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PROFESSOR: ME. DÊNIS BARNES Criofrequência e Ondas de Choque Aplicadas às Disfunções Estéticas CRIOFREQUÊNCIA ? Professor: Me. Dênis Barnes - 1995 - 2001 Graduação em Fisioterapia. Universidade Luterana do Brasil, ULBRA, Rio Grande do Sul, Brasil. Título: Comparação entre Fonoforese, Ultra-som Simples e Aplicação Tópica do Fármaco em Tendinites Infra-Patelares. Orientadora: Juliane Heineck. - 2002 - 2003 Especialização em Fisioterapia Traumato- Ortopédica. Universidade Gama Filho, UGF, Rio de Janeiro, Brasil. Título: Comparação entre Fonoforese, Ultra- som Simples e Aplicação Tópica do Fármaco em Tendinites Infra-Patelares. Ano de finalização: 2003. Orientador: Elirez Silva. - 2002 – 2004 Especialização em Acupuntura e Eletroacupuntura. Colégio Brasileiro de Acupuntura e Terapias Tradicionais da Academia Brasileira de Arte e Ciência Oriental, ABACO, Rio de Janeiro, Brasil. Título: Eletroacupuntura. Orientador: Guilherme Carvalho - 2006 - 2008 Mestrado em Ambiente e Desenvolvimento. Universidade do Vale do Taquari, Lajeado (Univates), Rio Grande do Sul, Brasil. Título: Efeito do Ultra-Som Sobre a Nocicepção e o Processo Inflamatório em Modelos Animais e Sobre a Estrutura Química de Fármacos. Orientadora: Dra. Ionara Siqueira Coorientadora: Dra. Simone Stülp Desde 2003 Professor das Cadeiras de Eletroterapia, Termoterapia, Fototerapia e Supervisor de Estágios em Trauma e Ortopedia no Curso de Fisioterapia Univates-Lajeado-Rs. Professor dos Cursos de Especialização em Fisioterapia Dermatofuncional, Biomedicina e Farmácia Estética e MBA Cosmetologia Aplicada a Estética IPUPO-SP, PUC-RS, Gama Filho-RJ, Inspirar-PR, NEPUGA-SP, Univali-SC, IAPS- PB, Unijuí-RS, UPF-RS, Unisc-RS, Unicruz-RS, CBS e IPGS; Fisioterapia em Trauma e Ortopedia Univates-RS, PUC-RS, UPF-RS. Professor de Cursos de Formação em Eletroterapia Básica, Eletroterapia em Trauma e Ortopedia, Eletroterapia em Estética, Manthus, Inovações Tecnológicas em Estética, Plataforma Vibratória, Rádiofrequência e Tratamento e Depilação a Laser. Professor de Eletroterapia Básica, Eletroterapia Aplicada em Estética e Inovações Tecnológicas en Estética no Curso de Graduação em Estética e Cosmética Univates-Lajeado-Rs e Unisc-Rs. Ex- Coordenador do Curso de Graduação em Estética e Cosmética Univates- Lajeado-Rs, avaliado pelo MEC com nota 5 “máxima”. Membro da Comissão de Área do INEP – MEC para Áreas Avaliadas ENADE 2016-2018. - Quase metade das brasileiras estão insatisfeitas com sua imagem e atratividade física. “A BELEZA NÃO É SIMPLESMENTE UMA DÁDIVA DO DESTINO, E SIM A CONSEQUÊNCIA DE UMA SÉRIE DE DECISÕES DIÁRIAS SEGUIDAS DE UMA SÉRIE DE AÇÕES”. Dr. Rolando Zani CONCEITOS Radiofrequência - A radiofrequência (RF) é um método não ablativo e não invasivo. A corrente eletromagnética (produzida pela RF) consegue alcançar os tecidos mais profundos, gerando energia e forte calor, devido a resistência na derme e no tecido celular subcutâneo. - Quando passa pelos tecidos, a corrente gera uma ligeira fricção e atrito com a passagem da radiofrequência, produzindo a elevação térmica da temperatura tissular. - Em julho de 2000, o primeiro sistema de RF recebeu do Food and Drug Administration (FDA) a declaração de “tratamento não invasivo para atenuação de rugas e melhora temporária da aparência da celulite”. - Esse pioneiro aparelho de radiofrequência conseguiu demonstrar sua ação no aquecimento até o nível de derme papilar e gordura subcutânea, levando ao aumento da atividade dos fibroblastos e formação de um novo colágeno (observados em período de meses), tendo sido clinicamente possível evidenciar importante contração nas áreas tratadas. Criofrequência - Utiliza o frio no controle da temperatura da pele. - Enquanto ocorre aquecimento volumétrico sobre as camadas mais internas da pele, a superfície se mantém resfriada e protegida. - A energia penetra o nível celular em epiderme, derme e hipoderme e alcança também as células musculares. - Cabe lembrar que a profundidade de penetração da RF é inversa de sua frequência (Belenky, 2012). - A Criofrequência foi desenvolvida com patente requerida em 2012. - Trabalha com energia controlada pelo frio, que pode atingir até -10 graus agindo somente na superfície (é propagado por condução, de fora para dentro), o que provoca a sensação térmica fria por todo tempo da aplicação, mesmo que internamente chegue até 60 graus. - O encontro das temperaturas gera ainda um terceiro efeito fisiológico, milhões de choques térmicos desestabilizam o metabolismo local, potencializando o resultado. AÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA - Termoterapia: ativação do sistema circulatório da região (vasodilatação) e aumento da elasticidade das fibras de colágeno existentes ( 37°C) + diminuição da densidade. - Lesão Térmica Controlada (neocolagênese): estimulação fibroblástica com maior produção de fibras de colágeno e elástica: ação reafirmante (dependendo da temperatura) ↑ = 37°C + aumento da densidade. como-o-magnetismo-pode-melhorar-sua-sac3bade[1].jpg como-o-magnetismo-pode-melhorar-sua-sac3bade[1].jpg como-o-magnetismo-pode-melhorar-sua-sac3bade[1].jpg como-o-magnetismo-pode-melhorar-sua-sac3bade[1].jpg como-o-magnetismo-pode-melhorar-sua-sac3bade[1].jpg como-o-magnetismo-pode-melhorar-sua-sac3bade[1].jpg EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS Revista Brasileira de Medicina 2011 - A dermatologia utiliza a radiofrequência promovendo o aumento da elasticidade de tecidos ricos em colágeno, pois aumentos leves de temperatura, a partir de 5ºC a 6ºC da temperatura da pele, aumenta a extensibilidade e reduz a densidade do colágeno, melhorando patologias como o fibroedema gelóide e fibroses pós-cirurgia plástica. - Entretanto, aumentos maiores de temperatura e manutenção em 37ºC durante todo o período de aplicação diminuem a extensibilidade e aumenta a densidade do colágeno, conseguindo assim melhorar a flacidez da pele. Este efeito é denominado lifting pela radiofrequência (Ronzio, 2009). ../Artigos Radiofrequência/Artigos em Espanhol e Português 1/Radio no tecido conjuntivo.mht - Colágeno - Colágeno Cicatriz hipertrófica Estrias Fibrose e Aderência Flacidez Celulite ???? Rugas Cicatriz hipotrófica CONHECER FISIOPATOLOGIA Patologias ↓ 37°C Objetivo Terapêutico:↑ Elasticidade das fibras de colágeno Surg. Cosmet. Dermatol. 2014 ↑ 37°C - ↓ Colágeno Flacidez Rugas Estrias Surg. Cosmet. Dermatol 2014 Objetivo Terapêutico:↑ Densidade das fibras de colágeno PATOLOGIAS AUMENTO DA ELASTICIDADE DOS TECIDOS RICOS EM COLÁGENO - A elevação da temperatura em 5°C aumenta a distensibilidade do tecido de colágeno melhorando assim sua maleabilidade (mobilizar). - Efeitos extremamente importante em patologias como o fibroedema gelóide (FEG) e a fibrose pós- lipoaspiração ou cirurgia plástica (Borges, 2010). GORDURA LOZALIZADA - Franco et al. (2012) demonstraram que dez minutos de exposição térmica a 43°C resultaram em morte da célula do adipócito. - Galitzky et al. (2012), na mesma linha de pesquisa, relataram potencialização da lipólise da célula de gordura pelo aumento das catecolaminas e do fluxo sanguíneo. ROTAS DE ELIMINAÇÃO DE GORDURA Lipólise • Ondas de Choque • Ultrassom • Radiofrequência (Crio) • CriolipóliseApoptose • Criolipólise • Radiofrequência (Crio) Necrose • Ondas de Choque • Criolipólise • Radiofrequência (Crio) - Em um estudo realizado em 2010 os autores relataram a ação da RF na gordura subcutânea in vitro e in vivo, demonstrando que a RF transdérmica pode induzir apoptose (morte celular programada natural) de adipócitos sem causar traumatismo térmico na pele. - In vitro o teste de adipócitos avaliou a viabilidade celular após a aplicação de calor, demonstrando reduções significativas na viabilidade celular quando a temperatura do tecido alvo foi elevada para 45°C durante três minutos ou 50°C durante um minuto, induzindo a morte celular para taxas de 60% e 80%. - Experimentos realizados para avaliar o comportamento de contração do tecido adiposo foram realizados e constataram que houve um deslocamento de 3 mm. - A contração do tecido não era simétrica e o tecido septal iniciava a contração em 13s. - Estes mesmos pesquisadores mostram que os resultados in vivo confirmam a proposta do mecanismo de contração do tecido adiposo através do uso da Radiofrequência e recrutamento da matriz fibrosa vertical e oblíqua (Paul et al., 2011). - A contração do colágeno de forma bidimensional causa mudanças na estrutura da derme. Esta contração relatada pode ser separada em papilar e reticular (Derme), fascia, septo de tecidos conjuntivos (finas camadas de tecido conjuntivo que separa os lóbulos de gordura) e as fibras reticulares - fibras de colágeno individuais que revestem as células do tecido adiposo (Paul, et al., 2011). Temperatura de 42 à 45 graus de acordo com a tolerância da paciente, tempo de 5 à 7 minutos por área, 4 sessões em 20 dias. CELULITE ???? - A celulite é a grande vilão da beleza feminina, está presente em 90% das mulheres ocidentais. - Cada vez aparece mais cedo, atingindo mesmo jovens e adolescentes e não respeitando até as mulheres magras. - Celulite = inflamação do tecido celular: patologia tratada pela classe médica, com quadro histológico condizente, geralmente associado com infecção bacteriana. - Designações sugeridas: lipodistrofia ginóide, hidrolipodistrofia gelóide subcutânea, lipoesclerose nodular, paniculopatia edemato-fibroesclerótica e paniculose, sendo o termo fibro edema gelóide o que mais se aproxima do conceito mais adequado (Guirro, 2002) - A fisiopatologia exata da celulite ainda é uma questão de debate, mas a maioria dos pesquisadores concordam sobre o envolvimento da microcirculação reduzida, infiltração de líquidos no interstício (edema), hipertrofia localizada de adipócitos, estresse oxidativo e inflamação persistente de baixa nível, combinada com alterações da matriz extracelular. - Por mais que boa parte da literatura nacional diga que não, SIM, há processo inflamatório na Celulite e a avaliação certeira antes de elencar o tratamento é fundamental para o sucesso nos resultados. A Avaliação errada pode levar a escolha do tratamento equivocado e consequentemente, pode PIORAR o aspecto da celulite (Kligman, 1997; Khan, 2009; Emanuele, 2011). - Kligman 1997 relatou a presença de macrófagos e linfócitos no septos de celulite em biópsias, que pode ser a causa da inflamação de baixo grau que resulta em atrofia dérmica. - Histopatologicamente a epiderme apresenta-se normal. Na derme papilar e reticular, infiltrado linfocitário discreto perivascular é observado. As fibras de colágeno, nas camadas superiores da derme, aparecem ligeiramente edematosas (Khan, 2009). Revista da Sociedade Brasileira de Dermatologia American Academy of Dermatology - Considerando que a celulite era anteriormente vista simplesmente como um acúmulo excessiva de gordura local, o papel potencial da fatores inflamatórios em sua patogênese é cada vez mais presente (Emanuele, 2011). - . - Uma hipótese interessante que surge a partir de nossas observações atuais sobre a literatura mundial é que a redução da adiponectina pode desempenhar um papel em, pelo menos, três entrelaçados eventos patogênicos da celulite: * disfunção da microcirculação; * inflamação; * matriz extracelular interrompendo homeostase. - Ronzio (2009) relata que no tecido dérmico o calor modifica suas propriedades elásticas e aumenta a extensibilidade dos tecidos fibrosos, ricos em colágenos, promovendo a flexibilização de cicatrizes e aderências. LESÃO TÉRMICA CONTROLADA (NEOCOLAGENOGÊNESE) - Um grande aumento na temperatura produz uma inflamação controlada nos tecidos, com um aumento imediato de fatores inflamatórios e proteína de choque térmico 47 e 72 (HSP47 e 72) que mantem- se elevado por 2 dias. - A tropoelastina e a fibrilina (responsáveis pela elasticidade e presentes em grande quantidade na pele), junto com o procolágeno I e III, são estimulados por 28 dias após o tratamento. ../Artigos Aulas/Artigos Radiofrequência/Artigos em Espanhol e Português 1/Artigos em Inglês 1/RF proteína de choque termico.pdf Obs: Verrico e Moore (1997), Del Pino et al. (2006), Alster e Lupton (2007) relatam que o corpo responde a altas temperaturas estimulando de uma proteína denominada de proteína de choque térmico (Heat Shock Proteins - HSP), a elevação da temperatura estimula a formação de HSP-47, proteína que protege o colágeno tipo I durante a sua síntese, sua liberação ocorre em resposta imediata à agressão causada por altas temperaturas. Essa hipertermia gerada à nível de derme produz um estímulo da síntese dessas proteínas causando aumento da expressão de TGF-beta-1 (fator transformador de crescimento beta-1), que por sua vez, estimula os fibroblastos aumentando a produção de colágeno. Cabe ressaltar que a expressão de HSP47 é relacionada com a idade (Miyaishi et ai, 1995), ou seja, com o passar do tempo ela tende a diminuir. - Ronzio (2009) relata que a ação da radiofrequência para a formação de novas fibras de colágeno permanece por 21 dias no organismo sendo necessário somente uma aplicação a cada 21 dias com temperaturas que variam entre 38º e 42ºC. - Segundo Hantash et al. (2009), é necessário somente uma aplicação a cada 28 dias. Antes do Tratamento 1 Semana após Artigos em Inglês 1/Sparza e Gomes 2003.pdf 1 mês após o Tratamento 2 meses após antes depois - Nesta pesquisa clínica praticamente 100% dos pacientes apresentaram algum grau de atenuação da flacidez da pele, induzida por tratamento com aparelho de RF. - Esse estudo demonstrou que os pacientes, muitas vezes, obtiveram resultados visíveis rapidamente (em apenas uma semana), porém, de modo geral, eles se mostraram clinicamente mais perceptiveis três meses após o procedimento. RÁDIOFREQUÊNCIA NA FLACIDEZ Segundo o dicionário Aurélio, o termo flacidez se refere à qualidade ou estado de flácido, mole, frouxo. Este mesmo significado é usado na estética, não definindo as estruturas que podem apresentar tal comportamento; É tema de discussão, pois flacidez de pele e hipotonia muscular podem ser considerados independentes ou não. - A flacidez pode ocorrer quando o limite elástico da pele é ultrapassado: Emagrecimento Envelhecimento fisiológico Aquecimento Lesão Térmica Controlada Proliferação de Fibroblastos Neocolanogênese e aumento da densidade de colágeno Melhora da textura da pele TIPOS DE RADIOFREQUÊNCIA - Os aparelhos radiofrequência operam em basicamente dois tipos de sistemas, o monopolar, em que a corrente passa através do corpo, e o bipolar, que opera com a corrente de RF limitada pelo volume entre os dois eletrodos (Belenky et al. 2012). - Porser o sistema bipolar mais localizado, usualmente menos energia e requerida para se alcançar o mesmo efeito térmico. MÉTODOS DE INDUÇÃO - Capacitiva (tecaterapia)- cobertura da manopla é uma pintura, normalmente tem um polo ativo e um dispersivo. Aquece mais lentamente. - Resistiva- manopla é metálica (condutor), aquece rápido. - Alta Gama- sistema microprocessado , aquece muito rápido LINHAS DE LANGER CONTRAINDICAÇÕES - Também há poucas contraindicações para o uso da RF: gravidez, utilização de aparelho de implante eletrônico ou metálico, doenças malignas em atividade ou recentes, doença estimulada pelo calor e coagulopatias. - A RF também demonstra ser segura quando associada a outros métodos de rejuvenescimento, como os implantes dérmicos. - Estudo conduzido com aplicação da RF, duas semanas após implante de ácido hialurônico ou de hidroxiapatita de calcio, na mesma área, demonstrou que não ocorreram mudanças morfológicas no material implantado ou na pele ao redor (Tagliolatto, 2015).