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SIMULADO_ESPECIAL_17_Dia 01_Linguagens e Humanas

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22
SIMULADO ESPECIAL 17| 1º DIA
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÕES 1 A 45
QUESTÕES 1 A 05 (OPÇÃO INGLÊS)
1. (Simulado) WHERE IS THE LOVE?
What's wrong with the world, mama
People livin' like they ain't got no mamas
I think the whole world addicted to the drama
Only attracted to things that'll bring you trauma
Overseas, yeah, we try to stop terrorism
But we still got terrorists here livin'
In the USA, the big CIA
The Bloods and The Crips and the KKK
But if you only have love for your own race
Then you only leave space to discriminate
And to discriminate only generates hate
And when you hate then you're bound to get irate, yeah
 Madness is what you demonstrate
And that's exactly how anger works and operates
Man, you gotta have love just to set it straight
Take control of your mind and meditate
Let your soul gravitate to the love, y'all, y'all
People killin', people dyin'
Children hurt and you hear them cryin'
Can you practice what you preach?
Or would you turn the other cheek?
Father, Father, Father help us
Send some guidance from above
'Cause people got me, got me questionin'
Where is the love?
BLACK EYED PEAS. Elephunk. United States. A&M Records, 2003 
(fragmento)
 
Na letra da canção Where Is The Love, são 
discutidos diversos problemas que assolam o mundo 
contemporâneo, entre eles o fato de 
a) as mães não mais poderem educar seus filhos. 
b) o ódio e a discriminação serem frutos do racismo. 
c) o terrorismo externo crescer indiscriminadamente. 
d) as pessoas não mais buscarem a sabedoria divina. 
e) nós não meditarmos antes de tomar alguma decisão. 
 
2. (Simulado) One of my wife’s third graders was 
wearing a Fitbit watch, which prompted my wife to 
ask, “Are you tracking your steps?” “No,” said the little 
girl. “I wear this for Mommy so she can show Daddy 
when he gets home.” – James Avery
Disponível em: www.rd.com. Acesso em: 9 set. 2020.
 
Anedotas são breves histórias, cujo objetivo é provocar 
risos em quem as ouve ou lê. Nessa anedota, o efeito 
de humor acontece porque a garota 
a) procura perder peso fazendo caminhadas. 
b) responde à professora de maneira mentirosa. 
c) deseja mostrar ao pai o quanto se tem esforçado. 
d) utiliza um relógio moderno que pertence ao seu pai. 
e) usa o relógio a pedido da mãe que espera enganar 
o pai. 
 
3. (Enem digital) 
 
GOAL
GOAL has worked to improve access to food for highly 
vulnerable and food-insecure households in many 
districts of Zimbabwe. We identify such households, 
supply them with monthly food rations, and conduct 
monthly post-distribution monitoring. GOAL works in 
the same districts, to improve access to food for the 
most vulnerable primary school children during the 
peak hungry months. The emphasis is on orphans 
and vulnerable children. GOAL provides short-term 
food security support to other vulnerable households 
by increasing the availability of grain, and by helping 
enhance their ability to meet basic needs.
Disponível em: www.goal.ie. Acesso em: 5 dez. 2012 (adaptado).
Tendo como público-alvo crianças órfãs e em situações 
de vulnerabilidade, a organização não governamental 
3
GOAL tem atuado no Zimbábue para 
a) incentivar a agricultura orgânica. 
b) intermediar processos de adoção. 
c) contribuir para a redução da fome. 
d) melhorar as condições de habitação. 
e) qualificar professores da escola básica. 
 
4. (Enem PPL) 
 
Tendo em vista a procura por atividades de lazer em 
períodos de recesso escolar, esse folder 
a) divulga uma proposta de acampamento com 
abordagem temática. 
b) anuncia a exibição de uma série de filmes sobre 
tradições culturais. 
c) comunica a abertura de inscrições para um curso de 
música folclórica. 
d) encoraja a realização de oficinas de contação de 
história para crianças. 
e) convida para a apresentação de uma peça teatral 
sobre cultura indígena. 
 
5. (Enem) Don't write in English, they said,
English is not your mother tongue...
... The language I speak
Becomes mine, its distortions, its queerness
All mine, mine alone, it is half English, half
Indian, funny perhaps, but it is honest,
It is as human as I am human...
... It voices my joys, my longings my
Hopes...
(Kamala Das, 1965:10)
GARGESH. R. South Asian Englishes. In: KACHRU. B. B.; KACHRU. Y.; 
NELSON, C. L. (Eds). The Handbook of World Englishes. Singapore: 
Blackwell. 2006.
A poetisa Kamala Das, como muitos escritores 
indianos, escreve suas obras em inglês, apesar de essa 
não ser sua primeira língua. Nesses versos, ela 
a) usa a língua inglesa com efeito humorístico. 
b) recorre a vozes de vários escritores ingleses. 
c) adverte sobre o uso distorcido da língua inglesa. 
d) demonstra consciência de sua identidade linguística. 
e) reconhece a incompreensão na sua maneira de falar 
inglês. 
 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÕES 1 A 45
QUESTÕES 1 A 05 (OPÇÃO ESPANHOL) 
1. (Simulado) La representación de la historicidad de 
los grupos indígenas en la enseñanza de la historia
Los y las indígenas han sido uno de los grupos 
subalternos que la enseñanza de la historia tradicional 
ha negado o invisibilizado. Las investigaciones sobre 
el currículum estadounidense han mostrado que la 
historia escolar ha ignorado los episodios oscuros 
relacionados con la destrucción de las culturas 
indígenas. Las representaciones de los indígenas en 
los textos de estudio ha consolidado los estereotipos 
y prejuicios sobre la población indígena, ya que ha 
presentado una imagen de ladrones, borrachos, 
salvajes y perezosos. En las conclusiones de su 
investigación sobre los estándares y texto de estudio 
en Estados Unidos Shear y sus colegas nos indican que 
la incorporación de los temas asociados a las culturas 
indígenas continua estando centrada en contenidos 
que hablan de una historia lejana antes del 1900 y 
construida con una narrativa prejuiciosa.
Ven, Fernando Martín, Reyes Morales y Mariano del M. de Unamuno. 
Edelsa Grupo Didascalia, S.A. Madrid, 2015.
Ao abordar a questão da presença do indígena na 
História, o texto mostra que a representação desse 
grupo étnico é marcada por 
a) aspectos coerentes com os fatos históricos. 
b) visões preconceituosas e ofensivas. 
c) dúvidas e incertezas históricas. 
d) critérios técnicos e objetivos. 
e) valores éticos e imparciais. 
4
2. (Simulado) 
 
O texto poético tem como objetivo central 
a) condenar o uso de computadores pelas crianças. 
b) orientar sobre o uso adequado do computador na 
vida das crianças. 
c) refletir sobre a solidão que o uso excessivo do 
computador pode causar. 
d) destacar a importância do computador como meio 
de obter informações. 
e) alertar sobre o acesso às informações pessoais por 
meio do computador. 
 
3. (Enem) Oye, Pito, ésta es: la vida bruta de un boy
mis tierras eran
nuevo méxico, colorado,
california, arizona, tejas,
y muchos otros senderos,
aún cuando la luz existía
sonrientemente
en las palabras
de mis antepasados...
era entonces hombre,
maduro y sencillo
como los cerros y los peñascos,
y mi cultura era el atole,
el chaquehue, y los buenos días;
mi idioma cantaba
versículos
por los cañones
de tierra roja
y tierra amarilla...
Hoy sí, hoy ya no soy
mejicano ni hispano
ni tampoco americano,
pero soy – y bien lo siento ser –
una sombra del pasado
y un esfuerzo
hacia el futuro...
SÁNCHEZ, R. Disponível em: www.materialdelectura.unam.mx. 
Acesso em: 4 dez. 2017.
Ao abordar a expropriação de territórios mexicanos 
pelos Estados Unidos, o eu lírico do poema revela 
um(a) 
a) rejeição da língua utilizada por seus antepassados. 
b) desejo de pertencimento ao espaço estadunidense. 
c) certeza de manutenção de suas tradições. 
d) reivindicação de um mundo unificado. 
e) sentimento de conflito de identidades. 
 
4. (Enem) Pablo Pueblo
Regresa un hombre en silencio
De su trabajo cansado
Su pasono lleva prisa
Su sombra nunca lo alcanza
Lo espera el barrio de siempre
Con el farol en la esquina
Con la basura allá en frente
Y el ruido de la cantina
Pablo Pueblo
llega hasta el zaguán oscuro
Y vuelve a ver las paredes
Con las viejas papeletas
Que prometían futuros
en lides politiqueras
Y en su cara se dibuja
la decepción de la espera.
BLADES. R. Disponível em: http://rubenblades.com. Acesso em: 26 
jun. 2012 (fragmento).
Rubén Blades é um compositor panamenho de 
canções socialmente engajadas. O título Pablo Pueblo, 
associado ao conteúdo da letra da canção, revela uma 
crítica social ao 
a) contrapor a individualidade de um sujeito a uma 
estrutura social marcada pela decepção na atuação 
política. 
b) demonstrar que o problema sofrido pelo indivíduo 
5
atinge toda a comunidade. 
c) relativizar a importância que se dá ao sofrimento 
individual em uma estrutura social baseada na 
exploração. 
d) descrever a vida de um sujeito que nunca resolve 
suas inquietações e, por isso, mantém-se silencioso. 
e) usar um apelido jocoso para designar a atuação de 
um indivíduo em seu próprio bairro. 
 
5. (Enem) El Hombre Electrónico
¿Cuántas veces ha cambiado de móvil? ¿Cuántos 
ordenadores ha tenido ya? ¿Tiene cámara digital, 
IPOD, Nintendo Wii y televisión de pantalla de plasma? 
Ordenadores, teléfonos móviles, GPS, walkmans, 
televisiones, lavadoras, tostadores, aspiradores y un 
larguísimo etcétera. Todos usamos aparatos eléctricos 
que tarde o temprano se convertirán en residuos. El 
Hombre Electrónico mide 7 metros de altura y pesa 
3,3 toneladas. Es una escultura hecha con la cantidad 
de residuos eléctricos y electrónicos que un ciudadano 
medio (en el Reino Unido) tirará a la basura a lo largo 
de su vida, si se sigue consumiendo este tipo de 
productos al ritmo actual. El Hombre Electrónico ha 
sido diseñado por el escultor Paul Bomini con objetivo 
de aumentar la conciencia de los ciudadanos a la 
hora de consumir aparatos eléctricos. Esta campaña 
parte de la base de que todos compramos aparatos 
electrónicos como herramientas de trabajo u ocio, pero 
haciéndonos unas cuantas preguntas podemos inducir 
cambios en nuestro comportamiento que beneficiarán 
al medio ambiente, otras personas y a nosotros 
mismos: ¿Tienes algún aparato eléctrico o electrónico 
que nos necesitas? ¿Podrías ser más responsable a 
la hora de comprar un nuevo producto electrónico? 
¿Podrías reciclar o reparar estos productos una vez 
que se han quedado obsoletos o se han roto? ¿Intentas 
ahorrar energia en tu vida diaria?
Disponível em: www.verdecido.es. Acesso em: 20 fev. 2009. Adaptado.
Considerando a necessidade de assumir uma conduta 
mais responsável com o meio ambiente, Paul Bomini 
criou a escultura O homem eletrônico para 
a) incentivar inovações em reciclagem para a 
construção de máquinas. 
b) propor a criação de objetos a partir de aparelhos 
descartados. 
c) divulgar o lançamento de produtos eletrônicos 
sustentáveis. 
d) problematizar o descarte inconsequente de 
equipamentos. 
e) alertar sobre as escolhas tecnológica da população.
QUESTÕES 06 A 45
6. (Enem) TEXTO I
 TEXTO II
 O grupo Jovens Artistas Britânicos (YABs), 
que surgiu no final da década de 1980, possui obras 
diversificadas que incluem fotografias, instalações, 
pinturas e carcaças desmembradas. O trabalho 
desses artistas chamou a atenção no final do período 
da recessão, por utilizar materiais incomuns, como 
esterco de elefantes, sangue e legumes, o que 
expressava os detritos da vida e uma atmosfera de 
niilismo, temperada por um humor mordaz.
Disponível em: http://damienhirsti.com. Acesso em: 15 jul. 2015. 
FARTHING, S. Tudo sobre arte. Rio de Janeiro: Sextante, 2011 
(adaptado).
A provocação desse grupo gera um debate em torno da 
obra de arte pelo(a) 
a) recusa a crenças, convicções, valores morais, 
estéticos e políticos na história moderna. 
b) frutífero arsenal de materiais e formas que se 
relacionam com os objetos construídos. 
c) economia e problemas financeiros gerados pela 
recessão que tiveram grande impacto no mercado. 
d) influência desse grupo junto aos estilos pós-
modernos que surgiram nos anos 1990. 
e) interesse em produtos indesejáveis que revela uma 
consciência sustentável no mercado. 
6
7. (Enem digital) 
 
Na obra Campo relampejante (1977), o artista Walter 
de Maria coloca hastes de ferro em espaços regulares, 
em um campo de 1600 metros quadrados no Novo 
México. O trabalho faz parte do movimento artístico 
Land Art, que trata da 
a) constituição da cena artística marcada pela paisagem 
natural, modificada pela multimídia. 
b) ocupação de um local vazio sem função específica, 
passando a existir como arte. 
c) utilização de equipamentos tradicionais como 
suporte para a atividade artística. 
d) divulgação de fenômenos científicos que dialogam 
com a estética da arte. 
e) exposição da obra em locais naturais e institucionais 
abertos ao público. 
 
8. (Unifesp) Essa poesia não logrou estabelecer-se 
em Portugal. De origem francesa, suas primeiras 
manifestações datam de 1866, quando um editor 
parisiense publica uma coletânea de poemas; em 1871 
e 1876, saem outras duas coletâneas. Os poetas desse 
movimento literário pregam o princípio da Arte pela 
Arte, isto é, defendem uma arte que não sirva a nada 
e a ninguém, uma arte inútil, uma arte voltada para si 
própria. A Arte procuraria a Beleza e a Verdade que 
existiriam nos seres concretos, e não no sentimento 
do artista. Por isso, o belo se confundiria com a forma 
que o reveste, e não com algo que existiria dentro 
dele. Daí vem que esses poetas sejam formalistas e 
preguem o cuidado da forma artística como exigência 
preliminar. Para consegui-lo, defendem uma atitude de 
impassibilidade diante das coisas: não se emocionar 
jamais; antes, impessoalizar-se tanto quanto possível 
pela descrição dos objetos, via de regra inertes ou 
obedientes aos movimentos próprios da Natureza (o 
fluxo e refluxo das ondas do mar, o voo dos pássaros, 
etc.). Esteticistas, anseiam uma arte universalista.
Em Portugal, tentou-se introduzir esse movimento; 
certamente, impregnou alguns poetas, exerceu 
influência, mas não passou de prurido, que pouco 
alterou o ritmo literário do tempo. Na verdade, o modo 
fortuito como alguns se deixaram contaminar da nova 
moda poética revelava apenas veleidade francófila, em 
decorrência de razões de gosto pessoal ou de grupos 
restritos: faltou-lhes intuito comum.
(Massaud Moisés. A literatura portuguesa, 1999. Adaptado.)
As informações apresentadas no texto referem-se à 
literatura 
a) simbolista, cuja busca pelo Belo implicou a liberdade 
na expressão dos sentimentos. O texto deixa claro que 
essa literatura alcançou notável aceitação entre os 
poetas da época. 
b) simbolista, cuja preocupação com a expressão do 
sentimento filia-se à tradição poética do Renascimento. 
O texto deixa claro que essa literatura teve um 
desenvolvimento tímido na cena literária portuguesa. 
c) parnasiana, cuja preocupação com a objetividade a 
opõe ao subjetivismo romântico. O texto deixa claro 
que essa literatura não se impôs na cena literária 
portuguesa. 
d) parnasiana, cuja liberdade de expressão e cujo 
compromisso social permitem fundamentar a Arte 
pela Arte. O texto deixa claro que essa literatura teve 
pouco espaço na cena literária portuguesa. 
e) realista, cuja influência da tradição clássica é 
fundamental para se chegar à perfeição. O texto deixa 
claro que essa literatura teve uma disseminação 
irregular na cena literária portuguesa. 
 
9. (G1 - ifce) A imagem a seguir faz parte de uma 
matéria da Revista Capricho, de 24 de outubro de 
2018, para dar dicas de contas no Instagram.
Pela análise da imagem exposta na conta do artista 
carioca Daniel Duarte (@sigaosbaloes), podemos 
7
constatar que 
a) a conta se configura como um espaço privilegiado 
de divulgação da arte. 
b) as publicações feitas destinam-se principalmente a 
quem se interessapor dicas culturais. 
c) o artista se propõe a atrair um público bastante 
heterogêneo, com gostos variados. 
d) a conta apresenta postagens sobre temas de 
estímulo à positividade. 
e) a criação artística são os poemas apresentados. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o soneto de Cláudio Manuel da Costa para 
responder à(s) questão(ões).
Onde estou? Este sítio desconheço:
Quem fez tão diferente aquele prado?
Tudo outra natureza tem tomado;
E em contemplá-lo tímido esmoreço.
Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço
De estar a ela um dia reclinado;
Ali em vale um monte está mudado:
Quanto pode dos anos o progresso!
Árvores aqui vi tão florescentes,
Que faziam perpétua a primavera:
Nem troncos vejo agora decadentes.
Eu me engano: a região esta não era;
Mas que venho a estranhar, se estão presentes
Meus males, com que tudo degenera!
(Obras, 1996.) 
10. (Unifesp) São recursos expressivos e tema 
presentes no soneto, respectivamente, 
a) metáforas e a ideia da imutabilidade das pessoas e 
dos lugares. 
b) sinestesias e a superação pelo eu lírico de seus 
maiores problemas. 
c) paradoxos e a certeza de um presente melhor para o 
eu lírico que o passado. 
d) hipérboles e a força interior que faz o eu lírico 
superar seus males. 
e) antíteses e o abalo emocional vivido pelo eu lírico. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Quarto de Despejo – Diário de uma Favelada
Carolina Maria de Jesus
17 DE MAIO Levantei nervosa. Com vontade de 
morrer. 1Já que os pobres estão mal colocados, para 
que viver? 2Será que os pobres de outro país sofrem 
igual aos pobres do Brasil? 3Eu estava 4discontente que 
até cheguei a brigar com o meu filho José Carlos sem 
motivo...
... 5Chegou um caminhão aqui na favela. O motorista e 
o seu ajudante jogam umas latas. É linguiça enlatada. 
Penso: é assim que fazem esses comerciantes 
insaciaveis. Ficam esperando os preços subir na 
ganancia de ganhar mais. E quando apodrece jogam 
para os corvos e os infelizes favelados.
6Não houve briga. 7Eu até estou achando 8isso aqui 
monotono. Vejo as crianças abrir as latas de linguiça e 
exclamar satisfeitas:
_ Hum! Tá gostosa!
A Dona Alice deu-me uma para experimentar. 9Mas a 
lata está estufada. Já está podre.
Trecho disponível em: JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo – 
diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2001. 
11. (G1 - ifce) A narradora revela no texto 
a) consciência de sua condição social. 
b) conhecimento sobre a situação de pobreza no 
mundo. 
c) gratidão pela solidariedade dos outros. 
d) satisfação com a possibilidade de ter alimento. 
e) alienação quanto às injustiças sociais. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o trecho do poema “Amor feinho”, de Adélia Prado.
Eu quero amor feinho.
Amor feinho não olha um pro outro.
Uma vez encontrado é igual fé,
não teologa mais.
Duro de forte, o amor feinho é magro, doido por sexo
e filhos tem os quantos haja.
Tudo que não fala, faz.
Planta beijo de três cores ao redor da casa
e saudade roxa e branca,
da comum e da dobrada.
Amor feinho é bom porque não fica velho.
Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que é:
eu sou homem você é mulher.
Amor feinho não tem ilusão,
8
o que ele tem é esperança:
eu quero amor feinho.
(Bagagem, 2011.)
 
12. (Famema) Segundo o eu lírico, o “amor feinho” é 
a) um acontecimento único na vida de uma pessoa. 
b) uma experiência cotidiana, desejável e possível. 
c) uma ilusão em que alguns amantes acreditam. 
d) uma maneira de viver acessível a qualquer pessoa. 
e) um estado de aceitação de uma vida desinteressante. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
História das invenções
 Dona Benta costumava receber livros novos, de 
ciências, de arte, de literatura. Era o tipo da velhinha 
novidadeira. Bem dizia o compadre Teodorico: "Dona 
Benta parece velha, mas não é, tem o espírito mais 
moço que o de jovens de vinte anos".
 Assim foi que naquele bolorento mês de 
fevereiro, em que era impossível botar o nariz fora de 
casa, de tanto que chovia, resolveu contar aos meninos 
um dos últimos livros chegados.
 – Tenho aqui um livro de Hendrik Van Loon 
– disse ela –, um sábio americano, autor de coisas 
muito interessantes. Ele sai dos caminhos por onde 
todo mundo anda e fala das ciências dum modo que 
tudo vira romance, de tão atrativo. Já li para vocês a 
geografia que ele escreveu e agora 1vou ler este último 
livro – História das invenções do homem, o fazedor de 
milagres.
 Era um livro grosso, de capa preta, cheio de 
desenhos feitos pelo próprio autor. 2Desenhos não 
muito bons, mas que serviam para acentuar suas 
ideias.
 – E quando começa? – quis saber Narizinho.
 – Hoje mesmo, no serão. Podemos começar 
logo depois do rádio.
 – Comece, vovó! – disse Pedrinho. E Dona 
Benta começou.
 3– Este livro não é para crianças – disse ela; – 
mas se eu ler do meu modo, vocês entenderão tudo. Não 
tenham receio de me interromperem com perguntas, 
sempre que houver qualquer coisa obscura. Aqui está 
o prefácio...
 – Que é prefácio? – perguntou Emília.
 – São palavras explicativas que certos autores 
põem no começo do livro para esclarecer os leitores 
sobre as suas intenções. O prefácio pode ser escrito 
pelo próprio autor ou por outra pessoa qualquer. Neste 
prefácio o Senhor Van Loon diz que antigamente tudo 
era muito simples...
 – Tudo o quê? – interrompeu Pedrinho. – A 
explicação das coisas do mundo. A Terra formava o 
centro do universo. O céu era uma abóbada de cristal 
azul onde à noite os anjos abriam buraquinhos para 
espiar. Esses buraquinhos formavam as estrelas. Tudo 
muito simples.
 4Mas depois as coisas se complicaram. Um 
sábio da Polônia, de nome Nicolau Copérnico, publicou 
um livro no qual provava que a Terra não era fixa, 
pois girava em redor do Sol, 5e as estrelas não eram 
brinquedinhos dos anjos, sim sóis imensos, em redor 
dos quais giravam milhões de terras como a nossa.
 Isso veio causar uma grande trapalhada nas 
ideias assentes, isto é, nas ideias que estavam na 
cabeça de todo mundo – e por um triz não queimaram 
vivo a esse homem. Afinal a sua ideia venceu e hoje 
ninguém pensa de outra maneira.
 A astronomia, que é a ciência que estuda 
os astros, tomou um grande desenvolvimento. Os 
astrônomos foram descobrindo coisas e mais coisas, 
chegando à perfeição de medir a distância dum astro 
a outro, e pesar a massa desses astros. As distâncias 
entre os astros eram tão grandes que as nossas medidas 
comuns se tornaram insuficientes. Foi preciso criar 
medidas novas – medidas astronômicas.
 – Por quê? – perguntou Narizinho. – Com o 
quilômetro a gente pode medir qualquer distância. É 
só ir botando zeros e mais zeros.
 6– Parece, minha filha. As distâncias entre 
os astros são tamanhas que para medi-las com 
quilômetros seria necessário usar carroçadas de zeros, 
de maneira que não haveria papel que chegasse. E então 
os astrônomos inventaram o "metro astronômico", ou 
9
a "unidade astronômica", que é como eles dizem. Essa 
unidade, esse metro tinha 92.900.000 milhas.
 – Que colosso, vovó! Eu acho que fizeram um 
metro grande demais...
 – Pois está muito enganada, minha filha. As 
distâncias entre a Terra e as novas estrelas que com 
os modernos telescópios foram sendo descobertas, 
acabaram deixando essa medida pequena. E então o 
astrônomo Michelson propôs outra medida: o ano-luz.
 – Cáspite!
 – Pois bem, isto que os astrônomos fizeram 
para os astros, outros homens de ciência fizeram 
para o contrário dos astros, isto é, para as moléculas 
e átomos, que são coisinhas infinitamente pequenas. 
Chegaram a medir átomos que têm o tamanhinho de 
uma trilionésima parte de milímetro.
 7– Será possível? Um milímetro já é uma isca 
que a gente mal percebe...
 – Ora, neste livro o Senhor Van Loon trata de 
mostrar como esse bichinho homem, que já foi peludo 
e andava de quatro, chegou a desenvolver seu cérebro 
a ponto de medir a distância entre os astros e a calcular 
o tamanho dos átomos.
 – Como foi isso?– Inventando coisas. O homem é um grande 
inventor de coisas, e a história do homem na Terra 
não passa da história das suas invenções com todas 
as consequências que elas trouxeram para a vida 
humana. É mais ou menos isto o que Van Loon diz 
neste prefácio. Vamos agora ver o capítulo número 1.
 – Depois da pipoca, vovó! – gritou Narizinho 
farejando o ar.
 8De fato: da cozinha vinha para a sala o cheiro 
das pipocas que Tia Nastácia estava rebentando. 
Pipocas à noite foi coisa que nunca faltou no sítio de 
Dona Benta.
Adaptado de: LOBATO, Monteiro. História das invenções. São Paulo, 
SP: Círculo do Livro. 
13. (G1 - cmrj) Sobre a personagem Dona Benta, com 
base na leitura do texto, é correto afirmar que 
a) tinha bagagem cultural restrita. 
b) gostava de monopolizar as conversas. 
c) era uma idosa alheia às novidades de seu tempo. 
d) fazia leituras com intenção exclusivamente lúdica. 
e) incentivava a participação desenvolta das crianças. 
14. (Unifesp) Examine o cartum de Quino.
 Contribui para o efeito de humor do cartum o recurso 
a) à antítese. 
b) ao eufemismo. 
c) à personificação. 
d) à hipérbole. 
e) ao paradoxo. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 JÚLIA. Hoje eu achei um pacotinho de ruffles no chão 
aq da floresta da tijuca, com a validade de 19/10/1998, 
sendo que o pacote tava totalmente intacto... pra vcs 
verem né. Rio de Janeiro, 1 mar. 2019. Twitter: @
darkwside.
Disponível em: <http://twitter.com/darkwside/
status/1101531181059850242>. Acesso em: 27 out. 2019. 
10
15. (G1 - ifpe) Observe o uso das reticências no texto e 
indique o sentido que expressam. 
a) Prolongam a reflexão lançada pela autora. 
b) Indicam hesitação ou dúvida. 
c) Sugerem quebra de expectativa. 
d) Interrompem o diálogo entre os interlocutores. 
e) Apontam para uma ação que ainda não foi finalizada. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
João e o pé de feijão-preto
José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta
1Era uma vez um menino chamado João, que vivia com 
sua mãe num casebre bem longe da cidade.
2Eles 3eram pobres, muito pobres, pobres de dar dó.
Só o que tinham era uma vaca, e viviam de vender seu 
leite. 4Mas, um dia, quando João foi ordenhá-la, não 
saiu nem uma gota.
Então a mãe de João disse;
5— Meu filho, nosso dinheiro acabou e nossa vaquinha 
secou. Vá até o mercado e veja se alguém quer comprá-
la.
João pegou o animal pelo cabresto e foi até a cidade. 
Porém, antes que chegasse lá, um homem de 
cavanhaque lhe perguntou:
— Ei, garoto, não quer trocar essa vaca por um grão de 
feijão?
— Rá, rá, essa é boa. O senhor pensa que eu sou bobo?
— Mas é feijão mágico.
— Mágico?
— Não vou contar o que ele faz, senão estraga a 
surpresa. Mas é só você plantá-lo numa noite de lua 
cheia e no dia seguinte vai ver o que acontece.
João achou que era melhor ter um feijão mágico do 
que dinheiro, e assim trocou sua vaca com o homem 
de cavanhaque.
6O menino voltou para casa todo feliz, achando que 
tinha feito um ótimo negócio.
Porém, quando sua mãe viu o feijão, ficou muito triste.
— 7Você trocou nossa vaquinha por isso? Agora vamos 
morrer de fome...
— Não! Este feijão é mágico!
— Não existe mágica no feijão. Você foi enganado, João.
8Desapontada, ela atirou o grão pela janela.
Mas, por uma grande coincidência, naquela noite 
houve uma bela lua cheia.
Quando João acordou na manhã seguinte, viu que um 
enorme pé de feijão tinha crescido no seu quintal. Era 
tão alto que passava das nuvens!
O garoto não pensou duas vezes 9e começou a subir 
pela planta para ver o que tinha lá em cima.
Depois de passar pela última nuvem, avistou um 
castelo. 10Ele era muito grande, muitíssimo grande, 
muitíssimo grandíssimo! E tinha torres pretas bem 
pontudas.
João andou até o castelo e passou por baixo da porta 
como se fosse uma barata.
11Mal entrou, ouviu um barulho diferente: “glu-glu!”.
Olhando na direção do “glu-glu” ele viu uma enorme 
perua dentro de uma gaiola de ouro. Então pensou: 
“Vou levar esta perua para casa. Assim, eu e minha 
mãe comeremos omeletes para sempre!”.
12João ia abrir a gaiola quando o chão começou a 
tremer. Pou! Pou! Pou!
O menino se escondeu atrás de um malcheiroso cesto 
de roupas sujas e quase desmaiou ao ver um gigante 
na sala.
Para piorar, ele cantava assim:
Fi-fi-fa-fa, fi-fi-fó-fum,
Mau como eu só existe um.
Fi-fi-fa-fa, fi-fi-fó-fum,
Mau como eu só existe um.
13O gigante vinha todo contente, mas então torceu o 
nariz e fez “snif, snif, snif”
— Sinto o cheiro de criança! Urrou ele.
14Já chegava perto do cesto em que João se escondia 
quando, ploc, a perua botou um ovo. Só que não era 
um ovo comum. Era de ouro!
15O grandalhão caminhou até a gaiola, pegou o ovo e 
guardou-o no bolso. Depois foi comer seu almoço, que 
naquele dia foi um cavalo assado e, de sobremesa, 
cavalos-marinhos cobertos de chocolate.
Então ele abriu um baita bocejo e dormiu.
11
Quando o gigante começou a roncar, João abriu a 
gaiola e amarrou seu cinto no pescoço da ave.
Ele estava 16quase saindo do castelo, no entanto 
(sempre tem um “no entanto” nas histórias) a perua 
fez “glu-glu” bem alto.
O gigante acordou. E com muita raiva.
17— Espere aí, seu patife, vais virar um belo bife.
O menino saiu correndo com o animal e 18desceu 
deslizando pelo pé de feijão-preto como se ele fosse 
um escorregador beeeeeeem comprido.
Já o gigante teve que descer com calma pela planta, 
porque era meio desengonçado.
Assim que chegou em casa, João gritou:
— Mãe, vamos derrubar o pé de feijão-preto! Tem um 
gigante querendo me pegar!
19— O que você fez desta vez?
— Entrei no castelo dele e roubei sua perua.
— Você invade uma casa, rouba um bicho e ainda quer 
matar o sujeito?
20Então a mãe de João segurou-o pelo braço e esperou 
que o gigante descesse. 21Aí disse para o grandalhão:
— Senhor gigante, meu filho agiu muito mal. Por favor, 
nos desculpe. Isso não vai mais acontecer. Pode levar 
sua perua.
Ainda bufando de raiva, o gigante tomou a ave nos 
braços e pôs a mão num dos galhos do pé de feijão.
No entanto, antes de subir, pensou: “22Puxa, eles 
poderiam ter cortado o pé de feijão, mas essa mulher 
preferiu fazer a coisa certa. 23Isto não acontece todos 
os dias. Acho que darei uma recompensa a ela.”
E, tirando o ovo de ouro do bolso, entregou-o à mãe de 
João.
24— Tome, faça o que quiser com isso.
Depois, sem dizer mais nada, voltou para seu castelo 
nas nuvens.
25A mãe de João vendeu o ovo de ouro e comprou 
várias vacas (que davam leite) e galinhas (que botavam 
ovos de verdade).
Assim, o menino aprendeu uma lição e eles nunca 
mais passaram fome.
26Moral da história: Às vezes quem é bom não se dá 
mal.
TORERO, José Roberto & PIMENTA, Marcus Aurelius: ilustrações 
Jean-Claude R. Alphen. João e os 10 pés de feijão. São Paulo: 
Companhia das Letrinhas, 2016. p.5-6, 20-25. 
16. (G1 - cmrj) 
 
No trecho “A mãe de João vendeu o ovo de ouro e 
comprou várias vacas (que davam leite) e galinhas 
(que botavam ovos de verdade).” (referência 25), os 
parênteses, de acordo com o contexto, indicam um (a) 
a) intromissão no desfecho da narrativa. 
b) correção de informações equivocadas anteriores. 
c) comentário explicativo acerca dos fatos narrados. 
d) desejo de enfatizar fatos diferentes dos anteriores. 
e) contestação do sentido dicionarizado das palavras. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Mito nº 6
“O certo é falar assim porque se escreve assim”
Diante de uma tabuleta escrita COLÉGIO é provável 
que um pernambucano, lendo-a em voz alta, diga 
CÒlégio, que um carioca diga CUlégio, que um 
paulistano diga CÔlégio. E agora? Quem está certo? 
Ora, todos estão igualmente certos. O que acontece 
é que em toda língua do mundo existe um fenômeno 
chamado variação, isto é, nenhuma língua é falada 
do mesmo jeito em todos os lugares, assim como 
nem todas as pessoas falam a própria língua de modo 
idêntico. Infelizmente, existe uma tendência (mais 
um preconceito!) muito forte no ensino da língua de 
quererobrigar o aluno a pronunciar “do jeito que se 
escreve”, como se essa fosse a única maneira “certa” 
de falar português (Imagine se alguém fosse falar 
12
inglês ou francês do jeito que se escreve!). Muitas 
gramáticas e livros didáticos chegam ao cúmulo de 
aconselhar o professor a “corrigir” quem fala muleque, 
bêjo, minino, bisôro, como se isso pudesse anular 
o fenômeno da variação, tão natural e tão antigo na 
história das línguas. Essa supervalorização da língua 
escrita combinada com o desprezo da língua falada é 
um preconceito que data de antes de Cristo! É claro que 
é preciso ensinar a escrever de acordo com a ortografia 
oficial, mas não se pode fazer isso tentando criar uma 
língua falada “artificial” e reprovando como “erradas” 
as pronúncias que são resultado natural das forças 
internas que governam o idioma. Seria mais justo e 
democrático dizer ao aluno que ele pode dizer BUnito 
ou BOnito, mas que só pode escrever BONITO, porque 
é necessária uma ortografia única para toda a língua, 
para que todos possam ler e compreender o que está 
escrito, mas é preciso lembrar que ela funciona como 
a partitura de uma música: cada instrumentista vai 
interpretá-la de um modo todo seu, particular!
Fonte: BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico: o que é, como 
se faz. 49ª ed. São Paulo: Loyola, 2007, p. 52-53. (adaptado) 
Acesso em: 10 abr. 2018
 
17. (G1 - ifsc) Leia com atenção o excerto a seguir 
assinale a alternativa CORRETA:
“Infelizmente, existe uma tendência (mais um 
preconceito!) muito forte no ensino da língua de 
querer obrigar o aluno a pronunciar “do jeito que se 
escreve”, como se essa fosse a única maneira “certa” 
de falar português [...]”
As aspas possuem diversas funções num texto. No 
trecho, o autor usou aspas na palavra em destaque 
principalmente para: 
a) dar ênfase à palavra usada. 
b) questionar a própria noção do que é considerado 
certo. 
c) deixar claro que a palavra está escrita de modo 
inadequado. 
d) registrar a origem latina da palavra. 
e) deixar claro que, nesse contexto, o significado da 
palavra é seu antônimo. 
 
18. (Enem cancelado) Distantes uma da outra quase 
100 anos, as duas telas seguintes, que integram o 
patrimônio cultural brasileiro, valorizam a cena da 
primeira missa no Brasil, relatada na carta de Pero Vaz 
de Caminha. Enquanto a primeira retrata fielmente a 
carta, a segunda — ao excluir a natureza e os índios — 
critica a narrativa do escrivão da frota de Cabral. Além 
disso, na segunda, não se vê a cruz fincada no altar.
 
Ao comparar os quadros e levando-se em consideração 
a explicação dada, observa-se que 
a) a influência da religião católica na catequização do 
povo nativo é objeto das duas telas. 
b) a ausência dos índios na segunda tela significa que 
Portinari quis enaltecer o feito dos portugueses. 
c) ambas, apesar de diferentes, retratam um mesmo 
momento e apresentam uma mesma visão do fato 
histórico. 
d) a segunda tela, ao diminuir o destaque da cruz, 
nega a importância da religião no processo dos 
descobrimentos. 
e) a tela de Victor Meirelles contribuiu para uma visão 
romantizada dos primeiros dias dos portugueses no 
Brasil. 
 
19. (Enem) 
 
A obra de Joseph Kosuth data de 1965 e se constitui 
por uma fotografia de cadeira, uma cadeira exposta e 
um quadro com o verbete “Cadeira”. Trata-se de um 
exemplo de arte conceitual que revela o paradoxo 
entre verdade e imitação, já que a arte 
13
a) não é a realidade, mas uma representação dela. 
b) fundamenta-se na repetição, construindo variações. 
c) não se define, pois depende da interpretação do 
fruidor. 
d) resiste ao tempo, beneficiada por múltiplas formas 
de registro. 
e) redesenha a verdade, aproximando-se das 
definições lexicais. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Gerundismo - evite esse vício de linguagem
 
 Tanto se tem falado a respeito de gerundismo, 
que já há quem tenha prática sobre o uso do gerúndio. 
Há até quem pergunte se o gerúndio não é mais 
usado ou se é errado o seu emprego. Então, antes que 
se comece a tomar o certo pelo duvidoso e o errado 
pelo certo, vamos nos lembrar de algumas regras 
gramaticais.
 Comecemos pelo significado da palavra 
“gerúndio”. Se procurarmos as definições nas 
gramáticas em uso, encontraremos, geralmente, a 
seguinte explicação: “Gerúndio é uma das formas 
nominais do verbo que apresenta o processo verbal 
em curso e que desempenha a função de adjetivo ou 
advérbio”.
 Ele apresenta-se de duas formas. A simples 
(Ex.: Chegando a hora da largada, a luz verde acendeu) 
e a composta (Ex.: Tendo chegado ao fim da corrida, o 
carro foi recolhido ao boxe).
 O gerúndio expressa uma ação que está em 
curso ou que ocorre simultaneamente ou, ainda, que 
remete a uma ideia de progressão. Sua forma nominal 
é derivada do radical do verbo acrescida da vogal 
temática e da desinência -ndo. Exemplos: comendo; 
partindo.
 Veja, a seguir, o uso do gerúndio na prática:
 E a lama desceu pelo morro, destruindo tudo 
que encontrava pela frente.
 Rindo, ele se lembrava com saudades dos dias 
felizes que tivera.
 Abrindo o laptop, começou a escrever.
 “Caminhando sozinho aquela noite pela praia 
deserta, fiz algumas reflexões sobre a morte” (Erico 
Veríssimo, Solo de Clarineta, p. 12).
 Como vimos nos exemplos, o gerúndio pode 
ser empregado de diferentes maneiras em nossa 
língua sem que tenhamos praticado nenhuma heresia. 
Já com o gerundismo é outra história. Nesse caso, 
trata-se do uso inadequado do gerúndio. Um vício de 
linguagem que se alastrou de modo tão corriqueiro e 
insistente que até já virou piada.
 Então, se você usa expressões como: “Vou estar 
pesquisando seu caso” ou “Vou estar completando sua 
ligação”, mude imediatamente sua fala para: “Vou 
pesquisar seu caso” e “Vou completar sua ligação”. 
Note que, nos dois casos, você passa a usar somente 
duas formas verbais (“vou” + “pesquisar” ou “vou” 
+ “completar”) no lugar de três. Além disso, a ideia 
temporal a ser transmitida é a de futuro e não de 
presente em curso.
 O gerundismo, portanto, é uma mania que 
peca pelo excesso, pela inadequação do verbo, que 
ocorre ao transformarmos, desnecessariamente, um 
verbo conjugado em um gerúndio.
(Fonte: UOL. Adaptado. Disponível em: <https://educacao.uol.com.
br/disciplinas/portugues/gerundismo-evite-esse-vicio-de-linguagem.
htm> Acesso em: 20 jan. 2019). 
20. (G1 - ifmt) A partir da leitura do texto “Gerundismo 
- evite esse vício de linguagem”, marque a alternativa 
correta. 
a) O equívoco das pessoas consiste em usar o gerúndio 
de maneiras diversas, sendo que há apenas uma forma 
gramaticalmente correta de fazer seu uso. 
b) Gerúndio e gerundismo são a mesma coisa e os dois 
são considerados vícios de linguagem. 
c) Gerúndio é uma forma inadequada de usar o verbo. 
d) O gerundismo é considerado um vício de linguagem 
e deve ser evitado. 
e) O gerúndio e o gerundismo fazem uso exatamente 
dos mesmos tempos verbais, mas o gerundismo é 
considerado errado pelo uso excessivo de verbos em 
sua forma. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Quando pensamos em EXPERIÊNCIAS ESTUDANTIS 
NO EXTERIOR, automaticamente relacionamos o 
tema aos melhores aspectos positivos possíveis, como 
a vivência na língua, na cultura, na culinária, entre 
outros. Contudo, há outros aspectos relevantes – 
positivos e negativos – que a atividade deseja também 
abordar. Somos seres humanos em construção e 
interligados pela intensa globalização do século XXI. 
Assim, a escolha desse tema se dá pelo desejo de 
acrescentar reflexões importantes ao cotidiano de 
nossos jovens estudantes.
Texto
Relato de experiência
 Meu nome é Rafael Lemos da Silva e eu estudo 
Relações Internacionais na Universidade Federal de 
14
Santa Maria (UFSM). No segundo semestre de 2015, 
eu decidi fazer um intercâmbio acadêmico para a 
Universidade da Flórida (UF), tendo em vista que o 
meu curso requer uma experiência internacional. O 
meu intercâmbio acadêmico foi incrível, porque foi a 
primeiravez que eu fui para outro país. O intercâmbio 
possibilitou o exercício diário do inglês e do espanhol. 
Por outro lado, inicialmente eu achei difícil me adaptar 
à cultura estadunidense, porque eles não gostam de 
contato físico e costumam ser extremamente diretos 
em suas conversações. Além disso, existe uma cultura 
favorável ao consumo de fast food, o que prejudicou a 
minha saúde. (...)
 As minhas aulas foram sensacionais! Meus 
professores eram especialistas nos assuntos tratados 
em aula e tinham diversos livros publicados sobre os 
mesmos, o que enriquecia a aprendizagem. A estrutura 
das aulas era completamente diferente, porque eu 
tinha a mesma matéria três vezes por semana durante 
50 minutos, fazendo com que o professor sintetizasse 
a matéria e com que a disciplina cobrisse mais tópicos. 
As aulas eram dialogadas e muitos professores 
atribuíam uma nota considerável para a participação 
em sala de aula. Ademais, eu tinha cerca de 500 
páginas em inglês para ler todas as semanas para as 
minhas aulas.
 Um fator impressionante foi a infraestrutura 
da Universidade da Flórida. A universidade ocupa 
quase metade da cidade de Gainesville, na Flórida. 
Eu morei em uma república dentro da universidade 
e dividia o meu quarto com um americano. Eu 
geralmente passava mais tempo na biblioteca da 
universidade que possuía uma infraestrutura incrível. 
As bibliotecas ficavam abertas 24 horas por dia para 
estimular o estudo por parte dos alunos e eles tinham 
uma loja do Starbucks dentro da própria biblioteca.
 As universidades estadunidenses costumam 
incentivar atividades internas para os seus 
estudantes. Por exemplo, durante o meu intercâmbio 
a Universidade da Flórida promoveu cerca de cinco 
shows com artistas americanos como T.I. e Andy 
Grammer. Além disso, a Universidade da Flórida 
costumava promover palestras sobre temas como 
a violência policial e convidava personalidades 
estadunidenses influentes nessas questões. (...)
(Fonte: https://www.ufsm.br/oraaos-de-apoio/sai/relatos-de-
exDeriencia-no-exterior/. Acessado em: 02/09/2020)
Observação: por se tratar de um relato de experiência 
publicado no blog (ambiente informal) da Universidade 
Federal de Santa Maria, o texto apresenta desvios quanto 
à norma-padrão. 
21. (G1 - cmrj) Dos aspectos negativos apresentados 
pelo relato de experiência do aluno Rafael Lemos da 
Silva, pode-se deduzir que 
a) a adaptação à cultura do outro requer flexibilidade e 
tolerância do candidato ao intercâmbio. 
b) o distanciamento familiar é fator preponderante 
para a decisão do estudante em se aperfeiçoar no 
exterior. 
c) o consumo de comidas industrializadas impede a 
plena e satisfatória adaptação do discente. 
d) o exercício constante de diversos idiomas dificulta a 
experiência internacional. 
e) a ausência de objetividade no trato diário favorece o 
intercâmbio acadêmico. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Xote Ecológico 
Não posso respirar, não posso mais nadar
A terra está morrendo, não dá mais pra plantar
E se plantar não nasce, se nascer não dá
Até pinga da boa é difícil de encontrar 
Não posso respirar, não posso mais nadar
A terra está morrendo, não dá mais pra plantar
E se plantar não nasce, se nascer não dá
Até pinga da boa é difícil de encontrar 
Cadê a flor que estava aqui?
Poluição comeu
E o peixe que é do mar?
Poluição comeu
E o verde onde é que está?
Poluição comeu
Nem o Chico Mendes sobreviveu 
GONZAGA, Luiz. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/luiz-
gonzaga/295406/>. Acesso em: 08 maio 2019.
 
22. (G1 - ifpe) Em relação ao texto Xote Ecológico, é 
CORRETO afirmar que 
a) seu objetivo é permitir a reflexão acerca dos danos 
que o homem causa ao ambiente em que vive. 
b) critica o fato de o homem ser impedido de realizar 
suas atividades normais em virtude de o ambiente 
negar-lhe as condições. 
c) responsabiliza a poluição existente pelos danos 
causados à vida humana, visto que o homem não 
15
é responsável por ela, embora seja o principal 
prejudicado. 
d) a repetição de perguntas demonstra que o eu lírico 
busca encontrar as respostas que ainda não tem. 
e) trata a questão levantada demonstrando esperança 
em relação à mudança no tratamento destinado ao 
meio ambiente. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
23. (G1 - col. naval) Assinale a opção que expressa a 
mesma ideia presente no texto. 
a) Quem gosta de ler não morre só. (Ariano Suassuna) 
b) Creio que uma forma de felicidade é a leitura. (Jorge 
L. Borges) 
c) Ler é viver mil vidas diferentes em uma única 
existência.(André Segalla) 
d) Uma boa leitura dispensa com vantagem a 
companhia de pessoas frívolas. (Marquês de Maricá) 
e) Ler é como não haver morrido. (Carlos Skliar) 
 
24. (Unifesp) Leia o poema Prece, de Fernando Pessoa.
Senhor, a noite veio e a alma é vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje, no silêncio hostil,
O mar universal e a saudade.
Mas a chama, que a vida em nós criou,
Se ainda há vida ainda não é finda.
O frio morto em cinzas a ocultou:
A mão do vento pode erguê-la ainda.
Dá o sopro, a aragem – ou desgraça ou ânsia –,
Com que a chama do esforço se remoça,
E outra vez conquistaremos a Distância –
Do mar ou outra, mas que seja nossa!
(Fernando Pessoa. Mensagem, 1995.)
Extraído do livro Mensagem, o poema pode ser 
considerado nacionalista, na medida em que o eu 
lírico 
a) apresenta Portugal como uma nação decadente, que 
não faz jus ao seu passado de heroísmo e glórias. 
b) inspira-se no passado de heroísmo do povo 
português que, no presente, já não acredita na sua 
história. 
c) busca reviver o sonho de uma da nação grandiosa, 
cantando um Portugal almejado por seus feitos 
gloriosos. 
d) reconhece o desejo de o povo português glorificar 
seus heróis, o que não foi possível até o seu presente. 
e) descreve o Portugal de seu tempo como uma nação 
gloriosa e marcada por histórias de heroísmo. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o poema de Fernando Pessoa.
Cruz na porta da tabacaria!
Quem morreu? O próprio Alves? Dou
Ao diabo o bem-’star que trazia.
Desde ontem a cidade mudou.
Quem era? Ora, era quem eu via.
Todos os dias o via. Estou
Agora sem essa monotonia.
Desde ontem a cidade mudou.
Ele era o dono da tabacaria.
Um ponto de referência de quem sou.
Eu passava ali de noite e de dia.
Desde ontem a cidade mudou.
Meu coração tem pouca alegria,
E isto diz que é morte aquilo onde estou.
Horror fechado da tabacaria!
Desde ontem a cidade mudou.
Mas ao menos a ele alguém o via,
Ele era fixo, eu, o que vou,
Se morrer, não falto, e ninguém diria:
Desde ontem a cidade mudou.
(Obra poética, 1997.) 
25. (Unifesp) No poema, o eu lírico sente-se 
a) desorientado e melancólico. 
b) desamparado e entediado. 
c) nostálgico e orgulhoso. 
d) perplexo e eufórico. 
e) aliviado e resignado. 
16
26. (G1 - cmrj) 
 
Entre o primeiro e último quadros, desenvolve-se uma 
concreta troca afetiva.
Analisando-se os elementos não verbais, aqueles que 
MELHOR representam a empatia são 
a) a tesoura e o cabelo curto. 
b) cortar o cabelo e ceder o boné. 
c) olhar pensativamente e ficar feliz. 
d) o sorriso da família e o cabelo curto. 
e) o olhar pensativo e o longínquo corredor. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leusipo perguntou o que eu tinha ido fazer na aldeia. 
Preferi achar que o tom era amistoso e, no meu 
paternalismo ingênuo, comecei a lhe explicar o que era 
um romance. Eu tentava convencê-lo de que não havia 
motivo para preocupação. Tudo o que eu queria saber 
já era conhecido. E ele me perguntava: “Então, porque 
você quer saber, se já sabe?” Tentei lhe explicar que 
pretendia escrever um livro e mais uma vez o que era 
um romance, o que era um livro de ficção (e mostrava 
o que tinha nas mãos), que seria tudo historinha, 
sem nenhuma consequência na realidade. Ele seguia 
incrédulo. Fazia-se de desentendido, mas na verdade 
só queria me intimidar. As minhas explicações sobre 
o romance eram inúteis.Eu tentava dizer que, para os 
brancos que não acreditam em deuses, a ficção servia 
de mitologia, era o equivalente dos mitos dos índios, 
e antes mesmo de terminar a frase, já não sabia se o 
idiota era ele ou eu. Ele não dizia nada a não ser: “O 
que você quer com o passado?”. Repetia. E, diante da 
sua insistência bovina, tive de me render à evidência 
de que eu não sabia responder à sua pergunta.
Bernardo Carvalho, Nove Noites. Adaptado. 
27. (Fuvest) As respostas do narrador às perguntas de 
Leusipo são uma tentativa de disfarçar o caráter 
a) fabular do romance, inspirado nas lendas e tradições 
dos Krahô. 
b) investigativo do romance, embasado em 
testemunhos dos Krahô. 
c) político do romance, a respeito das condições de 
vida dos Krahô. 
d) etnográfico do romance, através do registro da 
cultura dos Krahô. 
e) biográfico do romance, relatando sua vivência junto 
aos Krahô. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
O Cão e o Lobo
 Um lobo muito magro e faminto, todo pele e ossos, pôs-
se um dia a filosofar sobre as tristezas da vida. E nisso 
estava quando lhe surge pela frente um cão — mas um 
cão e tanto, gordo, forte, de pelo fino e lustroso.
Espicaçado pela fome, o lobo teve ímpeto de atirar-se a 
ele. A prudência, entretanto, cochichou-lhe ao ouvido: 
“Cuidado! Quem se mete a lutar com um cão desses sai 
perdendo”.
O lobo aproximou-se do cão com toda a cautela e disse:
— Bravos! Palavra de honra que nunca vi um cão mais 
gordo nem mais forte. Que pernas rijas, que pelo 
macio! Vê-se que o amigo se trata...
— É verdade! — respondeu o cão. Confesso que tenho 
tratamento de fidalgo. 1Mas, amigo lobo, suponho que 
você pode levar a mesma boa vida que levo.
¯ Como?
17
2— Basta que abandone esse viver errante, esses 
hábitos selvagens e se civilize, como eu.
— Explique-me lá isso por miúdo, pediu o lobo com um 
brilho de esperança nos olhos.
— É fácil. Eu apresento você ao meu senhor. Ele, está 
claro, simpatiza-se e dá a você o mesmo tratamento 
que dá a mim: bons ossos de galinha, nacos de carne, 
um canil com palha macia. Além disso, agrados, mimos 
a toda hora, palmadas amigas, um nome.
3— Aceito! — respondeu o lobo. Quem não deixará uma 
vida miserável como esta por uma de regalos assim?
— Em troca disso — continuou o cão — você guardará o 
terreiro, não deixando entrar ladrões nem vagabundos. 
Agradará ao senhor e à sua família, sacudindo a cauda 
e lambendo a mão de todos.
4— Fechado! — resolveu o lobo e emparelhando-se com 
o cachorro partiu a caminho da casa. 5Logo, porém, 
notou que o cachorro estava de coleira.
— Que diabo é isso que você tem no pescoço?
— É a coleira.
— E para que serve?
— Para me prenderem à corrente.
— Então não é livre, não vai para onde quer, como eu?
— Nem sempre. Passo às vezes vários dias preso, 
conforme a veneta do meu senhor. Mas que tem isso, 
se a comida é boa e vem à hora certa?
O lobo entreparou, refletiu e disse:
— Sabe do que mais? Até logo! Prefiro viver magro e 
faminto, porém livre e dono do meu focinho, a viver 
gordo e liso como você, mas de coleira ao pescoço. 
Fique-se lá com a sua gordura de escravo que eu me 
contento com a minha magreza de lobo livre.
E afundou no mato.
LOBATO, Monteiro, in Fábulas: O Cão e o Lobo. Brasiliense, São Paulo, 
2002, p. 29.Fonte da imagem Disponível: <http://www.iejusa.com.
br/mundoinfantil/fabulasbrasileiras.php>. Acesso em 04 de out. de 
2019.
28. (G1 - cmrj) Uma das condições para que o lobo 
seja aceito na casa do dono do cão é “civilizar-se”. De 
acordo com o texto, isso significa que o lobo deveria 
a) renunciar à servidão. 
b) levar uma vida nômade. 
c) ser dócil para com todos. 
d) abandonar hábitos originais. 
e) conciliar floresta com espaço urbano. 
29. (G1 - cmrj) TEXTO I
Casamento
Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como ‘este foi difícil’
‘prateou no ar dando rabanadas’
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.
(PRADO, Adélia. Terra de Santa Cruz, Rio de Janeiro: Record, 2006. 
p. 25.)
TEXTO II
A despedideira
Há mulheres que querem que o seu homem seja o Sol. 
O meu quero-o nuvem. Há mulheres que falam na 
voz do seu homem. O meu que seja calado e eu, nele, 
guarde meus silêncios. Para que ele seja a minha voz 
quando Deus me pedir contas. [...]
Há muito tempo, me casei, também eu. Dispensei uma 
vida com esse alguém. Até que ele foi. Quando me 
deixou, já não me deixou a mim. Que eu já era outra, 
habilitada a ser ninguém. Às vezes, contudo, ainda me 
adoece uma saudade desse homem. Lembro o tempo 
em que me encantei, tudo era um princípio. Eu era 
nova, dezanovinha.
1Quando ele me dirigiu palavra, nesse primeiríssimo 
dia, dei conta de que, até então, nunca eu tinha falado 
com ninguém. O que havia feito era comerciar palavra, 
em negoceio de sentimento. Falar é outra coisa, é essa 
ponte sagrada em que ficamos pendentes, suspensos 
sobre o abismo. Falar é outra coisa, vos digo. Dessa vez, 
com esse homem, na palavra eu me divinizei. Como 
perfume em que perdesse minha própria aparência. 
Me solvia na fala, insubstanciada.
Lembro desse encontro, dessa primogênita primeira 
vez. Como se aquele momento fosse, afinal, toda 
18
minha vida. Aconteceu aqui, neste mesmo pátio em 
que agora o espero. Era uma tarde boa para gente 
existir. O mundo cheirava a casa. O ar por ali parava. A 
brisa sem voar, quase nidificava. Vez voz, os olhos e os 
olhares. Ele, em minha frente todo chegado como se a 
sua única viagem tivesse sido para a minha vida.
No entanto, algo nele aparentava distância. [...]
Nesse mesmo pátio em que se estreava meu coração 
tudo iria, afinal, acabar. Porque ele anunciou tudo 
nesse poente. Que a paixão dele desbrilhara. Sem 
mais nada, nem outra mulher havendo. Só isso: a 
murchidão do que, antes, florescia. [...] O único intruso 
era o tempo, que nossa rotina deixara crescer e pesar.
[...] Deixem-me agora evocar, aos goles de lembrança. 
Enquanto espero que ele volte, de novo, a este pátio. 
Recordar tudo, de uma só vez, me dá sofrimento. 
Por isso, vou lembrando aos poucos. Me debruço na 
varanda e a altura me tonteia. Quase vou na vertigem. 
Sabem o que descobri? Que minha alma é feita de 
água. Não posso me debruçar tanto. Senão me entorno 
e ainda morro vazia, sem gota.
Porque eu não sou por mim. Existo refletida, ardível 
em paixão. Como a lua: o que brilho é por luz de outro. 
A luz desse amante, luz dançando na água. Mesmo 
que surja assim, agora, 30 distante e fria. Cinza de um 
cigarro nunca fumado.
Pedi-lhe que viesse uma vez mais. Para que, de novo, 
se despeça de mim. E passados os anos, tantos que 
já nem cabem na lembrança, eu ainda choro como 
se fosse a primeira despedida. Porque esse adeus, só 
esse aceno é meu, todo inteiramente meu. Um adeus à 
medida de meu amor.
[...] Toda a vida acreditei: amor é os dois se duplicarem 
em um. Mas hoje sinto: ser um é ainda muito. De mais. 
Ambiciono, sim, ser o múltiplo de nada, Ninguém no 
plural.
Ninguéns.
(COUTO, Mia. O fio das missangas. São Paulo: Companhia das Letras, 
2009. p.51-54.)
Tanto no poema de Adélia Prado quanto no conto 
de Mia Couto, a expressão “primeira vez” remete a 
momentos felizes:
“O silêncio de quando nos vimos a primeira vez / 
atravessa a cozinha como um rio profundo” (Texto II, 
v. 11 e 12)
“Quando ele me dirigiu palavra, nesse primeiríssimo 
dia, dei conta de que, até então, nunca eu tinha falado 
com ninguém. [...] Dessa vez, com esse homem, na 
palavra eu me divinizei. [...] Lembro desse encontro, 
dessa primogênita primeira vez”. (Texto III, ref. 1)
O silêncio (Texto I) e a palavra (Texto II), tãomarcantes 
no primeiro encontro de cada casal, remetem, 
respectivamente à ideia de 
a) insolência e opressão. 
b) inquietude e comoção. 
c) intimidade e nostalgia. 
d) indiferença e alienação. 
e) intolerância e abnegação. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
30. (G1 - ifce) A expressão “sendo assim” é usada no 
texto 
a) para introduzir a explicação sobre a visibilidade dos 
cursos preparatórios anunciados. 
b) para anunciar a conclusão sobre a decisão de lançar 
cursos preparatórios. 
c) para relacionar as informações sobre os aspectos 
positivos do serviço ofertado e a informação sobre o 
lançamento desse mesmo serviço. 
d) como equivalência à locução conjuntiva “assim 
como”. 
e) para expor a justificativa acerca da relevância dos 
cursos preparatórios. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 
19
Exposição virtual conta a história das grandes 
invenções da Humanidade
Projeto reúne mais de 200 mil imagens, vídeos e registros 
históricos; aplicativo usa realidade aumentada para 
explicar Big Bang
 RIO – Em 1608, o alemão Hans Lippershey 
apresentou um pedido de patente para uma lente 
capaz de “ver coisas distantes como se estivessem 
próximas”. O pedido foi negado, mas a notícia da 
invenção se espalhou pela Europa e, no ano seguinte, 
o italiano Galileu Galilei mirou essa lente melhorada 
para o céu, descobriu luas em Júpiter e crateras 
na Lua, dando início à astronomia observacional. 
Quatro séculos depois, telescópios estão no espaço, 
observando galáxias a bilhões de anos-luz de distância. 
Essa é uma das histórias reunidas pelo projeto “Once 
Upon a Try“, desenvolvido pelo Google Arts & Culture 
com 110 museus e instituições científicas ao redor do 
mundo.
 Trata-se da maior exibição virtual sobre a 
inovação e a inventividade humana. São quase 400 
exposições virtuais, com mais de 200 mil imagens, 
vídeos e registros históricos, como a coleção, inédita 
na internet, de cem cartas enviadas por Albert Einstein 
a cientistas franceses, mantidas pela prestigiada 
Académie dês Sciences francesa. Da Nasa, uma 
plataforma de aprendizado de máquina oferece uma 
nova forma de explorar um arquivo com mais de 127 
mil imagens espaciais.
 – Nós trabalhamos nesse projeto por mais 
de dois anos – contou Luisella Mazza, diretora 
de operações do Google Cultural Institute. – A 
curadoria das exposições foi feita pelas instituições 
parceiras, sem ingerência do Google Arts & Culture. 
As instituições decidiram, de forma autônoma, as 
imagens, as histórias e as invenções que fazem parte 
dessa mostra.
 Coube ao Google o apoio com tecnologia, como 
no desenvolvimento do aplicativo “Big Bang AR”, que 
explica o surgimento e a evolução do universo com 
realidade aumentada. O conteúdo foi desenvolvido 
por físicos da Organização Europeia para a Pesquisa 
Nuclear, conhecida pela sigla Cern, e coloca, 
literalmente, o evento do Big Bang na palma da mão 
dos usuários.
 1Modernas técnicas de digitalização foram 
empregadas para transformar em pixels o Mapa de 
Juan de la Cosa, considerado o mais antigo registro do 
Novo Mundo. Pintado a mão num pergaminho, o mapa 
ilustra as terras descobertas no continente americano 
até o fim do século XV, por expedições espanholas, 
inglesas e portuguesas. 2A partir de agora, ele estará 
disponível, em altíssima resolução, aos visitantes da 
mostra “Once Upon a Try“.
 – O primeiro mapa das Américas, feito no 
início do século XVI, foi digitalizado com a tecnologia 
gigapixel – explicou Luisella. – É uma câmera muito 
especial, que permite tirar fotos em altíssima 
resolução, de até 2 bilhões de pixels, de forma muito 
rápida e intuitiva.
 O foco do projeto está nas grandes descobertas 
e invenções, mas também há espaço para inventos 
específicos, como a chuteira de futebol. Em parceria 
com o Museu do Futebol, a exposição traça a história 
de um simples calçado que está nos pés das estrelas 
do esporte mais popular do planeta, além de contar 
como foi a adaptação da chuteira em terras brasileiras.
 O “Once Upon a Try” também oferece passeios 
virtuais, com o Google Street View, em instalações 
como a Estação Espacial Internacional e o Grande 
Colisor de Hádrons do Cern, a maior máquina já 
construída pelo homem. O túnel que se estende por 27 
quilômetros na fronteira da França com a Suíça ficou 
mundialmente conhecido por comprovar, em 2012, a 
existência do bóson de Higgs, a partícula de Deus.
Adaptado de: https://oglobo.globo.com/economia/tecnologia/
exposicao-virtual-conta-historia-das-grandes-invencoes-da-
humanidade-23500843, acesso em 06SET2020, às 16:28. 
31. (G1 - cmrj) Após a leitura e interpretação do texto, 
assinale a alternativa correta. 
a) O autor, ao mencionar as invenções de Galileu Galilei, 
direciona seu texto aos astrônomos e estudantes de 
astronomia. 
b) O jornalista foca seu texto em tecnologias que, na 
verdade, tornaram-se obsoletas. 
c) O texto discorre sobre a maior exibição virtual sobre 
a inovação e a inventividade humana. 
d) A reportagem se prende mais a ideias e 
possibilidades do que à realidade científica do mundo 
contemporâneo. 
e) O texto limita-se a apresentar informações sobre 
uma exposição a respeito de invenções e projetos 
científicos de Galileu Galilei e Albert Einstein. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 Quando pensamos em EXPERIÊNCIAS 
ESTUDANTIS NO EXTERIOR, automaticamente 
relacionamos o tema aos melhores aspectos positivos 
possíveis, como a vivência na língua, na cultura, na 
culinária, entre outros. Contudo, há outros aspectos 
relevantes – positivos e negativos – que a atividade 
deseja também abordar. Somos seres humanos em 
construção e interligados pela intensa globalização 
do século XXI. Assim, a escolha desse tema se dá 
20
pelo desejo de acrescentar reflexões importantes ao 
cotidiano de nossos jovens estudantes.
Texto 
Brasileira ganha bolsa para estudar em Harvard
Uma gonçalense de 18 anos é a única estudante brasileira 
aprovada para estudar na Universidade de Harvard, nos 
EUA, este ano. E com bolsa integral.
 Uma gonçalense de 18 anos é a única estudante 
brasileira aprovada para estudar na Universidade 
de Harvard, no EUA, este ano. E com bolsa integral. 
A façanha de Flávia Medina da Cunha é considerada 
tão especial que será tema de palestra de orientadores 
educacionais, nesta quarta-feira de manhã (19 de 
agosto de 2009), no auditório do Colégio Militar do 
Rio de Janeiro. Na mesma época dos exigentes exames 
para Harvard, ela passou nos vestibulares da UFRJ, 
UFF e UERJ e na prova de admissão da Academia da 
Força Aérea (AFÃ). "Estudei tantas horas que perdi 
a conta de quantas", confessa Flávia, que vai cursar 
Engenharia Química. Ela já havia começado o curso na 
UFRJ.
 Fã da obra de Machado de Assis, ela precisou 
se debruçar sobre livros especializados na cultura 
norte-americana. Flávia obteve ainda 90% de bolsa 
na Universidade da Pensilvânia. "Fiquei na lista 
de esperada Yale University, Duke University, Rice 
University e Tufts", enumerou Flávia, cujos dois 
irmãos estudam na Escola Naval. Os pais, que são 
professores, estão orgulhosos, mas não escondem 
a preocupação. "O coração está apertado, mas ela 
é perseverante e carismática", conta a mãe, Gilza 
da Cunha, 57 anos. Em Harvard, a estudante terá 
alojamento, refeição e receberá US$ 3mil (R$ 5,3 
mil) por mês, além da oportunidade de emprego no 
campus. Flávia embarca hoje à noite no voo 860 da 
United Airlines. Na bagagem, a bandeira do Brasil e 
a medalha de Santo António. No coração, a saudade 
de casa. "Não vou chorar", avisa Flávia. "Muita gente 
sonha em ir à Disney e realiza o sonho. Por que não 
sonhar em aprimorar os conhecimentos no exterior?", 
lança o desafio o gerente de pesquisas do escritório da 
Harvard no Brasil, Tomás Amorim. (...)
(Adaptado de https://www.mundovestibular.com.br/vestibular/
noticias/brasileira-ganha-bolsa-para-estudar-em-han/ard/. 
Acessado em: 02/09/2020) 
32. (G1 - cmrj) O texto reporta a façanha da aluna 
Flávia Medina da Cunha em ter múltiplasaprovações 
em vestibulares por meio de sua intensa aplicação 
aos estudos. Pode-se afirmar que, além deste objetivo, 
outro importante propósito comunicativo desse texto 
apresentado pelo 2º parágrafo é o de 
a) demonstrar que sonhos podem ser realizados e 
devem ser focados, como o de atingir altos ganhos 
materiais. 
b) convencer o leitor a estudar em universidades 
no exterior por terem exames mais exigentes e que 
causam maior orgulho. 
c) apresentar a importância da dedicação persistente 
aos estudos como forma de sucesso intelectual e 
posterior sucesso no mercado de trabalho. 
d) descrever a infraestrutura proporcionada pela 
Universidade de Harvard à estudante brasileira, como 
a presença de alojamento e refeição. 
e) detalhar os sentimentos envolvidos com a partida 
da aluna, como saudade, orgulho e preocupação. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
COMO SERÁ A ALIMENTAÇÃO DOS HUMANOS NO 
FUTURO?
Adaptado de Maria Luciana Rincon
Com o aumento da população mundial, a redução de 
recursos e mudanças na dieta, muita gente prevê que 
no futuro a humanidade enfrentará uma competição 
por alimentos sem precedentes. Aliás, segundo os 
mais fatalistas, se as coisas continuarem como estão, 
por volta do ano 2050 seremos testemunhas de uma 
onda de fome que poderá afetar todo o planeta.
Algumas estimativas apontam que dentro de apenas 
uma ou duas gerações a população mundial terá 
aumentado em alguns bilhões de habitantes, e boa 
parte dessa gente toda se concentrará em grandes 
centros urbanos. Assim, além da falta de recursos 
naturais, é preciso encontrar formas de fazer com que 
os alimentos cheguem até essas áreas e supram as 
necessidades de todos.
Por sorte, já existem cientistas quebrando a cabeça 
para encontrar soluções para a iminente crise de 
alimentos, apostando na tecnologia e na ciência 
para isso. Uma saída talvez seja uma mudança na 
dieta e, para Richard Archer, um desses cientistas 
preocupados, dentro de um período de 25 anos, a 
alimentação humana se baseará principalmente em 
produtos altamente processados e — diferente dos 
itens disponíveis hoje em dia — nutricionalmente 
equilibrados.
1Segundo Archer, além de nutritivos, os alimentos 
processados podem ser preservados por mais tempo, 
além de serem mais facilmente transportados. Contudo, 
antes que eles substituam os alimentos atuais, alguns 
problemas precisam ser contornados. Atualmente, 
quando falamos em produtos processados, logo 
imaginamos alimentos recheados de gordura, sal e 
21
açúcar. As opções mais equilibradas existem, mas não 
agradam ao paladar dos consumidores pela falta de 
sabor.
Assim, um dos maiores desafios da indústria de 
alimentos é encontrar formas de desenvolver 
produtos processados que sejam saudáveis e também 
saborosos. Outro problema para o futuro é o consumo 
de carne vermelha. Segundo Archer, a produção atual 
já é vista como cara e ineficiente e, no futuro, com a já 
prevista escassez de água e espaço para o cultivo, esses 
produtos se tornarão economicamente inviáveis.
Desta forma, o consumo de carnes se limitará a 
quantidades cada vez mais reduzidas, dando lugar à 
ingestão de proteína animal misturada à proteína de 
origem vegetal e outros ingredientes que garantirão o 
sabor e o valor nutricional dos alimentos.
2Outra tendência apontada por Archer será o emprego 
de equipamentos 3D para imprimir refeições e, de 
acordo com o cientista, esses dispositivos permitirão 
que os usuários fabriquem suas criações culinárias 
e comidas que nem sequer existem ainda. Além 
disso, ele prevê o desenvolvimento de tecnologias 
que permitam criar ingredientes livres de calorias 
e que possam encapsular, cobrir, proteger e liberar 
nutrientes e compostos alimentares bioativos.
E, segundo Archer, as mudanças na dieta não se 
limitarão apenas aos humanos, pois, conforme 
explicou, animais como frangos e peixes poderão 
ser alimentados com algas e insetos cultivados 
industrialmente.
Entretanto, apesar de todo esse otimismo com 
respeito às soluções para o futuro, 3com uma 
população mundial cada vez mais urbana e ávida por 
comodidades, suprir a necessidade de toda essa gente 
— e ao mesmo tempo atender os gostos de todo mundo 
— não será uma tarefa nada fácil.
 
Disponível:<https://www.megacurioso.com.br/
sustentabilidade/44765-como-sera-a-alimentacao-dos-humanos-no-
futuro.htm>. Acesso em 04 de out. de 2019 
33. (G1 - cmrj - Adaptada) Uma preocupação 
semelhante entre o texto publicitário a seguir e o texto 
de Maria Luciana Rincón é
a) o incentivo ao consumo de orgânicos. 
b) a inovação de tecnologias de produção. 
c) a importância da produção de proteína animal. 
d) a força da imagem na comercialização de alimentos. 
e) o cuidado do consumidor com produtos processados. 
 
34. (Enem digital) Ponto morto
A minha primeira mulher
se divorciou do terceiro marido.
A minha segunda mulher
acabou casando com a melhor amiga dela.
A terceira (seria a quarta?)
detesta os filhos do meu primeiro casamento.
Estes, por sua vez, não suportam os filhos
do terceiro casamento da minha primeira mulher.
Confesso que guardo afeto pelas minhas ex-sogras.
Estava sozinho
quando um dos meus filhos acenou para mim no
meio do engarrafamento.
A memória demorou para engatar seu nome.
Por segundos, a vida parou em ponto morto.
MASSI, A. A vida errada. Rio de Janeiro: 7Letras, 2001.
No poema, a singularidade da situação representada é 
efeito da correlação entre 
a) a dissipação das identidades e a circulação de 
sujeitos anônimos. 
b) as relações familiares e a dinâmica da vida no 
espaço urbano. 
c) a constatação da incomunicabilidade e a solidão 
humana. 
22
d) o trânsito caótico e o impedimento à expressão 
afetiva. 
e) os lugares de parentesco e o estranhamento social. 
 
35. (G1 - cps) Biopirataria é crime. Ela consiste na 
apropriação indevida de recursos da biodiversidade 
para uso científico ou biotecnológico.
Não bastasse a apropriação de recursos da 
biodiversidade, a biopirataria praticada em território 
brasileiro também se apropria de conhecimentos 
acumulados por comunidades tradicionais, como a 
medicina da floresta e as práticas da cultura indígena.
No Brasil, a biopirataria é praticada desde a época do 
Descobrimento, quando recursos biológicos do país já 
eram levados para outros continentes. O exemplo mais 
conhecido é o próprio pau-brasil, cuja exploracao no 
período colonial foi responsável por devastar um dos 
maiores biomas brasileiros: a Mata Atlântica.
Podemos encontrar alguns exemplos clássicos da 
biopirataria no Brasil. Um deles diz respeito ao 
cupuaçu, que por pouco não se tornou patente de 
uma empresa japonesa — o que so não ocorreu devido 
à mobilização nacional e internacional que forçou o 
governo japonês a desistir da patente. O mesmo não 
pode ser dito da patente do princípio ativo contido no 
veneno da jararaca, ainda pertencente a uma empresa 
estadunidense que, na década de 1970, desenvolveu 
um remédio usado no tratamento de hipertensão 
arterial.
Outro caso é o conhecimento indígena sobre o veneno 
do sapo verde, que gerou dez patentes para indústrias 
farmacêuticas e nenhum retorno financeiro aos índios 
da Amazônia.
<https://tinyurl.com/y8heaay5> Acesso em: 27.01.2019. Adaptado.
De acordo com o texto, podemos afirmar corretamente 
que a biopirataria 
a) teve início com o surgimento e a expansão de 
indústrias farmacêuticas no mundo. 
b) contribuiu indiretamente para o extermínio do 
vírus que causa a hipertensão arterial. 
c) se apossa indevidamente dos conhecimentos 
acumulados por comunidades tradicionais. 
d) provocou o incremento das importações brasileiras 
do cupuaçu cultivado no Japão. 
e) é permitida pelo poder público que fiscaliza, 
autoriza e incentiva sua prática. 
36. (G1 - cps) Leia a charge.
 A charge de Ziraldo foi publicada na década de 1970 e, 
apesar da diferença histórico-cultural com o contexto 
atual, é possível apreender seu efeito de humor.
A expressão responsável pela construçãodo humor no 
texto é 
a) “não pago!”, repetida exaustivamente pela 
personagem com o intuito de criar, dessa forma, um 
eufemismo. 
b) “Contra tudo e contra todos”, passagem generalizante 
e imprópria ao contexto humorístico, trata-se de uma 
ironia. 
c) “paga ICM! Corro pra lá: Olha o fiscal me cobrando...”, 
passagem composta por verbos que se contradizem, 
formando, portanto, um paradoxo. 
d) “herói cobrado retumbante”, devido à sua 
semelhança sonora com um conhecido verso do Hino 
Nacional Brasileiro, configurando uma paronomásia. 
e) “Heroicamente! Denodadamente! Como um mártir”, 
expressões usadas para atingir a autoestima da 
personagem; trata-se de uma preterição. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
O bicho 
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos. 
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade. 
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato. 
O bicho, meu Deus, era um homem. 
BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. 20ª ed. Rio de Janeiro: 
Nova Fronteira, 1993.
23
37. (G1 - cmrj) A questão central que o poeta levanta 
consiste no/na 
a) abandono de animais nas ruas. 
b) acúmulo de lixo nas grandes cidades. 
c) consumo de alimentos sem valor nutricional. 
d) desequilíbrio das condições de acesso ao alimento. 
e) desafio de garantir a saúde por meio de práticas de 
higiene. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto abaixo para responder à(s) questão(ões) a 
seguir.
O drama de Juan e das centenas de crianças 
venezuelanas que cruzam sozinhas a fronteira com o 
Brasil
Nathalia Passarinho - BBC News Brasil em Londres
09 de setembro de 2019
[...]
Juan foi encontrado vagando pelas ruas de Pacaraima, 
após cruzar a fronteira "sozinho e faminto", segundo 
relatório da equipe que atendeu a criança. Um senhor 
venezuelano o resgatou, deu abrigo e comida por uma 
noite e levou o menino ao centro de triagem, onde 
defensores públicos da União entrevistam e analisam 
cada caso de criança e adolescente que chega ao Brasil.
Encaminhado depois ao Conselho Tutelar de 
Pacaraima, o menino foi reconhecido por uma 
conselheira que confirmou que ele tentava migrar 
sozinho para o Brasil pela segunda vez, "pedindo 
ajuda para fugir dos maus-tratos dos pais".
Na primeira tentativa, foi devolvido à Venezuela e 
encaminhado ao Conselho Tutelar da cidade de Santa 
Elena, após os conselheiros venezuelanos garantirem 
às autoridades brasileiras que ele seria encaminhado 
para um abrigo.
Pelo visto, foi devolvido aos pais e à vida na rua.
"Observa-se inúmeras marcas no corpo da criança e ele 
afirma que são todas causadas pelas agressões físicas 
cometidas por seus pais", diz o relatório do comitê de 
triagem a que a BBC News Brasil teve acesso.
Para impedir que o menino fosse entregue novamente 
aos pais, os defensores federais o encaminharam para 
uma casa de acolhimento de crianças e adolescentes 
na capital de Roraima, "para que seja cuidado pela 
legislação brasileira".
Juan é uma das 1.896 crianças e adolescentes que, para 
fugir da violência e da miséria na Venezuela, cruzaram 
a fronteira até o Brasil sozinhos ou acompanhados de 
pessoas que não são seus responsáveis legais, entre 
agosto de 2018 e junho deste ano.
Quase 400 deles chegaram à cidade de Pacaraima 
totalmente desacompanhados, segundo dados inéditos 
obtidos pela BBC News Brasil junto à Defensoria 
Pública da União.
[...]
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-49566807.
Acesso em: 13 de setembro de 2019. (Texto adaptado). 
38. (G1 - ifsc) Em relação ao que diz o texto, assinale a 
alternativa CORRETA: 
a) Uma conselheira venezuelana no Brasil reconheceu 
Juan, e por isso ele foi encaminhado ao país de origem. 
b) Segundo a Defensoria Pública da União, um pouco 
mais da metade das crianças e adolescentes que 
fugiram para o Brasil vieram sozinhas. 
c) Juan voltou à Venezuela após uma primeira e uma 
segunda vindas ao Brasil. 
d) Sinais de maus tratos, como marcas no corpo, 
fizeram com que se decidisse pela permanência de 
Juan no Brasil. 
e) O texto mostra claramente que a legislação brasileira 
para crianças e adolescentes é melhor do que a da 
venezuelana. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o conto de Carlos Drummond de Andrade.
O entendimento dos contos
 – Agora você vai me contar uma história 
de amor – disse o rapaz à moça. – Quero ouvir uma 
história de amor em que entrem caravelas, pedras 
preciosas e satélites artificiais.
 – Pois não – respondeu a moça, que acabara 
de concluir o mestrado de contador de histórias, e 
estava com a imaginação na ponta da língua. – Era 
uma vez um país onde só havia água, eram águas e 
mais águas, e o governo como tudo mais se fazia em 
embarcações atracadas ou em movimento, conforme 
o tempo. Osmundo mantinha uma grande indústria de 
barcos, mas não era feliz, porque Sertória, objeto dos 
seus sonhos, se recusava a casar com ele. Osmundo 
ofereceu-lhe um belo navio embandeirado, que ela 
recusou. Só aceitaria uma frota de dez caravelas, para 
si e para seus familiares.
 Ora, ninguém sabia fazer caravelas, era um 
tipo de embarcação há muito fora de uso. Osmundo 
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apresentou um mau produto, que Sertória não aceitou, 
enumerando os defeitos, a começar pelas velas latinas, 
que de latinas não tinham um centavo. Osmundo, 
desesperado, pensou em afogar-se, o que fez sem êxito, 
pois desceu no fundo das águas e lá encontrou um cofre 
cheio de esmeraldas, topázios, rubis, diamantes e o 
mais que você imagina. Voltou à tona para oferecê-lo à 
rígida Sertória, que virou o rosto. Nada a fazer, pensou 
Osmundo; vou transformar-me em satélite artificial. 
Mas os satélites artificiais ainda não tinham sido 
inventados. Continuou humilde satélite de Sertória, 
que ultimamente passeava de uma lancha para outra, 
levando-o preso a um cordão de seda, com a inscrição 
“Amor imortal”. Acabou.
 – Mas que significa isso? – perguntou o moço, 
insatisfeito.
 – Não entendi nada.
 – Nem eu – respondeu a moça –, mas os contos 
devem ser contados, e não entendidos; exatamente 
como a vida.
(Contos plausíveis, 2012.)
 
39. (Unifesp) Em sua história, a moça incorre em 
contradição ao tratar 
a) das caravelas. 
b) da recusa de Sertória em se casar. 
c) da tentativa de suicídio de Osmundo. 
d) dos satélites artificiais. 
e) das pedras preciosas. 
 
40. (Simulado) Teresa
A primeira vez que vi Teresa
Achei que ela tinha pernas estúpidas
Achei também que a cara parecia uma perna.
Quando vi Teresa de novo
Achei que os olhos eram muito mais velhos que o resto 
do corpo
(Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando que 
o resto do corpo nascesse)
Da terceira vez não vi mais nada
Os céus se misturaram com a terra
E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face das 
águas.
 BANDEIRA, Manuel. Antologia poética. 12.ed. Rio de Janeiro: 
Nova Fronteira, 2001. p.79.
No poema, o eu lírico descreve diferentes visões 
que teve de Teresa em épocas distintas. O poema é 
composto por três estrofes. É visível que cada estrofe 
a) mostra diferentes impressões do eu lírico em relação 
a Teresa numa gradação ascendente de sentimentos. 
b) evidencia a grande dificuldade do eu lírico em 
retratar seus sentimentos e impressões sobre Teresa. 
c) reflete o amadurecimento do eu lírico e o seu 
desprendimento sentimental do objeto afetivo. 
d) gera uma mudança no perfil de Teresa, indo da 
sacralização à dessacralização da mulher. 
e) constrói uma imagem de Teresa marcada pela 
circularidade de sentimentos do eu lírico. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
.
GALILEU 
CULTURA
Quem foi Carolina Maria de Jesus, que completaria 
105 anos em março
Ela foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil 
e é considerada uma das mais relevantes para a 
literatura nacional
- MARILIA MARASCIULO 
29 MAR 2019 - 15H06 |ATUALIZADO EM 29 MAR 2019 
- 15H06
Negra, catadora de papel e favelada, 1Carolina Maria 
de Jesus foi uma autora improvável.
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