Aula Prática 1 Dieto II 2024

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Profa. Samira Zanon
AULA 1
DIETOTERAPIA NAS ALTERAÇÕES 
DOS DEMAIS SISTEMAS
samira.souza@uva.br
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PESOALTURA
Classificação do IMC para idosos
IMC (kg/m²) Classificação
< 22 Magreza
22,0 – 27,0 Eutrofia
> 27 Excesso de peso
Classificação do IMC para adultos:
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC)
Homens = [64,19 - (0,04 x idade) + (2,02 x altura do joelho em cm)]
Mulheres = [84,88 - (0,24 x idade) + (1,83 x altura do joelho em cm)]
ESTIMATIVA PARA ALTURA 
(CÁLCULO PELA ALTURA DO JOELHO)
PESO IDEAL = Altura (m)² x IMC médio
IMC médio para homens – 22 Kg/m²
IMC médio para mulheres – 20,8 Kg/m²
PI = IMC desejado x altura (m)²
O IMC desejado é aquele que trará saúde e não representará risco de doenças.
PESO IDEAL
Peso Ajustado (PAJ) - é o peso ideal corrigido para cálculo de necessidades.
É utilizado sempre que a adequação do peso atual com relação ao ideal for
inferior a 90% ou superior a 115%.
PAJ = (Peso Ideal – Peso Atual) x 0,25 + Peso Atual
PESO AJUSTADO
Determinação do % de gordura corporal
através do somatório das dobras ou pregas
cutâneas (PCT + PCB + PCSE + PCSI).
PCT = prega cutânea triciptal
PCB = prega cutânea bicipital
PCSE = prega cutânea subescapular
PCSI = prega cutânea suprailíaca
Determinação de % de 
gordura corporal
Valores de referência para percentuais de gordura corporal
Homens Mulheres
Risco de doenças associadas à desnutrição ≤ 5 ≤ 8
Abaixo da média 6 - 14 9 – 22
Média 15 23
Acima da média 16 - 24 24 – 31
Risco de doenças associadas à obesidade ≥ 25 ≥ 32
Fonte: Lohman et al., 1992.
VALORES DE REFERÊNCIA DE GORDURA CORPORAL
Risco de complicações metabólicas:
RCQ > 1,0 para homens
RCO > 0,85 para mulheres
RCQ = Circunferência da cintura 
Circunferência do quadril
Fonte: OMS, 1998.
Circunferência da cintura segundo
gênero em caucasianos para risco de
complicações metabólicas:
Elevado Muito 
elevado
Homem ≥ 94 cm ≥ 102 cm
Mulher ≥ 80 cm ≥ 88 cm
RELAÇÃO CINTURA QUADRIL (RCQ)
Idade (Anos) Sexo masculino Sexo feminino
10 – 18 anos 17,5 x P + 651 12,2 x P + 746
18 – 29 15,3 x P + 679 14,7 x P + 496
30 – 60 11,6 x P + 879 8,7 x P + 829
Acima de 60 13,5 x P + 487 10,5 x P + 596
TAXA METABÓLICA BASAL (TMB) POR FAO/ OMS:
Fonte: FAO / OMS, 1985.
Classificação da atividade física
Faixa etária Gênero Leve Moderada Pesada
10 a 18 anos masculino 1,60 2,50 6,0
Feminino 1,50 2,20 6,0
18 a 65 anos Masculino 1,55 1,78 2,10
Feminino 1,56 1,64 1,82
Acima de 65 anos masculino 1,40 1,60 1,90
Feminino 1,40 1,60 1,80
VALOR ENERGÉTICO TOTAL (VET) = TMB X FA:
Fonte: FAO / OMS (1985).
Para reduzir por mês Diminui-se do VET por dia
1kg 256,5kcal
2kg 513,0kcal
3kg 770,0kcal
4kg 1.026kcal
PROGRAMAÇÃO DE PERDA / GANHO DE PESO PONDERAL:
❑ Equação de Harris – Benedict:
▪ Mulheres:
TMB = 655,1 + 9,56 x Peso (kg) + 1,85 x altura (cm) – 4,67 x Idade (anos)
▪ Homens:
TMB = 66,5 + 13,75 X Peso (kg) + 5 X altura (cm) – 6,77 x Idade (anos)
NECESSIDADES NUTRICIONAIS POR HARRIS BENEDICT:
VET = TMB X FA (fator atividade) X FI (fator injúria) X FT (fator térmico)
Acamado 1,2
Acamado + Móvel 1,25
Deambulando 1,3
Paciente não complicado 1,0
Cirurgia eletiva 1,0 – 1,1
Câncer 1,1 – 1,45
Pós operatório oncológico 1,1
Fratura ossos longos 1,2
Sepse moderada 1,3
Politrauma em reabilitação 1,5
Politrauma + Sepse 1,6
Queimadura 30 a 50% 1,7
Queimadura 50 a 70% 1,8
Queimadura 70 a 90% 2
Desnutrição 1,5
Infecção Grave 1,3 – 1,35
Insuficiência cardíaca 1,3 – 1,5 
(sem fator atividade)
Insuficiencia hepática 1,3 – 1,55
Insuficiencia renal aguda 1,3
Manutenção do peso 1,2- 1,5
Transplante de fígado 1,2 – 1,5
Transplante de medula óssea 1,2 – 1,3
❑ Fator Atividade
❑ Fator Lesão ou Fator Injúria:
❑ Fator Térmico
Temperatura Corporal Fator térmico
Sem febre 1,0
38°C 1,1
39°C 1,2
40°C 1,3
41°C 1,4
CALCULANDO DIETA:
Nutrientes SBAN 
(1990)
WHO 
(2002)
DRIs
(2001)
ABESO 
(2016)
Proteína 10 – 12%
( 12 a 14% Idosos)
10 – 15% 10 – 35% 15 – 20%
Carboidratos 60 – 70% 55 - 75% 45 – 65% 55 – 60%
Lipídios totais 20 – 25% 15 – 30% 20 – 35% 20 – 30%
Após encontrar o VET, deve-se fazer a distribuição energética dos macronutrientes na dieta:
o As dietas recomendadas no tratamento do sobrepeso e obesidade devem ser dietas balanceadas
de acordo com a ABESO 2016, promovendo um déficit de 500 a 1000 kcal/ dia, e permitindo ao
paciente a escolha variada de alimentos com adequação nutricional e maior aderência, resultando
em perda de peso pequena mas sustentada.
o Existem valores de referência que nos guiam na elaboração de dietas ou refeições, as DRIs
(Dietary Reference Intakes – Ingestão Dietética de Referencia). Um dos pilares das DRIs, é a
AMDR (Acceptable Macronutrient Distribuition Range – Alcance de Distribuição de Macronutrientes
Aceitável), que define valores mínimos e máximos de cada nutriente em uma refeição ou dieta.
Respeitando esses valores temos uma alimentação balanceada.
Hipoprotéica: < 0,8g/kg
Normoprotéica: 0,8 a 1g/kg 
Hiperprotéica: > 1g/kg
❑ Proteína:
Eutrófico 25 a 30kcal
Perda de peso / Obeso 20 a 24 kcal
Para ganho de peso > 30 até 40 kcal/ dia
❑ Fórmula de bolso / Método prático:
Treino Recomendação 
de carboidrato 
(g/kg/dia)
Baixa intensidade 3 a 5
Moderada intensidade 5 a 7
Exercícios de Endurance de alta
intensidade (1 a 3h/ dia)
6 a 10
Muito alta intensidade
(> 4 a 5h/ dia)
8 a 12
❑ Recomendação de carboidrato na Nutrição esportiva
Fonte: Burke et al., 2011; ACSM, 2016.
REFEIÇÃO % VET
DESJEJUM 20 a 25%
COLAÇÃO 5%
ALMOÇO 35 a 40%
LANCHE 10 a 15%
JANTAR 15 a 25%
CEIA 5%
❑ Distribuição do VET pelas refeições:
❑ Distribuição de Macronutrientes:
Proteína: _______g/kg x peso= _______g x 4kcal= _________kcal = _______% VET
Carboidrato: _____g/kg x peso= _______g x 4kcal= ________kcal= ________ % VET
Lipídeos: _______g/kg x peso= _______g x 9kcal= _________kcal = ________% VET
❑ Exemplo: Peso 60kg // VET: 1400Kcal
Proteína: 0,8g X 60kg = 48g X 4kcal = 192kcal/proteína = 13,71% do VET
Carboidrato: 3,23g = 194g =776kcal/carbo = 55,42% do VET
Lipídeos: 0,8 X 60kg = 48g X 9Kcal = 432kcal/lipídeos = 30,85% do VET
ADEQUAÇÃO DA DIETA
Estabelece a relação do peso dos alimentos que serão servidos em relação a
quantidade de energia.
DENSIDADE CALÓRICA
DC =Kcal/g
g= alimentos da dieta (sólidos e
líquidos) na forma em que irá ingerir.
Indica: DC = 0,9 –1,2 Kcal/g, Dieta normocalórica
DC > 1,2 Kcal/g, Dieta hipercalórica
DC < 0,9 Kcal/g, Dieta hipocalórica
(Kcal/g, sabendo que a Kcal é do VET).
EXEMPLO:
122,5 kcal / 30g = 4,08kcal/g
Avalia a proporção de proteína animal da dieta em relação ao conteúdo total proteico desta. 
QUALIDADE DA PROTEÍNA DIETÉTICA
X = Proteína animal x 100
Proteína total 
Proteína total ___________ 100% 
Proteína Animal __________x
V N > ou = 50% proteínas animal
Recomendação:
> ou = 50% proteínas animal
< recomendação: baixa oferta de proteínas animal –
reduzida qualidade proteica – baixa oferta de proteínas
de boa digestibilidade.
> recomendação: alta oferta de proteínas animal –
aumento da oferta de ácidos graxos saturados –
favorecem o surgimento de doenças crônicas não
transmissíveis.
NPU, NDPCAL, NDPCAL%
Expressa a contribuição energética das proteínas totalmente utilizável para garantir que o
cardápio seja elaborado com proteínas de adequado valor biológico.
Representa a porcentagem de calorias fornecidas sob forma de proteínas totalmente utilizável
(PTU), corrigida em função da sua qualidade (NPU). Expressa quantidade e qualidade da
proteína da dieta.
NPU = Proteína líquida obtida pelos fatores de correção, caracterizando
biodisponibilidade de proteína. É a proteína que nos absorvemos.
Exemplo: Carne tem 30g de proteína, nós não absorvemos tudo, absorvemos apenas
70% de proteína.
NPU = Proteina X FC
Proteína de cereais = 0,50, ou seja, absorve 50% da proteína de cereais.
Proteína de leguminosas = 0,60
Proteína animal = 0,70
Proteínade leite e derivados = 0,75
Proteína do ovo = 1,00
▪ Fatores de correção:
NDPcal = Energia da proteína da dieta corrigida pela sua qualidade (NPU), ou seja,
qual é a caloria dessa proteína liquida que nós vamos absorver.
NDPcal% = Fator de correção para cálculo do NPU (Nitrogênio aproveitado pelo
organismo).
NDPCAL = (Proteína ingerida X NPU) X4 NDPCAL% = NDPCAL X 100 
VET
Alimento Proteína (g) FC NPU (Proteína Liquida)
Arroz Branco cozido (125g) 3,15
Feijão preto (86g) 3,85
Repolho roxo ralado (60g) 1,14
Brócolis (60g) 1,28
Acém grelhado (46g) 12,28
Pêssego (226g) 1,86
VET = 598 Kcal
❑ EXEMPLO:
Alimento Proteína (g) FC NPU (Proteína Liquida)
Arroz Branco cozido (125g) 3,15 0,5
Feijão preto (86g) 3,85 0,6
Repolho roxo ralado (60g) 1,14 --
Brócolis (60g) 1,28 --
Acém grelhado (46g) 12,28 0,7
Pêssego (226g) 1,86 --
VET = 598 Kcal
Alimento Proteína (g) FC NPU (Proteína Liquida)
Arroz Branco cozido (125g) 3,15 0,5 1,57
Feijão preto (86g) 3,85 0,6 2,31
Repolho roxo ralado (60g) 1,14 -- --
Brócolis (60g) 1,28 -- --
Acém grelhado (46g) 12,28 0,7 8,59
Pêssego (226g) 1,86 -- --
VET = 598 Kcal Total: 12,47g
NDPcal = Total de NPU X 4 (kcal da proteína) = 49,88 kcal
NDPCAL% = NDPCAL X 100 = 49,88 X 100 / 598 = 8,34%
VET
❑ Valores recomendados:
6% - 8% = Mínimo Aceitável para grupos NÃO vulneráveis
8% = Mínimo Aceitável para grupos vulneráveis
9% Ideal: Ótimo crescimento e bom estado nutricional
10% Boa oferta de PTN de Boa Qualidade (PAVB)
>10% Desperdício de PTN para fins energéticos
Determina a relação entre a quantidade de proteínas e calorias não proteicas da dieta.
Aporte calórico não protéico por (g) nitrogênio da dieta.
KCAL / gN2:
Kcal/ gN2 = calorias não proteicas da dieta
gN2 da dieta
1g de N2 = 6,25g proteínas
VN = 180 : 1 – 300: 1
❑ Recomendação:
180:1 –300:1 (Para indivíduos eutróficos)
< 180:1 – têm-se mais proteínas em relação a Kcal (CHO e LIP), pode-se estar utilizando proteínas
como fonte de energia;
> 300:1 – têm-se menos proteínas em relação a Kcal (CHO e LIP), pode-se estar com déficit de
proteína em relação a energia; indicando excesso de energia – observar equilíbrio de CHO, Proteínas
e Lip.
>150:1 Normal e sem estresse
150 – 100:1 Estresse leve / moderado
<100:1 (80:1) Estresse grave
ASPEN, 1998
EXEMPLO:
- 2173,31 kcal Carboidrato + 815,87 kcal de lipídeos = 2989,18 kcal não proteico.
- 175,57g de proteína total ÷ 6,25 = 28,09g de N2.
ÁGUA METABÓLICA
❑ Oxidação:
Carboidrato: 0,6 / Proteína: 0,42 / Lipídeos: 1,07
Alimentos na forma líquida + água metabólica
1mL – VET OU 2700 mulher e 3700 homem OU 
30 a 40ml kg/P.
CALCULANDO DIETA:
Nutrientes SBAN 
(1990)
WHO 
(2002)
DRIs
(2001)
ABESO 
(2016)
Proteína 10 – 12%
( 12 a 14% Idosos)
10 – 15% 10 – 35% 15 – 20%
Carboidratos 60 – 70% 55 - 75% 45 – 65% 55 – 60%
Lipídios totais 20 – 25% 15 – 30% 20 – 35% 20 – 30%
Após encontrar o VET, deve-se fazer a distribuição energética dos macronutrientes na dieta:
Recomendações quantitativas devem ser seguidas, visando adequar a prescrição dietoterápica ao
controle da glicemia, conforme o quadro a seguir, adaptado das DSBS (2019-2020):
Recomendações nutricionais 
quantitativas ao tratamento do DM
Além da recomendação nutricional quantitativa, contida no quadro acima, há a contagem de
carboidratos e o índice glicêmico dos alimentos, como formas adjuvantes no tratamento nutricional
associadas ou não ao uso da insulina, o que contribui com a melhor escolha de alimentos para a
montagem dos cardápios, garantindo o cuidado nutricional eficiente.
As dislipidemias podem ser classificadas de acordo com a fração lipídica alterada em:
• Hipercolesterolemia isolada: aumento isolado do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL).
• Hipertrigliceridemia isolada: aumento isolado dos triglicérides (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥
175 mg/dL, se a amostra for obtida sem jejum).
• Hiperlipidemia mista: aumento do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL) e dos TG (TG ≥ 150
mg/dL ou ≥ 175 mg/ dL, se a amostra for obtida sem jejum). Se TG ≥ 400 mg/dL, o cálculo
do LDL-c pela fórmula de Friedewald é inadequado, devendo-se considerar a
hiperlipidemia mista quando o não HDL-c ≥ 190 mg/dL.
• HDL-c baixo: redução do HDL-c (homens < 40 mg/dL e mulheres < 50 mg/dL) isolada
ou em associação ao aumento de LDL-c ou de TG.
Bem-Vindos ao novo bloco trimestral....
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