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Prévia do material em texto

Monitoramento 
e Métricas Digitais
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Carlos Eduardo Corrêa de Lima
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Economia Digital e a Base de Dados
Economia Digital e a Base de Dados
• Compreender o conceito de Economia Digital;
• Conhecer o a evolução do comércio eletrônico, o contexto mundial e brasileiro;
• Adquirir conhecimento sobre o consumidor digital;
• Estudar pequenas e médias empresas do comércio eletrônico;
• Reconhecer aspectos da loja virtual;
• Estudar o E-commerce B2B.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Introdução;
• História e Evolução do E-commerce;
• O E-consumidor;
• Lojas Virtuais.
UNIDADE Economia Digital e a Base de Dados
Introdução
A Economia Digital, como foi apresentada na unidade anterior, tem a capacidade 
de gerar informações de forma rápida e precisa por meio da internet. Para o monito-
ramento de desempenho de organizações, produtos e marcas, é importante conhecer 
quais são as ferramentas disponíveis para coletar esses dados e informações e conhecer 
o mercado digital, ou seja, o tamanho do mercado on-line. 
Além do conhecimento do mercado on-line, também é preciso entender esse merca-
do e como o consumidor está reagindo a ele, ou seja, a leitura e interpretação correta 
das informações. Como funcionam as empresas dentro do ambiente virtual, ver casos 
de sucesso e quais ações são consideradas para o sucesso no mercado virtual. Outro 
ponto importante é entender como as informações geradas pelos consumidores e pelas 
empresas contribuem para uma melhor relação entre as partes. 
Nesta unidade, estudaremos o mercado on-line, sua história e evolução, o comércio 
eletrônico, o consumidor e como ocorre a geração de dados – matéria-prima para o 
monitoramento e análise de métricas digitais. 
História e Evolução do E-commerce
Os Números do E-commerce
Nosso foco neste estudo é entender como analisar mídias sociais para avaliação de 
resultados das estratégias digitais, queremos compreender a relação entre objetivos de 
negócios e resultados de métricas e monitoramento de mídias sociais. Para isso, é im-
portante, antes conhecermos a evolução do e-commerce, pensarmos em alguns dados 
que foram recentemente publicados:
Figura 1 – E-commerce
Fonte: Getty Images 
8
9
O indicador digitalks nos mostra que, segundo dados do IAB (O Interactive Advertising 
Bureau), os investimentos em publicidade digital totalizaram 11,8 bilhões em 2017. Já o 
jornal Valor Econômico informa que os gastos com publicidade digital nos EUA podem 
superar a TV em 2017.
Digitalks, disponível em: https://bit.ly/3vqxfzG
Os meios digitais são essenciais para o desenvolvimento de negócios. Esse mercado 
gerou um novo tipo de consumidor e é preciso muito esforço para compreender o com-
portamento do consumidor em meios digitais. Pensando em estatísticas de comporta-
mento digital, a pesquisa da agência We are Social aponta os seguintes dados:
Quadro 1
Total da População Mundial 7.593 Bilhões
População com Acesso à Internet 4.021 Bilhões
Usuários Ativos de Mídia Social 3.196 Bilhões
Usuário de Aparelhos Móveis 5.135 bilhões
População que usa Mídia Social 
pelos Aparelhos Móveis
2.958 Bilhões
Total da população mundial 7.593 bilhões de pessoas, das quais 4.021 bilhões têm 
acesso à internet, ou seja, 55% da população, 3.196 bilhões, ou seja, 42% da popu-
lação são usuários ativos de mídia social, 5.135 bilhões da população são usuários de 
aparelhos móveis (celular, smartphones, tablets etc.) e 2.958 bilhões usam mídia social 
através dos aparelhos móveis. 
Esses números revelam que o mundo se tornou digital. Todos os esforços de grandes 
empresas, grandes veículos de comunicação e da própria população é para que tudo 
venha convergir para o digital. 
Quadro 2
Total da População – Brasil 210 milhões
Usuários de Internet 139 milhões
Usuários Ativos de Mídia Social 130 milhões
Usuários de Aparelhos Móveis 143 milhões
Usuários de Mídia Social 
Através de Aparelhos Móveis
120 milhões
No Brasil, são 210 milhões de habitantes e 139 milhões são usuários de internet, 
como mostram os dados publicados pela agência We are Social. 130 milhões, ou seja, 
9
UNIDADE Economia Digital e a Base de Dados
62% da população são usuários ativos de mídia social, 143 milhões, 68% da população 
são usuários de aparelhos móveis (celular, smartphones, tablets etc.) e 120 milhões, 
57% da população usam mídia social pelos aparelhos móveis. 
O tempo médio gasto com internet, em qualquer dispositivo no mundo, é de 9 horas 
e 14 minutos, com mídia social, 3 horas e 39 minutos, 3 horas e 41 minutos é o tempo 
médio diário de visualização de TV (transmissão, streaming e vídeo sob demanda) e o 
tempo médio diário gasto ouvindo streaming de música é de 1 hora e 19 minutos. 
Sobre os meios de publicidade, a primeira consciência é:
Quadro 3
Televisão 37%
On-line 29%
Na loja 10%
Poster 6%
E-mail 5%
Outros 3%
Rádio 1%
Outra informação importante é sobre o modelo de consumo por geração, confor-
me abaixo:
Tabela 1
Baby Boomers Geração X Geração Y Geração Z
Geração (1946-1964) 
De 54 a 74 anos
(1964-1982) 
De 36 a 54 anos
(1982-2000) 
De 18 a 36 anos
(a partir de 2000) 
18 anos
Marcos Guerra fria, 
Woodstock
Muro de Berlim, 
primeiros celulares
Globalização, 
antenados e 11/9
Aquecimento 
global, “boom” 
da tecnologia
Conectividade Análogos Análogos Nativos digitais Nativos digitais
Dispositivos Televisão Computador de mesa Celulares e tablets Dispositivos móveis, 
consoles de jogos
Comunicação Telefone de linha E-mail Celulares, Facebook On-line
Motivação Ordem e estrutura Conquistas e metas Sociabilização, 
aproveitar a vida Mobilidade
Trabalho Valorizam o status 
e a hierarquia
Buscam sucesso medido 
em dinheiro 
Relacionam trabalho 
com prazer –
Tipo de compradores Tomam decisões 
analisadas
Tomam decisões 
analisadas
Tomam 
decisões imediatas
Tomam decisões 
imediatas e variadas 
Características 
de consumo
Fiéis às marcas, 
compram em lojas
Adquirem produtos 
aspiracionais e de luxo
Procuram marcas de 
nicho, compras digitais
Tomam decisões 
imediatas e 
compras digitais
* A geração seguinte aos pós-milenials é a geração T, dos nascidos de 2010 adiante, que apresenta um grande desafio porque são totalmente digitais, ou seja, não 
têm nenhum tipo de interação analógica. 
10
11
Com base nos dados acima, pensamos o comércio eletrônico, que é a compra e ven-
da pela internet. O e-commerce conquistou espaço e faz parte da realidade e do modo 
como as pessoas e empresas compram e vendem produtos e serviços. 
A realização de diversas tarefas, como fazer compras, operações bancárias, leitura de 
obras, pesquisas de assuntos diversos, ter acesso a notícias, jogos, fóruns de discussões, 
assistir a filmes e conteúdos de televisão, ouvir rádio em um computador ou dispositivo 
móvel só é possível por causa da internet, chamada também de “grande teia mundial” 
ou “World Wide Web”. 
São essas atividades diárias na internet que geram os dados nos dispositivos, ou seja, 
computador, smartphones, tablets e que se tornam a base ou a matéria-prima para 
gerar as métricas. 
O monitoramento sobre como os usuários de internet estão agindo ocorre em tempo 
real, por exemplo: em 1992, uma grande multinacional mudou o nome de uma de suas 
marcas de produto, o Lollo, que deixou de ser Lollo para ser Milkybar. Ao monitorar 
as redes sociais, a multinacional percebeu que era importante retomar a marca Lollo. 
Afirmou o gerente de marketing da multinacional suíça, Ricardo Bassani: “Sempre 
monitoramos as redes sociais e vimos que muita gente citava o Lollo com saudades”. 
A companhia, então, resolveu estudar a viabilidade de voltar com a marca.
Na onda ‘revival’, Nestlé Brasil relança chocolate Lollo: https://bit.ly/3e28Pqv
Em 1979, Michael Aldrich, na época, funcionário da empresa britânica Rediffusion Computers. 
usou uma televisão modificada ligada via telefone a um computador também preparadopara 
transações em tempo real. Michael Aldrich ficou conhecido como o criador do e-commerce.
A Evolução do E-commerce
No princípio, os negócios com consumidores diretos ou com empresas on-line seriam 
lucrativos, mas sua consolidação só se deu na década de 1990. 
Figura 2 – E-commerce
Fonte: Pixabay
11
UNIDADE Economia Digital e a Base de Dados
Tim Berners Lee, juntamente com seu amigo Robert Cailliau, publicou uma proposta 
para construir um “projeto de hipertexto” chamado “World Wide Web”. Em 1991, Lee 
criou o primeiro servidor web e, assim, Berner’s Lee assumiu a tarefa de casar o hiper-
texto com a internet. Ao fazê-lo, o processo levou-o a desenvolver URL, HTML e HTTP. 
A história do e-commerce: Como tudo começou? Disponível em: https://bit.ly/3u9rfeA
O mercado on-line foi tomando forma e se consolidando, mas também se tornou 
complexo e com muitas preocupações com as compras on-line. Em 1994, foi criado um 
protocolo de segurança, o Secure Socket Layers (SSL) – certificado de criptografia da 
Netscape em 1994. 
Esse protocolo permitiu a transmissão de dados de forma segura via internet, assim 
foi possível determinar se um site era confiável ou não. A versão 3.0 se tornou padrão 
para os servidores da web. 
O consultor e pesquisador Philip Kotler afirma que: 
Hoje vivemos em um mundo totalmente novo. A estrutura de poder está 
passando por mudanças drásticas. A internet, que trouxe conectividade e 
transparência às nossas vidas, tem sido em grande parte responsável por 
essas transformações. (KOTLER, 2017, p. 20)
Para Kotler: “Círculos sociais tornaram-se a principal fonte de influência, superando 
as comunicações de marketing e até as preferências pessoais”. (2017, p. 21). 
De acordo a professora e autora Sandra R. Turchi (2018, p. 15):
O e-commerce começou a deslanchar nos EUA por volta de 1995, com 
o surgimento da Amazon.com e de outras empresas pioneiras que decidi-
ram apostar nesse novo modo de fazer negócios. 
Turchi (2018) lembra que, com a chamada “bolha de oportunidade” que estourou em 
2000, na bolsa de valores americana, a Nasdaq, muitas empresas e investidores que 
apostaram alto na web quebraram. Após esse acontecimento, as empresas que inves-
tiram no varejo virtual enfrentaram sérias dificuldades e muitas encerraram suas ativi-
dades. Porém, as que continuaram acreditando nesse novo canal de comercialização, 
buscando maior desenvolvimento de suas operações on-line, conseguiram se firmar e se 
destacar nesse segmento. A autora enfatiza o caso da Amazon, nos Estados Unidos, e 
da Submarino (atual B2W, formada pela fusão da Submarino com a Americanas.com e 
Shoptime), no Brasil. 
A Internet no Brasil
De acordo Turchi:
Todos os números e estatísticas relacionados ao mundo digital mudam a 
cada momento, mas o fundamental é entender o que esses estudos com-
provam: trata-se de um caminho sem volta, que requer um aprendizado 
12
13
contínuo (na maior parte das vezes, empírico) e apresenta grandes de-
safios e obstáculos a serem vencidos, mas que em contrapartida oferece 
uma gama inesgotável de possibilidades e oportunidades que devidamen-
te aproveitadas, podem render excelentes resultados. (2018. p. 2)
No Brasil, a internet caiu no gosto do brasileiro e hoje tem mais de 139 milhões 
de usuários. 
Turchi (2018) destaca que o Brasil ocupa o décimo lugar no ranking de faturamento 
do e-commerce mundial e afirma: “É o único país da América Latina que figura entre 
os 10 primeiros, com 4,1% do total de vendas do varejo em geral do País” (2018, p. 16). 
A autora ainda aponta que a internet está aumentando nas classes C e D. 
De acordo com os números do mercado e fala dos autores apresentados, a internet 
é uma realidade consolidada nas relações humanas e também nas relações comerciais, 
dando, assim, origem a um novo modo de consumo no mundo. Governos e empresas 
precisam atuar de acordo com esse novo modo de interação que é o mundo on-line. 
O E-consumidor
Comportamento do e-consumidor
Para Philip Kotler (2017, p. 33):
Uma nova espécie de consumidor, aquela que será a maioria no futuro 
próximo, está emergindo globalmente – jovem, urbana, de classe média, 
com mobilidade e conectividade fortes.
Figura 3 – E-consumidor
Fonte: Getty Images 
Para Kotler (2017), enquanto os mercados maduros estão lidando com uma popula-
ção que envelhece, o mercado emergente está desfrutando o dividendo demográfico de 
uma população mais jovem e mais produtiva. Kotler destaca que: “Mas o que distingue 
13
UNIDADE Economia Digital e a Base de Dados
esse novo tipo de consumidor de outros mercados que vimos antes é sua tendência à 
mobilidade.” (2017, p. 34).
Kotler (2017) destaca que esses consumidores se deslocam muito, trabalham longe 
de casa e vivem em ritmo acelerado. Adotado por Palfrey e Gasser, o termo “nativos 
digitais” no livro Nascidos na era digital, traz o conceito daqueles que são nascidos após 
1980 e que têm habilidade para usar as tecnologias digitais. A principal característica é a 
de que eles se relacionam com as pessoas pelas novas mídias, por meio de blogs, redes 
sociais e que encontram novas possibilidades pelas novas tecnologias. Para Kotler, “Sendo 
nativos digitais, podem tomar decisões de compra em qualquer lugar e a qualquer mo-
mento, envolvendo uma grande variedade de dispositivos.” (2017, p. 34).
PRENSKY, M. Nativos Digitais, Imigrantes Digitais. disponível em: https://bit.ly/3nxFdEz
Kotler destaca que “Com um alcance tão maciço, a conectividade transforma o mun-
do como os consumidores se comportam.” (2017, p. 36). Para o autor, há outro ponto 
que deve ser destacado: “É verdade que, sendo nativos digitais, os consumidores jovens 
são os primeiros a adotar a conectividade, mas eles inspiram os mais velhos a fazerem o 
mesmo.” (2017, p. 37). Outro fator importante que o autor destaca é que: “Além disso, à 
medida em que a população mundial envelhece, os nativos digitais se tornam maioria, e 
assim a conectividade acabará se tornando o novo normal.” (2017, p. 37). 
Entender as principais características de quem compra on-line requer pesquisa con-
tínua, busca por novidades sobre o tema, até porque a internet está em constante mu-
danças. Como entender esse consumidor? O monitoramento e análise das métricas é 
que ajudam nesse conhecimento. 
Um dos pontos importantes na fala do Kotler é o de que os consumidores acima de 
cinquenta anos são inspirados pelos jovens a se conectarem também, e, portanto, repre-
sentam uma parcela de compra no e-commerce. 
Para falar, portanto, do perfil dos consumidores do e-commerce no Brasil, é preciso 
verificar algumas informações abaixo que foram retiradas do relatório Webshoppers, 
divulgado semestralmente pela consultoria Ebit. 
Cerca de 25,5 milhões de brasileiros compraram pelo menos uma vez pela internet 
durante o primeiro semestre de 2017, e cada compra gerou informação e entregou pas-
sos importantes para entender o que está acontecendo com o consumidor on-line. O es-
tudo do perfil desse consumidor se faz importante para o planejamento de marketing. 
Ebit, disponível em: https://bit.ly/3gMtAbc
De acordo com a Ebit, a partir do gênero, homens e mulheres têm participação igual 
no mercado e-commerce. 
14
15
FEMININO
50,04%
1s 2017
50,04%
1s 2016
EBIT WEBSHOPPERS
MASCULINO
GÊNERO
49,96%
1s 2017
48,13%
1s 2016
Figura 4 
Fonte: Adaptado de Ebit Informação 
Sobre a idade, de acordo com o Ebit, pessoas com mais de cinquenta anos represen-
tam 31% de pedidos na internet, por isso, os dados confirmam a fala acima do Kotler, 
de que os mais velhos seguem inspirados nos mais jovens. 
De acordo com o Ebit, a parcela da população que mais consome na internet tem en-
tre 35 e 49 anos (38%), seguida pelos maiores de 50, depois, as pessoas entre 25 e 34 
anos (23%) e, por último, jovens com menos de 24 (8%). A idade média do consumidor 
do e-commerce no Brasil é de 43 anos. 
Até
24 anos
8%
1s 2017 
8%
1s 2016 
Entre 25
e 34 anos
23%
1s 2017 
23%
1s 2016 
Entre 35
e 49 anos
38%1s 2017 
37%
1s 2016 
Acima de
50 anos
Idade média
(anos)
31%
1s 2017 
32%
1s 2016 
43
1s 2017 
43
1s 2016 
EBIT WEBSHOPPERS
FAIXA ETÁRIA
Figura 5 
Fonte: Adaptado de Ebit Informação
Ainda de acordo com Ebit, a análise Geográfica aponta para a região Sudeste como 
a mais compradora no e-commerce com 62,8% dos pedidos. Em seguida, o Sul (14,7%), 
o Nordeste (12,6%), o Centro-oeste (7,3%) e o Norte (2,5%). 
15
UNIDADE Economia Digital e a Base de Dados
Outro levantamento realizado pela Ebit mostra que 33,4% dos e-consumidores bra-
sileiros têm renda familiar inferior a R$3 mil. Outros 23,7% apresentam renda familiar 
entre R$3 mil e R$5 mil e 18,3% ainda possui renda familiar entre R$5 mil e R$8 mil. 
Um destaque importante, neste tópico, vai para o alto consumo proveniente das classes 
mais altas da população. Pessoas com renda familiar acima de R$8 mil foram respon-
sáveis por quase 25% dos pedidos totais. A renda familiar média do consumidor do 
e-commerce no Brasil é de R$5.573.
Podemos afirmar, portanto, que, no fator idade, quando analisamos o perfil do con-
sumidor, nós nos surpreendemos com o fato de que 31% das compras são realizadas por 
pessoas acima de 50 anos de idade, mas é preciso, claro, uma análise mais profunda 
para que, de fato, possamos conhecer o consumidor.
Também é necessário avaliar se o consumidor não o faz por incentivo de outros. De 
qualquer forma, pode-se definir o perfil e a tendência a partir dessa pesquisa. 
Por fim, destaca-se que o usuário é a pessoa que gera uma interação com um dis-
positivo (smartphone, computador ou tablet) – o dispositivo processa e recolhe essa 
interação que, posteriormente, é enviada à web, acumulando dados e informações. 
Os influenciadores do consumidor e-commerce
Para finalizar este ponto, sobre o perfil do consumidor, vale ressaltar a posição de 
 Kotler, que afirma que: “Para aumentar a probabilidade de conquistar defensores da mar-
ca, os profissionais de marketing deveriam apostar nos JMS: jovens, mulheres e netizens 
ou cidadãos da internet.” (2017, p. 48). 
Jovens
Para Kotler: “Os jovens de hoje serão, em um futuro próximo, o alvo primário e pro-
vavelmente os clientes mais rentáveis.” (2017, p. 49). Kotler destaca que: “O papel dos 
jovens em influenciar o restante do mercado é imenso.” (2017, p. 50). O autor aponta 
alguns argumentos: 
• Primeiro, “eles são adotantes iniciais (early adopters)” (2017, p. 50);
• Segundo, “os jovens são definidores de tendências” (2017, p. 50);
• Terceiro, “os jovens são agentes de mudanças” (2017, p. 51);
• Portanto, para Kotler: “Todos esses papéis – adotantes iniciais, definidores de ten-
dências e agentes de mudança – levam à conclusão de que os jovens são a chave 
para participação nas mentes.” (2017, p. 52). 
Mulheres 
Para Kotler (2017), o mercado feminino é outro alvo lógico para os profissionais de 
marketing. Para o autor, em geral, existem três papéis que as mulheres desempenham:
Primeiro, são coletoras de informações. Para o autor, as mulheres costumam passar 
horas nas lojas examinando a qualidade e comparando preços, bem como horas pes-
quisando on-line, ao passo que homens costumam limitar a pesquisa e ir atrás do que 
querem o mais rápido possível (KOTLER, 2017, p. 53). 
16
17
Segundo, são compradoras holísticas, ou seja, são expostas a mais fatores a serem 
considerados. Avaliam tudo – benefícios funcionais, emocionais, preços e demais ca-
racterísticas – antes de definir o verdadeiro valor dos produtos e serviços (KOTLER, 
2017, p. 53).
São gerentes domésticas, de acordo com o autor, elas merecem os títulos de di-
retoras financeiras, supervisoras de compras e gerentes ativos da família. O autor 
destaca que: 
Um relatório do Pew Research Center em 2008 revelou que em 41% dos 
domicílios americanos eram as mulheres que davam ordens, ao passo 
que em 26% dos domicílios os homens eram dominantes (no restante dos 
lares, homens e mulheres dividiam igualmente as tomadas de decisão). 
(KOTLER, 2017, p. 54)
Netizens
Kotler diz que: 
Michael Hauben, que cunhou a palavra netizen (cidadão da internet) no 
início da década de 1990, a define como as pessoas para além das fron-
teiras geográficas que se importam em desenvolver a internet para be-
nefício do mundo digital em geral e trabalham ativamente para esse fim. 
(KOTLER, 2017, p. 55) 
De acordo com o Kotler (2017), os netizens são os cidadãos da democracia, porque 
querem estar envolvidos no desenvolvimento da internet. Para o autor, mesmo exis-
tindo 3,4 bilhões de usuários da internet, nem todos podem ser considerados netizens 
ou cidadão da internet. O autor nos diz que: “Os netizens são conectores sociais.” 
(2017, p. 55). 
Kotler (2017) afirma que a forma mais popular de conexão social são os serviços 
de redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas, como Facebook, WhatsApp, 
QQ, Tumblr, Instagram e LinkedIn. 
Um ponto importante que autor destaca sobre os netizens é que eles são evange-
listas expressivos. Para o autor, existe um lado negativo nisso, que é: “o surgimento de 
agressores virtuais (cyberbullies), participantes inadequados (trolls) e odiadores (haters) 
na internet.” (2017, p. 56). Já o lado positivo é o fato de surgirem advogados de mar-
cas. De acordo com Kotler (2017), os netizens são advogados, evangelistas e também 
contadores de histórias que espalham notícias sobre as marcas pelas suas redes, ou seja, 
exercem uma influência enorme, tendo muitos seguidores, fãs e amigos. 
Para Kotler (2017), os netizens são contribuintes de conteúdos, contribuem com o 
desenvolvimento da internet, facilitam a vida dos outros usuários, sendo a contribui-
ção mais importante em diferentes formatos: artigos, white papers, e-books, infográ-
ficos, artes gráficas, jogos, vídeos e até filmes. Enfim, para o autor, quando se trata 
de propaganda boca a boca comunitária, os netizens são os melhores amplificadores, 
ou seja, a marca fluirá ao longo das conexões sociais ao receber o selo de aprovação 
do grupo. 
17
UNIDADE Economia Digital e a Base de Dados
Lojas Virtuais
O que caracteriza o e-commerce é a utilização de um site que interage com o consu-
midor facilitando as vendas. O site é o principal domínio da empresa e gera as princi-
pais informações.
Figura 6 – E-commerce
Fonte: Getty Images
Kotler (2013) diz que os varejistas on-line competem em três aspectos de transações:
• Interação do cliente com o site;
• Entrega; 
• Capacidade de resolver problemas quando eles ocorrem. 
Foi em 1995 que surgiram nos EUA os motores de busca Yahoo seguidos pelo Google 
em 1998, impulsionando suas próprias subsidiárias do e-commerce com compra de 
Google e leilão de Yahoo, nos anos seguintes.
Em 1998, houve outro avanço importante para o e-commerce, o surgimento da em-
presa global PayPal. Atualmente, opera em 190 mercados e gerencia mais de 300 mi-
lhões de contas. Principal característica da empresa é ser um banco adquirido que realiza 
o processamento de pagamentos para vendedores on-line, sites de leilão e outros usuá-
rios comerciais. 
As empresas passaram por grandes dificuldades quando estourou a chamada “bolha 
de oportunidade”, causando a quebra de muitas empresas na internet. Porém, é partir 
de 2000, que houve avanços no uso comercial da internet. 
A Amazon passou a oferecer mais produtos e, atualmente, oferece produtos variados, 
como software de computares, jogos de vídeo, eletrônicos, vestuário, móveis, alimentos 
e brinquedos. A Amazon também utiliza como recurso a avaliação de um produto, e 
utiliza os comentários dos consumidores como tática de mídia social eficaz para impul-
sionar vendas. 
A segurança foi das necessidades no mundo on-line. Em 2004, o Conselho de Pa-
drões de Segurança da Indústria de Cartões de Pagamento (PCI) foi criado para garantir 
18
19
que as empresas estavam cumprindo com os vários requisitos de segurança. Assim cres-
ceu também a confiança do consumidor e comércio eletrônico se expandiu. 
Com esses avanços, o e-commerce estavapreparado para crescer e se consoli-
dar, surgindo, assim, novas formas de comércio eletrônico, como m-commerce (mobile 
 commerce – comércio eletrônico por meio de dispositivos móveis), t-commerce (television 
commerce – comércio por meio da televisão), o social-commerce (comércio com influên- 
cia das redes sociais).
As modalidades do comércio eletrônico são:
• B2C – Business to Consumer: vendas de produtos diretamente para os consu-
midores finais;
• B2B – Business To Business: transações comerciais entre empresas e entidades; 
• B2G – Business to Government: atividades comerciais entre empresas privadas 
e governamentais; 
• B2I – Business to Institutions: atividades comerciais entre empresas e institui-
ções (educacionais, associações etc.).
• B2E – Business to Employee: modelo de comércio entre empresas que vendem 
serviços ou produtos para seus funcionários.
• E-Procurement: comércio eletrônico utilizado pelas empresas para compra de 
suprimentos (como materiais de escritório, higiene e limpeza etc.). 
Todas essas modalidades geram informações. Turchi (2018) ainda destaca que, em 
2011, com o fortalecimento de trocas de informações e influência nas mídias sociais, 
surgiu um termo novo, que é o BtonN, descrito assim:
• OtoO (On-line to Off-line): Serviços adquiridos no on-line para o uso no off-line; 
• BtonN, ou Business to Network: Difusão de informações que favorecem as em-
presas. Importante nesse caso é que, tanto pode ser um fator positivo como negati-
vo, caso o consumidor se sinta insatisfeito. É importante que empresas reconheçam 
o poder dos consumidores e explorem a expansão do boca a boca. 
O e-commerce pode-se distinguir entre:
• empresas inteiramente virtuais, que começaram com um site sem nenhuma exis-
tência prévia como empresa tradicional; e
• empresas virtuais e reais (brick-and-click), empresas existentes que acrescentaram 
um site de informações e/ou e-commerce a suas operações. 
De acordo com Turchi (2018), o Brasil ocupa o décimo lugar no ranking de fatura-
mento e-commerce mundial e é o líder na América Latina, representando em torno de 
41% das vendas, sendo aproximadamente 85% das compras feitas de empresas locais. 
Loja virtual
Para o consultor de administração austríaco Peter F. Drucker, o objetivo das ações de 
marketing é “entregar utilidade ao consumidor” (2001, p. 36). Drucker define a função 
da seguinte forma:
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UNIDADE Economia Digital e a Base de Dados
Figura 7 – Loja virtual
Fonte: Getty Images
Pode-se presumir que sempre haverá necessidade de algum esforço de 
vendas, mas o objetivo do marketing é tornar a venda supérflua. A meta 
é conhecer e compreender tão bem o cliente que o produto ou serviço 
se adapte a ele e se venda por si só. O ideal é que o marketing deixe o 
cliente pronto para comprar. A partir daí, basta tornar o produto ou o 
serviço disponível. (2001, p. 36)
É preciso pesquisar e estudar o que o consumidor quer. 
Importante!
Observamos que todos os dias surgem novos tipos de negócios com base nas oportuni-
dades e lacunas das necessidades humanas. Drucker afirma que é falso dizer que uma 
empresa existe somente pela motivação de lucro – “só existe uma definição válida para 
a finalidade de uma empresa: criar um consumidor” (2001, p. 35). As organizações bus-
cam a inovação através da descoberta de novas necessidades e assim buscam desenvol-
ver novas oportunidades, expandindo mercados. Drucker afirma que a empresa “tem 
duas funções básicas: marketing e inovação” (2001, p. 3). 
Algumas perguntas de Drucker: a organização procura entender “qual é o seu negó-
cio” (2001, p. 38), ou seja: que necessidade vou atender? Indústria farmacêutica? Indús-
tria de automóveis? Serviços? Alimentos? E, com as ferramentas de marketing, atender 
melhor o consumidor. Assim, Drucker afirma que as empresas devem: “converter as 
necessidades em oportunidade para negócios lucrativos” (2001, p. 39).
São muitos os formatos para a atividade on-line. Dentre esses formatos, estão:
• Shoppings virtuais: A loja nesse formato oferece produtos com outros lojistas, 
economizando custos;
• Lojas customizadas: O investimento é maior tanto no desenvolvimento com na 
manutenção do site;
• Sites de compras coletivas e clubes de compras.
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Depois da pandemia da COVID 19, com o apelo para que as pessoas fiquem em 
casa, o comércio eletrônico deu um salto ainda maior. O ambiente virtual é uma rea-
lidade, e empresas como a Amazon se tornaram a principal empresa do e-commerce 
com uma grande valorização da marca, mas outras empresas e, até mesmo pequenas 
empresas, estão colhendo bons resultados. 
E-commerce B2B
Embora haja muita atenção a sites B2C (business-to-consumer), a atividade é intensa 
nos sites B2B (business-to-business, de empresa para empresa).
Figura 8 – E-consumidor
Fonte: Getty Images
De acordo com Turchi: “Uma dúvida frequente dos empreendedores é saber qual o 
melhor formato de e-commerce quando se trata de franquias, de operações atacadistas 
e do mercado B2B (business-to-business) para que não haja conflito.” (2018, p. 42). 
Destaca--se que, nesse tipo de negócios, as empresas adquirem componentes, pro-
dutos e matéria-prima através de transações entre empresas, o que significa vendas mais 
complexas e maiores, por causa do volume e dos valores. 
Em Síntese
Nesta unidade, destacou-se a evolução do comercio eletrônico no mundo e no Brasil. É 
importante destacar que essa mudança gerou um novo tipo de consumidor. O estudo do 
comportamento deste novo consumidor é importante e a base de informações geradas 
pelos dispositivos, computador, smartphones e tablets chegam de forma rápida e precisa. 
Outro ponto destacado nesta unidade são lojas on-line e o seu crescimento. As formas 
de negócios e como tudo isso está contribuindo para uma realidade de mudança social 
e econômica. 
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UNIDADE Economia Digital e a Base de Dados
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
e-Talks | E-commerce, comércio eletrônico, loja virtual: Como fazer? – Endeavor Brasil
https://youtu.be/XChsJUlfUx0
 Leitura
Comércio Eletrônico Riscos nas Compras pela Internet
https://bit.ly/3e7cSSt
As Principais Estratégias da Amazon e como ela pode acabar com sua empresa no Brasil
https://bit.ly/32VXEcm
Comércio Eletrônico: A revolução em tempos digitais
https://bit.ly/2Rc8CHX
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Referências
DRUCKER, P. O melhor de Peter Drucker: a administração. São Paulo: Nobel, 2001.
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing. São Paulo: Pearson Education 
do Brasil, 2013.
________; KARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. Marketing 4.0: do Tradicional ao Digital. 
Rio de Janeiro: Sextante, 2017. 
TURCHI, S. R. Estratégias de Marketing Digital e E-Commerce. São Paulo: Atlas 
Ltda., 2018.
Sites Visitados
Digitalks. Disponível em: <http://www.digitalks.com.br>. Acesso em: 16/03/2019.
Ebit. Disponível em: <http://www.ebit.com.br/empresa>. Acesso em: 16/03/2019.
Wikipedia. Disponível em: <http://www.wikipedia.com.br>. Acesso em: 20/06/2018.
Marketing. Disponível em: <http://www.marketing.com>. Acesso em: 12/05/2018.
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http://www.marketing.com

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