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Introducao a neurotransmissao SNC

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1) Comente sobre as funções das macróglias e micróglias no SNC. 
Macróglias: Consiste em astrócitos, oligodendróglia, células ependimárias e glia radial. 
Astrócitos células interpostas entre os vasos sanguíneos e os neurônios. São as mais 
abundantes dessas células e, com frequência, circundam compartimentos isolados de 
complexos sinápticos. Os astrócitos desempenham uma variedade de funções de suporte 
metabólico, incluindo o fornecimento de intermediários energéticos, a ancoragem dos 
neurônios a seu suprimento sanguíneo e a regulação do ambiente externo do neurônio por 
meio de remoção ativa de neurotransmissores e íons em excesso após a liberação. 
Oligodendrócitos produz mielina, as membranas de múltiplas camadas compactadas que 
isolam eletricamente segmentos de axônios e possibilitam a propagação não decrescente 
dos PA. 
Células ependimárias revestem a medula espinhal e o sistema ventricular e participam na 
formação do LCS 
Células radicais atuam como neuroprogenitores e células de suporte. 
 
Micróglias: Fazem a vigilância ativa do tecido cerebral e da medula. 
Consiste em células imunes especializadas encontradas no SNC. Embora o cérebro seja 
imonologicamente protegido pela BHE, essas células da micróglia atuam como macrófagos 
para proteger os neurônios e, portanto, são mediadores da resposta imune no SNC. A 
micróglia responde a lesão e a inflamação neuronais. 
 
 
2) Descreva as funções da barreira hematoencefálica. 
A BHE é uma importante linha divisória entre a periferias (capilares que transportam 
o sangue) e o SNC. Essa barreira consiste em células endoteliais, astrócitos e 
periquitos em uma membrana basal acelular. A BHE impede ou diminui o acesso 
livre de componentes do sangue circulante ao cérebro. Em termos de terapia do 
SNC, a BHE representa um obstáculo significativo a ser superado para o 
fornecimento de fármacos ao local de ação. Uma exceção é a das moléculas 
lipofílicas, que sofrem difusão de maneira bastante livre através da BHE, 
acumulando-se no cérebro. Além de sua relativa impermeabilidade a pequenas 
moléculas polares, como os neurotransmissores, a BHE pode ser vista como uma 
combinação de distribuição de solutos através dos vasos sanguíneos (que governa 
a passagem por propriedades definíveis, como peso molecular, carga e 
lipofilicidade) e a presença ou ausência de sistemas de transporte que dependem 
de energia. Todavia, as células existentes dentro da barreira também possuem a 
capacidade de transportar ativamente moléculas, como glicose e aminoácidos, que 
são fundamentais para a função do cérebro. Um desses sistemas de transporte que 
é seletivo para aminoácidos grandes catalisa o movimento da L-dopa através da 
BHE e, portanto, contribui para a utilidade terapêutica da L-dopa no tratamento da 
doença de Parkinson. Além disso, para alguns compostos, incluindo metabolitos de 
neurotransmissores, como o ácido homovanilico e o ácido 5-hidroxindolaceico, o 
sistema de transporte de ácidos do plexo corioideo fornece uma importante via para 
a depuração do cérebro. 
As substancias que raramente tem acesso ao cérebro a partir da corrente 
sanguínea frequentemente podem alcança-lo quando injetadas diretamente no LCS 
e, em certas condições terapêuticas, o desvio da barreira pode ser benéfico para 
possibilitar a entrada de agentes quimioterápicos. Outras manifestações clinicas, 
como isquemia e inflamação cerebrais, também podem modificar a BHE, 
aumentando, assim, o acesso a substancias que normalmente não entrariam no 
cérebro. Essa barreira não existe no sistema nervoso periférico e é muito menos 
proeminente no hipotálamo e em vários pequenos órgãos especializados (órgãos 
circunventriculares) que revestem o terceiro e o quarto ventrículo do cérebro: a 
eminencia mediana, a área postrema, a glâdula pineal, o órgão subfornical e o 
órgão subcomissural. Embora a sua estrutura e posição anatômica possam tornar 
essas áreas mais acessíveis a modulação fisiológica e farmacológica, de modo 
global, a BHE continua sendo constantemente considerada para acesso 
farmacológico ao SNC. Para uma visão farmacologia da BHE, ver “A barreira 
hematencefálica: um conceito farmacológico”. 
 
 
3) Correlacione a(s) patologia(s) com os possíveis neurotransmissores 
envolvidos: 
 
a. Serotonina 
A serotonina desempenha um papel importante na regulação e modulação do humor, sono, 
ansiedade, sexualidade e apetite. Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina, 
geralmente referidos como ISRSs, são um tipo de medicação antidepressivacomumente 
prescrita para tratar depressão, ansiedade, transtorno do pânico e ataques de pânico. 
SSRIs trabalham para equilibrar os níveis de serotonina, bloqueando a recaptação de 
serotonina no cérebro, o que pode ajudar a melhorar o humor e reduzir sentimentos de 
ansiedade. 
b. GABA 
O ácido gama-aminobutírico (GABA) age como o principal mensageiro químico inibidor do 
corpo. O GABA contribui para a visão, controle motor e desempenha um papel na regulação 
da ansiedade. Os benzodiazepínicos, usados para ajudar no tratamento da ansiedade, 
funcionam aumentando a eficiência dos neurotransmissores GABA, o que pode aumentar a 
sensação de relaxamento e calma. 
 
c. Dopamina 
A dopamina desempenha um papel importante na coordenação dos movimentos do corpo. 
A dopamina também está envolvida em recompensa, motivação e acréscimos. Vários tipos 
de drogas viciantes aumentam os níveis de dopamina no cérebro. A doença de Parkinson, 
que é uma doença degenerativa que resulta em tremores e prejuízos no movimento motor, 
é causada pela perda de neurônios geradores de dopamina no cérebro. 
d. Acetilcolina 
A acetilcolina é o único neurotransmissor da sua classe. Encontrado nos sistemas nervoso 
central e periférico, é o principal neurotransmissor associado aos neurônios motores. Ela 
desempenha um papel nos movimentos musculares, bem como na memória e na 
aprendizagem.

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