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Acompanhamento 
de Práticas Clínicas 
Supervisionadas 
em Fisioterapia
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Danilo Cândido Bulgo
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Fisioterapia Baseada em Evidência
Fisioterapia Baseada em Evidência
 
 
• Possibilitar ao estudante conhecimento baseado na evidência científica com a finalidade 
de avaliar, elaborar condutas e acompanhar a evolução do paciente;
• Adquirir conhecimento sobre a importância da ficha de avaliação nos tratamen-
tos fisioterapêuticos.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Introdução;
• Modelo Biomédico;
• O Fisioterapeuta.
UNIDADE Fisioterapia Baseada em Evidência
Introdução
Nesta Disciplina você poderá identificar alguns conceitos que visam ao acompa-
nhamento observacional e à compreensão da atenção fisioterapêutica, por meio dos 
procedimentos fisioterapêuticos avaliativos e de intervenção nos diferentes campos 
de atenção fisioterapêutica, a fim de ampliar a visão do acadêmico no contexto da 
prática profissional.
A Fisioterapia vem ampliando sua gama de conhecimentos, técnicas e possibili-
dades terapêuticas na Sociedade contemporânea e, cada vez mais, os profissionais 
fisioterapeutas estão se interessando por pesquisa de excelência e seus resultados. 
Atualmente, não se pensa em uma rotina e em uma prática clínica sem relacioná-
-las aos quesitos que acercam a Fisioterapia baseada em evidência. 
Desse modo, o profissional do século XXI deve basear-se nos conceitos que de-
monstrem que seus diagnósticos e intervenções possuem evidências científicas, a fim 
de proporcionar melhora no que tange à saúde dos indivíduos, nos mais variados 
cenários de atuação fisioterapêutica e de grupos populacionais. 
Na sua prática laboral, os fisioterapeutas possuem grande arsenal de opções te-
rapêuticas que podem proporcionar a tomada de decisão clínica em um ato ex-
tremamente complexo que, muitas vezes, é realizada sem os elementos científicos 
essenciais para uma escolha criteriosa e com a especificidade de cada caso atendido. 
A Prática Baseada em Evidência (PBE) é, atualmente, uma ferramenta fundamen-
tal para o profissional de Fisioterapia, pois ela poderá auxiliar na fundamentação 
para um melhor diagnóstico clínico, tomada de decisões e até o melhor protocolo a 
ser seguido por meio da intervenção fisioterapêutica, tomando-se por base a realida-
de clínica e as reais necessidades e particularidades dos pacientes. 
Desse modo, a PBE visa à integração de uma melhor evidência científica com a 
experiência clínica, porém para se obter uma melhor evidência científica no campo 
da Fisioterapia, faz-se necessário se basear em uma prática que otimize a eficácia e 
a segurança de intervenções terapêuticas. 
A experiência clínica é uma habilidade que vai de encontro à capacidade de uti-
lizar os benefícios que a profissão proporciona ao profissional, podendo ser instru-
mentos, protocolos, ferramentas e bases já consolidadas e utilizadas no rol de ativida-
des próximas às Áreas de atuação em Fisioterapia, bem como a experiência clínica 
adquirida nas práticas de atendimento, a fim de identificar o estado de saúde, sendo 
este visto de maneira global, no qual o indivíduo é visto na sua totalidade: um ser 
biopsicossocial e espiritual, e também com o diagnóstico de cada paciente, visando 
a uma avaliação eficaz dos riscos e benefícios de da proposta de intervenção. 
Vale ressaltar que a conduta ética profissional deve ser permeada pelos dizeres já 
elencados pelo Código de Ética e Deontologia da Profissão, respeitando as preferên-
cias, as preocupações e as expectativas advindas dos pacientes e suas necessidades, 
tendo como fator primordial o conhecimento por parte do Fisioterapeuta, os fatores 
contextuais pessoais, culturais e ambientais do paciente. 
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Nessa perspectiva, novas evidências obtidas por pesquisas clínicas de alta 
performance e aplicabilidade podem elevar a qualidade dos atendimentos visto que, 
ao observar o indivíduo na sua totalidade, a elaboração de condutas fisioterapêuticas 
proporcionará maior compreensão de quem será atendido.
Com a expansão de atuação fisioterapêutica, a demanda por qualidade máxima 
do cuidado em saúde, ajustada à necessidade de uso racional de recursos corretos, 
tem contribuído para elevar a pressão sobre os profissionais da área no sentido de ga-
rantir a implementação de uma prática baseada em evidências científicas (FILIPPIN, 
WAGNER, 2008).
A PBE deve ser, sem dúvida, uma ferramenta presente no cenário atual do Fisio-
terapeuta, pois ilustra a diferença na prática clínica entre o profissional que baseia 
seus atendimentos no Modelo Biomédico do profissional que, em sua prática laboral, 
utiliza o modelo biopsicossocial. Vamos identificar cada um desses modelos a seguir.
Modelo Biomédico
O Modelo Biomédico adota uma lógica unicausal, também designada lógica linear, 
procurando identificar uma causa a qual, por determinação mecânica, unidirecional 
e progressiva, explicaria o fenômeno do adoecer, direcionando a explicação a se 
tornar universal, ou seja, nesse modelo, acredita-se no desajuste ou na falha nos 
mecanismos de adaptação do organismo ou uma ausência de reação aos estímulos, 
cuja ação está exposto. 
O processo conduz a uma perturbação da estrutura ou da função de um órgão, de 
um sistema ou de todo o organismo ou de suas funções vitais (ALMEIDA FILHO, 1992).
Além dessas características, o Modelo Biomédico nega a saúde pública, a saúde 
mental e as Ciências Sociais, bem como não considera científicos e válidos outros 
modelos de saúde, como as terapias integrativas e complementares, por exemplo. 
O conhecimento e a prática de saúde são centralizados no profissional médico, 
sendo os outros profissionais postos em segundo plano nos tratamentos.
O Modelo Biomédico tem, em seu contexto histórico, que as doenças e suas curas 
se concentram em fatores puramente biológicos e exclui as influências psicológicas, 
ambientais e sociais vivenciadas pelos sujeitos. 
Nesse modelo, busca-se analisar e procurar falhas biofísicas ou genéticas, enfati-
zando o foco em testes laboratoriais e medicamentosos, ignorando, por sua vez, os 
sentimentos subjetivos ou história do paciente.
De acordo com esse Modelo, a boa saúde é a ausência de dor, doença ou defeito, ou 
seja, só possui boa saúde o indivíduo que não possui nenhuma patologia, valorizando 
somente os processos físicos que afetam a saúde, como a bioquímica, a fisiologia e a 
patologia de uma determinada condição, cada doença tem uma causa subjacente e, 
uma vez que essa causa é extraída, o paciente será saudável novamente.
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UNIDADE Fisioterapia Baseada em Evidência
Você pôde perceber quão limitado é esse modelo de atenção em saúde?
Desse modo, vamos ampliar nosso olhar, visualizando o Modelo Biopsicossocial 
preconizado atualmente pelos profissionais de saúde e pela Organização Mundial de 
Saúde (OMS).
A OMS (2006) reforça a ideia de que “Saúde é um estado completo de bem-estar 
físico, mental e social do ser humano”, ao contrário do senso comum, que infere ao 
termo a ideia de ausência de doenças. 
A esta abordagem, que cuida das instâncias biológicas, mentais e sociais, cha-
mamos de Modelo Biopsicossocial, que atende diretamente ao conceito de saúde 
estabelecido pela OMS, em 1948, pois “Os conceitos de saúde e de doença são 
analisados em sua evolução histórica e em seu relacionamento com o contexto cul-
tural, social, político e econômico, evidenciando a evolução das ideias nessa área da 
experiência humana” (SCLIAR, 2007, p. 121).
A proposta de serviços e ações multidisciplinares em Saúde, juntamente com o 
Modelo Biopsicossocial e Espiritual de atenção, tem sido considerada, desde 1948, 
uma meta da Medicina nesse último século.
A atenção integral, considera os indivíduos e seus componentes proporcionando, 
na medida do possível, atenção total, e aspectos tanto do indivíduo quanto da patolo-
gia, desde a fase de prevenção até a reabilitação em saúde, o que implica diretamen-
teo processo de tratamento da doença, visando ao atendimento por uma Equipe de 
Saúde Multiprofissional composta por diferentes profissionais e que trabalhe baseada 
nos aspectos biológicos, psicológicos, sociais e espirituais que influenciam a vida de 
um paciente e seus familiares.
BIOLÓGICO
[físico]
ESPIRITUAL
[fé]
PSICOLÓGICO
[mental]
SOCIAL
[relacional]
[ambiental]
Figura 1 – Modelo Biopsicossocial e Espiritual
Fonte: Acervo do conteudista
Dessa maneira, perceba a seguir cada um dos aspectos que envolvem o Mo-
delo Biopsicossocial:
• Aspecto biológico: visa a compreender como a causa da doença decorre no 
funcionamento do corpo do sujeito;
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• Aspecto psicológico: busca potenciais causas psicológicas para um problema 
de saúde, como a falta de autocontrole, perturbações emocionais e pensamento 
negativo. O Modelo Biopsicossocial afirma que o funcionamento do corpo pode 
afetar a mente e o funcionamento da mente pode afetar o corpo;
• Aspecto social: baseia-se na investigação de como os diferentes fatores sociais, como 
o status socioeconômico,a cultura e as relações sociais podem influenciar a saúde;
• Aspecto espiritual: insere os diferentes benefícios da espiritualidade na prática 
humana, enfatizando as questões espirituais dentro da particularidade e da es-
pecificidade de cada paciente.
A integração desses 4 fatores acarreta ações que abarcam as Equipes Multiprofissio-
nais e a utilização otimizada de todos os recursos disponíveis, garantindo o melhor apro-
veitamento dos recursos e uma continuidade dos cuidados ao paciente e seus familiares.
Assim, a partir desse conceito biopsicossocial e espiritual, a Saúde passou a ser 
mais uma questão coletiva (da comunidade) do que somente do próprio indivíduo, 
além de um Direito Humano fundamental, assegurado por Lei, que não possui em 
seus pilares distinção de raça, de religião, de ideologia política ou de condição socio-
econômica, usufruído individualmente e por todos.
Ademais, tal definição reflete uma meta, um objetivo a ser alcançado, vez que todo 
bem-estar físico, mental e social, pode sofrer abalos frente às adversidades do dia a dia, 
compreendendo que o significado de “saúde” não seja somente a ausência de doença, 
mas que seja o elo entre todas as Áreas, apesar de tais oscilações e enfermidades.
Em meados dos anos 1960, a saúde era a perfeição morfológica, acompanhada 
da harmonia funcional dos Sistemas Fisiológicos, da integridade dos órgãos e dos 
aparelhos, do bom desempenho das funções vitais. Era o vigor físico e o equilíbrio 
mental, apenas considerados em termos do indivíduo e no nível da pessoa humana. 
Hoje, ela passou a ser considerada sob outro plano ou dimensão e saiu do sujeito 
para ser vista, também, na relação do indivíduo com o trabalho e com a comunidade.
Essa se tornou a estratégia mais adequada para se trabalhar a saúde humana, 
permeada em uma visão ampla, que visa a estudar a causa, efeito e o progresso de 
doenças, tendo como base os fatores biológicos (genéticos, bioquímicos etc.), fatores 
psicológicos (estado de humor, de personalidade, de comportamento etc.), fatores so-
ciais (culturais, familiares, socioeconômicos, médicos etc.) e espirituais (religiosidade, 
espiritualidade, crenças pessoais fé).
Nessa perspectiva, Mandú (2004, p. 667) destaca que:
O cuidado em saúde preconizado pelo paradigma biopsicossocial envolve 
a contínua reconstrução de significados a respeito de si, do outro e do 
mundo, incluindo também significados sobre saúde, doença, qualidade de 
vida, autonomia, que torna necessária a criação de um espaço relacional 
que vá além do saber-fazer científico/tecnológico. Isso permite o olhar 
para a pessoa além da doença que apresenta, considerando-se o conheci-
mento que possui sobre si mesma, sobre o adoecer e a saúde, como focos 
essenciais na reconstrução conjunta de sentidos em direção a uma vida 
saudável nos seus diversos aspectos.
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UNIDADE Fisioterapia Baseada em Evidência
O Fisioterapeuta
No Cenário atual, o papel desse profissional é relevante para a Sociedade como 
Agente Promotor de Saúde, visto que pode desenvolver um olhar analítico, humani-
zado, crítico e sobre a doença relacionando à função que pode estar alterada geran-
do esse processo. 
Assim, a avaliação do Fisioterapeuta não é substituível pela do Médico, por exem-
plo, já que o médico tem como objetivo diagnosticar, medicar e atuar sobre a pato-
logia com procedimentos mais invasivos.
Assim, as definições a se considerar são:
De acordo com o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional 
(COFFITO), a Fisioterapia é uma ciência da Saúde que estuda, previne 
e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sis-
temas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, por traumas 
e por doenças adquiridas. Fundamenta suas ações em mecanismos tera-
pêuticos próprios, sistematizados pelos estudos da Biologia, das ciências 
morfológicas, das ciências fisiológicas, das patologias, da bioquímica, da 
biofísica, da biomecânica, da cinesia, da sinergia funcional, e da cinesia 
patologia de órgãos e sistemas do corpo humano e as disciplinas com-
portamentais e sociais. Fisioterapeuta é o profissional de Saúde, devida-
mente registrado em seu Conselho Regional, com formação acadêmica 
superior, habilitado à construção do diagnóstico dos distúrbios cinéticos 
funcionais (Diagnóstico Cinesiológico Funcional), à prescrição das condu-
tas fisioterapêuticas, a sua ordenação e indução no paciente, bem como, 
o acompanhamento da evolução do quadro clínico funcional e as condi-
ções para alta do serviço. (COFFITO, 2020)
Após compreender a relevância da PBE, do Modelo Biomédico e Biopsicossocial 
e Espiritual, você poderá identificar a relevância da avaliação fisioterapêutica, base-
ado no contexto: biopsicossocial, PBE, além dos conceitos de prevenção, promoção 
e recuperação em saúde.
Importante!
Nenhum procedimento fisioterapêutico deve ser realizado sem prévia avaliação do pa-
ciente. Muitos recursos e técnicas fisioterapêuticas possuem contraindicações específicas 
que podem causar lesões, agravos, prejuízos e, inclusive, provocar o óbito de pacientes
O seres humanos possuem particularidades e necessidades individuais e coletivas.
Assim, se pegarmos uma situação hipotética em que dois indivíduos portadores 
de uma mesma patologia, um câncer por exemplo, irão apresentar quadro clínicos 
(sinais e sintomas) diferentes um do outro, bem como intensidades diferentes, dores, 
graus de comprometimento e de incapacidade causados pela doença, relacionados à 
condição clínica atual desses indivíduos. 
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Dessa maneira, uma Ficha de Avaliação Fisioterapêutica, ou Prontuário de Pa-
ciente, é um documento que pertence ao paciente e fica em posse do Fisioterapeuta.
Nessa perspectiva, o sigilo profissional é necessário para assegurar que nenhu-
ma informação confidencial dos tratamentos se dissemine sem autorização prévia 
do paciente.
Todas as informações registradas na Fichas são sigilosas e esse documento deve 
ser mantido sempre em ordem e atualizado, pois pode ser solicitado a qualquer mo-
mento, em diversas situações. 
O prontuário fisioterapêutico baseia-se na conceituação de coletar dados para 
a elaboração do diagnóstico físico-funcional, também conhecido como diagnóstico 
fisioterapêutico, sendo este o ponto de partida para inserção de procedimentos ne-
cessários para conduta fisioterapêutica. 
Todo acompanhamento profissional, será registrado no prontuário do paciente, 
desde o momento de admissão no serviço de Fisioterapia até a possível alta fisiote-
rapêutica. Lembre-se: é o Fisioterapeuta que elabora as condutas fisioterapêuticas, 
bem como concede ao paciente a alta das sessões de Fisioterapia.
A Ficha de Avaliação Fisioterapêutica pode ser solicitada pela Equipe de Saúde a 
qualquer momento, bem como pelo paciente, órgãos públicos, privados e profissio-
nais da Área do Direito, que podem solicitar esse documento, com a finalidade de 
esclarecer e auxiliarem laudos periciais para a solicitação de benefícios, pode ser 
solicitada por Juiz de Direito em Processo de Lesão Corporal ou Acidentes de Tra-
balho, em Processos Judiciais de outras naturezas e, portanto, como já mencionado 
previamente, deve estar sempre em ordem, atualizada e sob a responsabilidade do 
Fisioterapeuta.
Figura 2 – Prescrição fi sioterapêutica
Fonte: Getty Images
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UNIDADE Fisioterapia Baseada em Evidência
Diversos são os modelos de Ficha de Avaliação e alguns têm caráter generalista, 
outras específicas para algumas áreas de conhecimento e atuação da Fisioterapia, 
como Neurologia, Cardiopneumofuncional, Ortopédica, Geriátrica e Gerontológica, 
Dermatofuncional, Oncológica e Desportiva, dentre outras. 
Muitos dos modelos disponíveis baseiam-se em questionários fechados, enges-
sados que, muitas vezes, não atendem às necessidades específicas do paciente que 
estamos avaliando. 
Perceba, a seguir, uma estrutura básica para elaborar fichas de avaliação físico-
-funcional:
Partes ou Segmentos Básicos de uma Ficha de Avaliação:
• Identificação;
• Queixa Principal (QP);
• História da Moléstia Atual (HMA);
• História Patológica Pregressa;
• História Familiar;
• História Social/ Hábitos de vida.
Você Sabia?
A inspeção de um paciente deve ter início no momento em que ele entra na sala. Isso 
é importante pois, nessa hora, o paciente ainda não sabe que está sendo avaliado e, 
portanto, irá agir naturalmente. Assim que dizemos que iremos realizar uma avaliação, 
qualquer ser humano, automaticamente, muda seu comportamento.
O exame físico também é dividido em sessões diferentes, cada qual verificando 
um grupo de possíveis anormalidades. Dessa maneira, existem diferentes sessões de 
um exame físico.
Etapas da inspeção em um exame físico:
1. Inspeção;
2. Palpação;
3. Avaliação da Mobilidade Articular (ADM);
4. Avaliação da Função Muscular;
5. Testes especiais;
6. Avaliação da coordenação de movimentos;
7. Avaliação do equilíbrio;
8. Avaliação da marcha;
9. Avaliação do Desempenho em Atividades de Vida Diária (AVDs).
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Quadro 1 – Modelo de Ficha de Avaliação Fisioterapêutica
Ficha de Avaliação Físico-Clínica de Fisioterapia Universidade Cruzeiro do Sul
Nome:
Data de Nascimento: Telefone:
Endereço:
E-mail:
Local e data da avaliação:
Profissão:
Diagnóstico Clínico:
Diagnóstico Físico-emocional:
Queixa profissional:
História da Moléstia Atual (HMA):
História Pregressa (HP):
Antecedentes Pessoais:
Antecedentes Familiares:
Medicamentos em Uso:
Cirurgias Anteriores:
Sinais Vitais:
FC: PA: FR:
Exame Físico:
Exames complementares:
Evolução:
Uma vez feita a recepção do paciente e as apresentações, inicia-se a Avaliação, 
que terá início pela entrevista, conhecida como Anamnese. 
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UNIDADE Fisioterapia Baseada em Evidência
O roteiro da anamnese é uma forma padronizada de registrar a entrevista. Para a 
realização de uma boa anamnese, acima de tudo, é necessário saber ouvir. Ao iniciar 
a entrevista com uma pergunta aberta, dê tempo para o paciente responder. 
Figura 3 
Fonte: Getty Images
A Avaliação físico-funcional tem início assim que o paciente entra na sala de ava-
liação ou no consultório.
Isso é importante pois, quando falamos para qualquer pessoa que ela será ava-
liada, ela automaticamente muda de comportamento, podendo, inconscientemente, 
demonstrar sintomas de maior gravidade ou, por outro lado, tentar esconder a gra-
vidade de seu problema. 
Dessa maneira, é importante que o Fisioterapeuta esteja atento ao comportamento 
dos pacientes em todo momento durante a avaliação, pois é possível observar mo-
vimentos espontâneos (como o paciente se senta ou se levanta, como ele se despe, 
como amarra os sapatos), pois nesses momentos é que ele estará agindo de forma 
mais natural.
Amplie seus conhecimentos sobre a anamnese assistindo ao vídeo a seguir. “Iniciando sua 
Anamnese”. Disponível em: https://youtu.be/LMw7VZYHTl0
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Semiologia – Anamnese – O que compõe e como fazer – Propedêutica (Video Aula)
https://youtu.be/AQZ5fI4S8SM
 Leitura
O cuidado em saúde: o paradigma biopsicossocial e a subjetividade em foco
https://bit.ly/30zQ8SO
Análise da prática clínica fisioterapêutica baseada em evidências
https://bit.ly/30sr2Wc
Especialidades da Fisioterapia reconhecidas pelo Conselho Federal de Fisioterapia e 
Terapia Ocupacional (Coffito) 
https://bit.ly/3hwo363
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UNIDADE Fisioterapia Baseada em Evidência
Referências
ALMEIDA FILHO, N. de; ROUQUA YROL, M. Z. Epidemiologia Moderna. Belo 
Horizonte/Salvador/Rio de Janeiro: COOPMED/APCE/Abrasco, 1992.
FILIPPIN, L. I; WAGNER, M. B. Fisioterapia baseada em evidencia: uma nova pers-
pectiva. Rev. Bras Fisioter, São Carlos, v. 12, n. 5, p. 432 3, 2008.
MANDÚ, E .N. T. Intersubjetividade na qualificação do cuidado em saúde. Revista 
Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 12, n. 4, p. 665-675, 2004. 
SCLIAR, M. História do conceito de saúde. Physis: Revista de saúde coletiva, Rio 
de Janeiro, v 17, n. 1, p. 29-41, 2007.
Sites Visitados
CONSELHO Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO. Fisiote-
rapia/Definição. Disponível em: <http://www.coffito.org.br/conteudo/con_view.
asp?secao=27>. Acesso em: 04/07/2020.
ORGANIZAÇÃO Mundial da Saúde. Constituição da Organização Mundial da Saúde. 
Documentos básicos, suplemento da 45ª edição, outubro de 2006. Disponível em 
espanhol em: <https://www.who.int/governance/eb/who_constitution_sp.pdf>. 
Acesso em: 04/07/2020.
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