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REVISÃO MAPEADA
RESUMOS MAPEADOS
DIREITO PENAL
SEJA BEM-VINDO .......................................................................................................................................................
1 PRINCÍPIO DA EXCLUSIVA PROTEÇÃO DE BENS JURÍDICOS ..........................................................................
2 PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM O AGENTE DO FATO .................................................................................
3 PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM A PENA ........................................................................................................
4 TEMPO DO CRIME ...................................................................................................................................................
5 LUGAR DO CRIME ....................................................................................................................................................
6 TERRITORIALIDADE ................................................................................................................................................
7 EXTRATERRITORIALIDADE ....................................................................................................................................
8 CONFLITO APARENTE DE NORMAS ...................................................................................................................
9 TEORIA GERAL DO DIREITO - CRIME X CONTRAVENÇÃO PENAL .................................................................
10 FATO TÍPICO - CONDUTA E SEUS ELEMENTOS ..............................................................................................
11 CRIME DOLOSO E CULPOSO ...............................................................................................................................
12 ITER CRIMINIS (CAMINHO DO CRIME) ..............................................................................................................
13 ERRO DE TIPO .......................................................................................................................................................
14 COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL E OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA ....................................................................
15 EXCLUDENTES DA ILICITUDE ............................................................................................................................
16 CULPABILIDADE ..................................................................................................................................................
17 CONCURSO DE PESSOAS ....................................................................................................................................
18 CONCURSO DE CRIMES .......................................................................................................................................
AGRADECIMENTO ....................................................................................................................................................
33
44
44
55
77
77
88
99
1010
1111
1212
1313
1515
1717
1717
1717
2020
2121
2323
2424
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Revisão mapeada.
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direito penal - parte geral
São todos os dados que são pressupostos de um convívio pacífico entre os
homens. Nenhuma criminalização é legítima se não busca evitar a lesão ou
perigo de lesão a um bem juridicamente determinável.
princípios do direito penal
Significa que o Estado só pode incriminar condutas humanas voluntárias,
isto é, fatos. Ninguém pode ser punido por seus pensamentos, desejos,
meras cogitações ou estilo de vida.
PRINCÍPIO DA EXCLUSIVA PROTEÇÃO DE BENS JURÍDICOS
Quando a conduta não afronta o sentimento social, não é crime, em sentido
material. "Aceitação social".
adequação social
Subsidiaridade: aplica-se ao Direito Penal quando os outros ramos do Direito
não puderem tutelar de forma satisfatória.
Fragmentariedade: observa somente os casos de relevante lesão ou perigo
de lesão ao bem jurídico tutelado.
subsidiaridade e fragmentariedade
Proteção dos bens jurídicos mais importantes para a vida em sociedade;
Defesa dos interesses.
A criminalização das condutas ocorre quando se mostra absolutamente
necessária à:
O princípio da insignificância é desdobramento da fragmentariedade.
intervenção mínima
EXTERIORIZAÇÃO OU MATERIALIZAÇÃO DO FATO
Condutas desviadas que não afetam bens jurídicos de terceiros;
Atitudes Internas: Cogitação;
Atitudes que não excedam o agente: Autolesão;
Deve-se punir o agente por aquilo que se fez e que causou efetiva ou
potencial lesão e não por aquilo que ele é.
Para que ocorra o delito, é imprescindível que ocorra a efetiva lesão ou
perigo de lesão ao bem jurídico.
O Direito Penal não pode punir:
ofensividade ou lesividade
PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM O AGENTE DO FATO
Proíbe-se o castigo penal pelo fato de outrem. Não há responsabilidade
penal coletiva no direito penal brasileiro.
RESPONSABILIDADE PESSOAL
Só tem sentido castigar fatos desejados ou previsíveis. Portanto, não existe
responsabilidade penal objetiva, isto é, sem dolo ou culpa. Tanto nos crimes
dolosos quanto nos crimes culposos, a voluntariedade é imprescindível.
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA
O princípio da alteridade prevê que o direito só deve punir condutas que
firam direitos alheios.
Ex. a autolesão é fato atípico, porque atinge bem jurídico do indivíduo que se auto
lesionou.
alteridade
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O Estado só pode punir agente imputável com potencial consciência da
ilicitude, quando dele era exigível conduta diversa.
Todos são iguais perante a lei.
IGUALDADE OU DA ISONOMIA
CULPABILIDADE
direito penal - parte geral
princípios do direito penal
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Ninguém pode ser considerado culpado até sentença penal condenatória
transitada em julgado.
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM O AGENTE DO FATO
Decorrem do princípio da dignidade da pessoa humana.
PROIBIÇÃO DA PENA INDIGNA E DA HUMANIZAÇÃO DAS PENAS
PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM A PENA
Decorrente da individualização da pena. A pena deve ser proporcional a
gravidade da infração. Tal princípio proíbe o excesso.
PROPORCIONALIDADE
Nenhuma pena passará da pessoa do condenado. Não impede que os
sucessores reparem o dano até o limite da herança.
INTRANSCENDÊNCIA, ART. 5°, XLV, CRFB/88
É vedada a dupla incriminação, razão pela qual, nenhuma pessoa pode ser
processada ou condenada mais de uma vez pelo mesmo fato.
ne bis in idem
Condutas criminosas; 
Sanções penais.
Somente a lei pode estabelecer:
LEGALIDADE/reserva legal
Clara; Certa; Objetiva.
O ordenamento jurídico penal veda o emprego de tipos penais vagos (cujo
conteúdo é indeterminado).
A lei deve ser:
legalidade/taxatividade
STJ, 589 – Não cabe o princípio da insignificância em infrações praticadas
mediante violência doméstica ou familiar contra a mulher.
STJ, 599 – Não cabe o princípio da insignificância em crimes contra a
administração pública.
STJ, 606 – Nãocabe a insignificância no crime de transmissão
clandestina de sinal de internet via radiofrequência.
Condutas (fatos criminosos) que produzam lesões insignificantes aos bens
jurídicos (vida, patrimônio, honra e etc.) são consideradas atípicas (ou seja,
não são consideradas crimes). Há atipicidade material.
Para que possamos verificar no caso concreto a incidência ou não do princípio da
insignificância, o Supremo Tribunal Federal adotou 4 requisitos:
Mínima ofensividade da conduta.
Ínfimo grau de lesão jurídica.
Reduzido grau de reprovabilidade do fato.
Ausência de periculosidade social.
Mnemônico: MIRA
O STJ editou três súmulas acerca da príncipio da Insignificância:
Insignificância nos crimes matérias contra a ordem tributária: Se o valor
do tributo acessório não atinge a cifra de R$20.000,00 (entendimento do
STF), não se admite a propositura da ação penal.
Em benefício do réu atingindo até mesmo a sentença transitado em julgado. 
Se for para prejudicar, nunca retroagirá.
Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia
cominação legal. A lei deve ser anterior à prática da conduta.
PODE RETROAGIR, ART. 5° , XL, CRFB/88.
LEGALIDADE/ANTERIORIDADE - ART. 1°, CP.
Princípio da Insignificância
direito penal - parte geral
princípios do direito penal
Abolitio criminis – nova lei que descriminaliza condutas. Não confundir
os termos descriminalização com despenalização (significa
suprimir/dificultar/impedir a aplicação de pena privativa de liberdade).
Novatio legis in mellius – nova lei que mantém a criminalização do ato,
mas lhe confere tratamento mais brando (611, STF – compete ao juízo da
execução a aplicação da nova lei benéfica na execução penal).
Continuidade normativo típica - significa a manutenção do caráter
proibido da conduta, porém, há um deslocamento do conteúdo
criminoso para outro tipo penal. A intenção, nesse caso, é que a conduta
permaneça criminosa, enquanto na abolitio há a supressão do tipo penal.
O Código Penal, em seu artigo 2º, p.ú., repetiu o comando constitucional do art.
5º, XL e afirmou categoricamente que a lei penal só poderá retroagir para
beneficiar o réu.
LEX MITIOR (Lei mais benéfica)
retroatividade
Novatio legis incriminadora – nova lei que criminaliza condutas.
Novatio legis in pejus – nova lei que mantém a criminalização, mas dá ao
fato tratamento mais severo.
Ex: inclusão do §2º ao artigo 157 do CP.
Novatio legis in mellius - nova lei mais favorável que a anterior (retroage). 
O instituto da irretroatividade da lei penal é a regra no ordenamento jurídico, ou
seja, a regra é de que as leis penais não retroajam para alcançar fatos
passados.
LEX GRAVIOR 
Irretroatividade
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IMEDIATA
A fonte formal imediata do Direito Penal é a lei, com esteio no princípio da
reserva legal previsto no art. Art.5º, XXXIX, da Constituição Federal.
Art.5º, XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena
sem prévia cominação legal;
Assim, somente a lei pode proibir condutas e impor sanções.
MEDIATA
São exemplos os costumes, os princípios gerais de direito e os atos
administrativos.
As fontes formais, também denominadas de fontes de cognição ou de
conhecimento, correspondem aos meios pelos quais se exterioriza o direito.
fontes do direito penal - FORMAIS
A fonte material, também denominada de fonte substancial ou de produção,
consiste no órgão responsável pela edição do Direito Penal em nosso
ordenamento jurídico.
Com esteio no art.22, I, da Constituição Federal, compete privativamente à
União legislar sobre direito penal.
Excepcionalmente: Estados-membros (Art. 22, Parágrafo Único, CRFB).
fontes do direito penal - MATERIAIS
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos.
O princípio da individualização da penal vem insculpido no artigo 5º, inciso XLVI,
da CF/88:
individualização da pena
direito penal - parte geral
princípios do direito penal
Art. 3º, do CP - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o
período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a
determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. 
Lei excepcional é aquela que visa atender a situações anormais da
vida social (Fragoso, 2006, p. 126), enquanto a lei temporária aparece
no sistema jurídico-penal já com a data do término de sua vigência
previamente agendada (Busato, 2013, p. 129).
Ultratividade: Significa que ambas as leis penais (excepcionais e
temporárias) são aplicáveis aos fatos cometidos durante a situação
excepcional ou o período de tempo, mesmo após o seu termino. 
lei excepcional ou temporária
O nosso Código Penal, no seu art. 4º, adotou a teoria da atividade.
Art. 4 - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão,
ainda que outro seja o momento do resultado.
Teorias acerca do momento do crime: A doutrina aponta 3 teorias
para explicar o momento do crime. São elas, a saber: teoria da
atividade, teoria do resultado e teoria da ubiquidade ou mista.
TEMPO DO CRIME - ART. 4, DO CP
Teoria da atividade: considera que o crime foi praticado no
momento da conduta comissiva ou omissiva, não importando o
resultado.
Teoria do resultado: reputa que o crime é perpetrado no momento
da produção do resultado.
Teoria da ubiquidade ou mista: considera o crime praticado no
momento da conduta e no momento do resultado.
Para que ocorra a correta aplicação da lei penal, é imprescindível definir o
tempo do crime, ou seja, quando um crime se considera praticado.
EXEMPLO:
Se ao tempo do disparo de arma de fogo o agente era menor de 18
anos, terá praticado ato infracional e será punido de acordo com o
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei n.º 8.069/90), ainda
que a vítima somente venha a óbito quando o agente complete 18
anos.
Indivíduo pratica a fraude mediante o envio de e-mail, induzindo erro
a vítima, que realiza uma transferência 1 mês depois de receber o e-
mail. A data do crime será a da ação, ou seja, quando o autor do crime
enviou o e-mail. Para todos os efeitos vale o momento da ação
(prescrição, lei penal no tempo, imputabilidade).
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação
ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou
deveria produzir-se o resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
lugar do crime - art. 6, do cp
Teoria da Atividade (ou da Ação): lugar do crime é aquele em que
foi praticada a conduta (ação ou omissão).
Teoria do Resultado (ou do Evento): para essa teoria não importa o
local da prática da conduta, mas sim, o lugar onde se produziu ou
deveria ter se produzido o resultado do crime (adotada pelo CPP).
Teoria da Ubiquidade (ou Mista): é a fusão das duas anteriores.
Lugar do crime é tanto aquele em que se produziu (ou deveria ter se
produzido) o resultado, bem como onde foi praticada a ação ou
omissão.
TEORIAS DO LUGAR DO CRIME:
Assim, quanto ao lugar do crime, o Código Penal adotou a teoria da
ubiquidade.
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art6
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Espaço terrestre, marítimo ou aéreo, sujeito à soberania do Estado
(solo, rios, lagos, mares interiores, baías, faixa do mar exterior ao
longo da costa – 12 milhas marítimas de largura, medidas a partir da
linha de baixa-mar do litoral continente e insular – e espaço aéreo
correspondente.
Para os efeitos penais, consideram-se como espaço físico por ficção as
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço
do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as
embarcações e aeronaves brasileiras (matriculadas no Brasil),
mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente em alto mar ou no espaço aéreo correspondente
(art. 5º, §1º, CP).
É também aplicável a lei brasileira aos crimes cometidos a bordo de
aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada,
achando-se aquelas em pouso no território nacional ou voo no
espaço aéreo corresponde, e estas em porto ou mar territorial do
brasil (art. 5º, §2º, CP).
De acordo com o artigo 5º, caput, do CP, “aplica-se a lei brasileira, sem
prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao
crime cometido no território nacional.
Por território nacional, entende-se a soma do espaço físico
(geográfico) com o espaço jurídico (espaço físico por ficção ou por
extensão).
Espaço físico (geográfico): 
Espaço físico por extensão ou ficção: 
direito penal - parte geral
princípios do direito penal
TERRITORIALIDADE
Exceções (a regra da territorialidade não é absoluta)
Imunidades diplomáticas (que possuem caráter absoluto – tendo
validade para todos os crimes).
Consular (tem caráter relativo – o detentor de imunidade consular
só fica isento dos crimes ligados à função). 
Isso é decorrência do princípio da soberania das nações.
INTRATERRITORIALIDADE: permite-se a aplicação da lei penal
estrangeira a fato praticado em território brasileiro.
Aplica-se a lei penal do local do crime, não importando a nacionalidade do
agente, da vítima ou do bem jurídico.
Aplica-se a lei do país a que pertence o agente criminoso, pouco importando o
local do crime, a nacionalidade da vítima ou do bem jurídico violado.
Aplica-se a lei penal da nacionalidade da vítima.
Aplica-se a lei penal da nacionalidade do bem jurídico lesado (ou colocado em
perigo), não importando o local da infração penal ou a nacionalidade do
sujeito ativo.
O agente fica sujeito à lei do País onde for encontrado, não importando sua
nacionalidade, do bem jurídico lesado ou do local do crime. 
A lei penal nacional aplica-se aos crimes cometidos em aeronaves e
embarcações privadas, quando praticados no estrangeiro e aí não sejam
julgados.
Princípio da territorialidade
Princípio da nacionalidade ou personalidade ativa
Princípio da nacionalidade ou personalidade passiva
Princípio da defesa
Princípio da Justiça Penal Universal ou da Justiça cosmopolita
Princípio da representação, do pavilhão, da substituição ou da bandeira.
Princípios aplicáveis a territorialidade
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A extraterritorialidade está prevista no art. 7º do Código Penal, em seus
incisos I e II e, também no §3º, nos anunciam quais são os crimes que ficam
sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de
Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista,
autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;
II - os crimes: 
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro;
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira,
ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do
concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a
extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar
extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro
contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no
parágrafo anterior:
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; 
b) houve requisição do Ministro da Justiça.
direito penal - parte geral
princípios do direito penal
EXTRATERRITORIALIDADE
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA 
Está prevista no art. 7º, §1º do Código Penal, alcançando os crimes descritos
no art. 7º, inciso I. Nessas hipóteses, a lei brasileira, para ser aplicada não
depende do preenchimento de qualquer requisito. Ocorrendo um crime
que se amolde a essas hipóteses, aplica-se a lei brasileira não
importando se o autor do fato foi absolvido ou condenado no
estrangeiro.
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA 
Alcança as hipóteses trazidas pelo inciso II do art. 7º do Código Penal.
Nesses casos, para que a lei brasileira possa ser aplicada, faz-se
necessário o concurso das seguintes condições (art. 7º, §2º, CP):
Entrar o agente no território nacional.
Ser o fato punível também no país em que foi praticado.
Estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a
extradição.
Não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter ali cumprido
pena.
Não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não
estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no
Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada,
quando idênticas. 
Dois fatores devem ser considerados ao mencionarmos a hipótese de
pena cumprida no estrangeiro, sendo elas: a qualidade e quantidade da
pena imposta.
Exemplificando: tratando-se da mesma qualidade (duas penas
privativas de liberdade) da punição aplicada no Brasil, será
computada a pena cumprida no exterior. Por outro lado, se de
qualidade diversa (pena privativa de liberdade e pecuniária), aqui
no Brasil será atenuada a pena imposta.
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I) princípio da especialidade;
II) princípio da subsidiariedade;
III) princípio da alternatividade;
IV) princípio da consunção.
O conflito aparente de normas se dá nos casos em que duas ou mais normas
incriminadoras são igualmente vigentes e são aparentemente aplicáveis à
mesma conduta.
O conflito deverá ser solucionado pela aplicação dos seguintes princípios:
direito penal - parte geral
princípios do direito penal
conflito aparente de normas
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir,
vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo,
guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda
que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação
legal ou regulamentar:
Pena – reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500
(quinhentos)a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
O supracitado princípio se aplica nos casos de crimes de ação múltipla
(verbos) ou de conteúdo variado, nos quais o tipo penal prevê mais de uma
conduta em seus vários núcleos.
Exemplo: art. 33 da Lei n. 11.343/2006:
Dessa forma, independentemente do número de condutas praticadas pelo
agente, somente haverá a consumação de um único crime, o de tráfico de drogas.
PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO
O princípio tem aplicação nos casos em que um delito funciona como fase
normal de preparação ou de execução ou como mero exaurimento de
outro crime.
Com a aplicação do princípio ocorre a absorção de um delito por outro.
1) Crime Progressivo: o agente, desde o início de sua conduta, possui um
objetivo e, para alcançá-lo, passa por diversos crimes menores (crimes de
passagem). 
2) Progressão Criminosa: há alteração no dolo do agente. Após produzir o
resultado pretendido, o agente prossegue para obter resultado mais grave.
3) Fato Anterior não punível: verifica-se nos casos em que o fato anterior está
na linha de desdobramento da ofensa mais grave. O agente para praticar o furto
em uma residência, deve necessariamente antes praticar o crime de violação de
domicílio. O furto absorverá o crime de violação de domicílio.
4) Fato Posterior não punível: quando o fato posterior se referir ao mesmo
bem jurídico e à mesma vítima, ficará absorvido pelo primeiro. Exemplo, se o
agente destrói a coisa furtada, não responderá pelo crime de dano.
A lei especial é aquela que contém, além de todos os elementos da lei
geral, outros elementos especializantes.
Exemplo, o delito de infanticídio (art.123 do CP) prevalece sobre o crime
de homicídio (art.121 do CP) quando a mãe mata, sob a influência do
estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após.
O tipo penal especial afasta a aplicação do tipo penal geral (lex specialis
derrogat legi generali) independente de sua gravidade.
Princípio da especialidade
Na ausência ou impossibilidade de aplicação do tipo penal primário
(principal) mais grave, aplica-se o tipo penal subsidiário menos grave (lex
primaria derrogat legi subsidiariae).
A subsidiariedade pode ser de duas espécies: 
a) expressa: quando o próprio tipo penal se declara subsidiário, como, por
exemplo, o art. 132 do Código Penal, que dispõe – “se o fato não constituir pena
mais grave” (a norma se autoproclama “soldado de reserva” – Nelson Hungria). 
b) tácita/implícita: ocorre quando um tipo penal está contido em outro na
condição de elementar (elementos presentes no caput do artigo) ou
circunstâncias (dados acessórios que podem interferir na pena), por exemplo,
no caso do art. 304 do CTB), que prevê a omissão de socorro em acidente de
trânsito, em relação ao homicídio culposo na direção de veículo automotor,
qualificado pela omissão de socorro (art. 302 c/c o art. 303, parágrafo único, inciso
III, do CTB). 
PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE
PRINCÍPIO DA ALTERNATIVIDADE
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1) Efeitos Civis da condenação penal (p.ex. confisco de bens) ou;
2) Medida de segurança. Porém, para isso a sentença penal deve ser objeto
de homologado pelo STJ. Só caberá homologação quando o STJ verificar que
a lei brasileira autoriza aplicação dos mesmos efeitos no caso concreto
(requisito básico). 
Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira
produz na espécie as mesmas conseqüências, pode ser homologada no
Brasil para: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos
civis; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - sujeitá-lo a medida de segurança.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984
O art. 9º do CP revela uma parceria entre países estrangeiro e Brasil.
São casos em que a algum país requer à Justiça brasileira que execute a sua
sentença, ou seja, o processo de conhecimento tramita no estrangeiro e a
execução é aqui no Brasil.
Quais são os efeitos decorrentes de sentença penal estrangeira que
podem ser executados no Brasil?
O CP é limitado, autorizando somente nessas hipóteses:
direito penal - parte geral
teoria geral do direito
Eficácia da sentença estrangeira
infração penal apenada com reclusão ou detenção, acompanhada ou não
de multa.
aquela punida com prisão simples (juntamente com multa) ou somente
pena de multa.
Conforme o artigo 1º da LICP (Lei de introdução do Código Penal –
Decreto-Lei n. 3.914/41)
Crime:
Contravenção:
conceitos de crime
Divisões do Conceito Análitico:
Teoria Bipartida/Dicotômica: 
Crime = Fato Típico + Ilícito (antijurídico).
Teoria Tripartida/Tricotômica:
Crime = Fato Típico + Ilícito (antijurídico) + Culpável.
a teoria tripartida é a que tem mais força, sendo adotada pela maioria dos
estudiosos do Direito Penal e, também, pelas Cortes Superiores.
1) Conceito Material: É baseado na essência de um comportamento
penalmente relevante.
2) Conceito Formal: Crime é a conduta vedada por lei, com ameaça de pena
criminal.
3) Conceito Analítico: Crime é toda a ação ou omissão, consciente e
voluntária, estando previamente definida em lei, que cria um risco
juridicamente proibido e relevante.
crime x contravenção penal
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias,
os meses e os anos pelo calendário comum. (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Contagem de prazos
Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas
de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Frações não computáveis da pena
Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados
por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso. (Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Legislação especial 
definição de crime
FATO TÍPICO + ANTIJURÍDICO + CULPÁVEL
princípios do direito penal
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Conduta é:
toda ação ou omissão humana, consciente e voluntária dirigida a
uma finalidade.
Ação: 
É toda conduta positiva, que nasce a partir de um movimento
corpóreo.
A grande maioria das figuras típicas do ordenamento jurídico descreve
uma conduta positiva, p.ex. “matar; subtrair; apropriar-se; ameaçar”. 
Omissão:
É a conduta negativa, consubstanciada na indevida abstenção de um
movimento obrigatório.
É o primeiro dos elementos que compõe o fato típico (formador da estrutura
do crime).
Sendo assim, somente entram no campo da ilicitude os atos conscientes.
direito penal - parte geral
teoria geral do direito
fato típico - conduta e seus elementos
Resultado é a modificação “naturalmente visível” causada no mundo
exterior pela conduta, como a perda patrimonial no furto, a morte no
homicídio ou os traumas físicos na lesão corporal. Porém, nem todo crime
possui resultado naturalístico. Assim, existem crimes considerados materiais,
formais e de mera conduta.
Crimes quanto ao resultado naturalístico:
Crimes materiais. A consumação só ocorre se houverem resultados
naturalísticos, como o homicídio, que só se consuma com a morte da
vítima. Se compõem de: Conduta + Tipicidade + Nexo Causal +
Resultado.
Crimes formais. O resultado naturalístico é até possível, mas é
“irrelevante”, pois o “resultado final” não precisa necessariamente
acontecer, como na extorsão mediante sequestro, que se consuma no
momento em que a vítima é sequestrada, mesmo que os criminosos
recebam ou não o resgate. São compostos de: Conduta + Tipicidade.
Crimes de mera conduta. Não produzem nenhuma alteração no mundo
concreto, como o crime de desobediência e o de omissão de socorro (art.
135, do CP). São compostos de: Conduta + Tipicidade.
Crime é toda lesão ou ameaça a um bem jurídico relevante: todo crime
tem resultado jurídico pois sempre agride a um bem jurídico tutelado pelo
direito penal. Se não houver resultado jurídico não existe crime: homicídio é
crime pois atinge o bem jurídicovida, roubo é crime pois atinge o bem jurídico
patrimônio.
Crimes quanto ao resultado naturalístico:
Crime de dano ou lesão: a consumação exige que o bem jurídico seja
lesionado pela conduta do agente, p.ex. o crime de homicídio 
Crime de perigo: a consumação ocorre quando o bem jurídico é exposto à
risco, p.ex. o crime de contágio venéreo do art. 130 do CP; posse (art. 12) ou
porte (art. 14 o 16) de arma de fogo (Estatuto do Desarmamento). 
TEORIA NATURALÍSTICA
TEORIA JURÍDICA
resultado
A partir dessa teoria, a omissão (abstenção) produziria um resultado que
estaria intimamente ligado (nexo causal) ao fato do agente se abster de
realizar um determinado comportamento. 
Quem se omite nada faz, razão pela qual, nada causa. Dessa forma, a
possibilidade de se atribuir ao agente criminoso (omitente) o resultado de sua
abstenção, dar-se-á a partir de uma obrigação jurídica anterior à omissão
(“dever jurídico de agir”).
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é
imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem
a qual o resultado não teria ocorrido. 
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir
para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: 
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra
forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu
comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
TEORIA NATURALÍSTICA/CAUSAL
TEORIA NORMATIVA/JURÍDICA
Relação de causalidade (conditio sine qua non (condição sem a qual))
Relevância da omissão 
Omissão penalmente relevante
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direito penal - parte geral
teoria geral do direito
fato típico - nexo de causalidade
Crime doloso 
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de
produzi-lo; 
Crime culposo 
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por
imprudência, negligência ou imperícia. 
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser
punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica
dolosamente.
Dolo Direto (art. 18, inciso I, primeira parte):
Quando o agente quis o resultado.
Dolo Direto de 1º Grau:
consiste na vontade de produzir as consequências primárias
do crime, ou seja, é a busca na produção do resultado típico
visado.
Dolo Direto de 2º Grau:
é aquele que abrange os efeitos colaterais da prática
delituosa, ou seja, as suas consequências secundárias, que
originariamente não são desejadas pelo agente. Aqui, o autor
não pretende produzir o resultado, mas percebe que não pode
chegar ao resultado pretendido sem causar os referidos efeitos
acessórios.
Para o dolo direto, o CP adotou a teoria da vontade, que diz ser o
dolo a vontade dirigida ao resultado.
Dolo Eventual (art. 18, inciso I, segunda parte):
Quando o agente assumiu o risco de produzi-lo.
Para o dolo eventual, o CP adotou a teoria do consentimento/
assentimento, ou seja, aquele que, prevendo o resultado, assume o risco
de produzi-lo, age dolosamente.
Dolo Indireto ou Indeterminado:
o agente não quer diretamente o resultado, porém, aceita a possibilidade
de produzi-lo (dolo eventual) ou não se importa em produzir este ou
aquele resultado (dolo alternativo). 
Art. 18 - Diz-se o crime: 
Crime doloso e crime culposo.
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é
imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão
sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
o direito penal brasileiro adotou a teoria da conditio sine qua non
(condição sem a qual) para explicar a relação de causalidade entre
conduta e resultado. 
haverá relação de causalidade em qualquer fator que possa anteceder
o resultado e nele tiver alguma relação. É o elo de ligação que une a
conduta praticada pelo agente ao resultado produzido. 
O nexo de causalidade envolve três teorias relevantes:
Equivalência dos Antecedentes: considera causa do crime toda ação
ou omissão essencial para o resultado. Porém, só é imputado ao
agente se agiu com dolo ou culpa.
Causalidade Adequada: aplica-se em casos com concausas (outros
eventos que contribuem para o resultado do crime). Apenas a concausa
que, por si só, produz o resultado é considerada causa adequada.
Imputação Objetiva: avalia os riscos criados ou aumentados pela
conduta do agente. É responsável quem criou risco proibido pelo Direito
e causou o resultado de forma razoável.
Relação de causalidade
fato típico - tipicidade
Material - A tipicidade material é a efetiva lesão ou exposição de perigo de
um bem jurídico penalmente tutelado 
Formal - É a conduta exercida pelo agente que esta estabelecida (tipificada)
na normal penal. (Conduta praticada + previsão na lei). 
É conceituada como a relação de encaixe/enquadramento entre um fato concreto
(ocorrido no mundo fenomênico) e um tipo penal previsto de forma abstrata
(aspecto formal), em conjunto com a lesão ou perigo de lesão ao bem
penalmente tutelado (aspecto material).
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direito penal - parte geral
teoria geral do direito
crime culposo
É um dos crimes que não admite a tentativa, salvo na culpa imprópria.
Culpa imprópria (culpa por extensão, culpa por assimilação ou culpa por
equiparação)
na qual o agente quer o resultado, estando sua vontade viciada por
erro que poderia evitar, observando o cuidado necessário. Ocorre por
erro de tipo inescusável, por erro de tipo escusável nas
descriminantes putativas ou por excesso nas causas de justificação.
crime culposo.
Conduta voluntária
Resultado involuntário
Nexo causal
Tipicidade
Quebra do dever de cuidado objetivo por imprudência, negligência ou
imperícia
Previsibilidade objetiva do resultado
Relação de imputação objetiva
Elementos do crime culposo
Imprudência
pressupõe uma ação precipitada e sem cautela. A pessoa não deixa de
fazer algo, não é uma conduta omissiva como a negligência. Na
imprudência, ela age, mas toma uma atitude diversa da esperada.
p. ex. um motorista que dirige em velocidade acima da permitida e
não consegue parar no sinal vermelho, invadindo a faixa de pedestres
e atropelando alguém.
Negligência
alguém deixa de tomar uma atitude ou de apresentar uma conduta que
era esperada para a situação. Age com descuido, indiferença ou
desatenção, não adotando as devidas precauções. 
p. ex. um pai de família que deixa uma arma carregada em local
inseguro ou de fácil acesso a crianças, por exemplo, pode causar a
morte de alguém por essa atitude negligente
Imperícia
para que seja configurada a imperícia, é necessário constatar a
inaptidão, ignorância, falta de qualificação técnica, teórica ou
prática ou ausência de conhecimentos elementares e básicos para a
ação realizada. 
p. ex. um médico que realize uma cirurgia plástica em alguém e cause
deformidade pode ser acusado de imperícia.
Modalidades de culpa
ESPÉCIES DE CULPA
Culpa Consciente
há previsão do resultado.
o agente, prevendo o resultado e, confiando levianamente em
suas habilidades, acha que será capaz de evitar o resultado.
Culpa Inconsciente
não há previsão do resultado pelo agente, embora previsível.
é a culpa comum, normal, manifestada pela imprudência,
negligência ou imperícia.
Dolo Eventual
há previsão do resultado.
o agente, prevendo o resultado, mostra-se indiferente com a
sua ocorrência, assumindo o risco de produzi-lo.
um crime só pode ser punido como culposo quando houver expressa
previsão legal (art. 18, p.ú, do CP). No silêncio da legislação, a infração
penal somente será punida à título de dolo. 
Princípio da excepcionalidade do crime culposo
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direito penal - parte geral
teoria geral do direito
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
COGITAÇÃO – é a elaboração mental do crime. Quando o agente inicia, na
sua mentalidade, a formulação da empreitada criminosa. Nesse momento,o
pensamento criminoso do agente não possui relevância para o Direito Penal.
PREPARAÇÃO – quando o agente começa a desenvolver o plano. Nesse
momento, em regra, não há que se falar em punição. Os atos preparatórios só
são puníveis, de forma excepcional, quando o legislador resolve antecipar a
tutela penal, como ocorre através da Lei Antiterrorismo (que pune os atos
preparatórios para o terrorismo) e, também, o crime do artigo 34 da Lei
11.343/06 (petrechos para o tráfico). 
EXECUÇÃO – é quando o agente põe em prática o crime que havia planejado.
Por exemplo, efetua os disparos de arma de fogo contra a vítima. 
CONSUMAÇÃO – ocorre com a reunião de todos os elementos da definição
legal do crime, p.ex. a morte da vítima. 
 
iter criminis (caminho do crime)
Crime consumado 
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua
definição legal.
Tentativa 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente.
Pena de tentativa 
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa
com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um
a dois terços.
Art. 14, do CP - Diz-se o crime: 
Para sabermos qual a fração utilizar como critério do redutor, precisamos
analisar, no caso concreto, o quão perto o agente criminoso chegou da
consumação do crime. Ou seja, quanto mais distante o criminoso ficar da
consumação, o redutor será maior, quanto mais perto o criminoso
ficar da consumação do crime, menor será o redutor. 
Qual fração deve ser utilizada como redutor?
crimes que não admitem tentativa
Crime culposo – Salvo na culpa imprópria (art. 20, §1º e 23, do CP)
Crimes unissubssistente.
Crimes omissivos puros.
Contravenções penais.
Crimes habituais.
Crimes preterdolosos. art. 19, CP – é quando o agente atua com dolo na sua
conduta e o resultado agravador advém de culpa.
Crimes de atentado/empreendimento.
Punibilidade – é a possibilidade jurídica de imposição da sanção penal
(pena privativa de liberdade ou medida de segurança).
Ela surge com a prática da infração penal, entretanto, nós temos
algumas exceções no ordenamento jurídico: 
Há crimes, porém, cuja punibilidade fica condicionada a um evento
futuro. É o caso, por exemplo, dos crimes falimentares, cuja
punibilidade somente se dá com a prolação da sentença que decreta a
falência, concede a recuperação judicial ou homologa a recuperação
extrajudicial (art. 180 da 11.101/05). Ela é uma condição objetiva de
punibilidade. 
Há, ainda, delitos que, mesmo quando praticados, não são puníveis,
por força de regras excepcionais. É o que se dá com determinados
crimes patrimoniais, quando presente a escusa absolutória (art. 181,
do CP). 
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direito penal - parte geral
teoria geral do direito
desistência voluntária e arrependimento eficaz
o crime impossível se dá quando houver absoluta ineficácia do meio
(executório), ou quando ocorrer absoluta impropriedade do objeto
(material). Agora, caso haja relativa ineficácia ou relativa
impropriedade, haverá crime tentado. 
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio
ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. 
crime impossível
O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir (Desistência
voluntária) na execução ou impede que o resultado se produza
(Arrependimento Eficaz), só responde pelos atos já praticados.
Desistência voluntária:
O agente desiste, por vontade própria, de seguir os atos executórios,
mesmo podendo prosseguir. 
Para a ocorrência da desistência voluntária, é necessário que o agente
tenha adentrado, ao menos, na execução do crime. 
P.ex.: sujeito que ingressa na casa da vítima e desiste da subtração que
pretendia efetuar; sujeito que efetua apenas um disparo, havendo mais
munição, e desiste da ação criminosa. 
Arrependimento Eficaz:
O agente pratica todos os atos executórios, entretanto se
arrepende e impede a consumação do resultado. 
P.ex.: Aplicou ou administrou o veneno e depois fornece o antídoto impedindo
assim a consumação do crime. 
Art. 15, do CP - Diz: 
ARREPENDIMENTO POSTERIOR 
Trata-se de uma hipótese de redução/diminuição de pena, diante da
reparação do dano causado ou restituição da coisa subtraída por parte
do agente. 
Não é aplicável se o crime é cometido com violência ou grave ameaça. 
No entanto, de acordo com parte da doutrina, é cabível se a violência foi
culposa, tendo o agente antes da queixa se arrependido e tomado as
providências necessárias. 
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa,
reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou
da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a
dois terços. 
Erro sobre elementos do tipo 
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui
o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
Descriminantes putativas 
§1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas
circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a
ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o
fato é punível como crime culposo. 
Erro determinado por terceiro
§2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. 
Erro sobre a pessoa 
§3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não
isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou
qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria
praticar o crime. 
Erro sobre a ilicitude do fato 
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a
ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá
diminuí-la de um sexto a um terço. 
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se
omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível,
nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.
 
Erro de tipo e erro de proibição
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direito penal - parte geral
teoria geral do delito
Erro de tipo e erro de proibição
Erro de tipo: a falsa percepção da realidade interfere no elemento
subjetivo do tipo penal (no dolo e na culpa).
o agente criminoso vê uma coisa e pensa que é outra (falsa
representação da realidade). 
Erro de proibição: a interferência se dá no campo da culpabilidade,
mais precisamente no elemento da potencial consciência da ilicitude. 
o indivíduo sabe exatamente o que está acontecendo, mas supõe
lícita uma conduta proibida. 
a ignorância atinge a noção acerca do caráter ilícito do ato praticado. 
Erro de tipo essencial
é o que impede o agente de perceber que pratica determinado crime,
por isso, sempre exclui o dolo. 
Classificações do erro essencial quanto a sua intensidade:
Erro de tipo inevitável, invencível ou escusável (Desculpável)
Quando não pode ser evitado pelo cuidado objetivo do agente, ou
seja, qualquer pessoa, na situação em que se encontrava o agente,
incidiria em erro. Exclui o dolo e a culpa. 
Erro de tipo evitável, vencível ou inescusável (Indesculpável)
Quando pode ser evitado pela observância de cuidado objetivo
pelo agente, ocorrendo o resultado por imprudência ou negligência.
Exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo. 
Erro ACIDENTAL
é aquele em que não há impedimento do agente de perceber que
pratica determinado crime e, por isso, não exclui o dolo. 
Dá-se das seguintes formas:
Erro sobre o objeto - (Error In Objeto) 
O indivíduo acaba se confundindo em relação ao objeto material.
Crê que sua conduta recai sobre um determinado objeto, mas incide
sobre coisa diversa. 
Erro sobre a pessoa
art. 20, §3º, CP – ocorre quando o agente atinge pessoa diversa
da pretendida, por confundi-la com a vítima visada (“sósia”). Nesse
caso, aplicam-se as qualidades e condições da vítima pretendida
(visada) e não da vítima (real). 
COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL e obediênciahierárquica 
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita
obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior
hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. 
exclui a culpabilidade, pois o agente possui vontade, embora seja viciada.
exclui a tipicidade, pois o agente atua sem vontade e não controla seus
movimentos.
Coação moral
Coação física
excludentes da ilicitude
Conforme o Art. 23, do CP. – Não há crime quando o agente pratica o
fato: 
I – em estado de necessidade; 
II – em legítima defesa; 
III – em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de
direito. 
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direito penal - parte geral
estado de necessidade
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato
para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem
podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal
de enfrentar o perigo.
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito
ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.
O estado de necessidade é uma excludente de ilicitude que surge em
casos em que há uma situação de perigo que gera conflito entre dois ou
mais bem jurídicos e, necessariamente um deles deverá ser sacrificado. 
requisitos para o estado de necessidade
Situação de necessidade: deverá haver a ocorrência de um perigo, ou seja,
uma probabilidade de dano a um bem jurídico. O perigo deve ser atual
(presente) e inevitável. Perante o CP, o perigo deve ser apenas atual. 
Não provocação do perigo: o agente que se beneficia do instituto do estado
de necessidade não pode ser o provocador do perigo. Se ele for o
provocador voluntário (provoca dolosamente) não há estado de
necessidade. Por outro lado, aquele que provoca de forma involuntária
(de forma totalmente acidental), há, em tese estado de necessidade.
Inexigibilidade de sacrifício do bem salvo: a lei considera lícito o estado
de necessidade se o agente salva um bem de maior relevância ou
igual. Se o bem for de relevância menor do que o sacrificado, não há estado
de necessidade. Dessa forma, o art. 24, §2º, manda aplicar em favor do
agente.
Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo: policiais, militares,
bombeiros, possuem o dever de encarar o perigo. Em situações de perigo
extremo, essas pessoas podem agir em estado de necessidade. É pacífico
entre os estudiosos do direito penal a inexigência de atos de heroísmo. 
legítima defesa
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente
dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a
direito seu ou de outrem. 
Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo,
considera-se também em legítima defesa o agente de segurança
pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida
refém durante a prática de crimes. 
requisitos para a legítima defesa
Agressão: é a conduta humana que lesa ou expõe a perigo qualquer
bem jurídico. Não há que se confundir agressão com provocação. Deve ser
atual ou iminente e injusta. A agressão deve se voltar a direto próprio ou
alheio. O elemento subjetivo é o “animus deffendendi”, implícito no art. 25
do CP. 
Injustiça da agressão: deve ser avaliada objetivamente. Logo há, em tese,
legítima defesa contra agressão de inimputáveis. Quero que você tenha em
mente que é inviável cogitarmos uma legitima defesa recíproca, pois, se
um dos indivíduos estiver em legítima defesa, sua reação será lícita para o
direito. 
Reação (forma de repelir a agressão): 
Com o emprego dos meios necessários: aquele menos lesivo dentre os
meios eficazes à disposição do agente. 
Moderação: aquela exercida até fazer cessar a agressão sofrida. 
Se ausente algum desses requisitos, haverá excesso na legítima defesa
e o agente responderá pelo excesso.
O excesso pode se dar de duas formas: 
a) excesso intencional/voluntário: nessa modalidade, o agente
está ciente de que a agressão já cessou, e mesmo assim, prossegue
em sua conduta dirigindo-se a lesar o bem do agressor.
b) não intencional/involuntário: o sujeito, através de erro na
apreciação da situação fática, está supondo que a agressão ainda está
ocorrendo e, dessa forma, segue com sua reação sem se dar conta do
excesso que comete. 
teoria geral do delito - EXCLUDENTES DE ILICITUDE
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Ofendículos - são os aparatos pré-dispostos na defesa de um bem
jurídico, p.ex. cacos de vidro. emuros e cercas elétrica. Entretanto, para que
os ofendículos sejam considerados como um aparato de excludente de
ilicitude, é necessário que sejam lícitos, visíveis, inacessível a terceiros
inocentes e deverá ter a observância de eventuais normas técnicas. 
Durante a instalação ou manutenção:
é considerado exercício regular de um direito.
Quando houver a utilização/acionamento:
é considerado legitima defesa preordenada.
direito penal - parte geral
ofendículos
estado de necessidade x legítima defesa
Estado de necessidade: 
Pressupõe perigo.
Todos os envolvidos têm razão, pois seus bens ou interesses são
legítimos.
Só há estado de necessidade se o perigo for inevitável.
Existe estado de necessidade contra atos de animais.
Legítima defesa:
Pressupõe agressão.
Somente um indivíduo (agredido) está com a razão, ao repelir a injusta
agressão
Há legítima defesa ainda quando a agressão for evitável.
Não existe legítima defesa contra ataque de animal (salvo quando
ele foi o instrumento de uma agressão humana).
Estrito cumprimento do dever legal
Consiste na prática de um fato típico, em razão de cumprir o agente uma
obrigação imposta por lei, de natureza penal ou não. Enquadra-se a
atividade do policial, ao executar mandado de prisão. 
“O policial que cumpre um mandado de prisão e, para isso, emprega força
física, na medida do necessário para conter o agente, encontra-se no estrito
cumprimento de um dever legal; sua ação não é criminosa, com fundamento
na combinação do art. 23, inciso III, do CP com o art. 292 do CPP”. (ESTEFAM,
André, p. 295).
exercício regular de direito
É o desempenho de uma atividade ou a prática de uma conduta
autorizada por lei, que torna lícito um fato típico. Se alguém exercita um
direito, previsto e autorizado de algum modo pelo ordenamento jurídico, não
pode ser punido, como se praticasse um delito.
P.ex. Ex.: Lesão corporal decorrente de violência desportiva. 
legítima defesa putativa
ocorre quando o agente pensa que está se defendendo, porém, na
verdade, acaba praticando um ato injusto. Se é certo que o agente não
sabe estar cometendo uma agressão (pela falsa percepção da realidade)
injusta contra um inocente, é certo, também, que o agredido nada tenha a ver
com isso, podendo repelir o ataque objetivamente injustificável.
teoria geral do delito - EXCLUDENTES DE ILICITUDE
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é o juízo que será feito sobre a reprovabilidade da conduta do agente,
considerando suas circunstâncias pessoais (ex. capacidade).
a posição dominante no ordenamento jurídico é de que a culpabilidade
se trata de requisito do crime. 
Requisitos da culpabilidade:
Imputabilidade. 
Potencial consciência da ilicitude.
Exigibilidade de conduta diversa.
Causas:
Art.26 – Doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou
retardado.
Doença mental: é a perturbação mental de qualquer ordem, como
psicose, esquizofrenia, loucura, paranoia, psicopatia (...) 
Dependência patológica de substância psicotrópica configura
doença mental (Art. 19, Lei 6.368/76).
Art.27 – Menoridade Penal
Art.28 – Embriaguez Completa involuntária.
consiste na intoxicação aguda e transitória provocada pelo álcool
ou substâncias de efeitos análogo (exceto droga ilícitas).
Embriaguez completa:quando se enquadra o sujeito no segundo nível
(depressão) e terceiro nível (letargia – coma – conduta omissiva). 
Embriaguez involuntária: proveniente de caso fortuito ou força maior. Se a
embriaguez for voluntária o agente responde pelos atos por força da teoria da
“actio libera in causa” (ação livre na causa). Para que seja aplicado o instituto
da embriaguez involuntária, sem gerar responsabilidade penal objetiva, deve-
se avaliar se, no momento em que a substância foi ingerida, era previsível o
resultado produzido. 
Espécies de embriaguez voluntária:
Dolosa: o sujeito quer se embriagar.
Culposa: aquela que decorre no excesso imprudente no consumo; e 
Pré-ordenada: o indivíduo ingere bebida alcoólica para se
“encorajar” para cometer o crime. Nesse caso, estamos diante da
agravante do art. 61, II, “l”, CP.
Embriaguez patológica: o indivíduo é alcoólatra e isso é considerado
como doença mental, aplicando-se o art. 26 do Código Penal, que dispõe
sobre a inimputabilidade. 
como já foi cobrado?
direito penal - parte geral
Culpabilidade
Imputabilidade
Trata-se da capacidade mental do indivíduo de compreender o caráter
ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento
(ou seja, de conter-se). 
condições de sanidade e maturidade humana.
precisa estar presente no momento da conduta.
espécies de embriaguez voluntária
Prova: VUNESP - 2018 - PC-BA - Escrivão de Polícia 
A respeito da imputabilidade penal, é correto afirmar que tal instituto 
A) figura como um dos elementos da culpabilidade.
B) cuida da capacidade física do agente de praticar o ilícito.
C) figura como um dos requisitos da punibilidade.
D) não exclui da aplicação da lei penal fato praticado durante a embriaguez
involuntária completa, proveniente de caso fortuito ou força maior.
E) não exclui a menoridade (criança e adolescente) da aplicação da lei penal. 
Gabarito: alternativa A.
teoria geral do delito - culpabilidade
exclusão da Imputabilidade
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Erro sobre a ilicitude do fato.
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a
ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá
diminuí-la de um sexto a um terço. 
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se
omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível,
nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas
penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser
diminuída de um sexto a um terço. 
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave,
ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade,
na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. 
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter
pessoal, salvo quando elementares do crime. 
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição
expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a
ser tentado.
Teoria monista: essa é a adotada, como regra, pelo artigo 29, caput, do CP.
Assim, todo aquele que concorre para o crime responde pelas penas a
este cominada, na medida de sua culpabilidade. Então, dessa forma,
atribui um só crime a todos os concorrentes. 
Teoria dualista: aqui, deve haver dois crimes diferentes a serem
imputados. Um deles será imputado aos autores e outro, aos partícipes.
Essa teoria não foi adotada pelo CP.
Teoria pluralista: deve se atribuir para cada agente um delito
diferente. Há exemplos excepcionais dessa teoria em nosso CP, que são 
“as exceções pluralistas à teoria monista”. Como exemplo, podemos citar
o crime de corrupção. No caso da corrupção, o corruptor comete corrupção
ativa (art. 333, do CP), e o funcionário público corrompido, corrupção passiva
(art. 317, CP).
Circunstâncias incomunicáveis
Casos de impunibilidade
Teorias acerca do concurso de pessoas
direito penal - parte geral
Potencial consciência da ilicitude
Exigibilidade de conduta diversa
CONCURSO DE PESSOAS
teoria geral do delito - culpabilidade
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita
obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior
hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. 
exclui a culpabilidade, pois o agente possui vontade, embora seja viciada.
Exemplo: um gerente de banco que, tendo seu filho sequestrado, é
forçado a efetuar um furto de quantia vultosa na agência bancária em que
trabalha a fim de realizar o pagamento do resgate.
ocorre quando o sujeito não é capaz de se opor àquela demanda. O
indivíduo passa a ter uma conduta distinta do esperado em outras condições
(em situação “normal”). Mas, naquele caso, não se poderia esperar outra
ação dele.
exclui a tipicidade, pois o agente atua sem vontade e não controla seus
movimentos.
Coação irresistível e obediência hierárquica
Coação moral
Coação moral irresistível
Coação física irresistível
É necessário que sejam preenchidos os seguintes requisitos:
Relação de hierarquia: dessa forma, somente poderá ocorrer em
ambiente público;
Ordem superior;
Ordem ilegal não manifesta (a ilegalidade não pode ser evidente). 
Obediência hierárquica
teoria geral do DELITO - CONCURSO DE PESSOAS
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como já foi cobrado?
Pluralidade de pessoas e de condutas
Cada uma das pessoas deve praticar obrigatoriamente condutas
penalmente relevantes (sejam ações ou omissões). 
Relevância causal das condutas
Deverá haver nexo de causalidade entre a conduta e o resultado
(art. 13, caput, do CP) e, também a presença do verbo “concorrer” do art.
29, do CP. Feito isso, deverá ser verificado se o concorrente da infração é
coautor ou participe.
Unidade de desígnio/vínculo subjetivo/ identidade de propósitos
Corresponde à adesão voluntária à conduta criminosa. Não se exige
acordo prévio (“pacta sceleris”). Se não houver unidade de desígnios,
ocorrerá “autoria colateral”.
Unidade de infração
Teoria unitária/monista (art. 29, caput, CP). Todos respondem pelo
mesmo crime.
Requisitos:
Pluralidade de agentes.
Conduta relevante (relevância causal das condutas).
Vínculo subjetivo.
Unidade de crimes (infração).
direito penal - parte geral
classificação de crimes quanto ao número de agentes
teoria geral do delito - concurso de pessoas
b.1) de condutas paralelas: aquele crime plurissubjetivo em que os
concorrentes possuem divisão de tarefas em busca de um objetivo
comum, p.ex. o crime de associação para o tráfico de drogas, previsto no art.
35 da Lei 11.343/06 (mínimo 2 pessoas); associação criminosa, conforme o art.
288, CP (mínimo três pessoas); organização criminosa (mínimo de 4 pessoas).
b.2) de condutas convergentes: as condutas convergem ao encontro
uma da outra, p.ex. crime de bigamia (art. 235, §1º, CP);
b.3) de condutas contrapostas: aquele em que os sujeitos praticam suas
condutas uns contra os outros, p.ex. crime de rixa. 
a) Crimes monossubjetivos, unissubjetivos ou de concurso eventual: é um
crime que pode ser praticado por uma ou mais pessoas em concurso.
b) Crimes plurissubjetivo ou de concurso necessário: o tipo penal exige a
pluralidade de sujeitos ativos como elementar do crime. 
teoria geral do DELITO - CONCURSO DE PESSOAS
Autor:
É o sujeito que realiza o verbo nuclear. Por exemplo, "matar".
Coautor:
É o sujeito que realiza atos de execução. P.ex. empunhar arma de fogo
e apontá-la para a vítima.
Partícipe:
É o sujeito que presta auxílio moral (que decorre de um induzimento ou
instigação) ou material (forneceu a arma de fogo), sem praticar atos de
execução ou o verbo nuclear.
Prova: VUNESP - 2018 - PC-BA - Escrivão de Polícia 
É requisito para a configuração do concurso de pessoas 
A) uma única conduta.
B) a irrelevância causal das condutas.
C) a identidade de crime para todos os envolvidos.D) a autoria incerta.
E) o prévio ajuste entre os agentes.. 
Gabarito: alternativa C.
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Crime continuado:
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão,
prática dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições
de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os
subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-
se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se
diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. 
Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes,
cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz,
considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a
personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias,
aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave,
se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do
art. 70 e do art. 75 deste Código. 
O crime continuado:
decorre de mais de uma ação ou omissão (conduta) que
resultam em dois ou mais crimes, da mesma espécie (aqueles
previstos no mesmo tipo penal) 
em condições de tempo (aproximadamente 30 dias), 
lugar (no mesmo foro ou foros próximos), 
maneira de execução (verificar o “modus operandi”) e outras
semelhantes. 
Também, os crimes subsequentes devem ser havidos como
continuação do primeiro. 
 Concurso material:
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão,
prática dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se
cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja
incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de
detenção, executa-se primeiro aquela.
§ 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada
pena privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os
demais será incabível a substituição de que trata o art. 44 deste
Código. 
§ 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o
condenado cumprirá simultaneamente as que forem compatíveis
entre si e sucessivamente as demais
O agente criminoso, mediante mais de uma ação ou omissão (conduta),
pratica dois ou mais crimes, idênticos (homogêneos) ou não
(heterogêneos). Então, desse modo, havendo a ocorrência do concurso
material, o sistema de aplicação da pena será o do cúmulo material, ou
seja, o juiz deverá somar a pena dos crimes praticados em concurso
pelo criminoso. 
Concurso formal:
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão,
prática dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais
grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas
aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas
aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e
os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o
disposto no artigo anterior. 
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela
regra do art. 69 deste Código. 
Perfeito/Próprio:
Dois ou mais crimes, resultado de uma única conduta. O juiz
aplicará uma pena: 
SE idênticas a maior, SE diferentes, Aumentadas de 1/6 a 1/2. 
Imperfeito/Impróprio:
Uma única conduta, mas seu objetivo era dois ou mais crimes.
As penas serão: SOMADAS.
direito penal - parte geral
teoria geral do delito - concurso de crimes
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Olá, querido(a) aluno(a). Que maravilha, você passou por todos os tópicos da parte geral do Código Penal que mais são
cobrados em provas de concursos públicos e chegou ao final deste material.
Espero que você tenha gostado do conteúdo encontrado por aqui e que ele tenha agregado à sua preparação.
Muito obrigado pela sua atenção e continue firme, pois tenho certeza que a sua aprovação está próxima.
Forte abraço, Revisão mapeada.
agradecimento
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