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Super Formulario pos Cirurgia Bariatrica (1)

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Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 2 
Índice 
 
Cirurgia Bariátrica como Tratamento para a Obesidade _____________________ 3 
Técnicas Cirúrgicas Disponíveis no Brasil___________________________________ 4 
Casos de Anemia e Hiperhomocisteinemia Após Bypass Gástrico_____________ 6 
Efeitos da Bariátrica na Saúde Óssea_______________________________________ 7 
Complicações Neurológicas em Pacientes Submetidos à Cirurgia Bariátrica____ 8 
Deficiências Nutricionais Após Cirurgia Bariátrica___________________________ 9 
1. Deficiência de Proteínas____________________________________________ 10 
 Shake de Proteínas_____________________________________________________ 11 
2. Deficiência de Micronutrientes_______________________________________ 12 
Vitaminas Hidrossolúveis__________________________________________________ 13 
 Formulações___________________________________________________________ 14 
 Cápsulas de Niacina (Vitamina B3) para Tratamento de Pelagra____________ 18 
 Cápsulas de Metilfolato – Altas Doses____________________________________ 19 
 Por que prescrever Ácido fólico para Pacientes Pós-bariátrica?_____________ 21 
 Cápsulas de Metilcobalamina (Vitamina B12) para Prevenção e Tratamento 
da Deficiência___________________________________________________________ 22 
 Vitaminas do Complexo B em Sopa______________________________________ 27 
Vitaminas Lipossolúveis___________________________________________________ 28 
 Formulações___________________________________________________________ 29 
 Cápsulas de Vitamina E para Prevenção de Sintomas Neurológicos_________ 30 
Macrominerais___________________________________________________________ 32 
 Formulações___________________________________________________________ 33 
 Chocolate Funcional de Vitamina D3 – Repositor dos Níveis de Vitamina D – 
Ideal para Associação com Citrato Malato de Cálcio para Saúde Óssea_______ 33 
 Cápsulas de Vitamina D3 em Associação com Cálcio – Uso Diário e Semanal 37 
 Cápsulas de Vitamina D3 e Citrato Malato de Cálcio para Correção dos 
Níveis de Vitamina D em Mulheres_________________________________________ 39 
Microminerias Traço______________________________________________________ 41 
 Formulações___________________________________________________________ 42 
 Shake de Ferro, Cobre e Zinco__________________________________________ 44 
 Cápsulas para Prevenção de Distúrbios da Homeostase de Selênio_________ 46 
 Microminerais Ultratraço_______________________________________________ 47 
 Formulações___________________________________________________________ 48 
 Gomas de Cromo Redutoras da Resistência à Insulina no Paciente Pós- 
-Cirurgia Bariátrica_______________________________________________________ 49 
 Cápsulas de Vanádio Redutoras da Resistência à Insulina no Paciente Pós- 
-Cirurgia Bariátrica_______________________________________________________ 50 
 Goma de Boro e Silício Biodisponível Bifosfonato-like – Saúde Óssea Pós- 
-Cirurgia Bariátrica_______________________________________________________ 52 
 
 
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Cirurgia Bariátrica como Tratamento 
para a Obesidade 
 
A obesidade é uma doença crônica que se tornou um dos 
principais problemas nutricionais nos países 
industrializados. As implicações da obesidade na saúde 
incluem um maior risco de desenvolvimento de doença 
arterial coronariana, hipertensão, hiperlipidemia, 
diabetes mellitus tipo 2, apneia do sono, acidente 
vascular cerebral, artrites e determinados tipos de 
câncer. A obesidade contribui para aproximadamente 
300.000 mortes prematuras a cada ano, como resultado de 
complicações relacionadas à saúde. O risco de desenvolver 
estas comorbidades médicas é diretamente proporcional 
ao grau de obesidade. Adicionalmente, o risco relativo de 
morte aumenta substancialmente com o aumento do 
Índice de Massa Corporal (IMC), particularmente para os 
indivíduos com IMC de 35 kg/m2 ou mais. Assim, a 
obesidade grave é, de algum modo, arbitrariamente definida 
como um IMC de 35 kg/m2 ou mais e obesidade mórbida é 
definida como um IMC de 40 kg/m2 ou mais, com 
comorbidades significativas coexistindo (Smith et al., 2011). 
A cirurgia bariátrica é amplamente aceita como o único 
tratamento eficaz para a obesidade grave/mórbida. Este 
procedimento foi introduzido na década de 50 e envolve a 
manipulação cirúrgica do trato gastrointestinal a fim de 
induzir perda de peso, em longo prazo, em indivíduos 
morbidamente ou gravemente obesos (Smith et al., 2011). 
A realização deste procedimento cirúrgico tem se 
mostrado útil em reduzir ou promover resolução 
completa de muitas comorbidades relacionadas à 
obesidade, incluindo diabetes mellitus do tipo II, 
hipertensão, apneia do sono e dislipidemia (Smith et al., 
2011). 
Diversos tipos de cirurgias bariátricas foram introduzidos nas últimas quatro décadas, 
abrangendo um espectro de, principalmente restritivas, a combinações de restritiva/ 
disabsortivas ou ainda puramente operações disabsortivas. Roux-en-Y bypass 
gástrico é atualmente a operação mais comumente realizada para o tratamento 
da obesidade mórbida, no Brasil e no mundo (Smith et al., 2011). 
 
 
Antes 
Depois 
Referência 
Smith, BR; Schauer P, Nguyen NT. Surgical Approaches to the Treatment of Obesity: Bariatric Surgery. Med Clin N Am 95 
(2011) 1009–1030 doi:10.1016/j.mcna.2011.06.010 
 
 
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veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 4 
Técnicas Cirúrgicas Disponíveis no Brasil 
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), são 
aprovadas no Brasil quatro modalidades diferentes de cirurgia bariátrica e 
metabólica (além do balão intragástrico, que não é considerado cirúrgico): 
 
Bypass gástrico (gastroplastia com desvio intestinal em “Y de Roux”) (RYGB) 
Estudado desde a década de 60, o bypass gástrico é a 
técnica bariátrica mais praticada no Brasil, 
correspondendo a 75% das cirurgias realizadas, devido a 
sua segurança e, principalmente, sua eficácia. O paciente 
submetido à cirurgia perde de 40% a 45% do peso inicial. 
Nesse procedimento misto, é feito o grampeamento de 
parte do estômago, que reduz o espaço para o alimento, 
e um desvio do intestino inicial, que promove o 
aumento de hormônios que dão saciedade e diminuem a 
fome. Essa somatória entre menor ingestão de alimentos e 
aumento da saciedade é o que leva ao emagrecimento, 
além de controlar o diabetes e outras doenças, como a 
hipertensão arterial. 
Uma curiosidade: a costura do intestino que foi desviado fica com formato parecido 
com a letra Y, daí a origem do nome. Roux é o sobrenome do cirurgião que criou a 
técnica (SBCB). 
Banda gástrica ajustável 
Criada em 1984 e trazida ao Brasil em 1996, a banda 
gástrica ajustável representa 5% dos 
procedimentos realizados no país. 
Apesar de não promover mudanças na produção de 
hormônios como o bypass, essa técnica é bastante 
segura e eficaz na redução de peso (20% a 30% do 
peso inicial), o que também ajuda notratamento do 
diabetes. 
Um anel de silicone inflável e ajustável é instalado 
ao redor do estômago, que aperta mais ou menos o 
órgão, tornando possível controlar o esvaziamento 
do estômago (SBCB). 
 
 
 
 
 
Referências 
Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. 
 
 
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veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 5 
Gastrectomia vertical 
Nesse procedimento, o estômago é transformado em um 
tubo, com capacidade de 80 a 100 mililitros (mL). 
Essa intervenção provoca boa perda de peso, comparável 
do bypass gástrico e maior que a proporcionada pela banda 
gástrica ajustável. 
É um procedimento relativamente novo, praticado desde o 
início dos anos 2000. Tem boa eficácia sobre o controle da 
hipertensão e de doenças lipídicas (colesterol e 
triglicerídeos) (SBCB). 
 
Duodenal Switch (DS) 
É a associação entre gastrectomia vertical e desvio 
intestinal. Nessa cirurgia, 85% do estômago é retirado, 
porém a anatomia básica do órgão e sua fisiologia de 
esvaziamento são mantidas. 
O desvio intestinal reduz a absorção dos nutrientes, 
levando ao emagrecimento. Criada em 1978, a técnica 
corresponde a 5% dos procedimentos e leva à perda de 
40% a 50% do peso inicial (SBCB). 
 
 
 
 
Terapia auxiliar – Balão intragástrico 
Reconhecido como terapia auxiliar para preparo pré-operatório, trata-se de um 
procedimento não cirúrgico, realizado por endoscopia para o implante de prótese 
de silicone, visando diminuir a capacidade gástrica e provocar saciedade. 
O balão é preenchido com 500 mL do líquido azul de metileno, que, em caso de 
vazamento ou rompimento, será expelido na cor azul pela urina. 
O paciente fica com o balão por um período médio de seis meses. É indicado para 
pacientes com sobrepeso ou no pré-operatório de pacientes com superobesidade 
(IMC acima de 50 kg/m2) (SBCB). 
 
Referências 
Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. 
 
 
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Casos de Anemia e 
Hiperhomocisteinemia Após Bypass 
Gástrico 
 
Em 2008, cerca de 220 mil operações bariátricas e metabólicas foram realizadas nos 
Estados Unidos. Apesar de uma grande evolução em cirurgia bariátrica nas últimas 
duas décadas, o procedimento de bypass gástrico Roux-en-Y (BGYR) continua a ser o 
mais eficaz nos Estados Unidos. Este processo popular implica em complicações em 
longo prazo como doenças hematológicas, especialmente a anemia crônica (Chen 
et al., 2013). 
O espectro de doenças hematológicas após a cirurgia de bypass gástrico inclui 
citopenias simples ou de multilinhagem, resultantes de uma complexa 
interrelação de deficiências micronutricionais e fatores inflamatórios, imuno-
mediados, infecciosos, ou relacionados a fármacos. Essa condição contribui para a 
diminuição da qualidade de vida e das funções física e cognitiva (Chen et al., 2013). 
A avaliação dos distúrbios hematológicos após a cirurgia de bypass gástrico deve levar 
em conta questões exclusivas do estado pós-cirúrgico. Embora as deficiências de 
micronutrientes desempenhem um papel importante, estudos recentes sugerem 
um possível papel para a circulação de citocinas inflamatórias e hormônios no 
desenvolvimento de anormalidades hematopoiéticas derivadas de adipócitos 
(Chen et al., 2013). 
Além da redução de peso e normalização de parâmetros metabólicos, o BGYR 
também está relacionado com uma diminuição generalizada de células brancas 
sanguíneas e das plaquetas, acompanhada por anemia significativa. Estas 
diminuições das células brancas e plaquetas não parecem ser clinicamente 
significativas, ao contrário da diminuição substancial da massa de células vermelhas do 
sangue. A supressão generalizada da hematopoiese pode ocorrer após BGYR e 
explicar alguns dos fenômenos. A hemólise dos eritrócitos e uma sobrevida 
reduzida podem também ser importantes como uma causa de anemia, 
imediatamente após a cirurgia bariátrica (Chen et al., 2013). 
 
 
 
 
 
 
Referência 
Chen M1, Krishnamurthy A, Mohamed AR, Green R. Hematological disorders following gastric bypass surgery: emerging 
concepts of the interplay between nutritional deficiency and inflammation. Biomed Res Int. 2013;2013:205467. doi: 
10.1155/2013/205467. Epub 2013 Jul 25. 
 
 
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Efeitos da Bariátrica na Saúde Óssea 
 
Cirurgia Bariátrica e Saúde Óssea 
Estudos diversos têm indicado os efeitos adversos da 
cirurgia bariátrica sobre a saúde óssea. Com o aumento 
da popularidade da cirurgia bariátrica para o tratamento da 
superobesidade, tem se notado incremento da fragilidade 
óssea secundária à aceleração da perda óssea pós-
procedimentos cirúrgicos (Scibora et al., 2012). 
Um estudo cross-sectional e prospectivo, conduzido por 
Scibora et al. (2012), teve como objetivo relatar os 
resultados da densidade óssea após os procedimentos 
bariátricos. Segundo os pesquisadores, estudos 
prospectivos demonstraram que a área de densidade 
mineral óssea (aDMO) de quadril e espinha lombar foi 
primariamente reduzida entre mulheres, apesar da 
suplementação de cálcio e vitamina D. Segundo os 
resultados, o declínio da aDMO do pescoço do fêmur 
situa-se entre 9 e 11% e pode chegar até 8% no caso da 
espinha lombar, após o primeiro ano dos 
procedimentos cirúrgicos que levam à má absorção de 
nutrientes. Dos estudos reportando osteoporose, um caso 
demonstrou a ocorrência de osteoporose em uma mulher 
após um ano da cirurgia. 
Deficiência de Vitamina D Antes e Após 
a Cirurgia Bariátrica: Causas 
Segundo Dewey e Heuberger (2011), os pacientes 
superobesos, no geral, podem apresentar deficiência de 
vitamina D. No entanto, a cirurgia bariátrica tende a 
agravar o quadro de deficiência. Essa deficiência ocorre, 
pois, pacientes obesos tendem a se expor 
inadequadamente ao sol (geralmente pouco), 
apresentam baixa biodisponibilidade da vitamina (uma 
vez que esta é sequestrada pela gordura presente nos 
adipócitos) e podem apresentar inibição da ativação 
hepática da vitamina D. O bypass gástrico pode 
exacerbar essa deficiência, além de gerar deficiência 
secundária do cálcio devido à baixa assimilação, redução da 
ingestão e má-absorção. 
 
Referências 
Scibora LM, Ikramuddin S, Buchwald H, Petit MA. Examining the link between bariatric surgery, bone loss, and osteoporosis: a 
review of bone density studies. Obes Surg. 2012 Apr;22(4):654-67. doi: 10.1007/s11695-012-0596-1. 
Dewey M, Heuberger R. Vitamin D and calcium status and appropriate recommendations in bariatric surgery patients. 
Gastroenterol Nurs. 2011 Sep-Oct;34(5):367-74. doi: 10.1097/SGA.0b013e318229bcd0. 
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 8 
Complicações Neurológicas em 
Pacientes Submetidos à Cirurgia 
Bariátrica 
 
As complicações neurológicas decorrentesda cirurgia bariátrica podem afetar até 
16% dos pacientes ao ano e deve ser discutida com aqueles que estão 
considerando a realização da cirurgia. Os déficitis neurológicos estão mais 
comumente associados à deficiências nutricionais que são desenvolvidas após a 
cirurgia. 
As deficiências mais comumente descritas incluem as de tiamina (B1), B12, folato, 
vitamina D, vitamina E e cobre. Os fatores de risco para tais complicações 
nutricionais incluem a não adesão à suplementação nutricional, vômitos 
prolongados e o consumo excessivo de álcool. As complicações associadas podem 
envolver diversas áreas no sistema nervoso e inclui a encefalopatia, a neuropatia 
óptica, a mielopatia, a polineuropatia radicular e a polineuropatia (Becker et al., 
2012). 
Em um estudo, neurologistas em 8 cidades diferentes do Brasil coletaram e 
descreveram os casos de complicações neurológicas decorrentes da cirurgia bariátrica. 
Ao todo, 26 casos foram incluídos neste estudo (Fragoso et al., 2012). 
A polineuropatia axonal foi a complicação neurológica mais frequente, porém 
também foram identificados casos de desmielinização central, síndrome de 
Wernicke, neurite óptica, radiculite, meralgia parestésica e neuropatias 
compressivas. Vinte e um pacientes (80%) não apresentaram recuperação ou tiveram 
recuperação parcial dos sinais neurológicos e sintomas (Fragoso et al., 2012). 
Os pesquisadores concluíram que a cirurgia bariátrica é um procedimento em 
popularidade crescente e não está livre de potenciais complicações neurológicas 
que devem ser apresentadas ao paciente cirúrgico. 
 
 
 
 
 
Referências 
Becker DA, Balcer LJ, Galetta SL. The Neurological Complications of Nutritional Deficiency following Bariatric Surgery. J Obes. 
2012;2012:608534. doi: 10.1155/2012/608534. Epub 2012 Jun 13. 
Fragoso YD1, Alves-Leon SV, Anacleto Ade C, Brooks JB, Gama PD, Gomes S, Gonçalves MV, Lin K, Lopes J, Kaimen-
Maciel DR,Malfetano FH, Martins GL, Oliveira FT, Oliveira LD, Schlindwein-Zanini R. 
Neurological complications following bariatric surgery. Arq Neuropsiquiatr. 2012 Sep;70(9):700-3. 
 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Fragoso%20YD%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22990727
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Alves-Leon%20SV%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22990727
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Anacleto%20Ade%20C%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22990727
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Brooks%20JB%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22990727
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Gama%20PD%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22990727
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Gomes%20S%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22990727
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Gon%C3%A7alves%20MV%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22990727
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Lin%20K%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22990727
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Lopes%20J%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22990727
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Kaimen-Maciel%20DR%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22990727
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Kaimen-Maciel%20DR%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22990727
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Malfetano%20FH%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22990727
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Martins%20GL%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22990727
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Oliveira%20FT%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22990727
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Oliveira%20LD%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22990727
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Schlindwein-Zanini%20R%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22990727
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22990727
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
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Deficiências Nutricionais Após 
Cirurgia Bariátrica 
 
A obesidade, em si, já está associada à deficiências nutricionais. Após o 
procedimento bariátrico, tais deficiências podem aumentar ou serem recorrentes, 
sendo uma ameaça quando não tratadas (van Rutte et al., 2014). As deficiências mais 
frequentes após procedimentos restritivos são as relacionadas às vitaminas do 
complexo B, enquanto as deficiências de ferro, folato, vitaminas B1, B12 e D estão 
associadas a procedimentos de 
disabsortivos como o DS e o bypass 
gástrico em Roux-em-Y (Stroh et al., 
2013). 
A literatura sugere que para prevenir ou 
tratar as deficiências nutricionais, 
decorrentes das alterações anatômicas 
provocadas pelas técnicas cirúrgicas, é 
necessária a realização de 
suplementação nutricional. O sucesso 
da suplementação nutricional oral em 
corrigir ou prevenir as deficiências 
nutricionais depende de vários fatores. 
Assim, compreender as formas pelas 
quais os nutrientes podem ser 
administrados é muito importante na 
prática clínica (Bordalo et al., 2011). 
As implicações dos procedimentos de 
cirurgia bariátrica no estado nutricional 
do paciente se devem especificamente às 
alterações anatômicas e fisiológicas 
que prejudicam as vias de absorção 
e/ou ingestão alimentar. É possível 
também que algumas deficiências podem ocorrer em operações restritivas decorrentes 
de um consumo reduzido e uma tendência a evitar certos alimentos após a cirurgia, 
devido à intolerância. 
 
 
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Fig. 1: Locais de absorção das vitaminas e nutrientes no 
trato gastrointestinal. 
Referências 
van Rutte PW1, Aarts EO, Smulders JF, Nienhuijs SW. Nutrient Deficiencies Before and After Sleeve Gastrectomy. Obes Surg. 
2014 Apr 7. [Epub ahead of print] 
Stroh C1, Benedix F, Meyer F, Manger T. [Nutrient Deficiencies after Bariatric Surgery - Systematic Literature Review and 
Suggestions for Diagnostics and Treatment.] Zentralbl Chir. 2013 Jul 3. [Epub ahead of print] 
Bordalo LA, Teixeira TFS, Bressan J, Mourão DM. Cirurgia bariátrica: como e por que suplementar. Rev Assoc Med Bras 2011; 
57(1):113-120. 
 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Bloomberg%20RD%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=15802055
 
 
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Deficiência de Proteínas 
É bem sabido que a proteína é um dos nutrientes afetados pela cirurgia bariátria. 
A deficiência de proteínas, caracterizada por hipoalbuminemia, anemia, edema, 
astenia e alopecia representa uma complicação potencial séria do DS. A 
patogênese é multifatorial, porém, é mais comumente relacionada à má absorção 
excessiva, já que o alimento não passa por segmentos do intestino delgado onde a 
proteína é absorvida (fig. 1) e, em menor grau da limitação alimentar (Blomberg et al., 
2005). 
A deficiência de proteínas (albumina<3,5 g/dL) pode ocorrer após bypass 
gástrico, entretanto, é mais comum em procedimentos de má absorção, como 
duodenal switch (DS) (Blomberg et al., 2005). 
A fim de verificar a deficiência de proteínas ocorrida após RYGB, Brolin et al. (2002) 
realizaram um estudo prospectivo randomizado em pacientes super obesos (IMC≥50). 
Após no mínimo 3 anos da cirurgia, 13% dos pacientes submetidos ao RYGB distal 
apresentaram hipoalbuminemia, sendo que alguns receberam nutrição parenteral 
para a deficiência de proteínas. 
Nicoletti et al. (2013) conduziram um estudo com o objetivo de avaliar o status 
nutricional proteico e de aminoácidos de adultos obesos antes e após a cirurgia 
bariátrica comênfase na concentração de aminoácidos plasmáticos livres. Trinta 
mulheres obesas foram submetidas ao bypass gástrico (RYGB). A ingestão de alimentos 
e proteínas, dados antropométricos e de bioimpedância (análise da composição 
corporal) e os níveis séricos de proteínas totais, albumina e aminoácidos foram 
coletados antes da cirurgia e 3, 6 e 12 meses após o procedimento cirúrgico. 
Resultados 
 A ingestão média de proteínas foi de 47±2 g/dia; 
 A perda total de peso durante o período de estudo foi 39±8 kg e a massa gorda 
reduziu em 7±5 kg; 
 O perfil de aminoácidos apresentou um aumento nas concentrações da 
maioria dos aminoácidos após a cirurgia; após 6 meses, as concentrações 
de ácido glutâmico, serina, arginina, alanina, metionina, valina, 
fenilalanina, isoleucina e tirosina reduziram; 
 As concentrações de proteínas totais e albumina foram reduzindo ao longo 
dos 12 meses de estudo. 
Conclusão 
O perfil de alterações dos aminoácidos, após RYGB é evidência de que os níveis 
totais de proteínas e albumina podem não ser bons indicadores do perfil proteico 
após cirurgia bariátrica. 
Alguns especialistas recomendam 70 g/dia de proteína durante restrições calóricas 
para a perda de peso. Porém, muitos programas de cirurgia bariátrica recomendam 60 
a 80 g/dia de proteína ou 1,0 a 1,5 g/kg de peso ideal, embora as necessidades 
exatas ainda não estejam definidas. O paciente deve ser orientado a utilizar 
 
 
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veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 11 
suplementos proteicos em pó e de alto valor biológico após 48 horas da realização da 
cirurgia (Bordalo et al., 2011). 
A ingestão de proteína deve ser avaliada periodicamente, em cada consulta nutricional. 
Na presença de deficiência proteica clínica ou subclínica, mesmo na ausência de 
vômitos ou intolerância alimentar, os pacientes devem ser tratados com dieta 
hiperproteica (Bordalo et al., 2011). 
Prioridade deve ser dada ao perfil de aminoácidos presentes quando o 
suplemento for a única fonte proteica da dieta. A proteína do soro do leite (whey 
protein) pode ser uma excelente escolha, uma vez que possui elevados níveis de 
aminoácidos de cadeia ramificada, importantes para prevenir degradação do 
tecido muscular, permanecem solúveis no estômago, são rapidamente digeridas e 
isentas de lactose. Atualmente, já existe produto de whey protein hidrolisado, o que 
reduz a alergenicidade e melhora a absorção (Bordalo et al., 2011). 
 
1. Shake de Proteínas 
 
Whey protein_________________60 a 80 g 
Base para Shake (lactose-free) qsp__1 UN 
Sachê qsp________________________1 UN 
Administrar 1 shake ao dia ou conforme 
orientação médica/nutricional. 
Adicionar o conteúdo de um sachê em 1 
copo d’água ou de leite desnatado. Tomar 
imediatamente após o preparo. 
 
 
 
 
 
Referência 
Bloomberg RD1, Fleishman A, Nalle JE, Herron DM, Kini S. Nutritional deficiencies following bariatric surgery: what have we 
learned? Obes Surg. 2005 Feb;15(2):145-54. 
Brolin RE1, LaMarca LB, Kenler HA, Cody RP. Malabsorptive gastric bypass in patients with superobesity. J Gastrointest Surg. 
2002 Mar-Apr;6(2):195-203; discussion 204-5. 
Nicoletti CF1, Morandi Junqueira-Franco MV, dos Santos JE, Marchini JS, Junior WS, Nonino CB. Protein and amino acid status 
before and after bariatric surgery: a 12-month follow-up study. Surg Obes Relat Dis. 2013 Nov-Dec;9(6):1008-12. doi: 
10.1016/j.soard.2013.07.004. Epub 2013 Oct 15. 
 
Shakes: Alternativa de Veículo 
A base para shake é um suplemento alimentar composto por vitaminas e minerais 
quelatos, que pode ser utilizado como base para suplementação de diversos 
nutrientes. 
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 12 
Deficiência de Micronutrientes 
As deficiências de micronutrientes são as principais alterações que colocam em 
risco o sucesso dos procedimentos cirúrgicos. A prevenção das deficiências de 
vitaminas e minerais exige acompanhamento dos pacientes em longo prazo e o 
conhecimento das funções desses micronutrientes no corpo humano, além dos sinais e 
sintomas de sua deficiência. A suplementação nutricional em longo prazo, embora 
muito enfatizada como importante conduta terapêutica, ainda representa um 
obstáculo para o sucesso do tratamento cirúrgico da obesidade (Bordalo et al., 
2011). 
A reposição e a incorporação de micronutrientes ao corpo a partir da alimentação 
é a maneira mais adequada de se manter os estoques corporais em níveis 
desejáveis. No entanto, em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica alguns 
fatores justificam a suplementação nutricional (Quadro 1). Portanto, a utilização de 
uma dosagem diária adequada de polivitamínico/mineral é uma forma de garantir o 
suporte nutricional adequado de micronutrientes para o bom funcionamento dos 
processos que ajudam na regulação de peso corporal (Bordalo et al., 2011). 
 
Consequências da Técnica Cirúrgica Implicações Cirúrgicas 
Restrição da capacidade gástrica 
Menor ingestão de calorias e 
micronutrientes e menor produção de HCl 
pelo estômago 
Exclusão do estômago e intestino do 
trânsito alimentar 
Redução da superfície de contato para 
absorção, limitada produção de fatores 
necessários para absorção de nutrientes (ex.: 
fator intrínseco e enzimas digestivas) 
Intolerância a alimentos 
Exclusão da dieta de alimentos fontes de 
nutrientes fundamentais para a saúde 
Quadro 1: Consequências da cirurgia bariátrica que justificam a suplementação nutricional 
 
A preocupação com a biodisponibilidade dos micronutrientes influencia a eficácia 
da suplementação. Nesse sentido, é importante considerar as formas de 
apresentação das suplementações disponíveis comercialmente. A escolha do 
suplemento deve considerar: 
 pH (ácido ou alcalino): pH gastrointestinal necessário para a solubilização do 
nutriente; 
 Forma de apresentação do suplemento: solução aquosa, cápsula, pó; 
 Dependência de enzimas do trato gastrointestinal que auxiliam na absorção de 
alguns micronutrientes; 
 Integridade intestinal e superfície de absorção; 
 Via de administração: oral, intramuscular ou endovenosa, de acordo com a 
gravidade da deficiência nutricional; 
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 13 
 Quantidade e tipo de micronutriente presente nas formas de administração 
(Bordalo et al., 2011). 
 
Vitaminas Hidrossolúveis 
Nutracêutico Dose e Posologia Propriedades e Descrição 
Tiamina 
(Vitamina B1) 
Adultos: 
• Uso oral: 50 a 100 mg, 1 vez 
ao dia (Becker et al., 2012). 
Composto hidrossolúvel. É uma 
coenzima essencial para o 
metabolismo de carboidratos na 
forma de difosfato (Martindale). 
Riboflavina 
(Vitamina B2) 
Homens: 
• Uso oral: 1,3 mg, 1 vez ao 
dia (Donadelli et al., 2012). 
 
Mulheres: 
• Uso oral: 1,1 mg, 1 vez ao 
dia (Donadelli et al., 2012). 
A vitamina B2 é importante para o 
metabolismo dos carboidratos, 
gorduras e proteínas (O’Donnell, 
2011). 
Niacina 
(Vitamina B3) 
Homens: 
• Uso oral: 16 mg, 1 vez ao dia 
(Donadelli et al., 2012). 
 
Mulheres: 
• Uso oral: 14 mg, 1 vez ao dia 
(Donadelli et al., 2012). 
A niacina está envolvidano 
metabolismo de proteínas e 
carboidratos, na neurotransmissão e 
na síntese de hemoglobina 
(O’Donnell, 2011) 
Ácido Fólico 
Adultos: 
• Uso oral: 400 a 500 mcg, 1 a 
2 vezes ao dia (Becker et al., 
2012). 
É membro do complexo B. No 
corpo, é reduzido a tetraidrofolato, 
que é uma coenzima para diversos 
processos metabólicos, incluindo a 
síntese da purina e pirimidina e, 
consequentemente, síntese do DNA; 
também está envolvido na 
conversão de alguns aminoácidos 
(Martindale). 
Vitamina B6 
(Piridoxina) 
Adultos: 
• Uso oral: 50 mg, 1 vez ao dia 
(O’Donnel et al., 2011). 
Esta vitamina é importante para a 
síntese de aminoácidos e eritrócitos, 
modulação hormonal, função imune 
e formação de neurotransmissores 
(O’Donnel, 2011). 
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 14 
Cobalamina 
(Vitamina B12) 
Adultos: 
• Uso oral preventivo: mínimo 
de 350 mcg, 1 vez ao dia 
(Bordalo et al., 2011). 
 
Uso oral para tratamento: 
mínimo de 500 mcg, 1 vez ao 
dia (Bordalo et al., 2011). 
Vitamina hidrossolúvel que está 
presente no corpo principalmente 
como metilcobalamina e também 
como adenosilcobalamina e 
hidroxocobalamina. 
Metilcobalamina e 
adenosilcobalamina agem como 
coenzimas na síntese de ácido 
nucleico. A metilcobalamina 
também está intimamente envolvida 
com o ácido fólico em diversos 
processos metabólicos importantes 
(Martindale). 
Vitamina C 
Homens: 
• Uso oral: 90 mg, 1 vez ao dia 
(Donadelli et al., 2012). 
 
Mulheres: 
• Uso oral: 75 mg, 1 vez ao dia 
(Donadelli et al., 2012). 
É uma vitamina hidrossolúvel 
necessária à síntese óssea e de 
tecidos conectivos. Possui atividade 
antioxidante considerável e 
promove a absorção do ferro 
(O’Donnell, 2011). 
Biotina 
Adultos: 
• Uso oral: 30 mcg, 1 vez ao 
dia (Donadelli et al., 2012). 
É uma coenzima essencial para o 
metabolismo de lipídeos e em 
outras reações de carboxilação 
(Martindale). 
Ácido pantotênico 
Adultos: 
• Uso oral: 5 mg, 1 vez ao dia 
(Donadelli et al., 2012). 
Componente da coenzima A que é 
necessária para o metabolismo de 
carboidratos, gorduras e proteínas 
(Martindale). 
 
 
Referências 
Bordalo LA, Teixeira TFS, Bressan J, Mourão DM. Cirurgia bariátrica: como e por que suplementar. Rev Assoc Med Bras 2011; 
57(1):113-120. 
 
Donadelli SP1, Junqueira-Franco MV, de Mattos Donadelli CA, Salgado W Jr, Ceneviva R, Marchini JS, Dos Santos JE, Nonino 
CB. Daily vitamin supplementation and hypovitaminosis after obesity surgery. Nutrition. 2012 Apr;28(4):391-6. doi: 
10.1016/j.nut.2011.07.012. Epub 2011 Nov 4. 
Becker DA, Balcer LJ, Galetta SL. The Neurological Complications of Nutritional Deficiency following Bariatric Surgery. J Obes. 
2012;2012:608534. doi: 10.1155/2012/608534. Epub 2012 Jun 13. 
O’Donnell. Severe Micronutrient Deficiencies in RYGB Patients: Rare but Potentially Devastanting. Nutrition Issues in 
Gastroenterology, series #100. Practical Gastroenterology. November 2011. 
Martindale, The Complete Drug Reference. 35th edition. 
Bordalo LA, Teixeira TFS, Bressan J, Mourão DM. Cirurgia bariátrica: como e por que suplementar. Rev Assoc Med Bras 2011; 
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 15 
Formulações 
 
2. Cápsulas de Tiamina (Vitamina B1) 
 
Tiamina___________________50 a 100 mg 
Cápsula qsp______________________1 UN 
Administrar 1 cápsula ao dia ou conforme 
orientação médica/nutricional. 
A deficiência de tiamina pode ocorrer entre 8 e 15 semanas após a cirurgia. O 
mecanismo está relacionado à reposição vitamínica inadequada, juntamente com 
vômito intratável persistente. A deficiência pode ocorrer mesmo com a suplementação 
oral se êmese está presente, porque ela impede a absorção eficaz (Becker et al., 2012). 
A deficiência de vitamina B1 pode causar acidose láctica, redução do consumo de 
oxigênio e redução da atividade da transcetolase. Ela altera a função mitocondrial 
por afetar o metabolismo oxidativo e diminui as enzimas dependentes de 
vitamina B1, o que resulta na morte seletiva de células neuronais (Becker et al., 
2012). 
A deficiência de tiamina é pertinente para o desenvolvimento tanto das 
encefalopatias agudas e crônicas, como da encefalopatia de Wernicke e a 
síndrome de Korsakoff. Caso a deficiência de tiamina não seja descoberta no 
início, os pacientes podem ficar com sequelas permanentes, incluindo alterações da 
motilidade ocular, ataxia e alterações do estado mental (Becker et al., 2012). 
Segundo Al-Fahad et al. (2006) a terapia com vitamina B1 deve ser iniciada logo 
após a cirurgia, por via oral, uma vez que a encefalopatia de Wernicke ocorre 
poucas semanas pós-cirurgia bariátrica (em torno de 6 semanas, no geral). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referência 
Becker DA, Balcer LJ, Galetta SL. The Neurological Complications of Nutritional Deficiency following Bariatric Surgery. J Obes. 
2012;2012:608534. doi: 10.1155/2012/608534. Epub 2012 Jun 13. 
 
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 16 
 Constipação em Pacientes com Deficiência de Tiamina após bypass 
gástrico em Y-de-Roux (BGYR) 
O procedimento BGYR é a cirurgia bariátrica mais realizada em todo o mundo. Shah et 
al. (2013) descreveram a deficiência de tiamina em pacientes com pequeno 
crescimento intestinal bacteriano após cirurgia gástrica. Eles hipotetizaram que os 
sintomas de tal deficiência são comuns após a cirurgia e realizaram um estudo a 
fim de examinar a prevalência e o tratamento dos sintomas da deficiência de 
tiamina após bypass gástrico. 
 
 
 
 
 
 
 
Resultados: 
 Dentre os 151 pacientes, 25 mulheres e 2 homens atendiam o critério de 
deficiência de tiamina (prevalência de 18%). Nestes 27 pacientes, 12 
apresentavam 1 sintoma de DT, enquanto que 15 apresentavam sintomas 
consistentes com subtipos múltiplos; 
 Onze pacientes reportaram constipação 0,33 a 12 anos (média 4,8) após a 
cirurgia bariátrica; 
 Níveis elevados de folato foram encontrados em 6 dos 10 pacientes 
testados; 
 No teste de hidrogênio no ar expirado após ingestão de glicose, 9 dos 10 
pacientes avaliados apresentaram anormalidades, suportando a presença de 
baixo crescimento bacteriano no intestino; 
 A frequência de defecação melhorou após o tratamento com tiamina. 
Conclusão: 
A deficiência de tiamina, como consequência do crescimento bacteriano reduzido 
no intestino, deve ser considerada em pacientes com queixas de constipação após 
cirurgia gástrica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo prospectivo, realizado em uma comunidade hospitalar urbana. Os pacientes 
que realizaram BGYR, acompanhados de 1° de fevereiro de 2008 a 1° de maio de 
2009 foram incluídos. A deficiência de tiamina (DT) incluiu a presença de 
sintomasclínicos consistentes e baixo nível sanguíneo de tiamina ou resolução dos 
sintomas clínicos após tratamento com tiamina. 
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não sejadiretamente para profissionais autorizados a prescrever. 17 
 
3. Cápsulas de Riboflavina (Vitamina B2) para Homens 
 
Riboflavina______________________1,3 mg 
Cápsula qsp______________________1 UN 
Administrar 1 cápsula ao dia ou conforme 
orientação médica/nutricional. 
 
4. Cápsulas de Riboflavina (Vitamina B2) para Mulheres 
 
Riboflavina______________________1,1 mg 
Cápsula qsp______________________1 UN 
Administrar 1 cápsula ao dia ou conforme 
orientação médica/nutricional. 
 
Existem poucos relatos de casos clínicos de deficiências de riboflavina (B2) após 
procedimento RYGB apesar dos níveis desta serem 13,6% e 7,1% após 1 e 2 anos da 
cirurgia, respectivamente (O’Donnel, 2011). 
A vitamina B2 é importante no metabolismo de carboidratos, gorduras e 
proteínas. Os sintomas de sua deficiência incluem estomatite, anemia e dermatite 
escamosa (O’Donnel, 2011). 
 
5. Cápsulas Preventivas da Deficiência de Niacina (Vitamina 
B3) para Homens 
 
Niacina_________________________16 mg 
Cápsula qsp______________________1 UN 
Administrar 1 cápsula ao dia ou conforme 
orientação médica/nutricional. 
 
 
 
 
 
 
6. Cápsulas Preventivas da Deficiência de Niacina (Vitamina 
B3) para Mulheres 
Referência 
Shah HN1, Bal BS, Finelli FC, Koch TR. Constipation in patients with thiamine deficiency after Roux-en-Y gastric bypass surgery. 
Digestion. 2013;88(2):119-24. doi: 10.1159/000353245. Epub 2013 Aug 20. 
 
O’Donnell. Severe Micronutrient Deficiencies in RYGB Patients: Rare but Potentially Devastanting. Nutrition Issues in 
Gastroenterology, series #100. Practical Gastroenterology. November 2011. 
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 18 
 
Niacina_________________________14 mg 
Cápsula qsp______________________1 UN 
Administrar 1 cápsula ao dia ou conforme 
orientação médica/nutricional. 
 
A niacina está envolvida no metabolismo de proteínas e carboidratos, na 
neurotransmissão e na síntese de hemoglobina. Sua deficiência, ou pelagra, é 
extremamente rara após BGYR. Os sintomas incluem dores de cabeça, ataxia, 
ansiedade/depressão, alucinações, demência, dores, dermatite escamosa e 
diarréia (O’Donnell, 2011). 
 
7. Cápsulas de Niacina (Vitamina B3) para Tratamento de 
Pelagra 
 
Niacina________________________500 mg 
Cápsula qsp______________________1 UN 
Administrar 1 cápsula, 3 vezes ao dia ou 
conforme orientação médica/nutricional. 
 
Em um relato de caso, uma mulher desenvolveu glossite, quelite angular e dermatite 
como colar de Casal, apresentação clássica de pelagra. Ela havia submetido-se ao 
BGYR 3 meses antes, com uma perda de peso de 100 lb. Os níveis séricos de niacina 
estavam baixos, 2, 27 ng/mL (0,5 a 15 ng/mL). Adicionalmente, foram 
encontrados baixos níveis de zinco e piridoxina (vitamina B6). A paciente recebeu 
quantidades não reveladas de piridoxina, nicotinamida, sulfato de zinco e 
riboflavina e apresentou melhora acentuada 4 semanas após o início da terapia 
(O’Donnell, 2011). Koch e Finelli (2010) recomendam 500 mg de niacina oral, 3 
vezes por dia para o tratamento de pelagra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
O’Donnell. Severe Micronutrient Deficiencies in RYGB Patients: Rare but Potentially Devastanting. Nutrition Issues in 
Gastroenterology, series #100. Practical Gastroenterology. November 2011. 
Koch T, Finelli F. Postoperative Metabolic and Nutritional Complications of Bariatric Surgery. Gastroenterol Clin N Am, 
2010;39:109-124. 
 
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 19 
8. Cápsulas de Metilfolato 
 
Metilfolato*______________400 a 500 mcg 
Cápsula qsp______________________1 UN 
Administrar 1 cápsula, 1 a 2 vezes ao dia ou 
conforme orientação médica/nutricional. 
 
A deficiência de ácido fólico tem sido observada principalmente após BGYR, 
embora ainda seja rara. Ela pode manifestar-se como anemia macrocítica, 
leucopenia, trombocitopenia, glossite ou medula megaloblástica e está associada 
à neuropatia periférica e mielopatia. Na maioria das vezes, a deficiência de ácido 
fólico após cirurgia bariátrica ocorre devido à diminuição da ingestão, e não em 
decorrência de sua má absorção (Bordalo et al., 2011; (Becker et al., 2012). 
A suplementação oral de ácido fólico (400 a 500 mcg/dia, recomenda-se 1 mg/dia) se 
mostrou eficaz em manter os níveis dentro dos valores de referência. Entretanto, a 
suplementação de folato pode mascarar a deficiência de vitamina B12, levando à 
progressão do dano neurológico (Becker et al., 2012). 
 
9. Cápsulas de Metilfolato – Dose Mínima 
 
Metilfolato_____________________400 mcg 
Cápsula qsp______________________1 UN 
Administrar 1 cápsula ao dia ou conforme 
orientação médica/nutricional. 
 
10. Cápsulas de Metilfolato – Altas Doses 
 
Metilfolato___________________1000 mcg 
Cápsula qsp______________________1 UN 
Administrar 1 cápsula ao dia ou conforme 
orientação médica/nutricional. 
Uma quantidade suficiente de ácido fólico parece ser pelo menos 400 mcg ao dia, 
enquanto outros autores sugerem até 1 mg ao dia. Embora incomuns, há relatos de 
bebês com defeitos de tubo neural de mães submetidas ao procedimento cirúrgico. 
Mulheres em idade reprodutiva devem ser amplamente monitoradas (Brolin et al., 
1988; Decker et al., 2000; Xanthakos et al., 2006). 
* O METILFOLATO é uma forma mais biodisponível que o ácido fólico. 
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 20 
 15% dos Pacientes Submetidos ao Bypass Gástrico em Y-de-Roux 
Desenvolvem Deficiência de Ácido Fólico 
De acordo com estudo clínico publicado pelo periódico Journal of Obesity (2012), 15% 
dos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica (Bypass gástrico em Y-de-Roux) 
desenvolvem deficiência de ácido fólico. 
Outros Resultados: 
 Ainda segundo os resultados, 86% dos pacientes apresentaram anemia, 
que foi acompanhada por deficiência de ácido fólico, ferro ou vitamina 
B12 após o 1º ano da cirurgia; 
 Por este fato, Aarts et al. (2012) advertem para a ingestão da dose mínima de 
400 mcg ao dia de ácido fólico para o manejo da deficiência desta vitamina 
do complexo B. 
Embora o bypass gástrico esteja associado com a redução dos riscos vasculares em 
pacientes superobesos, tal procedimento promove déficits nutricionais importantes 
que poderiam inclusive reduzir os benefícios cardiovasculares da perda de peso. 
Particularmente, a hiper-homocisteinemia, atualmente identificada como fator de risco 
vascular, tem sido descrita após o procedimento cirúrgico. 
Ledoux et al. (2011) conduziram um estudo clínico para mensurar os níveis de 
homocisteína e vários parâmetros nutricionais em 213 pacientes. 
 
 
Resultados: 
 Os melhores parâmetros nutricionais correlacionados com as 
concentrações de homocisteína antes e após o procedimento cirúrgico 
foram as concentrações de folato e creatinina (p<0,0001); 
 Após o procedimento cirúrgico, a concentração de homocisteína foi 
significativamente menor nos pacientes que foram suplementados com 
altas doses de ácido fólico quando comparados aos pacientes que não 
foram (7,7 ± 2,8 vs. 10,1 ± 3,9 μmol/l, p < 0,0001). 
Conclusões:Os principais determinantes para a concentração de homocisteína identificados neste 
estudo foram o folato e os níveis séricos de creatinina. A suplementação 
multivitaminínica com altas doses de folato previne a hiper-homocisteinemia 
após o bypass gástrico. 
 
 
 
Referências 
Becker DA, Balcer LJ, Galetta SL. The Neurological Complications of Nutritional Deficiency following Bariatric Surgery. J Obes. 
2012;2012:608534. doi: 10.1155/2012/608534. Epub 2012 Jun 13. 
Bordalo LA, Teixeira TFS, Bressan J, Mourão DM. Cirurgia bariátrica: como e por que suplementar. Rev Assoc Med Bras 2011; 57(1):113-120. 
Brolin RE, Gorman JH, Gorman RC, et al. Prophylactic iron supplementation after Roux-en-Y gastric bypass. A prospective, double-blind, 
randomized study. Archives of Surgery. 1998;133(7):740–744. 
Aarts EO, van Wageningen B, Janssen IM, Berends FJ. Prevalence of Anemia and Related Deficiencies in the First Year following 
Laparoscopic Gastric Bypass for Morbid Obesity. J Obes. 2012;2012:193705. doi: 10.1155/2012/193705. Epub 2012 Mar 13. 
Ledoux S, Coupaye M, Bogard C, Clerici C, Msika S. Determinants of hyperhomocysteinemia after gastric bypass surgery in 
obese subjects. Obes Surg. 2011 Jan;21(1):78-86. doi: 10.1007/s11695-010-0269-x. 
Cento e oito pacientes foram avaliados antes da cirurgia (controle), 115 de um 
a 6 anos após a cirurgia e 41 antes e 6 meses após a cirurgia. 
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 21 
Por que prescrever Ácido fólico para Pacientes Pós-
bariátrica? 
A deficiência de ácido fólico observada em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica 
promove anemia e aumento dos níveis de homocisteína. 
A homocisteína é um aminoácido tóxico derivado do metabolismo do aminoácido 
sulfurado metionina, encontrada em proteínas da carne, produtos lácteos, ovos, 
peixes e outras fontes. Alguns pesquisadores enfatizam o papel da homocisteína 
apenas como um marcador da deficiência de ácido fólico e vitamina B12. Outros 
lembram que o aumento dos seus níveis causa o estresse oxidativo, que promove 
danos neurológicos e vasculares em nível central (Ruiz, 2012). 
Legenda. O folato e a vitamina B12 estão 
envolvidos na conversão da homocisteína 
em metionina. A ausência de cobalamina 
leva a uma interrupção na reação e na 
elaboração do 5-metiltetrahidrofolato (5-
MTHF), conhecida como a "armadilha 
tetra-hidrofolato". 
 
11. Cápsulas de Piridoxal-5-Fosfato (P5P) (Vitamina B6) 
 
Piridoxal-5-Fosfato_______________50 mg 
Cápsula qsp______________________1 UN 
Administrar 1 cápsula ao dia ou conforme 
orientação médica/nutricional. 
 
A deficiência de vitamina B6 pode ser verificada em 17,6% e 14,2% dos pacientes 
submetidos ao RYGB após 1 e 2 anos de cirurgia, respectivamente. A vitamina B6 
desempenha papel importante na síntese de aminoácidos e eritrócitos, modulação 
hormonal função imune e formação de neurotransmissores (O’Donnel, 2011). 
Os sintomas da deficiência podem se apresentar como dermatites, glossite atrófica, 
quelite angular e sintomas neurológicos, incluindo confusão, sonolênica, 
neuropatia e convulsões refratárias (O’Donnel, 2011). 
Não há recomendações específicas para a suplementação de vitamina B6 na 
população submetida ao bypass gástrico. A American Society for Metabolic and 
Bariatric Surgery recomenda 50 mg/dia ou 100 a 200 mg/dia se a deficiência for 
relacionada ao uso de medicamentos (como isoniazida, cicloserina e hidrocortisona) 
(O’Donnel, 2011). 
 
 
Referências 
Ruiz K. Nutracêuticos na Prática Terapias Baseadas em Evidências. Innedita, 2012. 
O’Donnell. Severe Micronutrient Deficiencies in RYGB Patients: Rare but Potentially Devastanting. Nutrition Issues in 
Gastroenterology, series #100. Practical Gastroenterology. November 2011. 
 
* O P5P é uma forma mais biodisponível que a piridoxina. 
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 22 
12. Cápsulas de Metilcobalamina (Vitamina B12) para 
Prevenção da Deficiência 
 
Metilcobalamina_______________350 mcg 
Cápsula qsp______________________1 UN 
Administrar 1 cápsula ao dia ou conforme 
orientação médica/nutricional. 
 
13. Cápsulas de Metilcobalamina (Vitamina B12) para 
Tratamento da Deficiência 
 
Metilcobalamina_______________500 mcg 
Cápsula qsp______________________1 UN 
Administrar 1 cápsula ao dia ou conforme 
orientação médica/nutricional. 
 
A deficiência de vitamina B12 pode não aparecer durante vários anos após a 
cirurgia bariátrica, uma vez que os estoques hepáticos são suficientes para anos 
após a insuficiência dietética inicial. Baixos níveis de vitamina B12 após 
procedimento gástrico estão associados à ingestão inadequada, redução da hidrólise 
de proteínas e defeitos na quantidade de fator intrínseco ou na interação entre o fator 
intrínseco e a vitamina B12 (Becker et al., 2012). 
Em relação à absorção de vitamina B12, é importante lembrar que inicialmente 
esta vitamina precisa ser liberada da fonte alimentar (principalmente carne 
vermelha). Essa liberação é facilitada pela presença do ácido gástrico. A vitamina 
B12 livre é então ligada à proteína-R no estômago e em seguida clivada no 
duodeno, para ligar-se ao fator intrínseco (FI). O complexo B12- FI circula intacto 
pelo trato gastrointestinal até o seu local de absorção (íleo). Marcuard et al. 
observaram baixos níveis de FI em 53% dos pacientes após BGYR que 
apresentavam deficiência da vitamina (Bordalo et al., 2011). 
Os sintomas neurológicos mais comumente vistos nesta deficência são aparestesia, 
fraqueza, reflexos diminuídos, espasmos, ataxia, perda de senso posicional e 
vibratório, incontinência, perda de visão, demência, psicose e alteração de humor 
(Becker et al., 2012). 
A deficiência de vitamina B12 é normalmente definida em níveis inferiores a 200 
pg/mL. Porém, cerca de 50% dos pacientes com sinais e sintomas claros de sua 
deficiência apresentam níveis normais. Em relação à prevenção, a dosagem de 350 
µg/dia na forma oral foi capaz de prevenir sua deficiência em 95% dos pacientes e uma 
dose oral de 500 a 1000 µg/dia tem sido utilizada para o tratamento desta deficiência 
* A Metilcobalamina é uma forma mais biodisponível que a cobalamina. 
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 23 
(Bordalo et al., 2011). A maioria dos grupos recomendam que a suplementação de 
vitamina B12 tenha início em até 6 meses após a cirurgia (Becker et al., 2012). 
 Deficiência de Vitamina B12 é mais Frequente em Pacientes Submetidos 
ao Bypass Gástrico em Y-de-Roux (BGYR) do que à Cirurgia Gástrica Vertical 
O objetivo deste estudo foi comparar o grau de deficiências nutricionais pós-
cirúrgicas em longo prazo entre bypass gástrico em Y-de-Roux (BGYR) e 
gastrectomia vertical (GV). 
 
 
 
 
 
Parâmetros demográficos, antropométricos e bioquímicos foram comparados de acordo com o tipo de cirurgia. 
Resultados: 
 Ambos os tipos de cirurgias foram associados a deficiências nutricionais 
significativas; 
 A deficiência de vitamina B12 foi significativamente maior em pacientes 
com BGYR em comparação aos com GV (42,1% versus 5%, P = 0,003); 
 O tipode cirurgia não foi associado à anemia nem à deficiência de ferro ou 
de folato (GV contra BGYR: anemia, 54,2% versus 64,3%, P = 0,418; deficiência 
de ácido fólico, 20% versus 18,4%, P = 0,884; deficiência de ferro, 30% versus 
36,4%, P = 0,635). 
Conclusão: 
Durante um período de acompanhmento médio de 4 anos após RYGB ou GV, os 
pacientes foram identificados com várias deficiências de micronutrientes, 
incluindo de vitamina D, ácido fólico e vitamina B12. SG pode ter um efeito mais 
favorável no metabolismo da vitamina B12 comparado ao BGYR, sendo associada 
menor má absorção. A adesão à suplementação de ferro e vitamina é de 
importância primordial em todos os casos de cirurgia bariátrica (Alexandrou et al., 
2014). 
 
14. Cápsulas de Vitamina C para Homens 
 
Vitamina C______________________90 mg 
Cápsula qsp______________________1 UN 
Administrar 1 cápsula ao dia ou conforme 
orientação médica/nutricional. 
 
 
 
 
Este estudo piloto transversal incluiu 95 pacientes que se submeteram à cirurgia BGYR 
ou GV, com acompanhamento médio de 4 anos. 
Referência 
Becker DA, Balcer LJ, Galetta SL. The Neurological Complications of Nutritional Deficiency following Bariatric Surgery. J Obes. 
2012;2012:608534. doi: 10.1155/2012/608534. Epub 2012 Jun 13. 
Bordalo LA, Teixeira TFS, Bressan J, Mourão DM. Cirurgia bariátrica: como e por que suplementar. Rev Assoc Med Bras 2011; 
57(1):113-120. 
Alexandrou A1, Armeni E2, Kouskouni E3, Tsoka E2, Diamantis T1, Lambrinoudaki I4. Cross-sectional long-term 
micronutrient deficiencies after sleeve gastrectomy versus Roux-en-Ygastric bypass: a pilot study. Surg Obes Relat Dis. 2014 
Mar-Apr;10(2):262-8. doi: 10.1016/j.soard.2013.07.014. Epub 2013 Aug 12. 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Alexandrou%20A%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=24182446
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Armeni%20E%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=24182446
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Kouskouni%20E%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=24182446
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Tsoka%20E%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=24182446
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Diamantis%20T%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=24182446
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Lambrinoudaki%20I%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=24182446
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24182446
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 24 
15. Cápsulas de Vitamina C para Mulheres 
 
Vitamina C______________________75 mg 
Cápsula qsp______________________1 UN 
Administrar 1 cápsula ao dia ou conforme 
orientação médica/nutricional. 
 
Os primeiros sintomas da deficiência de vitamina C podem ocorrer dentro de 3 a 6 
meses de consumo abaixo de 10 mg/dia e pode incluir fadiga, perda de peso, 
irritabilidade e mialgia. Os sintomas posteriores se manifestam como petéquias 
perifoliculares, equimoses, má cicatrização, sangramento gengival e 
desestabilização dos dentes (O’Donnel, 2011). 
 
 Deficiência de Vitamina C contribui para Doenças Periodontais em 
Pacientes Submetidos ao Bypass Gástrico 
A cirurgia bariátrica influencia a ingestão e absorção de nutrientes que, associado a 
vômitos, pode prejudicar a cavidade oral. As concentrações séricas de vitamina C e 
mieloperoxidase (MPO) e as manifestações orais clínicas foram examinadas em 
pacientes submetidos ao BGRY durante 2 anos neste estudo clínico prospectivo 
com grupo controle. 
Neste estudo, o grupo controle (GC; n=26) foi avaliado somente 1 vez e o grupo 
bariátrico (GB; n=26) foi avaliado na linha base e após 12 e 24 meses após a cirurgia. As 
idades médias no GC e GB foram 37,8 ± 1,51 e 39,6 ± 1,93 anos, respectivamente, e 
seus Índice de Massa Corporal (IMC) 22,07 ± 0,29 e 45,62 ± 1,46 kg/m2, 
respectivamente. 
Resultados: 
 Doze meses após a cirurgia, foi observado aumento dos episódios de 
vômito (p<0,001) e hipersensibilidade dental (p=0,012), com redução da 
capacidade tamponante da saliva de 21,3%± 2,9% (p=0,004); 
 Após 24 meses da cirurgia, foi detectada uma redução significativa na 
concentração sérica de vitamina C (32,9% ± 5,3%, p < 0,001) e os valores de 
MPO estavam acima daqueles do período basal (p=0,032); 
 Em consideração aos hábitos de higiene oral, 92,3% dos pacientes reportaram 
escovação frequente e 96,1% utilizavam flúor, o que foi similar ao longo dos 2 
anos. Entretanto, a hipersensibilidade dental (p=0,048) estava significativamente 
aumentada, comparada à linha base. 
Conclusão: 
Os resultados demonstraram que a deficiência de vitamina C e o aumento da 
frequência de vômitos após bypass gástrico para pacientes morbidamente obesos 
pode contribuir para o aumento de doença periodontal (Netto et al., 2012). 
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 25 
 
 
 
 Baixos Níveis de Vitamina C Estão Associados a Maiores IMC 
O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de deficiência de vitamina C 
em uma população cirúrgica e se o Índice de Massa Corporal (IMC) tem efeito 
sobre a concentração de vitamina C no sangue. Além disso, o estudo buscou 
relacionar a deficiência de vitamina C e prognóstico cirúrgico adverso. 
As concentrações de ácido ascórbico no pré-operatório foram verificadas 
prospectivamente em pacientes com idades entre 20 e 60 anos submetidos à cirurgia 
bariátrica. A deficiência de ácido ascórbico foi definida como qualquer concentração 
menor ou igual a 0,3 mg/dL e depleção como qualquer concentração menor que 0,3 a 
0,59 mg/dL. 
Resultados: 
 Dos 266 pacientes avaliados, 167 tinham IMC ≥35 kg/m2. Um maior IMC foi 
associado a menores concentrações de ácido ascórbico (p=0,021); 
 Dentre todos os pacientes, 96 (36%) apresentaram concentrações anormais 
de ácido ascórbico, sendo 57 (21%) com depleção e 39 (15%) com 
deficiência; 
 Os fatores associados à redução média das concentrações de ácido 
ascórbico incluíram baixa idade (p=0,004) e ingestão limitada de vegetais e 
frutas (p=0,026); 
 A suplementação de ácido ascórbico foi associada a menores taxas de depleção 
e deficiência (p=0,001). 
Conclusão: 
A depleção e deficiência de ácido ascórbico existe na população cirúrgica. Os 
fatores contribuintes incluem a baixa idade, ingestão limitada de frutas e 
vegetais, falta de suplementação vitamínica e melhor IMC. Baixas concentrações 
de ácido ascórbico não afetaram o prognóstico cirúrgico (Riess et al., 2009). 
 
 Mesmo com Suplementação Vitamínica, Deficiência de Vitamina C pode 
Estar Presente por Até 1 Ano Após Cirurgia Bariátrica 
Donadelli et al. (2012) conduziram um estudo a fim de determinar se a 
suplementação vitamínica diária é suficiente para prevenir possíveis deficiências 
vitamínicas em pacientes obesos submetidos à cirurgia bariátrica. Ao todo, 200 
pacientes foram recrutados e avaliados. 
Os níveis de vitamina C estavam significativamente reduzidos a partir do 3º mês 
após a cirurgia e assim permaneceram durante os 12 meses de acompanhamento, 
chegando a atingir 29,3% dos pacientes após 1 ano da cirurgia. Somente 2 pacientes 
com deficiência de vitamina C apresentaram tal situação no período anterior a cirurgia 
e assim permaneceram durante o período de acompanhamento (Donadelli et al., 2012). 
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas.É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 26 
 
 
16. Cápsulas de Biotina 
 
Biotina_________________________30 mcg 
Cápsula qsp______________________1 UN 
Administrar 1 cápsula ao dia ou conforme 
orientação médica/nutricional. 
 
17. Cápsulas de Ácido Pantotênico 
 
Ácido Pantotênico_________________5 mg 
Cápsula qsp______________________1 UN 
Administrar 1 cápsula ao dia ou conforme 
orientação médica/nutricional. 
 
18. Gotas Sublinguais de Vitamina B12 Potencializadoras da 
Absorção de Vitamina B12 
 
Vitamina B12 _____________500 mcg/ml 
Gotas Sublinguais qsp ___________10 ml 
Administrar 1 a 2 mL por semana ou 
conforme orientação médica/nutricional. 
 
A deficiência de vitamina B12 
tem sido frequentemente 
relatada após cirurgia bariátrica. 
Pensando na necessidade de 
suplementação dessa vitamina 
e na melhora de sua absorção, 
visto que a absorção oral da 
vitamina B12 é dependente do 
fator intrínseco gástrico (FI), a 
forma farmacêutica sublingual 
é uma alternativa eficaz de 
escolha para suplementação de 
vitamina B12. 
 
Adaptado de: Oh e Brown, 2003. 
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 27 
19. Vitaminas do Complexo B em Sopa 
 
 
Consumir o conteúdo de 1 sachê de sopa 
por dia ou conforme orientação 
médica/nutricional. 
Adicionar o conteúdo de um sachê em 200 mL de água quente e mexer até 
completa homogeneização. Consumir logo após o preparo. 
A SopaMais® pode ser dispensada tanto na forma de sachê quanto em potes, porém 
quando dispensada em potes deve acompanhar um copinho ou colher de medida. 
Algumas vantagens incluem: 
 Não contém gorduras e carboidratos; 
 Não contém ácidos graxos saturados e trans-isômeros totais; 
 Além de não ter acréscimo de sal. 
Informações Nutricionais 
 Porção de 20 g de 
SopaMais
® 
% Valores 
Diários 
Valor energético 73,2 Kcal 3,7 
Carboidratos 16,9 g 5,6 
Proteína 0,4 g 0,6 
Fibras alimentares 0,5 g 2,0 
Gorduras Totais 0,4 g 0,8 
Gorduras saturadas 0,1 g 0,5 
Gorduras trans 0,0 g ** 
Sódio 153,8 mg 6,4 
Cálcio 6,8 mh 0,7 
Iodo 5,5 mg 4,2 
Ferro 0,2 mg 1,3 
(*) % Valores diários com base em uma dieta de 2.000kcal ou 8400kJ. Seus valores diários podem ser maiores 
ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. 
(**) Valores não estabelecidos. 
Vitamina B1_____________________10 mg 
Riboflavina (Vitamina B2)_________2,6 mg 
Niacina (Vitamina B3)________14 a 16 mg 
Vitamina B6_____________________50 mg 
Vitamina B12__________________300 mcg 
Ácido fólico____________________400 mcg 
SopaMais®________________________20 g 
Embalagem sachê ________________1 UN 
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 28 
Vitaminas Lipossolúveis 
A deficiência de vitaminas lipossolúveis pode ocorrer após gastroplastia com desvio 
intestinal em “Y de Roux” (RYGB). O procedimento de switch duodenal (DS) provoca um 
atraso da mistura do alimento com as enzimas pancreáticas e sais biliares, 
consequentemente, há má absorção de gorduras e vitaminas lipossolúveis 
(Donadelli et al., 2012). 
Nutracêutico Dose e Posologia Propriedades e Descrição 
Vitamina A 
Adultos: 
• Uso oral: 5.000 a 10.000 UI, 1 
vez ao dia (Becker et al., 2012). 
1 mcg retinol = 1 micrograma 
RE; 1 mcg beta-caroteno = 0,167 
mcg RE; 1 mcg de outros 
carotenóides provitamina A = 
0,084 mcg RE; 
1 UI = 0,3 mcg de retinol 
equivalente (RDC 259/05). 
A vitamina A é uma vitamina 
lipossolúvel armazenada no fígado. 
Está envolvida na atividade 
imunológica, proliferação celular e 
desempenha papel na acuidade visual. 
Os sinais comuns da deficiência de 
vitamina A incluem má visão noturna, 
pele e cabelos desidratados, prurido, 
acuidade visual reduzida e menor 
resistência às infecções (O’Donnel, 
2011). 
Vitamina D 
Adultos: 
• Uso oral: 800 a 1.200 UI, 1 vez 
ao dia, podendo chegar até 
2.000 UI/dia para pacientes 
submetidos ao switch duodenal 
(Becker et al., 2012). 
1 mcg de colicalciferol = 40 UI 
(RDC 259/05). 
Substância lipossolúvel, algumas vezes 
considerada hormônio ou precursor 
hormonal, o que é essencial para a 
regulação apropriada da homeostase 
do cálcio e fosfato e mineralização 
óssea (Martindale). 
A má absorção de vitamina D contribui 
para a má absorção de cálcio 
(Bloomberg et al., 2005). 
Vitamina E 
Adultos: 
• Uso oral: 60 UI, 1 vez ao dia 
(Becker et al., 2012). 
1,49 UI = 1 mg d-alfa-tocoferol 
(RDC 259/05). 
A vitamina E é um antioxidante 
lipossolúvel essencial para a proteção 
dos neurônios contra o dano oxidativo. 
Os sintomas de sua deficiência incluem 
retinopatia, anemia hemolítica e 
sintomas neurológicos inespecíficos, 
como ataxia e fraqueza muscular 
(O’Donnel, 2011). 
Vitamina K 
Adultos: 
• Uso oral: 300 mcg, 1 vez ao 
dia (Becker et al., 2012). 
A vitamina K é essencial para o 
processo de coagulação sanguínea. Os 
sintomas de sua deficiência incluem 
sangramento, dor estomacal, 
calcificação de cartilagens e 
aterosclerose (O’Donnel, 2011). 
 Referências 
Donadelli SP1, Junqueira-Franco MV, de Mattos Donadelli CA, Salgado W Jr, Ceneviva R, Marchini JS, Dos Santos JE, Nonino CB. Daily vitamin 
supplementation and hypovitaminosis after obesity surgery. Nutrition. 2012 Apr;28(4):391-6. doi: 10.1016/j.nut.2011.07.012. Epub 2011 Nov 4. 
O’Donnell. Severe Micronutrient Deficiencies in RYGB Patients: Rare but Potentially Devastanting. Nutrition Issues in Gastroenterology, series #100. 
Practical Gastroenterology. November 2011. 
Becker DA, Balcer LJ, Galetta SL. The Neurological Complications of Nutritional Deficiency following Bariatric Surgery. J Obes. 2012;2012:608534. 
doi: 10.1155/2012/608534. Epub 2012 Jun 13. 
Resolução RDC nº 269, de 22 de setembro de 2005 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Donadelli%20SP%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22055480
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Junqueira-Franco%20MV%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22055480
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=de%20Mattos%20Donadelli%20CA%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22055480
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Salgado%20W%20Jr%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22055480
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Ceneviva%20R%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22055480
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Marchini%20JS%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22055480
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Dos%20Santos%20JE%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22055480
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=Nonino%20CB%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=22055480
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=22055480
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 29 
Formulações 
 
20. Cápsulas de Vitamina A – Dose Usual 
 
Vitamina A___________5.000 a 10.000 UI 
Cápsula qsp ______________________1 UN 
Administrar 1 cápsula ao dia ou conforme 
orientação médica/nutricional. 
A deficiência de vitamina A é mais comum após procedimentos disabsortivos. 
Donadelli et al. (2011) observaram uma prevalência de 27,6% de deficiênciade 
vitamina A após cirurgia bariátrica, apesar da suplementação diária com 1.500 
mcg de retinol (5.000 UI). 
Madan et al. (2006) detectaram valores anormais de vitamina A e deficiência de 
vitamina A em 11% e 7% dos casos, respectivamente, antes da cirurgia, sendo que 
ambos os valores pioraram após o procedimento cirúrgico. 
Brolin et al. (2002) reportaram que 10% dos pacientes apresentavam baixos níveis 
plasmáticos de vitamina A após 4 anos de RYBG (gastroplastia com desvio intestinal 
em “Y de Roux”) e Clements et al. (2006) detectaram deficiência de vitamina A em 
11% dos pacientes após 1 ano da cirurgia. 
Pereira et al. (2009) avaliaram os níveis de vitamina A e betacaroteno antes da cirurgia 
e após 30 e 180 dias em pacientes submetidos ao bypass gástrico e detectaram níveis 
abaixo do normal em 14%, 50,8% e 52,9% dos pacientes, respectivamente. Os 
pesquisadores concluíram que este aumento da prevalência de níveis anormais no pós 
operatório pode ser associado à menor ingestão de alimentos ricos em vitamina A e 
lipídeos e também à má absorção causada pela exclusão do principal local de 
absorção, apesar da suplementação diária com 5.000 UI de acetato de retinol. 
Apesar da incidência de baixos níveis de vitamina A ser comum, manifestações 
clínicas da deficiência são raras após o bypass gástrico e respondem rápido à 
suplementação. Entretanto, há relatos de casoss em que o pacientes apresentaram 
complicações, oftalmológicas como cegueira noturna e xerose corneal (Donadelli 
et al., 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
Donadelli SP1, Junqueira-Franco MV, de Mattos Donadelli CA, Salgado W Jr, Ceneviva R, Marchini JS, Dos Santos 
JE, Nonino CB. Daily vitamin supplementation and hypovitaminosis after obesity surgery. Nutrition. 2012 Apr;28(4):391-6. doi: 
10.1016/j.nut.2011.07.012. Epub 2011 Nov 4. 
Becker DA, Balcer LJ, Galetta SL. The Neurological Complications of Nutritional Deficiency following Bariatric Surgery. J Obes. 
2012;2012:608534. doi: 10.1155/2012/608534. Epub 2012 Jun 13. 
Clements, R.H., Katasani, V.G., Palepu, R., Leeth, R.R., Leath, T.D., and Roy, B.P. Incidence of vitamin deficiency after 
laparoscopic Roux-en-Y gastric bypass in a university hospital setting. Am Surg. 2006; 72: 1196–1202 
Madan, A.K., Orth, W.S., Tichansky, D.S., and Ternovits, C.A. Vitamin and trace mineral levels after laparoscopic gastric 
bypass. Obes Surg. 2006; 16: 603–606 
Brolin, R.E., LaMarca, L.B., Kenler, H.A., and Cody, R.P. Malabsorptive gastric bypass in patients with superobesity. J Gastrointest 
Surg. 2002; 6: 195–203 
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=22055480
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 30 
21. Cápsulas de Vitamina D – Dose Usual 
 
Vitamina D______________800 a 1.200 UI 
Cápsula qsp ______________________1 UN 
Administrar 1 cápsula ao dia ou conforme 
orientação médica/nutricional. 
 
A deficiência de vitamina D está associada à hipocalcemia secundária após bypass 
gástrico e é comumente associada a queixas de dor musculoesquelética crônica 
não específica. Em um relato de caso, o paciente desenvolveu espasmos faciais 
intermitentes e oftalmoplegia em situação hipocalcêmica após anos da cirurgia 
gástrica. O paciente foi responsivo à suplementação de cálcio (Becker et al., 2012). 
A miopatia também é atribuída à deficiência de vitamina D e melhora com o 
tratamento (400 a 800 UI/dia) (Becker et al., 2012). 
Após a cirurgia gástrica há má absorção de vitamina D, o que contribui 
posteriormente para a má absorção de cálcio. Com a falta de cálcio, há aumento 
da produção do hormônio paratireoidiano (PTH), o que leva à liberação de cálcio 
dos ossos, levando potencialmente à perda óssea e em longo prazo à osteoporose 
(Bloomberg et al., 2005). 
É importante lembrar que pacientes morbidamente obesos já possuem algum grau 
de deficiência nutricional antes da cirurgia. Hiperparatireoidismo e a osteomalácia 
~são condições que podem ocorrer em indivíduos obesos não submetidos a nenhum 
procedimento bariátrico (Bloomberg et al., 2005). 
 
 
 
 
22. Cápsulas de Vitamina E – Dose Usual 
 
Vitamina E______________60 UI (40,3 mg) 
Cápsula qsp ______________________1 UN 
Administrar 1 cápsula ao dia ou conforme 
orientação médica/nutricional. 
A deficiência de vitamina E pode estar presente após procedimentos disabsortivos, 
porém é incomum e não é clinicamente significativa em pacientes que receberam a 
suplementação na forma de multivitamínicos (Bloomberg et al., 2005). Sua prevalência 
é de 0,22% após RYGB (O’Donnel, 2011). 
 
A suplementação de vitamina D junto à de cálcio para evitar alterações do 
metabolismo ósseo está apresentada na página 34. 
 
 
Estas informações devem ser analisadas pelo profissional prescritor antes de adotadas na prática, e são de distribuição e uso exclusivo de médicos e nutricionistas. É proibida a 
veiculação para público leigo, por meios eletrônicos, ou de qualquer outro modo que não seja diretamente para profissionais autorizados a prescrever. 31 
 Deficiência de Vitamina E pode Causar Sintomas Neurológicos 
Neste estudo, os pesquisadores focaram nas disfunções neurológicas devido ao 
decréscimo de vitamina E no período após gastrectomia. Eles examinaram o tipo de 
gastrectomia e reconstrução, níveis séricos de vitamina E e status neurológicos de 96 
pacientes gastrectomizados. 
Resultados: 
 Foi observado baixo nível de vitamina E em 20 pacientes, sendo que 10 
destes apresentavam sintomas neurológicos, como neuropatia periférica e 
ataxia do tronco e dos membros; 
 Os níveis de vitamina E tenderam a diminuir com o tempo após a 
gastrectomia e o número de pacientes com baixa concentração de vitamina E 
aumentou em aproximadamente 50 meses após a cirurgia; 
 Esta relação foi maior naqueles totalmente gastrectomizados do que naqueles 
com gastrectomia subtotal; 
 Dez pacientes receberam vitamina E oral (300 a 600 mg de acetato de 
tocoferol) e os níveis normalizaram-se em 9 destes pacientes, com melhora 
dos sintomas neurológicos em 8. 
Conclusão: 
A gastrectomia deve ser considerada um risco para a deficiência de vitamina E e 
distúrbios neurológicos. A suplementação oral de vitamina E pode melhorar os 
níveis séricos da mesma assim como os sintomas neurológicos (Ueda et al. 2009). 
 
23. Cápsulas de Vitamina K – Dose Usual 
 
Vitamina K____________________300 mcg 
Cápsula qsp ______________________1 UN 
Administrar 1 cápsula ao dia ou conforme 
orientação médica/nutricional. 
Um estudo com 170 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica constatou deficiência 
de vitamina K (<0,3 nmol/L) em 68% destes após 4 anos. Entretanto, não houve 
manifestação clínica de sangramentos (Slater et al., 2004). 
 
 
Referências 
Ueda N1,

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