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59 Biologia Aula 16 Histologia Animal-II Tecido conjuntivo hematopoiético É responsável pela produção do sangue. Há dois tipos desse tecido: o mielóide, a medula vermelha dos ossos, responsável pela produção de hemácias, leucócitos granulócitos e plaque- tas; o linfóide, representado pelas amígdalas, o timo, o baço, e os gânglios linfáticos, que fazem o acabamento dos leucócitos agranulócitos que iniciam sua formação na medula vermelha. Sangue: é constituído por uma substância intercelular líquida, o plasma e pelos glóbulos sangüíneos. a) plasma: além de grande quantidade de água, nele encontramos sais, glicose, gor- duras, gás carbônico sob a forma de bi- carbonato e proteínas (globulina, que con- stituem os anticorpos e fibrinogênio, que age na coagulação). b) glóbulos sangüíneos: hemácias - anu- cleadas, bicôncavas, graças à hemoglo- bina que apresentam, fazem a hematose (oxigenação do sangue) e transportam oxigênio; leucócitos: relacionados à def- esa contra agentes estranhos, são capazes de sair do vaso sangüíneo e agir nos teci- dos (diapedese); os leucócitos são classifi- cados em granulócitos - ligados à defesa por fagocitose, os mais importantes são os neutrófilos e agranulócitos - fazem a def- esa com anticorpos e os mais importantes são os linfócitos; plaquetas - fragmentos de citoplasma que atuam na coagulação sangüínea. hemácia neutrófilo linfócito plaquetas Tecido muscular Está relacionado ao movimento dos ossos, dos órgãos e da pele. A célula muscular, tam- bém chamada fibra muscular, tem formato fusiforme e, no hialoplasma, apresenta grande quantidade de miofibrilas de actina e miosina, responsáveis pelo alongamento e contração. núcleo fibra muscular com miofibrilas De acordo com a distribuição no corpo e a disposição das miofibrilas os músculos são clas- sificados em: MÚSCULO LISO Com células fusiformes, uninucleadas e contração involuntária, é encontrado em órgãos ocos (esôfago, estômago, útero, bexiga). MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO Com fibras robustas, estriadas, plurinucleadas e contração voluntária, se prendem aos ossos por tendões. MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO Com fibras ramificadas, estriadas, com 1 ou 2 núcleos, tem contração involuntária e constitui o coração. A contração muscular ocorre com gasto de energia fornecida pelo ATP e permite que os filamentos de actina deslizem sobre os de miosina, encurtando a fibra muscular. A liga- ção entre as duas proteínas contráteis é feita através dos íons de cálcio, que ao liberarem as fibras, permitem seu relaxamento. 60 Pré-vestibular Tecido nervoso É responsável pela percepção de estímu- los, armazenamento de informações e coman- do de respostas musculares e glandulares. Constituem o tecido nervoso as células da glia ou neuroglia e os neurônios. a) células da glia: exercem funções varia- das, sintetizando substâncias nutritivas e participando do sistema de defesa dos neurônios. b) neurônios: são células sofisticadas e rami- ficadas, constituídas por: corpo celular e axônio. Do corpo celular, onde estão cito- plasma e núcleo, saem ramificações curtas denominadas dendritos; o axônio, prolon- gamento maior, é recoberto pela bainha de mielina, produzida pelas células de Schwann (entre elas, os nódulos de Ran- vier); no final do axônio, os telodendros que terminam em vesículas contendo hor- mônios neurotransmissores. axônio neurônio Impulso nervoso: é a função do neurônio e se processa sempre dos dendritos para o axônio. Quando em repouso, o neurônio apresen- ta a membrana polarizada: eletropositiva fora (graças ao Na+) e eletronegativa dentro (K+ e muitos íons orgânicos), o que cria um potencial de repouso de 70 milivolts. Quando estimulado, pequenos canais na membrana do neurônio permitem a entrada do Na+, provocando uma inversão de cargas elétricas na membrana, que agora fica positivo dentro e negativo fora. O po- tencial de ação passa a ser de 35 milivolts e di- zemos que nessa região a membrana está des- polarizada. Entre dois neurônios, a passagem do impulso nervoso se dá através da sinapse, espaço entre o final do axônio de um neurônio e o dendrito de outro. Pelo espaço, as vesícu- las do neurônio liberam os hormônios neuro- transmissores que estimulam o dendrito do neurônio seguinte. Exercícios 1. (UNICAMP) Considere alguns tipos ce- lulares diferenciados do corpo humano: neurônio, célula muscular, hemácia e leu- cócito. Indique, para cada uma, uma ca- racterística estrutural importante relacio- nando-a a sua função. 2. (UFMT) Faça uma comparação entre mús- culo esquelético e músculo liso exemplifi- cando sua ocorrência no corpo humano. 3. (PUCMG) Talvez você já tenha feito exa- mes de sangue por solicitação médica para saber como está sua saúde. Células san- guíneas apresentam funções específicas ou não, e a alteração na quantidade delas nos indica determinados desequilíbrios na saúde. A relação está incorreta em: a) menor quantidade de leucócitos leucemia b) menor quantidade de plaquetas deficiência de coagulação c) menor quantidade de hemácias anemia d) maior quantidade de eosinófilos processo alérgico 4. (UFG) Leia com atenção o trecho a seguir: “[...] material gorduroso se acumula gra- dualmente na superfície das paredes dos vasos. Quando um depósito ou placa cres- ce, pode fechar o “cano”, impedindo que o sangue chegue ao tecido para onde está destinado. Depois de algum tempo sem re- ceber sangue, o tecido morre. Se for uma parte do músculo cardíaco ou do cérebro, ocorre um infarto ou um derrame”. (LIBBY, Peter. Arteriosclerose: o novo ponto de vista. “Scientific American”, n.2, p. 55-63, jul. 2002.) 61 Biologia De acordo com o assunto, pode-se afirmar que a) o material gorduroso que se acumula no vaso sanguíneo como placa pode aumentar a pressão do sangue na pa- rede deste vaso. b) as células responsáveis pela defesa, que são as hemácias, irão se romper, para combater as células inflamató- rias no local que ocorreu o derrame. c) os leucócitos e os monócitos são as células responsáveis pela degradação das gorduras depositadas na parede dos vasos sanguíneos e linfáticos. d) no infarto, o tecido morre porque suas células recebem muito oxigênio e outros nutrientes, ocorrendo então uma intoxicação letal. 5. (PUCMG) São afirmativas válidas a res- peito de alguns tecidos, exceto: a) Os epitélios não são vascularizados, sendo nutridos por difusão a partir do conjuntivo subjacente. b) Os capilares sangüíneos são cons- tituídos apenas por tecido epitelial pavimentoso chamado endotélio, de origem mesodérmica. c) Enquanto nos tecidos epiteliais de re- vestimento as células são justapostas, no conjuntivo elas são separadas por grandes quantidades de substâncias intercelulares. d) O sangue é um tecido líquido com grande variedade de células e prote- ínas solúveis. e) Todos os tecidos conjuntivos são de origem mesodérmica e vasculariza- dos, exceto o ósseo e o cartilaginoso. 6. (CESGRANRIO) Analise as afirmações a seguir sobre um grupo de células perten- centes ao tecido hematopoiético. I. A destruição dessas células leva à for- mação da bilirrubina. II. São células que permanecem na cir- culação no máximo por 120 dias. III. São células bicôncavas com uma grande área que permite a entrada de oxigênio. As células a que se referem as afirmações anteriores são os (as): a) linfócitos. b) eritrócitos. c) leucócitos. d) monócitos. e) plaquetas. 7. (UFPE) No estudo da histologia animal, é muito importante conhecer as característi- cas das células. Assinale a alternativa que indica corretamente os tecidos em que as células descritas em 1, 2 e 3 são encontra- das, nesta ordem. Tecido Características 1. céulas grandes, nucladas, de formato irregular e que apresentam grande capacidade de fagocitar, sendo importantes no combate a elementos estranhos ao corpo. 2. células longas, com muitos núcleos dispostos na periferiae que apresentam estrias longitudinais e transversais, com disposição regular. 3. células que permitem ao organismo responder a alterações do meio e que apresentam um corpo celular de onde partem dois tipos de prolongamento. a) Conjuntivo, muscular estriado esque- lético e nervoso. b) Sangüíneo, muscular liso e ósseo. c) Epitelial, muscular cardíaco e nervoso. d) Epitelial glandular, muscular estriado esquelético e hematopoiético. e) Conjuntivo frouxo, muscular cardía- co e conjuntivo reticular. 8. (PUCCAMP) Movimento: Entre os numerosos erros que afetam as medidas no campo do esporte, aquele que é mais freqüentemente cometido e que, no entanto, poderia ser mais facilmente cor- rigido, está relacionado com a variação da aceleração da gravidade. Sabe-se que o alcance de um arremesso, ou de um salto à distância, é inversamen- te proporcional ao valor de g, que varia de um local para o outro da Terra, dependen- do da latitude e da altitude do local. Então, um atleta que arremessou um dardo, por exemplo, em uma cidade onde o valor de g é relativamente pequeno (grandes altitudes e pequenas latitudes) será beneficiado. Para dar uma idéia da importância des- tas considerações, o professor americano P. Kirkpatrick, em um artigo bastante di- vulgado, mostra que um arremesso cujo alcance seja de 16,75 m em Boston cons- tituía, na realidade, melhor resultado do que um alcance de 16,78 m na Cidade do México. Isto em virtude de ser o valor da aceleração da gravidade, na Cidade do México, menor do que em Boston. As correções que poderiam ser facilmente feitas para evitar discrepâncias desta na- 62 Pré-vestibular tureza não são sequer mencionadas nos regulamentos das Olimpíadas. (MÁXIMO, Antônio e ALVARENGA, Beatriz . Curso de Física. v. 1. São Paulo: Scipione, 1997. p. 148) O arremesso de dardo exige do atleta con- tração muscular. Isso ocorre devido ao a) deslizamento dos filamentos de acti- na sobre os de miosina. b) encurtamento das fibras de mioglobi- na, com gasto de ATP. c) movimento dos sarcômeros sobre os filamentos de miosina. d) deslocamento da fosfocreatina para fora das miofibrilas. e) estímulo da linha Z com produção de ATP e acetilcolina. 9. (UFPE) Nas alternativas a seguir, es- tão correlacionados alguns tipos de células e os tecidos onde as mesmas são encontradas. Uma destas associa- ções está incorreta. Assinale-a. Células Tecido a) macrófagos epitelial simples b) osteoblastos conjuntivo ósseo c) condroblastos conjuntivo cartilaginoso d) neurônios nervoso e) células da glia nervoso 10. (FATEC) Associe os tipos de tecidos da Co- luna I com as características da Coluna II: Coluna I 1. tecido sangüíneo 2. tecido ósseo 3. tecido muscular 4. tecido nervoso 5. tecido epitelial 6. tecido conjuntivo Coluna II A. células envoltas por matriz sólida B. células alongadas que contêm molé- culas protéicas de actina e miosina dispostas em miofibrilas C. células isoladas mergulhadas no plasma D. células alongadas com corpo celular e muitas ramificações E. células esparsas mergulhadas em substância fundamental gelatinosa que contém fibras protéicas F. células justapostas, poliédricas e com uma finíssima camada cimentante A associação correta é: a) 1C; 2A; 3B; 4D; 5F; 6E b) 1E; 2A; 3B; 4F; 5C; 6D c) 1E; 2B; 3D; 4F; 5A; 6C d) 1C; 2A; 3D; 4F; 5B; 6E e) 1C; 2E; 3B; 4D; 5F; 6ª 11. (PUCPR) Característica importante dos seres vivos pluricelulares é a divisão de trabalho que existe entre suas células. No corpo humano, por exemplo, há diferentes grupos de células que cooperam entre si, garantindo a sobrevivência do organismo. São os tecidos. A recepção e transmissão de impulsos elé- tricos, a absorção de alimentos e a sustenta- ção de diversas partes do corpo são funções, respectivamente, dos seguintes tecidos: a) tecido nervoso, tecido conjuntivo e te- cido muscular estriado. b) tecido sangüíneo, tecido conjuntivo e tecido muscular estriado. c) tecido nervoso, tecido adiposo, tecido muscular liso e estriado. d) tecido nervoso, tecido epitelial e teci- do cartilaginoso. e) tecido conjuntivo, tecido glandular e tecido cartilaginoso. Aula 17 Histologia Vegetal Os vegetais apresentam tecidos com carac- terísticas estruturais e fisiológicas diferentes dos tecidos animais. Nas plantas, os tecidos são clas- sificados em: embrionários e adultos. Os tecidos embrionários são formados por células que ficam em constantes divisões; quando perdem essa ca- pacidade transformam-se em tecidos adultos, com células diferenciadas e várias funções. Tecidos embrionários Também chamados meristemas, têm célu- las que fazem constantes mitoses e, ao aumen- tarem seu volume, promovem o crescimento da planta. São encontrados dois tipos de meriste- mas: primário e secundário. a) Meristemas primários: estão localizados nas extremidades da raiz, do caule e dos ga- lhos, sendo responsáveis pelo crescimento, 63 Biologia em comprimento, do vegetal. Nos primei- ros centímetros desses órgãos, encontra- se o dermatogênio, responsável pela for- mação da epiderme da planta; periblema, forma a casca e, na parte interna, o plero- ma origina os vasos condutores do cilindro central. Na raiz, além dos três meristemas citados, ocorre o caliptrogênio, que repõe as células que constituem a coifa (capuz gelatinoso que protege a ponta da raiz). Os meristemas primários são encontrados em gimnospermas (pinheiros) e angiospermas (plantas com fruto). Meristemas primários na raiz PLEROMA – forma o cilindro central PERIBLEMA – forma a casca DERMATOGÊNIO – forma a epiderme CALIPTROGÊNIO – forma a coifa b) Meristemas secundários: depois de dois anos de idade, algumas plantas apresen- tam, na região mais velha do caule e na região mais velha da raiz, algumas células adultas que recuperam a capacidade de realizar mitoses e promovem o crescimen- to, em espessura, desses órgãos: é o meri- stema secundário. Na casca, um círculo de células recomeça a divisão e constitui o felogênio, meristema secundário que for- ma, para o lado de fora da planta o súber e, para o lado de dentro a feloderme; no cilin- dro central, um círculo de células constitui o câmbio e, quando as divisões recomeçam, ele origina, para fora, o floema (vasos que transportam seiva orgânica) e, para den- tro o xilema (vasos que transportam seiva inorgânica). Os meristemas secundários atuam em todas as gimnospermas e nas angiospermas dicotiledôneas. súber felogênio feloderme floema câmbio xilema Tecidos adultos Formados pelos meristemas quando suas células param de se dividir. Os tecidos adultos são classificados de acordo com a função que executam em: tecidos de revestimento, de preenchimento, de sustentação, de secreção e de condução. Tecidos de revestimento Originada pelo meristema primário, temos a epiderme, tecido vivo e aclorofilado que reveste o corpo do vegetal; nos órgãos aéreos é recober- ta por uma cutícula que controla a transpiração; são anexos da epiderme os pêlos ou tricomas (absorventes e glandulares); os estômatos (que controlam a transpiração); os acúleos (para defe- sa). De origem secundária temos o súber, tecido morto pela impregnação de suberina e que fun- ciona como isolante térmico em raízes e caules de grande porte; são anexos do súber as lentice- las (favorecem a aeração) e o ritidoma (porções do súber que se destacam). Epiderme com cutícula Súber ou cortiça Tecidos de preenchimento ou parênquimas São constituídos por células vivas e deno- minadas de: aerênquima, quando acumulam ar entre as células (plantas aquáticas); aqüífero, quando reservam água (plantas xerófitas); de reserva, quando acumulam substâncias nutri- tivas (raízes e sementes); clorênquima, quando apresentam cloroplastos e fazem fotossíntese (folhas e caules verdes). ClorênquimaAerênquima Aqüífero De reserva Tecidos de secreção Elaboram e eliminam secreções: glându- las digestivas, em plantas insetívoras, servem para digestão de proteínas; nectários,eliminam o néctar para atração de animais; tubos laticí- feros, secretam o látex, substância cicatrizante; vasos resiníferos, em pinheiros, produzem a resina que tem função protetora. Glândulas digestivas Nectários 64 Pré-vestibular Tecidos de sustentação Servem para suportar o vegetal: colên- quima, tecido vivo, flexível, clorofilado, com depósitos de celulose nos ângulos das células, é encontrado em peças verdes da planta; escle- rênquima, tecido rígido constituído por células mortas pela impregnação de lignina; é encontra- do sob a forma de fibras (ao lado dos vasos con- dutores) e células pétreas (caroço de frutos). Colênquima Esclerênquima Tecidos de condução São responsáveis pelo transporte das sei- vas: xilema, formado pelo conjunto de vasos lenhosos, tubos mortos e ocos que transportam água e sais minerais (seiva bruta ou inorgâni- ca), sempre no sentido ascendente; floema, for- mado pelo conjunto de vasos liberianos, tubos vivos, anucleados, associados a células compa- nheiras (nucleadas) e que transportam água e açúcar (seiva elaborada ou orgânica) no sentido ascendente e descendente. Os vasos lenhosos, quando velhos ou doentes, são fechados, irre- versivelmente, por prolongamentos celulares denominados tilas; no outono/inverno, os vasos liberianos de algumas plantas têm seus orifícios (placa crivada) obstruídos pelo depósito de ca- lose que, na primavera é removido. Floema: vasos liberianos que transportam seiva orgânica; no detalhe, a placa crivada. Xilema: vasos lenhosos, mortos pela lignina e que transportam seiva inorgânica. Exercícios 1. (UFV) Em relação aos tecidos vegetais: a) Qual a função dos meristemas primá- rios e onde se localizam? b) Qual a função dos meristemas secun- dários? c) Escreva uma característica do esclerên- quima que o diferencia do colênquima. d) Dê o nome do tecido localizado nas folhas e nos caules jovens, caracteri- zado por células ricamente clorofila- das com função fotossintética. 2. (UNICAMP) A remoção de um anel da cas- ca do tronco de uma árvore provoca um espessamento na região situada logo aci- ma do anel. A árvore acaba morrendo. a) O que causa o espessamento? Por quê? b) Por que a árvore morre? c) Se o mesmo procedimento for feito num ramo, as folhas ou frutos desse ramo tenderão a se desenvolver mais do que os de um ramo normal. Por que isso ocorre? 3. (FATEC) Ao microscópio óptico, ao ser ob- servado um certo tecido, em corte trans- versal, foi possível identificar as seguintes características citológicas: I. Células vivas. II. Membranas celulósicas cutinizadas. III. Citoplasma sem cloroplasto. IV. Células intimamente unidas. Baseado nessas características, podemos afirmar: a) É epiderme vegetal. b) Pode se tratar de um tecido animal. c) Corresponde ao floema responsável pelo transporte da seiva elaborada. d) É o meristema primário responsável pelo crescimento do vegetal. e) É o meristema secundário responsá- vel pelo crescimento do vegetal em espessura. 4. (UFAL) Para demonstrar a ocorrência de mitoses em uma planta, um professor deve utilizar preparações feitas com: a) meristema apical de raiz. b) parênquima clorofilado. c) medula de caule. d) epiderme superior de folha. e) células crivadas do floema. 5. (FUVEST) Enquanto a clonagem de ani- mais é um evento relativamente recente no mundo científico, a clonagem de plan- tas vem ocorrendo já há algumas décadas com relativo sucesso. Células são retira- das de uma planta-mãe e, posteriormente, são cultivadas em meio de cultura, dando origem a uma planta inteira, com genoma 65 Biologia idêntico ao da planta-mãe. Para que o pro- cesso tenha maior chance de êxito, deve- se retirar as células: a) do ápice do caule. b) da zona de pêlos absorventes da raiz. c) do parênquima dos cotilédones. d) do tecido condutor em estrutura pri- mária. e) da parede interna do ovário. 6. (PUCCAMP) As árvores possuem vários tipos de tecidos. Tecido Função Localização na planta esclerênquima sustentação I epiderme revestimento e impermeabilidade partes jovens da planta e folhas colênquima II toda a planta III condução de seiva bruta das raízes até as folhas meristema primário IV ápices de caules e raízes Para completar corretamente a tabela aci- ma, deve-se substituir I, II, III e IV, respec- tivamente, por: a) folhas e raízes, reserva energética, floema, multiplicação celular e cres- cimento. b) associado ao sistema condutor, sus- tentação, xilema, multiplicação celu- lar e crescimento. c) caule, condução de seiva elaborada, parênquima, preenchimento de espa- ços internos. d) tronco, proteção e condução de seiva elaborada, meristema, reprodução assexuada. e) interior dos feixes liberianos, fotos- síntese, lenho, reprodução. 7. (PUCPR) A organização do corpo dos vege- tais é bem diferente da organização do corpo dos animais. A maior parte dessas diferenças deve ser interpretada como adaptação ao modo autotrófico de vida que caracteriza os vegetais, em oposição ao modo heterotrófico dos animais. Assim, podemos afirmar: a) As células vegetais são formadas por paredes espesssa, que dão resistência e sustentação às diferentes partes da planta, constituindo os chamados te- cidos de sustentação, representados pelos vasos condutores de seiva. b) Revestindo os vegetais, há estruturas que fornecem proteção mecânica e, nas plantas terrestres, evitam a de- sidratação, como a epiderme (nas fo- lhas e nas partes jovens do caule e da raiz) e o súber (nas células mais ve- lhas do caule e da raiz). c) As briófitas, as pteridófitas, as gim- nospermas e as angiospermas desen- volveram um sistema de transporte de seiva bruta e elaborada através de te- cidos condutores de seiva, representa- dos pelos vasos lenhosos e liberianos. d) A água e o gás carbônico usado na fotossíntese para produzir glicídios e outros compostos orgânicos, são dis- tribuídos para todo o corpo da planta, pelos vasos liberianos. e) Há tecidos que fabricam diversas substâncias úteis à planta, como o néctar, que atrai aves e insetos poli- nizadores, favorecendo a fecundação cruzada entre os indivíduos vegetais, permitindo, assim, a manutenção do padrão genético da espécie, sem pro- vocar alterações fenotípicas. 8. (UFMG) Observe os esquemas de tecidos, numerados de 1 a 5. Indique a alternativa que contém os nú- meros relacionados apenas a tecidos vegetais. a) 1 e 4. b) 1 e 5. c) 2 e 3. d) 2 e 4. e) 3 e 5. 9. (UFSM) Analise as seguintes afirmações: I. O parênquima aqüífero ocorre em plantas de regiões desérticas. II. O parênquima cortical ocorre comu- mente em caules. III. Os parênquimas paliçádico e lacuno- so ocorrem em raízes e caules. Está(ão) correta(s): a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas I e II. e) I, II e III. 10. (UNESP) Nos vegetais, estômatos, xilema, floema e lenticelas têm suas funções rela- cionadas, respectivamente, a: 66 Pré-vestibular a) trocas gasosas, transporte de água e sais minerais, transporte de substân- cias orgânicas e trocas gasosas. b) trocas gasosas, transporte de subs- tâncias orgânicas, transporte de água e sais minerais e trocas gasosas. c) trocas gasosas, transporte de subs- tâncias orgânicas, transporte de água e sais minerais e transporte de sais. d) absorção de luz, transporte de água, transporte de sais minerais e trocas gasosas. e) absorção de compostos orgânicos, transporte de água e sais minerais, transporte de substâncias orgânicas e trocas gasosas. 11. (PUCSP) Um casal de namorados, com au- xílio de um canivete, faz a inscrição de seus nomes ao redor do tronco de uma árvore. Passados seis meses, o casal se separa. O rapaz vai até a árvore e retira um anel da casca, circundando o tronco na região que continha a inscrição. Após algum tempo, o casal se reconcilia e volta à árvore para refazer a prova de amor, mas, para sua sur- presa, encontram-na morta, porque o anel de casca que foi retirado continha: a) além da periderme, o floema.b) além da periderme, o xilema. c) apenas o floema. d) apenas o xilema. e) o xilema e o floema. 12. (UDESC) O cheiro típico da casca de limão ou das folhas de eucalipto deve-se à presen- ça de substâncias armazenadas em: a) canais resiníferos b) hidatódios c) bolsas secretoras d) acúleos e) estômatos Aula 18 Orgãos Vegetais-I Nos vegetais os órgãos são classificados em: vegetativos, aqueles dos quais depende a vida da planta – raiz, caule e folha; reproduti- vos, aqueles que servem a perpetuação da espé- cie – flor, fruto e semente. fruto raiz flor caule folha Órgaos vegetativos Raiz: geralmente um órgão subterrâneo, a raiz normal é originada pela radícula da se- mente e apresenta as funções de absorção de água e sais, fixação da planta e, em algumas plantas reserva de nutrientes. Quando as raí- zes são formadas pelo caule, pelas folhas ou ga- lhos, são chamadas de adventíceas. a) regiões da raiz – de baixo para cima a raiz apresenta: a coifa para proteção da ex- tremidade; zona lisa ou de crescimento, onde estão os meristemas primários; zona pilífera ou de absorção, onde os pêlos ab- sorventes retiram água e sais minerais do solo; zona suberosa ou de ramificação, a mais velha da raiz, pode crescer em es- pessura e ramificar em raízes menores ou radicelas; cólon ou coleto, região de tran- sição entre raiz e caule. coifa colo radicela zona suberosa zona pilífera zona lisa b) anatomia da raiz – em corte na região dos pêlos absorventes, observamos na casca: rizoderme, a epiderme da raiz; parên- quima cortical; endoderme com estrias de 67 Biologia Caspary e células de passagem para regu- lar a entrada de seiva nos vasos lenhosos; no cilindro central: periciclo, primeira camada de células responsável pela for- mação das radicelas; feixe radial com o epiderme exoderme parênquima cortical endoderme parênquima medular xilema floema periciclo casca cilindro central c) tipos de raiz – subterrâneas: axial ou pivotante, têm uma raiz principal (pin- heiros e dicotiledôneas); fasciculadas ou cabeleira, todas as raízes têm o mesmo tamanho e espessura (monocotiledôneas); tuberosas, fazem reserva de nutrientes (cenoura). Aéreas: escoras, raízes adventí- ceas que auxiliam na fixação dos caules (milho); grampiformes, prendem plantas trepadeiras (hera); pneumatóforos, raízes respiratórias (plantas de mangue); haus- tórios, raízes de plantas parasitas (erva- de-passarinho); cinturas, em plantas epífi- tas (orquídeas). Aquáticas: raízes ricas em parênquima aerífero (aguapé). axial fasciculada tuberosa escora pneumatóforo haustório xilema com formato estrelado e, entre os braços da estrela, o floema; os espaços in- ternos são preenchidos pelo parênquima medular. 68 Pré-vestibular Caule: órgão geralmente ereto serve para sustentação das partes aéreas, conduzir sei- vas e em alguns casos, armazenar substâncias nutritivas. O caule é originado do caulículo e da gêmula da semente e tem capacidade de brotamento. a) regiões do caule: o caule apresenta nós, regiões de esgalhamento; internós, espa- ços entre os galhos e entre folhas; gemas, regiões meristemáticas responsáveis pelo crescimento e brotamento. internó (espaço) gema apical (crescimento) gema lateral (brotamento) nó (esgalhamento) b) anatomia do caule: durante o crescimento primário o caule podem apresentar: estru- tura atactostélica – nas monocotiledôneas os feixes condutores ficam dispersos na casca e são do tipo colateral fechado: xilema (para dentro) ao lado do floema (para fora); estrutura eustélica primária – nas gimnospermas e dicotiledôneas, os feixes condutores ficam organizados no cilindro central e são colaterais abertos: xilema (para dentro) separado do floema (para fora) pelas células do câmbio. Quando crescem em espessura, os caules de gimnospermas e dicotiledôneas apresen- tam: felogênio na casca, formando súber e fe- loderme; câmbio no cilindro central formando novos vasos condutores de seiva. Os vasos mais velhos, que ficam no centro do caule, são fecha- dos e formam o cerne; os vasos novos e ativos constituem o alburno. alburno (lenho ativo) cerne (lenho inativo) c) tipos de caules – Aéreos: tronco, caule len- hoso e ereto; haste, caule flexível e verde; es- tipe, caule com folhas no ápice (coqueiros); colmo, caule segmentado (bambu); trepa- dores sarmentosos, usam raízes grampi- formes ou gavinhas para fixação (maracujá); trepadores volúveis, enrolam no suporte (tomateiro); rastejantes, crescem rente ao chão (abóbora); rastejante estolão, bro- tam ao tocar o solo (grama); Subterrâneos: rizomas, tem folhas e flores aéreas (bana- neira); tubérculos, acumulam reservas (batata-inglesa); bulbo, tem o caule achata- do formando o prato (cebola); Modificados: cladódio, substitui as folhas fazendo fotos- síntese (cactus); gavinhas, galhos transfor- mados para fixação (chuchu). estipe colmo rastejante rizoma gavinhas cladódio 69 Biologia Exercícios 1. (UFLA) Considere uma árvore de 5 m de altura, que cresce 1 m por ano. a) Se ocorrer uma lesão que deixe uma marca em seu tronco, a 1,5 m do solo, a que altura ela estará aos 5 anos? Ex- plique. b) Se for retirado um anel da casca do caule, logo acima do nível do solo, provavelmente a árvore morrerá. Por que isso pode acontecer? 2. (FUVEST) Os esquemas representam cor- tes transversais de regiões jovens de uma raiz e de um caule de uma planta angios- perma. Alguns tecidos estão identificados por um número e pelo nome, enquanto ou- tros estão indicados apenas por números. Com base nesses esquemas, indique o nú- mero correspondente ao tecido: a) responsável pela condução da seiva bruta. b) responsável pela condução da seiva elaborada. c) constituído principalmente por célu- las mortas, das quais restaram ape- nas as paredes celulares. d) responsável pela formação dos pêlos absorventes da raiz. 3. (UFMG) Observe estas figuras: Entre as funções que ocorrem nessas raízes e nesse caule comestíveis, não se inclui: a) armazenagem de nutrientes. b) reprodução sexuada. c) reserva de água. d) resistência ao frio. 4. (UEL) Geralmente, caules subterrâneos que acumulam substâncias nutritivas, de- nominados tubérculos, são confundidos como sendo raízes tuberosas que também acumulam reserva de amido. Um caso tí- pico desse equívoco seria o de classificar a batata-inglesa como raiz tuberosa. Qual das alternativas apresenta uma caracterís- tica que diferencia um tubérculo de uma raiz tuberosa? a) O tubérculo possui pêlos absorventes para a absorção de água. b) A raiz tuberosa possui gemas axilares para o crescimento de ramos. c) O tubérculo possui coifa para proteger o meristema de crescimento. d) A raiz tuberosa possui gemas apicais para desenvolver novas raízes. e) O tubérculo possui gemas laterais para desenvolver ramos e folhas. 5. (UFRS) O quadro abaixo se refere às adap- tações morfológicas ocorrentes em algu- mas plantas. Planta Órgão Adaptação morfológica mangue-vermelho I pneumatóforo II folha catafilo videira caule III laranjeira IV espinho V raiz haustório Assinale a alternativa cujos elementos pre- enchem de forma correta os espaços I, II, III, IV e V, respectivamente. a) raiz - cebola - gavinha - caule - erva- de-passarinho b) caule - erva-de-passarinho - rizoma - folha - milho c) raiz - milho - rizoma - folha - erva-de- passarinho d) caule - cebola - rizoma - raiz - milho e) folha - erva-de-passarinho - gavinha - caule - cebola 6. (UFV) Os tecidos da raiz desempenham várias funções nas plantas. No esquema de corte histológico transversal da raiz, re- presentado a seguir, alguns desses tecidos estão indicados por I, II, III, e IV, seguidos por funções (A, B, C, D) relacionadas. 70 Pré-vestibular A. transporte de água e minerais absor- vidos do solo. B. revestimento e absorção C. reserva e preenchimento. D. transporte de substâncias orgânicas. Associe cada tecido com a sua função,assi- nalando a alternativa correta: a) IA, IIC, IIIB, IVD b) IB, IIC, IIID, IVA c) IC, IIB, IIID, IVA d) IA, IID, IIIB, IVC e) ID, IIB, IIIC, IVA 7. (PUCMG) A figura abaixo destaca partes da estrutura de três diferentes cultivares (vegetais). Com base em seus conhecimentos, é corre- to afirmar, exceto: a) Rizoma é uma estrutura encontrada em samambaia e em bananeiras. b) Turbérculos são raízes que apresen- tam nódulos ricos em substâncias nutritivas. c) No bulbo como os da cebola, folhas modificadas e armazenadoras reves- tem uma pequena porção interna de caule. d) Rizomas, tubérculos e bulbos são es- truturas tipicamente subterrâneas. 8. UFPE) Faça a correlação entre as partes de um caule, numeradas de 1 a 4, na figura adiante, com suas respectivas denomina- ções e funções. ( ) Xilema - transporte de seiva bruta ( ) Câmbio - crescimento secundário ( ) Súber - proteção e isolamento térmico ( ) Floema - transporte de seiva elaborada A seqüência correta é: a) 1, 2, 3 e 4 b) 2, 3, 4 e 1 c) 1, 3, 4 e 2 d) 2, 4, 3 e 1 e) 4, 3, 1 e 2 10. (UEL) Plantas que têm caules suculentos, folhas reduzidas e sistema radicular ex- tenso, estão adaptadas para viver em a) ambiente aquático. b) regiões semi-áridas. c) regiões úmidas. d) solo com alto teor salino. e) solo com suprimento de água abundante. 11. (UFLAVRAS) O caule de determinadas espécies vegetais pode aumentar o seu diâmetro quando em estrutura secundá- ria de crescimento. Quando isso ocorre, a epiderme e todos os seus anexos são subs- tituídos, estrutural e funcionalmente pela periderme. Que estruturas são então for- madas para substituir os estômatos? a) Pneumatóforos. b) Acúleos. c) Hidatódios. d) Haustórios. e) Lenticelas. 12. (UNB) Com o auxílio da figura, que repre- senta o corte do caule de uma planta, jul- gue os itens que se seguem. 71 Biologia 1) Todos os tecidos indicados derivam do meristema. 2) A seiva que circula pelo xilema tem mais açúcar do que a que circula pelo floema. 3) Entre as células indicadas, as das fi- bras são as únicas revestidas por uma parede celulósica. 4) O corte representa a estrutura de bri- ófita, gimnosperma ou angiosperma. 5) O crescimento da planta, em espessu- ra, ocorre pela reprodução das célu- las do tecido representado em A. a) todos estão corretos b) 1, 2 e 4 estão corretos. c) só 2 está correto d) só 1 está correto e) todos estão incorretos