Buscar

Prévia do material em texto

Para que os efeitos farmacológicos ocorram, em geral é preciso que haja uma
distribuição não uniforme das moléculas do fármaco dentro do organismo ou tecido.
Isto é, as moléculas de um fármaco precisam se “conectar” aos constituintes
específicos de células ou tecidos para produzir um efeito. Os principais alvos
farmacológicos são: receptores, canais iônicos, enzimas, e transportadores
(moléculas carregadoras).
RECEPTORES
Os receptores são os elementos sensores no sistema de comunicações químicas
que coordenam a função de todas as diferentes células do organismo, sendo
mensageiros químicos os vários hormônios, transmissores e outros mediadores.
CANAIS IÔNICOS
Os canais iônicos são portões presentes nas membranas celulares, que, de modo
seletivo, permitem a passagem de determinados íons, e que são induzidos a se abrir
ou se fechar por uma variedade de mecanismos.
ENZIMAS
Vários fármacos são direcionados para as enzimas. Com frequência, a molécula do
fármaco é um substrato análogo que age como um inibidor competitivo da enzima(
p. ex., o captopril, agindo sobre a enzima conversora de angiotensina;) em outros
casos, a ligação é irreversível e não competitiva. Os fármacos podem também agir
como falsos substratos, em que a molécula do fármaco sofre transformações
químicas, dando origem a um produto anômalo que perturba a via metabólica
normal.
TRANSPORTADORES
Em geral, a movimentação de íons e pequenas moléculas orgânicas através das
membranas celulares ocorre através dos canais ou através da ação de uma proteína
transportadora, visto que as espécies permanentes são, em geral, muito
polares(insuficientemente lipossolúveis) para penetrar nas membranas lipídicas por
si mesmas.
As medicações são administradas para produzir um efeito farmacológico no corpo
ou, mais especificamente, no órgão ou tecido-alvo. Para alcançar esse objetivo, o
fármaco deve se deslocar do local de administração para a corrente sanguínea e,
então, para o local de sua ação.
As interações entre nutrientes e fármacos podem alterar a disponibilidade, a ação
ou a toxicidade de uma destas substâncias ou de ambas. Elas podem ser
físico-químicas, fisiológicas e patofisiológicas (Roe, 1985; Roe, 1993). Interações
físico-químicas são caracterizadas por complexações entre componentes
alimentares e os fármacos. As fisiológicas incluem as modificações induzidas por
medicamentos no apetite, digestão, esvaziamento gástrico, biotransformação e
clearance renal. As patofisiológicas ocorrem quando os fármacos prejudicam a
absorção e/ou inibição do processo metabólico de nutrientes (Toothaker & Welling,
1980; Thomas, 1995).
REFERÊNCIAS
Rang, H.P; Dale, M.M. Editora Elsevier, 8aedição, 2016. Farmacologia Clínica.
Fuchs, F.D.; Wannmacher, L. Editora Guanabara Koogan, 4aedição, 2010.
Interação fármaco-nutriente: uma revisão Disponivel em:
https://www.scielo.br/j/rn/a/WnHsZQt4KKjBBNKX7yGrbHG/

Mais conteúdos dessa disciplina