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1. DOUTOR, Maurício Pereira. Medidas executivas atípicas na execução por quantia certa: o recurso à ponderação como técnica de solução das colisões e a constitucionalidade da regra do art. 139, IV, do CPC/2015. In: Revista de Processo. 2018. p. 299-324. Com o advento da regra art. 139, IV, do CPC/15, a doutrina prontamente e pouco depois a jurisprudência manifestaram séria preocupação quanto aos critérios para a aplicação de medidas executivas atípicas (aplicação de astreintes, suspensão de CNH, passaporte, cartão de crédito etc.) na execução por quantia certa e, notadamente, sobre os seus limites, já que implicam, muitas vezes, restrição a direitos fundamentais do devedor. No entanto, eventual restrição a direitos fundamentais do devedor não constitui óbice apriorístico ao emprego dos meios sub-rogatórios ou coercitivos atípicos – i.e., não constitui causa para descarte da técnica –, devendo a colisão entre os direitos fundamentais afetados pela execução civil ser resolvida à luz das máximas da proporcionalidade. Ademais, a regra do art. 139, IV, do CPC não viola, em abstrato, a Constituição Federal. 2. ARCOVERDE, Fernanda. Medidas executivas atípicas. TCC de Graduação e Especialização, RUNA - Repositório Universitário da Ânima. 2021. presente trabalho objetiva analisar a possível aplicação das medidas executivas atípicas sem ofender aos ditames constitucionais referentes às garantias individuais do devedor, bem como visa analisar a proporcionalidade e a razoabilidade do emprego das medidas executivas atípicas em cotejo com os aspectos fáticos de casos concretos no âmbito do Direito Processual Civil. O estudo das medidas executivas possui numerosas controvérsias e grande debate no Judiciário Brasileiro. Os principais objetivos deste trabalho são: elaborar um resumo histórico sobre a efetividade da prestação jurisdicional; realizar uma explanação doutrinária a respeito da limitação da aplicação das medidas executivas atípicas; problematizar os possíveis critérios legais e definidores da aplicação das medidas executivas atípicas e, por fim, colacionar os entendimentos jurisprudenciais a respeito do tema. 3. TALAMINI, Eduardo. Poder geral de adoção de medidas executivas atípicas e a execução por quantia certa. Informativo Justen, Pereira, Oliveira e Tamamini, Curitiba, n. 121, p. 2-3, 2017. Estudo simples, artigo de três páginas focado em desenvolver as possibilidades dos termos do art. 139, IV, do CPC/2015, trata-se de simples resumo dos itens gerais sobre o que são as medidas executórias atípicas na execução por quantia certa. 4. ALVES, Danilo Scramin; MOLLICA, Rogerio. Considerações acerca das medidas executivas atípicas do CPC/2015 e sua incidência na jurisprudência dos tribunais superiores. In: Revista de Processo. 2021. p. 111-132. presente artigo realiza um estudo acerca da atipicidade dos meios executivos reconhecida pelo CPC de 2015 a partir da análise de julgados dos tribunais superiores, com o fito de identificar o seu entendimento sobre essas medidas. Procedeu-se uma avaliação da mudança de paradigma ocorrida com a entrada em vigor do novo código, para então se adentrar nos artigos que permitem a utilização de medidas executivas no direito brasileiro e os entendimentos doutrinários sobre o tema. Por fim, foi feito o exame de decisões dos tribunais superiores. Observou-se que o entendimento mais recorrente é que as medidas atípicas se revelam necessárias, mas a sua utilização deve ser condicionada à análise do caso a ser aplicado. O artigo foi escrito por meio de uma avaliação qualitativa combinando doutrina e jurisprudência. 5. CATHARINA, Alexandre De Castro. Medidas executivas atípicas: algumas premissas conceituais. Revista do Programa de Pós-Graduação em Direito, v. 30, n. 2, 2020. Dentre as principiais técnicas pode-se mencionar a cláusula geral que autoriza o juiz a determinar medidas executivas atípicas, mesmo nas execuções de obrigações de pagar. Considerando a discricionariedade para definição de quais medidas atípicas poderão ser ordenadas em um determinado caso concreto, se faz necessário estabelecer, da forma clara, limites e extensão destas técnicas de modo a dar maior efetividade à tutela jurisdicional satisfativa sem violar garantias constitucionais do devedor. Neste contexto, pretende-se, neste trabalho, refletir sobre algumas premissas conceituais mobilizadas no tratamento do tema bem como sobre a necessária ponderação de princípios constitucionais e infraconstitucionais na dinâmica de aplicação das medidas atípicas. A metodologia de pesquisa utilizada no trabalho deu ênfase ao levantamento bibliográfico, articulada com a pesquisa qualitativa, com base na análise de decisões judiciais. A abordagem empregada será indutiva 6. CARVALHO, Luciana Benassi Gomes. Medidas executivas atípicas nas obrigações pecuniárias. 2020. Investiga o nascimento gemelar do publicismo processual e do instrumentalismo processual, e como o processo é alçado a instrumento da jurisdição. Analisa como a doutrina processual brasileira, de ordinário, mixando os conceitos de jurisdição e de processo, infla os poderes judiciais implícitos e oficiosos para que o processo seja manejado de modo a concretizar as suas supostas funções de realização de justiça material e pacificação social. Evidencia a metamorfose da cláusula do devido processo legal em direito fundamental ao processo justo. Apresenta as premissas do processo justo aplicadas à execução. Descreve, com base na doutrina do garantismo processual, a natureza jurídico-constitucional do processo como direito fundamental de resistência ou de defesa. Expõe a dignidade da cláusula do devido processo legal e os limites dela decorrentes na execução. Diferencia tutela processual de tutela jurisdicional, estabelecendo as balizas entre processo e jurisdição. Apresenta as soluções da doutrina majoritária para a aplicação das medidas executivas atípicas nas obrigações pecuniárias (art. 139, IV, do CPC). Propõe, a partir de premissas garantistas, o âmbito de aplicação dessas medidas de acordo com a sua interpretação conforme à Constituição Federal. 7. DE OLIVEIRA, Lucas Lima; GONÇALVES, Jonas Rodrigo; DE OLIVEIRA, Ana Carolina Borges. A medida executiva atípica de suspensão da carteira nacional de habilitação e os princípios da proporcionalidade e da patrimonialidade da execução civil. Revista Processus de Estudos de Gestão, Jurídicos e Financeiros, v. 11, n. 41, p. 31-44, 2020. tema deste artigo é o meio executivo atípico de suspensão da carteira de motorista. Investigou-se o problema: "A medida de suspensão da carteira de motorista afronta os princípios da proporcionalidade e patrimonialidade?". Cogitou-se a hipótese "a medida de restrição da carteira de motorista afronta os princípios da proporcionalidade e patrimonialidade". O objetivo geral é "analisar se a medida de restrição da carteira de motorista fere os princípios da proporcionalidade e patrimonialidade". Os objetivos específicos são: "investigar a execução e o advento do artigo 139, IV, do CPC", "listar os tipos de meios executivos e os princípios ligados, em especial a proporcionalidade e patrimonialidade" e "verificar a medida de restrição da carteira de motorista". Este trabalho é importante em um aspecto individual devido a formação profissional; para a ciência, é relevante pois discute sobre o tema; agrega í sociedade por auxiliar as decisões judiciais. Trata-se de pesquisa qualitativa teórica com duração de um ano. 8. GAVA FILHO, João Miguel et al. Requisitos e limites do poder geral de efetivação para aplicação de medidas executivas atípicas. 2020. O presente estudo tem por objeto delimitar os requisitos e os limites do poder geral de efetivação do magistrado para aplicação de medidas executivas atípicas, positivado no artigo 139, IV, do Código de ProcessoCivil/2015. Para tanto, inicialmente, cuidou-se em apresentar premissas basilares que respaldam o sentido e o alcance do poder geral de efetivação, o que se fez por meio da delimitação da tutela executiva, da exposição das técnicas de execução existentes no ordenamento jurídico, da demonstração da evolução dessa modalidade de tutela no processo civil pátrio representada pela superação do princípio da tipicidade, do detalhamento das cláusulas gerais executivas encontradas do Código de Processo Civil/2015 e, por fim, da investigação sobre a mitigação do princípio da adstrição no âmbito da tutela executiva. Em seguida, realizou-se pesquisa jurisprudencial no Superior Tribunal de Justiça e no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo sobre a aplicação do artigo 139, IV, do Código de Processo Civil/2015, donde foi possível extrair relevantes critérios para aplicação de medidas atípicas voltadas às obrigações de pagar quantia, de extrema relevância para fixação de critérios gerais para aplicação de medidas atípicas envolvendo todas as classes de obrigações (pagar quantia, fazer, não fazer e entregar coisa). Adiante, a partir dos dados colhidos e do aprofundamento doutrinário, expôs-se critérios constitucionais, processuais e outros extraídos do ordenamento jurídico com o objetivo de, ao final, propor-se a sistematização do estudo realizado através da confecção de um roteiro a ser observado no intuito de se aplicar as medidas executivas atípicas 9. BARBOSA, Anna Beatriz de Vasconcelos Gama et al. A (im) possibilidade de aplicação de medidas executivas atípicas no âmbito das execuções fiscais. 2022. O presente trabalho busca examinar a viabilidade de aplicação de medidas executivas atípicas no âmbito das execuções fiscais. Inicialmente, parte-se do estudo dos princípios da efetividade, da responsabilidade patrimonial, da menor onerosidade da execução e da proporcionalidade, através do olhar da tutela executiva no Código de Processo Civil de 2015. Observa-se, nesse contexto, a existência de frequentes conflitos entre a busca pela efetivação da tutela jurisdicional executiva e os direitos fundamentais do executado, consubstanciados na proteção à dignidade da pessoa humana. Em seguida, o trabalho aborda o enquadramento das medidas inominadas no atual diploma processual, em especial no tocante ao poder geral de efetivação, consagrado no inciso IV do art. 139, que expandiu o seu raio de aplicação para as obrigações de pagamento de quantia. Também se analisa as discussões doutrinárias e jurisprudenciais concernentes à aplicação das referidas medidas, considerando a Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 5.941/DF, ainda em curso no Supremo Tribunal Federal, e os requisitos e critérios mínimos apontados para a sua adequada utilização. Em sequência, parte-se para o estudo das execuções fiscais, de modo a buscar a adequada definição deste procedimento e verificar o possível diálogo entre a Lei de Execução Fiscal (Lei n. 6.830/80) e o Código de Processo Civil (Lei 13.105/15) na atual sistemática jurídica. 10. DIAS, Patrícia Aparecida Medeiros et al. Medidas Executivas Atípicas: avaliação da possibilidade de sua utilização no bojo das execuções fiscais. Revista da Advocacia Pública Federal, v. 4, n. 1, 2020. O presente artigo analisa a viabilidade da aplicação das medidas executivas atípicas no bojo das execuções fiscais. Inicialmente, examina-se o instituto consagrado no Código de Processo Civil de 2015, suas principais características e apresenta-se a situação atual da (in)efetividade da execução fiscal. Após, enuncia-se a tensa relação jurídica entre a Fazenda Pública e os particulares, partindo-se, na sequência, para uma análise crítica do teor do HC453.870/PR, julgado pelo Superior Tribunal de Justiça em 2019. Conclusivamente, avalia-se que, desde que usadas com parcimônia, as medidas executivas atípicas são plenamente aplicáveis às execuções fiscais, uma vez que encontram amparo no ordenamento jurídico. 11. CARVALHO FILHO, Antônio; CREVELIN DE SOUSA, Diego. Medidas executivas atípicas nas obrigações pecuniárias: um anátema de suas inconstitucionalidades. ASSIS, Araken de; BRUSCHI, Gilberto Gomes. Processo de execução e cumprimento da sentença: Temas Atuais e Controvertidos.[livro eletrônico], v. 2. O ensaio se dedica à exposição das inconstitucionalidades da interpretação dada pela doutrina brasileira acerca da aplicação das medidas executivas atípicas nas obrigações pecuniárias. O estudo parte da normatividade constitucional e dos respectivos direitos e garantias fundamentais que impõem limites para a atuação jurisdicional. 12. JUNIOR, Roberto Di Sena. O emprego de medidas executivas atípicas no âmbito da improbidade administrativa. Atuação: Revista Jurídica do Ministério Público Catarinense, v. 13, n. 29, p. 56-78, 2018. As medidas executivas atípicas foram significativamente ampliadas no contexto do novo Código de Processo Civil, o qual autoriza sua aplicação inclusive no âmbito das obrigações de pagar quantia certa. A previsão legal contida no art. 139, IV, busca garantir maior efetividade às decisões judiciais e contribuir para que elas, de fato, eliminem as insatisfações sociais através da aplicação do direito. O tema tem sido objeto de intensos debates, pois o legislador de 2015 não estabeleceu critérios nem limites ao chamado “poder geral de efetivação”. O presente artigo consiste numa tentativa de identificação desses limites, bem como na análise da possibilidade de aplicação de medidas executivas atípicas no âmbito da tutela da moralidade administrativa. 13. LAMÊGO, Guilherme Cavalcanti. Risco da Execução e Direitos Fundamentais do Credor: a Proteção do exequente na Escolha das Medidas Executivas Atípicas. Revista de Processo| vol, v. 298, n. 2019, p. 123-142, 2019. O presente artigo analisa de que modo a escolha das técnicas executivas pode ser lesiva aos direitos do próprio exequente. A existência de um regime de responsabilidades do exequente pelos danos causados ao executado faz com que toda demanda executiva seja uma atividade de risco. A adoção de medidas executivas que elevem substancialmente os danos causados ao executado significará, em última instância, o aumento do risco da execução, já que maiores serão os prejuízos que podem vir a ser por ele ressarcidos. Um risco excessivo poderá significar uma restrição indevida ao crédito do exequente e uma violação ao direito fundamental do credor à execução civil. Por essas razões, concluiu-se que o juiz deve considerar esse risco na adoção das medidas executivas, de modo a evitar que sua progressão signifique uma indevida lesão aos direitos do exequente. Ainda, analisou-se a extensão e os limites da possibilidade que tem o exequente de limitar a atividade executiva do juiz, vedando a adoção de determinada medida que considere inoportuna. 14. SANTOS, Rafael Lobo; DE ARGÔLLO, Ana Cristina Adry Moura. MEDIDAS EXECUTIVAS ATÍPICAS E SEUS LIMITES. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 8, n. 11, p. 2499-2515, 2022. Esse trabalho traz considerações acerca da atipicidade na execução e o amparo jurídico onde estão galgadas. O método de pesquisa aqui utilizado é exploratório, sendo esse baseado na doutrina, na jurisprudência e na lei. A conclusão alcançada foi que embora o legislador tenha possibilitado ao poder jurisdicional tomar medidas que lhe repute necessárias a fim que o processo tenha sua finalidade alcançada, para esse se valer de tal instituto deverá manter a observância aos princípios postulados no ordenamento jurídico, caso contrário cairá no arbítrio tendo sua finalidade maculada. 15. MADEIRA, Bruno da Silva et al. Medidas executivas atípicas: análise crítica sobre a relevância e aplicação do artigo 139, inciso IV do Código de Processo Civil para a efetividade da prestação jurisdicional na obrigaçãode pagar quantia certa. 2019. O objetivo deste trabalho é analisar a introdução do artigo 139, IV pelo Código de Processo Civil promulgado em 2015, que dispõe acerca das medidas executivas atípicas, traçando um raciocínio de sua aplicação no contexto de tentativa de resolução da problemática da efetividade da prestação jurisdicional da tutela executiva. Primeiro, tratamos dos meios executivos e de seu campo de incidência – processo de execução e cumprimento de sentença. Em seguida, há uma análise da garantia da efetividade da prestação jurisdicional, sob seus diversos prismas, com considerações sobre sua problemática no Brasil e em países estrangeiros. Após, analisam-se as medidas executivas atípicas dispostas no artigo 139, IV do CPC, a sua correta aplicação pelos magistrados e sua importância para tal efetividade. Por fim, destaca-se a constitucionalidade da aplicação das medidas atípicas, respeitando-se certos limites e parâmetros, já delineados pela Doutrina e pela Jurisprudência e aqui sintetizados 16. GAJARDONI, Fernando da Fonseca et al. A (in) efetividade das medidas executivas atípicas no âmbito do TJSP. In: Revista de Processo. 2020. p. 125-151. 0 artigo pretende investigar como o Tri- bunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) operacionaliza a cláusula geral presente no art. 139, IV, do CPC/2015, verificando em que me- dida realiza o ideal de efetividade que motivou a ampliação da regra da atipicidade das medidas executivas para as execuções por quantia. Pre- tende, ainda, avaliar os impactos da maior liber- dade conferida ao juiz na execução em termos de racionalidade jurídica, observando principalmen- te se a essa liberdade corresponde o necessário reforço na fundamentação judicial, bem como se há produção de resultados concretos no pla- no prático, a partir do estudo de alguns casos em que deferidas medidas executivas atípicas 17. MINAMI, Marcos Youji; PAES, Nadinne Sales Callou Esmeraldo; DE ANDRADE MOUSINHO, Shayana Sarah Vieira. MEDIDAS EXECUTIVAS ATÍPICAS CABEM NOS JUIZADOS ESPECIAIS?. Revista Eletrônica de Direito Processual, v. 22, n. 3, 2021. A partir de uma decisão que negou medida coercitiva nos juizados com base na celeridade e informalidade, este artigo objetiva analisar se o uso de medidas executivas atípicas viola as normas fundamentais regentes dos juizados especiais estaduais e distrital. A pesquisa foi feita a partir de análise de doutrina e decisões que trataram do tema debatido, direta ou indiretamente. Conclui-se que os juizados especiais não se resumem à celeridade ou simplicidade e que o uso de medidas atípicas nessas estruturas não viola seus preceitos fundamentais e não é algo incompatível com a Lei 9.099/95. 18. SILVA ORTEGA, Andréia Aquiles Sipriano. Medidas executivas atípicas e restrição a direitos fundamentais Medidas executivas atípicas e restrição a direitos fundamentais. Este artigo visa discutir a possibilidade de restrição de direitos fundamentais pela aplicação das medidas executivas atípicas do artigo 139, IV, do Código de Processo Civil. 19. BITTENCOURT, Rodrigo do Prado. MEDIDAS EXECUTIVAS ATÍPICAS: OPORTUNIDADE, JURISPRUDÊNCIA E LIMITES. Revista Eletrônica de Ciências Jurídicas, v. 1, n. 1, 2020. Este artigo analisa as medidas executivas atípicas. No início, é feita uma breve análise histórica, que apresenta a importância de tais medidas no contexto jurídico brasileiro: no passado, a execução civil podia resultar na prisão do devedor (somente no século XX, com a Constituição Federal de 1934, a prisão por dívidas deixou de ser uma regra geral deste tipo de processo). Depois, são apresentadas as bases legais para a aplicação destas medidas, com análise dos artigos que estruturam tais procedimentos jurídicos. Por fim, se analisa a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e a visão da doutrina a respeito do tema. Nota-se que já há uma sólida jurisprudência a respeito do tema, enfatizando o princípio da razoabilidade e os direitos fundamentais. 20. DE OLIVEIRA, Márcio Berto Alexandrino; ELIAS PINTO, Fernando. A IMPORTÂNCIA DAS MEDIDAS EXECUTIVAS ATÍPICAS NA EXECUÇÃO FISCAL E NA EXECUÇÃO COMUM. Direito UNIFACS–Debate Virtual, n. 273, 2023. A aplicação das medidas atípicas no âmbito da execução fiscal também é de grade valia, pois é um instrumento eficiente para compelir o devedor a saldar o débito tributário, que será revertido em prol da coletividade. Há interesse de toda a sociedade até porque o valor arrecadado para os cofres públicos através das execuções fiscais possibilitam a eficácia de implementação de políticas públicas. Assim, não deve o Poder Judiciário negar a aplicação das medidas executivas atípicas e, com isso, retirar do exequente os mecanismos legais para pressionar o executado o adimplemento do crédito objeto da execução.