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Aula 04 Medicina preventiva e endoparasitos

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Noções de medicina preventiva veterinária
 VACINAÇÃO
Assim como os humanos, os cachorros também podem sofrer com uma série de doenças capazes de ameaçar tanto a saúde e a vida deles , como a de seus donos. Para evitar esse tipo de dor de cabeça, é indicado que as vacinas para cachorro sejam aplicadas corretamente, seguindo o calendário de vacinação. Vale lembrar que todo o processo deve ser organizado e acompanhado por um médico veterinário.
 VACINAÇÃO
IMUNIDADE DO CÃO:
imunidade da mãe:
Não se recomenda vacinar animais com menos de 6 semanas de vida, pois a interferência com os anticorpos recebidos passivamente da mãe é a maior causa de falha vacinal, não ocorrendo, portanto, a adequada imunização.
 VACINAÇÃO
Existem vários vírus e bactérias capazes de causar doenças graves nos cães e gatos, algumas delas podem ser fatais por não haver tratamento específico (como a cinomose e a FeLV).
Tipos de vacinas
Vacinas vivas atenuadas.
 Estas vacinas contêm um microrganismo vivo que é enfraquecido, de tal forma que já não consegue provocar doença. Estas vacinas desencadeiam uma resposta imunitária forte e podem proporcionar imunidade para toda a vida depois de serem administradas apenas uma ou duas doses.
Vacina viva. A primeira dose vacinal permite ao vírus multiplicar-se rapidamente, desencadeando uma resposta imunitária em larga escala com produção de anticorpos e resposta de linfócitos T.
Prós e contras: Apenas é necessária uma dose mas existe um risco mínimo de desenvolvimento da doença
Tipos de vacinas
Vacinas inativadas ou “mortas”.
 produzido a partir de fragmentos de um vírus que foi destruído pelo calor ou através de substâncias químicas ou de radiações. 
Funcionam através da estimulação do organismo para produzir anticorpos. Mas as vacinas inativadas também apresentam algumas desvantagens. A principal é que estas vacinas não são tão potentes como as vacinas vivas atenuadas.
Vacina morta. Uma vacina morta não pode multiplicar-se e a resposta dos anticorpos é limitada. Duas injecções adicionais administradas posteriormente asseguram uma produção suficiente de anticorpos.
Prós e contras: Não existe risco de desenvolvimento da doença, mas são necessárias três injecções.
Tipos de vacinas
Vacinas de subunidades. 
usam apenas as partes do microrganismo para estimularem o sistema imunitário. Ao conter apenas o que é necessário para uma resposta e não todas as outras partes do microrganismo, as vacinas de subunidades tendem a causar menos reacções adversas.
Tipos de vacinas
Vacinas de toxóides. contêm toxinas inativadas, denominadas toxóides. Este tipo de vacinas estimula a produção de anticorpos. Quando uma pessoa é infectada, estes anticorpos pode bloquear a entrada das toxinas nas células.
As principais vacinas
As vacinas que devem constar obrigatóriamente no calendário de vacinação do seu cachorro são as vacinas múltiplas ou polivalentes, v8 e v10, e a vacina anti-rábica. 
As vacinas v8 e v10 protegem os cães de sete doenças consideradas graves: cinomose , hepatite infecciosa canina, parvovirose, leptospirose, adenovirose, coronavirose e parainfluenza canina. Já a vacina anti-rábica protege os cães contra a raiva.
As principais vacinas
Além das vacinas v8 e v10 e da antirrábica existem outras doses de imunização que tambémsão importantes. É o caso das vacinas contra a leishmaniose, a giárdia, a tosse dos cães e pulgas. Vale lembrar que a aplicação ou não e a organização dessas vacinas estará no calendário de vacinação do seu cachorro, feito por um médico veterinário.
Vacinas nacionais x importadas, éticas x "não éticas"
Vacinas nacionais x importadas, éticas x "não éticas“
A diferença entre a chamada vacina ética (importada) e a vacina nacional é a quantidade de anticorpos produzidos por cada vacina após a imunização do animal;
 As vacinas importadas são comprovadamente melhores que as nacionais sendo verificado através de inúmeros relatos clínicos e práticos.
Vacinas nacionais x importadas, éticas x "não éticas"
As consideradas vacinas "não éticas", são vacinas de venda livre, ou seja, que não são exclusivamente vendidas a médicos veterinários. 
Não há controle de compra e com isso não há controle de armazenamento, manipulação, validade. Sendo em sua maioria, aplicada por leigos em pet shops ou casas agropecuárias.
fatores interferem na eficácia da vacina
  fatores externos: armazenamento, temperatura de conservação, manipulação, aplicação, data de validade...
fatores da vacina: cepa viral, número de passagens, atualização da vacina de acordo com os vírus mais encontrados em campo, adjuvante...
 
Quando iniciar as vacinas para cachorro
A recomendação é que as vacinas comecem a ser aplicadas desde a fase filhote do cachorro;
 imunização inicial do cachorro começa aos 30 dias de vida com o uso do vermífugo ,
 continua em torno dos 40 dias com a aplicação da primeira dose de v8 ou v10 e anti-pugas, 
 60 dias com a vacina contra a tosse e vai até em torno dos 120 dias com a vacina anti-rábica.
 Durante esse calendário de vacinação há a repetição da dose de algumas delas, é o caso da v8 e v10. É preciso ficar bem atento em relação a isso.
Quando iniciar as vacinas para cachorro
Caso todos esses prazos tenham sido perdidos pelo dono ou um cachorro adulto não tenha recebido as vacinas necessárias o procedimento é um pouco diferente.
 Eles receberão três doses das vacinas polivalentes v8 ou v10 e uma da anti-rábica.
 O mesmo serve para cachorro que não se sabe a procedência e se ele já foi vacinado. 
A necessidade de tomar outros tipos de vacinas além dessas vai depender da região onde o animal vive e da recomendação do veterinário.
O QUE PRECISA PARA VACINAR
Para vacinação seu gatinho precisa:
Estar saudável;
Sem diarreia;
Sem Febre;
Vermifugado;
Ter mais que 45 dias(preferencialmente com 3 meses);
Então é necessário um exame clínico pois a vacinação de gatinhos doentes pode ser fatal. Gatos recém adotados ou resgatados devem aguardar um período minimo de 10 dias para observação.
QUAIS VACINAS ELE DEVE TOMAR?
Antirrábica
Deve ser dada anualmente a partir do 4º mês de vida
V3 ou Tríplice
Indicada para gatinhos de ambientes exclusivamente internos e que não terão contato com outros bichanos. Em filhotes deve ser aplicada entre 45 e 90 dias de vida e uma segunda dose após 3 à 4 semanas. Ela imuniza:
Calicivirose
Rinotraqueíte
Panleucopenia
QUAIS VACINAS ELE DEVE TOMAR?
V4 ou Quadrupla 
Indicadas para gatinhos que tenham convívio com outros bichanos, sejam Ongs, gatis, casas com vários gatos etc… Essa vacina também faz a imunização para clamidiose, apesar dessa imunização também ser associada a maiores efeitos adversos como febre, prostração e dores, ainda é considerada necessária para estes casos. Ela Imuniza:
Calicivirose
Rinotraqueíte
Panleucopenia
Clamidiose
QUAIS VACINAS ELE DEVE TOMAR?
V5 ou Quíntupla 
Indicada para gatinhos que terão vida semi-livre, gatinhos de rua e gatinhos que terão contato com gatos de rua, o principal diferencial desta vacina é a imunização contra leucemia felina (FeLV), é importante que o gatinho faça a sorologia antes da vacinação. Ela Imuniza:
Calicivirose
Rinotraqueíte
Panleucopenia
Clamidiose
Leucemia Felina
QUAIS VACINAS ELE DEVE TOMAR?
REFORÇO
O meio acadêmico ainda se divide quanto ao reforço anual, principalmente para gatinhos que não serão expostos a outros gatos e não terão acesso à rua, nestes caso acredita-se que o reforço das vacinas polivalentes pode ser feito a cada 3 anos e a antirrábica mantendo-se a cada ano
Endoparasitoses
PARASITOSES DE CÃES E GATOS
DANOS CAUSADOS À SAÚDE DOS CÃES E GATOS
Comprometimento na digestão e absorção dos alimentos Menor aproveitamento dos nutrientes
Falta de apetite 
Perda de peso 
Fraqueza
Pêlos eriçados e sem brilho 
Aumento de volume e dor abdominal 
Vômitos e diarréia (obstrução) 
Anemia
PARASITOSES DE CÃES E GATOS
COMO OS ANIMAIS PODEM SE INFECTAR ?
Ingestão de ovos (maioria)
Ingestãode água ou alimento contaminados
e/ou larvas de terceiro estagio no ambiente contaminados por fezes
Penetração ativa de larvas através da pele do animal (Ancylostoma, Dirofilaria, Strongyloides)
Ingestão de hospedeiros intermediários (pulgas, piolhos, roedores) contendo larvas dos vermes encistadas nos tecidos
Passagem de larvas da fêmea para os filhotes via: (Ancylostoma, Toxocara, Strongyloides)
Transplacentária
Leite
Fatores de risco
PARASITOSES DE CÃES E GATOS
CONTROLE E PROFILAXIA
I - DESVERMINAÇÃO
Objetivo
Limitar a eliminação de ovos e larvas nas fezes e reduzir o número de estágios infectantes no ambiente
Método:
Adultos devem ser vermifugados a cada 6 meses Filhotes a partir dos 15 dias de idade
PARASITOSES DE CÃES E GATOS
CONTROLE E PROFILAXIA
II – LIMPEZA E DESINFECÇÃO DO MEIO AMBIENTE
Os pisos dos canis devem ser de cimento, concreto ou lajota para facilitar a
remoção das fezes
Utilizar para limpeza água sob pressão
Ancylostoma sp
Período pré- patente: 2 a 3 semanas
Vermes ovopositores prolíferos, cão pode eliminar milhões de ovos por dia
Infecção transmamária produz anemia grave em filhotes (3° semanas de vida)
Ancylostoma sp
Cada verme remove 0,1 ml de sangue diariamente
Penetração cutânea causa eczema e irritação local
A infecção da cadela em uma única ocasião pode produzir infecções transmamárias em pelo menos 3 ninhadas consecutivas
Filhotes pode estar fortemente anêmicos e ainda não possuírem ovos	nas fezes
LARVAS MIGRANS
Ancylostoma braziliensis e A. caninum
AGENTE ETIOLÓGICO DA LARVA MIGRANS CUTÂNEA
BICHO GEOGRÁFICO - DERMATITE SERPINGINOSA
PARASITOSES DE CÃES E GATOS
Toxocara canis
Período pré- patente: 2 a 3 semanas
Vermes ovopositores prolíferos e ovos bastante resistentes no ambiente
Infecção transmamária produz infecção grave em filhotes
Não há qualquer migração de larvas no filhote após infecção pelo leite
PARASITOSES DE CÃES E GATOS
Toxocara canis
A cadela uma vez infectada abriga larvas suficientes para contaminar todas as suas ninhadas subseqüentes
Quando um cão ingere L2 nos tecidos do hospedeiro paratênico, não ocorre migração somática ficando as larvas restritas ao trato alimentar.
PARASITOSES DE CÃES E GATOS
Toxocara canis – PATOGENIA E SINTOMAS
EDEMA PULMONAR
PNEUMONIA
TOSSE
AUMENTO DA FREQÜÊNCIA RESPIRATÓRIA CORRIMENTO NASAL
ANOREXIA
OBSTRUÇÃO DA LUZ INTESTINAL
VÔMITO
DIARRÉIA OCASIONAL
AUMENTO DE VOLUME ABDOMINAL
CONVULSÕES NERVOSAS ??
Toxocara canis
AGENTE ETIOLÓGICO DA LARVA MIGRANS VISCERAL
PARASITOSES DE CÃES E GATOS
TRICHURIS VULPIS – PATOGENIA E SINTOMAS
A MAIORIA DAS INFECÇÒES SÃO LEVES E ASSINTOMÁTICAS
ENTERITES
DIARRÉIAS COM SANGUE
VÔMITOS
INFLAMAÇÃO DA MUCOSA CECAL
Dirofilaria immitis
Longos e delgados;
até 35cm de comprimento;
alojam no lado direito do coração e vasos sanguíneos.
Obstrução à passagem do sangue.
Para compensar o problema:
O coração terá que trabalhar mais e com mais força;
Com o tempo, haverá enfraquecimento do músculo cardíaco;
Dilatação;
Sinais de doença cardíaca.
RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA O CONTROLE DE ENDOPARASITAS EM CÃES E GATOS
Remoção adequada das fezes coletando-as com uma pá
Evitando esguichar a água diretamente sobre as mesmas
Limpeza periódica dos locais freqüentados pelos animais com desinfetantes para limpeza pesada quando possível utilizar vassoura de fogo
Realizar exame de fezes dos animais adultos a cada 4 meses e vermifugar os animais positivos	 
RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA O CONTROLE DE ENDOPARASITAS EM CÃES E GATOS
Em canis coletivos, caso um animal esteja infectado, vermifuga os outros animais que convivem com o mesmo
Vermifugação das fêmeas reprodutoras antes da cobertura e dez dias antes do parto	 	
A primeira vermifugação dos filhotes pode ser feita a partir de 25 dias após o nascimento
Manter rigoroso padrão de higiene e evitar a promiscuidade, principalmente no que se refere ao convívio dos animais com as crianças
TOXOPLASMOSE- Toxoplasma Gondii
OBRIGADO
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