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PESQUISA EM PESQUISA EM DESIGN DESIGN DEDE GAMESGAMES ARTIGO CIENTÍFICOARTIGO CIENTÍFICO Au to r ( a ) : M e . Fa b i o d o s S a n to s G o n ç a l ve s R ev i s o r : M e . Fe l i p e Au g u s to P i re s Tempo de leitura do conteúdo estimado em 1 hora e 10 minutos. Introdução Olá, estudante, seja bem-vindo(a)! Neste material, abordaremos, com detalhes, o artigo cientí�co e falaremos sobre os diferentes tipos de comunicação cientí�ca, sobre os fundamentos dos artigos cientí�cos e apresentaremos as diferentes seções dele, a importância das citações e das referências bibliográ�cas e conheceremos alguns exemplos de artigos. Além disso, desenvolveremos, ao longo deste material, toda a base para o artigo cientí�co, uma vez que esse tipo de publicação é a base para a produção cientí�ca e acadêmica. Pronto para começar? Podemos compreender a pesquisa como “um conjunto de procedimentos sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar soluções para problemas propostos” (ANDRADE, 2012, p.109). Essas soluções, Fundamentos do Artigo Científico comumente, são apresentadas à comunidade cientí�ca de diferentes formas, seja como uma monogra�a, uma tese, um pôster, dentre outras, incluindo o artigo cientí�co. O artigo cientí�co é, provavelmente, a principal forma de comunicação dos resultados das pesquisas cientí�cas. Antes de conhecermos os principais fundamentos dele, conheceremos outros tipos de trabalhos cientí�cos. Monografia e TCC A monogra�a se caracteriza como um tipo de trabalho de conclusão de curso e pode ser adotada para diferentes tipos de cursos superiores, mas aparece com maior frequência em cursos de licenciatura e de graduação plena ou, ainda, em cursos pós-graduação lato sensu. É menos comum nos cursos da área de tecnologia, como computação, por exemplo. De acordo com (WAZLAWIK, 2020, p.35), uma monogra�a deve apresentar uma solução para um problema. Inicialmente, portanto, um problema deve ser identi�cado. Seria errado iniciar a monogra�a simplesmente resolvendo criar um novo método para isso ou aquilo. Um novo método só deve ser criado se for para resolver algum problema que os antigos métodos não resolvem. Para muitos alunos, a monogra�a aparece como o primeiro contato com a pesquisa cientí�ca (WAZLAWIK, 2020). Esse fato, em parte, pode se transformar em um transtorno para o estudante, uma vez que a monogra�a é desenvolvida, comumente, ao �nal do curso. Por outro lado, as disciplinas que visam a apresentar a base para o desenvolvimento de uma pesquisa, como metodologia da pesquisa cientí�ca, são apresentadas nos períodos iniciais do curso. Assim, as di�culdades do estudante tendem a ser ainda maiores. Sobre as características da monogra�a, WASLAWIK (2020, p. 37) destaca que uma monogra�a é um documento que apresenta de forma organizada uma contribuição para o estado da arte, apresentando, portanto, informações que não eram conhecidas e que a partir do momento em que são publicadas passam a integrar o corpo de conhecimento relevante para quem for atuar em determinada área. Assim, �ca claro que a monogra�a é um tipo de pesquisa cientí�ca em que existe a necessidade de uma contribuição original, por parte do pesquisador, para o desenvolvimento do conhecimento. Além disso, uma característica comum da monogra�a é que a realização dela é feita individualmente, e o aluno deve ter um professor orientador, que será alguém com um nível maior de experiência com pesquisas cientí�cas e que deverá nortear o aluno durante a realização do trabalho. Outro tipo de trabalho de pesquisa cientí�ca é o TCC, ou Trabalho de Conclusão de Curso. O TCC é adotado com frequência em cursos de nível técnico e tecnólogos ou em cursos do ensino superior da área de tecnologia, principalmente cursos da área de computação, como sistemas de informação, engenharia de software e jogos digitais. Ao contrário da monogra�a, o formato do TCC pode ser bem variado, dependendo da característica do curso em que será desenvolvido. Isso ocorre porque existem documentos de desenvolvimento especí�cos para cada área. Por exemplo, para a área de desenvolvimento de sistemas, existem os diagramas de Uni�ed Modeling Language (UML) (Linguagem de Modelagem Uni�cada em português); e, para a área de desenvolvimento de jogos digitais, por sua vez, existe o Game Design Document (GDD) (Documento de Design do Jogo em português), dentre outros. Da mesma forma que a monogra�a, um TCC também necessita de um orientador. Apesar disso, o TCC se difere da monogra�a por ser composto de uma parte documental e, na grande maioria das vezes, de um produto atrelado, como um dispositivo eletrônico, uma maquete, um programa de computador, dentre outros tipos. Dissertação e Tese A dissertação e a tese são os tipos de pesquisa voltados para a pós-graduação stricto sensu, sendo a dissertação adotada como requisito fundamental para a conclusão do mestrado acadêmico e a tese para o doutorado. De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT (2011, p. 2), por meio da norma NBR 14724, a dissertação pode ser compreendida como: documento que apresenta o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo cientí�co retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade de sistematização do candidato. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando à obtenção do título de mestre. Assim, a dissertação poderia ser vista como um meio-termo entre o trabalho desenvolvido com a monogra�a e o trabalho de desenvolvimento da tese, uma vez que adota parte do rigor cientí�co da tese para investigar mais a fundo um determinado tema do que na monogra�a. Uma diferença interessante entre a realização de uma monogra�a e de uma dissertação é que a primeira é desenvolvida pelo aluno, comumente, em conjunto com as atividades das disciplinas cursadas no período. A dissertação, por sua vez, só passa a ser desenvolvida, o�cialmente, após o aluno concluir toda a carga horária de disciplinas obrigatórias do curso dele. Devemos observar que a obrigatoriedade da realização da dissertação só ocorre para os alunos de mestrado, contudo alguns programas de pós-graduação podem aceitar alunos diretamente para o doutorado, o que pode fazer com que nem todos os pesquisadores tenham, necessariamente, que desenvolver uma dissertação. A dissertação tem a necessidade de utilização da metodologia da pesquisa cientí�ca, pois tem um alto rigor na sistematização, na ordenação de ideias e na re�exão dela. Como toda pesquisa cientí�ca, a dissertação exige o desenvolvimento de algo inédito, porém pode estar voltada para a análise de um trabalho ou de um procedimento, não sendo necessário o mesmo grau de ineditismo que existe na tese. Devemos destacar que existem cursos de mestrado classi�cados como pro�ssionais. Nesses cursos, não é incomum que a dissertação seja substituída por um relatório técnico, uma vez que esse tipo de mestrado requer, necessariamente, o desenvolvimento de um produto. A tese pode ser considerada o ápice da produção de trabalho acadêmico, sendo que sua construção, comumente, necessita de um tempo maior de pesquisa e de profundidade. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2011, p. 2), a tese consiste em um documento que apresenta o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo cientí�co de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborado com base em investigação original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor) e visa a obtenção do título de doutor, ou similar. De forma semelhante à dissertação, a tese também só passará a ser desenvolvida quando o aluno concluir os créditos necessários para o doutoramento dele. Contudo o tempo para o desenvolvimento dela costuma ser maior, de dois anos aproximadamente, enquanto, na dissertação,levará algo em torno de um ano. Para que o nível de ineditismo da tese seja alcançado, é preciso que o pesquisador construa uma série de fundamentos cientí�cos. Esses fundamentos se constituem, principalmente, de investigações bibliográ�cas sistematizadas e a realização de experimentos com um alto rigor metodológico, que devem ser apresentadas para a comunidade acadêmica por meio de comunicações cientí�cas, como apresentação em congressos e publicação de artigos em revistas e em periódicos nacionais e internacionais. Como podemos ver, os fatores mais importantes para o desenvolvimento de uma tese são: o ineditismo e a publicação dos resultados dela; e, para este último, com certeza, o artigo cientí�co é a forma mais importante de apresentação das ideias da tese para a comunidade cientí�ca e acadêmica. Artigo Científico O artigo cientí�co pode ser considerado como a base de toda a produção cientí�ca existente. Ao longo da trajetória acadêmica, o pesquisador estará limitado, comumente, ao desenvolvimento de apenas uma monogra�a, uma dissertação e uma tese, a não ser que curse mais de uma graduação, de um mestrado ou de um doutorado. A produção do artigo cientí�co, por sua vez, não tem limites e é a principal fonte de divulgação cientí�ca. Para a Wazlawick (2020, p. 5), o artigo cientí�co pode ser compreendido como: a forma academicamente reconhecida de divulgação de um trabalho de pesquisa. No nível de mestrado, e especialmente no de doutorado, espera-se, e em alguns casos exige-se, a publicação de um artigo em uma conferência ou periódico de boa qualidade. Ao contrário do que ocorre na monogra�a, na dissertação e na tese, a elaboração de um artigo cientí�co, muitas vezes, é realizada por mais de um autor. Nesse caso, a ordem da autoria determina a importância de cada autor para o trabalho, sendo o primeiro autor o mais importante e o último o menos relevante. Wazlawick (2020, p. 106) faz algumas observações importantes sobre as características de um artigo cientí�co. Um artigo cientí�co em geral é um texto curto, com oito a doze páginas. Raramente um artigo terá mais do que dezesseis páginas. Então, o artigo não pode e não deve ser um tratado sobre uma área do conhecimento, mas a transcrição objetiva e precisa de uma ideia de pesquisa, do desenvolvimento que a validou e das suas consequências no mundo. Ou seja, para o autor, um artigo cientí�co é, em essência, a comunicação de uma ideia. Sendo assim, o nível de preocupação com a redação do artigo deve ser alto, as frases devem ser curtas, simples e diretas e o texto deve ser cadenciado, com frases e com parágrafos conectados. A existência de um parágrafo que não tem conexão com o parágrafo anterior ou com o próximo indica que aquele parágrafo, provavelmente, não tem relevância no artigo. Essas preocupações são importantes porque o número de páginas para a redação de um artigo depende do formato do periódico ou da revista ao qual ele será submetido. Esse espaço, comumente, �cará entre 10 e 12 páginas, podendo ser, inclusive, reduzido a 4 páginas. A qualidade de um artigo depende, em muito, da capacidade de síntese do autor. Para sintetizarmos o conhecimento adquirido sobre esse assunto, veja o infográ�co a seguir sobre os principais tipos de trabalhos cientí�cos. Fonte: Elaborado pelo autor. #PraCegoVer: o infográ�co apresentado é estático, em formato retangular, com fundo branco. Na parte superior, há o título geral na cor azul: “Principais tipos de trabalhos cientí�cos”. Abaixo, há três setas coloridas em diferentes tons de azul, preenchidas com subtítulos. Da esquerda para a direita, temos, na primeira seta, o subtítulo “Graduação ou especialização”; na segunda seta, “Mestrado” e, na terceira, “Doutorado”. Abaixo de cada uma das setas, há linhas pontilhadas na vertical que se conectam a retângulos com preenchimento branco e contorno azul. Neles, encontramos os seguintes textos, da esquerda para a direita: “Monogra�a ou TCC: principal modalidade de trabalho cientí�co adotada em cursos do ensino superior, como graduação, cursos tecnólogos e especializações” no primeiro retângulo. No segundo retângulo, há: “Dissertação: tipo de trabalho cientí�co obrigatório nos cursos de mestrado acadêmico”. No terceiro retângulo, há: “Tese: trabalho cientí�co de maior complexidade, pois é um requisito fundamental para a obtenção do título de doutor ou de PhD”. Por �m, na parte inferior do infográ�co, há um grande colchete que abrange todos os elementos da parte superior do infográ�co e se conecta, por meio de um traço vertical, a uma caixa de texto com bordas arredondadas e preenchimento azul-escuro, disposta abaixo do colchete, com o seguinte texto: “Artigo cientí�co: principal tipo de trabalho cientí�co, podendo e devendo ser desenvolvido pelo pesquisador ao longo de sua jornada acadêmica e também durante toda sua vida pro�ssional”. Apesar de existirem outros tipos de trabalhos cientí�cos, podemos estabelecer que, de uma forma geral, os principais se encontram listados aqui: a monogra�a e o TCC, a dissertação, a tese e o artigo cientí�co. Devido à importância do artigo e por ele ser a base da pesquisa cientí�ca, vamos estabelecer a ele uma importância maior, abordando-o com maiores detalhes nos próximos tópicos. Vamos em frente? Conhecimento Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) Conforme foi apresentado no material, existem diferentes tipos de trabalhos cientí�cos, em que cada um deles tem funções e características próprias, incluindo o nível de formação acadêmica ao qual eles se destinam, quando for esse o caso. Dentre os tipos apresentados, estão a monogra�a e o TCC, a dissertação, a tese e o artigo cientí�co. Sobre as características de cada um desses tipos de trabalho cientí�co, analise as a�rmativas a seguir e assinale V para a(s) Verdadeira(s) e F para a(s) Falsa(s). I. A dissertação é um tipo de trabalho acadêmico comumente adotado na pós- graduação do tipo especialização. II. O artigo cientí�co pode ser considerado a base de toda a pesquisa cientí�ca, podendo ser desenvolvido, inclusive, fora da vida acadêmica. III. A monogra�a e o TCC são trabalhos cientí�cos apresentados, comumente, nos cursos superiores e na especialização lato sensu. IV. A tese pode ser considerada o trabalho acadêmico de nível mais alto, porém a originalidade não é, necessariamente, exigida. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: a) V, F, F, V. b) F, V, V, F. c) F, F, F, V. d) F, V, V, V. e) V, V, F, V. Você conhece quais são as seções de um artigo cientí�co? De forma semelhante ao que ocorre em um projeto de pesquisa, o artigo cientí�co também tem uma estrutura de tópicos comum. Alguns desses tópicos são os mesmos que aparecem no projeto de pesquisa, porém com uma profundidade maior, principalmente no que diz respeito à revisão bibliográ�ca. Antes de abordarmos a estrutura de um artigo cientí�co, vamos conhecer os tipos básicos e a classi�cação dele. Seções de um Artigo Científico Tipos e Classificação de um Artigo Científico Apesar de todos os artigos terem uma estrutura “básica”, os elementos dessas estruturas podem ter algumas diferenças, dependendo do tipo e das normas do veículo ao qual o artigo será submetido. Essencialmente, os artigos cientí�cos podem ser dos seguintes tipos: artigo teórico; relato de experiência; artigo sobre métodos; editorial; carta para o editor; comentário. O tipo de arquivo comumente adotado para conteúdos voltados para a área de computação, como jogos digitais, é o artigo sobre métodos. Wazlawick (2020, p. 109) de�ne o seguinte sobre esse tipo de artigo: artigos sobre métodos são especialmente comuns na Ciência da Computação. Um bom artigo sobre método não pode ser simplesmente uma apresentação do método. Ele deve se concentrar nas vantagens que o método apresentado tem sobre outros anteriormente propostos para o mesmo problema ou problemas semelhantes. Um ponto importante sobre esse tipo de arquivo é que os métodos necessitam ter, de forma bem clara, um objetivoinformativo; em outras palavras, devem ser especí�cos. Além disso, é preciso que esse método relacione potencialidades e inovações do método proposto com os existentes. Por isso, para que o artigo tenha o rigor cientí�co necessário, é importante uma boa revisão bibliográ�ca para a comparação (WAZLAWICK, 2020, p.109). A importância de um artigo cientí�co é determinada pelo nível de contribuição cientí�ca dele e, principalmente, pelo veículo em que será vinculado. Assim, quanto maior o nível de um periódico ou de uma revista, por exemplo, maior será a importância do artigo. Isso é feito por meio de alguns critérios de classi�cação nacionais e internacionais. No Brasil, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (Capes) estabelece os critérios de classi�cação dos cursos das Instituições de Ensino Superior. Essa classi�cação é conhecida como Qualis e tem os seguintes indicadores de classi�cação (WAZLAWICK, 2020, p.113): A1 (índice mais alto) e A2: periódicos internacionais de altíssimo e alto nível; B1 e B2: periódicos nacionais de alto nível; B3, B4 e B5: periódicos nacionais de nível médio-baixo; C: periódicos sem relevância ou com impossibilidade de avaliação. Internacionalmente, existem outros sistemas de avaliação para os periódicos, dentre os quais estão: Google Scholar: estabelece classi�cação do periódico com base na produtividade e no impacto das citações dele; JCR (Journal Citation Reports): determina o número médio de citações dos artigos publicados no periódico; SNIP (Source Normalized Impact per Paper): semelhante ao JCR, contudo é especí�co para cada área do conhecimento; SJR (Scimago Journal & Country Rank): é medido com base no "prestígio" das citações que o artigo recebeu, sendo adotado, comumente, nos periódicos de acesso livre. É preciso ter cuidado ao escolher as fontes a serem utilizadas como base nos trabalhos cientí�cos. Por esse motivo, é importante buscar por artigos, por revistas, dentre outras fontes, que tenham um bom índice de avaliação, seja pelo Qualis ou por qualquer outro índice. Evite, ao máximo, fontes que não tenham classi�cação alguma. A classi�cação dos artigos cientí�cos é importante para que o pesquisador faça adequadamente a escolha pelo periódico ao qual pretende submetê-lo. Contudo, para nossa disciplina, esse conteúdo tem um caráter mais informativo, pois, antes de pensarmos onde vamos publicar nosso artigo, é preciso que tenhamos desenvolvido esse arquivo. Apresentados esses pontos, vamos, agora, conhecer alguns padrões de estrutura para artigos. Padrões do Artigo Científico S A I B A M A I S Os critérios estabelecidos para a classi�cação dos periódicos são fonte de grande discussão na sociedade acadêmica e cientí�ca. Internacionalmente, os critérios para a de�nição dos indicadores, como o JCR, apresentam-se, aparentemente, de forma mais objetiva que os critérios adotados no Brasil, por meio do Qualis. Contudo, sendo o JCR o critério internacional mais utilizado, é importante que o pesquisador saiba como relacionar esse fator com o Qualis, por meio do portal de periódicos da CAPES. Navegar no portal de periódicos da Capes, para consultar na extensa base dela, por publicações diversas, pode ser complicado para o estudante que está iniciando no mundo da pesquisa cientí�ca. Assim, a referência indicada servirá como um manual para o pesquisador iniciante, auxiliando na busca por informações no portal da Capes. Para saber mais, acesse o link a seguir: https://bit.ly/3kGTH4E Fonte: Clarivate Analytics (2019). https://www.periodicos.capes.gov.br/images/documents/Journal%20Citation%20Reports%20JCR%20(guia).pdf Conforme mencionado, a estrutura do artigo cientí�co pode sofrer uma leve alteração, com base no padrão adotado pelo periódico escolhido. Porém existem alguns padrões estabelecidos, inclusive no âmbito internacional, que podem ajudar o pesquisador no desenvolvimento do artigo dele. Para nortear o desenvolvimento do artigo cientí�co, existem diferentes padrões, dentre os quais podemos destacar o IDC, o FFC e o IMRD. Vejamos alguns detalhes sobre esses padrões. 1. IDC (Introdução, Desenvolvimento e Conclusão): Esse é, provavelmente, o padrão mais clássico para o desenvolvimento de um artigo cientí�co. Apesar de apresentar três elementos textuais principais, introdução, desenvolvimento e conclusão, em muitos casos, artigos nesse formato têm uma parte introdutória inicial e a conclusão dele. É um estilo adotado com relativa frequência em artigos voltados para a área de direito e oferece uma maior liberdade para o pesquisador. 2. FFC (Fatos, Fundamentos e Conclusão): Mesmo tendo um espaço limitado, esse padrão é adotado com frequência em teses jurídicas, pois apresenta o conteúdo dos fatos, analisa os fundamentos e apresenta uma conclusão. Esse formato apresenta algumas limitações, principalmente pelo motivo de que a argumentação (e opinião) tende a ter maior valor do que as evidências. 3. IMRD (Introdução, Métodos, Resultados e Discussão): Esse padrão, também conhecido como IMRAD, é, com certeza, o padrão mais utilizado no meio cientí�co, principalmente nos periódicos internacionais. Devido a popularidade dele, esse vai ser o padrão abordado com maiores detalhes nesse material. De acordo com Pereira (2012), no padrão IMRD a seção de Introdução deverá conter as informações que destaquem a relevância e justi�quem o desenvolvimento do trabalho proposto pelo pesquisador. A seção dos Métodos (método, material e métodos ou metodologia) deve descrever os elementos utilizados na pesquisa, como o estudo foi desenvolvido, como a amostra foi selecionada e qual o tamanho dela, como os dados foram obtidos, qual a análise adotada, dentre outros aspectos. A seção de Resultados deve conter os elementos encontrados na investigação, além de uma análise estatística, caso ela seja aplicável. A variação da sigla IMRD para IMRAD inclui, explicitamente, uma seção de Análise. Por �m, é na seção de Discussão que o pesquisador deverá apresentar os comentários e a devida interpretação dos resultados obtidos, a conclusão relacionada com a hipótese inicial e os objetivos informados. Se possível, essa seção deve conter, também, algumas recomendações para os trabalhos futuros e as limitações do trabalho. S A I B A M A I S Falamos sobre os critérios de classi�cação utilizados para periódicos, revistas, dentre outros. No Brasil, o padrão Qualis é o adotado com maior frequência, sendo assim, é importante conhecermos esse padrão de forma mais aprofundada, incluindo os aspectos fundamentais dele. A referência sugerida abaixo apresenta dez pontos essenciais para a compreensão do Qualis Periódicos e os critérios dele, reduzindo, assim, as dúvidas básicas apresentadas por pesquisadores iniciantes quando estão produzindo artigos deles para algum veículo de publicação. Para saber mais, acesse o link seguir: https://bit.ly/2YS7sWp Fonte: Barata (2016). https://www.gov.br/capes/pt-br/centrais-de-conteudo/copy33_of_Artigo_dez_coisas_sobre_o_qualis.pdf Apesar de os padrões apresentados sugerirem uma estrutura de seções, ou de tópicos, para o desenvolvimento dos artigos, essa estrutura não obriga o uso delas no artigo a ser desenvolvido. A seção de métodos pode ser apresentada, por exemplo, como desenvolvimento. Da mesma forma, uma seção pode ser quebrada em duas ou mais. Uma para materiais e outra para métodos, por exemplo. Agora, convido você a realizar a atividade a seguir e testar seus conhecimentos. Vamos lá? Conhecimento Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) Conforme abordado ao longo desta seção, existem alguns padrões para o desenvolvimento de artigos cientí�cos, utilizados como norte para o desenvolvedor, apresentando uma estrutura de tópicos para que ele possa seguir durante o trabalho de pesquisa dele. Desses padrões, o IMRD é um dos mais conhecidos e adotados. Sobre as características principais do IMRD, analise as a�rmativas a seguir e assinale V para a(s) Verdadeira(s) e F para a(s) Falsa(s). I. Opadrão IMRD também é conhecido como IMRAD, destacando, assim, a seção de Análise. II. O padrão IMRAD é adotado com frequência em teses jurídicas, em que mostra fatos, apresenta fundamentos e oferece uma conclusão. III. É o padrão mais clássico para o desenvolvimento de um artigo cientí�co, apresentando três elementos textuais: introdução, desenvolvimento e conclusão. IV. No IMRD, a introdução deve conter os elementos utilizados na pesquisa, como o estudo foi desenvolvido e como a amostra foi selecionada. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: a) V, F, F, V. b) V, F, F, F. c) F, F, F, V. d) F, V, V, V. e) V, V, F, V. Agora que conhecemos, de forma mais aprofundada, a estrutura básica de um artigo cientí�co, falta, ainda, discutirmos um pouco sobre um dos elementos mais importantes em qualquer pesquisa cientí�ca, as citações e as referências bibliográ�cas. Vem comigo! Citações e Referências Citações As citações têm como objetivo principal ajudar o pesquisador no embasamento das ideias dele. Comumente, todos os alunos que começam a se envolver com pesquisa têm dúvidas sobre a função da citação no momento que estão redigindo a redação dos trabalhos deles; a principal dúvida surge quanto às novas ideias. Por exemplo, eu nunca posso pensar e escrever sobre algo novo? A resposta sobre essa questão é simples: sim. Obviamente toda pesquisa exige pelo menos algum grau de contribuição inovadora, contudo a ideia nova precisa ser embasada com um alicerce teórico; ou seja, você só chegou a uma determinada conclusão porque utilizou saberes já estabelecidos. Caso contrário, como sabe que a ideia que está tendo é, realmente, nova? Assim as citações não devem ser utilizadas apenas por utilizar, mas, sim, devem ser devidamente amarradas para cercar e para justi�car as escolhas que o autor fez e as conclusões apresentadas por ele; isso também indica que não devemos abusar no uso das citações. De acordo com Wazlawick (2020), as citações não podem ser mais predominantes do que a contribuição do próprio autor, principalmente as citações diretas. Por falar nisso, vamos conhecer os dois tipos principais de citação: as diretas e as indiretas. As citações diretas são aquelas que apresentam uma descrição exata de um trecho do texto original. Nesse caso, o texto citado deve aparecer entre aspas no mesmo parágrafo se tiverem, no máximo, 3 linhas. Se o texto da citação tiver mais de 3 linhas, ela deve ser inserida em um novo parágrafo, com recuo de 4 centímetros do parágrafo, sem aspas. Por exemplo: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX (FULANO, 2020, p.2) As citações indiretas são aquelas em que o texto da referência não é exato, mas, sim, parafraseado, ou seja, a ideia do texto é compreendida e o autor faz a citação reescrevendo, com as próprias palavras dele, essa ideia. Nesse caso, o texto parafraseado não precisa estar entre aspas, porém requer atenção redobrada. Parafrasear não signi�ca apenas uma troca de palavras por sinônimos, mas, sim, uma reescrita da ideia. E lembre-se, nunca deixe de citar a fonte das ideias apresentadas no texto. Existe, ainda, um terceiro tipo de citação, caracterizado por ser a “citação de uma citação”. Nesses casos, devemos utilizar um termo do latim chamado apud. Esse termo, cujo signi�cado representa, de forma literal “junto a” ou “perto de”, deve ser utilizado no trabalho quando uma determinada obra cita outra obra e quando essa citação é considerada fundamental pelo autor do artigo cientí�co em questão. Em outras palavras, devemos utilizar a citação da citação de outro trabalho, sempre que não conseguirmos acesso à fonte original. O uso de uma citação com apud deve ser feito da seguinte forma: indica-se a fonte mais antiga, “original”, depois, a fonte mais nova, inserindo, no meio das duas, o termo apud. Por exemplo: • segundo Fulano (2016 apud BELTRANO, 2021, p.40); • “… recomenda tal abordagem” (FULANO, 2016 apud BELTRANO, 2021, p. 10); • “... tal de�nição se encontra defasada” (FULANO, 2016 apud BELTRANO, 2021, p. 5) • “XXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXX Fonte da imagem: Polina Zimmerman / Pexels XXXXXXXXXXXXX XXXXXX XXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXX XXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXX XXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXX XXX" (FULANO, 2016 apud BELTRANO, 2021, p. 1). Repare que o uso do termo apud pode ser feito tanto em citações diretas quanto em citações indiretas; em ambos os casos, o autor utilizado como fundamentação teórica deverá aparecer nas referências bibliográ�cas, não havendo necessidade de apresentar a referência da obra original, uma vez que ela não foi consultada. Conforme destacado anteriormente, devemos utilizar citações com certa moderação, principalmente no caso do apud, pois o uso não racional dele reduz a contribuição do autor e acaba por transformar o trabalho em uma espécie de mosaico de artigos. Referências As referências, que podem aparecer também como bibliogra�a ou referências bibliográ�cas, contêm a lista de todos os trabalhos citados ao longo do texto. Essas referências têm diferentes estilos e normas, que podem variar conforme o padrão adotado. No nosso trabalho, vamos seguir o padrão estabelecido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT, porém sem um grande aprofundamento. Em essência, as referências podem seguir um sistema alfabético ou um sistema numérico. No sistema alfabético, que é o que adotaremos, as referências devem aparecer em ordem alfabética de autor, conforme apresentado a seguir. 1. Livro: SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo. Local: Editora, ano de publicação. 2. Artigo de revista: SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo do artigo. Título do periódico, local, volume, fascículo, página inicial e �nal, mês e ano. 3. Documento eletrônico (com autor): SOBRENOME, Prenome. Título. Veículo de divulgação. Disponível em: http://... Acesso em: dia mês (abreviado) ano. 4. Documento eletrônico (Sem autor): TÍTULO da matéria (apenas primeira palavra em caixa alta). Veículo de divulgação. Disponível em: http://... Acesso em: dia mês (abreviado) ano. Note que, apesar de estarmos recomendando o padrão da Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT, existem diversos padrões que podem ser adotados por diferentes veículos de publicação, como periódicos, revistas, congressos, dentre outros. Sendo assim, é sempre importante consultar a chamada de trabalhos ou o edital do veículo para o qual estamos buscando a publicação do nosso trabalho. Livro: SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo. Local: Editora, ano de publicação. Um erro muito comum da maioria dos estudantes que começam as atividades cientí�cas deles é a citação do trecho de uma obra qualquer sem que a devida referência bibliográ�ca dela seja indicada. Não existe uma fórmula mágica para resolver esse problema, mas uma boa dica é revisar, com atenção, todo o documento, buscando, para cada citação, devida referência dela. Feito isso, deve- se fazer o caminho inverso, buscando, para cada referência, pelo menos, uma citação no texto. REFLITA O mundo dos jogos digitais renova-se constantemente. Cada dia mais, técnicas, mecânicas e novas tecnologias são apresentadas à comunidade de jogadores do mundo todo. Mas, em termos de ciência, será que essa evolução é acompanhada na mesma velocidade? Os cursos superiores que ensinam o desenvolvimento de games, por exemplo, estão no mesmo nível que a indústria? Re�ita sobre isso. A base para o uso das citações e das referências bibliográ�cas foi apresentada nesta seção. Apesar de ser modesta, esta seção é, provavelmente, a mais importante, pois o uso adequado das citações e das referênciassão a grande diferença entre um bom trabalho de pesquisa e uma simples cópia (plágio), sem genialidade alguma. Que tal praticar um pouco para fazer uso do conhecimento adquirido? Faça a atividade a seguir e pratique o que você aprendeu neste estudo. praticar Vamos Praticar Vimos que existem diferentes tipos de citações para referenciarmos as obras consultadas, sejam elas livros, artigos, �lmes, anais de congresso, entrevistas, dentre outras. Além disso, sabemos que as citações podem ser diretas, quando indicam o texto exato do autor, ou indiretas, quando fazem referência a trechos da obra do autor, transcritas de modo parafraseado. Como as citações serão utilizadas com grande frequência nos artigos e nos trabalhos que serão desenvolvidos ao longo da disciplina, faça um breve ensaio, referenciando, pelo menos, três obras, sobre qualquer tema, de forma direta e indireta. Você pode utilizar um mesmo trecho da obra para fazer os dois tipos de citação e comparar as diferenças. Nesta última seção, abordaremos a criação do artigo de pesquisa da nossa disciplina. Em essência, as bases para o artigo já foram apresentadas e, por esse motivo, somente comentaremos aqui sobre alguns pontos que ainda merecem destaque. O primeiro ponto que merece destaque para a produção de qualquer trabalho cientí�co é a inspiração. Precisamos buscar essa inspiração, precisamos pensar, re�etir sobre aquilo que será escrito, sobre o problema a ser formulado e sobre a contribuição que se pretende dar. E, sendo o trabalho algo como um artigo para área de games, temos uma vantagem, pois, de acordo com Rogers (2013, p.49), “uma boa ideia de jogo pode vir de qualquer lugar”. Uma vez que temos a ideia geral de como será nosso artigo, precisamos escolher e seguir uma estrutura. Nesse caso, estamos propondo uma estrutura para o nosso artigo com os seguintes elementos textuais (seções): título do artigo; autores; resumo; palavras-chave; introdução; referencial teórico; materiais e métodos; resultados; Produção do Trabalho Científico discussão; considerações �nais; referências. O título do artigo deve ser breve e simples, mas deve ser capaz de transmitir a ideia geral do artigo. Para os autores, devemos colocar todos os participantes do artigo, sendo o último deles o orientador dele. O resumo deve ser relacionado a todo o trabalho, porém em apenas um parágrafo (cerca de 200 palavras). Seu texto deve ser cadenciado, apresentando, inicialmente, a hipótese do artigo e os objetivos principais. Você deve apresentar, também, os resultados, com uma especial atenção para a inovação, e, por �m, as conclusões do artigo; tudo de forma sintética, é claro. Considerada uma das seções mais importantes do trabalho, a Introdução deve fornecer informações essenciais para a compreensão do artigo. Deve apresentar os seguintes elementos sintetizados: o problema a ser estudado; o que se sabe sobre esse problema (recorte do referencial teórico que será utilizado); qual a importância do problema (justi�cativa); e o que pretende ser feito (objetivos). Se houver uma hipótese, ela deve aparecer claramente nessa seção. O referencial teórico (revisão bibliográ�ca) deve conter a revisão da literatura sobre o tema, podendo incluir fatores históricos, principais contribuições, dentre outros conteúdos. O importante é que essa seção auxilie na compreensão da importância do tema, embasando-o teoricamente e justi�cando a pesquisa desenvolvida. A seção de materiais e métodos deve, em essência, responder aos seguintes questionamentos: o que foi utilizado (materiais) e como foi utilizado (métodos). Aqui, deve ser colocado, por exemplo, quais são os software utilizados no desenvolvimento do jogo ao qual o artigo se refere, incluindo a justi�cativa por uma ferramenta ou por outra. Além disso, deve informar, também, como esses software foram utilizados no jogo em questão. Por exemplo, em qual parte do projeto um determinado software de modelagem 3D foi adotado. É importante, contudo, separar bem o que são os materiais do método (ou metodologia) adotado. A seção resultados deve apresentar os resultados importantes do trabalho, conforme estabelecido na introdução. Nessa seção, o autor deve incluir elementos textuais sintéticos que ajudem o leitor a compreender, de forma mais simples, os resultados obtidos, como �guras, grá�cos e tabelas, todos devidamente referenciados. Uma dica importante para o uso desses elementos é que todo texto que eles têm, incluindo dados e valores, não devem ser repetidos na seção, mas, sim, comentados de forma sintetizada. A seção de discussão busca apresentar as descobertas do autor, a interpretação dele sobre os resultados obtidos e se as questões levantadas na introdução, como a hipótese, foram respondidas ou não. Aqui, o autor deve, efetivamente, justi�car a realização do trabalho dele, mostrando a importância dos resultados obtidos para o tratamento do problema apresentado. As limitações do trabalho devem aparecer aqui, delimitando de forma clara o trabalho e ajudando a validar a contribuição dele. A seção das referências deve conter todas as fontes citadas no texto, respeitando sempre aquela máxima: tudo que aparece citado no texto deve ter uma referência bibliográ�ca, e toda referência bibliográ�ca deve aparecer, pelo menos, uma vez citada no texto. Fonte: denyshutter / 123RF. Com isso, as seções principais do nosso modelo de artigo cientí�co foram apresentadas, sendo assim, já podemos começar o desenvolvimento do nosso artigo �nal da disciplina. Lembrem-se que as seções apresentadas devem aparecer no artigo, mas não, necessariamente, com esses nomes. Basta que conteúdo delas seja contemplado. Chegamos ao �m do nosso último tópico. Vamos praticar? Realize a atividade a seguir e aprenda um pouco mais sobre o assunto na prática. praticar Vamos Praticar Dentre as diferentes modalidades de trabalhos cientí�cos existentes, o artigo cientí�co constitui a base de toda a produção cientí�ca e acadêmica e, por esse motivo, deve receber uma atenção especial dos pesquisadores, transformando- se, inclusive, na principal atividade deles. A melhor forma de compreender a estrutura de um artigo cientí�co é exercitando. Assim, utilizando o modelo (template) proposto, tente desenvolver um artigo cientí�co sobre algum projeto de game que você esteja desenvolvendo ou que tenha desenvolvido. Material Complementar F I L M E Uma mente brilhante Ano: 2001 Comentário: O �lme nos conta a história de um gênio da matemática, John Nash, que, aos 21 anos, teve uma ideia genial para um teorema matemático que o tornou famoso no meio dele. Porém, Nash, com a grande arrogância dele, acaba sofrendo de alucinações que transformam totalmente a vida dele e a da família dele. Com um �nal surpreendente, o �lme passa uma boa ideia da importância e da grandiosidade da ciência. Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer disponível em: . TRA I LER L I V R O Level up: um guia para o design de grandes jogos Editora: Blucher Autor: Scott Rogers ISBN: 978-85-212-0701-6 (e-book) Comentário: O livro Level up é uma recomendação excelente para qualquer estudante de desenvolvimento de jogos. O autor apresenta conceitos fundamentais sobre game design e passa uma visão geral do processo de desenvolvimento de jogos, desde a história até o processo de publicação. Esse livro está disponível na nossa biblioteca on-line (Minha Biblioteca). Conclusão Ao longo desse estudo, apresentamos os conceitos fundamentais sobre a produção de um artigo cientí�co. Apresentamos os tipos de trabalhos cientí�cos mais comuns e focamos, especialmente, nos artigos. É importante que você, estudante, daqui para frente, procure desenvolver seus próprios artigos cientí�cos, seja individualmente ou em grupo. Não se deixe vencer pelas di�culdades iniciais, pois a prática levará, com certeza, à perfeição. Porém a principal lição, nesse caso, está voltada para as referências; nunca deixe de citar os autores. Referências ANDRADE, M. M. de. Introdução à metodologiado trabalho cientí�co: elaboração de trabalhos na graduação. 10. ed. São Paulo: Grupo GEN, 2012. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos. Rio de Janeiro: ABNT, 2011. BARATA, R. C. B. Dez coisas que você deveria saber sobre o Qualis. RBPG, Brasília, v. 13, n. 30, p. 13-40, jan./abr. 2016. Disponível em: https://www.gov.br/capes/pt-br/centrais- de-conteudo/copy33_of_Artigo_dez_coisas_sobre_o_qualis.pdf. Acesso em: 22 out. 2021. CLARIVATE ANALYTICS. Journal citation reports: como utilizar o JCR no Portal de Periódicos da CAPES. [S.l.]: Web of Science Group, 2019. Disponível em: https://www.gov.br/capes/pt-br/centrais-de-conteudo/copy33_of_Artigo_dez_coisas_sobre_o_qualis.pdf https://www.periodicos.capes.gov.br/images/documents/Journal%20Citation%20Repor ts%20JCR%20(guia).pdf. Acesso em: 22 out. 2021. PEREIRA. M. G. Estrutura do Artigo Cientí�co. Epidemiologia e Serviços de Saúde: revista do Sistema Único de Saúde do Brasil, Brasília, v. 21, n. 2, p. 351-352, abr./jun. 2012. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/rev_epi_vol21_n2.pdf. Acesso em: 23 out. 2021. ROGERS, S. Level up: um guia para o design de grandes jogos. São Paulo: Editora Blucher, 2013. UMA MENTE brilhante (A beautiful mind 2001) - Trailer Legendado. [S. l.: s. n.], 2017. 1 vídeo (2 min). Publicado pelo canal Arquivo de Trailer. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=q8vUMD1f0ss. Acesso em: 7 nov. 2021. WAZLAWICK, R. S. Metodologia de pesquisa para ciência da computação. São Paulo: Grupo GEN, 2020. https://www.periodicos.capes.gov.br/images/documents/Journal%20Citation%20Reports%20JCR%20(guia).pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/rev_epi_vol21_n2.pdf https://www.youtube.com/watch?v=q8vUMD1f0ss