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Vacinação dos Animais Domésticos Samara Moura APRENDA Os principais conceitos sobre protocolos vacinais Sumário CAPÍTULO 1 O que são as vacinas 01 Classificação das vacinas 02 CAPÍTULO 2 Vacinação de equinos 03 Vacinação de bovinos 05 CAPÍTULO 3 Vacinação de cães 07 Vacinação de gatos 09 Material desenvolvido por meio de conteúdo ministrado em aulas da disciplina de Doenças Infecciosas do curso de Medicina Veterinária. As vacinas são preparações contendo microrganismos vivos ou mortos ou suas frações, possuidoras de propriedades antigênicas. As vacinas induzem o sistema imunológico do animal a produzir anticorpos, evitando a contração de doenças. Na Medicina Veterinária a vacinação é extremamente importante, pois permite a redução de perdas econômicas, diminuição do sofrimento do animal e da ocorrência de zoonoses. A vacinação visa o controle e até mesmo a erradicação de doenças, melhoria da saúde pública e aumento dos índices produtivos e reprodutivos dos rebanhos. Capítulo 1 01 Vale ressaltar que não existem vacinas que garantam 100% a imunização do animal, pois a sua eficácia depende da resposta imunológica individual do animal, da quantidade e qualidade dos antígenos inoculados, depende do processo de conservação da vacina e diversos outros fatores. Importante: animal vacinado não é animal imunizado! Vacinas Possuem o organismo vivo atenuado Provocam uma imunidade mais robusta Apresentam maior eficácia Com adjuvantes aumentam a potência Provocam efeitos adversos Não promovem imunidade robusta Requerem mais de uma dose Desencadeiam imunidade de menor duração. As vacinas são classificadas em vacinas vivas modificadas ou atenuadas e vacinas inativadas ou mortas. Vacinas vivas modificadas ou atenuadas São aquelas que podem, em determinados casos, desencadear a doença clínica de forma branda. Vacinas inativadas ou mortas São vacinas mais seguras de ordem sanitária, que apresentam frações do antígeno. Capítulo 1 02 Classificação das vacinas Vacinas vivas modificadas ou atenuadas: normalmente utilizadas contra infecções virais; produzem infecções não clínicas auto-limitantes e levam a subsequente imunidade, ambas humoral e mediada por células. Entretanto, elas têm um sério risco de causar doenças verdadeiras em indivíduos imunocomprometidos. Vacinas inativadas ou mortas: A maioria das vacinas bacterianas são organismos mortos ou componentes de suas paredes celulares, Quando o mecanismo patogênico de um agente envolve uma toxina, uma forma modificada de toxina (toxóide) é usado como uma vacina, essas subunidades de vacina são desenhadas para reduzir os problemas de toxicidade. Cada tipo de vacina tem suas próprias vantagens e desvantagens A vacinação de equinos é uma maneira eficaz de combate e prevenção de doenças. Diferentemente de outras espécies, não existe um protocolo de vacinação com padronização nacional ou internacional para equinos, sendo o planejamento deste uma responsabilidade do médico veterinário, que tende a seguir as necessidades de cada criatório, localização e prevalência de surtos ou epidemias na região. Um protocolo de vacinas único para todos os animais de um mesmo grupo é essencial para um esquema preventivo eficaz, a fim de maximizar a imunidade do plantel e proteger os animais que apresentam resposta vacinal baixa. Capítulo 2 03 Vacinação de equinos Um programa de vacinação mínimo para todos os equinos inclui a vacina contra o tétano, garrotilho, encefalomielite equina, influenza, herpesvirus equino e raiva. Em muitas situações indica-se uma vacinação mais frequente e adoção da vacina contra rinopneumonite, mas isso somente o veterinário poderá orientar de acordo com o risco epidemiológico. Para Anemia Infecciosa Equina (AIE) e Mormo, não existem vacinas nem tratamento e preconiza-se o sacrifício dos animais. Principais vacinas necessárias para equinos Protocolo vacinal em equinos Doença Herpes Vírus Garrotilho Raiva Tétano Influenza Encefalomielite Primovacinação Potros a partir de 4 meses Éguas prenhes 5° mês Potros a partir de 4 meses Adultos em qualquer idade Potros a partir de 4 meses Adultos em qualquer idade Segunda dose 30 dias 7° mês Após 30 dias Reforço Anual Toda prenhêz Anual A cada 6 meses Anual Capítulo 2 04 Um calendário sanitário de vacinação bem elaborado com a supervisão de um médico veterinário protege os animais em longo prazo, valendo-se sempre das repetições anuais de cada vacina e suas necessidades. A vacinação é uma ação periódica e quando feita de forma coletiva e preventiva limita a proliferação dos agentes causadores de doenças, evitando perdas econômicas e de vidas. Esquema vacinal exemplificado Observar as recomendações do fabrcante e do médico veterinário. Manter as vacinas sempre sob refrigeração (nunca congelar). O reforço da vacina contra raiva em alguns estados é feito semestralmente Observações: Vacinação de bovinos Capítulo 2 05 Ao definir o manejo sanitário de um rebanho, a vacinação é a primeira ferramenta a ser lembrada. A utilização de vacinas é uma medida preventiva contra doenças infecciosas e reduz a necessidade do uso de antibióticos para o tratamento de infecções em animais de produção, o que diminui os custos com tratamentos e os resíduos de fármacos em produtos de origem animal. Para que a vacinação ocorra de maneira eficiente e seja bem sucedida, alguns cuidados e conhecimentos especiais são necessários, visando evitar prejuízos aos produtores e danos aos animais. As vacinas a serem utilizadas devem ser aprovadas pelo MAPA e adquiridas em lojas registradas, e na quantidade compatível com o número de animais a serem vacinados. A conservação da vacina é essencial para a boa imunização do rebanho. Deve-se manter a faixa de temperatura recomendada desde a produção da vacina até o destino final. Na hora da aplicação, a condução dos bovinos deve objetivar pouca movimentação a fim de facilitar a contenção e imobilização do animal. Para a aplicação da vacina, a região da tábua do pescoço é a mais indicada para evitar danos na carcaça, tais como hematomas e abcessos, em regiões de carnes nobres. Após o término do manejo de vacinação os animais devem ser reconduzidos, calmamente, ao local de permanência (piquete, potreiro, estábulo), visando sempre o manejo de menor estresse possível, a fim de evitar uma queda na resposta imunológica do animal recém-vacinado. Vacinas obrigatórias Algumas vacinas são obrigatórias em bovinos e, portanto, devem ser incluídas no calendário anual de vacinação. Dentre elas estão as vacinas contra Febre Aftosa, vacinas contra Brucelose, vacina contra Clostridiose e Leptospirose, a vacina contra Raiva também pode se tornar obrigatória no caso de ocorrência de focos da doença. Protocolo vacinal em bovinos Capítulo 2 06 Além das vacinas obrigatórias, o produtor deve também considerar a real necessidade da utilização de outras vacinas para proteger os animais contra determinadas doenças, utilizando uma ou mais das dezenas de vacinas disponíveis no mercado. Deve ser criado um calendário de vacinação, no qual estarão definidas as vacinas a serem utilizadas e a melhor época para a aplicação de cada uma delas. Este calendário deverá ser definido juntamente com o médico veterinário responsável pelo rebanho. Semestral Sem revacinação Anual Anual Anual Anual Anual Anual Anual Anual Anual Doença Primo-vacinação Revacinação Febre Aftosa Brucelose Raiva Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR) DiarréiaViral Bovina (BVD) Parainfluenza Salmonelose Leptospirose Clostridioses Botulismo Carbúnculo Linfadenite Caseosa Após 4 meses de idade Somente fêmeas entre 3 e 8 meses Após 3 ou 4 meses de idade com reforço após 30 a 60 dias 2 doses com intervalo de 2-4 semanas 2 doses com intervalo de 2-4 semanas 2 doses com intervalo de 2-4 semanas 2 doses com intervalo de 30 dias Após desmame, reforço após 4-6 semanas 2 doses com intervalo de 4-6 semana 2 doses com intervalo de 4 a 7 semanas A partir dos 3 meses Esquema vacinal contra as principais doenças Vacinação de cães Quando os cachorros nascem, dependem completamente dos anticorpos fornecidos no leite materno. Estes irão protegê-los contra micro-organismos prejudiciais. No entanto, essa proteção desaparece com o tempo, o que significa que o cachorro fica vulnerável a doenças infeciosas. As vacinas certas na idade certa ajudam a evitar que o seu cachorro desenvolva qualquer uma destas doenças ou infeções. As vacinas de cachorros são mais eficazes quando administradas em datas fixas com reforços. Os cães devem iniciar um plano de vacinação por volta das seis a oito semanas de idade. Capítulo 3 07 Quais vacinas os cães precisam receber? Vacinas obrigatórias: Vacinas contra Parvovirose canina, Hepatite canina, Leptospirose e Vacina Antirrábica. Vacinas opcionais: Vacinas contra Tosse dos canis, Giardíase e Leishmaniose. As vacinas ajudam a prevenir doenças contagiosas e por vezes fatais. Algumas são obrigatórias e outras opcionais. A necessidade da aplicação dessas doses chamadas opcionais variam de acordo o local e o hábito de vida do animal. https://www.royalcanin.com/pt/dogs/puppy/taking-care-of-your-puppys-health?_ga=2.224931353.2046452026.1619612875-1053869498.1619612875 Protocolo vacinal em cães Tabela de vacinação para cães Capítulo 3 As vacinas nos cães são mais eficazes quando administradas em datas fixas com reforços. Os animais devem iniciar um plano de vacinação por volta das seis a oito semanas de idade. e o médico veterinário colocará em prática um plano de vacinação adequado às necessidades do cãozinho. 08 Vacinação de gatos Ao nascer, os gatinhos, assim como os demais animais, estão protegidos pelos anticorpos transmitidos pela mãe através do primeiro leite (colostro). A idade ideal para a primeira vacina dos gatos é às oito semanas (ou entre as sete e as nove semanas), sendo administrada uma segunda injeção três a cinco semanas depois. Este é o plano habitual para a administração das vacinas básicas. As vacinas básicas são recomendadas a todos os gatos independentemente do seu estilo de vida, enquanto as vacinas não essenciais (também denominadas não básicas) são recomendadas com base na exposição à doença ou ao vírus específico. O médico veterinário é o responsável por recomendar o plano de vacinação mais adequado ao estilo de vida de cada gatinho. Capítulo 3 09 Quais vacinas os gatos precisam receber? Para a devida proteção os gatos devem ser vacinados contra as seguintes doenças: Vírus da Leucemia Felina, Panleucopenia Felina, Rinotraqueíte e Calicivirose, como obrigatórias. Quanto à vacina da raiva, nem todos os países ou comunidades a têm como obrigatória, de maneira que para sua aplicação deve-se consultar o médico veterinário. Protocolo vacinal em gatos Exemplo de esquema vacinal em gatos Garantir que os gatos tomem as vacinas certas na idade correta, é uma das coisas mais importantes que podem ser feitas para proteger a sua saúde ao longo da vida. O médico veterinário é quem poderá indicar calendário vacinal exato. Capítulo 3 10 https://www.royalcanin.com/pt/cats/kitten/taking-care-of-your-kittens-health Agora que você teve a chance de acessar de forma gratuita parte do conteúdo Universo da Vet, que tal conhecer um pouco mais? Se você busca ainda por mais conhecimento, não deixe de conferir nosso material completo. Siga o perfil no instagram e acompanhe as novidades ! OBRIGADO por chegar até aqui! @universodavet