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Problemas nematológicos em bananeiras

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P R O B L E M A S N E M A T O L Ó G I C O S EM B A N A N E I R A S 
(Musa spp.) NO BR A S I L 
A n t o n i o C a r l o s Z e m * 
L u i z G o n z a g a E . L o r d e l l o * * 
RESUMO 
Em levantamento nematológico realizado 
durante quatro anos (1977-1981), envol­
vendo 157 amostras de raízes e solo da 
rizosfera de bananeiras (Musa spp.) co­
letadas em diversos estados brasileiros, 
obtiveram-se as seguintes porcentagens, 
de amostras positivas e densidades popu¬ 
lacionais em 1 0 g de raízes, respectiva 
mente para as espécies de nematóides 
identificadas: Helicotylenchus dihyste­
ra (23,5%-272), Heliootylenchus multi¬ 
c i n c t u s (80,2%-1770), Macroposthonia or¬ 
nata (1,2%-122), Meloidogyne spp.(55,4%-
-725), Radopholus sinilis (43,3%-1326), 
Rotylenchulus reniformis (7,6%-225) e 
Tylenchus sp. (0,6%-ll4). H. multicina¬ 
tus foi a espécie mais abundante e dis­
tribuída. R. similis foi encontrado so¬ 
* FMC d o Brasil S/A, C a m p i n a s , S P . 
** D e p a r t a m e n t o de Z o o l o g i a , E.S.A. " L u i z de Q u e i r o z " , 
U S P . P i r a c i c a b a . 
m e n t e e m á r e a s c u l t i v a d a s c o m b a n a n e i ­
ras C a v e n d i s h , c o m e l e v a d a s p o p u l a ç õ e s 
a s s o c i a d a s a m a r c a n t e s s i n t o m a s de p r e ­
s e n ç a d o p a r a s i t o . Meloidogyne s p p . e 
//. dihyslera f o r a m e s p é c i e s a m p l a m e n t e 
d i s t r i b u í d a s e p o s s i v e l m e n t e c a u s e m d a ­
n o s e c o n ô m i c o s . A o c o r r ê n c i a a i n d a res¬ 
t r i t a de R. similis s u g e r e a a d o ç ã o de 
e n é r g i c a s m e d i d a s de c o n t r o l e v i s a n d o a 
impedir a sua d i s s e m i n a ç ã o no P a í s e a 
p r o t e ç ã o de o u t r o s c u l t i v o s e v e n t u a i s 
h o s p e d e i r o s . 
I N T R O D U Ç Ã O 
O Brasil é o p r i n c i p a l P a í s p r o d u t o r e c o n s u m i d o r 
de b a n a n a s , t e n d o p r o d u z i d o 6 . 1 7 6 . 0 0 0 t o n e l a d a s e m 1 9 7 8 , 
q u e c o r r e s p o n d e m a 17¾ d a p r o d u ç ã o mundial ( P R O D U C T I O N 
Y E A R B O O K , 1 9 7 8 ) . 
A p e s a r d i s s o , o Brasil t e m r e d u z i d o v o l u m e d e e x ­
p o r t a ç õ e s , s e n d o s u p e r a d o p o r d i v e r s o s p a í s e s . Tal fa t o 
se d e v e , e m g r a n d e p a r t e , à a u s ê n c i a de u m a i n f r a - e s t r u 
t u r a q u e p o s s i b i l i t e e s t i m u l a r a s e x p o r t a ç õ e s de b a n a n a , 
a l é m d a m á q u a l i d a d e d a s f r u t a s e m d e c o r r ê n c i a d o s e f e i ­
tos d e p r a g a s , d o e n ç a s e a u s ê n c i a de t e c n o l o g i a p õ s - c o 
lhei t a . 
D e n t r e o s m a i s i m p o r t a n t e s o r g a n i s m o s d a n i n h o s â 
b a n a n i c u 1 t u r a b r a s i l e i r a e n c o n t r a m - s e o s n e m a t ó i d e s , p e ­
los v u l t o s o s p r e j u í z o s q u e p r o v o c a m e e m ra z ã o d e seu dj^ 
f í c i 1 e o n e r o s o c o n t r o l e . 
D o s n e m a t ó i d e s q u e p a r a s i t a m a s b a n a n e i r a s (Mmui 
s p p . ) , o " n e m a t õ i d e t a v e r n í c o l a " , lui<l(>f>ho / u.- r, fmi I »\: 
(Cobb, 1893; T h o r n e , 19'»9. é o m a i s d a n i n h o e d i s s e m i n a -
do em todo o mundo (BLAKE, 1969), lendo sido identifica­
do no Brasil, hâ 23 anos em bananal do litoral paulista 
por CARVALHO (1959). 
A partir de então, outras espécies como llcl iculy-
Lcncihus multicinotur. (Cobb, 1893) Golden, 1956; Meloido­
gyne incognita (Kofoid & White, 1919) Chitwood, 1949; 
Meloidogyne javanica (Treub, 1885) Chitwood, 1949; Hoty-
lenc?tulus reniformis Llnford S Oliveira, 1940; Pra-
tylenchus coffeae (Zimmermarn, 1898) Filipejv 6 Schuur-
mans Stekhoven, 1941, além de outras de patogenic :dade 
não comprovada, foram identificadas em associação com a 
bananeira (LORDELLO, 1973b; SHARMA, 1973; ZEM & ALVES, 
1 9 7 8 ; ALMEIDA et alii, 1 9 7 8 ; ZEM et alii, 1980). Além 
disso, a disseminação do nematóide cavernícola jã foi ob­
servada em novas areas de cultivo por LORDELLO (1973a), 
ZEM (1978), ZEM et alii (1980ab) e ZEM (1982). 
A vista do exposto, objetivou-se estudar a compo­
sição qualitativa e quantitativa das infestações por ne­
matóides em algumas regiões produtoras brasileiras. 
HATERIAL E MÉTODOS 
Para a determinação qualitativa e quantitativa dos 
principais gêneros e espécies de nematóides fitoparasi-
tos encontrados em associação com bananeiras no Brasil, 
coletaram-se amostras de raTzes e solo da rizosfera de 
diversos cultivares nos seguintes Estados produtores de 
banana no Brasil: Alagoas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso 
do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio 
Grande do Sul, São Paulo e Brasília (DF), num total de 
157 amostras. 
Como critério de amostragem, adotaram-se de «modo 
geral, a escolha de plantas em florescimento, nas quais 
se p r o c u r o u c o l e t a r as r a í z e s i m e d i a t a m e n t e c o n t í g u a s a o 
r i z o m a , a u m a d i s t â n c i a de 20 c m d o p s e u d o c a u l e e até 
30 c m de p r o f u n d i d a d e , c r i t é r i o s e s t e s p r ó x i m o s à q u e l e s 
a d o t a d o s por V I L A R D E B O ( 1 9 7 6 ) . N e s t a s c o n d i ç õ e s , c o l e t a 
v a m - s e a p r o x i m a d a m e n t e 50 g de r a í z e s e 100 ml de so l o 
por a m o s t r a , o s q u a i s e r a m a c o n d i c i o n a d o s e m s a c o s d e po 
l i e t i l e n o d e v i d a m e n t e e t i q u e t a d o s , e e n c a m i n h a d o s a o la­
b o r a t ó r i o p a r a p r o c e s s a m e n t o . 
D e u - s e p r e f e r ê n c i a , s e m p r e q u e p o s s í v e l , à s p l a n ­
tas c o m s i n t o m a s g e r a i s d e d e p a u p e r a m e n t o , e v i t a n d o - s e 
t e r r e n o s e x c e s s i v a m e n t e ú m i d o s . 
0 p r o c e s s a m e n t o d a s a m o s t r a s foi r e a l i z a d o n o L a b o 
r a t ó r i o d e N e m a t o l o g i a d o C e n t r o N a c i o n a l d e P e s q u i s a de 
M a n d i o c a e F r u t i c u l t u r a , C N P M F / E M B R A P A , e m Cruz d a s A l ­
m a s , B a h i a e n o D e p a r t a m e n t o d e Z o o l o g i a d a E s c o l a S u p e ­
rior d e A g r i c u l t u r a " L u i z d e Q u e i r o z " d a U n i v e r s i d a d e d e 
S ã o P a u l o , e m P i r a c i c a b a , S P . A s t é c n i c a s p a r a processa_ 
m e n t o d a s a m o s t r a s , e x t r a ç ã o e q u a n t i f i c a ç ã o d o s n e m a ­
t ó i d e s e s t ã o d e a c o r d o c o m a d e s c r i ç ã o d e Z E M ( 1 9 8 2 ) . 
R E S U L T A D O S E D I S C U S S Ã O 
N a s T a b e l a s 1 a 8 s ã o a p r e s e n t a d a s a s e s t i m a t i v a s 
p o p u l a c i o n a i s d o s n e m a t ó i d e s f i t o p a r a s i t o s p r e s e n t e s 
n a s a m o s t r a s d e r a í z e s e s o l o d a r i z o s f e r a d e b a n a n e i r a s 
e x a m i n a d a s . 
F o r a m i d e n t i f i c a d a s o i t o e s p é c i e s de n e m a t ó i d e s , 
p e r t e n c e n t e s a s e i s g ê n e r o s , d a s q u a i s a s m a i s f r e q ü e n ­
tes f o r a m : H. mu7tt<mirii*+u}it M. incognita, M. ,'nwanioa e 
R. similin , e x a t a m e n t e a s e s p é c i e s r e c o n h e c i d a s c o m o as 
m a i s p a t o g ê n i c a s ã b a n a n i c u 1 t u r a . 
A s i n f e s t a ç õ e s f o r a m g e r a l m e n t e m ú l t i p l a s , e n v o l ­
v e n d o e s p é c i e s de d o i s o u m a i s g ê n e r o s 
Considerando-se o número total de amostras de raíi 
zes processadas e submetidas ao exame nematológico durari 
te o levantamento, as seguintes porcentagens de freqüên­
cia foram obtidas, para as diferentes espécies: H. dihya 
tera (23,5¾), H. multicinotue (80,2¾), Maoroposthonia or 
nata (1,2¾), Metoidogyne spp. (M. javanica e M. incoqni~ 
ta) (55, 1»¾), R. aimilis (43,3¾), R. reniformis (7,6¾) e 
Tylenchua sp. (0,6¾). 
Quanto ã densidade populacional a espécie H. multi_ 
cinctus foi a que alcançou a maior média, seguida por R. 
8ÍmilÍ8 e Meloidogyne spp. com densidadespopulacionais 
respectivas de: 1.770, 1-326 e 725 nematóides por 10 g 
de raízes. As espécies com menores densidades foram: 
lenchus sp. e Maoroposthonia ornata. 
Tabela 1. Densidade populacional e porcentagem de fre­
qüência de nematóides associados às raízes de 
bananeiras nas 157 amostras examinadas. 
E m s e g u i d a , s a o r e l a c i o n a d a s as e s p é c i e s i d e n t i f i ­
c a d a s , o r d e n a d a s d e a c o r d o c o m sua i m p o r t â n c i a e c o n ô m i ­
c a , c o m - c o m e n t a r i O s s o b r e as c o n d i ç õ e s g e r a i s d a s p l a n ­
tas a t a c a d a s , d i s t r i b u i ç ã o g e o g r á f i c a , s u s c e p t i b i 1 i d a d e 
d o s culti v a r e s e d e n s i d a d e s p o p u l a c i o n a i s o b t i d a s . 
Radopholus similis 
0 n e m a t ó i d e de m a i o r i m p o r t â n c i a e c o n ô m i c a n a c u l ­
tura d a b a n a n e i r a é R. similis ( B L A K E , 1972; S T O V E R , 
1972; O ' B A N N O N , 1979; G O W E N , 1979; T A R T E £ P I N O C H E T , 
1981). S e g u n d o Z E M 6 L O R D E L L O (1983), e s t a e s p é c i e foi as 
s i n a l a d a , a t é o p r e s e n t e , e m 12 e s t a d o s b r a s i l e i r o s , a 
s a b e r : B a h i a , C e a r á , E s p í r i t o S a n t o , M a r a n h ã o , M a t o G r o s 
so d o S u l , P a r a í b a , P e r n a m b u c o . R i o G r a n d e d o N o r t e , R i o 
G r a n d e do S u l , R i o de J a n e i r o , S ã o P a u l o , S a n t a C a t a r i ­
na e no D i s t r i t o Federal ( B r a s í l i a ) . D e s t e s , s o m e n t e e m 
São P a u l o e R i o de J a n e i r o , o p a r a s i t o m o s t r o u - s e a b u n ­
d a n t e e a m p l a m e n t e d i s s e m i n a d o e m l a v o u r a s c o m e r c i a i s . 
N o s d e m a i s e s t a d o s , a s o c o r r ê n c i a s f o r a m e s p o r á d i c a s e 
l i m i t a d a s a p o u c a s p r o p r i e d a d e s e m u n i c í p i o s o u e n t ã o à s 
á r e a s e x p e r i m e n t a i s d e d i v e r s o s ó r g ã o s d e p e s q u i s a . 
C o m r e s p e i t o â s u s c e p t i b i 1 idade d o s c u l t i v a r e s , pô 
d e - s e v e r i f i c a r , e m á r e a s c o m e r c i a i s , o p a r a s i t i s m o de 
R. similis e m " N a n i c a " , " N a n i c ã o " , " M a ç ã " , " M a r m e l o " , "My 
s o r e " , " G r a n - N a i n e " , " O u r o " e " T e r r a " . J á e m c o l e ç ã o de 
c u l t i v a r e s (Tabela 2 ) , p r a t i c a m e n t e t o d o s o s c u l t i v a r e s 
m o s t r a r a m - s e h o s p e d e i r o s , e m b o r a t e n h a h a v i d o d i f e r e n ç a s 
e n t r e as d e n s i d a d e s p o p u l a c i o n a i s o b s e r v a d a s . 
N o e s t a d o d a B a h i a , o n e m a t ó i d e c a v e r n í c o l a só foi 
e n c o n t r a d o e m b a n a n e i r a s c u l t i v a d a s e m ó r g ã o s d e p e s q u i ­
s a , c o n f o r m e já r e l a t a d o p o r S H A R M A (1974a, b ) , Z E M 
(1978) e Z E M & A L V E S (1978), e c o n f i r m a d o n e s t e e s t u d o , 
c o m e x c e ç ã o d e d u a s p r o p r i e d a d e s p a r t i c u l a r e s nos m u n i " 
c í p i o s de C a c h o e i r a e I t a n a q r a . N e s t e e s t a d o , R. sim/'/is 
o c o r r e u i n v a r i a v e l m e n t e e m a l t a s d e n s i d a d e s p o p u l a c i o ­
n a i s , e x c e t o n o m u n i c í p i o de I t a n a g r a . 
A publicação de ZEM e t a l i i (1980b) assinala a pre 
sença de R. nimilia apenas no Perímetro Irrigado de Mo­
rada Nova (SUDENE) no estado do Ceará. Situação seme­
lhante verificou-se no estado da Paraíba, onde o parasi­
to só foi encontrado no Perímetro Irrigado de São Gonça-
lo (SUDENE) (ZEM, 1 9 8 2 ) . Já no Distrito Federal, amos­
tras coligldas em pequenas propriedades dos municípios 
satélites de Brasília, indicaram a presença de R. 8Ími-
Em Santa Catarina e Rio Grande do Norte, R. simi-
ÍZ8 foi registrado apenas nos municípios de Jacinto M a­
chado e Açu, respectivamente. 
No Mato Grosso do Sul, o nematóide cavernícola foi 
encontrado no município de Sidrolândia, em populações 
variáveis de 80 a 1.0**0 espécimes por 10 g de raj^ 
zes. 
Os estados do Rio de Janeiro (GOES e t alii 1 9 8 1) e 
São Paulo se constituem em exceção, no sentido de que 
bananais de municípios produtores encontram-se infesta­
dos com populações em níveis alarmantes, além de terem 
sido detectadas sensíveis perdas de produção em várias 
propriedades. 
A presença do nematóide cavernícola foi relatada 
pela primeira vez no estado de São Paulo e conseqüente­
mente no Brasil, em bananal do município de Juquiá, 1ito 
ral sul do Estado (CARVALHO, 1 9 5 9 ) . Durante os anos sub 
seqüentes o problema ficou em segundo plano, atribuindo-
se a baixa incidência do parasito a problemas de solos 
pesados, má drenagem, e conseqüentemente baixos níveis 
populacionais (MARTINEZ, 1 9 7 6 ) . Esse pensamento perma­
neceu até que métodos eficientes de extração dos exemplai 
res associados ãs raízes da bananeira vieram demonstrar 
ocorrerem severas infestações. Assim é que ZEM et alii 
(1979) observaram, a partir de 1 9 7 7 , severa decadência 
dos bananais de "Nanicão" do litoral paulista, com escas 
sez de frutos em plena safra. Paralelamente, e talvez 
em decorrência de deficiências hídricas, verificaram que 
as populações de R. oúrdLir> atingiram em média 4.^75 
( 2 . 8 6 2 - 5 . 7 O O ) exemplares por 10 g de raízes o que supera 
va em muito os níveis de dano econômico considerados pa­
ra outros países. Estas infestações estavam sempre as­
sociadas a H. multiainotuo, H. dihyQleva e, em alguns 
casos, Meloidogyne spp. Os municípios amostrados e que 
apresentavam os maiores problemas foram: Juquiá, Iguape, 
Itariri, Miracatu, Registro e Pedro de Toledo. Nessas 
áreas eram freqüentes sintomas como: reboleiras de plan­
tas de tamanho reduzido e amarelecidas, produzindo fru­
tos pequenos e magros, cachos "engasgados" (lançamento 
abortado), tombamento de plantas, sistema radicular redu^ 
zido, com necroses castanho-avermelhadas extensíveis ao 
rizoma e indicações de deficiências de potássio e magné-
sio (em plantios corretamente adubados), culminando com 
reduções de produção de a 60% em relação ã de 1976. 
MOREIRA & ORTOLANI (1979) relataram que, de julho 
de 1976 a setembro de 1978, o desenvolvimento das bana­
neiras do litoral paulista foi afetado por intensa defi­
ciência hídrica, a qual condicionou grande decréscimo de 
produção, afetando negativamente a qualidade do produto. 
Por outro lado, as análises nematológicas realizadas no 
mesmo período (Tabela 7) revelaram a alta incidência de 
nematóides associados a sistemas radiculares reduzidos e 
necrosados, o que certamente contribuiu para acentuar os 
efeitos da deficiência hídrica observada na área. 
No litoral, a maioria dos bananais é atualmente do 
cultivar "Nanicão", introduzido a partir de I960, com o 
incentivo da Secretaria de Agriculturj do Estado. Contu 
do, esse cultivar, embora produzindo cachos maiores, re­
velou-se desvantajoso em vários pontos. Sendo de porte 
alto ( 2 , 8 m) e com cachos mais pesados, as plantas supo£ 
tavam menos a ação dos ventos, principalmente quando afe 
tadas por nematóides. Para agravar o mal, houve no iní­
cio dos anos 60 intensa procura de mudas desse cultivar 
e as plantas tombadas foram para tal aproveitadas. • 
Convivendo com o problema» os bananlcultores pas­
saram a acreditar que o cultivar anterior "NanIca" era 
mais res* Is ten te aos nematóides, mas tal fato ocorria pe­
lo agravamento do problema em decorrência do maior porte 
e maior peso do cacho do cultivar "Nanicio". 
CURI et alii (1973) também verificaram altas \nfes_ 
tações nos bananais do litoral paulista, relatando então 
que de 1968 a 1977 as infestações foram controladas natjj 
ralmente pelas longas e intensas chuvas. Porém, a partir 
de 1977» verificaram aumentos nas populações, especial­
mente de R. eimilis. Recentemente, CURI & SILVEIRA (1981) 
relataram populações médias de 10 g de raízes de 3-280exemplares de R. eimilis , em Eldorado Paulista e 2.000 
em Itanhaém, admitindo que nesses níveis são nocivos e 
limitantes para a bananicu1tura do litoral sul de São 
Paulo. Estes dados comprovam as observações de ZEM et 
alii (1979). 
Muito embora só recentemente o problema tenha mere 
cido publicações técnicas, já em 1963» devido ã grande 
infestação de R. eimilis, o Instituto Biológico baixou 
Portaria proibindo a saída de mudas de bananeiras de Ju­
quiá e Caraguatatuba e, em 1969, esta Portaria foi esten 
dida a todos os municípios do litoral. Todavia, intenso 
comércio de mudas ainda ocorre, sendo estas vendidas pa­
ra áreas longínquas onde 5ão um perigo em potencial para 
a pimenteira-do-reino e anonáceas (Norte-Nordeste), con­
forme alertou MONTEIRO (1981). 
Também devem ser condenadas as medidas de introdu­
ção de novos cultivares no litoral paulista. Esses cul-
tivares, em que pese serem introduzidos com certificado 
de sanidade, são multiplicados em áreas infestadas e, a 
seguir, distribuídos por todo o Estado e País. Tal fato 
pode ser comprovado através do exame do cultivar "Gran-
-Naine", oriundo da América Central, e multiplicado no 
litoral paulista (Tabela 7). 
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Helicotylerunhwi multicincLuu 
A importância de //. muLLCcinctuti como parasito da 
bananeira foi evidenciada pelos trabalhos de MINZ et 
alii ( I960) e CAVENESS 6 BADRA (1980), os quais obtive­
ram correlação entre o declínio de bananais e a presença 
desse nematõide espiralado. No entanto, a presença de 
R. BÍmilÍ8 mesmo em Infestações mistas com H. multioinc-
t u a y tem levado os autores a acreditar que aquele é mais 
nocivo ao cultivo, por ser mais freqüente, numeroso e 
por colonizar as raízes e rizoma com maior rapidez (TAR-
TE 6 PINOCHET, 1981). 
No presente estudo, H. multiainatus foi a espécie 
que ocorreu com a major freqüência (80,2¾) e a que mos­
trou a maior densidade populacional, ou seja, 1.770 espé 
cimes por 10 g de raízes. 
Nas condições de coleções de germoplasma, pratica­
mente todos os cultivares se mostraram susceptíveis, coji 
forme se verifica na Tabela 8 e nos trabalhos de SHARMA 
(1974b) e ZEM 6 RODRIGUES (1978). 
Em muitos casos, observaram-se infestações muito 
altas de H. multioinotus, tanto em amostras de raízes co 
mo em amostras de solo da rizosfera, coletadas na Bahia, 
Distrito Federal, Maranhão e São Paulo; pareceu que a au^ 
sência ou baixa incidência de R. similis favorecia sobre 
maneira o desenvolvimento do nematõide espiralado. 
Em amostras, na ausência do nematõide cavernícola, 
pode-se observar os sintomas típicos do ataque de H. mui 
ticinatua nas raízes das bananeiras. Estes sintomas eram 
mais evidentes nas raízes mais grossas e se constituíam 
de pequenas lesões acastanhadas, com aparência de pontua 
ções superficiais, não mais profundas que 2 mm e não afe 
tando o cilindro central. 
Em casos de ataques intensos, as lesões superfi­
ciais podem coalescer, dando às raízes aspecto intensa-
mente necrosado e semelhante ao parasitismo por H. ai-
milin. 
ti. multicinctuo infestou também o rlzoma, leslonaji 
do-o superficialmente e assim como /r. uiihilia também se 
dissemina através de rizomas Infestados. Este fato tam­
bém foi observado por outros autores (BLAKE, 1969). 
Finalmente, considerando-se as altas Infestações 
observadas e a ampla distribuição do nematóide ti. multi— 
cinotus aliado ã ausência de R. 8tmil%8 em muitas áreas, 
recomenda-se atenção especial também com o nematóide em 
Questão, pois deve estar causando danos aos nossos bana­
nais, a exemplo do que ocorre em outras regiões produto­
ras (MINZ et alii, I960 e CAVENESS 6 BADRA, 1980). 
Me loidogyne spp 
As espécies de Meloidogyne seguiram de perto ti. 
multicinctus quanto ã freqüência e abundância, ocorrendo 
em 55,1*¾ das amostras e com população média de 725 espé­
cimes por 10 g de raízes. 
Todos os estados amostrados apresentaram infesta­
ções por M. javanica ou M. incognita, ou ambos. As infe£ 
tações mais expressivas ocorreram nos estados da Bahia, 
Distrito Federal, Maranhão e Minas Gerais. 
Neste estudo, chamou a atenção a expressiva infes­
tação de M. javanica verificada no município de Concei­
ção do Ouro, MG, estando o bananal de "Prata" por oca­
sião da amostragem decadente, apesar do rigor dos tratos 
culturais e ausência de sintomas de doenças. 
Houve relativa variação no número de larvas pré-pa 
rasltas extraídas de 10 g de raízes, nem sempre ocorren­
do correlação entre o índice de infestação e o número de 
larvas. Tal fato panece ser explicado pela incidência 
concomitante de R. r.ftní/io e //. mu///*<•/*>/.•/ur,, influindo 
de acordo com o grau de necroses radicuia res, para maior 
ou menor presença de larvas de Meloidogyne. V/erificou-
-se que a distribuição de galhas no sistema radicular 
não era uniforme e se restringia ãs áreas ainda não colo 
nizadas por R. nimilia e H. multicinctuo, principalmente 
em relação ao nematóide cavernícola. Recentemente, ZEM 
£ LORDELLO (1981) publicaram trabalho sobre a incidência 
da me 1 oi doginose em cultivares de bananeiras, bem como 
os sintomas a ela associados. 
Outras espécies de nematóides encontrados nas raízes 
de bananeiras 
Em adição aos principais nematóides parasitos da 
bananeira citados anteriormente, outras espécies de me­
nor importância foram também observadas, das quais ape­
nas H. dihystera (GUIRAN 6 V1LAR0EB0, 1362) e R. renifor 
mis (EDMUNDS, 1 9 6 8 , 1970) têm alguma s i g n i f i c a n c e , além 
da ocorrência de P. coffeae ainda restrita aos estados 
do Ceará (ALMEIDA et alii, 1978) e Paraíba (ALVES & ZEM, 
1 9 8 2 ) . 
H. dihystera mostrou-se comum neste levantamento, 
ocorrendo em 2 3 , 5 ¾ das amostras processadas, com uma den 
sidade populacional média de 2 7 2 espécimes por 10 g de 
raízes. 
De modo geral, a espécie B. dihystera tem sido co 
muníssima em solos do País (LORDELLO, 1973 e MENDONÇA, 
1 9 7 6 ) , explicando e m parte sua ampla distribuição em ba-
naneIras. 
Entre os nematóides do gênero Helicotylenchus, so­
mente a espécie H. multicinctus tem sido relatada como 
patogênica â bananeira, muito embora várias outras te­
nham sido assinaladas em associação com esta musácea. 
Particularmente em relação a H. dihystera, não se tem in­
formações sobre sua nocividade ã bananeira, porém, em 
amostra coletada no município de Jacinto Machado, SC, o 
parasito atingiu a expressiva infestação dt- 1260 m-maioi 
des por 10 q de raízos. 
H. venifowriin, embora em baixa freqüência no levan 
tamento como um todo, ocorreu principalmente nos Estados 
do Nordeste. 
A importância relativa do R. renifoimifí como para­
sito da bananeira não foi elucidada satisfatoriamente 
até o presente. No entanto, as elevadas populações verj^ 
ficadas, especialmente em amostras coletadas no Nordes­
te, e as necroses associadas aos locais de alimentação 
das fêmeas, fazem pressupor que se constituem em proble­
ma de ordem econômica. Semelhantes observações foram 
realizadas por EDMUNDS (1968 e 1 9 7 1 ) . 
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A PRESENÇA DE NEMATÓIDES PARA 
SITOS EM BANANEIRAS NO BRASIL ~ 
A análise dos resultados obtidos neste levantamen­
to revela que as bananeiras no Brasil são parasitadas por 
um complexo de nematóides muito semelhantes àquele encon 
trado nas regiões bananícolas de outros países. ~ 
No entanto, alguns fatores tornam distinto o pro­
blema no Brasil: o primeiro refere-se â baixa incidência 
de R. 3Ímili,8 em bananeira "Prata". Infestações não ocor 
rem em áreas comerciais, mas tão somente em áreas experT 
mentais. 0 fato de o cultivar ter-se multiplicado a par_ 
tir de material sadio, funcionou como verdadeira barrei­
ra cultural ou ecológica, impedindo que R. similis fosse 
ainda mais disseminado pelo Pais. Em segundo lugar, des_ 
taca-se a ampla e abundante presença de H. mil-tifímitw* 
onde quer que se cultivem bananeiras, devendo esse nema­
tóide, por este motivo, superar inclusive R. 8Ímilis em 
importância econômica. 
P. rnjffvtv:, devido ã sua restrita ocorrência, podeser considerado, no momento, de menor importância. 
As espécies de Meloidogyne atingiram elevados ní­
veis de infestação, especialmente quando na ausência de 
R. oimilia e, e m algumas áreas, têm Interferido na prod^j 
ção. ~* 
Recomenda-se, portanto, aos órgãos que pesquisam a 
bananeira, cuidados especiais na veiculação e desinfesta 
ção de material de plantio, cabendo em primeiro lugar às 
instituições oficiais a responsabilidade da introdução e 
produção de material de plantio livre de pragas e doen­
ças, sendo desejável que estes mesmos órgãos mantivessem 
viveiros matrizes, para produção de mudas sadias, espe­
cialmente e m áreas onde o nematóide cavernícola não é en 
contrado ou está pouco disseminado. 
SUMMARY 
NEMATODE PROBLEMS IN BANANA PLANTATIONS 
(Musa spp.) IN BRAZIL 
A survey on parasitic nematodes was carried out in 
several banana-growing regions of Brazil for a period of 
4 years. It included 157 samples of roots and soil 
from the rizosphere of banana plants (Musa spp). The 
following percentual values of positive samples and 
population density were respectively obtained for the 
nematode species identified: Helicotylenchus dihystera 
(23.5%-272), Helicotylenchus multicinotus (80.2%-1770), 
Macroposthonia ornata (1.2%-122), Meloidogyne spp. 
(55.4%-725). Radopholus similis (43.3%-1326), R o t y l e n c h u ¬ 
lus reniformis (7 -6%-225), and Tylenchus sp. (0.6%-114). 
H. m u l t i c i n c t u s was the most abundant and widely spread 
species. R. similis was found only in areas where 
Cavendish banana plants have been grown, large 
populations being associated with remarkable parasitic 
symptoms. Meloidogyne spp. and H. dihystera have been 
w i d e l y d i s t r i b u t e d a n d p r o b a b l y p r o m o t e e c o n o m i c a l 
d a m a g e . The still r e s t r i c t e d d i s t r i b u t i o n of R. s i m i L i s 
s u g g e s t s that s t r o n g c o n t r o l m e a s u r e s to be a d o p t e d , in 
o r d e r to a v o i d its d i s s e m i n a t i o n t h r o u g h o u t the c o u n t r y 
a n d to a s s u r e the p r o t e c t i o n of o t h e r c r o p s w h i c h c o u l d 
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