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Reparo de Feridas e Alvéolos

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RESUMO DE CIRURGIA 2°B
Reparo de feridas 
· Epitelização: é o processo pelo qual as células epiteliais migram e se replicam via mitose e atravessam a ferida
Fases do reparo das feridas
· Fase inflamatória: acontece diante de uma lesão ou injuria tecidual podendo durar de 3 a 5 dias com os sinais que incluem em dor, rubor, calor, perda da função. O calor e a vermelhidão são causados pela vasodilatação. Essa fase denomina se por fase de intervalo pois é m período durante o qual não ocorre ganho significativo na consistência da feriada porque há pouca deposição de colágeno. Nessa fase a fibrina mantem a ferida unida. 
· Fase fibroblástica: os filamentos de fibrina que são derivados da coagulação do sangue, entrecruzam as feridas formando uma rede na qual os fibroblastos começam a produzir as substancias fundamentais e o tropocolageno. Os fibroblastos induzem as células mesenquimais pluripotentes presentes no local e na circulação a começar a produção de tropocolagenos no terceiro ou quarto dia pós a lesão do tecido. A rede de fibrina também é utilizada pelos novos capilares que brotam de vasos já existentes ao longo das margens da ferida e percorrem filamentos de fibrina para se cruzarem através da ferida. 
· Fase de remodelação: a fase final da ferida, que continua indefinidamente, pode ser conhecida também por maturação da ferida. Duante essa fase muitas das fibras de colágeno, anteriormente depositadas de maneira aleatória, são removidas à medida que são substituídas por novas fibras de colágenos, orientadas para melhor resistir as forças de tensão sobre a ferida. A resistência da ferida aumenta lentamente, as não alcança mais que 85% da resistência de um tecido sadio. Com a diminuição do metabolismo das feridas, reduz-se a vascularização, o que minimiza seu eritema. A elastina encontrada em peles normais e ligamentos não é reposta durante a cicatrização, então lesões nesses tecidos causam perda de elasticidade na área cicatrizada. Nessa fase restaura-se a estratificação epitelial, o colágeno é remodelado em padrões organizados de maneira mais eficiente, os fibroblastos desaparecem lentamente e a integridade vascular mostra se restabelecida. 
FATORES QUE PREJUDICAM O REPARO:
1. Corpo estranho: proliferam bactérias e causam infecções na qual liberam proteínas bacterianas que destroem o tecido o hospedeiro; o material estranho não bacteriano atua como um paraíso para as bactérias protegendo as de defesas dos hospedeiros; muitas vezes o corpo estranho é um antígeno e pode estimular uma reação inflamatória crônica que reduz a fibroplastia (resposta de cicatrização que ocorre no tecido conjuntivo).
2. Tecido necrótico: serve com barreira para o crescimento interno de células reparadoras; fase inflamatória prolongada; nicho protegido para as bactérias; sangue acumulado na ferida que pode servir como fonte de nutrientes para as bactérias; 
3. Isquemia: diminuição do fornecimento de sangue a uma ferida interfere em sua reparação. 
4. Tensão: qualquer coisa que tenda a manter as margens da ferida distantes. Se as suturas forem feitas com forças, os finos vasos serem comprimidos gerando isquemia e se elas forem removidas no inicio do processo de cicatrização a ferida sob tensão provavelmente irá reabrir e se se reparar com a formação a cicatriz e maior contração da ferida. 
REPARO POR PRIMEIRA, SEGUNDA E TERCEIRA INTENÇÃO
1° Intenção: As margens de uma ferida na qual não há perda de tecido são colocas e estabilizadas essencialmente na mesma posição anatômica que tinham antes da lesão, possibilitando a cura, a reparação da ferida ocorre com a formação mínima de cicatrizes porque os tecidos podem não perceber que a lesão ocorreu. 
2° intenção: implica que seja deixado um espaço entre as margens de uma incisão ou dilaceração ou entre o osso ou as extremidades nervosas após a reparação ou implica que ocorra perda de tecido em uma ferida para evitar a aproximação das extremidades da ferida. Essas situações demandam uma grande quantidade de migração epitelial, deposição de colágeno, contração e remodelação durante a cicatrização. A cicatrização ocorre de forma mais demorada e produz mais tecido cicatricial do que nos casos de cicatrização por primeira intenção. 
3° intenção: Refere-se a cura de feridas pela utilização de enxertos de tecido para cobrir grandes feridas e diminuir a distancia entre suas margens. 
REPARO DE ALVEOLO PÓS-EXTRAÇÃO
A remoção de um dente inicia a mesma sequencia de inflamação, epitelização, fibroplastia e remodelação, os alvéolos cicatrizam-se por segunda intenção. A fase inflamatória ocorre durante a primeira semana do reparo juntamente com a fibroplastia. Durante a primeira semana de reparo os osteoclastos acumulam-se ao longo da crista óssea. A segunda semana é marcada pela grande quantidade de tecido de granulação preenche o alvéolo. Os processos iniciados na segunda semana permanecem na terceira e quarta semana de reparo. Somente de 4/6 meses após a extração é que a linha d osso cortical que reveste o alvéolo (lâmina dura) se torna totalmente reabsorvida. 
REPARO OSSEO 
Inflamação, fibroplastia e remodelação também ocorrem durante o reparo de um osso lesionado, no entanto, ao contrário dos tecidos moles, osteoclastos e osteoblastos também estão envolvidos na reconstrução e na remodelação do tecido danificado. 
 Os osteoclastos derivados de células mesênquimais pluripotentes tem a função de reabsorver um osso necrosado e um osso que precisa ser remodelado. Os osteoblastos amadurecem em osteócitos que ficam aprisionados em lacunas da matriz óssea, que sofre calcificação. 
OSTEOINTEGRAÇÃO DE IMPLANTE 
é um processo biológico similar ao da cicatrização que consiste na ancoragem do implante ao tecido ósseo
NEUROPATOLOGIA FACIAL DE ORIGEM TRAUMÁTICA 
· Lesões de nervosos sensoriais na região maxilofacial, ocasionalmente, ocorrem como resultados de fraturas faciais, durante o tratamento de dentes inclusos ou condições patológicas. 
Cicatrização do nervo: 
· Fase 01: degeneração: dentro da degeneração podem ocorrer dois tipos. A desmielinização segmentar na qual a bainha mielínica é dissolvidade em segmentos isolados tendo como sintoma a parestesia, diestesia, hiperestesia e hipoestesia. Já a degeneração walleriana é o segundo tipo de degeneração que ocorre após um traumatismo no nervo
· Fase 02: Regeneração: pode começar quase logo após a lesão nervosa, também pode ter sintomatologia como parestesia ou diestesias. 
PATOLOGIA EM CTBMF 
Cistos não odontogênicos: origem inflamatória/restos celulares/deslocamento celular 
1. Cisto residual 
2. Cisto radicular 
3. Cisto nasopalatino do recém nascido 
4. Cisto nasolabial
5. Cisto do ducto tireoglosso 
6. Cistos linfoepiteliais cervical e oral 
Cistos odontogênicos: originários da formação da estrutura dentaria 
1. Cisto gengival do adulto
2. Cisto periodontal lateral 
3. Cisto de erupção 
4. Cisto dentigero 
5. Ceratocisto odontogênicos 
Tumores odontogênicos 
1. Tumores do epitélio odontogênico
· Ameloblastoma 
· Tumor odontogênico adenomatóide 
· Tumores odontogênicos epitelial calcificante 
2. Tumores odontogênicos mistos
· Odontoma 
3. Tumores do ectomesenquima 
· Mixoma 
Objetivos cirúrgicos básicos: 
· Erradicação da condição patológica: objetivo terapêutico de qualquer procedimento cirúrgico é remover completamente a lesão e não deixar células que poderiam proliferar gerando uma recidiva. Os métodos usados para atingir esse objetivo variam e dependem da natureza da condição patológica. 
Tratamento cirúrgico:
· É imperativo que identifique a lesão histopatologicamente através de biopsia previamente a condução de qualquer procedimento cirúrgico. Somente assim o procedimento apropriado pode ser escolhido para erradicar a lesão com mínima destruição dos tecidos normais adjacentes. 
· Reabilitação oral
1. Enucleação: é o processo através do qual se consegue a remoção total de uma lesão cística, deve ser feita com cuidado na tentativa de remover o cisto em uma peça única, sem fragmentar o que reduz as chances derecidivas
Indicação: é o tratamento de escolha para remoção dos cistos gnáticos desde que o mesmo possa ser removido de forma segura sem sacrificar estruturas adjacentes 
Vantagens: Possibilidade de realização do exame histopatológico; também serve para tratar adequadamente a lesão; a técnica é a mesma da biopsia EXCIONAL; 
2. Marsurização: É a técnica de descompressão através da criação de uma janela cirúrgica na parede do cisto, com o esvaziamento do seu conteúdo e com a manutenção da continuidade entre cisto e a cavidade oral, ou seio maxilar ou a cavidade nasal. Esse processo diminui a pressão intracistica e promove a diminuição e preenchimento ósseo. Pode ser usada como terapia isolada para um cisto ou como uma etapa preliminar no tratamento, com a enucleação adiada para um segundo momento. 
3. Enucleação curetagem: após a enucleação uma cureta ou uma broca são usadas para remover de 1 a 2mm de osso ao redor de toda a periferia da cavidade cística. Isso é feito para remover qualquer remanescente das células epiteliais que possa estar presente na periferia da parede cística ou da cavidade óssea. Essas células podem proliferar gerando uma recidiva do cisto. 
Indicação: remoção de um ceratocisto odontogênico; qualquer cisto que recidive após o que tenha sido considerada uma remoção completa. 
Vantagens: se a enucleação deixar remanescentes epiteliais, a curetagem pode remove las diminuindo, portanto, a probabilidade de recidivas. 
Desvantagens: a polpa dentaria pode ser destituída de seu suprimento neuro vascular quando a curetagem é realiza em região próxima as extremidades das raízes, os feixes neuro vasculares adjacentes também podem ser danificados; 
CISTO RADICULAR 
· Capsula de tecido conjuntivo fibrosa revestida por epitélio com um lumen contendo liquido e restos celulares;
· Caracteristicas: Assintomatico a menos que exista uma exacerbação inflamatória aguda; pode ocorrer mobilidade e deslocamento de dentes adjacentes. O dente de origem não responde ao teste pulpar térmico e eletricoe radiograficamente a lesão é radiolucida periapical pequena, perdada lamina dura ao longo da raiz adjacente. 
· Tratamento: extração dentaria ou tratamento endodôntico conservador;
CISTO RESIDUAL 
· A mesma do cisto radicular;
· Características: lesão radiolucida de forma circular a oval de tamanho variável no interior do processo alveolar no sitio de uma extração previa. 
· Tratamento: remoção cirúrgica (enucleação); 
CISTO PALATINO DO RECEM NASCIDO 
· Achado comum do desenvolvimento em recém-nascidos 
· Características clinicas e radiográficas: pápulas branco amareladas ao longo da rafe palatina ou entre palato duro e palatomole. 
· Tratamento: nenhum tratamento e necessário 
· Conhecida como perolas de epsten e também temos nódulos de bohn
CISTI NASOLABIAL 
· Remanescente epiteliais retidos na linha de fusão dos processos nasais e maxilar, ou epitélio que forma o ductonasolacrial;
· Características clinicas e radiográficas: tumefação em lábio superior lateralmente á linha media, causando uma elevação da asa do nariz; Apagamento do sulco nasolabial; adultos – 4 a 4 decada de vida/mulheres 
· Tratamento: excisão cirúrgica completa do cisto;
CISTO DO DUCTO NASOPALATINO 
· Cisto do canal incisivo; cisto de desenvolvimento mais comum – remanescentes do ducto nasopalatino; 
· Características clinicas e radiográficas: Entre os ápices do incisivos centrais superiores; se acometer somente tecido mole – cisto da papila incisiva. Entre a 4 a 6 decada de vida, acometendo mais homens. Radiograficamnete: área radiolucida bem deflimitada entre os incisivos superiores
· Tratamento: enucleação cirúrgica; 
CISTO DO DUCTO TIREOGLOSSO 
· Glandula tireoide – forame cego ate abaixo da cartilagem tireoide, formação do ducto tireoglosso; atrofia e obliteração do ducto; remanescentes desse ducto podem persistir no trajeto; 
CISTO DO DUCTO TIREOGLOSSO 
· Cisto de desenvolvimento 
· Caracteristucas clinicas e radiográficas: 60ª 80% abaixo do osso hioide; qualquer idade diagnosticada na segunda década da vida sem predileção por sexo. Tumefação móvel, flutuane e ídolos a 3 a 10cm
· Tratamento: técnica de sistrunck
CISTO LINFOEPITELAIS CERVICAL E ORAL 
· Cisto de desenvolvimento de origem incerta: das fendas branquiais ou remanescentes da glândula parotida; 
· Características: lateral superior do pescoço, adultos jovens; o cisto apresenta se como uma massa mole flutuante que pode variar de 1 a 10cm de diâmetro;
· Tratamento: remoção cirúrgica;
CISTO GENGIVAL DO ADULTO 
· Incomum, sendo considerada a contraparte dos tecidps moles do cisto periodontal lateral. Derivado dos restos da lamina dentaria 
· Caracteristicas: tem preferencia pela área de canino e pré molares inferiores. Surge na mucosa alveolar ou gengiva vestibular. Apresente tumefações seelhantesa uma cúpula com menos de 0,5 de diâmetro de coloração azulada ou azul acinzentado.
CISTO PERIODONTAL LATERAL 
· É um tipo incomum de cisto odontogenico de desenvolvimento que, caracteristicamente ocorre ao longo da superfície lateral da raiz de um dente. 
· Derivado dos restos da lamina dentaria;
· Características clinas e radiográficas: assintomática, achado radiográfico, localizado preferencialmente em incisivos laterais e caninos e pré molares inferiores (mandíbula e maxila); radiograficamente área radiolucida bem circuncrita, localizada lateralmente a raiz de dentes vitais. A maioria tem menos de 1cm em seu maior diâmetro. 
· Tratamento: Enucleação conservadora;
CISTO DE ERUPÇÃO 
· Hematoma de erupção; é um cisto análogo ao dentigero porem em tecido mole; resultado da separação do folículo dentário que envolve a coroa de um dente em erupção que está dentro dos tecidos moles sobre o osso alveolar. 
· Característica clinica: tumefação mole, translucida da mucosa gengival, recobrindo a coroa de um dente decíduo ou permanente em erupção; crianças menos de anos; primeiros molares permanentes, incisivos superiores; 
· Tratamento: pode não ser necessário nenhum tratamento porque frequentemente o cisto rompe expontaneamente; ulotomia: abertura da mucosa apenas com uma incisão; ulectomia: remoção do tecido gengival fibroso ‘’capuz’’ que recobre a coroa do dente; 
CISTO DENTIGERO 
· Cisto folicular: cisto que se origina pela separação do folículo da coroa de um dente incluso. É um tipo de cisto odontogenico de desenvolvimento mais comum, envolve a coroa do dente incluso e esta unido ao dente através da junção amelo-cementaria. Patogenese é desconhecida. Acumulo de liquido entre o epitélio reduzido do esmalte e a coroa do dente.
· Características clinicas e radiográficas: Qualquer dente incluso, terceiros molares inferiores, caninos superiores, terceiros molares superiores e segundo pre molares inferiores; frequência: a 10 a 30 anos de idade. Ligeira predileção por homens e a prevalência é maior em brancos, assintomático e é um achado radiográfico;
· Tratamento: cuidadosa enucleação e remoção do dente incluso associado; se a erupção do dente for viável, então é removida parcialmente uma parede do cisto de marsupialização; maioria das vezes o prognostico é excelente; 
CERATOCISTO ODONTOGENICO 
· É uma forma distinta de cisto odontogenico de desenvolvimento que requer considerações especiais por causa do seu comportamento clinico e aspectos histológicos; se origina de células remanescentes da lamina dentaria; apresenta um crescimento biológico e mecanismo de crescimento diferentes do cisti radicular e do cisto dentigero; 
· Caraceristicas: pacientes de idade variável de 10 a 40 anos; leve predileção ao sexo masculino; 60 a 80% dos casos mais em regiões posteriores do corpo da mandíbula e o ramo ascendente; os ceratocistos são assintomáticos e achados radiográficos; os maiores podem estar associados a dor e tumefação ou drenagem; radiograficamente apresentam uma área radiotrasnsparencia bem definida com margens regulares e frequentemente cortiçadas; uni ou multilocutada; pode estar associada a um dente incluso , sugerindo diagnóstico de cisto dentigero; reabsorção das raízesdos dentes adjacentes irrompidos é incomum; 
· Histopatológicos: revestimento epitelial com espessura de 6 a 8 celulas, com uma camada basal em palicada e hipercronica. Superfície paraceratinizada corrugada; 
· Comportamento agressivo, alta recidiva;
· Atividademitotica e celularidade aumentadas do epitélio do ceratocisto odontogenico;
· Tratamento: enucleação ou curetagem; cisto muito friável (capsula cística muito fina) por isso recidivas são comuns; 
TUMORES DE ORIGEM EPITELIAL 
AMELOBLASTOMA 
· São tumores de origem epitelial odontogenica. Teoricamente, eles podem surgir dps restos da lamina dentaria de um órgão do esmalte em desenvolvimento do revestimento epitelial de um cisto odontogenico, ou das células basais da mucosa oral;
· Característica clinica e radiográficas: crescimento lento e invasivo; curso benigno, três tipos: 
1. Solido convencional ou multicistico: uma lesão radiolucida multilocular; favos de mel ou bolhas de sabão; expansão das corticais osseas; pode causar a reabsorção radicular; Tratamento: enucleação seguida por curetagem; ressecção em bloco;
2. Unicistico: assintomático, região posterior de mandíbula associada ao terceiro molar incluso; área radiolucida bem demarcada, podendo apresentar margens festonadas; 
3. Periférico: é uma lesão incomum sendo responsável por cerca de 1 a 10% de todos os ameloblastomas: característica clinica e radiográficos: lesão indolor, não ulcerada séssil ou pedunculada, que acomete a mucosa gengival ou alveolar; adultos de meia idade; mucosa alveolar e gengival posterior; mais comuns em mandíbulas do que maxila; tratamento: respondem bem à excisão cirúrgica local; 
TUMOR ODONTOGENICO ADENOMATÓIDE 
· Apesar de haver evidencias de que as células tumorais são derivadas do epitélio do órgão do esmalte, os investigadores também sugerem que a lesão surja dos remanescentes da lamina dentaria; 
· Características clinicas e radiográficas: 10 a 19 anos; pequenos aumentos de volume sesseis ba gengiva vestibular da maxila; não excedem de 3cm de diâmetro; clinicamente essas lesões não podem ser diferenciadas das lesões fibrosas comuns da gengiva; assintomáticas; tratamento: enucleação cirúrgica; 
TUMOR ODONTOGÊNICO EPITELIAL CALCIFICANTE 
· Tumor de pindborg; apesar de o tumor ser claramente de origem odontogenica, sua histogênese permanece incerta; 
· Características: 30 a 50 anos, sem predileção pelo sexo. Mandíbula região posterior; um aumento d volume indolor de crescimento lento, é o sinal mais comum de apresentação; radiolucida uni ou multilocular com um padrão unilocular encontradi mais comumente na maxila. As margens são festonadas e em geral se apresentam relativamente bem definidas. A lesão são inteiramente radiolucida, mas o defeito geralmente contem estruturas calcificadas de tamanhos e densidades variadas;
· Tratamento: ressecção local conservadora; 
ODONTOMA 
· São mais comuns de tumores odontogenicos; considerados como anomalias do desenvolvimento;
· Características clinicas: duas categorias composto e o complexo; mais em maxila; media de idade de diagnostico: 14 anos; tratamento: Excisão local simples;
1. Odontoma composto: é formado por múltiplas estruturas pequenas, semelhante a dentes; 
2. Complexo: consiste em uma massa conglomerada de esmalte e dentina, que não exibe semelhança anatômica com um dente;
TUMORES DE ORIGEM DO ECTOMESENQUIMA
MIXOMA 
· Acredita se que os mixomas dos ossos gnaticos se originem no ectomesenquima odontogenico. Eles exibem uma grande semelhança microscópica com a porção mesenquimal de um dente em desenvolvimento;
· Características: adultos jovens de 25 a 30 anos, sem predileção de sexo; assintomático; mandíbula é a mais acometida que a maxila. O crescimento clinico do tumor pode ser rápida, o que provavelmente está relacionado ao acúmulo de substancias fundamental mixoide no tumor; radiograficamente o mixoma se apresenta como uma lesão radiolucida uni ou multilocular, que pode deslocar ou causar a reabsorção dos dentes na região do tumor; as margens da lesão radiolucida são frequentemente irregulares ou festonados. 
· Tratamento: pequenos: curetagem e acompanhamento; grandes: ressecção mais extensas, uma vez que os mixomas não são encapsulados e tendem a infiltrar o osso adjacente; 
RESUMO 
· 
INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS
As infecções orofaciais são os motivos mais comuns que levam pacientes a procurar o cirurgião dentista, ela se deve se principalmente a carie dentaria, com patologia periapical inflamatória manifestando se clinicamente como dor e edema; no entanto as lesões periapicais envolvendo o ápice radicular podem se estender para além do osso da maxila ou da mandíbula e se espalhar para os tecidos moles adjacentes e distantes; 
Edema 
· Acumulo de liquido intersisticial de inflamação ou infecção vizinha 
· Macio e difusamente endurecida 
· Edema 
· Aeróbio 
Celulite 
· Propagação de bactérias em um espaço junto com o acumulo de liquido intersticial 
· Mais sensilvel a palpação
· Misto aerobio e anaeróbio
· Serossanguinolenta ou xom purulência 
· Tratamento: antibioticoterapia, tratamento doelemento dentário após a cessação da infecção;
Abcesso 
· Desagregação da necrose linfefativa para formar purulência nos tecidos moles 
· Geralmente flutuante
· Anaerobio 
· Coleção localizada ou com purulência 
· Tratamento: drenagem no ponto de flutuação; antibioticoterapia, tratamento do elemento após a cessação da infecção;
ANGINA DE LUDWING 
· Angina de ludwin é uma celulite aguda e toxica que invade os espaços faciais submandibular, sublingual bilateralmente e espaço submentoniano; 
· Etiologia: infecção pós extração de molares inferiores, sialoadenite submandibular, fraturas de mandíbula e feridas em soalho bucal;
PERICONARITE 
· Processo inflamatório que ocorre geralmente devido ao acumulo de restos alimentares entre a superfície dentaria e o tecido gengival que o recobre. Quando um dente incluso se encontra parcialmente erupcionado, um processo inflamatório pode ocorrer, podendo evoluir para um processo infeccioso associado a microorganismos do biofilme dental;
· Leve: caracteriza por discreta inflamação do tecido gengival local, hiperemia e desconforto doloroso a palpação, preconiza se a irrigação local com soro fisiológico e com solução de digliconato de clorexidina a 0,12. Pode ou não associar a um AINE (Analgesico); além de dor, hipermia local, edema ou trismo;
· Moderada: AINE (Anti-inflamatorio) + solução de digliconato de clorexidina a 0,12%; além de dor, hiperemia local, edema ou trismo com supuração local; 
· Grave: antibiótico + AINE (anti-inflamatorio) + solução de digliconato de clrexedina a 0,12%; 
SITUAÇÕES QUE ÉNECESSARIO O USO DE ANTIBIOTICOS
1. Infecções aguda e de progressão rápida; 
2. Infecção difusa e não circunscrita além dos processos alveolares; 
3. Pacientes com doenças sistêmicas; 
4. Febre alta e permanente; 
5. Comprometimento das defesas do hospedeiro;
6. Envolvimento dos espaços faciais; 
7. Periconarite grave 
8. Osteomielite
SITUAÇÕES QUE NÃO É NECESSARIO O USO DE ANTIBIOTICOS 
· Abcessos crônicos e bem-localizados; 
· Abcessos localizados em fundo de vestíbulo, sem tumefaçãofacial; 
· Ausência de toxemia; 
· Pericoronarite branda;
· Alveolite sem sinais clínicos de toxemia;
COMPLICAÇÕES EM CIRURGIA ORAL
BIOFOSFONATOS: tem sido amplamente empregues no controle de metástases osseas em diversos canceres como câncer de mama, próstata, mieloma múltiplo, bem como de outras complicações osseas, como a osteoporose; 
· A droga diminui a reabsorção óssea, inibindo a atividade osteoclastica e o recrutamento de osteoclastos não tendi a remodelação ossea, promovendo a apoptose destes; 
· Bifosfonato de segunda e terceira geração: alendronato e zoledronato; 
ALVEOLOPLASTIA 
· Consiste na compressão das paredes laterais do alvéolo dentário após a extração dentaria simples
· É um procedimento cirúrgico de remodelação e remoção de irregularidades do osso de onde um ou mais dentes foram extraídos ou perdidos;
· Alveoloplastia simples elimina áreas de irregularidadesvestibulares pela remoção do osso cortical vestibular;
IMPLANTODONTIA 
· FIBROINTEGRAÇÃO: é o processo no qual um implante dental se conecta a um tecido fibroso, em vez de se unir diretamente ao osso como na osseintegração. Nesse caso o implante é envolvido por uma camada de tecido conjuntivo, que estabelece uma ligação firma, porem flexível entre o implante e os tecidos moles orais; 
EMERGENCIA 
As mais frequentes são: 
· Crise hipertensiva:
· Angina pectoris:
· Infarto do miocárdio:
· Hipoglicemia:
· Acidente vascular cerebral:
· Convulsão:
· Reações de hipersensibilidade:
· Hiperventilação:
· Asfixia:
· Sincope vasovagal ou neurogênica: seu mecanismo é caracterizado por um reflexo autonômico paradoxal e que a via eferente é representada por ativação vagal e inibição simpática, com consequente hipotensão arterial e sincope. 
· Breve perda de consciente e tônus postural seguida de recuperação e completa; hipóxia; 2-3 minutos para recuperação; cabeça entre as pernas e decúbito dorsal, monitorar sinais vitais; não usar trendelemburg; 
· Lipotimia: é causada é causada por uma diminuição passageira da oxigenação cerebral, originário do stress emocional que o paciente vivencia: visualização de sangue, visualização ou barulho do instrumental; 
Pill e Gregory 
Alveolite
Comunicação buco sinusal 
 
COMPLICAÇÕE ALVEOLITE: É uma complicação pós-operatória que ocorre em maior frequência na extração dentaria, caracterizada por apresentar dor de amplitude leve a intensa que ocorre devido a perda prematura do coagulo mal formado no interior do alvéolo dentário deixando as terminações nervosas do alvéolo expostas. Sintomatologia entre terceiro e quinto dia de pós-operatório e, em alguns casos a dor pode se irradiar para o ouvido na região temporal. 
· Pode ser seca ou purulenta 
· Causa: remoção parcial ou total de coagulo 
· Sucção
· Palitos 
· Bochechos 
· Fumo 
· Higiene bucal precária 
1. Tratamento
2. Anestesia local troncular
3. Anestesia tópica dentro do alvéolo 
4. Curetagem para remoção do tecido necrosado
5. Irrigação 
6. Quando o alvéolo estiver cheio de sangue pode suturar 
7. Prescrição de medicação pós-operatório 
 
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