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Diagnóstico Rápido Participativo Emancipador (DRPE): um método para a Gestão Social José Roberto Pereira Universidade Federal de Lavras Programa de Pós-Graduação em Administração Núcleo de Estudos em Administração Pública e Gestão Social Fundamentos do método DRPE Teoria crítica habermasiana; Educação dialógica de Paulo Freire; Reflexões críticas sobre as práticas metodológicas de agentes de extensão; Experiência pessoal com a pesquisa científica, com a extensão universitária e com as práticas metodológicas de campo em áreas de assentamentos rurais, em cooperativas e associações, ao longo de mais de duas décadas. Equipe Interdisciplinar: posicionamento ético Epistemológico: Orientado pelo princípio dialógico entre o conhecimento técnico-científico da equipe interdisciplinar e os saberes da experiência dos participantes, no sentido de construir um conhecimento prático esclarecido. Praxiológico: Orientado pelo princípio educativo do agir comunicativo entre equipe interdisciplinar e participantes para que estes identifiquem seus próprios problemas, suas causas e possíveis soluções; Axiológico: Orientado pelo princípio de alteridade dialogal entre os valores da equipe interdisciplinar e os valores culturais dos participantes. Objetivos do DRPE Identificar e analisar temas geradores dos participantes, motivando-os metodologicamente a problematizar sua própria realidade, com a finalidade de estabelecer suas prioridades, avaliando as ações que eles mesmos podem realizar e aquelas que caberiam às instituições locais, estaduais e federais; Levantar informações de natureza qualitativa e quantitativa como base para elaborar estratégias de ação para os próprios participantes, que podem se materializar em um planejamento participativo; Identificar limitações e potencialidades estruturais de organização dos participantes da ação. Contextos das Práticas Metodológicas do DRPE Em “Planos de Consolidação e Emancipação” de assentamentos rurais distribuídos em sete estados do Brasil, no Programa INCRA-BID (BR 0274), em 1997. Continuidade, em 1998, em áreas de assentamentos rurais com novas equipes interdisciplinares. Em assentamentos rurais, no âmbito da parceria entre a Universidade de Brasília por meio do Grupo de Trabalho da Reforma Agrária (GTRA), e a Universidade Federal de Viçosa, por meio da participação de estudantes de vários cursos de graduação e de mestrado. Em cooperativa e associações de bairro no âmbito de um projeto de extensão universitária. Em empreendimentos de economia solidária incubados pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da UFLA. Contribuições Transformativas das práticas do DRPE Formação democrática de setores da sociedade brasileira no âmbito das relações sociais e interinstitucionais. Transformações das práticas culturais autoritárias em práticas culturais participativas. Valorização e reconhecimento dos direitos humanos, civis, políticos, sociais e republicanos. Fortalecimento das organizações sociais comprometidas com os interesses públicos não estatais e com a construção do bem comum. PROCESSO METODOLÓGICO DAS ETAPAS DE INTERVENÇÃO PARTICIPATIVA PROCESSO METODOLÓGICO DO DRPE ORGANIZAÇÃO DO CONTEÚDO DO RELATÓRIO FINAL TÉCNICAS DO DRPE Apresentação e mobilização coletiva Mapeamento Histórico Caminhada Transversal Diagrama de Venn Calendário Sazonal Entra e Sai Rotina Diária Construção Fluxo Realidade e Objetivo Eleição de Prioridades ROTEIRO DE TEMAS GERADORES APRESENTAÇÃO DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR MAPEAMENTO HISTÓRICO MAPA TRAÇADO PELOS PRÓPRIOS PARTICIPANTES CAMINHADA TRANSVERSAL TRAJETÓRIA DA CAMINHADA TRANSVERSAL DESCRIÇÃO DA CAMINHADA DIAGRAMA DE VENN CALENDÁRIO SAZONAL ENTRA E SAI De onde vem O que entra (coletam) O que sai Para onde vai Preço (R$) Fábricas,lojas, mercados Papelão Fardo de 260 Kg RECRISUL 0,50/Kg Residência PET verde Fardo de 120 Kg RECRISUL 2,50/Kg Residência PET branco Fardo de 120 Kg RECRISUL 2,50/Kg Residência PET colorido Fardo misto de 200 Kg RECRISUL 0,25/Kg Técnica da construção com a comunidade de Soberbo, 2003 A técnica da construção em assentamento rural MATRIZ REALIDADE/OBJETIVO PROBLEMAS CAMINHO OBJETIVO 1- Água Estudo do consumo de água do assentamento Angicos e da possível vazão de um poço artesiano. 3 poços artesianos. 2- Moradia Construir as moradias com recursos liberados pelo INCRA e da força de trabalho das famílias do assentamento. 20 casas 3- Educação Procurar a Prefeitura de Colinas do Sul Escola com 5 cômodos (2 banheiros, 1 sala de aula, 1 cantina e 1 biblioteca) 4 -Saúde Secretaria de Saúde do Estado de Goiás e Prefeitura de Colinas do Sul Posto de Saúde com 3 cômodos (1 sala de dentista, 1 de espera e 1 sala para atendimento médico) 5- Energia Elétrica INCRA e CELG Energia elétrica em todas as casas. 23 ELEIÇÃO DE PRIORIDADES Área Social Azul (10) Branco (5) Amarelo(1) Total (valor) 1.Agua 31 (310) 3 (15) 1 326 2.Casa 4 (40) 26 (130) 4 174 3. Energia elétrica 0 5(25) 24 49 4. Colégio 0 0 4 4 5.Posto de saúde 0 0 2 2 O DRPE COMO MÉTODO DA GESTÃO SOCIAL Gestão Social: É uma ação gerencial dialógica formada no âmbito das esferas públicas, motivada pelo interesse público não estatal, voltada para a construção do bem comum e que visa a emancipação social. Habermas: a base para alcançar a emancipação social é o uso da linguagem como ação comunicativa em um processo dialógico formado por uma comunidade de intérpretes, na qual os participantes da ação se encontram em condições iguais de falar e de ouvir, e buscam um entendimento. CATEGORIAS TEÓRICAS DA GESTÃO SOCIAL E DRPE Rev. FSA, Teresina PI, v. 16, n. 4, art. 1, p. 03-19, jul./ago. 2019 http://189.43.21.151/revista/index.php/fsa/article/view/1781/491491887 26 Obrigado!! image1.jpeg image2.png image3.png image4.tiff image5.png image6.jpeg image7.png image8.png image9.png image10.jpeg image11.png image12.png oleObject1.bin Gráf1 JUL JUL JUL AGO AGO AGO SET SET SET OUT OUT OUT NOV NOV NOV DEZ DEZ DEZ JAN JAN JAN FEV FEV FEV MAR MAR MAR ABR ABR ABR MAI MAI MAI JUN JUN JUN X Abatedouro Lavoura Derivados de Cana-de-açúcar Intensidade Relativa de Trabalho CALENDÁRIO SAZONAL 15 15 5 15 25 7 15 25 15 15 20 20 15 25 22 25 20 15 20 17 0 17 20 0 20 25 3 12 17 3 12 20 3 15 12 3 Plan1 JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN 15 15 15 15 15 25 20 17 20 12 12 15 15 25 25 20 25 20 17 20 25 17 20 12 5 7 15 20 22 15 0 0 3 3 3 3 Plan1 Abatedouro Lavoura Derivados de Cana-de-açúcar Intensidade Relativa de Trabalho CALENDÁRIO SAZONAL Plan2 Plan3 image13.jpeg image14.jpeg image15.png