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Pigmentação Patológica e Calcificação Patológica 1 Pigmentação Patológica e Calcificação Patológica Calcificação Patológica Uma calcificação é um depósito anormal de cálcio, fora do tecido ósseo o dental. Pode ter início nas mitocôndrias e pode ter um núcleo inicial de hidroxiapatita Pode ser uma calcificação distrófica (ocorre em tecidos mortos), metastática (ocorre devido a hipercalcemia secundária a alterações no metabolismo do cálcio), calcinose (calcificação em tecidos moles) e calculose ou litíase (nos túbulos renais) Calcificação Distrófica Está relacionada com áreas que sofreram agressões e que apresentam estágios avançados de lesões celulares irreversíveis ou já necrosadas. É um exemplo é a aterosclerose A aparência macroscópica sé de grânulos finos, brancos ou agregados. No aumento microscópico, pode-se verificar depósitos basofílicos intra ou extracelulares Calcificação Metastática Pigmentação Patológica e Calcificação Patológica 2 Ocorre devido a uma hipercalcemia secundária a alterações do metabolismo do cálcio. Essas alterações metabólicas tem 4 possíveis etiologias: Renovação acelerada Tumores ósseos, imobilização, doenças inflamatórias ósseas e doenças de paget, que leva a destruição óssea) Aumento a secreção do hormônio da paratireóide Distúrbios da vitamina D Insuficiência Renal Como locais possíveis temos: mucosa gástrica, rins, pulmões e vasos. A maior preocupação vem com a disfunção clínica. A calcificação metastática tem morfologia semelhante aos depósitos da calcificação distrófica. Cálculo Renal Urolítiase ou litíase renal ou nefrolitíase Pode se tratar de cálculos de fostato-amônio-magnésio (infecções bacterianas, por uréia), cálculos de ácido úrico ou cáclulos de cistina. Há tambéms os cálculos de oxalato de cálcio, essa formação é feita por causa variadas, hipercalcemia, hipercalciúria, hiperabsorção de cálcio e estão associados ao ácido úrico Cálculo Biliar ou Colelitíase Para o desenvolvimento de cálculo biliar há os seguintes fatores de risco: dieta rica em gorduras e carboidratos e pobre em fibras; vida sedentária que eleva o LDL e diminui o HDL; diabetes; obesidade; uso prolongado de anticoncepcionais e predisposição genética Cálculos de colesterol: redondo a ovóides, amarelos-claors, ocorrem devido a supersaturação de bile com colesterol. Cálculos pigmentares: são aglomerações enegrecidas de bilirrubina + cristais de cálcio Outro exemplo de calcificação é a gota úrica, uma doença inflamatória que ocorre devido ao acúmulo de ácido úrico em articulações Pigmentação Patológica Pigmentos são um conjunto de substâncias que possuem cor própria, que podem ser de fontes endógenas ou exógenas. Pigmentação Patológica e Calcificação Patológica 3 Um exemplos de pigmento biológico é a melanina, onde a eumelanina é responsável pela coloração preta e a feomelanina é responsávels pela coloração amarela para pele, cabelo, olhos e porção cefálica do SNC. Alguns exemplos de pigmentos exógenos são o carbono, poeira de carvão, sílica. Nessa caso, são capturados pelos macrófagos dos alveólos Antracose: escurecimento do tecido pulmonar, por partículas de carbono, poluição e fumantes. Os pigmentos podem aparecer nos linfonodos regionaiS Pneumoconiose: acúmulo de carvão, apresenta sintomas e fibrose pulmonar Siderose: inalação de óxido de ferro (hematita) Saturnismo ou Plumbismo: intoxicação por chumbo Silicose: lesão nodular nos nóbulos do pulmão devido a inflamação e cicatrização (granito e arenito) Asbestose: inalação de amianto. Causa cicatrização pulmonar Argiria: acúmulo de sais de prata. Pigmentação Endógena: Melanina A melanina é produzida por uma célula franjeada chamada de melanócito. O melanossoma migra para a superfícies franjeada e se une com os queratinócitos. Com o aumento da exposição ao sol, há aumento da produção de melanossoma e aumento de armazenamentos dos queratinócitos. A produção de melanina está relacionada com a ação da enzima tirosinase, produção de ACTH e hormônio melanotróficos estimulantes pela hipófise. A pigmentação tem coloração marrom escuro ou preto devido a oxidação da tirosina nos melanócitos. As sardas são decorretnes dos prigmentos marrom claro, que podem se atenuar com o tempo ou ficar mais fortes devido a exposição a sol. O excesso de melanina dentro do melanócitos (hipertrofia do melanócito) Melasma é uma mancha da gestação, mal definidas, borradas. Alteração dos melanócitos ocorrem devido a hormônios Lentigo é uma mancha que acontece devido ao número de melanócitos e não depende da exposição solar Vitiligo É quando há redução no número e função dos melanócitos que caracterizam a perda da pigmentação da pele, as manchas são inicialmente hipocrômicas Pigmentação Patológica e Calcificação Patológica 4 notadas geralmente nas áreas fotoexpostas como a face, dorso das mãos e ao redor de orifícios corporais, com tendência a distribuição simétrica. Há várias possíveis etiologias e patogênese para o vitiligo: estresse físico e emocional Herança: o fator genético presente é autossômico, dominante ou recessivo e multifatorial Auto-imunidade: anticorpos circulantes anti-melanócitos, associação positiva com algumas doenças como tireoidites, diabetes mellitus e alopecia areata. Fatores neuro-humorais tóxicos para melanócitos: liberados por terminações nervosas próximas. Autodestruição dos melanócitos: pela toxicidade de algumas substâncias na síntese de melanina. Albinismo É a ausência completa ou parcial de pigmento na pele, cabelos e olhos, devido a alteração no caminho da transformação da tirosina em melanina. O fator genético é de alelos recessivos Derivados da Hemoglobina Ictéria pré-hepática Aumento da Bilirrubina Indireta, hemolítca ou hemorrágica Fezes escuras e urina diminuída Icterícia intra-hepática Aumento da bilirrubina direta e indireta Lesões nos hepatócitos Obstrução dos canalículos hepáticos Fezes escuras e urina dimnuída Icterícia pós-hepática Aumento da bilirrubina direta ou conjugada Obstrução vesicular ou dos vasos biliares Colestases Pigmentação Patológica e Calcificação Patológica 5 Urina de coca-cola e fezes brancas Metabolismo de Ferro Hemossiderose: acúmulo de ferro nos tecidos. Pode ser por hemorragias, congestão passiva crônica do pulmão, destruição excessiva de hemácias Kernicterus: acúmulo de bilirrubina no sistema nervoso central. Causa sonolência, inapetência e vômito, espasmos musculares no pescoço e costas, além de convulsão e morte.