13630 10380 478 11590 16/09/2013 15 43 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PRECIPITAÇÃO Representações gráficas do método de Dupla - Massa � Homogeneidade dos dados 44 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PRECIPITAÇÃO PRECIPITAÇÃO MÉDIA DE UMA BACIA � Método Aritmético • Método mais simples; • Média aritmética das alturas de chuvas medidas nos diversos postos pluviométricos da região; • Aplicável na seguinte situação: • Limitações: • Distribuição uniforme dos pluviômetros; • Área plana ou de relevo muito suave. 45 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PRECIPITAÇÃO PRECIPITAÇÃO MÉDIA DE UMA BACIA � Método Aritmético 16/09/2013 16 46 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PRECIPITAÇÃO PRECIPITAÇÃO MÉDIA DE UMA BACIA � Método do Polígono de Thiessen • Consiste em atribuir um fator de ponderação aos totais de precipitados em cada aparelho, proporcional à sua área de influência. • Mais preciso que o método aritmético; • Pode ser utilizado para uma distribuição desuniforme dos aparelhos; • Não leva em conta as influências orográficas (relevo). 47 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PRECIPITAÇÃO PRECIPITAÇÃO MÉDIA DE UMA BACIA � Método do Polígono de Thiessen 48 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PRECIPITAÇÃO PRECIPITAÇÃO MÉDIA DE UMA BACIA - Método do Polígono de Thiessen 1 Traço de linhas unindo postos pluviométricos de uma bacia hidrográfica 2 Determinação do ponto médio e traçando linha perpendicular 3 4 Definição da região de influência de cada posto 16/09/2013 17 49 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PRECIPITAÇÃO PRECIPITAÇÃO MÉDIA DE UMA BACIA � Método das isoietas • Método mais preciso para avaliar a precipitação média em uma bacia; • Em vez de pontos isolados de precipitação, determinados pelos pluviômetros, utilizamos curvas de igual precipitação (isoietas). 50 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PRECIPITAÇÃO PRECIPITAÇÃO MÉDIA DE UMA BACIA • A precisão do método depende altamente da habilidade do analista no traçado das iso-linhas (isoietas); • Procedimento para traçado das isoietas: a) Localizar os postos no mapa da região de interesse e escrever o total precipitado para o período escolhido ao lado de cada posto; b) Esboçar as linhas de igual precipitação, escolhendo números inteiros; c) Ajustar estas linhas por interpolação entre os postos; e d) Utilizar um mapa de relevo e superpor com o mapa de isoietas, fazendo um ajuste destas linhas com o relevo. � Método das isoietas 51 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PRECIPITAÇÃO PRECIPITAÇÃO MÉDIA DE UMA BACIA Traço de linhas unindo postos pluviométricos de uma bacia hidrográfica 1 2 Dividir as linhas escrevendo os valores da precipitação interpolados 3 Traçado das isolinhas Determinação da precipitação média utilizando o método das isoietas 4 16/09/2013 18 52 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PRECIPITAÇÃO PRECIPITAÇÃO MÉDIA DE UMA BACIA � Método das isoietas 53 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PRECIPITAÇÃO EXERCÍCIO 3.3 Uma estação pluviométrica X ficou inoperante durante um mês por problemas técnicos nos aparelhos. As medições pluviométricas em quatro estações vizinhas A, B, C e D foram, respectivamente, 85 mm, 90 mm, 79 mm e 81 mm. As precipitações médias normais anuais nas estações X, A, B, C e D são respectivamente 1523 mm, 1499 mm, 1100 mm,1290 mm e 1318 mm. Sabe-se que a área de influência das estações X, A, B, C e D são respectivamente 12 Km², 10,9 Km², 9,2 Km², 7,6 km² e 8,3 Km². a) Qual a precipitação X na estação? b) Qual a precipitação média do mês em questão na bacia, usando-se o Método do Polígono de Thiessen? 54 ENGENHARIA CIVIL – HIDROLOGIA E SISTEMAS DE DRENAGEM ANÁLISE DE DADOS PLUVIOMÉTRICOS PRECIPITAÇÃO EXERCÍCIO 3.4 Uma estação pluviométrica µ ficou inoperante durante um mês por problemas técnicos nos aparelhos. As medições pluviométricas em três estações vizinhas A, B e C foram, respectivamente, 105 mm, 110 mm e 99 mm. As precipitações médias normais anuais nas estações µ, A, B e C são respectivamente 1323 mm, 1299 mm, 900 mm e 1090 mm. Sabe-se que a área de influência entre as isoietas encontradas para a bacia são respectivamente: >110 =112 Km²; 80-110= 110 Km²; 50-80= 90 Km²; 20-50= 7,6 km² ; e <20=83 Km². a) Qual a precipitação µ na estação? b) Qual a precipitação média do mês em questão na bacia, usando-se o Método das Isoietas?