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1 SIMULADO ESPECIAL 08 | 1º DIA PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÕES 1 A 45 QUESTÕES 1 A 05 (OPÇÃO INGLÊS) 1. (Enem) Going to university seems to reduce the risk of dying from coronary heart disease. An American study that involved 10 000 patients from around the world has found that people who leave school before the age of 16 are five times more likely to suffer a heart attack and die than university graduates. Word Repat News. Magazine Speak Up. Ano XIV, n 170. Editora Cameot, 2001. Em relação às pesquisas, a utilização da expressão university graduates evidencia a intenção de informar que a) as doenças do coração atacam dez mil pacientes. b) as doenças do coração ocorrem na faixa dos dezesseis anos. c) as pesquisas sobre doenças são divulgadas no meio acadêmico. d) jovens americanos são alertados dos riscos de doenças do coração. e) maior nível de estudo reduz riscos de ataques do coração. 2. (Enem) A partir da leitura dessa tirinha, infere-se que o discurso de Calvin teve um efeito diferente do pretendido, uma vez que ele a) decide tirar a neve do quintal para convencer seu pai sobre seu discurso. b) culpa o pai por exercer influência negativa na formação de sua personalidade. c) comenta que suas discussões com o pai não correspondem às suas expectativas. d) conclui que os acontecimentos ruins não fazem falta para a sociedade. e) reclama que é vítima de valores que o levam a atitudes inadequadas. 3. (Enem) My brother the star, my mother the earth my father the sun, my sister the moon, to my life give beauty, to my body give strength, to my corn give goodness, to my house give peace, to my spirit give truth, to my elders give wisdom. Disponível em: www.blackhawkproductions.com. Acesso em: 8 ago. 2012. Produções artístico-culturais revelam visões de mundo próprias de um grupo social. Esse poema demonstra a estreita relação entre a tradição oral da cultura indígena norte-americana e a a) transmissão de hábitos alimentares entre gerações. b) dependência da sabedoria de seus ancestrais. c) representação do corpo em seus rituais. d) importância dos elementos da natureza. e) preservação da estrutura familiar. 4. (Enem) Cartuns são produzidos com o intuito de satirizar comportamentos humanos e assim oportunizam a 2 reflexão sobre nossos próprios comportamentos e atitudes. Nesse cartum, a linguagem utilizada pelos personagens em uma conversa em inglês evidencia a a) predominância do uso da linguagem informal sobre a língua padrão. b) dificuldade de reconhecer a existência de diferentes usos da linguagem. c) aceitação dos regionalismos utilizados por pessoas de diferentes lugares. d) necessidade de estudo da língua inglesa por parte dos personagens. e) facilidade de compreensão entre falantes com sotaques distintos. 5. (Enem) National Geographic News Christine Dell’ Amore Published April 26, 2010 Our bodies produce a small steady amount of natural morphine, a new study suggests. Traces of the chemical are often found in mouse and human urine, leading scientists to wonder whether the drug is being made naturally or being delivered by something the subjects consumed. The new research shows that mice produce the “incredible painkiller” – and that humans and other mammals possess the same chemical road map for making it, said study co-author Meinhart Zenk, who studies plant-based pharmaceuticals at the Donald Danforth Plant Science Center in St. Louis, Missouri. Disponível em: www.nationalgeographic.com. Acesso em: 27 jul. 2010. Ao ler a matéria publicada na National Geographic para a realização de um trabalho escolar, um estudante descobriu que a) os compostos químicos da morfina, produzidos por humanos, são manipulados no Missouri. b) os ratos e os humanos possuem a mesma via metabólica para produção de morfina. c) a produção de morfina em grande quantidade minimiza a dor em ratos e humanos. d) os seres humanos têm uma predisposição genética para inibir a dor. e) a produção de morfina é um traço incomum entre os animais. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÕES 1 A 45 QUESTÕES 1 A 05 (OPÇÃO ESPANHOL) 1. (Enem) Bienvenido a Brasília El Gobiemo de Brasil, por medio del Ministerio de la Cultura y del instituto del Patrimonio Histórico y Artistico Nacional (IPHAN), da la bienvenida a los participantes de la 34ª Sesión dei Comité del Patrimonio Mundial, encuetro realizado por la Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura (UNESCO). Respaldado por la Convención del Patrimonio Mundial, de 1972, ei Comité reúne en su 34ª sesión más de 180 delegaciones nacionales para deliberar sobre las nuevas candidaturas y el estado de conservación y de riesgo de los bienes ya declarados Patrimonio Mundial, con base en los análisis del Consejo Internacional de Monumentos y Sitios (Icomos), del Centro Internacional para el Estudio de la Preservación y la Restauración del Patrimonio Cultural(ICCROM) yde la Unión Internacional para la Conservación de la Naturaleza (IUCN). Disponível em: http://www.34whc.brasilia2010.org.br. Acesso em: 28 jul. 2010. O Comitê do Patrimônio Mundial reúne-se regularmente para deliberar sobre ações que visem à conservação e á preservação do patrimônio mundial. Entre as tarefas atribuídas às delegações nacionais que participaram da 34ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, destaca-se a a) participação em reuniões do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios. b) realização da cerimônia de recepção da Convenção do Patrimônio Mundial. c) organização das análises feitas pelo Ministério da Cultura brasileiro. d) discussão sobre o estado de conservação dos bens já declarados patrimônios mundiais. e) estruturação da próxima reunião do Comitê do Patrimônio Mundial. 2. (Enem) Los animales En la Unión Europea desde el 1.° de octubre de 2004 el uso de un pasaporte es obligatorio para os animales que viajan con su dueno en cualquier compania. AVISO ESPECIAL: en España los animales deben haber sido vacunados contra la rabia antes de su dueno solicitar la documentacion. Consultar a un veterinario. Disponível em: http://www.agencedelattre.com.Acesso em: 2 maio 2009 (adaptado). 3 De acordo com as informações sobre aeroportos e estações ferroviárias na Europa, uma pessoa que more na Espanha e queira viajar para a Alemanha com o seu cachorro deve a) consultar as autoridades para verificar a possibilidade de viagem. b) ter um certificado especial tirado em outubro de 2004. c) tirar o passaporte do animal e logo vaciná-lo. d) vacinar o animal contra todas as doenças. e) vacinar o animal e depois solicitar o passaporte dele. 3. (Enem) Duerme Negrito Duerme, duerme, negrito, que tu mamá está en el campo, negrito... Te va a traer codornices para ti. Te va a traer rica fruta para ti. Te va a traer carne de cerdo para ti. Te va a traer muchas cosas para ti [...] Duerme, duerme, negrito, que tu mamá está en el campo, negrito… Trabajando, trabajando duramente, trabajando sí. Trabajando y no le pagan, trabajando sí. Disponível em: http://letras.mus.br. Acesso em: 26 jun.2012 (fragmento). Duerme negrito é uma cantiga de ninar da cultura popular hispânica, cuja letra problematiza uma questão social, ao a) destacar o orgulho da mulher como provedora do lar. b) evidenciar a ausência afetiva da mãe na criação do filho. c) retratar a precariedade das relações de trabalho no campo. d) ressaltar a inserção da mulher no mercado de trabalho rural. e) exaltar liricamente a voz materna na formação cidadã do filho. 4. (Enem PPL) A charge é um gênero textual que possui caráter humorístico e crítico. Ao abordar o tema do uso da tecnologia, essa chargecritica o(a) a) postura das pessoas que não respeitam a opinião dos outros. b) tendência de algumas pessoas a interferir em conversa alheia. c) forma como a tecnologia ampliou a comunicação e a interação entre as pessoas. d) hábito das pessoas que passam muitas horas conectadas. e) indivíduo cujo comportamento destoa de seu discurso. 5. (Enem) 4 Nesse grafite, realizado por um grupo que faz intervenções artísticas na cidade de Lima, há um jogo de palavras com o verbo poner. Na primeira ocorrência, o verbo equivale a “vestir uma roupa”, já na segunda, indica a) início de ação. b) mudança de estado. c) conclusão de ideia. d) simultaneidade de fatos. e) continuidade de processo. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Amor é fogo que arde sem se ver; é ferida que dói e não se sente; é um contentamento descontente; é dor que desatina sem doer; É um não querer mais que bem querer; é solitário andar por entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é cuidar que se ganha em se perder; É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata lealdade. Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor? (Luís de Camões) QUESTÕES 06 A 45 6. (Enem) O poema tem, como característica, a figura de linguagem denominada antítese, relação de oposição de palavras ou ideias. Assinale a opção em que essa oposição se faz claramente presente. a) "Amor é fogo que arde sem se ver." b) "É um contentamento descontente." c) "É servir a quem vence, o vencedor." d) "Mas como causar pode seu favor." e) "Se tão contrário a si é o mesmo Amor?" TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 7. (G1 - utfpr) Segundo o que se depreende da tirinha acima, é possível afirmar que: a) os pais de Calvin querem ensinar-lhe, pela primeira vez, a valorizar o dinheiro. b) Calvin precisa muito de dinheiro para obter coisas, como prestígio, poder e amigos. c) Calvin precisa de dinheiro para ser livre e comprar as pessoas e o mundo todo. d) Com a mesada, Calvin aprendeu a valorizar o dinheiro e a não gastar com bobagens. e) os pais de Calvin sempre quiseram ensinar-lhe a valorizar o dinheiro, sem sucesso. 8. (Enem PPL) Chamou-me o bragantino e levou-me pelos corredores e pátios até ao hospício propriamente. Aí é que percebi que ficava e onde, na seção, na de indigentes, aquela em que a imagem do que a Desgraça pode sobre a vida dos homens é mais formidável. O mobiliário, o vestuário das camas, as camas, tudo é de uma pobreza sem par. Sem fazer monopólio, os loucos são da proveniência mais diversa, originando-se em geral das camadas mais pobres da nossa gente pobre. São de imigrantes italianos, portugueses e outros mais exóticos, são os negros roceiros, que teimam em dormir pelos desvãos das janelas sobre uma esteira esmolambada e uma manta sórdida; são copeiros, cocheiros, moços de cavalariça, trabalhadores braçais. No meio disto, muitos com educação, mas que a falta de recursos e proteção atira naquela geena social. BARRETO, L. Diário do hospício e O cemitério dos vivos. São Paulo: Cosac & Naify, 2010. No relato de sua experiência no sanatório onde foi interno, Lima Barreto expõe uma realidade social e humana marcada pela exclusão. Em seu testemunho, essa reclusão demarca uma a) medida necessária de intervenção terapêutica. b) forma de punição indireta aos hábitos desregrados. 5 c) compensaēćo para as desgraēas dos indivķduos. d) oportunidade de ressocialização em um novo ambiente. e) conveniência da invisibilidade a grupos vulneráveis e periféricos. 9. (Enem) A conversa entre Mafalda e seus amigos a) revela a real dificuldade de entendimento entre posições que pareciam convergir. b) desvaloriza a diversidade social e cultural e a capacidade de entendimento e respeito entre as pessoas. c) expressa o predomínio de uma forma de pensar e a possibilidade de entendimento entre posições divergentes. d) ilustra a possibilidade de entendimento e de respeito entre as pessoas a partir do debate político de ideias. e) mostra a preponderância do ponto de vista masculino nas discussões políticas para superar divergências. 10. (Insper) (...) O segundo exemplo é de conhecimento de muitos: uma peça publicitária que, para enaltecer as qualidades de um carro, compara dois atores, um considerado um grande ator e o outro, um ator grande. Nesse comercial, é um brasileiro que se presta a ocupar o lugar de ator grande (com atuação considerada muito ruim em sua profissão). Foi dessa maneira que ele saiu do ostracismo e voltou a ser "famoso". Muitos jovens enalteceram a coragem do moço, sua beleza e o dinheiro que ele ganhou para fazer parte dessa campanha. (...) (SAYÃO, Rosely. Folha de São Paulo, 13/09/2011) No excerto acima, ao fazer um jogo de palavras com “ator grande” e “grande ator”, a autora produz diferentes efeitos de sentido. A alteração da ordem das palavras só não produz mudanças de sentido em: a) pobre homem. b) estrela esportista. c) poesia simples. d) novo modelo. e) homem algum. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 3Você sabia que com pouco esforço é possível ajudar o planeta e o seu bolso? Ao usarmos a energia elétrica para aparelhos eletrônicos e lâmpadas também emitimos 1gás carbônico, um dos principais gases do 6efeito estufa. Atitudes simples como trocar lâmpadas incandescentes pelas 4fluorescentes e puxar da tomada os aparelhos que não estão em uso reduzirão a sua conta de luz e as nossas emissões de 2CO2 na atmosfera. 5Planeta sustentável: conhecimento por um mundo melhor 11. (Mackenzie) Assinale a alternativa que indica recurso empregado no texto. a) Intertextualidade, já que se pode notar apropriação explícita e marcada, por meio de citações, de trechos de outros textos. b) Conotação, uma vez que o texto emprega em toda a sua extensão uma linguagem que adota tom pessoal e subjetivo. c) Ironia, observada no emprego de expressões que conduzem o leitor a outra possibilidade de interpretação, sempre crítica. d) Denotação, pois há a utilização objetiva de palavras e expressões que destacam a presença da função referencial. e) Metalinguagem, uma vez que a linguagem adotada serve exclusivamente para tratar da própria linguagem. 12. (Enem) O humor presente na tirinha decorre principalmente do fato de a personagem Mafalda: a) atribuir, no primeiro quadrinho, poder ilimitado ao dedo indicador. b) considerar seu dedo indicador tão importante quanto o dos patrões. 6 c) atribuir, no primeiro e no último quadrinhos, um mesmo sentido ao vocábulo "indicador". d) usar corretamente a expressão "indicador de desemprego", mesmo sendo criança. e) atribuir, no último quadrinho, fama exagerada ao dedo indicador dos patrões. 13. (Insper) Os quadros abaixo fazem parte de um “Manifesto” criado por uma revista feminina: Em comum, eles apresentam a) o emprego da linguagem formal. b) a valorização de uma aparência natural, despojada. c) a desconstrução de clichês divulgados na mídia. d) a desconstrução da imagem de esposa perfeita. e) a desmistificação da família perfeita. 14. (Unifesp) Considerando-se a situação de comunicação entre Garfield e seu dono, a frase, em linguagem coloquial, que preenche o balão do último quadrinho é: a) Tenho de saboreá-lo bem? b) Devo saborear a ele muito bem? c) Convém que eu o saboreie bem? d) Saboreá-lo-ei muito bem? e) Eu tenho de saborear bem ele? TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Da vossa alta piedade me despido, Porque, quanto mais tenho delinquido, Vos tenho a perdoar mais empenhado. Gregório de Matos, “A Jesus Cristo Nosso Senhor” Observação: hei pecado = tenho pecado delinquido = agido de modo errado 15. (Mackenzie) Na estrofe, o poeta a) dirige-seao Senhor para confessar os pecados e submete-se à penitência para obter a redenção espiritual. b) invoca Deus para manifestar, com muito respeito e humildade, a intenção de não mais pecar. c) estabelece um diálogo de igual para igual com a divindade, sugerindo sua pretensão de livrar-se do castigo e da piedade de Deus. d) confessa-se pecador e expressa a convicção de que será abençoado com a graça divina. e) arrepende-se dos pecados cometidos, acreditando que, assim, terá assegurada a salvação da alma. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Texto I (...) No lampejo de seus grandes olhos pardos brilhavam irradiações da inteligência. (...) O princípio vital da mulher abandonava seu foco natural, o coração, para concentrar-se no cérebro, onde residem as faculdades especulativas do homem. (...) Era realmente para causar pasmo aos estranhos e susto a um tutor, a perspicácia com que essa moça de dezoito anos apreciava as questões mais complicadas; o perfeito conhecimento que mostrava dos negócios, a facilidade com que fazia, muitas vezes de memória, qualquer operação aritmética por muito difícil e intrincada que fosse. Não havia porém em Aurélia nem sombra do ridículo pedantismo de certas moças, que tendo colhido em leituras superficiais algumas noções vagas, se metem a tagarelar de tudo. (ALENCAR, José de. Senhora. SP: Editora Ática, 1980.) 7 Texto II Aquela pobre flor de cortiço, escapando à estupidez do meio em que desabotoou, tinha de ser fatalmente vítima da própria inteligência. À míngua de educação, seu espírito trabalhou à revelia, e atraiçoou-a, obrigando-a a tirar da substância caprichosa da sua fantasia de moça ignorante e viva a explicação de tudo que lhe não ensinaram a ver e sentir. (...) Pombinha, só com três meses de cama franca, fizera- se tão perita no ofício como a outra; a sua infeliz inteligência nascida e criada no modesto lodo da estalagem, medrou admiravelmente na lama forte dos vícios de largo fôlego; fez maravilhas na arte; parecia adivinhar todos os segredos daquela vida; seus lábios não tocavam em ninguém sem tirar sangue; sabia beber, gota a gota, pela boca do homem mais avarento, todo dinheiro que a vítima pudesse dar de si. (AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. SP: Editora Ática, 1997.) 16. (Insper) Os textos I e II, apesar de pertencerem a movimentos literários diferentes, assemelham-se ao pôr em destaque a) a miséria em que a jovem se encontra. b) a juventude da personagem. c) a ambição da jovem. d) o caráter caprichoso e audacioso da moça. e) a sagacidade da personagem descrita. 17. (Enem) Nas conversas diárias, utiliza-se frequentemente a palavra "próprio" e ela se ajusta a várias situações. Leia os exemplos de diálogos: I. - A Vera se veste diferente! - É mesmo, é que ela tem um estilo PRÓPRIO. II. - A Lena já viu esse filme uma dezena de vezes! Eu não consigo ver o que ele tem de tão maravilhoso assim. - É que ele é PRÓPRIO para adolescente. III. - Dora, o que eu faço? Ando tão preocupada com o Fabinho! Meu filho está impossível! - Relaxa, Tânia! É PRÓPRIO da idade. Com o tempo, ele se acomoda. Nas ocorrências I, II e III, "próprio" é sinônimo de, respectivamente, a) adequado, particular, típico. b) peculiar, adequado, característico. c) conveniente, adequado, particular. d) adequado, exclusivo, conveniente. e) peculiar, exclusivo, característico. 18. (Enem) Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão. Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. Considerando a definição apresentada, o fragmento poético da obra Cantares, de Hilda Hilst, publicada em 2004, em que pode ser encontrada a referida figura de retórica é: a) “Dos dois contemplo rigor e fixidez. Passado e sentimento me contemplam” (p. 91). b) “De sol e lua De fogo e vento Te enlaço” (p. 101). c) “Areia, vou sorvendo A água do teu rio” (p. 93). d) “Ritualiza a matança de quem só te deu vida. E me deixa viver nessa que morre” (p. 62). e) “O bisturi e o verso. Dois instrumentos entre as minhas mãos” (p. 95). 19. (Insper) Paralimpíadas é a mãe Certamente eu descobriria no Google, mas me deu preguiça de pesquisar e, além disso, não tem importância saber quem inventou essa palavra grotesca, que agora a gente ouve nos noticiários de televisão e lê nos jornais. O surpreendente não é a invenção, pois sempre houve besteiras desse tipo, bastando lembrar os que se empenharam em não 8 jogarmos futebol, mas ludopédio ou podobálio. O impressionante é a quase universalidade da adoção dessa palavra (ainda não vi se ela colou em Portugal, mas tenho dúvidas; os portugueses são bem mais ciosos de nossa língua do que nós), cujo uso parece ter sido objeto de um decreto imperial e faz pensar em por que não classificamos isso imediatamente como uma aberração deseducadora, desnecessária e inaceitável, além de subserviente a ditames saídos não se sabe de que cabeça desmiolada ou que interesse obscuro. Imagino que temos autonomia para isso e, se não temos, deveríamos ter, pois jornal, telejornal e radiojornal implicam deveres sérios em relação à língua. Sua escrita e sua fala são imitadas e tidas como padrão e essa responsabilidade não pode ser encarada de forma leviana. Que cretinice é essa? Que quer dizer essa palavra, cuja formação não tem nada a ver com nossa língua? Faz muitos e muitos anos, o então ministro do Trabalho, Antônio Magri, usou a palavra "imexível" e foi gozado a torto e a direito, até porque ele não era bem um intelectual e era visto como um alvo fácil. Mas, no neologismo que talvez tenha criado, aplicou perfeitamente as regras de derivação da língua e o vocábulo resultante não está nada "errado", tanto assim que hoje é encontrado em dicionários e tem uso corrente. Já o vi empregado muitas vezes, sem alusão ao ex-ministro. Infutucável, inesculhambável e impaquerável, por exemplo, são palavras que não se acham no dicionário, mas qualquer falante da língua as entende, pois estão dentro do espírito da língua, exprimem bem o que se pretende com seu uso e constituem derivações perfeitamente legítimas. Por que será que aceitamos sem discutir uma excrescência como "paralimpíada"? (João Ubaldo Ribeiro, O Estado de S. Paulo, 23/09/2012) O que motivou a indignação do autor com a palavra “paralimpíadas” foi o(a): a) imposição da palavra, formada por um mecanismo que dispensa elementos conhecidos da língua. b) aceitação irrestrita do termo por parte da mídia, especialmente pela televisão. c) fato de que, ao contrário do neologismo “imexível”, a palavra não foi incorporada aos dicionários. d) tentativa de resgatar palavras arcaicas tal como se fossem decretos imperiais. e) recusa à adoção do neologismo pelos portugueses, cuja atitude revela-se conservadora. 20. (Upe) A tela de Tarsila do Amaral apresenta uma marcante característica do Modernismo. Assinale a alternativa que contém essa característica. a) Idealização da natureza, pois no quadro aparecem frutos tropicais. b) Equilíbrio e racionalismo, pois há na tela a predominância de cores neutras. c) Resgate da cultura popular brasileira, por se tratar de uma tela em que há elementos da fauna, da flora e do cotidiano do país. d) Objetividade e racionalismo, por trazer à tona o mar com todo o seu colorido. e) Religiosidade e cromatismo, principais características da primeira geração do Modernismo. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Apóstrofe à carne Quando eu pego nas carnes do meu rosto, Pressinto o fim da orgânica batalha: – Olhos que o húmus necrófago estraçalha, Diafragmas, decompondo-se, ao sol-posto. E o Homem – negro e heteróclito composto, Onde a alva flama psíquica trabalha, Desagrega-se e deixa na mortalha O tacto, a vista, o ouvido, o olfato e o gosto!Carne, feixe de mônadas bastardas, Conquanto em flâmeo fogo efêmero ardas, A dardejar relampejantes brilhos, 9 Dói-me ver, muito embora a alma te acenda, Em tua podridão a herança horrenda, Que eu tenho de deixar para os meus filhos! (Augusto dos Anjos. Obra completa, 1994.) 21. (Unifesp) No plano formal, o poema é marcado por a) versos brancos, linguagem obscena, rupturas sintáticas. b) vocabulário seleto, rimas raras, aliterações. c) vocabulário antilírico, redondilhas, assonâncias. d) assonâncias, versos decassílabos, versos sem rimas. e) versos livres, rimas intercaladas, inversões sintáticas. 22. (Enem) O exercício da crônica Escrever prosa é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como faz um cronista; não a prosa de um ficcionista, na qual este é levado meio a tapas pelas personagens e situações que, azar dele, criou porque quis. Com um prosador do cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta- se ele diante de sua máquina, olha através da janela e busca fundo em sua imaginação um fato qualquer, de preferência colhido no noticiário matutino, ou da véspera, em que, com as suas artimanhas peculiares, possa injetar um sangue novo. Se nada houver, resta- lhe o recurso de olhar em torno e esperar que, através de um processo associativo, surja-lhe de repente a crônica, provinda dos fatos e feitos de sua vida emocionalmente despertados pela concentração. Ou então, em última instância, recorrer ao assunto da falta de assunto, já bastante gasto, mas do qual, no ato de escrever, pode surgir o inesperado. MORAES, V. Para viver um grande amor: crônicas e poemas. São Paulo: Cia. das Letras, 1991. Predomina nesse texto a função da linguagem que se constitui a) nas diferenças entre o cronista e o ficcionista. b) nos elementos que servem de inspiração ao cronista. c) nos assuntos que podem ser tratados em uma crônica. d) no papel da vida do cronista no processo de escrita da crônica. e) nas dificuldades de se escrever uma crônica por meio de uma crônica. 23. (Ufpa) Gonçalves Dias foi considerado um dos maiores expoentes da literatura romântica brasileira. Procurando seguir os preceitos do romantismo, intencionou produzir uma poesia capaz de exprimir a independência literária do Brasil. Na condição de poeta, dedicou-se a vários gêneros literários, entre eles à poesia lírica e à poesia indianista. Leia atentamente as estrofes 4, 5, 6 e 7 do canto IV do poema I Juca Pirama, de Gonçalves Dias: Andei longes terras, Lidei cruas guerras, Vaguei pelas serras Dos vis Aimorés; Vi lutas de bravos, Vi fortes – escravos! De estranhos ignavos Calcados aos pés. E os campos talados, E os arcos quebrados, E os piagas coitados Já sem maracás; E os meigos cantores, Servindo a senhores, Que vinham traidores, Com mostras de paz. Aos golpes do imigo Meu último amigo, Sem lar, sem abrigo, Caiu junto a mi! Com plácido rosto, Sereno e composto, O acerbo desgosto Comigo sofri. Meu pai a meu lado Já cego e quebrado, De penas ralado, Firmava-se em mi: Nós ambos, mesquinhos, Por ínvios caminhos, Cobertos d’espinhos Chegamos aqui! 10 Glossário: Aimorés: índios botocudos que habitavam o estado da Bahia e do Espírito Santo; Timbiras: Tapuias que habitavam o interior do Maranhão; Ignavos: fracos, covardes; Piaga: pajé, chefe espiritual; Maracá: chocalho indígena utilizado em festas religiosas e cerimônias guerreiras; Talados: devastados; Acerbo: terrível, cruel; Ínvios: intransitáveis. Tendo em vista as estrofes acima transcritas, é correto afirmar que a) o índio Tupi descreve as vitórias de sua tribo sobre o colonizador europeu. b) o ritual antropofágico é representado como uma manifestação da barbárie indígena. c) a submissão das nações indígenas pelo homem branco é considerada um processo natural e desejável para o progresso da nova nação independente. d) o ponto de vista a partir do qual se elabora o poema é o do europeu português, que condena as práticas bárbaras e violentas das nações indígenas brasileiras. e) as práticas colonizadoras portuguesas que levaram ao quase extermínio da nação Tupi são julgadas do ponto de vista do próprio índio. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A questão racial parece um desafio do presente, mas trata-se de algo que existe desde há muito tempo. Modifica-se ao acaso das situações, das formas de sociabilidade e dos jogos das forças sociais, mas reitera-se continuamente, modificada, mas persistente. Esse é o enigma com o qual se defrontam uns e outros, intolerantes e tolerantes, discriminados e preconceituosos, segregados e arrogantes, subordinados e dominantes, em todo o mundo. Mais do que tudo isso, a questão racial revela, de forma particularmente evidente, nuançada e estridente, como funciona a fábrica da sociedade, compreendendo identidade e alteridade, diversidade e desigualdade, cooperação e hierarquização, dominação e alienação. Octavio Ianni. Dialética das relações sociais. Estudos avançados, n. 50, 2004. 24. (Fuvest) As palavras do texto cujos prefixos traduzem, respectivamente, ideia de anterioridade e contiguidade são a) “persistente” e “alteridade”. b) “discriminados” e “hierarquização”. c) “preconceituosos” e “cooperação”. d) “subordinados” e “diversidade”. e) “identidade” e “segregados”. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A canção Vilarejo foi composta por Marisa Monte, Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes e Pedro Baby. Leia um trecho dessa música para responder a(s) questão(ões). “Há um vilarejo ali Onde areja um vento bom Na varanda, quem descansa Vê o horizonte deitar no chão Pra acalmar o coração La o mundo tem razão Terra de heróis, lares de mãe Paraíso se mudou para la Por cima das casas, cal Frutas em qualquer quintal Peitos fartos, filhos fortes Sonho semeando o mundo real Toda gente cabe lá Palestina, Shangri-lá (...) Lá o tempo espera Lá é primavera Portas e janelas ficam sempre abertas Pra sorte entrar Em todas as mesas, pão Flores enfeitando Os caminhos, os vestidos, os destinos E essa canção Tem um verdadeiro amor Para quando você for (...)” (http://tinyurl.com/muth987 Acesso em: 01.09.2014.) 11 25. (G1 - cps) Podemos afirmar que o trecho apresentado é, predominantemente, a) descritivo, pois defende uma tese baseada em argumentos expostos pelos moradores do vilarejo. b) descritivo, pois narra fatos históricos ocorridos em uma pequena cidade do interior. c) descritivo, pois representa, por meio de palavras, as características de ambientes e seres. d) narrativo, pois relata um fato fictício, por meio de verbos no pretérito perfeito do indicativo. e) narrativo, pois relata um fato verídico, por meio de verbos no presente do indicativo. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia o texto para responder a(s) questão(ões). Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook? Uma organização não governamental holandesa está propondo um desafio que muitos poderão considerar impossível: 1ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha” no Facebook. O objetivo é medir o grau de felicidade dos usuários longe da rede social. O projeto também é uma resposta aos experimentos psicológicos realizados pelo próprio Facebook. A diferença neste caso é que o teste é completamente voluntário. Ironicamente, para poder participar, o usuário deve trocar a foto do perfil no Facebook e postar um contador na rede social. Os pesquisadores irão avaliar o grau de satisfação e felicidade dos participantes no 33º dia, no 66º e no último dia da abstinência. Os responsáveis apontam que os usuários do Facebook gastam em média 17 minutos por dia na rede social. Em 99 dias sem acesso, a soma média seria equivalente a mais de 28 horas, 2que poderiam ser utilizadas em “atividades emocionalmente mais realizadoras”. (http://codigofonte.uol.com.br. Adaptado.) 26. (Unifesp) Considere o enunciado a seguir: [...] ficar 99 dias sem dar nemuma “olhadinha” no Facebook. (ref. 1) [...] que poderiam ser utilizadas em “atividades emocionalmente mais realizadoras”. (ref. 2) Analisando-se o emprego e a estrutura das palavras “olhadinha” e “emocionalmente”, é correto afirmar que os sufixos nelas presentes indicam, respectivamente, sentido de a) morosidade e intensidade. b) modo e consequência. c) rapidez e modo. d) intensidade e causa. e) afeto e tempo. 27. (Enem PPL) No processo de modernização apresentado na tirinha, Mafalda depara-se com um contraponto entre a) o domínio dos modos de produção e a geração de novas ferramentas com a tecnologia de informação e comunicação. b) o acompanhamento das mudanças na sociedade e o surgimento de novas opções de vida e trabalho com a cibernética. c) a constatação do avanço da tecnologia e a proposição de reprodução de velhas práticas com novas máquinas. d) a apresentação de novas perspectivas de vida e trabalho para a mulher com os avanços das tecnologias de informação. e) a aplicação da cibernética e o descontentamento com a passividade do cotidiano das mulheres no trabalho de corte e costura. 25. (Ebmsp) Preconceitos fazem parte de uma vida infeliz. É verdade que eles fazem parte da vida na qual há preconceitos de todo tipo, sempre desproporcionais em relação às diferenças, à singularidade. Uma vida que se autoquestiona eticamente é aquela que tenta entender e superar preconceitos. Em geral, nessa superação, encontramos com a novidade da singularidade. É ela, essa condição diferente e única própria de cada pessoa, que devemos respeitar universalmente. Em um aspecto profundo é o autoquestionamento ético que, ao nos ajudar a superar preconceitos, nos leva à felicidade. TIBURI, Márcia. Infelicidades contemporâneas. Disponível em: <https://revistacult.uol.com.br>. Acesso em: ago. 2017. Considerando-se os aspectos coesivos que mantêm a progressão temática do texto, é correto afirmar: 12 a) O conectivo “que”, em “É verdade que eles fazem parte da vida”, dá continuidade às ideias do texto, ao introduzir a oração que funciona como sujeito de “É verdade”. b) O pronome pessoal “eles”, em “É verdade que eles fazem parte da vida”, faz uma referência catafórica ao termo “preconceitos de todo tipo”, prenunciando uma reflexão sobre um viés temático ainda não apresentado e tratado a seguir. c) O relativo “[n]a qual”, em “fazem parte da vida na qual há preconceitos”, resgata a palavra “parte”, caracterizando-a a partir de um aspecto que lhe é inerente. d) O demonstrativo “aquela”, em “Uma vida que se autoquestiona eticamente é aquela que tenta entender”, retoma a expressão “vida infeliz”, a fim de caracterizá-la como uma prática incessante de autoconhecimento. e) O elemento coesivo pronominal “ela”, em “É ela, essa condição diferente e única própria de cada pessoa”, refere-se ao vocábulo “superação”, recuperando-o para ressaltar a única condição de uma existência feliz. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia o seguinte trecho de uma receita de cozinha. 1. Misture a manteiga com a farinha peneirada e junte sal. Incorpore depois o ovo e a gema. 2. Adicione o leite, aos poucos, mexendo sempre até obter um preparado uniforme. (...) 4. Vire a panqueca para que cozinhe de ambos os lados. Retire e recheie com uma fatia de queijo e outra de presunto. Enrole, dobre as pontas e sirva. 29. (G1 - ifsp) A primeira orientação para o preparo da receita de panqueca é apresentada em duas frases. É possível reescrevê-las em uma única frase, sem alterar a informação original, da seguinte maneira: a) Assim que incorporar o ovo e a gema, misture a manteiga com a farinha peneirada e junte sal. b) Sucedendo a incorporação do ovo e da gema, misture a manteiga com a farinha peneirada e junte sal. c) Antes da incorporação do ovo e da gema, misture a manteiga com a farinha peneirada e junte sal. d) Depois de incorporar o ovo e a gema, misture a manteiga com a farinha peneirada e junte sal. e) Quando incorporar o ovo e a gema, misture a manteiga com a farinha peneirada e junte sal. 30. (Enem cancelado) COM NICIGA, PARAR DE FUMAR FICA MUITO MAIS FÁCIL 1. Fumar aumenta o número de receptores do seu cérebro que se ativam com nicotina. 2. Se você interrompe o fornecimento de uma vez, eles enlouquecem e você sente os desagradáveis sintomas da falta do cigarro. 3. Com seus adesivos transdérmicos, Niciga libera nicotina terapêutica de forma controlada no seu organismo, facilitando o processo de parar de fumar e ajudando a sua força de vontade. Com Niciga, você tem o dobro de chances de parar de fumar. Revista Época, 24 nov. 2009 (adaptado). Para convencer o leitor, o anúncio emprega como recurso expressivo, principalmente, a) as rimas entre Niciga e nicotina. b) o uso de metáforas como “força de vontade”. c) a repetição enfática de termos semelhantes como “fácil” e “facilidade”. d) a utilização dos pronomes de segunda pessoa, que fazem um apelo direto ao leitor. e) a informação sobre as consequências do consumo do cigarro para amedrontar o leitor. 31. (Uepb) Da charge abaixo, pode-se inferir que: a) Há uma crítica formulada que satiriza o tema da violência na contemporaneidade num processo de paródia. b) Trata-se de um fato verídico narrado pelo imaginário criativo do povo. c) Remete a uma situação corriqueira na vida de muitas pessoas. 13 d) Faz referência às relações entre as pessoas e o modo de usar cartões. e) Provoca um efeito de sentido que banaliza a temática da violência. 32. (Ufsm) A literatura romântica é conhecida por representar as doenças da alma. O poeta romântico não tenta controlar, esconder seus sentimentos, como fazia o poeta clássico. Ao contrário, ele confessa seus conflitos mais íntimos. Por isso, predominam no Romantismo o desespero, a aflição, a instabilidade, a sensação de desamparo que leva a maioria dos poetas a pensar na morte, como acontece no fragmento do poema Mocidade e morte, de Castro Alves: E eu sei que vou morrer... dentro em meu peito Um mal terrível me devora a vida: Triste Ahasverus*, que no fim da estrada, Só tem por braços uma cruz erguida. Sou o cipreste, qu'inda mesmo flórido, Sombra de morte no ramal encerra! Vivo - que vaga sobre o chão da morte, Morto - entre os vivos a vagar na terra. *Ahasverus: Jesus ter-lhe-ia amaldiçoado, condenando-o a vagar pelo mundo sem nunca morrer. Qual o estado sentimental do sujeito lírico nessa estrofe? a) Sente-se muito próximo da morte, devido aos males causados por uma grave doença física. b) Deseja a morte, pois só na eternidade seria capaz de encontrar a paz do espírito. c) Sente-se muito próximo da morte, devido à tristeza profunda que lhe devora a alma. d) Sente-se totalmente morto, pois não lhe resta nenhum sinal de vida. e) Sente-se muito próximo da morte, pois não é capaz de lutar pela vida. 33. (Unifesp) O Simbolismo é, antes de tudo, antipositivista, antinaturalista e anticientificista. Com esse movimento, nota-se o despontar de uma poesia nova, que ressuscitava o culto do vago em substituição ao culto da forma e do descritivo. (Massaud Moisés. A literatura portuguesa, 1994. Adaptado.) Considerando esta breve caracterização, assinale a alternativa em que se verifica o trecho de um poema simbolista. a) “É um velho paredão, todo gretado, Roto e negro, a que o tempo uma oferenda Deixou num cacto em flor ensanguentado E num pouco de musgo em cada fenda.” b) “Erguido em negro mármor luzidio, Portas fechadas, num mistério enorme, Numa terra de reis, mudo e sombrio, Sono de lendas um palácio dorme.” c) “Estranho mimo aquele vaso! Vi-o, Casualmente, uma vez, de um perfumado Contador sobre o mármor luzidio, Entre um leque e o começo de um bordado.” d) “Sobre um trono de mármore sombrio, Num templo escuro e ermo e abandonado, Triste como o silêncio einda mais frio, Um ídolo de gesso está sentado.” e) “Ó Formas alvas, brancas, Formas claras De luares, de neves, de neblinas!... Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... Incensos dos turíbulos das aras...” 34. (Insper) O "gilete" dos tablets Num mundo capitalista como este em que vivemos, onde as empresas concorrem para posicionar suas marcas e fixar logotipos e slogans na cabeça dos consumidores, a síndrome do "Gillette" pode ser decisiva para a perpetuação de um produto. É isso que preocupa a concorrência do iPad, tablet da Apple. Assim como a marca de lâminas de barbear tornou- se sinônimo de toda a categoria de barbeadores, eclipsando o nome das marcas que ofereciam produtos similares, o mesmo pode estar acontecendo com o tablet lançado por Steve Jobs. O maior temor do mercado é que as pessoas passem a se referir 14 aos tablets como "iPad" em geral, dizendo "iPad da Samsumg" ou "iPad da Motorola", e assim por diante. (http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-edgard/o-gilete-dos- tablets-260395-1.asp) No campo da estilística, a figura de linguagem abordada na matéria acima recebe o nome de a) metáfora, por haver uma comparação subentendida entre a marca e o produto. b) hipérbole, por haver exagero dos consumidores na associação do produto com a marca. c) catacrese, por haver um empréstimo linguístico na referência à marca do produto famoso. d) metonímia, por haver substituição do produto pela marca, numa relação de semelhança. e) perífrase, por haver a designação de um objeto através de seus atributos ou de um fato que o celebrizou. 35. (Unifesp) Analise a capa de um folder de uma campanha de trânsito. Explicitando-se os complementos dos verbos em “Eu cuido, eu respeito.”, obtém-se, em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa: a) Eu a cuido, eu respeito-lhe. b) Eu cuido dela, eu lhe respeito. c) Eu cuido dela, eu a respeito. d) Eu lhe cuido e respeito. e) Eu cuido e respeito-a. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: TEXTO PARA A(S) PRÓXIMA(S) QUESTÃO(ÕES) E Jerônimo via e escutava, sentindo ir-se-lhe toda a alma pelos olhos enamorados. Naquela mulata estava o grande mistério, a síntese das impressões que ele recebeu chegando aqui: ela era a luz ardente do meio-dia; ela era o calor vermelho das sestas da fazenda; era o aroma quente dos trevos e das baunilhas, que o atordoara nas matas brasileiras; era a palmeira virginal e esquiva que se não torce a nenhuma outra planta; era o veneno e era o açúcar gostoso; era o sapoti mais doce que o mel e era a castanha do caju, que abre feridas com o seu azeite de fogo; ela era a cobra verde e traiçoeira, a lagarta viscosa, a muriçoca doida, que esvoaçava havia muito tempo em torno do corpo dele, assanhando-lhe os desejos, acordando-lhe as fibras embambecidas pela saudade da terra, picando-lhe as artérias, para lhe cuspir dentro do sangue uma centelha daquele amor setentrional, uma nota daquela música feita de gemidos de prazer, uma larva daquela nuvem de cantáridas que zumbiam em torno da Rita Baiana e espalhavam-se pelo ar numa fosforescência afrodisíaca. Aluísio Azevedo, O cortiço. 36. (Fuvest) Em que pese a oposição programática do Naturalismo ao Romantismo, verifica-se no excerto – e na obra a que pertence – a presença de uma linha de continuidade entre o movimento romântico e a corrente naturalista brasileira, a saber, a a) exaltação patriótica da mistura de raças. b) necessidade de autodefinição nacional. c) aversão ao cientificismo. d) recusa dos modelos literários estrangeiros. e) idealização das relações amorosas. 37. (Unesp) Nenhum dos filmes que vi, e me divertiram tanto, me ajudou a compreender o labirinto da psicologia humana como os romances de Dostoievski – ou os mecanismos da vida social como os livros de Tolstói e de Balzac, ou os abismos e os pontos altos que podem coexistir no ser humano, como me ensinaram as sagas literárias de um Thomas Mann, um Faulkner, um Kafka, um Joyce ou um Proust. As ficções apresentadas nas telas são intensas por seu imediatismo e efêmeras por seus resultados. Prendem- nos e nos desencarceram quase de imediato, mas das 15 ficções literárias nos tornamos prisioneiros pela vida toda. Ao menos é o que acontece comigo, porque, sem elas, para o bem ou para o mal, eu não seria como sou, não acreditaria no que acredito nem teria as dúvidas e as certezas que me fazem viver. (Mario Vargas Llosa. “Dinossauros em tempos difíceis”. www. valinor.com.br. O Estado de S. Paulo, 1996. Adaptado.) Segundo o autor, sobre cinema e literatura é correto afirmar que a) a ficção literária é considerada qualitativamente superior devido a seu maior elitismo intelectual. b) suas diferenças estão relacionadas, sobretudo, às modalidades de público que visam atingir. c) as obras literárias desencadeiam processos intelectualmente e esteticamente formativos. d) a escrita literária apresenta maior afinidade com os padrões da sociedade do espetáculo. e) as duas formas de arte mobilizam processos mentais imediatos e limitados ao entretenimento. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: (...) procurei adivinhar o que se passa na alma duma cachorra. Será que há mesmo alma em cachorro? Não me importo. O meu bicho morre desejando acordar num mundo cheio de preás. Exatamente o que todos nós desejamos. A diferença é que eu quero que eles apareçam antes do sono, e padre Zé Leite pretende que eles nos venham em sonhos, mas no fundo todos somos como a minha cachorra Baleia e esperamos preás. (...) Carta de Graciliano Ramos a sua esposa. (...) Uma angústia apertou-lhe o pequeno coração. Precisava vigiar as cabras: àquela hora cheiros de suçuarana deviam andar pelas ribanceiras, rondar as moitas afastadas. Felizmente os meninos dormiam na esteira, por baixo do caritó onde sinhá Vitória guardava o cachimbo. (...) Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo cheio de preás. E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. As crianças se espojariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes. Graciliano Ramos, Vidas secas. 38. (Fuvest) As declarações de Graciliano Ramos na Carta e o excerto do romance permitem afirmar que a personagem Baleia, em Vidas secas, representa a) o conformismo dos sertanejos. b) os anseios comunitários de justiça social. c) os desejos incompatíveis com os de Fabiano. d) a crença em uma vida sobrenatural. e) o desdém por um mundo melhor. 39. (Insper) O último quadrinho permite pressupor que a) Garfield não gosta de nenhuma verdura que Jon lhe oferece. b) Liz não é uma companhia agradável para Garfield. c) todo animal de estimação gosta da companhia do dono. d) a companhia de Jon é tão desagradável quanto brócolis. e) Garfield não entende os motivos que uniram Jon e Liz. 40. (Enem) Essas moças tinham o vezo de afirmar o contrário do que desejavam. Notei a singularidade quando principiaram a elogiar o meu paletó cor de macaco. Examinavam-no sérias, achavam o pano e os aviamentos de qualidade superior, o feitio admirável. Envaideci-me: nunca havia reparado em tais vantagens. Mas os gabos se prolongaram, trouxeram- me desconfiança. Percebi afinal que elas zombavam e não me susceptibilizei. Longe disso: achei curiosa aquela maneira de falar pelo avesso, diferente das grosserias a que me habituara. Em geral me diziam com franqueza que e roupa não me assentava no corpo, sobrava nos sovacos. RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro: Record, 1994. Por meio de recursos linguísticos, os textos mobilizam estratégias para introduzir e retomar ideias, promovendo a progressão do tema. No fragmento 16 transcrito, um novo aspecto do tema é introduzido pela expressão a) “a singularidade”. b) “tais vantagens”. c) “os gabos”. d) “Longe disso”. e) “Em geral”.TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 41. (G1 - cps) Nesse texto publicitário, predomina a função da linguagem a) referencial, pois a pretensão é informar o leitor sobre a região do Pantanal. b) poética, pois se exige que a narrativa vencedora relate uma situação verídica. c) fática, pois a linguagem utilizada nas instruções é característica do público infantil. d) emotiva, pois se espera que a mensagem seja clara e não dê margem a subjetividades. e) apelativa, pois se busca interação com o leitor, como comprova o emprego de verbos no imperativo. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Os ombros suportam o mundo Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus. Tempo de absoluta depuração. Tempo em que não se diz mais: meu amor. Porque o amor resultou inútil. E os olhos não choram. E as mãos tecem apenas o rude trabalho. E o coração está seco. Em vão mulheres batem à porta, não abrirás. Ficaste sozinho, a luz apagou-se, mas na sombra teus olhos resplandecem enormes. És todo certeza, já não sabes sofrer. E nada esperas de teus amigos. Pouco importa venha a velhice, que é a velhice? Teus ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança. As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios provam apenas que a vida prossegue e nem todos se libertaram ainda. Alguns, achando bárbaro o espetáculo, preferiram (os delicados) morrer. Chegou um tempo em que não adianta morrer. Chegou um tempo em que a vida é uma ordem. A vida apenas, sem mistificação. ANDRADE, Carlos Drummond. Obras completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1967. p. 110-111. 42. (Fmp) Entre as características da obra de Carlos Drummond de Andrade, a que está presente nesse poema é a a) valorização do cotidiano e das raízes culturais brasileiras b) nostalgia da vida provinciana relacionada à terra natal c) denúncia constante da monotonia observada no dia a dia d) esperança na sobrevivência do sentimento amoroso e) manifestação de cansaço diante dos problemas da vida TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Texto para a(s) questão(ões) a seguir. amora a palavra amora seria talvez menos doce e um pouco menos vermelha se não trouxesse em seu corpo (como um velado esplendor) a memória da palavra amor a palavra amargo seria talvez mais doce 17 e um pouco menos acerba se não trouxesse em seu corpo (como uma sombra a espreitar) a memória da palavra amar Marco Catalão, Sob a face neutra. 43. (Fuvest) Tal como se lê no poema, a) a palavra “amora” é substantivo, e “amargo”, adjetivo. b) o verbo “amar” ameniza o amargor da palavra “amargo”. c) o substantivo “corpo” apresenta sentido denotativo. d) o substantivo “amor” intensifica o dulçor da palavra “amora”. e) o verbo “amar” e o substantivo “amor” são intercambiáveis. 44. (G1 - ifce) Observe a tirinha a seguir. O livro é escolhido como presente por representar um(a) a) objeto de desejos. b) fonte de conhecimentos. c) objeto de entretenimento. d) meio de melhorar literalmente a visão das pessoas. e) forma de aproximar as pessoas. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Leia o soneto “Alma minha gentil, que te partiste”, do poeta português Luís de Camões (1525?-1580), para responder à(s) questão(ões) a seguir. Alma minha gentil, que te partiste tão cedo desta vida descontente, repousa lá no Céu eternamente, e viva eu cá na terra sempre triste. Se lá no assento etéreo, onde subiste, memória desta vida se consente, não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste. E se vires que pode merecer-te alguma coisa a dor que me ficou da mágoa, sem remédio, de perder-te, roga a Deus, que teus anos encurtou, que tão cedo de cá me leve a ver-te, quão cedo de meus olhos te levou. Sonetos, 2001. 45. (Unesp) No soneto, o eu lírico a) suplica a Deus que suas memórias afetivas lhe sejam subtraídas. b) expressa o desejo de que sua amada seja em breve restituída à vida. c) expressa o desejo de que sua própria vida também seja abreviada. d) suplica a Deus que sua amada também se liberte dos sofrimentos terrenos. e) lamenta que sua própria conduta tenha antecipado a morte da amada. 18 TEMA DE REDAÇÃO: ALTERNATIVAS DE PREVENÇÃO ÀS CATÁSTROFES AMBIENTAIS NO BRASIL TEXTO 1 A sucessão de tragédias que marcou o Brasil leva a comparações entre desastres que, embora diferentes, têm aspectos em comum – acusações de negligência contra quem administrava os espaços, demora ou inexistência de responsabilização de culpados, respostas insuficientes por parte do poder público e, na maioria dos casos, mortes que poderiam ter sido evitadas. É o que ocorre em casos como o rompimento da barragem em Brumadinho, em janeiro, e a tragédia em Mariana, em 2015. Nesses grandes desastres recentes, também se repete o fato de as empresas e instituições envolvidas classificarem a situação como meros acidentes, episódios que não poderiam ter sido previstos, tampouco evitados. Contrariam, inclusive, as investigações da Polícia Federal, do Ministério Público e de outras instituições que apontam que, na maioria dos casos, houve sinais que foram ignorados e medidas de segurança que não foram tomadas, mas poderiam ter reduzido danos e os números de vítimas ou até mesmo evitado as tragédias. O que chama a atenção no Brasil, afirmam os especialistas, é que muitas vezes as tragédias não se refletem em mudanças significativas e as lições que poderiam ser aprendidas no combate a novos desastres são ignoradas. Um exemplo citado é a falta de sirenes em Mariana, em 2015, que não fez com que a Vale resolvesse o problema a tempo de evitar tantas mortes em Brumadinho, quatro anos depois: sirenes foram instaladas, mas não funcionaram, e não havia um sistema de alerta reserva. O Brasil é reconhecidamente falho para lidar com tragédias há décadas - tanto que o Banco Mundial fez um estudo entre 1995 e 2014 para calcular quanto o país perde com a resposta inadequada a desastres naturais - foram prejuízos da ordem de R$ 800 milhões por ano. Fonte: https://www.unicamp.br/unicamp/ju/noticias/2017/12/01/ principais-desastres-ambientais-no-brasil-e-no-mundo TEXTO 2 Gasto do governo federal com prevenção de desastres é o menor em 11 anos Em 2019, o investimento do governo federal na prevenção de desastres naturais foi de menos de um terço do valor previsto. Como resultado, o valor gasto com obras estruturantes e projetos de contenção de inundações em 2019 foi o menor registrado em 11 anos, de acordo com levantamento da Folha de S. Paulo, utilizando dados de execução orçamentária. A verba prevista para 2019 era de R$ 306,2 milhões, valor inferior ao de anos anteriores, como em 2012, em que a verba era de R$ 4,2 bilhões, em valores corrigidos pela inflação. Ao todo, no ano passado, apenas R$ 99 milhões foram liquidados, ou seja, pagos após a execução dos serviços contratados para a prevenção de desastres naturais. O orçamento previa projetos de contenção de cheias e inundações, prevenção e erradicação de riscos em assentamentos precários e obras preventivas de desastres, incluindo ações de manejo de água de chuva. Agora em 2020, a verba prevista para ser utilizada no combate a desastres é de R$ 284 milhões, 6,7% do valor de 2012. A redução de 11% em relação a 2019 atinge os projetos de contenção de cheias e inundações. Vale lembrar que ao longo do mês de janeiro regiões de Minas Gerais e Espírito Santo vêm sofrendo com fortes chuvas, que estão causando mortes e prejuízos em diversas cidades. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/01/gasto-do- governo-com-prevencao-de-desastres-e-o-menor-em-11-anos.shtm Fonte: Politize TEXTO 3 Pesquisa do IBGE revela que apenas 6,2% das cidades brasileiras possuem algum plano contra possíveis catástrofes. Em novembro de 2012, a chuva que caiu na região serrana do Rio de Janeiro causou destruição e deslizamentos, deixando a cidadesob alerta. O caso, recorrente todos os anos, reacendeu a importante questão sobre as estratégias brasileiras de reação às catástrofes naturais. Coincidentemente, foi nesse mesmo momento que o IBGE soltou uma pesquisa com dados levantados em 2011, revelando que apenas 6,2% das cidades brasileiras possuem um plano para a redução dos impactos provenientes de desastres naturais. Em outros 10% das cidades, estratégias de prevenção e reação a enchentes, deslizamentos, secas e outros fenômenos ainda estão em processo de elaboração. Os números, baixíssimos, já assustam pela evidente vulnerabilidade em que a sociedade brasileira que vive em áreas de risco se encontra. Fica pior ainda quando sabemos que a mesma pesquisa feita pelo IBGE não avaliou a qualidade, a abrangência e a capacidade de execução dos planos já existentes. Fonte: https://www.ethos.org.br/cedoc/retrospectiva-de-2019-e- perspectivas-para-2020-na-area-ambiental/ TEXTO 4 Fonte: https://www.osprofanos.com/mais-um-crime-ambiental- rompimento-de-barragem-da-empresa-vale-em-brumadinho/ 19 CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÕES 46 A 90 46. (Enem) Um gigante da indústria da internet, em gesto simbólico, mudou o tratamento que conferia à sua página palestina. O site de buscas alterou sua página quando acessada da Cisjordânia. Em vez de “territórios palestinos”, a empresa escreve agora “Palestina” logo abaixo do logotipo. BERCITO, D. “Google muda tratamento de territórios palestinos”. Folha de S. Paulo, 4 maio 2013 (adaptado). O gesto simbólico sinalizado pela mudança no status dos territórios palestinos significa o a) surgimento de um país binacional. b) fortalecimento de movimentos antissemitas. c) esvaziamento de assentamentos judaicos. d) reconhecimento de uma autoridade jurídica. e) estabelecimento de fronteiras nacionais. 47. (Enem PPL) Na União Europeia, buscava-se coordenar políticas domésticas, primeiro no plano do carvão e do aço, e, em seguida, em várias áreas, inclusive infraestrutura e políticas sociais. E essa coordenação de ações estatais cresceu de tal maneira, que as políticas sociais e as macropolíticas passaram a ser coordenadas, para, finalmente, a própria política monetária vir a ser também objeto de coordenação com vistas à adoção de uma moeda única. No Mercosul, em vez de haver legislações e instituições comuns e coordenação de políticas domésticas, adotam-se regras claras e confiáveis para garantir o relacionamento econômico entre esses países. ALBUQUERQUE. J A. G. Relações Internacionais contemporâneas: a ordem mundial depois da Guerra Fria. Petrópolis: Vozes, 2007 (adaptado). Os aspectos destacados no texto que diferenciam os estágios dos processos de integração da União Europeia e do Mercosul são, respectivamente: a) Consolidação da interdependência econômica – aproximação comercial entre os países. b) Conjugação de políticas governamentais – enrijecimento do controle migratório. c) Criação de inter-relações sociais – articulação de políticas nacionais. d) Composição de estratégias de comércio exterior – homogeneização das políticas cambiais. e) Reconfiguração de fronteiras internacionais – padronização das tarifas externas. 48. (Uema) “O sociólogo Zygmunt Bauman, em seu livro Globalização: as consequências humanas, afirma que a ‘globalização‘ tem sido apresentada como o destino irremediável do mundo, mas que, no fenômeno da globalização, há mais coisas do que pode o olho apreender, pois o fenômeno da globalização tanto divide como une.” Fonte: BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999. (adaptado) Essa crítica do autor é, também, expressa em outras linguagens como na charge abaixo. Com base na charge e nas ideias de Zygmunt Bauman, pode-se afirmar que o fenômeno da globalização a) seleciona povos, países e setores que serão inseridos no processo, determinando a forma da inserção. b) uniformiza todos os países e atinge a todos da mesma maneira, sem distinção de etnia, credo e ideologia. c) distribui igualmente entre povos e países os produtos advindos do desenvolvimento econômico e tecnológico. d) transforma as nações em uma só, criando uma verdadeira “aldeia global”, na qual todos os povos são iguais. e) padroniza o mundo social, cultural, política e economicamente, reduzindo as desigualdades entre as nações. 49. (Enem cancelado) A Confederação do Equador contou com a participação de diversos segmentos sociais, incluindo os proprietários rurais que, em grande parte, haviam apoiado o movimento de 20 independência e a ascensão de D. Pedro I ao trono. A necessidade de lutar contra o poder central fez com que a aristocracia rural mobilizasse as camadas populares, que passaram então a questionar não apenas o autoritarismo do poder central, mas o da própria aristocracia da província. Os líderes mais democráticos defendiam a extinção do tráfico negreiro e mais igualdade social. Essas ideias assustaram os grandes proprietários de terras que, temendo uma revolução popular, decidiram se afastar do movimento. Abandonado pelas elites, o movimento enfraqueceu e não conseguiu resistir à violenta pressão organizada pelo governo imperial. FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1996 (adaptado). Com base no texto, é possível concluir que a composição da Confederação do Equador envolveu, a princípio, a) os escravos e os latifundiários descontentes com o poder centralizado. b) diversas camadas, incluindo os grandes latifundiários, na luta contra a centralização política. c) as camadas mais baixas da área rural, mobilizadas pela aristocracia, que tencionava subjugar o Rio de Janeiro. d) as camadas mais baixas da população, incluindo os escravos, que desejavam o fim da hegemonia do Rio de Janeiro. e) as camadas populares, mobilizadas pela aristocracia rural, cujos objetivos incluíam a ascensão de D. Pedro I ao trono. 50. (Enem) A poetisa Emília Freitas subiu a um palanque, nervosa, pedindo desculpas por não possuir títulos nem conhecimentos, mas orgulhosa ofereceu a sua pena que “sem ser hábil, é, em compensação, guiada pelo poder da vontade”. Maria Tomásia pronunciava orações que levantavam os ouvintes. A escritora Francisca Clotilde arrebatava, declamando seus poemas. Aquelas “angélicas senhoras”, “heroínas da caridade”, levantavam dinheiro para comprar liberdades e usavam de seu entusiasmo a fim de convencer os donos de escravos a fazerem alforrias gratuitamente. MIRANOA, A. Disponível em: www.opovoonline.com.br. Acesso em: 10 jun. 2015. As práticas culturais narradas remetem, historicamente, ao movimento a) feminista. b) sufragista. c) socialista. d) republicano. e) abolicionista. 51. (Uff) O filósofo francês René Descartes escreveu o seguinte em seu Discurso do Método: “Logo que adquiri algumas noções gerais relativas à Física, julguei que não podia mantê-las ocultas, sem pecar grandemente contra a lei que nos obriga a procurar o bem geral de todos os homens. Pois elas me fizeram ver que é possível chegar a conhecimentos que sejam úteis à vida e assim nos tornar como que senhores e possuidores da natureza. O que é de desejar, não só para a invenção de uma infinidade de utensílios, que permitiriam gozar, sem qualquer custo, os frutos da terra e de todas as comodidades que nela se acham, mas principalmente também para a conservação da saúde, que é sem dúvida o primeiro bem e o fundamento de todos os outros bens desta vida.” Assinale a alternativa que resume o pensamento de Descartes. a) O conhecimento deve ser mantido oculto para evitar que seja empregado para dominar a natureza. b) O conhecimento da natureza satisfaz apenas ao intelecto e não é capaz de alterar as condições da vida humana. c) Nosso intelecto é incapaz de conhecer a natureza. d) Devemos buscar o conhecimento exclusivamentepelo prazer de conhecer. e) O conhecimento e o domínio da natureza devem ser empregados para satisfazer as necessidades humanas e aperfeiçoar nossa existência. 52. (Espcex (Aman)) “A agricultura é hoje o maior negócio do país. (...) Apenas [em 2005], a cadeia do agronegócio gerou um Produto Interno Bruto de 534 bilhões de reais.” (Faria, 2006 in: Terra, Araújo e Guimarães, 2009). A atual expansão da agricultura e do agronegócio no Brasil deve-se, entre outros fatores ao(à) a) forte vinculação da agricultura à indústria, ampliando a participação de produtos com maior valor agregado no valor das exportações brasileiras, como os dos complexos de soja e do setor sucroalcooleiro. b) expansão da fronteira agrícola no Centro-Oeste e na Amazônia e ao emprego intensivo de mão de obra no campo, nessas áreas, determinando o aumento da 21 produtividade agrícola. c) difusão de modernas tecnologias e técnicas de plantio na maioria dos estabelecimentos rurais do País, contribuindo para a expansão das exportações brasileiras. d) modelo agrícola brasileiro, pautado na policultura de exportação e na concentração da propriedade rural. e) Revolução Verde, que, disseminada em larga escala nas pequenas e médias propriedades do País, incentivou a agricultura voltada para os mercados interno e externo. 53. (Mackenzie) Os reflexos da Primeira Guerra Mundial para economia brasileira, durante o governo de Wenceslau Brás (1914–1918), ocasionaram a) o aumento do deficit orçamentário, pois para corrigir os problemas financeiros do governo anterior, Wenceslau Brás teve de recorrer a um novo Funding Loan. b) a ampliação da produção industrial brasileira e a criação de novas fábricas para suprir o mercado nacional, devido à queda das importações de produtos industrializados estrangeiros. c) a sensível diminuição na produção industrial brasileira, devido à enorme evasão de mão de obra das indústrias, pois grande contingente de operários foi enviado, como soldados, para lutar no conflito. d) o aumento de empréstimos e investimentos em diversos setores da nossa economia, por parte de banqueiros e industriais estrangeiros que, temerosos dos rumos do conflito mundial, passaram a investir no país. e) a drástica redução dos investimentos no setor industrial e a queda de sua produção, uma vez que o governo brasileiro incentivou os produtores agrícolas a aumentarem suas safras a fim de abastecer o mercado externo. 54. (Unesp) Observe a figura. A Europa já não é a liberdade e a paz, mas a violência e a guerra. Durante a ocupação alemã de Paris, a alguns críticos alemães que virão lhe falar de Guernica, Picasso responderá com amargura: Não fui eu que a fiz, fizeram-na vocês. (Giulio Carlo Argan. Arte moderna, 1992.) O comentário de Pablo Picasso, em relação à sua obra Guernica, refere-se a) à separação entre manifestações artísticas e realidade histórica. b) ao bombardeio alemão da cidade basca em apoio ao general Franco. c) aos massacres cometidos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. d) à denúncia da anexação do território espanhol pelas tropas nazistas. e) à aliança dos nazistas com os comunistas no início da Segunda Guerra Mundial. 55. (Upf) O historiador romano Tácito escreveu sobre o tratamento dado aos cristãos em Roma: “No tempo de Péricles (461-429 a.C), o comparecimento à assembleia soberana era aberto a todo o cidadão. A assembleia era um comício ao ar livre que reunia centenas de atenienses do sexo masculino, com idade superior a 18 anos. Todos os que compareciam tinham direito de fazer uso da palavra. As decisões da assembleia representavam a palavra final na guerra e na paz, nos tratados, nas finanças, nas legislações, nas obras públicas, no julgamento dos casos mais importantes, na eleição de administradores, enfim na totalidade das atividades governamentais”. (BRAICK, P. R.; MOTA, M. B. História: Das cavernas ao terceiro milênio. 3ª ed. São Paulo: Moderna, 2013, p. 102) O texto acima refere-se a Atenas, considerada o berço da Democracia no mundo antigo. Sobre aquele regime democrático, está correto afirmar que a) apenas os homens livres, proprietários, nascidos em Atenas, filhos de pais e mães atenienses, eram considerados cidadãos, com direito à participação direta nas decisões tomadas. b) baseava-se na participação direta de toda a população nas Assembleias Legislativas, que uma vez por ano se reuniam em praça pública, chamada de Ágora, e deliberavam sobre os mais variados assuntos. c) os estrangeiros, bem como os escravos libertos, podiam participar livremente das decisões tomadas 22 nas assembleias, representando seus próprios interesses. d) é um equívoco chamá-lo de democrático, pois negava a participação dos representantes eleitos pelos proprietários de terras. e) como não havia escravos em Atenas, a quase totalidade da população tinha participação política daquela Cidade-Estado. 56. (Unesp) Leia. O fenômeno dos “rios voadores” “Rios voadores” são cursos de água atmosféricos, invisíveis, que passam por cima de nossas cabeças transportando umidade e vapor de água da bacia Amazônica para outras regiões do Brasil. A floresta Amazônica funciona como uma bomba d’água. Ela “puxa” para dentro do continente umidade evaporada do oceano Atlântico que, ao seguir terra adentro, cai como chuva sobre a floresta. Pela ação da evapotranspiração da floresta, as árvores e o solo devolvem a água da chuva para a atmosfera na forma de vapor de água, que volta a cair novamente como chuva mais adiante. O Projeto Rios Voadores busca entender mais sobre a evapotranspiração da floresta Amazônica e a importante contribuição da umidade gerada por ela no regime de chuvas do Brasil. A partir da leitura do texto e da observação do mapa, é correto afirmar que, no Brasil, a) cada vez mais, a floresta é substituída por agricultura ou pastagem, procedimento que promove o desenvolvimento econômico, sem influenciar, significativamente, o clima na América do Sul. b) os recursos hídricos são abundantes e os regimes fluviais não serão alterados, apesar das mudanças climáticas que ameaçam modificar o regime de chuvas na América do Sul. c) o atual desenvolvimento da Amazônia não afeta o sistema hidrológico, devido à aplicação de medidas rigorosas contra o desmatamento e danos à biodiversidade da floresta. d) os mecanismos climatológicos devem ser considerados na avaliação dos riscos decorrentes de ações como o desmatamento, as queimadas, a abertura de novas fronteiras agrícolas e a liberação dos gases do efeito estufa. e) a circulação atmosférica é dominada por massas de ar carregadas de umidade que, encontrando a barreira natural formada pelos Andes, precipitam-se na encosta leste, alimentando as bacias hidrográficas do país. 57. (Unesp) Eis dois homens à frente: um, que quer servir; o outro, que aceita, ou deseja, ser chefe. O primeiro une as mãos e, assim juntas, coloca-as nas mãos do segundo: claro símbolo de submissão, cujo sentido, por vezes, era ainda acentuado pela genuflexão. Ao mesmo tempo, a personagem que oferece as mãos pronuncia algumas palavras, muito breves, pelas quais se reconhece “o homem” de quem está na sua frente. Depois, chefe e subordinado beijam- se na boca: símbolo de acordo e de amizade. Eram estes – muito simples e, por isso mesmo, eminentemente adequados para impressionar espíritos tão sensíveis às coisas – os gestos que serviam para estabelecer um dos vínculos mais fortes que a época feudal conheceu. (Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.) 23 O texto e a imagem referem-se à cerimônia que a) consagra bispos e cardeais. b) estabelece as relações de vassalagem. c) estabelece as relações de servidão. d) consagra o poder municipal. e) estabelece as relações de realeza. 58. (Enem PPL) TEXTO I O aparecimento da máquina movida a vapor foio nascimento do sistema fabril em grande escala, representando um aumento tremendo na produção, abrindo caminho na direção dos lucros, resultado do aumento da procura. Eram forças abrindo um novo mundo. HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1974 (adaptado). TEXTO II Os edifícios das fábricas adaptavam-se mal à concentração de numerosa mão de obra, reunida para longos dias de trabalho, numa situação árdua e insalubre. O trabalho nas fábricas destruiu o sistema doméstico de produção. Homens, mulheres e crianças deixavam os lugares onde moravam para trabalhar em diferentes fábricas. LEITE, M. M. Iniciação à história social contemporânea. São Paulo: Cultrix,1980 (adaptado). As estratégias empregadas pelos textos para abordar o impacto da Revolução Industrial sobre as sociedades que se industrializavam são, respectivamente, a) ressaltar a expansão tecnológica e deter-se no trabalho doméstico. b) acentuar as inovações tecnológicas e priorizar as mudanças no mundo do trabalho. c) debater as consequências sociais e valorizar a reorganização do trabalho. d) indicar os ganhos sociais e realçar as perdas culturais. e) minimizar as transformações sociais e criticar os avanços tecnológicos. 59. (Enem) Quem construiu a Tebas de sete portas? Nos livros estão nomes de reis. Arrastaram eles os blocos de pedra? E a Babilônia várias vezes destruída. Quem a reconstruiu tantas vezes? Em que casas da Lima dourada moravam os construtores? Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta? A grande Roma está cheia de arcos do triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os césares? BRECHT, B. Perguntas de um trabalhador que lê. Disponível em: http://recantodasletras.uol.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010. Partindo das reflexões de um trabalhador que lê um livro de História, o autor censura a memória construída sobre determinados monumentos e acontecimentos históricos. A crítica refere-se ao fato de que a) os agentes históricos de uma determinada sociedade deveriam ser aqueles que realizaram feitos heroicos ou grandiosos e, por isso, ficaram na memória. b) a História deveria se preocupar em memorizar os nomes de reis ou dos governantes das civilizações que se desenvolveram ao longo do tempo. c) grandes monumentos históricos foram construídos por trabalhadores, mas sua memória está vinculada aos governantes das sociedades que os construíram. d) os trabalhadores consideram que a História é uma ciência de difícil compreensão, pois trata de sociedades antigas e distantes no tempo. e) as civilizações citadas no texto, embora muito importantes, permanecem sem terem sido alvos de pesquisas históricas. 60. (Enem) À medida que a demanda por água aumenta, as reservas desse recurso vão se tornando imprevisíveis. Modelos matemáticos que analisam os efeitos das mudanças climáticas sobre a disponibilidade de água no futuro indicam que haverá escassez em muitas regiões do planeta. São esperadas mudanças nos padrões de precipitação, pois a) o maior aquecimento implica menor formação de nuvens e, consequentemente, a eliminação de áreas úmidas e subúmidas do globo. b) as chuvas frontais ficarão restritas ao tempo de permanência da frente em uma determinada localidade, o que limitará a produtividade das atividades agrícolas. c) as modificações decorrentes do aumento da temperatura do ar diminuirão a umidade e, portanto, aumentarão a aridez em todo o planeta. 24 d) a elevação do nível dos mares pelo derretimento das geleiras acarretará redução na ocorrência de chuvas nos continentes, o que implicará a escassez de água para abastecimento. e) a origem da chuva está diretamente relacionada com a temperatura do ar, sendo que atividades antropogênicas são capazes de provocar interferências em escala local e global. 61. (Enem) Em algumas línguas de Moçambique não existe a palavra “pobre”. O indivíduo é pobre quando não tem parentes. A pobreza é a solidão, a ruptura das relações familiares que, na sociedade rural, servem de apoio à sobrevivência. Os consultores internacionais, especialistas em elaborar relatórios sobre a miséria, talvez não tenham em conta o impacto dramático da destruição dos laços familiares e das relações de entreajuda. Nações inteiras estão tornando-se “órfãs”, e a mendicidade parece ser a única via de uma agonizante sobrevivência. COUTO, M. E se Obama fosse africano? & outras intervenções. Portugal: Caminho, 2009 (adaptado). Em uma leitura que extrapola a esfera econômica, o autor associa o acirramento da pobreza à a) afirmação das origens ancestrais. b) fragilização das redes de sociabilidade. c) padronização das políticas educacionais. d) fragmentação das propriedades agrícolas. e) globalização das tecnologias de comunicação. 62. (Enem) Uma norma só deve pretender validez quando todos os que possam ser concernidos por ela cheguem (ou possam chegar), enquanto participantes de um discurso prático, a um acordo quanto à validade dessa norma. HABERMAS, J. Consciência moral e agir comunicativo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989. Segundo Habermas, a validez de uma norma deve ser estabelecida pelo(a) a) liberdade humana, que consagra a vontade. b) razão comunicativa, que requer um consenso. c) conhecimento filosófico, que expressa a verdade. d) técnica científica, que aumenta o poder do homem. e) poder político, que se concentra no sistema partidário. 63. (Ufg) As pinturas rupestres são evidências materiais do desenvolvimento intelectual dos seres humanos. Embora tradicionalmente estudadas pela Arqueologia, elas ajudaram a redefinir a concepção de que a História se inicia com a escrita, pois a) funcionam como códices velados de uma comunidade à espera de decifração. b) expressam uma concepção de tempo marcada pela cronologia. c) indicam o predomínio da técnica sobre as forças da natureza. d) atestam as relações entre registros gráficos e mitos de origem. e) registram a supremacia do indivíduo sobre os membros de seu grupo. 64. (Fgv) Estes rios fazem parte da paisagem e do dia a dia do homem do Nordeste, servindo como fonte de água, áreas de recreação, cultivo de vegetais e criação de animais. O sertanejo apresenta estratégias de sobrevivência durante os períodos de estiagem, que são resultado direto de suas percepções sobre as variações no fluxo de água desses rios. Estes ambientes fazem parte da cultura do sertanejo sendo citados em sua produção artística por grandes escritores como Euclides da Cunha, João Cabral de Melo Neto, José Lins do Rego e Guimarães Rosa. (www.ecodebate.com.br/2012/09/03/reducao-de-apps-compromete- rios-e--biomas-brasileiros-entrevista-com-o-biologo-elvio-sergio- medeiros) O texto faz referência a dois elementos naturais de grande importância na região Nordeste. São eles os rios a) efêmeros e a paisagem de colinas. b) cársticos e a paisagem de chapadas. c) intermitentes e a paisagem de caatingas. d) de talvegue e a paisagem de cerrados. e) temporários e a paisagem de terras baixas. 65. (Enem) A primeira Guerra do Golfo, genuinamente apoiada pelas Nações Unidas e pela comunidade internacional, assim como a reação imediata ao Onze de Setembro, demonstravam a força da posição dos Estados Unidos na era pós-soviética. HOBSBAWM, E. Globalização, democracia e terrorismo. São Paulo: Cia. das Letras, 2007. 25 Um aspecto que explica a força dos Estados Unidos apontada pelo texto, reside no(a) a) poder de suas bases militares espalhadas ao redor do mundo. b) alinhamento geopolítico da Rússia em relação aos EUA. c) política de expansionismo territorial exercida sobre Cuba. d) aliança estratégica com países produtores de petróleo como Kuwait e Irã. e) incorporação da China à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). 66. (Enem 2ª aplicação)