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Geração de Deflúvio em Microbacias

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Universidade Federal de Campina Grande
Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal 
Centro de Saúde e Tecnologia Rural
Disciplina: Manejo de Bacias Hidrográficas
GERAÇÃO DE DEFLÚVIO EM MICROBACIAS FLORESTAIS
Novembro, 2019
Patos, PB
Discente: Natielly Medeiros
Introdução
Componentes do deflúvio
Fatores que afetam 
Geração do escoamento direto em microbacias 
Medição do deflúvio 
 
ROTEIRO
INTRODUÇÃO
Volume total de água que passa, em determinado período, pela secção transversal de um curso d’água, expresso em mm de altura de água sobre a bacia correspondente (DNAEE, 1970)
Os projetos são executados pelos próprios produtores, em suas terras, utilizando mão de obra própria. (IEF, 2007);
O fomento também destaca-se por ganhos ambientais e contribui para mitigar impactos de concentração de terra;
É realizado com agricultores que tenham propriedades regularizadas conforme as normas do código florestal e legislações estaduais. 
INTRODUÇÃO
As empresas fomentadoras possuem condições financeiras para investir em sistemas mecanizados;
Possuem capacidade de monitorar suas atividades, para o aprimoramento do sistema produtivo e conseguirem manter se viáveis no mercado competitivo. 
INTRODUÇÃO
As empresas subsidiam os produtores, oferecendo apoio na estruturação do plantio e a transferência de tecnologia e conhecimento, de modo que, o fomento funcione e seja vantajoso para ambas as partes.
INTRODUÇÃO
TIPOS DE FOMENTO 
FOMENTO FLORESTAL PÚBLICO
A iniciativa pública, em nível estadual ou federal efetivo de programas de reflorestamento para pequenos e médios produtores rurais;
Vantagens econômicas para o produtor: mercado garantido, incentivos de recursos (mudas, adubo, formicida e assistência técnica, entre outras). 
TIPOS DE FOMENTO 
FOMENTO FLORESTAL PRIVADO
É o fomento promovido pelas empresas apresenta inúmeras modalidades ou variações de contratos;
Prazo de vigência do contrato, adiantamento financeiro, forma de ressarcimento,  os preços previstos e as multas pelo não cumprimento do contrato, dentre outros aspectos.
TIPOS DE FOMENTO 
FOMENTO FLORESTAL PELA PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA
Fomento envolvendo convênio entre o poder público e a iniciativa privada;
Basicamente estes programas são sustentados pelas garantias de venda da madeira produzida por parte do produtor, bem como o suprimento complementar do volume demandado pela empresa.
TIPOS DE CONTRATO 
CONTRATO DE FOMENTO COMERCIAL
Caracteriza-se pelo fornecimento dos insumos e mão-de-obra por parte da empresa fomentadora;
 O monitoramento do plantio é realizado pela empresa fomentadora até o fim do segundo ano da floresta;
Os custos são calculados em volume de madeira e descontados da indústria fomentadora.
TIPOS DE CONTRATO 
CONTRATO DE FOMENTO CONVENCIONAL
A empresa fomentadora fornece os insumos necessários para o plantio (adubos, formicidas e mudas clonais);
A contratação da mão-de-obra fica a cargo do fomentado;
A empresa antecipa ao produtor uma quantia monetária referente à área a ser plantada para custear o plantio. 
LEGISLAÇÃO 
INSTRUMENTOS LEGAIS E POLÍTICOS APLICADOS A PROGRAMAS DE FOMENTO FLORESTAL 
Existem vários documentos legais que, de forma direta ou indireta, influenciam na estruturação de programas de fomento florestal no Brasil;
O poder público federal estabelece as diretrizes gerais da política florestal, cabendo aos Estados e municípios desenvolverem suas próprias políticas. 
 
LEGISLAÇÃO 
PROGRAMA NACIONAL DE FLORESTAS 
O Decreto Federal nº 3.420/2000, instrumento criado com o propósito de incluir todos os entes da administração pública e a sociedade em prol do desenvolvimento sustentável;
Um dos principais objetivos deste Decreto é promover a sustentabilidade florestal, garantindo a participação do pequeno produtor rural no mercado madeireiro.
 
LEGISLAÇÃO 
PLANO DE SUPRIMENTO SUSTENTÁVEL
O Plano de Suprimento Sustentável (PSS) é um dispositivo legal em nível Federal, que está presente no Art. 34 do Código Florestal Brasileiro;
O objetivo do PSS é assegurar o suprimento de matéria-prima, que atenda a quantidade consumida pela atividade industrial.
 
LEGISLAÇÃO 
PLANO DE SUPRIMENTO SUSTENTÁVEL
O Art. 34 da Lei Federal, diz que empreendimentos que consumam grande quantidade de madeira devem comprovar a garantia de suprimento das suas demandas; 
As empresas que utilizam grande quantidade de matéria-prima são obrigadas a elaborar e implementar o PSS.
LEGISLAÇÃO 
PLANO DE SUPRIMENTO SUSTENTÁVEL
§ 2º O PSS incluirá, no mínimo: 
I - programação de suprimento de matéria-prima florestal; 
II - indicação das áreas de origem da matéria-prima florestal georreferenciadas; 
III - cópia do contrato entre os particulares envolvidos, quando o PSS incluir suprimento de matéria-prima florestal oriunda de terras pertencentes a terceiros. 
LEGISLAÇÃO 
PLANO DE SUPRIMENTO SUSTENTÁVEL
Recentemente, Minas Gerais também promulgou o seu próprio Código Florestal, Lei nº 20.922 de 16/10/2013;
 Art. 82, no estado de Minas Gerais, utilize ou consuma volume anual igual ou superior a 8.000m³ de madeira, 12.000m estéreos de lenha ou 4.000m de carvão é obrigada a elaborar e implantar o PSS.
LEGISLAÇÃO 
PLANO DE SUPRIMENTO SUSTENTÁVEL
§ 1º Devem constar do PSS o cronograma de plantio, manutenção de florestas e a volumetria;
A comprovação do PSS pode ser via produção proveniente de plantios próprios e contratos com terceiros, incluindo o fomento florestal.
BENEFÍCIOS 
Para os produtores rurais, o fomento viabiliza o início de uma nova atividade econômica sem a necessidade de um desembolso de capital inicial;
Pelo lado das empresas o fomento constitui-se numa forma de integrar verticalmente sem realizar elevados investimentos na imobilização de terras e a custos menores.
BENEFÍCIOS 
As empresas fomentadoras possuem condições financeiras para investir em sistemas mecanizados, permitem eficiência operacional, tanto na redução de custos de produção, quanto nas condições de trabalho;
Já os pequenos e médios produtores rurais, dispõem de estruturas limitadas para conduzir o negócio e garantir a entrega da produção. 
BENEFÍCIOS 
EMPRESAS FLORESTAIS 
Livre da aquisição de terras
Garantia de suprimento de madeira
Risco compartilhado
Participação de todos no mercado
 Reduz a pressão sobre as plantações
BENEFÍCIOS 
PRODUTOR RURAL
Aumento da renda
Garantia de mercado
Ganhos tecnológicos
Assistência Técnica especializada
Oferta de trabalho
AMEAÇAS
Limitações operacionais e questões relacionadas ao atendimento das normas trabalhistas (JARDIM, 2015);
A produção em pequena escala e o baixo poder financeiro limitam os pequenos produtores rurais, no atendimento das determinações do principal instrumento legal que rege as condições de trabalho no meio rural; a NR 31.
AMEAÇAS
Outra limitação enfrentada por produtores fomentados é o excesso de burocracia para a regularização das atividades nas propriedades rurais;
A legislação cria obstáculos, e pela falta de uma política florestal bem definida, surge restrições que desestimulam o desenvolvimento da atividade florestal e contribui para o aumento dos custos de produção (KENGEN, 2002).
AMEAÇAS
EMPRESAS FLORESTAIS 
Custos jurídicos
Alto custo com o fomento
Risco de venda
Qualidade da madeira
Incerteza contratual
AMEAÇAS
PRODUTOR RURAL
Mercado concentrado
Pouca experiência
Longo prazo do empreendimento
Pouco lucro no 1° corte
Acidentes de trabalho
PROJETO DE FOMENTO
Descrição da área em estudo;
Conhecimento da realidade do fomento;
Discussão de questões levantadas nas pesquisas;
Encontro com os produtores;
Classificação dos produtores;
Processamento dos dados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A inserção de pequenas propriedades rurais nos programas de fomento florestal amplia e legitima a importância social do setor florestal;
A diversificação da renda é fator condicionante para a adesão dos produtores aos programas de fomento, ou para a renovação dos contratos;CONSIDERAÇÕES FINAIS
O fomento ocupando áreas anteriormente degradadas é muito importante na recuperação das mesmas aumentando a infiltração e reduzindo a erosão;
O recurso financeiro investido com o plantio das florestas tem as mais variadas funções, mas todas benéficas ao produtor e sua família.
REFERÊNCIAS
CORDEIRO, S. A; SILVA, M. L; JACOVINE, L. A. G; VALVERDE, S. R; SOARES, N. S. Contribuição do fomento do órgão florestal de Minas Gerais na lucratividade e na redução de riscos para produtores rurais. Revista Árvore, vol.34, Viçosa, 2010. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-67622010000200020. Acesso: 13 de set. 2019.
 
Instituto Estadual de Florestas – IEF/ MG. Fomento florestal. Disponível em: http://www.ief.mg.gov.br/fomentoflorestal. Acesso em: 13 de set. de 2019.
 
JARDIM, A. F. Análise de um programa privado de fomento florestal no estado de Minas Gerais. (DISSERTAÇÃO - Ciência Florestal), Universidade Federal de Viçosa. Minas Gerais, 2015. 
 
KENGEN, S. Instrumentos institucionais para o desenvolvimento dos proprietários de pequenas terras florestais. Estudo de caso de integração vertical: programa de fomento florestal da Aracruz Celulose S.A. BIRDES (ATN/NP-7444-RS). Relatório técnico. Guaíba, 2002.
 
OLIVEIRA, P. R. S. Diagnóstico e indicadores de sustentabilidade em fomento florestal no estado do Espírito do Santo. 2003. 127f. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, 2003. Disponível em: https://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/oliveira,prs-m.pdf. Acesso 13 de set 2019.
 
REFERÊNCIAS
PÁDUA, C. T. J. Análise sócio – econômica do programa de fomento florestal IEF/ASIFLOR em Minas Gerais. 2006. 135f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) – Universidade Federal de Lavras. Lavras, 2006. Disponível em: http://ciflorestas.com.br/arquivos/doc_analise_gerais_30667.pdf. Acesso: 13 de set. 2019.
 
SILVA, F. L. Estudo da relação de confiança em programa de fomento florestal de indústria de celulose na visão dos produtores rurais. 2007. 102f. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, 2007.
 
SILVA, F. L; GRIFFITH, J. J; JACOVINE, L. A. G; VALADARES, J. H; FERNANDES, M. A. S; SILVA, E. C. G. Estudo da relação de confiança em programa de fomento florestal de indústria de celulose na visão dos produtores rurais. Revista Árvore, Viçosa-MG, v.33, n.4, p.723-732, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rarv/v33n4/v33n4a15.pdf. Acesso: 13 de set. 2019.
 
SIQUEIRA, J. D. P; LISBOA, R. S.; FERREIRA, A. M.; SOUZA, M. F. R.; ARAÚJO, D.; JUNIOR, L. L.; SIQUEIRA, M. M. Estudo ambiental para os programas de fomento florestal da Aracruz Celulose S.A. e extensão florestal do governo do estado do Espírito Santo. Revista floresta, ed. Especial, 2004. 
SOARES, T. S; CARVALHO, R. M. 
 
REFERÊNCIAS
SOARES, T. S; CARVALHO, R. M. M. A; VALE, A. B. Avaliação econômica de um povoamento de Eucalyptus grandis destinado a multiprodutos. Revista Árvore, v.27, n.5, p.689-694, 2003. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-67622003000500011. Acesso: 13 de set. 2019.
 
SOUZA, U. R; GRIFFITH, J. J; LIMA, J. E; QUINTELA, M. C. A; COSTA, E. C. V. Determinantes dos novos contratos de fomento florestal na mesorregião do vale do rio doce, Minas Gerais. Revista Árvore, Viçosa-MG, v.33, n.2, p.377-386, 2009. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-67622009000200019. Acesso: 13 de set. 2019.
 
Obrigada!
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