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Anatomia Patológica 
Rio de Janeiro, 9 de Outubro de 2019
TÉCNICA DE NECROPSIA 
Exame Externo 
 O exame externo consiste em observar e detectar alterações quanto ao estado geral do animal, incluindo estado nutricional, presença de ectoparasitas, escaras e escoriações, cicatrizes, presença de neoplasia, alterações cadavéricas, exame da cavidade oral e situação das mucosas, portanto, qualquer alteração externa observada no cadáver. A necropsia deverá ser contida por 3 pessoas, onde duas fazem a necropsia e uma anotará e irá retirar fotos.
Observar a posição do animal após a morte;
 - Diferenciar congestão ante mortem de hipóstase.
Estado nutricional do animal;
- Caquexia ou obesidade
Determinar a cor e tonalidade das secreções;
Avaliar as mucosas (oral, ocular, nasal, vaginal, peniana e anal); 
 - Como umidade e importante fazer o teste de rivalta onde o transudato será negativo e o exsudato será positivo.
Avaliar o Pelo e a Pele;
 - Verificar presença de ectoparasitas, larvas, além de ferimentos, manchas ou nódulos.
Sinais de desidratação 
- Elasticidade cutânea;
- Enoftalmia.
Deve-se avaliar o corpo 
- Palpar e observar por inteiro; 
- Se há existência de fraturas recentes ou antigas (calos);
- Palpar linfonodos. 
Exame Interno 
 O posicionamento do cadáver deve estar em decúbito dorsal e a cabeça à esquerda do necropsista, para melhor observação dos órgãos. Tem casos em que há fixação dos membros, porém deve-se estar acima das articulações. 
Abertura do cadáver;
- Primeiramente colocar o animal e decúbito dorsal.
- Cabeça a esquerda do necropsista 
Desarticulação dos 4 membros;
- Membro Anterior: região axilar (escápula e costas);
- Membro Posterior: região inguinal (articulação coxofemoral);
- Nesse momento é necessário fazer a inspeção e coleta no caso de inflamação dos linfonodos.
Incisão longitudinal mediana mentopubiana superficial (como na imagem) indo até o púbis;
- Fêmeas: retirada das glândulas mamárias em caso de nódulos e contornar a vulva.
- Macho: contornar e rebater o pênis e prepúcio, fazer a secção da bolsa escrotal (exteriorização dos testículos).
Rebatimento a pele;
- Observar o tecido subcutâneo;
- Vasos sanguíneos e linfonodos. 
Realizar incisão longitudinal mediana na linha alba junto a cartilagem xifóide (esterno);
- Nesse momento ocorre a visualização da cavidade abdominal com s seus respectivos órgãos;
- Casos os órgãos estejam na posição anatômica natural se chama in situ;
- Caso tenha a presença líquido (ascite), será retirado para análise laboratorial isso quando for a cavidade abdominal;
Abertura do assoalho da cavidade oral;
- Deve-se abrir por debaixo da mandíbula; 
- Rebatimento de toda a musculatura mentoniana, fazendo 2 incisões no rasante da face interna da asa da mandíbula;
- Tracionar e expor a língua caudalmente;
 - Cortando o frênulo lingual;
- Expor a língua, desarticular os ossos hioides (cortar);
- Expor as tonsilas (corte em V no palato mole);
-RETIRADA do conjunto: Língua, Esôfago e Traqueia (até a entrada da cavidade torácica). 
Retirada da musculatura da região torácica para visualização das costelas;
- Com o costótomo (material) cortando dos dois lados para obtenção do plastrão esternal, realiza a desarticulação costocondral em todos os pontos de fixação das costelas deixando entre 2 a 3 costelas finais para que não haja comunicação entre a cavidade torácica com a abdominal;
- Nessa etapa retiramos o plastrão torácico. 
Abertura da cavidade torácica;
 - Cortar as costelas: articulação costocondral;
 - Deixando apenas entre 2 a 3 costelas finais preservando o diafragma para que não ocorra a comunicação entre as duas cavidades;
 - Retirada o plastão esternal = onde será possível observa os órgãos da cavidade torácica;
- Durante a retira do plastão é possível visualizar a pleura mediastinica que divide o tórax em 3 hemitórax. 
Realização das amarraduras duplas;
- Importante que faça por conta de deixar limpa a necropsia, pois pode haver extravasamento de conteúdo;
- A 1ª amarradura será no Esôfago, Veia Cava Caudal e Artéria Aorta Descendente;
- A 2ª amarradura será após o Pâncreas, onde amarrar na porção final do Duodeno mais os Intestinos Delgado como o Grosso;
- A 3ª amarradura será no reto (antes da entrada da cavidade pélvica);
- Seccionar entre as duas amarraduras.
Retirada do assoalho pélvico para obtenção dos sistemas gênito-urinário;
- Importante encontrar o forame obturador e fazer 4 incisões nele;
- 1ª incisão cranialmente ao púbis;
- 2ª incisão caudalmente ao ísquio;
- Seccionar bilateralmente. 
OBS: Importante classificar os tipos de líquidos encontrados durante a necropsia, onde ele terá aspecto e cor.
- Líquido seroso -> consistência fluída.
- Liquido mucoso -> consistência mais densa.
- Líquido amarelado -> presença de pús (infecção secundária onde terá a presença de neurófilos polimorfonuclear)
EX: Líquido sero sanguinolento – será avermelhado transparente.
- A consistência será definida pela quantidade água e pela presença de proteína onde o mucoso terá a presença de mucina.
Órgãos agrupados em Conjuntos
1º Conjunto
- Língua, Faringe, Amidalas, Laringe, Esôfago, Traqueia, Tireoides, Timo (em Jovens), Coração e Pulmão. 
2º Conjunto
- Baço e Omento Maior;
- Liga o omento maior a curvatura maior do estômago ao baço.
3º Conjunto
- Intestino Delgado Grosso e Mesentérios Correspondentes. 
4º Conjunto
- Diafragma, Fígado, Estômago mais a 1ª porção do Duodeno, Pâncreas e Omento Menor;
- Liga o omento menor a curvatura menor do estômago ao fígado. 
5º Conjunto
- Adrenais, Rins, Ureteres bexiga, Uretra, porção final do Ânus;
- FÊMEA: Vagina, Útero e bexiga;
- MACHO: Próstata, Pênis, Prepúcio Bolsa Escrotal e Testículos. 
6º Conjunto
- Meninges, Medula Espinhal, Hemisférios Cerebrais e Cerebelares, Pedúnculos, Bulbo.
7º Conjunto
- Tecido subcutâneo, Musculatura Esquelética, Ossos, Articulações, Ligamentos e Tendões.