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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL – RJ Processo nº: 12345-67.2024.8.19.0001 MARIA SILVA, (qualificação) CONTESTAÇÃO à Ação de Alimentos ajuizada por JOÃO JR., representado por seu pai JOÃO, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. I. DOS FATOS O Autor ajuizou ação de alimentos alegando que reside sob a guarda do pai, estudando em colégio particular, possuindo plano de saúde e curso de inglês, requerendo a fixação de alimentos provisórios e definitivos no valor de 200% do salário mínimo nacional vigente. O pedido foi prontamente deferido pelo juízo, estabelecendo o valor provisório. Maria Silva foi citada em 23 de maio de 2024, e desde então vem sendo assistida pelo Núcleo de Prática Jurídica universitário. II. DA IMPOSSIBILIDADE DE PAGAMENTO DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS FIXADOS Maria Silva é estagiária, cursando o oitavo período do curso de Direito como bolsista em faculdade particular. Sua renda é limitada e depende exclusivamente do atual companheiro para se manter. Além disso, ela teve um afastamento do trabalho por motivos de saúde e busca a graduação como forma de se recolocar no mercado de trabalho. A fixação dos alimentos provisórios em 200% do salário mínimo nacional é desproporcional e inviável, considerando a real capacidade financeira de Maria. III. DO DIREITO 1. Princípio da Proporcionalidade e Capacidade Contributiva Conforme o artigo 1.694, § 1º do Código Civil, os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. No caso, Maria não possui condições de arcar com o valor fixado sem comprometer sua própria subsistência. 2. Condições Financeiras da Requerida Maria é bolsista, estagiária e depende financeiramente do atual companheiro. Sua renda é insuficiente para o pagamento do valor arbitrado provisoriamente, o que fere o princípio da proporcionalidade e razoabilidade. 3. Contribuição dos Avós Maternos Os pais de Maria contribuem financeiramente para o sustento do menor, o que deveria ser levado em consideração na fixação do valor dos alimentos. IV. DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer: 1. A concessão da Gratuidade de Justiça à Requerida, por ser pobre na acepção jurídica do termo, conforme declaração anexa. 2. A redesignação da audiência de conciliação, instrução e julgamento, para que seja analisada a real capacidade contributiva da Requerida. 3. A redução dos alimentos provisórios fixados, para um valor que seja compatível com a capacidade financeira da Requerida, sugerindo-se 20% do salário mínimo nacional vigente, até que se apure a real necessidade do menor e a possibilidade financeira da Requerida. 4. A produção de provas por todos os meios em direito admitidos, especialmente documental e testemunhal. 5. Ao final, a improcedência do pedido de alimentos nos termos propostos na inicial, ajustando-se o valor dos alimentos à realidade financeira da Requerida. Protesta pela juntada de documentos comprobatórios da sua condição financeira e da situação relatada. Nestes termos, Pede deferimento. Rio de Janeiro, data. Advogado xxx I. DOS FATOS II. DA IMPOSSIBILIDADE DE PAGAMENTO DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS FIXADOS III. DO DIREITO 1. Princípio da Proporcionalidade e Capacidade Contributiva 2. Condições Financeiras da Requerida 3. Contribuição dos Avós Maternos IV. DOS PEDIDOS