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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO MULTIDISCIPLINAR UFRJ-MACAÉ INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR DE QUÍMICA GABRIELLI ALVES XAVIER OLIVEIRA DESTILADOS DE CANA DE AÇÚCAR OU SEMENTES MALTADAS MACAÉ - RJ 2023 INTRODUÇÃO A legislação vigente no contexto brasileiro estabelece como destilados as bebidas que apresentam graduação alcoólica entre 38°GL e 54°GL, que podem ser obtidas de vinhos de frutas, de fermentados de grãos, de tubérculos, raízes, de seiva, de mel etc. Todavia, também são enquadradas aquelas categorizadas como destilado alcoólico simples, cuja graduação varia de 54°GL a 95°GL, bem como as denominadas "Gray Whisky", que também apresentam graduação alcoólica mais elevada [2]. O álcool etílico potável de origem agrícola é usado para fabricar as bebidas alcoólicas chamadas de retificadas. Essas bebidas se destacam por serem as mais puras entre as destiladas, pois contêm basicamente álcool e água em sua composição. Estas bebidas podem ser produzidas a partir de diferentes matérias-primas, nas quais é indispensável que contenha carboidrato em sua composição, sendo bem comum a utilização de cereais como fonte de carboidrato. [1] O processo de destilação é marcado historicamente pelo uso de alambiques, de fluxo contínuo ou de batelada. Os de batelada, aquecem o material de partida, de modo que vapores se concentram na parte superior do equipamento e são direcionados ao condensador de serpentinas via estrutura de “pescoço de cisne”. Desse processo, as alíquotas liquefeitas incialmente apresentam baixo teor alcoólico, de modo que o processo tem que ser repetido algumas vezes. Já no caso dos alambiques de fluxo contínuo, um fluxo de vapor de matéria- prima fermentada entra constantemente e é condensado em destiladores do tipo serpentina, de tal processo, são resultantes destilados de maiores concentrações de Etanol. Dada a natureza do processo de destilação em alambiques, é necessário que o produto seja correspondente a uma faixa de ebulição intermediária, a fim de evitar presença impurezas de alta volatidade e baixa volatidade, tóxicas ao consumo humano. Uma alternativa para destilação se refere ao uso de colunas de destilação fracionado, em que os componentes do fermentado são separados conforme seus pontos de ebulição, sendo a 78 °C, a obtenção da maior concentração de etanol no destilado [3]. Apesar das bebidas alcoólicas apresentarem diferentes matérias-primas e teor alcoólico, todas são obtidas pelo processo bioquímico chamado fermentação alcoólica. Na etapa de fermentação, o álcool etílico que compõe as bebidas alcoólicas é produzido a partir de reações em que os açúcares são metabolizados por microrganismos (leveduras), produzindo etanol (álcool etílico) e gás carbônico. [3] Desta forma, o objetivo deste trabalho é estudar o processo de fabricação de bebidas destiladas que possui as sementes maltadas como matéria-prima e entender a bioquímica por trás das etapas de cada processo. OBJETIVO Estudar o processo de fabricação de bebidas destiladas que possui as sementes maltadas como matéria-prima. METODOLOGIA A produção de destilados da cana de açúcar para o produto final de qualidade vem desde a plantação com o solo e leveduras com o estabelecimento e controle físico-químico. O uísque foi feito com milho, água e fermento. O processo começava com a moagem, onde os grãos eram moídos em casca, pó e sementes. Após a moagem, os grãos foram aquecidos em uma chaleira com água em velocidades e tempos pré-determinados. Após 40 minutos, o mosto resultante foi fervido para remover microrganismos indesejados [1]. Após a fervura, as frações sólida e líquida foram separadas e a fração líquida foi transferida para dorna, a fim de proporcionar adequada fermentação. A fermentação alcoólica foi feita com adição de levedura, que permitiu conversão da glicose em etanol e CO2. Após a fermentação, o mosto foi destilado a aproximadamente 78 °C e condensado em serpentina resfriada, a 10 °C. Tal procedimento foi repetido duas vezes. No envelhecimento acelerado, utilizou-se chips de carvalho em contado com o líquido resultante do processo anterior por cerca de 6 meses. Por fim, o material obtido diluído com água para atingir graduação alcoólica de 40% [1] RESULTADOS E DISCUSSÃO Colheita: A extração da cana de açúcar é um dos fatores mais importantes tendo em vista o rendimento de aguardente por tonelada de cana processada. O caldo de cana por ser um substrato rico e extraído em condições não assépticas carrega para dorna de fermentação uma diversidade de população microbianas que podem ser de leveduras e bactérias. As bactérias podem interferir no processo fermentativo diminuindo a concentração de etanol produzida. Após a colheita da cana de açúcar, é feita a extração do seu caldo através de moendas que dará origem ao que se chama de mosto cujo termo é empregado em tecnologia de bebidas alcoólicas para definir qualquer líquido açucarado apto a fermentar. O preparo do mosto tem por objetivo garantir uma ótima quantidade de açucares fermentescíveis, PH adequado, nutrientes e boas condições para metabolismo da levedura. Fermentação: O processo de fermentação consiste basicamente no desdobramento do açúcar em etanol. Neste sistema,o processo de destilação fracionada, permitiram a obtenção de um uísque 60% de Etanol. diluído para 40% de Etanol. Tal processo de destilação realizado a fim de se obter produtos da faixa de 78°C de PE, maximizando a concentração de álcool etílico no material, após condensação [1]. Maltagem: A maltagem, enquanto fenômeno bioquímico, revela-se crucial na liberação de enzimas como alfa-amilase e beta-amilase, catalisando a hidrólise de amidos. Esse processo tem algumas etapas. Primeiro, os grãos são umidificados para começarem a germinar. Isso faz com que eles produzam enzimas, que são substâncias que ajudam a transformar o amido, que é um tipo de açúcar armazenado nos grãos, em outro tipo de açúcar mais simples. Depois, os grãos são colocados em fornos para secarem e pararem de germinar. O processo de maltagem é sempre similar independente da aplicação alimentícia que será utilizado. Destilação: A destilação de coração contém os componentes desejados da mistura, como o álcool etílico puro e os compostos aromáticos que contribuem para os sabores e aromas característicos da bebida. Nesta fase, os destiladores procuram coletar a fração que possui a concentração ideal desses componentes, garantindo a qualidade e a pureza do produto final. A bebida fermentada entra na coluna de destilação e sofre aquecimento gradativo, fazendo com que diferentes compostos evaporem em diferentes temperaturas dentro da coluna. A volatilidade é a propriedade que indica o quanto cada componente da mistura evapora facilmente. Usando essa propriedade, as correntes de processo podem ser divididas em componentes que evaporam mais rápido e componentes que evaporam mais devagar. [2] A região de maior interesse é aproximadamente de 78°C, já que, esta é a temperatura de ebulição do etanol, produto desejado. Outras regiões da coluna, com diferentes temperaturas menores ou maiores que do etanol, podem evaporar substâncias que fazem mal a saúde, estes líquidos devem ser descartados. Quanto à coloração, qualitativamente, observou-se uma modificação perceptível no processo, em que a bebida passou de uma coloração transparente a um tom avermelhado, após fim do envelhecimento acelerado, com chips de Carvalho [1]. CONCLUSÃO Neste trabalho conclui-se que os processos de destilação da cana-de-açúcar proporcionaram redução da concentração decongêneres voláteis das aguardentes e contaminantes cujas concentrações de contaminantes devem ser as menores podendo assim serem prejudiciais à qualidade sensorial de aguardentes e a efetividade de controle físico- químico pelas leveduras resultará através deste controle um produto próprio para consumo humano, atingindo assim as notas adequadas e seguras para o consumidor final. REFERÊNCIAS [1] FONSECA, S. PROJETO DE DESTILAÇÃO DO ÁLCOOL NEUTRO PARA A PRODUÇÃO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS RETIFICADAS. 2020. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/13752/TG%20%20Sophia%20Sam paio%20Fonseca.pdf?sequence=1&isAllowed=y [2] SCHMIDELL, W. LIMA, U. A. AQUARONE, E. BORZANI, W. Biotecnologia industrial: volume 4: biotecnologia na produção de alimentos. Editora Edgard Blücher LTDA. São Paulo-SP, 2001 [3] LUCIANA L. D. LIMA, ARTUR B. D. M. FILHO. Tecnologia de bebidas. EDUFRP, 2011, [3] LIMA, L. L. TECNOLOGIA DE BEBIDAS. 2011. Disponível em: https://ifpr.edu.br/pronatec/wpcontent/uploads/sites/46/2013/06/Tecnologia_de_Bebidas .pdf