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Equivalência resumo

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Equivalência Farmacêutica e perfil de dissolução 
• Medicamento de referência: “medicamento inovador registrado no órgão federal 
responsável pela vigilância sanitária e comercializado no país, cuja eficácia, segurança e 
qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por 
ocasião do registro” (Lei n° 9787 de 10/2/99; RDC n° 31 11/8/2010). 
• Medicamento genérico: “medicamento similar a um produto de referência ou inovador, que 
se pretenda ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou 
renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua 
eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB ou, na sua ausência, pela DCI” (Lei 
9.787 de 10/02/1999). 
• Medicamento Comparador: “medicamento submetido ao Estudo de Perfil de Dissolução 
Comparativo para fins de mudanças pós-registro de medicamentos, conforme legislação 
específica, com o qual o Medicamento Teste será comparado”(RDC Nº. 31 11/08/2010). 
• Medicamento similar: “aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, 
apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e 
indicação terapêutica e que é equivalente ao medicamento registrado no órgão federal 
responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características relativas ao 
tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e 
veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca”. (Redação dada 
pela MP 2.190-34 de 23/08/2001) (Lei 9.787 de 10/02/1999). 
• Medicamento similar: 
o resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 134/2003- estabeleceu critérios para a 
adequação dos medicamentos similares já registrados e comercializados no Brasil. 
o os detentores de registro de medicamentos similares devem apresentar estudos 
comparativos com o medicamento de referência tais como, equivalência 
farmacêutica, perfil de dissolução e bioequivalência/biodisponibilidade relativa 
(BD/BE), se aplicável ao fármaco e forma farmacêutica. 
o o objetivo destas determinações é a comprovação da equivalência terapêutica entre 
o medicamento similar registrado e o seu respectivo medicamento de referência. 
o lista de Medicamentos Similares e seus respectivos medicamentos de referência, 
conforme RDC 58/2014 Atualizada até o Diário Oficial da União de 28/02/2017 
• Medicamentos bioquivalentes: “são equivalentes farmacêuticos que, ao serem 
administrados na mesma dose molar, nas mesmas condições experimentais, não 
apresentam diferenças estatisticamente significativas em relação a biodisponibilidade” (RDC 
135 de 29/05/2003). 
• O que é o teste de bioequivalência? 
 
• Biodisponibilidade: se relaciona à quantidade absorvida e à velocidade do processo de 
absorção do fármaco liberado a forma farmacêutica administrada. 
• Teste de equivalência farmacêutica: teste realizado com o medicamento genérico, onde ele 
deve conter o mesmo princípio ativo, na mesma quantidade e com as mesmas 
características ao seu medicamento de referência. Essa equivalência farmacêutica é exigida 
pela legislação brasileira e os testes são realizados “in vitro” (não envolve seres humanos), 
em laboratórios de controle de qualidade habilitados pela Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária. 
• Equivalentes Farmacêuticos: “são medicamentos que possuem mesma forma farmacêutica, 
mesma via de administração e mesma quantidade da mesma substância ativa, isto é, mesmo 
sal ou éster da molécula terapêutica, podendo ou não conter excipientes idênticos, desde 
que bem estabelecidos para a função destinada. Devem cumprir com os mesmos requisitos 
da monografia individual da Farmacopéia Brasileira, preferencialmente, ou com os de outros 
compêndios oficiais, normas ou regulamentos específicos aprovados/referendados pela 
ANVISA ou, na ausência desses, com outros padrões de qualidade e desempenho. Formas 
farmacêuticas de liberação modificada que requerem reservatório ou excesso podem conter 
ou não a mesma quantidade da substância ativa, desde que liberem quantidades idênticas 
da mesma substância ativa em um mesmo intervalo posológico.” (RDC Nº. 31 11/08/2010). 
• Dois medicamentos são considerados equivalentes farmacêuticos quando apresentam o 
mesmo fármaco, a mesma dosagem ou concentração e a mesma forma farmacêutica. 
• Estudo de equivalência farmacêutica: 
o “é o conjunto de testes e ensaios analíticos farmacopeicos, ou não, validados, que 
comprovem a qualidade farmacotécnica comparada entre dois medicamentos 
intitulados teste (T) e referência (R)” 
o “é o resultado obtido de um estudo comparativo da qualidade de dois 
medicamentos com o objetivo de fornecer subsídios para a determinação da 
intercambialidade” 
• Legislação: 
o RESOLUÇÃO-RDC Nº. 31, DE 11 DE AGOSTO DE 2010; Publicada no DOU nº 154, 
quinta-feira, 12 de agosto de 2010, páginas 36 a 38 
o Dispõe sobre a realização dos Estudos de Equivalência Farmacêutica e de Perfil de 
Dissolução Comparativo. 
• O que é o teste de equivalência farmacêutica? 
o De acordo com legislação brasileira, o medicamento genérico deve ser equivalente 
farmacêutico ao seu respectivo medicamento de referência, ou seja, deve conter o 
mesmo fármaco, na mesma dosagem e forma farmacêutica. 
o O teste de equivalência farmacêutica é realizado “in vitro” (não envolve seres 
humanos), por laboratórios de controle de qualidade habilitados pela ANVISA. 
• Estudos de qualidade para teste de equivalência farmacêutica: identidade, teor, limite de 
impurezas, potência, uniformidade de conteúdo, tempo de desintegração, dissolução, 
friabilidade, dureza, peso médio 
• Para Formas farmacêuticas sólidas de uso oral – perfil de dissolução in vitro. 
 
 
 
 
 
• quando Kdd é > que Kd, a dissolução é controlada pela dissolução intrínseca dos ativos 
• quando Kdd é < que Kd, a dissolução é controlada pela desintegração 
 
 
• Quando Ka<< Kd a absorção é o passo limitante 
• Quando Ka>> Kd a velocidade de dissolução é o passo limitante 
• Matematicamente a velocidade d dissolução é expressa pela equação de Noyes-Whitney 
 
o 
o A = área superficial do sólido 
o C = concentração do sólido no meio de dissolução no tempo t 
o Cs = concentração do sólido na camada difusora envolvendo o sólido 
o D = é o coeficiente de difusão da droga dissolvida 
o K = dissolução intrinseca 
o h = é a espessura da camada de difusão. 
o V = volume do meio de dissolução 
• Dissolução intrínseca: 
o Quando se mede experimentalmente a velocidade de solução a C é pequena em 
comparação com Cs. 
C<< Cs pode ser desprezado. 
 
• Orientação para prever problemas com dissolução 
o Compostos com velocidade de dissolução intrínseca > 1mg/cm2/min, não 
apresentarão problemas de dissolução. 
o Compostos com velocidade de dissolução intrínseca entre 0,1 a 1 mg/cm2/min 
poderão, ou não, apresentar problemas de dissolução. 
o Compostos com velocidade de dissolução intrínseca < que 0,1 mg/cm2/min 
apresentarão problemas. A absorção será limitada pela velocidade de dissolução. 
• Ensaio de dissolução in vitro 
o Importante ferramenta na pesquisa, desenvolvimento de produtos e controle de 
qualidade de fármacos 
o Fatores relacionados ao fármaco que podem afetar a cinética de dissolução e a 
biodisponibilidade de formas farmacêuticas: tamanho de partícula e sua 
distribuição, higroscopicidade, cristalinidade, amorfismo, polimorfismo, pka, 
coeficiente de partição e solubilidade. 
o Formas farmacêuticas sólidas: características inerentes ao próprio fármaco, 
presença de excipientes que favorecem ou dificultam a dissolução e as técnicas de 
fabricação empregadas. 
 
 
 
 
 
 
 
• CARACTERISTICAS DO ENSAIO DE DISSOLUÇÃO: 
o Temperatura; 
o Velocidade e sistema de agitação; 
o Meio de dissolução; 
o PH; 
o Presença de tensoativos; 
o Volume; 
o Presença de gases, evaporação do meio, vibração externa e calibração do 
equipamento.• Perfil de dissolução: é o comportamento da dissolução de um fármaco em relação ao tempo, 
ou seja representa a variação da concentração de um fármaco em função do tempo. 
• Perfil de dissolução - FINALIDADE 
o orientar o desenvolvimento e a otimização de formulações 
o monitorar os processos de fabricação 
o minimizar o risco da falta de bioequivalência entre lotes 
o avaliar a estabilidade 
o obter a aprovação de registro junto ao órgão competente 
o pesquisar e detectar a influência de variáveis críticas do processo de produção 
o avaliar o efeito de determinadas alterações realizadas em produtos já em 
comercialização 
o estabelecer o mecanismo e a cinética de liberação 
o estabelecer a semelhança entre uma nova formulação genérica e seu produto de 
referência 
o realizar correlações in vitro/in vivo e estudos comparativos entre formulações 
diferentes 
• COMO FAZER O PERFIL DE DISSOLUÇÃO 
o Comparação de um lote de referência com um lote teste. 
o Porcentagem do fármaco dissolvida é medida em vários tempos de coleta. 
o A análise mais conclusiva em relação a dissolução de um único ponto. 
• Exemplo de cálculo do perfil de dissolução para comprimidos de teofilina a 15 mg: 
 = 272 nm 
 Curva de calibração: y = a + mx 
y = 0,0177 + 0,0562x 
 
• TEMPO = 10 min 
Abs. = 0,327 
Concentração calculada = 5,50 g/ml 
Isto representa 4,95 mg de teofilina em 900 ml 
Quantidade remanescente na amostra (10 ml) = 55 g, ou 0,055 mg 
Representa ainda, 4,95÷15 = 0,33 ou 33% 
 
• Métodos propostos para avaliação comparativa do perfil de dissolução 
o Método Modelo independente 
▪ Método baseado na análise de variância (ANOVA); 
▪ Testes de razão (razão da porcentagem dissolvida, área sob a curva ou 
tempo de dissolução médio 
▪ Testes combinados (fatores f1 e f2 e índices de Rescigno ξ 1 e ξ 2) 
▪ Modelos que se fundamentam em estudos da cinética: constante de 
velocidade de dissolução (k); meia-vida de dissolução (t50%); e, quantidade 
dissolvida em determinado tempo (Qt) e a eficiência de dissolução (ED%) 
o Método Modelo dependente: 
▪ Baseados em funções matemáticas distintas 
▪ Exemplos mais comuns encontrados na literatura são: ordem zero, primeira 
ordem, Hixon-Crowell, Higushi, quadrático, Weibull. 
 
• MÉTODO ADOTADO PELA ANVISA: PARÂMETRO F2 
o RESOLUÇÃO-RDC Nº. 31, DE 11 DE AGOSTO DE 2010 
▪ Dispõe sobre a realização dos Estudos de Equivalência Farmacêutica e de 
Perfil de Dissolução Comparativo. 
▪ Fator de semelhança: O fator F2 corresponde a uma medida de semelhança 
entre as porcentagens dissolvidas de ambos os perfis

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