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Fundamentos 
de Genética
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Norton Claret Levy Jr.
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Genética Médica
• Tópico;
• Tópico;
• Tópico.
 · Apresentar aos alunos as técnicas utilizadas em Genética que se apli-
cam à Medicina;
 · Mostrar as diferenças entre os distúrbios monogênicos, multifatoriais 
e cromossômicos;
 · Conceituar Genética Bioquímica e os erros inatos do metabolismo;
 · Apresentar o teste de Guthrie, que detecta doenças pré-natais, tal 
como a fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito e mostrar a im-
portância das dietas precoces;
 · Associar a farmacogenética ao Alcoolismo e ao Tabagismo.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Genética Médica
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Genética Médica
Introdução à Genética Médica
Por muito tempo, a Genética Médica foi altamente relacionada às doenças rela-
tivamente raras, vistas apenas por poucos especialistas.
Atualmente, é um estudo imprescindível para a compreensão das doenças pedi-
átricas e também das doenças adultas, a exemplo de diabetes, cardiopatias, muitos 
tipos de cânceres e vários distúrbios psiquiátricos. 
Essa Ciência busca a compreensão de como as alterações gênicas se relacionam 
às doenças e à saúde humana.
Assista à entrevista da Dra. Maria Juliana Rodovalho Doriqui, Médica Geneticista, Presidente 
da Regional Norte-Nordeste da Sociedade Brasileira de Genética Médica, sobre políticas 
públicas, agentes teratogênicos (rubéola, alcoolismo e outros), diagnósticos pré-natais 
(teste do pezinho) e doenças genéticas metabólicas infantis (galactosemia, fenilcetonúria e 
outras), e fique por dentro do assunto.
Disponível em: https://youtu.be/QcScacvurW4
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or
Cada vez mais, a genética vem se tornando importante para a Medicina Clínica, 
haja vista que todo o corpo humano é influenciado por genes e o conhecimento das 
doenças genéticas se torna de extrema importância para todas as Áreas Médicas. 
Atualmente, um bom clínico precisa conhecer com certo grau de aprofunda-
mento a Ciência da Genética Médica.
Quando aplicamos conceitos de Genética à Prática Médica, estamos desenvol-
vendo Genética Médica.
Entre esses conceitos, podemos citar:
 · Análise dos mecanismos moleculares pelos quais os genes causam doenças;
 · Mapeamento dos genes em pontos específicos dos cromossomos;
 · Estudo da herança de doenças genéticas nas famílias (heredograma);
 · Cariogramas;
 · Citogenética do câncer;
 · Diagnóstico pré-natal;
 · Diagnóstico clínico das doenças genéticas;
 · Tratamento das doenças genéticas.
O rápido avanço da Genética Molecular trouxe uma inovação à Genética Médi-
ca, mas a Terapia Gênica, que consiste na introdução de genes sadios em pacien-
tes para corrigir doenças genéticas, ainda é uma promessa da Medicina.
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Leia os artigos:
Terapia gênica: o que é, o que não é e o que será, disponível em: <https://goo.gl/cxJx7X> 
e
Terapia gênica: avanços, desafi os e perspectivas, disponível em: <https://goo.gl/a4rWi2>, 
informe-se sobre o assunto e refl ita.
Essa nova Ciência estará disponível para você, para seus fi lhos ou para seus netos?
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E, ainda, num âmbito multidisciplinar, a Genética Médica está envolvida com 
o aconselhamento genético, que é a comunicação de informações quanto aos 
riscos, os prognósticos e os tratamentos de pacientes e suas famílias.
A abordagem familiar abrangente é de extrema importância na etapa inicial 
para a análise de qualquer doença, seja ela genética ou não. 
O estudo da família permite avaliar se outros membros estão em risco de de-
senvolver a doença, podendo, então, tomar-se atitudes de prevenção, tratamento 
adequado e consulta genética.
Doenças Genéticas
O Projeto Genoma estimou que o ser humano possui em torno de 20.000 ge-
nes diferentes. Algumas doenças genéticas são causadas pela alteração, deleção ou 
simplesmente falta de funcionalidade de alguns desses genes ou, então, de combi-
nações desses genes.
Também existem doenças genéticas que resultam da ação combinada do gene 
e do ambiente, sendo que o papel relativo do fator ambiental pode ser maior ou 
menor, a exemplo de tumores pulmonares e Tabagismo.
E, ainda, doenças genéticas que envolvem lotes de genes, pois se relacionam 
aos cromossomos (Quadro 1).
Distúrbios monogênicos
Ocorrem por mutações em um único gene e podem causar doenças graves 
se não tratadas, a exemplo da fenilcetonúria ou, ainda, doenças graves que não 
possuem tratamento, como a osteogênese imperfeita e a síndrome de Marfan. 
O gene mutante, geralmente, está em um dos membros do par de cromossomos 
homólogos, mas, por vezes pode estar em ambos os cromossomos homólogos.
Na maioria dos casos, a mutação está nos cromossomos nucleares; no entanto, 
ela pode ocorrer no cromossomo mitocondrial, a exemplo da doença de Kearns-
Sayre, neuropatia óptica hereditária de Leber, encefalopatia mitocondrial e acidose 
lática, que são doenças raras.
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UNIDADE Genética Médica
Quadro 1 – Relação parcial de algumas doenças genéticas importantes
DOENÇA PREVALÊNCIA APROXIMADA
Alterações Cromossômicas
Síndrome de Down 1/700 a 1/1.000
Síndrome de Klinefelter 1/1.000 homens
Trissomia do 13 1/10.000
Trissomia do 18 1/6.000
Síndrome de Turner 1/2.500 a 1/10.000 mulheres
Doenças Monogênicas
Polipose adenomatosa do cólon 1/6.00
Doença renal policística do adulto 1/1.000
Deficiência da a1-antitripsina 1/2.500 a 1/10.000 (caucasoides)*
Fibrose cística 1/2.000 a 1/4000 (caucasoides)
Distrofia muscular de Duchenne 1/3.500 homens
Hipercolesterolemia familiar 1/500
Síndrome do X frágil 1/4.000 homens; 1/8.000 mulheres
Hemacromatose (hereditária) 1/300 caucasoides são homozigotos; 
aproximadamente 1/1.000 a 1/2.000 são afetados
Hemofilia A 1/5.000 a 1/10.000 homens
Câncer colorretal hereditário não polipomatoso Acima de 1/200
Doença de Huntington 1/20.000 (caucasoides)
Síndrome de Marfan 1/10.000 a 1/20.000
Distrofia miotônica 1/7.000 a 20.000 (caucasoides)
Neurofibromatose tipo 1 1/3.000 a 1/5.000
Osteogênese imperfeita 1/5.000 a 1/10.000
Fenilcetonúria 1/10.000 a 1/15.000
Retinoblastoma 1/20.000
Anemia falciforme 1/400 a 1/600 negros* na América; 
acima de 1/50 na ÁfricaCentral
Doença de Tay-Sachs 1/3.000 asquenazes
Talassemia 1/50 a 1/100 (Sul na Ásia e populações mediterrâneas)
Distúrbios Multifatoriais Malformações Congênitas
Fissura de lábio com ou sem fissura de palato 1/500 a 1/1.000
Pé torto (talipes equinovarus) 1/1.000
Cardiopatias congênitas 1/200 a 1/500
Defeitos de tubo neural (espinha bífida, enencefalia) 1/200 a 1/1.000
Estenose pilórica 1/300
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Doenças de Adultos
Alcoolismo 1/10 a 1/20
Doenças de Alzheimer 1/10 (americanos acima de 65 anos)
Transtorno bipolar 1/100 a 1/200
Câncer (todos os tipos) 1/3
Diabetes (tipos 1 e 2) 1/10
Doença cardíaca ou acidente vascular cerebal 1/3 a 1/5
Esquizofrenia 1/100
Doenças Mitocondriais
Sindrome de Kaerns-Sayre Rara
Neuropatia ótica hereditária de Leber (NOHL) Rara
Encefalopatia mitocondrial, acidose látiva e episódios 
tipo acidente vascular cerebral (MELAS) Rara
Epilepsia mioclônica com ruptura das fibras vermelhas 
anfractuadas (MERRF) Rara
Fonte: Jorde; Carey; Bamshad, 2017
Distúrbios multifatoriais
Ocorrem por uma combinação de eventos que podem envolver fatores ambientais 
e alguns pares de genes. 
Relacionam-se desde a malformação congênita, como o lábio leporino, a fenda 
palatina, a espinha bífida e a anencefalia, até doenças do adulto, como diabetes, 
doenças cardíacas, hipertensão e Alzheimer. 
Em alguns distúrbios multifatoriais, parece não haver mutação gênica. A 
explicação seria que, dois ou mais genes diferentes, juntos, geram ou predispõem 
a um defeito grave, frequentemente, combinado com fatores ambientais.
Distúrbios cromossômicos
Esses distúrbios envolvem deleções ou inserções de cromossomos inteiros ou 
de partes deles. Então, a deficiência não está na sequência de DNA, ou seja, não 
se trata de uma mutação gênica clássica. O distúrbio ocorre pela falta de genes ou 
pelo seu excesso.
O distúrbio cromossômico mais comum é a síndrome de Down, provocado por 
uma cópia extra do cromossomo 21, que ocorre na proporção de sete entre 1.000 
indivíduos nativivos. 
A síndrome de Klinefelter ocorre na proporção de um entre 1.000 indivíduos 
do sexo masculino nativivos e é provocada por uma cópia extra do cromossomo X. 
Já a síndrome de Turner ocorre na proporção de um entre 2.500-10.000 indiví-
duos do sexo feminino nativivos e é provocada pela deleção de um cromossomo X. 
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UNIDADE Genética Médica
As síndromes de Patau (1/10.000 nativivos) e de Edwards (1/6.000 nativivos) 
que são, respectivamente, uma cópia extra do cromossomo 13 e do cromossomo 
18, causam sintomas tão graves que cerca de 90% dos atingidos não completam 
o primeiro ano de vida. 
Os distúrbios cromossômicos são responsáveis por cerca da metade dos abortos 
espontâneos no primeiro trimestre.
Distúrbios Monogênicos
Nas doenças monogênicas recessivas, os indivíduos homozigotos dominantes 
(AA) e os heterozigotos (Aa) são saudáveis (Figura 1). 
No entanto, em algumas doenças, como as distrofias musculares e a anemia fal-
ciforme, os indivíduos heterozigotos podem apresentar alguns sintomas da doença. 
Geralmente, nas doenças monogênicas recessivas, os indivíduos heterozigotos 
são saudáveis e denominados portadores do gene causador da doença. 
Os indivíduos homozigotos recessivos são os afetados pela doença.
Doença monogênica recessiva
Mãe
Portadora
Pai
Portadora
Nn
NnNN
Normal Portador Portador Afetado
Nn
Nn
Nn
Nn
nn
N
N NN
n
n
nn
Figura 1 – Esquema de transmissão de doença monogênica recessiva entre progenitores heterozigotos. 
Progenitores saudáveis, porém portadores de gene recessivo causador da doença. 
A probabilidade é de que a cada quatro filhos nasça um que tenha o distúrbio, e três que sejam normais. 
E, dos três normais, dois sejam portadores do gene recessivo causador da doença
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Já nas doenças monogênicas dominantes, os indivíduos homozigotos dominantes 
(AA) e os heterozigotos (Aa) são doentes e os indivíduos homozigotos recessivos 
(aa) são normais (Figura 2).
Doença monogênica dominante
Mãe
Normal
Pai
Afetado
Dd
Dd Dd
Dd Dd
D
dd
dd dd
d d
d
dd dd
Afetado Normal Afetado Normal
Figura 2 – Esquema de transmissão de doença monogênica dominante entre o progenitor heterozigoto doente 
e a progenitora homozigota recessiva normal. A probabilidade é de que 50% dos fi lhos nasçam normais e 
homozigotos recessivos e 50% nasçam doentes e heterozigotos
São exemplos de doenças monogênicas dominantes: doença de Huntington, 
Acondoplasia e síndrome de Marfan (Figura 3).
Figura 3 – a) Acondoplasia. b) Síndrome de Marfan
Fonte: Adaptado de Wiedemann; Dibbern, 1992
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UNIDADE Genética Médica
Genética Bioquímica: erros metabólicos hereditários
Em nosso organismo, cada processo metabólico consiste numa sequência de 
etapas catalíticas mediada por enzimas codificadas por nossos genes. 
Ocasionalmente, as mutações reduzem a eficiência das enzimas codificadas a um 
nível no qual o metabolismo normal não pode ocorrer. Essas mutações podem levar 
a um distúrbio monogênico ou distúrbio no metabolismo (“erros inatos do metabolis-
mo”), que são responsáveis por uma série de doenças geneticamente transmissíveis.
Se uma mutação afetar um gene estrutural, ocorrem alterações na estrutura pri-
mária de uma cadeia polipeptídica, como ocorre na anemia falciforme (Figura 4).
No entanto, se a mutação atingir um gene controlador (regulador ou operador), 
não é a estrutura do polipeptídio que é alterada, mas sim, sua quantidade, como 
ocorre nas talassemias.
Esquema mostrando a alteração do código genético de CTT para CAT e, consequentemente, 
a alteração estrutural da sequência de aminoácidos na cadeia polipeptídica. A mudança de 
um único aminoácido, ácido glutâmico por valina, entre 574 que compõem a hemoglobina 
é o suficiente para alterar a hemácia e causar anemia falciforme, uma doença que ocorre de 
forma menos grave nos heterozigotos e de forma mais severa nos homozigotos recessivos:
https://goo.gl/gEkXwH
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Figura 4 – Desenho mostrando hemácias normais fluindo pelos capilares sanguíneos e hemácias falciformes (ou 
siclêmicas) que entopem capilares sanguíneos. Dependendo da quantidade de capilares sanguíneos obstruídos, 
pode-se ter infarto de algum órgão e até a morte do paciente. Os sintomas começam a aparecer em baixa tensão 
de oxigênio e os primeiros sintomas, geralmente, são o inchaço dos dedos das mãos e dos pés
Fonte: Adaptado de Wikimedia Commons
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Classifi cação dos distúrbios monogênicos metabólicos
Alguns distúrbios metabólicos são assintomáticos e desprovidos de consequên-
cias, como a redução da sensibilidade gustativa a algumas substâncias. 
Outros são assintomáticos, até que sejam desencadeados pela ingestão de certas 
drogas, como ocorre na deficiência da G6PD (glicose-6-fosfato-desidrogenase), em 
que a primaquina, droga utilizada no tratamento da malária, causa anemia hemolítica. 
Na Guerra do Vietnã, os soldados norte-americanos tomaram esse antimalárico 
como forma preventiva, vez que o Vietnã é uma região infestada, e como consequ-
ência vários deles não foram à Guerra, pois apresentaram anemia hemolítica por 
deficiência da G6PD, ficando acamados.
Alguns distúrbios metabólicos são sintomáticos, porém compatíveis com a so-
brevivência e a reprodução e raramente aparecem antes da terceira década de vida, 
como no caso da alcaptonúria, que tem sintomas brandos, tal como alteração na 
cor e no odor da urina. 
No entanto, alguns distúrbios metabólicos manifestam-se com sintomas agudos 
e somente são compatíveis com a sobrevivência normal se sua causa for eliminada, 
como ocorre na fenilcetonúria. 
As formas infantis, geralmente, são mais agudas, enquanto as adultas tendem 
ser mais brandas e crônicas.
Fenilcetonúria
A fenilcetonúria foi, inicialmente, estudada na Alemanha, por Abjörn Fölling, 
em 1934, a partir da observação de dois irmãos com deficiência mental que apre-
sentavam odor forte na urina. 
A Fenilcetonúria ou PKU (abreviatura de Phenylketonuria, em inglês) como é 
mundialmente conhecida, é umadoença metabólica, transmitida geneticamente, 
de forma autossômica recessiva, com incidência de 1/12000 nativivos. 
É um erro inato do metabolismo protéico, que causa deficiência hepática em 
converter fenilalanina em tirosina. É importante salientar que, além da Fenilceto-
núria Clássica, existem diversas outras Hiperfenilalaninemias. 
Caracterizada por deficiência da fenilalanina-hidroxilase, ocorre acúmulo de fe-
nilalanina nos tecidos, com efeitos tóxicos ao Sistema Nervoso Central. A feni-
lalanina acumulada transforma-se em ácido fenilpirúvico, que afeta o SNC, e os 
problemas neurológicos surgem no primeiro ano de vida (Figura 5).
Estudos de Knox indicam que a grande maioria apresenta um QI igual ou inferior 
a 20. Apenas 4% tem QI acima de 60.
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UNIDADE Genética Médica
FENILCETONÚRIA
fenilalanina
Ácido fenilpirúvico SNC Redução drástica do QI
fenilalanina hidroxilase
tirosina
Figura 5 – Esquema da fenilcetonúria, mostrando que, na ausência da enzima fenilalanina hidroxilase, o 
aminoácido fenilalanina acumula-se no organismo e é convertido em ácido fenilpirúvico, 
que reduz drasticamente o QI. Por esse motivo, é necessária uma dieta muito restrita e 
controlada do aminoácido fenilalanina
A fenilalanina é convertida por hidroxilação em tirosina, no fígado, por ação da 
enzima fenilalanina hidroxilase, frações I e II, com a participação de um cofator, a 
tetrahidrobiopterina e dois outros nucleotídeos: nicotinamida-adenina-nucleotide 
fosfato reduzido (NADPH) e nicotinamida-adeninadinucleotide reduzido (NADH). 
Na fenilcetonúria, essa reação de hidroxilação está bloqueada, por falta da fra-
ção I da fenilalanina hidroxilase.
Consequentemente, passam a ser utilizadas vias acessórias do metabolismo da 
fenilalanina que, em condições normais, só são utilizadas em pequena proporção. 
Com esse bloqueio, a fenilalanina é convertida em ácido fenilpirúvico e com a 
diminuição na síntese de tirosina, temos menor formação de melanina, acarretan-
do o quadro clínico de pele clara, olhos azuis e cabelos louros.
A Fenilcetonúria clássica resulta da perda praticamente total da fenilalanina-hidro-
xilase. As manifestações clínicas precoces são inespecíficas, dificultando o diagnóstico. 
O quadro clínico da fenilcetonúria caracteriza-se por vômitos, irritabilidade, urina 
com cheiro de rato, odor de ácido fenilacético, pele e cabelos claros e olhos azuis, 
pele eczematosa, seborreia, pés planos, dentes incisivos afastados, epicanto, mi-
crocefalia, maxila proeminente e retardo de crescimento. Quanto às manifestações 
neurológicas, temos hiperatividade dos reflexos tendinosos profundos, hipertoni-
cidade muscular, alterações da marcha, tremores, convulsões e deficiência mental.
Atualmente, um grande número de países realiza teste de triagem neonatal para 
fenilcetonúria, e os primeiros pacientes tratados desde o período neonatal já atin-
giram a idade adulta. 
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O tratamento dietético adequado, muito restrito e controlado do aminoácido 
fenilalanina, permite que os indivíduos afetados tenham desenvolvimento normal.
Durante o primeiro ano de vida, os sintomas geralmente não são específicos, 
dificultando, assim, o diagnóstico, o que é mais uma justificativa para a triagem 
neonatal rotineira do teste de Guthrie, popularmente conhecido como Teste do 
Pezinho.
Teste de Guthrie, popularmente conhecido como Teste do Pezinho: https://goo.gl/SwZw8F
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or
O Teste de Guthrie básico, além da fenilcetonúria, detecta as seguintes doenças: 
Hipotireoidismo Congênito, Hemoglobinopatias e Fibrose Cística.
A dieta com leites especiais (Cymogran, Lofenalac, Albumaid, Lophemilk e Phenytol) 
deve ser iniciada o quanto antes; o ideal é no primeiro mês.
A dieta deve ser mantida durante pelo menos a primeira década de vida, mas, 
idealmente, durante toda a vida, pois jovens e adultos que suspenderam a dieta 
desenvolveram mudanças de personalidade, problemas comportamentais, perda 
de funcionamento intelectual e, ocasionalmente, Encefalopatia Desmielinizante 
Progressiva.
Já foi escrito que os heterozigotos têm uma leve diminuição de seu QI, embora 
na faixa da normalidade. 
Importante!
Faça download do Manual de Normas Técnicas e Rotinas do Teste de Triagem Neo-
natal do HC da USP em: https://goo.gl/ofS1cw.
Observe também o Manual de Normas Técnicas e Rotinas Operacionais do Progra-
ma Nacional de Triagem Neonatal, do Ministério da Saúde, em: https://goo.gl/SL2UUJ.
Agora que você tem dois manuais de Normas Técnicas à sua disposição, responda:
 · Quantas doenças genéticas são analisadas no teste de rotina de Guthrie (Teste do 
Pezinho), atualmente?
 · Você acha que as doenças genéticas analisada são suficientes para boa qualidade 
de vida dos recém-nascidos?
 · Imagine que é você é um geneticista e foi convidado a participar da Equipe 
Multidisciplinar para definir outras doenças genéticas a serem analisadas nas 
rotinas operacionais. Qual doença genética indicaria e por quê?
Trocando ideias...
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UNIDADE Genética Médica
Distúrbios Multifatoriais
A maior parte de nossa variabilidade não pode ser explicada por genes individuais, 
que nos conferem características qualitativas (características monogênicas), como, 
por exemplo, pessoas calvas e não calvas ou sangue com fator Rh ou sem ele.
Muitas de nossas características apresentam variação contínua de valores, de tal 
modo que não é possível definir duas características nitidamente diferentes. 
É o caso da altura e da cor das pessoas, pois entre os extremos encontram-se 
diversas estaturas e cores. Há inúmeras outras características humanas que podem 
ser contadas ou medidas, tais como a longevidade, o grau de resistência a doenças, 
a inteligência, a frequência dos batimentos cardíacos, o nível da pressão sanguínea, 
as dimensões de várias partes do corpo. 
A enorme variabilidade dessas características se deve ao fato de que na sua de-
terminação estão envolvidos vários pares de genes cujos efeitos se somam ou se 
subtraem; a esses genes se dá o nome de poligenes ou genes múltiplos.
A herança multifatorial também poder ser chamada de poligênica ou quantita-
tiva. O termo multifatorial refere-se ao fato de que existem muitos fatores agindo, 
visto que, além de vários genes, diversos agentes ambientais também desempe-
nham papel relevante na determinação do fenótipo. 
Um exemplo de herança multifatorial é a cor da pele branca e negra das pesso-
as, que é determinada pela concentração de melanina nas células. A hipótese de 
Gates, que se ajusta melhor aos padrões encontrados nas famílias, admite que as 
diferenças de cor de pele branca e negra são determinadas por três loci (AABBCC) 
que possibilitam 18 tons, sendo esses tons ajustados pelos raios UV-A e UV-B do 
sol, o fator ambiental.
O diabetes mellitus é uma doença fortemente influenciada pelos genes, mas o 
fenótipo pode variar de acordo com a dieta rica ou pobre em açúcar. 
Isso também acontece com o favismo. Alguns indivíduos que ingerem fava, um 
feijão comumente utilizado na região mediterrânea da Europa, sofrem de crises 
hemolíticas com duração de dois a seis dias. Isso ocorre devido à deficiência da 
G6PD (glicose-6-fosfato-desidrogenase). Algumas doenças comuns, tais como o 
câncer e doenças cardíacas também são causados por herança multifatorial. 
Fatores ambientais que favorecem as doenças cardíacas são: sedentarismo, ta-
bagismo, ingestão de gorduras trans e saturadas e alcoolismo entre outros, assim 
como é de conhecimento mundial que o Tabagismo está intimamente relacionado 
ao câncer de pulmão.
Os Defeitos do Tubo Neural (DTN) são tidos como uma combinação de fatores 
genéticos e ambientais. 
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Os DTN incluem anencefalia, espinha bífida e outras formas menos comuns (Fi-
gura 6). Em geral, podem ser diagnosticados pré-natalmente, às vezes, por ultras-
som e, geralmente, por uma elevação de alfa-feto proteína (AFP) no soro materno 
ou líquido amniótico. 
Um recente e importante achado epidemiológico é que as mães que suplemen-
tam sua dietacom ácido fólico durante o período gestacional têm menor risco de 
produzir criança com DTN. Esse é um exemplo importante de um fator não gené-
tico, ou seja, ambiental, que contribui para a redução dessa doença.
Figura 6 – Importância da ingestão de ácido fólico durante o período
gestacional para a prevenção da espinha bífi da e da anencefalia
Fonte: Wikimedia Commons
Farmacogenética
A Farmacogenética estuda os transtornos hereditários cujos sintomas são reve-
lados ou agravados quando pessoas sensíveis a determinadas substâncias as usam 
como medicamento ou alimento.
A Porfiria Aguda Intermitente (PAI) é uma doença que se caracteriza por 
crises intermitentes de dores abdominais, incluindo vômitos e prisão de ventre e 
transtornos psicológicos como depressão, confusão mental, alucinação e epilepsia. 
Muitas vezes, as crises são desencadeadas por medicamentos tais como barbitúri-
cos, antimalárico, sulfas e pílulas anticoncepcionais.
A PAI foi a doença que acometeu o Rei inglês Jorge III, recentemente tratada 
no filme “As Loucuras do Rei Jorge”, que sofria períodos de insanidade durante os 
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UNIDADE Genética Médica
quais pode ter tomado atitudes que provocaram o início das hostilidades entre as 
colônias norte-americanas e a Inglaterra.
Algumas anemias hemolíticas são induzidas por drogas e alimentos devido à 
deficiência da glicose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD), como citado anteriormente. 
Antimaláricos como a primaquina, a quinina e a quinidina; antimicrobianos como 
as sulfas e sulfonamidas e até a naftalina causam anemia hemolítica. 
Outro tipo de anemia hemolítica ocorre pela ingestão do “feijão fava” – Vicia 
faba, e é conhecida como favismo.
Farmacogenética e Drogas de recreação
O espectro de ação da farmacogenética é muito amplo, pois os medicamentos 
são usados com outros objetivos, além de sua indicação primordial na prevenção, 
tratamento e cura de doenças e no alívio de sofrimento e dor. 
Assim, as drogas de abuso, como tranquilizantes, antidepressivos, analgésicos 
como a morfina e outras, e as de uso recreativo, como álcool, nicotina, alucinógenos, 
entorpecentes e outras têm sido objeto de estudos farmacogenéticos.
Farmacogenética e Alcoolismo
O álcool é transformado, no fígado, em acetaldeído, que, por ação da acetal-
deídodesidrogenase (ALDH) se converte em acetato e, posteriormente, em Gás 
Carbônico e água.
A atividade da enzima ALDH é determinada geneticamente, havendo indivídu-
os que possuem essa enzima com maior atividade e indivíduos que possuem esta 
enzima com menor atividade. Isso ocorre devido ao polimorfismo genético entre 
os indivíduos, de modo que alguns acumulam mais e outros acumulam menos ace-
taldeído no sangue.
A presença de doses maiores de acetaldeído no sangue comporta duas hipóteses 
relacionadas ao alcoolismo:
1. Admite que o acetaldeído em altas doses inibe o consumo de álcool em vir-
tude dos efeitos desagradáveis que causa: rubor facial, hipertensão, náuseas;
2. Sugere o contrário: nessas pessoas, a baixa taxa de acetaldeído no sangue 
causa efeitos euforizantes que estimulam o consumo de álcool.
Cerca de 50% dos japoneses e coreanos tem deficiência da ALDH, de modo 
que, após beber álcool, passam mal e entram em “síndrome do rubor”, que tem 
como sintomas: vermelhidão, aumento da temperatura da pele (mais notável no 
rosto), tonteira, taquicardia, sudorese e náuseas.
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Isso pode explicar porque o número de dependentes dessa droga é sensivelmente 
menor no Japão do que nos países ocidentais, nos quais a frequência de indivíduos 
deficientes para a enzima é muito menor.
Assista ao vídeo do Dr. Dráuzio Varela sobre a enzima desidrogenase alcoolica e o seu efeito 
nas etnias orientais e no consumo de álcool e medicamentos.Ex
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Farmacogenética e Tabagismo
A dependência à nicotina é outro alvo importante da farmacogenética, pois o 
Tabagismo provoca enfisema pulmonar, que é a perda da elasticidade dos alvéolos 
pulmonares que permanecem dilatados, prejudicando, assim, a ventilação. Causa, 
também, cirrose hepática, em pessoas deficientes da alfa-1-antitripsina.
Entre as milhares de substâncias químicas presentes no tabaco, a nicotina é a 
responsável pela dependência física do fumante. Isso se deve aos efeitos estimu-
lantes e de “recompensa” que a nicotina provoca ao se combinar com receptores 
específicos no Sistema Nervoso Central. 
O fumante regula o consumo de cigarros de forma a manter relativamente cons-
tante a concentração de nicotina em seus receptores. Um fator importante nessa 
regulação é a rapidez com que a nicotina é eliminada do organismo, por bioinati-
vação catalisada pela enzima CYP2A6. 
O gene CYP2A6 é polimórfico, sendo conhecidos 18 alelos variantes que 
codificam enzimas com atividade normal, aumentada, reduzida ou nula. 
Estudos de farmacogenética do Tabagismo tem como base a seguinte premissa: 
os indivíduos que inativam a nicotina mais lentamente mantêm níveis ativos dessa 
substância no Sistema Nervoso Central por tempo mais longo e, em função disso:
a) Têm menor risco de se tornarem dependentes da nicotina, pois os 
efeitos desagradáveis da primeira experiência com o fumo são mais 
acentuados;
b) Quando se tornam fumantes, consomem menor número de cigarros 
por dia.
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UNIDADE Genética Médica
Distúrbios Cromossômicos
Citogenética é o estudo dos cromossomos e das anomalias cromossômicas. As 
anomalias cromossômicas são responsáveis por uma porção significativa de doen-
ças genéticas, ocorrendo em, aproximadamente, um em cada 150 nativivos. Elas 
são as causas principais tanto de retardo mental, quanto de perda de gestação. 
As anomalias cromossômicas são vistas em 50% e 20% dos abortos espontâ-
neos de primeiro e de segundo trimestre, respectivamente. Portanto, as anomalias 
cromossômicas são uma importante causa de morbidade e mortalidade.
Como em outras Áreas Médicas, os avanços da citogenética molecular contribu-
íram muito para uma melhor compreensão do campo da citogenética. 
Algumas doenças que eram atribuídas a fatores monogênicos, hoje são 
classificadas como anomalias cromossômicas, graças à Genética Molecular.
Não há confusão entre anomalias cromossômicas numéricas e doenças mono-
gênicas, mas as anomalias cromossômicas estruturais são facilmente confundidas 
com as doenças monogênicas.
Comparação entre Citogenética Convencional e Citogenética Molecular: 
https://goo.gl/xeN6cnEx
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Como causa de anomalias cromossômicas, tem sido citado: idade avançada 
dos genitores, genes que se predispõem a não se separarem ou não disjunção 
cromossômica (Figura 7), doenças autoimunes, radiações e outros fatores. 
A idade avançada dos genitores tem sido correlacionada não só às anomalias 
cromossômicas, como também a um aumento de taxa de mutação gênica.
Figura 7 – Não disjunção cromossômica na meiose II 
Responsáveis por causar monossomia e trissomia
Fonte: Mustacchi; Peres, 2000
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Anomalias cromossômicas estruturais
As anomalias estruturais ocorrem devido a perdas ou duplicações cromossômicas 
durante a formação dos gametas e podem ser classificadas como: deleções, duplica-
ções, inversões, translocações Robertsonianas, translocações recíprocas, isocromos-
somos e cromossomos em anel.
Quando um cromossomo apresenta a perda de um segmento (gene), três eventos 
distintos podem ocorrer:
1. As extremidades rompidas podem se unir a um novo cromossomo;
2. As extremidades rompidas não se ligam novamente e o cromossomo 
acêntrico (sem centrômero) é perdido na próxima divisão celular;
3. Um ou mais segmentos quebrados podem se unir.
As síndromes por anomalias estruturais são muito raras e pouco conhecidas, a 
exemplo da síndrome do miado de gato ou da síndrome de cri-du-chat; síndrome da 
deleção da extremidade do cromossomo 8 e trissomia parcial do cromossomo 12,
e síndrome da deleção do cromossomo 3.
Anomalias cromossômicas numéricas
São classificadas em numéricas e estruturais. As anomalias cromossômicas nu-
méricas são classificadas em euploidia e aneuploidia.Uma célula euploide contém o número de cromossomos múltiplo do número ha-
ploide, que no ser humano é de 23 cromossomos. Os seres humanos apresentam 
dois conjuntos cromossômicos e, portanto, são diploides (2n).
Não se conhecem pessoas que sejam totalmente euploides, mas existem abortos 
em humanos triploide (3n), tetraploide (4n) e poliploide. As euploidias são raras em 
animais, mas bastante comuns e importantes mecanismos evolutivos nas plantas.
A aneuploidia ocorre quando há falta ou excesso de algum(ns) cromossomo(s). 
As aneuploidias são classificadas em monossomias (2n-1, 2n-2 etc.) ou polissomias 
(2n+1, 2n+2 etc.).
As monossomias geralmente são incompatíveis com a sobrevivência, exceto nos 
casos de monossomias de cromossomos sexuais, como na síndrome de Turner.
As aneuploidias devem-se a não separação de um (ou mais) cromossomo(s) para 
as células filhas durante a meiose ou durante a mitose do zigoto.
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UNIDADE Genética Médica
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Terapia Genética: Métodos e Aplicações
PEREIRA, J. M. C. L. A. Terapia Genética: Métodos e Aplicações. Mestrado em 
Ciências Farmacêuticas. Universidade Fernando Pessoa, 2015;
Manual de genética médica
REGATEIO, F. J. Manual de genética médica. Imprensa da Universidade de 
Coimbra, 2007
 Vídeos
Genética por Dra Joanna Meira - Especialidades Médicas
https://youtu.be/p4_RuuE2VB0
INTRODUÇÃO À GENÉTICA - CONCEITOS
INTRODUÇÃO À GENÉTICA - CONCEITOS - Biologia com o Prof. Kennedy Ramos
https://youtu.be/5WYppSqaCrE
Seremos eternos, mas estamos preparados?
Seremos eternos, mas estamos preparados?: Dra. Lygia da Veiga Pereira at TEDxJar-
dimBotânico
https://youtu.be/ymBvxQqOxnI
Exames genéticos: como eles mudam sua vida
https://youtu.be/Fq4Mq0m5L3w
 Leitura
Genética Médica
https://goo.gl/YjuefF
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Referências
CHATKIN, J.M. A influência da genética na dependência tabágica e o papel 
da farmacogenética no tratamento do tabagismo. J. Bras. Pneumol. 2006; 
32(6):573-9.
GRIFFITHS, A.J.F.; WESSLER, S.R.; CARROLL, S.B.; DOEBLEY, J. Introdução 
à genética. 11.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
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Janeiro: Elsevier, 2017.
LIMA, C.P. Genética humana. 3.ed. São Paulo: Harbra, 1996.
MALUF, S.W.; RIGEL, M. Citogenética humana. Porto Alegre: Artmed, 2014.
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álcool. Rev. Bras. Psiquiatr. 2004;26(Supl I):54-58.
MOTTA, P.A. Genética humana aplicada à psicologia e toda a área biomédi-
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genética médica. 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
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6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
WIEDEMANN, H.R.; KUNZE, J.;DIBBERN, H. Atlas de síndromes clínicas dis-
mórficas. 2.ed. Barueri: Manole, 1992.
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