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Assembleia da Biologia UFSC Meiembipe, 19 de Junho de 2024 Horário: 18h30 Presentes: 125 alunes Da-se início a assembleia às 18:44. _________________________________________________________________________ Inicialmente, foram feitas as apresentações dos integrantes que ministram a mesa. Abriu-se a explicação da estrutura da mesa que foi submetida a votação e aprovada por unanimidade. —------ Tempo: Marçal Mediadores: Vanessa e Ian Inscrições: Kami Ata : Cíntia e Mateus Estrutura da Assembleia: 10 minutos de informes 10 minutos de conjuntura cada tópico Pauta: Avaliação sobre continuidade da greve 15 falas de até 3min Foi definido um teto para a reunião : 21horas INFORMES Informes da assembleia passada: Não bateu quórum, portanto os encaminhamentos foram tirados como comando de greve, e levados para a reunião ampliada do CCB. Amanhã (20/06) haverá assembleia geral dos estudantes às 18:30 no ginásio 01 do CDS, credenciamento começa às 17h Sexta: Vai haver reunião com o Mobiliza CCB às 8:00h, local a definir e colegiado às 10:00h (discussão da reposição das aulas e calendário)- Será aberta no auditório. Repasse sobre a reunião do comando estudantil da Biologia 17/06 (Fala de Gabriel Laurindo): Comenta sobre a desmobilização vista através da diminuição de pessoas presentes nas assembleias do curso, com o momento difícil após a não suspensão do calendário, porém com a conquista da resolução 189. Nessa reunião debatemos os rumos da greve, uma possível retomada, e segunda-feira tiramos um encaminhamento de voltarmos às aulas na segunda-feira, e desocupar de sexta a domingo. Isso se dá muito pela dificuldade de mobilização e participação ativa da base nos espaços propostos. Repasse reunião Mobiliza CCB: Primeiro ponto trazido por Guli, os colegiados terão 5 dias após saída da greve dos discentes, para voltar a dar as aulas.Segundo ponto, já existe um documento que esclarece as orientações para a reposição das aulas. Provas só podem ser passadas depois de 10 dias após saída de greve. Caso ocorram, trazer para comando de greve, coordenação ou chefia de departamentos. Informe sobre o evento deste sábado às 10h na frente da Catedral que será focado em um ato pró-palestina. Além disso, às 15h ocorrerá a festa junina da Biologia. Informe Mostra de música: um evento histórico na biologia, resgatado durante a greve, a mostra de música será adiada mas ainda sem data pré definida. Reunião Mitia às 16h- CCB 01 sobre aborto MOMENTO CONJUNTURA Contexto na UFSC: Mais de um mês de greve, no contexto da biologia já somam-se 43 dias de greve e ocupação. Desde a pandemia há um esvaziamento dos espaços e centros acadêmicos, de formação política, de espaços de coletividade, as forças foram se perdendo, muito devido à precarização da permanência estudantil e da forte influência do neoliberalismo. Somado a esta realidade estão os cortes que desde 2015, vem aumentando a lacuna financeira das universidades federais. Também é comentado a situação difícil que os professores enfrentaram com o sindicato e a invisibilização da luta dos TAEs. A falta de intimidade com o próprio ambiente universitário cria um ambiente no qual as pessoas não tem interesse em se manter por muito tempo, pois se torna muito custoso. Isso torna muito complicado lutarmos pelos nossos direitos estudantis. Mais de 30 cursos deliberaram greve, porém muitos cursos não entraram em greve, e houve muita dificuldade de comunicação com diversos centros (comenta-se o aumento do incentivo privado em cursos o que afasta estudantes da real situação da universidade). Não é possível fazer greve sem massa, e poucos cursos conseguiram efetivamente mobilizar suas bases, diferente da biologia que teve um início vigoroso, mas que também foi se esvaziando ao decorrer das semanas. Precisamos pensar no contexto geral que estamos na luta estudantil da UFSC, mas também no contexto da biologia para compreendermos como proceder nas próximas semanas. Jéssica comenta sobre a PAC: Assistiu a reunião do Lula com os Reitores, proposta não é suficiente para ressarcir as universidades no contexto atual, 5,5 bilhões, não vai suprir a demanda de estruturas e permanência estudantil. Diversas falas desmobilizadoras, TAEs e discentes não foram reconhecidas pelo Lula. Independente de greve ou não, que a pressão continue para conquistarmos nossas demandas. A greve dos TAEs está com tendência a acabar porém sem previsão, e alguns estudantes de outras universidades entraram agora, evidenciando um descompasso entre greves. Contexto da privatização da educação Elizabeth: PAC traz a ideia de ampliar universidades, mas não temos condições nem de manter nossas estruturas já constituídas. Até que ponto esse governo está de fato pensando na valorização da educação federal? Esse projeto vai muito de encontro a ações já tomadas anteriormente para sucatear e privatizar as universidades. O sucateamento faz com que o pensamento coletivo não seja mais da valorização do espaço e da construção da universidade pelos estudantes, mas sim um pensamento mais individual de finalização rápida da graduação. Além disso, vem também a tentativa de fazer com que as aulas ocorram mais de forma remota e impessoal possível. A desvalorização da carreira e da contratação de técnicos, professores e a falta de condições estudantis aumenta a fraqueza do sistema público e o prepara para a privatização velada. A privatização da educação é um projeto, em 2019 tivemos a tentativa de passar o Future-se, tivemos a pandemia em 2020 que deixar marcas na educação até hoje com as seguidas tentativas de hibridização dos espaços, tivemos a tentativa de aprovar que a pós graduação tenha uma porcentagem de seu curso de forma remota, além das recorrentes pressões para cobrança de mensalidade na pós. Quando a privatização e desvalorização da universidade desmontam a carreira dos TAEs e profs, esses podem acabar sendo terceirizados, depois disso, quanto tempo até começar a ser cobrada mensalidade na pós e na graduação. Fala do Ian : Comenta sobre a estrutura da universidade e sobre a conversa com o prefeito da universidade. A PAC não mantém nem metade das necessidades discricionárias do UFSC. Afirma que alguns dos reparos necessários no CCB estão sendo encaminhados pela prefeitura, como a questão das capelas. Apresentação dos momentos ocorridos durante esse nosso momento de greve : fotos mostrando nossas atuações → formações culturais, politicas, artísticas e diversos eventos. DEBATE Pauta: Avaliação continuidade da greve (Abertura a opiniões, esclarecimentos, etc) 15 falas de 3 min Dani: O que acontece quando há uma privatização da universidade? O projeto político e pedagógico de curso e o currículo estruturado foram estruturados através de construções conjuntas. Quando ocorre uma privatização é perdido esse direito de construção e luta por um projeto de universidade que nos contemple. A privatização impede que estejamos participando ativamente das decisões referentes às políticas para nossa profissão, para a educação e para nosso curso dentro e fora da sala de aula. Não é só sobre a forma de contratação dos TAEs e docentes sendo terceirizados pela privatização, mas sobre o projeto de formação de biólogues que estarão futuramente atuando nas instituições, os professores que serão formados e a qualidade desses profissionais para terem uma formação crítica. Jéssica: Por que não conseguimos uma mobilização tão grande quanto em 2019?, Pois os movimentos governamentais no sentido da privatização estão ocorrendo de maneira mais velada e gradativa, não como o projeto escancarado de 2019. Poderia ter tido um movimento maior, mas que mesmo assim, trouxe um grande espaço de discussão da universidade, construção de muitos laços dentro e fora do curso, formação política, cultural, e que com toda certeza ensinou muito a todos que puderam fazer parte. Glória: Fala sobre as coisas positivas da greve, manutenção do espírito de luta e compreendercomo ocorre o funcionamento de um curso e das dinâmicas de alunos. Se compadece com todas as pessoas que por qualquer motivo não puderam participar das atividades de greve, seja por estarem trampando, saúde ou questões familiares. Daisi: ALESC- Simpósio de discussão do ensino superior para pessoas autistas e PCDs, teve participação de diversas universidades nacionais e internacionais, UFSC recebeu prêmio de acessibilidade, porém, a Prograd está sucateada e sem disponibilidade de intérpretes de LIBRAS, trouxe um relato de um estudante surdo, que não tem acesso a intérpretes para suas aulas e questiona a acessibilidade nas aulas para pessoas autistas. Bruno: Não conseguimos alcançar o grande objetivo, mas foi importante para formar o movimento estudantil novamente, que estava extremamente desmobilizado. Vivemos uma falácia de falta de dinheiro, porém o governo gasta mais de 700 milhões para pagar dívida pública. A greve para ele,foi construir essa discussão com outras pessoas e que próximos movimentos virão a ser mais fáceis de serem construídos. Bru Weruk: Esvaziamento da greve, foi pelas pessoas estarem com psicológico abalado, pós pandemia, governo Bolsonaro, cansaço, estresse, e se manter nessa cidade tão cara. Comenta sobre aulas gravadas de professores que usam até hoje Os espaços que pode participar achou muito formativo e engrandecedor, e que essa força feita na greve tem grande potencial de continuar e dar bons frutos. Laura : Precisamos falar sobre o DCE. Existe a problemática da organização das chapas serem debilitantes no sentido de realmente fazer as falas que representem os anseios dos estudantes. O que acarretou na falta de mobilização, o que como consequência o acúmulo de função dos GTs da Biologia. Questiona quantas pessoas votaram no DCE, e a importância de estarmos ligados nas votações das chapas e participar dos momentos de votação. Vanessa: Saímos dessa greve com grande articulação com outros cursos, e um grande entendimento das vulnerabilidades da universidade, como o contato com o pessoal da moradia estudantil, que está em uma situação muito precária, os fragilidades na permanência estudantil, e que exclui diversos estudantes, como mães solo e PCDs. Os problemas dos funcionários terceirizados, que estão trabalhando em condições mínimas, e como a greve já foi muito proveitosa para as categorias presentes na universidade e como podem continuar sendo, mas com as privatizações os trabalhadores ficam reféns das empresas. Gabriel: Organizados conseguimos fazer muita coisa (Fala sobre GT de Articulação), Bio na rua. Precisamos e podemos lutar pelo modelo de universidade que queremos ter, e que nós como biologia, estamos notando na nossa frente a precarização da universidade. É necessário coragem para lutar. Estudar as chapas do DCE, fazer campanha se necessário, expressar nossa vontade para que de fato sejamos representados. Guli: Muito feliz de ver a mobilização da biologia, e os ganhos que tivemos. Importância de um GT de ética, com pessoas diversas de vários semestre para estar de olho em como a reposição está sendo feito pelos professores. Faz coro às falas de privatização da universidade e a tristeza de ver pessoas que não se enxergam nessa luta pela universidade pública e pelos serviços públicos. E a importância de estarmos lutando sempre e que a luta continue. Jara: Traz um desabafo, entrou em 2019 e participou mais ativamente na greve, e se pergunta a diferença da desmobilização. Comenta sobre os custos de se viver em Florianópolis, como muitos estudantes estão esgotados por conta da necessidade de trabalhar para sobreviver. Encaminha sobre como nos mobilizarmos sobre essa questão da especulação imobiliária, e fazermos eventos que tratem desses assuntos. Exaustão física e mental. elogiou a divulgação dos eventos da greve e que foi muito lindo esse movimento. Helo: Traz um relato sobre quando começou a acompanhar a greve, desde a primeira assembleia, que foi entrando aos poucos nesse movimento e que sente muito orgulho de como a Biologia iniciou e tocou esse movimento. Cita a importância da biologia estar presente, ainda mais na situação de crise climática que vivemos, e que é através da política que conquistamos aquilo que queremos. A biologia é política!!! Comenta sobre os TAEs e de não esquecermos a sua luta, e a importância deles na manutenção dessa universidade, por isso devemos manter nossa presença nos atos, e discussões trazidas por eles Cíntia: É importante pensar que esse movimento transpassa a greve, e a importância dos debates levantados nesse momento, de entendermos mais os processos da universidade, e como ela é pensada. Muito o que ocorre no quesito de infraestrutura, que se faz manutenção corretiva e não preventiva. Parabeniza toda a greve que fizemos. Ian: A ideia é que a luta nunca pare, fazendo chamado para próximo semestre, e lutas que podemos travar, como acompanhar a resolução 017, reformulação dos cursos de biologia como o Bacharel Noturno, estarmos ligados nesses momentos. Importância da presença estudantil no Centro Acadêmico, e que é necessário comparecermos , e continuar pensando nos nossos interesses e necessidades. COLEM NO CABIOO!!!!! É LINDOOO Bru Weruk: Comenta sobre os altos índices de suicídio dentro da Moradia estudantil e a retirada de muitas pessoas do RU gratuito, encaminha ajuda pelo CABIO para garantir uma assitência a alunos que precisem. Lutar para conquistar direitos e mantê-los Theo: Fala sobre o site PsyMeet-apoio psicológico com valor social (30 reais), psicólogos de todo país. (Link:https://www.psymeetsocial.com/?gclid=CjwKCAjwg8qzBhAoEiwAWagLrHzRsWxN4ZJ _nB57jNf9HzaKSY3NnsgzH3t_MEcZ1Rn1kDKBcU4vshoCFd8QAvD_BwE) Sapsi- Atendimento gratuito da UFSc com graduandos, é necessário ficar de olho no formulário (esse atendimento está bem sucateado, com alta demanda) ENCAMINHAMENTOS - Sair de greve segunda- feira (24/06) aprovado por contraste, 1 abstenção. - Desocupar durante este final de semana (22-23/06). aprovado por contraste - Iniciar a desocupação amanhã (20/06) até domingo. reprovado - Articular com o CABio um GT para acompanhar a volta às aulas e averiguar se os professores vão seguir o que foi acordado em colegiado. Além disso, usar o GT para acompanhar a greve dos TAES. E Disponibilizar um QRcode para formulário de denúncia. Aprovado por contraste - Cobrar do colegiado de curso que os professores respeitem a Resolução Normativa 189, que são direitos dos estudantes. Solicitar ao colegiado um encaminhamento de email da resolução 189 e com as orientações da câmara de graduação. Aprovado por contraste, 1 abstenção. - Após o fim da greve, continuar o Estado de Greve a fim de construir espaços para a continuidade e aumento do movimento estudantil da Bio, haja vista que a PAC do governo é insuficiente e que a volta do segundo semestre não é garantida, pois os TAES continuam em greve. Aprovado por contraste, 4 abstenções. - A biologia acompanhar as reuniões, discutir e construir o DCE. Aprovado por contraste, 5 abstenções. -Movimento da Biologia para discussão e a articulação sobre a especulação imobiliária em Florianópolis e contra aluguéis altos. ABAIXO A ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA!!. Aprovado por contraste. -Articular a volta com o auxílio alimentação e terapia através de arrecadação de fundos via pix por professores ou outras pessoas que simpatizem com as estudantes da Biologia UFSC. Obs: Voltar caso seja viável o valor arrecadado. Aprovado por contraste https://www.psymeetsocial.com/?gclid=CjwKCAjwg8qzBhAoEiwAWagLrHzRsWxN4ZJ_nB57jNf9HzaKSY3NnsgzH3t_MEcZ1Rn1kDKBcU4vshoCFd8QAvD_BwE https://www.psymeetsocial.com/?gclid=CjwKCAjwg8qzBhAoEiwAWagLrHzRsWxN4ZJ_nB57jNf9HzaKSY3NnsgzH3t_MEcZ1Rn1kDKBcU4vshoCFd8QAvD_BwE - Programação para esta sexta-feira : 8h Mobiliza CCB- 10 hrs - presença no colegiado para discutir o reajuste do calendário ; Momento cultural à tarde para terminar o mural; Noite: Roda de conversa/ desabafo + Festado pijama na ocupa! Aprovado por contraste, 3 abstenções.