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SIMULADO_ESPECIAL_09_1-DIA

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1
SIMULADO ESPECIAL 09 | 1º DIA
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÕES 1 A 45
QUESTÕES 1 A 05 (OPÇÃO INGLÊS)
1. (ENEM) Ebony and ivory
Ebony and ivory live together in perfect harmony
Side by side on my piano keyboard, oh Lord, why don’t 
we?
We all know that people are the same wherever we go
There is good and bad in ev’ryone,
We learn to live, we learn to give
Each other what we need to survive together alive
McCARTNEY, P. Disponível em: www.paulmccartney.com.
Acesso em: 30 maio 2016.
Em diferentes épocas e lugares, compositores têm 
utilizado seu espaço de produção musical para 
expressar e problematizar perspectivas de mundo. 
Paul McCartney, na letra dessa canção, defende 
a) o aprendizado compartilhado. 
b) a necessidade de donativos. 
c) as manifestações culturais. 
d) o bem em relação ao mal. 
e) o respeito étnico. 
 
2. (ENEM) Steve Jobs: A life Remembered 1955-2011
Readersdigest.ca takes a look back at Steve Jobs, and 
his contribution to our digital world.
CEO. Tech-Guru. Artist. There are few corporate 
figures as famous and well-regarded as former-Apple 
CEO Steve Jobs. His list of achievements is staggering, 
and his contribution to modern technology, digital 
media, and indeed the world as a whole, cannot be 
downplayed.
With his passing on October 5, 2011, readersdigest.
ca looks back at some of his greatest achievements, 
and pays our respects to a digital pioneer who helped 
pave the way for a generation of technology, and 
possibilities, few could have imagined.
Disponível em: www.readersdigest.ca.
Acesso em: 25 fev. 2012.
Informações sobre pessoas famosas são recorrentes na 
mídia, divulgadas de forma impressa ou virtualmente.
Em relação a Steve Jobs, esse texto propõe 
a) expor as maiores conquistas da sua empresa. 
b) descrever suas criações na área da tecnologia. 
c) enaltecer sua contribuição para o mundo digital. 
d) lamentar sua ausência na criação de novas 
tecnologias. 
e) discutir o impacto de seu trabalho para a geração 
digital. 
 
3. (ENEM) THE WEATHER MAN
 They say that the British love talking about the 
weather.
 For other nationalities this can be a banal and 
boring subject of conversation, something that people 
talk about when they have nothing else to say to each 
other. And yet the weather is a very important part of 
our lives. That at least is the opinion of Barry Gromett, 
press officer for The Met Office. This is located in 
Exeter, a pretty cathedral city in the southwest of 
England. Here employees – and computers – supply 
weather forecasts for much of the world.
Speak Up. Ano XXIII, nº 275.
Ao conversar sobre a previsão do tempo, o texto mostra 
a) aborrecimento do cidadão britânico ao falar sobre 
banalidades. 
b) a falta de ter o que falar em situações de avaliação 
de línguas. 
c) a importância de se entender sobre meteorologia 
para falar inglês. 
d) as diferenças e as particularidades culturais no uso 
de uma língua. 
e) o conflito entre diferentes ideias e opiniões ao se 
comunicar em inglês. 
2
4 (ENEM) 
No cartum, a crítica está no fato de a sociedade exigir 
do adolescente que 
a) se aposente prematuramente. 
b) amadureça precocemente. 
c) estude aplicadamente. 
d) se forme rapidamente. 
e) ouça atentamente. 
 
5. (ENEM) Masters of War
Come you masters of war
You that build all the guns
You that build the death planes
You that build all the bombs
You that hide behind walls
You that hide behind desks
l just want you to know
l can see through your masks.
You that never done nothin’
But build to destroy
You play with my world
Like it’s your little toy
You put a gun in my hand
And you hide from my eyes
And you turn and run farther
When the fast bullets fly.
Like Judas of old
You lie and deceive
A world war can be won
You want me to believe
But l see through your eyes
And l see through your brain
Like l see through the water
That runs down my drain.
BOB DYLAN. The Freewheelin’ Bob Dylan. Nova York: 
Columbia Records, 1963 (fragmento).
Na letra da canção Masters of War, há questionamentos 
e reflexões que aparecem na forma de protesto contra 
a) o envio de jovens à guerra para promover a expansão 
territorial dos Estados Unidos. 
b) o comportamento dos soldados norte-americanos 
nas guerras de que participaram. 
c) o sistema que recruta soldados para guerras 
motivadas por interesses econômicos. 
d) o desinteresse do governo pelas famílias dos 
soldados mortos em campos de batalha. 
e) as Forças Armadas norte-americanas, que enviavam 
homens despreparados para as guerras. 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
QUESTÕES 1 A 45
QUESTÕES 1 A 05 (OPÇÃO ESPANHOL)
1. 1. (ENEM PPL) 
 
El sistema que se ha estado utilizando es el de urna 
electrónica con teclado numérico para la emisión 
del voto. Tiene botones especiales de confirmación 
e impresión de acta inicial con activación por clave. 
La caja de balotas electrónicas es una computadora 
personal con un uso específico que tiene las siguientes 
características: resistente, pequeña en dimensión, 
liviana, con fuentes autónomas de energía y recursos 
de seguridad. La característica más destacable del 
sistema brasileño reside en que permite unificar el 
3
registro y verificación de la identidad del elector, la 
emisión y el escrutinio de voto en una misma máquina.
Voto electrónico en Brasil. Disponível em: http://www.
votoelectronico.info/blog.
Acesso em: 12 abr. 2009 (adaptado).
Pela observação da imagem e leitura do texto a 
respeito da votação eletrônica no Brasil, identifica-se 
como tema 
a) a funcionalidade dos computadores, por meio 
das palavras-chave teclado, botones, impresión, 
electrónicas e computadora. 
b) a evolução das máquinas modernas, por meio das 
palavras-chave teclado, botones, electrónicas, energia 
e máquina. 
c) a segurança da informação, por meio das palavras-
chave electrónica, clave, seguridad, verificación e 
identidad. 
d) o sistema brasileiro de votação eletrônica, por meio 
das palavras-chave urna, teclado, voto, botones e 
elector. 
e) a linguagem matemática, por meio das palavras-
chave numérico, clave, pequeña, dimensión e energia. 
 
2. (ENEM 2ª APLICAÇÃO) Sefarditas o la melancolía 
de ser judío español
El nombre de Sefarad, como es denominada España en 
lengua hebrea, despierta en gentes de Estambul o de 
Nueva York, de Sofía o de Caracas, el vago recuerdo de 
una casa abandonada precipitadamente bajo la noche. 
Por eso muchas de estas gentes, descendientes de 
los judíos españoles expulsados en 1492, conservan 
las viejas llaves de los hogares de sus antepasados 
en España. Se ha escrito que jamás una nación ha 
tenido unos hijos tan fieles como ellos, después 
de quinientos años de exilio siguen llamándose 
“sefarditas” (españoles) y mantienen celosamente el 
idioma “sefardita” y las costumbres de sus orígenes. 
En la cocina y en los lances de amor, en las fiestas y en 
la ceremonias religiosas, los sefarditas viven todavía 
la melancolía de ser españoles.
CORRAL, P.; ALCALDE, J. Sefardíes o la melancolia de ser judio 
español. Disponível em: http://sefaradilaculturasefardi.blogspot.
com. Acesso em: 17 fev. 2012 (adaptado).
Os sefarditas são descendentes dos judeus expulsos 
da Espanha em 1492. O autor do texto, ao vincular a 
melancolia à identidade dos sefarditas, destaca a 
a) conservação de um modo de vida próprio da nação 
da qual eles foram desmembrados. 
b) fidelidade à língua hebraica que era falada pelos 
antepassados na Península Ibérica. 
c) lealdade por eles demonstrada às autoridades que 
os baniram dos territórios castelhanos. 
d) manutenção feita pelos judeus das casas que 
possuíam na Espanha, no final do século XV. 
e) observação das tradições impostas aos judeus nas 
cidades orientais para onde migraram. 
 
3. (ENEM PPL) El Camino de lalengua nos lleva 
hasta el siglo X, época en la que aparecen las Glosas 
Emilianenses en el monasterio de Suso en San Millán 
(La Rioja). Las Glosas Emilianenses están consideradas 
como el testimonio escrito más antiguo del castellano. 
Paso a paso y pueblo a pueblo, el viajero llegará al siglo 
XV para asistir al nacimiento de la primera Gramática 
de la Lengua Castellana, la de Nebrija. Más tarde, 
escritores como Miguel de Cervantes, Calderón de la 
Barca, Miguel de Unamuno, Santa Teresa de Jesús o el 
contemporáneo Miguel Delibes irán apareciendo a lo 
largo del itinerario.
Pero la literatura no es el único atractivo de este viaje 
que acaba de comenzar.
Nuestra ruta está llena de palacios, conventos, teatros 
y restaurantes. La riqueza gastronómica de esta región 
es algo que el viajero debe tener muy en cuenta.
Revista Punto y Coma. Espanha, nº 9, nov./dez. 2007.
O “Camino de la lengua”, um percurso para turistas 
na Espanha, conduz o viajante por um roteiro que, 
além da temática original sobre a língua e a literatura 
espanholas, envolve também os aspectos 
a) turísticos e místicos. 
b) culturais e educacionais. 
c) históricos e de enriquecimento. 
d) literários e de conflito religioso. 
e) arquitetônicos e gastronômicos. 
 
4. (ENEM 2ª APLICAÇÃO) Convergencia tecnológica y 
participación popular
Se están cumpliendo 20 años del "boom" de las radios 
comunitarias en Argentina, que entre 1985 y 1990 
sorprendió al país con la creación de casi 3 mil radios 
4
de baja potencia. Estas emisoras lograron, en poco 
tiempo, abrir los micrófonos a miles de radialistas 
populares, a la participación del vecindario y de la gente 
común e influir sustancialmente en la programación 
radial comercial, con la creación de nuevos formatos 
en los que tenía un papel central la opinión ciudadana, 
sin jerarquías ni condicionamientos. Siendo la radio 
en Argentina el medio más popular y con un alto grado 
de credibilidad por parte del público, las emisoras 
comunitarias jugaron un rol fundamental para el 
fortalecimiento del debate democrático en el país.
PLOU, D. S. América Latina en Movimiento, n. 421, jun. 2007. Disponível 
em: http://alainet.org. Acesso em: 23 fev. 2012 (adaptado).
O texto destaca a importância das emissoras de 
rádio comunitárias na Argentina. Considerando 
especificamente a época do denominado boom, as 
emissoras populares 
a) criaram milhares de fontes de emprego para 
radialistas. 
b) surpreenderam o país com a oferta de rádios de 
baixo custo. 
c) convocaram a comunidade para a participação em 
comerciais. 
d) incutiram um novo paradigma centralizado na 
opinião pública. 
e) tiveram um papel preponderante no 
condicionamento dos ouvintes. 
 
5. (ENEM PPL) En América, los incas y aztecas 
cultivaban la planta que llamaban tomatl ya desde 700 
años a. de C. Cuando fue llevada a Europa se destacó 
por su valor ornamental y por la belleza de sus frutos, 
que en su versión amarilla merecieron un nombre en 
italiano: pomodoro, esto es, manzana de oro. Utilizada 
como planta ornamental en patios y jardines, por 
entonces quedó asociada a otras solanáceas venenosas, 
como la belladona, así que se consideraba que también 
lo era. No en vano, sus hojas contienen, como las de la 
planta de la papa, un alcaloide llamado solanina. Hasta 
el siglo XIX los tomates no fueron universalmente 
aceptados como alimento, e incluso entonces todavía 
se cocían durante horas para eliminar sus “venenos”. 
Hoy están entre los vegetales más consumidos y deben 
su prestigio nutricional, sobre todo, al contenido en 
vitamina C y betacaroteno.
Muy interesante. Nº 212. Buenos Aires: GF, mar. 2005 
(adaptado).
Considerando-se as informações apresentadas e o 
provável público-alvo, o texto foi construído com a 
intenção de 
a) alertar sobre as características tóxicas do tomate. 
b) destacar a importância do tomate de cor amarela. 
c) discorrer sobre a origem do tomate e seus usos no 
mundo. 
d) incentivar o consumo do tomate por seus benefícios 
para a saúde. 
e) estimular o uso do tomate como objeto ornamental. 
QUESTÕES 06 A 45
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o texto para responder à(s) questão(ões) a seguir.
MÚSICA, DIVINA MÚSICA!
Tanto duvidaram dele, da teoria daquele jovem 
gênio musical, que ele resolveu provar pra si mesmo, 
empiricamente, a teoria de que não existem animais 
selvagens. Que os animais são tão ou mais sensíveis 
do que os seres humanos. E que são sensíveis 
sobretudo ao envolvimento da música, quando esta é 
competentemente interpretada. 
Por isso, uma noite, esgueirou-se sozinho pra dentro 
do Jardim Zoológico da cidade e, silenciosamente, 
se aproximou da jaula dos orangotangos. Começou a 
tocar baixinho, bem suave, a sua magnífica flauta doce, 
ao mesmo tempo em que abria a porta da jaula. Os 
macacões quase que não pestanejaram. Se moveram 
devagarinho, fascinados, apenas pra se aproximar 
mais do músico e do som. 
O músico continuou as volutas de sua fantasia musical 
enquanto abria a jaula dos leões. Os leões, também 
hipnotizados, foram saindo, pé ante pé, com o respeito 
que só têm os grandes aficionados da música. E assim 
a flauta continuou soando no meio da noite, mágica 
e sedutora, enquanto o gênio ia abrindo jaula após 
jaula e os animais o acompanhavam, definitivamente 
seduzidos, como ele previra. 
Uma lua enorme, de prata e ouro, iluminava os jacarés, 
elefantes, cobras, onças, tudo quanto é animal de Deus 
ali reunido, envolvidos na sinfonia improvisada no 
meio das árvores. Até que o músico, sempre tocando, 
abriu a última jaula, do último animal - um tigre. 
Que, mal viu a porta aberta, saltou sobre ele, engolindo 
músico e música - e flauta doce de quebra. Os bichos 
todos deram um oh! de consternação. A onça, chocada, 
exprimiu o espanto e a revolta de todos: 
5
– Mas, tigre, era um músico estupendo, uma música 
sublime! Por que você fez isso? 
E o tigre, colocando as patas em concha nas orelhas, 
perguntou: 
– Ahn? O quê, o quê? Fala mais alto, pô! 
FERNANDES, M. Fábulas fabulosas. Disponível em: <http://www2.
uol.com.br/millor/fabulas/055.htm>. Acesso em: 03 out. 2017. 
6 (G1 - IFPE) Leia os seguintes trechos do segundo 
parágrafo: “Começou a tocar baixinho, bem suave, a 
sua magnífica flauta doce” e “Se moveram devagarinho, 
fascinados”. Com relação às palavras grifadas, a 
utilização do diminutivo indica 
a) intensidade. 
b) afetividade. 
c) tamanho. 
d) depreciação. 
e) polidez. 
 
7. (ENEM CANCELADO) A escrita é uma das formas de 
expressão que as pessoas utilizam para comunicar algo 
e tem várias finalidades: informar, entreter, convencer, 
divulgar, descrever. Assim, o conhecimento acerca das 
variedades linguísticas sociais, regionais e de registro 
torna-se necessário para que se use a língua nas mais 
diversas situações comunicativas.
Considerando as informações acima, imagine que 
você está à procura de um emprego e encontrou duas 
empresas que precisam de novos funcionários. Uma 
delas exige uma carta de solicitação de emprego. Ao 
redigi-la, você 
a) fará uso da linguagem metafórica. 
b) apresentará elementos não verbais. 
c) utilizará o registro informal. 
d) evidenciará a norma padrão. 
e) fará uso de gírias. 
 
8. (ENEM) O uso do pronome átono no início das 
frases é destacado por um poeta e por um gramático 
nos textos a seguir.
PRONOMINAIS
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
 (ANDRADE, Oswald de. Seleção de textos. São Paulo: 
Nova Cultural, 1988)
"Iniciar a frase com pronome átono só é lícito na 
conversação familiar, despreocupada, ou na língua 
escrita quando se deseja reproduzir a fala dos 
personagens ( .. )."
 (CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da 
língua portuguesa. São Paulo: Nacional, 1980)
Comparando a explicação dada pelos autores sobreessa regra, pode-se afirmar que ambos: 
a) condenam essa regra gramatical. 
b) acreditam que apenas os esclarecidos sabem essa 
regra. 
c) criticam a presença de regras na gramática. 
d) afirmam que não há regras para uso de pronomes. 
e) relativizam essa regra gramatical. 
 
9. (ENEM) A discussão sobre gramática na classe está 
"quente". Será que os brasileiros sabem gramática? A 
professora de Português propõe para debate o seguinte 
texto:
PRA MIM BRINCAR
 Não há nada mais gostoso do que o mim 
sujeito de verbo no infinito. Pra mim brincar. As 
cariocas que não sabem gramática falam assim. Todos 
os brasileiros deviam de querer falar como as cariocas 
que não sabem gramática.
 - As palavras mais feias da língua portuguesa 
são quiçá, alhures e miúde.
 (BANDEIRA, Manuel. Seleta em prosa e verso. 
Org: Emanuel de Moraes. 4a ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 
1986. Pág.19)
6
Com a orientação da professora e após o debate sobre 
o texto de Manuel Bandeira, os alunos chegaram à 
seguinte conclusão: 
a) Uma das propostas mais ousadas do Modernismo foi 
a busca da identidade do povo brasileiro e o registro, 
no texto literário, da diversidade das falas brasileiras. 
b) Apesar de os modernistas registrarem as falas 
regionais do Brasil, ainda foram preconceituosos em 
relação às cariocas. 
c) A tradição dos valores portugueses foi a pauta 
temática do movimento modernista. 
d) Manuel Bandeira e os modernistas brasileiros 
exaltaram em seus textos o primitivismo da nação 
brasileira. 
e) Manuel Bandeira considera a diversidade dos 
falares brasileiros uma agressão à Língua Portuguesa. 
 
10. (ENEM) O termo (ou expressão) destacado que 
está empregado em seu sentido próprio, denotativo 
ocorre em 
a) "(...)
É de laço e de nó
De gibeira o jiló
Dessa vida, CUMPRIDA A SOL (...)"
 (Renato Teixeira. "Romaria". Kuarup Discos. setembro de 1992). 
b) "Protegendo os inocentes 
é que Deus, sábio demais,
põe CENÁRIOS diferentes
nas impressões digitais."
 (Maria N. S. Carvalho. "Evangelho da Trova". /s.n.b.) 
c) "O DICIONÁRIO-PADRÃO da língua e os dicionários 
unilíngues são os tipos mais comuns de dicionários. 
Em nossos dias, eles se tornaram um objeto de 
consumo obrigatório para as nações civilizadas e 
desenvolvidas."
 (Maria T. Camargo Biderman. O dicionário-padrão da língua. 
Alta (28), 2743, 1974 Supl.) 
d) 
e) "Humorismo é a arte de FAZER CÓCEGAS NO 
RACIOCÍNIO dos outros. Há duas espécies de 
humorismo: o trágico e o cômico. O trágico é o que não 
consegue fazer rir; o cômico é o que é verdadeiramente 
trágico para se fazer."
 (Leon Eliachar. "www.mercadolivre.com.br". acessado 
em julho de 2005.) 
11. (ENEM PPL) O bonde abre a viagem, 
No banco ninguém, 
Estou só, stou sem. 
Depois sobe um homem, 
No banco sentou, 
Companheiro vou. 
O bonde está cheio. 
De novo porém 
Não sou mais ninguém. 
ANDRADE, M. Poesias completas. Belo Horizonte: Itatiaia, 2005. 
Em um texto literário, é comum que os recursos 
poéticos e linguísticos participem do significado 
do texto, isto é, forma e conteúdo se relacionam 
significativamente. Com relação ao poema de Mário 
de Andrade, a correlação entre um recurso formal e 
um aspecto da significação do texto é 
a) a sucessão de orações coordenadas, que remete à 
sucessão de cenas e emoções sentidas pelo eu lírico ao 
longo da viagem. 
b) a elisão dos verbos, recurso estilístico constante no 
poema, que acentua o ritmo acelerado da modernidade. 
c) o emprego de versos curtos e irregulares em sua 
métrica, que reproduzem uma viagem de bonde, com 
suas paradas e retomadas de movimento. 
d) a sonoridade do poema, carregada de sons nasais, 
que representa a tristeza do eu lírico ao longo de toda 
a viagem. 
e) a ausência de rima nos versos, recurso muito 
utilizado pelos modernistas, que aproxima a linguagem 
do poema da linguagem cotidiana. 
 
12. (ENEM) Eu sobrevivi do nada, do nada
Eu não existia
Não tinha uma existência
Não tinha uma matéria
Comecei existir com quinhentos milhões e quinhentos 
mil anos
Logo de uma vez, já velha
Eu não nasci criança, nasci já velha
7
Depois é que eu virei criança
E agora continuei velha
Me transformei novamente numa velha
Voltei ao que eu era, uma velha
PATROCÍNIO, S. In: MOSÉ, V. (Org.). Reino dos bichos e dos animais 
é meu nome.
Rio de Janeiro: Azougue, 2009.
Nesse poema de Stela do Patrocínio, a singularidade 
da expressão lírica manifesta-se na 
a) representação da infância, redimensionada no 
resgate da memória. 
b) associação de imagens desconexas, articuladas por 
uma fala delirante. 
c) expressão autobiográfica, fundada no relato de 
experiências de alteridade. 
d) incorporação de elementos fantásticos, explicitada 
por versos incoerentes. 
e) transgressão à razão, ecoada na desconstrução de 
referências temporais. 
 
13. (ENEM) As histórias em quadrinhos, por vezes, 
utilizam animais como personagens e a eles atribuem 
comportamento humano. O gato Garfield é exemplo 
desse fato.
Van Gogh, pintor holandês nascido em 1853, é um dos 
principais nomes da pintura mundial. É dele o quadro 
a seguir.
 
O 3º. quadrinho sugere que Garfield: 
a) desconhece tudo sobre arte, por isso faz a sugestão. 
b) que todo pintor deve fazer algo diferente. 
c) defende que para ser pintor a pessoa tem de sofrer. 
d) conhece a história de um pintor famoso e faz uso 
da ironia. 
e) acredita que seu dono tenha tendência artística e, 
por isso, faz a sugestão. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Brasil
O Zé Pereira chegou de caravela
E preguntou pro guarani da mata virgem
- Sois cristão?
- Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte
Teterê tetê Quizá Quizá Quecê!
Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu!
O negro zonzo saído da fornalha
Tomou a palavra e respondeu
- Sim pela graça de Deus
- Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum!
E fizeram o Carnaval
(Oswald de Andrade) 
 
14. (ENEM) Este texto apresenta uma versão 
humorística da formação do Brasil, mostrando-a como 
uma junção de elementos diferentes. Considerando-se 
esse aspecto, é correto afirmar que a visão apresentada 
pelo texto é 
a) ambígua, pois tanto aponta o caráter desconjuntado 
da formação nacional, quanto parece sugerir que esse 
processo, apesar de tudo, acaba bem. 
b) inovadora, pois mostra que as três raças formadoras 
- portugueses, negros e índios - pouco contribuíram 
para a formação da identidade brasileira. 
c) moralizante, na medida em que aponta a 
precariedade da formação cristã do Brasil como causa 
da predominância de elementos primitivos e pagãos. 
d) preconceituosa, pois critica tanto índios quanto 
negros, representando de modo positivo apenas o 
elemento europeu, vindo com as caravelas. 
e) negativa, pois retrata a formação do Brasil como 
incoerente e defeituosa, resultando em anarquia e 
falta de seriedade. 
 
15. (ENEM) MIGUILIM
"De repente lá vinha um homem a cavalo. Eram dois. 
8
Um senhor de fora, o claro de roupa. Miguilim saudou, 
pedindo a bênção. O homem trouxe o cavalo cá bem 
junto. Ele era de óculos, corado, alto, com um chapéu 
diferente, mesmo.
- Deus te abençoe, pequenino. Como é teu nome?
- Miguilim. Eu sou irmão do Dito.
- E o seu irmão Dito é o dono daqui?
- Não, meu senhor. O Ditinho está em glória.
O homem esbarrava o avanço do cavalo, que era 
zelado, manteúdo, formoso como nenhum outro.
Redizia:
- Ah, não sabia, não. Deus o tenha em sua guarda... 
Mas que é que há, Miguilim?
Miguilim queria ver se o homem estava mesmo 
sorrindo para ele, por isso é que o encarava.
- Por que você aperta os olhos assim? Você não é limpo 
de vista? Vamos até lá. Quem é que está em tua casa?
- É Mãe, e os meninos...
Estava Mãe, estava tio Terez, estavam todos. O senhor 
alto e claro se apeou. O outro, que vinha com ele, era 
um camarada. O senhor perguntava à Mãe muitas 
coisas do Miguilim. Depois perguntava a ele mesmo: 
- 'Miguilim, espia daí: quantos dedos da minha mãovocê está enxergando? E agora?"
 (ROSA, João Guimarães. Manuelzão e Miguilim. 9a ed. 
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.)
Esta história, com narrador observador em terceira 
pessoa, apresenta os acontecimentos da perspectiva 
de Miguilim. O fato de o ponto de vista do narrador 
ter Miguilim como referência, inclusive espacial, fica 
explicitado em: 
a) "O homem trouxe o cavalo cá bem junto." 
b) "Ele era de óculos, corado, alto (...)" 
c) "O homem esbarrava o avanço do cavalo, (...)" 
d) "Miguilim queria ver se o homem estava mesmo 
sorrindo para ele, (...)" 
e) "Estava Mãe, estava tio Terez, estavam todos" 
 
16. (UNESP) O quadro não se presta a uma leitura 
convencional, no sentido de esmiuçar os detalhes da 
composição em busca de nuances visuais. Na tela, há 
apenas formas brutas, essenciais, as quais remetem 
ao estado natural, primitivo. Os contornos inchados 
das plantas, os pés agigantados das figuras, o seio que 
atende ao inexorável apelo da gravidade: tudo é raiz. O 
embasamento que vem do fundo, do passado, daquilo 
que vegeta no substrato do ser. As cabecinhas, sem 
faces, servem apenas de contraponto. Estes não são 
seres pensantes, produtos da cultura e do refinamento. 
Tampouco são construídos; antes nascem, brotam 
como plantas, sorvendo a energia vital do sol de 
limão. À palheta nacionalista de verde planta, amarelo 
sol e azul e branco céu, a pintora acrescenta o ocre 
avermelhado de uma pele que mais parece argila. A 
mensagem é clara: essa é nossa essência brasileira – 
sol, terra, vegetação. É isto que somos, em cores vivas 
e sem a intervenção erudita das fórmulas pictóricas 
tradicionais.
(Rafael Cardoso. A arte brasileira em 25 quadros, 2008. Adaptado.)
Tal comentário aplica-se à seguinte obra de Tarsila do 
Amaral (1886-1973):
a)
 b) 
c) 
9
d) 
e) 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 Já na segurança da calçada, e passando por um 
trecho em obras que atravanca nossos passos, lanço à 
queima-roupa:
 — Você conhece alguma cidade mais feia do 
que São Paulo?
 — Agora você me pegou, retruca, rindo. Hã, 
deixa eu ver... Lembro-me de La Paz, a capital da Bolívia, 
que me pareceu bem feia. Dizem que Bogotá é muito 
feiosa também, mas não a conheço. Bem, São Paulo, no 
geral, é feia, mas as pessoas têm uma disposição para 
o trabalho aqui, uma vibração empreendedora, que dá 
uma feição muito particular à cidade. Acordar cedo 
em São Paulo e ver as pessoas saindo para trabalhar é 
algo que me toca. Acho emocionante ver a garra dessa 
gente.
R. Moraes e R. Linsker. Estrangeiros em casa: uma caminhada pela 
selva urbana de São Paulo. National Geographic Brasil. Adaptado. 
17. (FUVEST) Ao reproduzir um diálogo, o texto 
incorpora marcas de oralidade, tanto de ordem léxica, 
caso da palavra “garra”, quanto de ordem gramatical, 
como, por exemplo, 
a) “lanço à queima-roupa”. 
b) “Agora você me pegou”. 
c) “deixa eu ver”. 
d) “Bogotá é muito feiosa”. 
e) “é algo que me toca”. 
18. (ENEM)
A situação abordada na tira torna explícita a 
CONTRADIÇÃO entre a(s) 
a) relações pessoais e o avanço tecnológico. 
b) inteligência empresarial e a ignorância dos cidadãos. 
c) inclusão digital e a modernização das empresas. 
d) economia neoliberal e a reduzida atuação do Estado. 
e) revolução informática e a exclusão digital. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Texto I
É praticamente impossível imaginarmos nossas vidas 
sem o plástico. Ele está presente em embalagens 
de alimentos, bebidas e remédios, além de 
eletrodomésticos, automóveis etc. Esse uso ocorre 
devido à sua atoxicidade e à inércia, isto é: quando 
em contato com outras substâncias, o plástico não as 
contamina; ao contrário, protege o produto embalado. 
Outras duas grandes vantagens garantem o uso dos 
plásticos em larga escala: são leves, quase não alteram 
o peso do material embalado, e são 100% recicláveis, 
fato que, infelizmente, não é aproveitado, visto 
que, em todo o mundo, a percentagem de plástico 
reciclado, quando comparado ao total produzido, 
ainda é irrelevante.
Revista Mãe Terra. Minuano, ano I, n. 6 (adaptado).
Texto II
Sacolas plásticas são leves e voam ao vento. Por isso, 
elas entopem esgotos e bueiros, causando enchentes. 
São encontradas até no estômago de tartarugas 
marinhas, baleias, focas e golfinhos, mortos por 
sufocamento.
Sacolas plásticas descartáveis são gratuitas para os 
consumidores, mas têm um custo incalculável para o 
meio ambiente.
Veja, 8 jul. 2009. Fragmentos de texto publicitário do Instituto 
Akatu pelo Consumo Consciente. 
10
19. (ENEM) Na comparação dos textos, observa-se que 
a) o texto I apresenta um alerta a respeito do efeito da 
reciclagem de materiais plásticos; o texto II justifica o 
uso desse material reciclado. 
b) o texto I tem como objetivo precípuo apresentar 
a versatilidade e as vantagens do uso do plástico 
na contemporaneidade; o texto II objetiva alertar 
os consumidores sobre os problemas ambientais 
decorrentes de embalagens plásticas não recicladas. 
c) o texto I expõe vantagens, sem qualquer ressalva, 
do uso do plástico; o texto II busca convencer o leitor a 
evitar o uso de embalagens plásticas. 
d) o texto I ilustra o posicionamento de fabricantes 
de embalagens plásticas, mostrando por que elas 
devem ser usadas; o texto II ilustra o posicionamento 
de consumidores comuns, que buscam praticidade e 
conforto. 
e) o texto I apresenta um alerta a respeito da 
possibilidade de contaminação de produtos orgânicos 
e industrializados decorrente do uso de plástico em 
suas embalagens; o texto II apresenta vantagens do 
consumo de sacolas plásticas: leves, descartáveis e 
gratuitas. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Texto I
 Agora Fabiano conseguia arranjar as ideias. 
O que o segurava era a família. Vivia preso como um 
novilho amarrado ao mourão, suportando ferro quente. 
Se não fosse isso, um soldado amarelo não lhe pisava 
o pé não. (...) Tinha aqueles cambões pendurados ao 
pescoço. Deveria continuar a arrastá-los? Sinha Vitória 
dormia mal na cama de varas. Os meninos eram uns 
brutos, como o pai. Quando crescessem, guardariam 
as reses de um patrão invisível, seriam pisados, 
maltratados, machucados por um soldado amarelo.
Graciliano Ramos. Vidas Secas. São Paulo: Martins, 23ª 
ed., 1969, p. 75.
Texto II
 Para Graciliano, o roceiro pobre é um outro, 
enigmático, impermeável. Não há solução fácil 
para uma tentativa de incorporação dessa figura no 
campo da ficção. É lidando com o impasse, ao invés 
de fáceis soluções, que Graciliano vai criar Vidas 
Secas, elaborando uma linguagem, uma estrutura 
romanesca, uma constituição de narrador em que 
narrador e criaturas se tocam, mas não se identificam. 
Em grande medida, o debate acontece porque, para a 
intelectualidade brasileira naquele momento, o pobre, 
a despeito de aparecer idealizado em certos aspectos, 
ainda é visto como um ser humano de segunda 
categoria, simples demais, incapaz de ter pensamentos 
demasiadamente complexos. O que "Vidas Secas" faz 
é, com pretenso não envolvimento da voz que controla 
a narrativa, dar conta de uma riqueza humana de que 
essas pessoas seriam plenamente capazes.
Luís Bueno. Guimarães, Clarice e antes. In: Teresa. São 
Paulo: USP, nº 2, 2001, p. 254. 
20. (ENEM) No texto II, verifica-se que o autor utiliza 
a) linguagem predominantemente formal, para 
problematizar, na composição de "Vidas Secas", a 
relação entre o escritor e o personagem popular. 
b) linguagem inovadora, visto que, sem abandonar a 
linguagem formal, dirige-se diretamente ao leitor. 
c) linguagem coloquial, para narrar coerentemente 
uma história que apresenta o roceiro pobre de forma 
pitoresca. 
d) linguagem formal com recursos retóricos próprios 
do texto literário em prosa, para analisar determinado 
momento da literatura brasileira. 
e) linguagem regionalista, para transmitir informações 
sobre literatura, valendo-se de coloquialismo, para 
facilitar o entendimento do texto.TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Epígrafe*
Murmúrio de água na clepsidra** gotejante,
Lentas gotas de som no relógio da torre,
Fio de areia na ampulheta vigilante,
Leve sombra azulando a pedra do quadrante***
Assim se escoa a hora, assim se vive e morre...
Homem, que fazes tu? Para que tanta lida,
Tão doidas ambições, tanto ódio e tanta ameaça?
Procuremos somente a Beleza, que a vida
É um punhado infantil de areia ressequida,
Um som de água ou de bronze e uma sombra que 
passa...
(Eugênio de Castro. "Antologia pessoal da poesia 
portuguesa")
(*) Epígrafe: inscrição colocada no ponto mais alto; 
tema.
11
(**) Clepsidra: relógio de água.
(***) Pedra do quadrante: parte superior de um relógio 
de sol. 
21. (ENEM) Neste poema, o que leva o poeta a 
questionar determinadas ações humanas (versos 6 e 
7) é a: 
a) infantilidade do ser humano. 
b) destruição da natureza. 
c) exaltação da violência. 
d) inutilidade do trabalho. 
e) brevidade da vida. 
 
22. (ENEM PPL) Dois parlamentos
Nestes cemitérios gerais
não há morte pessoal.
Nenhum morto se viu
com modelo seu, especial.
Vão todos com a morte padrão,
em série fabricada.
Morte que não se escolhe
e aqui é fornecida de graça.
Que acaba sempre por se impor
sobre a que já medrasse.
Vence a que, mais pessoal,
alguém já trouxesse na carne.
Mas afinal tem suas vantagens
esta morte em série.
Faz defuntos funcionais,
próprios a uma terra sem vermes.
MELO NETO, J. C. Serial e antes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 
1997 (fragmento).
A lida do sertanejo com suas adversidades constitui um 
viés temático muito presente em João Cabral de Melo 
Neto. No fragmento em destaque, essa abordagem 
ressalta o(a) 
a) inutilidade de divisão social e hierárquica após a 
morte. 
b) aspecto desumano dos cemitérios da população 
carente. 
c) nivelamento do anonimato imposto pela miséria na 
morte. 
d) tom de ironia para com a fragilidade dos corpos e 
da terra. 
e) indiferença do sertanejo com a ausência de seus 
próximos. 
 
23. (G1 - IFBA) Analise a imagem a seguir e identifique 
a figura de linguagem em evidência no título da 
manchete.
a) Metáfora. 
b) Hipérbole. 
c) Hipérbato. 
d) Metonímia. 
e) Pleonasmo. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
O dia em que nasci moura e pereça
O dia em que nasci moura e pereça,
Não o queira jamais o tempo dar;
Não torne mais ao Mundo, e, se tornar,
Eclipse nesse passo o Sol padeça.
A luz lhe falte, O Sol se [lhe] escureça,
Mostre o Mundo sinais de se acabar,
Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
A mãe ao próprio filho não conheça.
As pessoas pasmadas, de ignorantes,
As lágrimas no rosto, a cor perdida,
Cuidem que o mundo já se destruiu.
12
Ó gente temerosa, não te espantes,
Que este dia deitou ao Mundo a vida
Mais desgraçada que jamais se viu!
CAMÕES, Luis Vaz de. 200 sonetos. Porto Alegre: L&PM, 1998.
 
24. (UFJF-PISM 3) No poema é possível localizar uma 
crise do humanismo renascentista que se expressa de 
forma: 
a) realista. 
b) fatalista. 
c) romântica. 
d) otimista. 
e) idealista. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Futebol de rua
Luís Fernando Veríssimo
Pelada é o futebol de campinho, de terreno baldio. (I) 
Mas existe um tipo de futebol ainda mais rudimentar 
do que a pelada. É o futebol de rua. Perto do futebol 
de rua qualquer pelada é luxo e qualquer terreno 
baldio é o Maracanã em jogo noturno. (II) Se você é 
homem, brasileiro e criado em cidade, sabe do que eu 
estou falando. (III) Futebol de rua é tão humilde que 
chama pelada de senhora. Não sei se alguém, algum 
dia, por farra ou nostalgia, botou num papel as regras 
do futebol de rua. Elas seriam mais ou menos assim:
DA BOLA – A bola pode ser qualquer coisa remotamente 
esférica. Até uma bola de futebol serve. No desespero, 
usa-se qualquer coisa que role, como uma pedra, uma 
lata vazia ou a merendeira do seu irmão menor, que 
sairá correndo para se queixar em casa. (...)
DAS GOLEIRAS – As goleiras podem ser feitas 
com, literalmente, o que estiver à mão. Tijolos, 
paralelepípedos, camisas emboladas, os livros da 
escola, a merendeira do seu irmão menor, e até o seu 
irmão menor, apesar dos seus protestos. (IV) Quando o 
jogo é importante, recomenda-se o uso de latas de lixo. 
Cheias, para aguentarem o impacto. (...)
DO CAMPO – O campo pode ser só até o fio da calçada, 
calçada e rua, calçada, rua e a calçada do outro lado e 
– nos clássicos – o quarteirão inteiro. O mais comum é 
jogar-se só no meio da rua.
DA DURAÇÃO DO JOGO – (V) Até a mãe chamar ou 
escurecer, o que vier primeiro. Nos jogos noturnos, até 
alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia.
DO JUIZ – Não tem juiz.
(...)
DAS SUBSTITUIÇÕES – Só são permitidas substituições:
a) No caso de um jogador ser carregado para casa pela 
orelha para fazer a lição.
b) Em caso de atropelamento.
DO INTERVALO PARA DESCANSO – Você deve estar 
brincando.
DA TÁTICA – Joga-se o futebol de rua mais ou menos 
como o Futebol de Verdade (que é como, na rua, com 
reverência, chamam a pelada), mas com algumas 
importantes variações. O goleiro só é intocável dentro 
da sua casa, para onde fugiu gritando por socorro. É 
permitido entrar na área adversária tabelando com 
uma Kombi. Se a bola dobrar a esquina é córner*.
DAS PENALIDADES – A única falta prevista nas regras 
do futebol de rua é atirar um adversário dentro do 
bueiro. É considerada atitude antiesportiva e punida 
com tiro indireto.
DA JUSTIÇA ESPORTIVA – Os casos de litígio serão 
resolvidos no tapa.
*córner = escanteio
(Publicado em Para Gostar de Ler. v.7. SP: Ática, 1981) 
25. (G1 - IFPE) Em relação ao registro linguístico 
usado na crônica, assinale a alternativa correta. 
a) A linguagem é formal, como se verifica pela presença 
de um termo estrangeiro – córner. 
b) A linguagem é informal, visto que o texto é permeado 
de gírias, como “pelada”. 
c) A linguagem é culta, dado o uso de termos jurídicos 
como “litígio” e “penalidades”. 
d) A linguagem é coloquial, uma vez que predomina o 
vocabulário comum, do dia a dia. 
13
e) A linguagem é rebuscada, dada a presença de termos 
eruditos - “esférica” e “reverência”. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
 Todo o barbeiro é tagarela, e principalmente 
quando tem pouco que fazer; começou portanto a 
puxar conversa com o freguês. Foi a sua salvação e 
fortuna.
 O navio a que o marujo pertencia viajava para a 
Costa e ocupava-se no comércio de negros; era um dos 
combóis que traziam fornecimento para o Valongo, e 
estava pronto a largar.
 — Ó mestre! disse o marujo no meio da 
conversa, você também não é sangrador?
 — Sim, eu também sangro...
 — Pois olhe, você estava bem bom, se quisesse 
ir conosco... para curar 1a gente a bordo; morre-se ali 
que é uma praga.
 — 2Homem, eu da cirurgia não entendo 3muito...
 — Pois já não disse que sabe também sangrar?
 — Sim...
 — Então já sabe até demais.
 No dia seguinte 4saiu o nosso homem pela barra 
fora: a 6fortuna tinha-lhe dado o meio, cumpria sabê-lo 
aproveitar; de oficial de barbeiro dava um salto mortal 
a médico de navio negreiro; restava unicamente saber 
fazer render a nova posição. Isso ficou por sua conta.
 Por um feliz acaso logo nos primeiros dias de 
viagem adoeceram dois marinheiros; chamou-se o 
médico; ele fez tudo o que sabia... sangrou os doentes, 
e em pouco tempo estavam bons, perfeitos. Com isto 
ganhou imensa reputação, e começou a ser estimado.
 Chegaram com feliz viagem ao seu destino; 
tomaram o seu carregamento de gente, e voltaram para 
o Rio. Graças à 5lanceta do nosso homem, nem um só 
negro morreu, o que muito contribuiu para aumentar-
lhe a sólida reputação de entendedor do riscado.
Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de 
milícias. 
26. (FUVEST) A linguagem de cunho popular que está 
presente tanto na fala das personagens quanto no 
discurso do narrador do romance de Manuel Antônio 
de Almeida, está mais bem exemplificada em: 
a) “quando tem pouco que fazer”; “cumpriasabê-lo 
aproveitar”. 
b) “Foi a sua salvação”; “a que o marujo pertencia”. 
c) “saber fazer render a nova posição”; “Chegaram com 
feliz viagem ao seu destino”. 
d) “puxar conversa”; “entendedor do riscado”. 
e) “adoeceram dois marinheiros”; “sólida reputação”. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Um sarau é o bocado mais delicioso que temos, de 
telhado abaixo. Em um sarau todo o mundo tem que 
fazer. O diplomata ajusta, com um copo de champagne 
na mão, os mais intrincados negócios; todos murmuram, 
e não há quem deixe de ser murmurado. O velho lembra-
se dos minuetes e das cantigas do seu tempo, e o moço 
goza todos os regalos da sua época; as moças são no 
sarau como as estrelas no céu; estão no seu elemento: 
aqui uma, cantando suave cavatina, eleva-se vaidosa 
nas asas dos aplausos, por entre os quais surde, às 
vezes, um bravíssimo inopinado, que solta de lá da sala 
do jogo o parceiro que acaba de ganhar sua partida no 
écarté, mesmo na ocasião em que a moça se espicha 
completamente, desafinando um sustenido; daí a pouco 
vão outras, pelos braços de seus pares, se deslizando 
pela sala e marchando em seu passeio, mais a compasso 
que qualquer de nossos batalhões da Guarda Nacional, 
ao mesmo tempo que conversam sempre sobre objetos 
inocentes que movem olhaduras e risadinhas apreciáveis. 
Outras criticam de uma gorducha vovó, que ensaca nos 
bolsos meia bandeja de doces que veio para o chá, e que 
ela leva aos pequenos que, diz, lhe ficaram em casa. Ali 
vê-se um ataviado dandy que dirige mil finezas a uma 
senhora idosa, tendo os olhos pregados na sinhá, que 
senta-se ao lado. Finalmente, no sarau não é essencial ter 
cabeça nem boca, porque, para alguns é regra, durante 
ele, pensar pelos pés e falar pelos olhos.
E o mais é que nós estamos num sarau. Inúmeros 
batéis conduziram da corte para a ilha de... senhoras 
e senhores, recomendáveis por caráter e qualidades; 
alegre, numerosa e escolhida sociedade enche a grande 
casa, que brilha e mostra em toda a parte borbulhar o 
prazer e o bom gosto.
Entre todas essas elegantes e agradáveis moças, que 
com aturado empenho se esforçam para ver qual delas 
vence em graças, encantos e donaires, certo sobrepuja a 
travessa Moreninha, princesa daquela festa.
(Joaquim Manuel de Macedo. A Moreninha, 1997.) 
27. (UNIFESP) A forma como se dá a construção do 
texto revela que ele é predominantemente 
a) dissertativo, com o objetivo de analisar criticamente 
o que é um sarau. 
14
b) descritivo, com o objetivo de mostrar o sarau como 
uma festa fútil e sem atrativos. 
c) narrativo, com o objetivo de contar fatos inusitados 
ocorridos em um sarau. 
d) descritivo, com o objetivo de apresentar as 
características de um sarau. 
e) dissertativo, com o objetivo de relatar as experiências 
humanas em um sarau. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
V – O samba
À direita do terreiro, adumbra-se* na escuridão um 
maciço de construções, ao qual às vezes recortam 
no azul do céu os trêmulos vislumbres das labaredas 
fustigadas pelo vento.
(...)
É aí o quartel ou quadrado da fazenda, nome que tem 
um grande pátio cercado de senzalas, às vezes com 
alpendrada corrida em volta, e um ou dois portões que 
o fecham como praça d’armas.
Em torno da fogueira, já esbarrondada pelo chão, 
que ela cobriu de brasido e cinzas, dançam os pretos 
o samba com um frenesi que toca o delírio. Não se 
descreve, nem se imagina esse desesperado saracoteio, 
no qual todo o corpo estremece, pula, sacode, gira, 
bamboleia, como se quisesse desgrudar-se.
Tudo salta, até os crioulinhos que esperneiam no 
cangote das mães, ou se enrolam nas saias das 
raparigas. Os mais taludos viram cambalhotas e 
pincham à guisa de sapos em roda do terreiro. Um 
desses corta jaca no espinhaço do pai, negro fornido, 
que não sabendo mais como desconjuntar-se, atirou 
consigo ao chão e começou de rabanar como um peixe 
em seco. (...)
José de Alencar, Til.
(*) “adumbra-se” = delineia-se, esboça-se. 
28. (FUVEST) Para adequar a linguagem ao assunto, o 
autor lança mão também de um léxico popular, como 
atestam todas as palavras listadas na alternativa 
a) saracoteio, brasido, rabanar, senzalas. 
b) esperneiam, senzalas, pincham, delírio. 
c) saracoteio, rabanar, cangote, pincham. 
d) fazenda, rabanar, cinzas, esperneiam. 
e) delírio, cambalhotas, cangote, fazenda. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Examine este cartum para responder à(s) questão(ões) 
a seguir.
29. (FUVEST) No contexto do cartum, a presença de 
numerosos animais de estimação permite que o juízo 
emitido pela personagem seja considerado 
a) incoerente. 
b) parcial. 
c) anacrônico. 
d) hipotético. 
e) enigmático. 
 
30. (ENEM) Os signos visuais, como meios de 
comunicação, são classificados em categorias de 
acordo com seus significados. A categoria denominada 
indício corresponde aos signos visuais que têm origem 
em formas ou situações naturais ou casuais, as quais, 
devido à ocorrência em circunstâncias idênticas, 
muitas vezes repetidas, indicam algo e adquirem 
significado. Por exemplo, nuvens negras indicam 
tempestade.
Com base nesse conceito, escolha a opção que 
representa um signo da categoria dos indícios. 
a) 
15
b) 
c) 
d) 
e) 
31. (ENEM CANCELADO) Dario vinha apressado, 
guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou 
a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se 
à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-
se na calçada, ainda úmida da chuva, e descansou na 
pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se 
não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, 
não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, 
sugeriu que devia sofrer de ataque.
TREVISAN, D. Uma vela para Dario. Cemitério de Elefantes. Rio de 
Janeiro: Civilização Brasileira, 1964 (adaptado).
No texto, um acontecimento é narrado em linguagem 
literária. Esse mesmo fato, se relatado em versão 
jornalística, com características de notícia, seria 
identificado em: 
a) Aí, amigão, fui diminuindo o passo e tentei me apoiar 
no guarda-chuva... mas não deu. Encostei na parede e 
fui escorregando. Foi mal, cara! Perdi os sentidos ali 
mesmo. Um povo que passava falou comigo e tentou 
me socorrer. E eu, ali, estatelado, sem conseguir falar 
nada! Cruzes! Que mal! 
b) O representante comercial Dario Ferreira, 43 anos, 
não resistiu e caiu na calçada da Rua da Abolição, 
quase esquina com a Padre Vieira, no centro da 
cidade, ontem por volta do meio-dia. O homem ainda 
tentou apoiar-se no guarda-chuva que trazia, mas não 
conseguiu. Aos populares que tentaram socorrê-lo não 
conseguiu dar qualquer informação. 
c) Eu logo vi que podia se tratar de um ataque. Eu 
vinha logo atrás. O homem, todo aprumado, de 
guarda--chuva no braço e cachimbo na boca, dobrou a 
esquina e foi diminuindo o passo até se sentar no chão 
da calçada. Algumas pessoas que passavam pararam 
para ajudar, mas ele nem conseguia falar. 
d) Vítima
Idade: entre 40 e 45 anos
Sexo: masculino
Cor: branca
Ocorrência: Encontrado desacordado na Rua da 
Abolição, quase esquina com Padre Vieira. 
Ambulância chamada às 12h34min por homem 
desconhecido. A caminho. 
e) Pronto socorro? Por favor, tem um homem caído 
na calçada da rua da Abolição, quase esquina com a 
Padre Vieira. Ele parece desmaiado. Tem um grupo de 
pessoas em volta dele. Mas parece que ninguém aqui 
pode ajudar. Ele precisa de uma ambulância rápido. 
Por favor, venham logo! 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
Leia o soneto “A uma dama dormindo junto a uma 
fonte”, do poeta barroco Gregório de Matos (1636-
1696), para responder à(s) questão(ões) a seguir:
À margem de uma fonte, que corria,
Lira doce dos pássaros cantores
A bela ocasião das minhas dores
Dormindo estava ao despertar do dia.
Mas como dorme Sílvia, não vestia
O céu seus horizontes de mil cores;
Dominava o silêncio entre as flores,
Calava o mar, e rio não se ouvia.
Não dão o parabém à nova Aurora
Flores canoras,pássaros fragrantes,
Nem seu âmbar respira a rica Flora.
Porém abrindo Sílvia os dois diamantes,
Tudo a Sílvia festeja, tudo adora
Aves cheirosas, flores ressonantes.
Poemas escolhidos, 2010. 
16
32. (UNIFESP) A sinestesia consiste em transferir 
percepções de um sentido para as de outro, resultando 
um cruzamento de sensações.
Celso Cunha. Gramática essencial, 2013.
Verifica-se a ocorrência desse recurso no seguinte 
verso: 
a) “Flores canoras, pássaros fragrantes,” (3ª estrofe) 
b) “À margem de uma fonte, que corria,” (1ª estrofe) 
c) “Porém abrindo Sílvia os dois diamantes,” 
(4ª estrofe) 
d) “Dominava o silêncio entre as flores,” (2ª estrofe) 
e) “O céu seus horizontes de mil cores;” (2ª estrofe) 
 
33. (UNIFESP) Mais recorrente na poesia arcádica, 
verifica-se neste soneto barroco o recurso, sobretudo, 
ao seguinte lema latino: 
a) “locus horrendus” (“lugar horrível”). 
b) “locus amoenus” (“lugar aprazível”). 
c) “memento mori” (“lembra-te da morte”). 
d) “inutilia truncat” (“corta o inútil”). 
e) “carpe diem” (“aproveite o dia”). 
 
34. (ENEM PPL) Como os gêneros são históricos 
e muitas vezes estão ligados às tecnologias, eles 
permitem que surjam novidades nesse campo, mas são 
novidades com algum gosto do conhecido. Observem-
se as respectivas tecnologias e alguns de seus 
gêneros: telegrama; telefonema; entrevista televisiva; 
entrevista radiofônica; roteiro cinematográfico e 
muitos outros que foram surgindo com tecnologias 
específicas. Neste sentido, é claro que a tecnologia da 
computação, por oferecer uma nova perspectiva de 
uso da escrita num meio eletrônico muito maleável, 
traz mais possibilidades de inovação.
MARCUSCHI, L. A. Disponível em: www.progesp.ufba.br. Acesso 
em: 23 jul. 2012 (fragmento).
O avanço das tecnologias de comunicação e informação 
fez, nas últimas décadas, com que surgissem novos 
gêneros textuais. Esses novos gêneros, contudo, não 
são totalmente originais, pois eles inovam em alguns 
pontos, mas remetem a outros gêneros textuais 
preexistentes, como ocorre no seguinte caso: 
a) O gênero e-mail mantém características dos gêneros 
carta e bilhete. 
b) O gênero aula virtual mantém características do 
gênero reunião de grupo. 
c) O gênero bate-papo virtual mantém características 
do gênero conferência. 
d) O gênero videoconferência mantém características 
do gênero aula presencial. 
e) O gênero lista de discussão mantém características 
do gênero palestra. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Para responder à(s) questão(ões) a seguir, leia o 
fragmento de um romance de Érico Veríssimo (1905-
1975).
O defunto dominava a casa com a sua presença 
enorme.
Anoitecia, e os homens que cercavam o morto ali na 
sala ainda não se haviam habituado ao seu silêncio 
espesso.
Fazia um calor opressivo. Do quarto contíguo vinham 
soluços sem choro. Pareciam pedaços arrancados 
dum grito de dor único e descomunal, davam uma 
impressão de dilaceramento, de agonia sincopada.
As velas ardiam e o cheiro da cera derretida se casava 
com o perfume adocicado das flores que cobriam o 
caixão. A mistura enjoativa inundava o ar como uma 
emanação mesma do defunto, entrava pelas narinas 
dos vivos e lhes dava a sensação desconfortante duma 
comunhão com a morte.
O velho calvo que estava a um canto da sala, voltou a 
cabeça para o militar a seu lado e cochichou:
— Está fazendo falta aqui é o Tico, capitão.
O oficial ainda não conhecia o Tico. Era novo na cidade.
Então o velho explicou. O Tico era um sujeito que sabia 
animar os velórios, contava histórias, tinha um jeito 
especial de levar a conversa, deixando todo o mundo 
à vontade. Sem o Tico era o diabo... Por onde andaria 
aquela alma?
Entrou um homem magro, alto, de preto. 
Cumprimentou com um aceno discreto de cabeça, 
caminhou devagarinho até o cadáver e ergueu o lenço 
branco que lhe cobria o rosto.
Por alguns segundos fitou na cara morta os olhos tristes. 
Depois deixou cair o lenço, afastou-se enxugando as 
lágrimas com as costas das mãos e entrou no quarto 
vizinho.
O velho calvo suspirou.
17
— Pouca gente...
O militar passou o lenço pela testa suada.
— Muito pouca. E o calor está brabo.
— E ainda é cedo.
O capitão tirou o relógio: faltava um quarto para as 
oito.
(Um lugar ao sol, 1978.) 
35. (UNESP) A força expressiva da locução silêncio 
espesso resulta do fato de o substantivo e o adjetivo 
a) traduzirem conceitos religiosos. 
b) produzirem uma reestruturação sintática do 
período. 
c) apresentarem sentidos similares. 
d) harmonizarem sensações agradáveis e 
desagradáveis. 
e) associarem características sensoriais distintas. 
 
36. (ENEM (LIBRAS)) Da humana condição
Custa o rico entrar no céu
(Afirma o povo e não erra).
Porém muito mais difícil
É um pobre ficar na terra.
QUINTANA, M. Melhores poemas. São Paulo: Global, 2003.
Mário Quintana ficou conhecido por seus 
“quintanares”, nome que o poeta Manuel Bandeira 
deu a esses quartetos com pequenas observações 
sobre a vida. Nessa perspectiva, os versos do poema 
Da humana condição ressaltam 
a) a desvalorização da cultura popular. 
b) a falta de sentido da existência humana. 
c) a irreverência diante das crenças do povo. 
d) uma visão irônica das diferenças de classe. 
e) um olhar objetivo sobre as diferenças sociais. 
 
37. (ENEM PPL) 
O texto apresentado emprega uma estratégia de 
argumentação baseada em recursos verbais e não 
verbais, com a intenção de 
a) desaconselhar a ingestão de biscoitos, tachados de 
“vilões”, inimigos de uma alimentação saudável. 
b) associar a imagem da guloseima a um traço negativo, 
que se concretiza na utilização do termo “desafio”. 
c) alertar para um problema mundial, como se prevê 
em “globesidade”, relacionando o açúcar, representado 
pelo doce, a um vilão. 
d) ironizar a importância do problema, por meio do 
tom dramático da linguagem empregada, como se vê 
no uso de “culpado” e “vilão”. 
e) atestar a redução do consumo de alimentos 
calóricos, como o biscoito, desencadeada pelas 
recentes divulgações de pesquisas comprobatórias do 
malefício que eles fazem à saúde. 
 
38. (ENEM PPL) TEXTO I
Eles se beijavam no elevador, nos corredores do 
prédio. Se amavam tanto, que o vizinho solteirão da 
esquerda guardava por eles uma vermelha inveja. 
Uma tarde, sem que ninguém soubesse por que, eles 
se enforcaram no banheiro. Houve muito tumulto, 
carros da polícia parados em frente ao edifício, as 
equipes de TV.
O sol caía sobre as marquises e a cabeça dos curiosos 
na rua. Um senhor dizia para uma mulher passando 
ali:
18
— Eles se suicidaram.
Uma comerciária acrescentava:
— Dizem que eles se gostavam muito.
— Que coisa!
Enquanto isso, o solteirão, na janela do seu 
apartamento, vendo todos lá embaixo, mordia com 
sabor a carne acesa de uma enorme goiaba.
FERNANDES, R. O caçador. João Pessoa: UFPB, 1997 (fragmento).
TEXTO II
Invejoso
O carro do vizinho é muito mais possante
E aquela mulher dele é tão interessante
Por isso ele parece muito mais potente
Sua casa foi pintada recentemente
E quando encontra o seu colega de trabalho
Só pensa em quanto deve ser o seu salário
Queria ter a secretária do patrão
Mas sua conta bancária já chegou ao chão
[...]
Invejoso
Querer o que é dos outros é o seu gozo
E fica remoendo até o osso
Mas sua fruta só lhe dá o caroço
Invejoso
O bem alheio é o seu desgosto
Queria um palácio suntuoso
Mas acabou no fundo desse poço...
ANTUNES, A. Iê Iê Iê. São Paulo: Rosa Celeste, 2009 (fragmento).
O conto e a letra de canção abordam o mesmo tema, 
a inveja. Embora empreguem recursos linguísticos 
diferentes, ambos lançam mão de um mecanismo em 
comum, que consiste em 
a) referir-se, em terceira pessoa, a um indivíduo 
qualificado como invejoso. 
b) conferir à inveja aspectos humanos ao fazer dela 
personagem de narrativa. 
c) expressar o ponto de vista do invejoso por meio da 
fala de uma personagem. 
d) dissertar sobre a inveja,apresentando argumentos 
contrários e favoráveis. 
e) fazer uma descrição do perfil psicológico de alguém 
caracterizado como invejoso. 
 
39. (G1 - IFSP) Leia abaixo o trecho da música de 
Arnaldo Antunes para responder à questão.
Envelhecer
A coisa mais moderna que existe nessa vida é 
envelhecer
A barba vai descendo e os cabelos vão caindo pra 
cabeça aparecer
Os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que 
agora é pra valer
Os outros vão morrendo e a gente aprendendo a 
esquecer
Não quero morrer pois quero ver
Como será que deve ser envelhecer
Eu quero é viver pra ver qual é
E dizer venha pra o que vai acontecer
Eu quero que o tapete voe
No meio da sala de estar
Eu quero que a panela de pressão pressione
E que a pia comece a pingar
Eu quero que a sirene soe
E me faça levantar do sofá
Eu quero pôr Rita Pavone
No ringtone do meu celular
Eu quero estar no meio do ciclone
Pra poder aproveitar
E quando eu esquecer meu próprio nome
Que me chamem de velho gagá
Pois ser eternamente adolescente nada é mais démodé
Com uns ralos fios de cabelo sobre a testa que não 
para de crescer.
Não sei por que essa gente vira a cara pro presente e 
esquece de aprender [...]
Arnaldo Antunes (trecho)
A partir de uma palavra muitas outras se formam, 
19
acrescentando elementos que alteram o sentido 
primitivo ou acrescentam um novo sentido. A letra 
da música de Arnaldo Antunes apresenta diversas 
formações de palavras. O título da música, por 
exemplo, apresenta derivação parassintética. Assinale 
a alternativa que apresenta um exemplo de derivação 
sufixal. 
a) “A barba vai descendo e os cabelos vão caindo [...]”. 
b) “[...] o tempo vai dizendo que agora é pra valer [...]”. 
c) “pois ser eternamente adolescente nada é mais 
démodé [...]”. 
d) “Eu quero que a panela de pressão pressione [...]”. 
e) “Não sei por que essa gente vira a cara pro presente 
e esquece de aprender [...]”. 
 
40. (ENEM PPL) Qualquer que tivesse sido o seu 
trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de 
profissão e passara pesadamente a ensinar no curso 
primário: era tudo o que sabíamos dele.
O professor era gordo, grande e silencioso, de ombros 
contraídos. Em vez de nó na garganta, tinha ombros 
contraídos. Usava paletó curto demais, óculos sem 
aro, com um fio de ouro encimando o nariz grosso 
e romano. E eu era atraída por ele. Não amor, mas 
atraída pelo seu silêncio e pela controlada impaciência 
que ele tinha em nos ensinar e que, ofendida, eu 
adivinhara. Passei a me comportar mal na sala. Falava 
muito alto, mexia com os colegas, interrompia a lição 
com piadinhas, até que ele dizia, vermelho:
– Cale-se ou expulso a senhora da sala.
Ferida, triunfante, eu respondia em desafio: pode 
me mandar! Ele não mandava, senão estaria me 
obedecendo. Mas eu o exasperava tanto que se 
tornara doloroso para mim ser objeto do ódio daquele 
homem que de certo modo eu amava. Não o amava 
como a mulher que eu seria um dia, amava-o como 
uma criança que tenta desastradamente proteger um 
adulto, com a cólera de quem ainda não foi covarde e 
vê um homem forte de ombros tão curvos.
LISPECTOR, C. Os desastres de Sofia. In: A legião estrangeira. São 
Paulo: Ática, 1997.
Entre os elementos constitutivos dos gêneros está 
a sua própria estrutura composicional, que pode 
apresentar um ou mais tipos textuais, considerando-
se o objetivo do autor. Nesse fragmento, a sequência 
textual que caracteriza o gênero conto é a 
a) expositiva, em que se apresentam as razões da 
atitude provocativa da aluna. 
b) injuntiva, em que se busca demonstrar uma ordem 
dada pelo professor à aluna. 
c) descritiva, em que se constrói a imagem do professor 
com base nos sentidos da narradora. 
d) argumentativa, em que se defende a opinião da 
enunciadora sobre o personagem-professor. 
e) narrativa, em que se contam fatos ocorridos com o 
professor e a aluna em certo tempo e lugar. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Leia o soneto do poeta Luís Vaz de Camões (1525?-
1580) para responder à(s) questão(ões).
Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
mas não servia ao pai, servia a ela,
e a ela só por prêmio pretendia.
Os dias, na esperança de um só dia,
passava, contentando-se com vê-la;
porém o pai, usando de cautela,
em lugar de Raquel lhe dava Lia.
Vendo o triste pastor que com enganos
lhe fora assi negada a sua pastora,
como se a não tivera merecida,
começa de servir outros sete anos,
dizendo: “Mais servira, se não fora
para tão longo amor tão curta a vida”.
(Luís Vaz de Camões. Sonetos, 2001.) 
41. (UNIFESP) De acordo com a história narrada pelo 
soneto, 
a) Labão engana Jacob, entregando-lhe a filha Lia, em 
vez de Raquel. 
b) Labão aceita ceder Lia a Jacob, se este lhe entregar 
Raquel. 
c) Labão obriga Jacob a trabalhar mais sete anos para 
obter o amor de Lia. 
d) Jacob descumpre o acordo feito com Labão, 
20
negando-lhe a filha Raquel. 
e) Jacob morre antes de completar os sete anos de 
trabalho, não obtendo o amor de Raquel. 
 
42. (UEPB) Leia a charge e responda à questão.
Com base na leitura da charge, é possível depreender 
que: 
a) Ler e escrever são atividades fundamentais que 
dependem, exclusivamente, dos ensinamentos 
propiciados pela escola. 
b) As práticas de leitura e de escrita da vida cotidiana 
são muitos diferentes das escolares, o que produz 
estudantes bem preparados. 
c) Não basta ter acesso à escola, mas ter direito a uma 
apropriação de conhecimentos que garantam uma 
aprendizagem efetiva. 
d) A leitura de bons livros contribui para a formação 
do leitor, embora os estudantes não precisem dominar 
a escrita. 
e) Os estudantes desejam aprender a ler e a escrever e 
conseguem atingir esse objetivo. 
 
43. (UPE) “No dia seguinte, Fabiano voltou à cidade, 
mas ao fechar o negócio, notou que as operações de 
Sinhá Vitória, como de costume, diferiam das do 
patrão. Reclamou e obteve a explicação habitual: a 
diferença era proveniente de juros. 
Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, 
sim senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas 
a mulher tinha miolo. Com certeza havia um erro no 
papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano 
perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, 
entregando o que era dele de mão beijada! Estava 
direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar 
carta de alforria!
O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom 
que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda. 
Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. 
Não era preciso barulho não. Se havia dito palavra à 
toa, pedia desculpa. [...]
O amo abrandou, e Fabiano saiu de costas, o chapéu 
varrendo o tijolo. [...]
Sentou-se numa calçada, tirou do bolso o dinheiro, 
examinou-o, procurando adivinhar quanto lhe tinham 
furtado. Não podia dizer em voz alta que aquilo era um 
furto, mas era. Tomavam-lhe o gado quase de graça 
e ainda inventavam juro. Que juro! O que havia era 
safadeza.”
Sobre o fragmento do capítulo Contas, do romance 
Vidas secas, de Graciliano Ramos, assinale a alternativa 
CORRETA. 
a) Ao se referir a Sinhá Vitória, Fabiano admite que “a 
mulher tinha miolo.” Essa afirmação significa que a 
esposa era inteligente, tinha frequentado escola, sabia 
fazer conta, diferentemente dele, que “era bruto”, pois, 
também, não sabia ler nem fazer conta, nunca havia 
frequentado a escola. 
b) Quando o narrador personagem afirma que “O amo 
abrandou, e Fabiano saiu de costas, o chapéu varrendo 
o tijolo,” significa que a personagem percebeu que a 
altivez era a única arma que possuía para enfrentar 
o proprietário das terras onde trabalhava, por isso 
resolveu camuflar o orgulho saindo sem dar as costas 
ao amo. 
c) No final do segundo parágrafo, quando se lê: “Passar 
a vida inteira assim no toco, entregando o que era 
dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar 
como negro e nunca arranjar carta de alforria!”, tem-
se um discursodireto, pois o narrador se afasta e 
deixa Fabiano demonstrar, de forma direta, que tem 
a consciência da exploração do patrão quando faz uso 
dos verbos no presente. 
d) Graciliano Ramos cria duas comparações ao 
usar o vocábulo branco para designar o patrão e, 
posteriormente, ao atribuir ao narrador o enunciado: 
“Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de 
alforria!” coloca a personagem na condição de 
submisso, tal qual a de um escravo sem direito à 
liberdade, o que contraria os princípios do romance 
regionalista de 1930. 
e) Há algumas expressões usadas por Graciliano 
Ramos que quebram a verossimilhança existente 
entre a linguagem, a condição social e o nível de 
escolaridade de Fabiano, pois são metáforas eruditas, 
tais como: “perdeu os estribos”, batendo no chão como 
cascos” e “baixou a pancada e amunhecou”. 
21
 44. (ENEM PPL) Uma língua, múltiplos falares
Desde suas origens, o Brasil tem uma língua dividida 
em falares diversos. Mesmo antes da chegada dos 
portugueses, o território brasileiro já era multilíngue. 
Havia cerca de 1,2 mil línguas faladas pelos povos 
indígenas. O português trazido pelo colonizador 
tampouco era uma língua homogênea, havia variações 
dependendo da região de Portugal de onde ele vinha. 
Há de se considerar também que a chegada de falantes 
de português acontece em diferentes etapas, em 
momentos históricos específicos. Na cidade de São 
Paulo, por exemplo, temos primeiramente o encontro 
linguístico de portugueses com índios e, além dos 
negros da África, vieram italianos, japoneses, alemães, 
árabes, todos com suas línguas. “Todo este processo vai 
produzindo diversidades linguísticas que caracterizam 
falares diferentes”, afirma um linguista da Unicamp. 
Daí que na mesma São Paulo pode-se encontrar 
modos de falar distintos como o de Adoniran Barbosa, 
que eternizou em suas composições o sotaque típico 
de um filho de imigrantes italianos, ou o chamado 
erre retroflexo, aquele erre dobrado que, junto com a 
letra i, resulta naquele jeito de falar “cairne” e “poirta” 
característico do interior de São Paulo.
MARIUZZO, P. Disponível em: www.labjor.unicamp.br. Acesso em: 
30 jul. 2012 (adaptado).
A partir desse breve histórico da língua portuguesa 
no Brasil, um dos elementos de identidade nacional, 
entende-se que a diversidade linguística é resultado 
da 
a) imposição da língua do colonizador sobre as línguas 
indígenas. 
b) interação entre os falantes de línguas e culturas 
diferentes. 
c) sobreposição das línguas europeias sobre as 
africanas e indígenas. 
d) heterogeneidade da língua trazida pelo colonizador. 
e) preservação dos sotaques característicos dos 
imigrantes. 
 
45. (ENEM PPL) O peru de Natal
O nosso primeiro Natal de família, depois da morte 
de meu pai acontecida cinco meses antes, foi de 
consequências decisivas para a felicidade familiar. 
Nós sempre fôramos familiarmente felizes, nesse 
sentido muito abstrato da felicidade: gente honesta, 
sem crimes, lar sem brigas internas nem graves 
dificuldades econômicas. Mas, devido principalmente 
à natureza cinzenta de meu pai, ser desprovido de 
qualquer lirismo, duma exemplaridade incapaz, 
acolchoado no medíocre, sempre nos faltara aquele 
aproveitamento da vida, aquele gosto pelas felicidades 
materiais, um vinho bom, uma estação de águas, 
aquisição de geladeira, coisas assim. Meu pai fora de 
um bom errado, quase dramático, o puro-sangue dos 
desmancha-prazeres.
ANDRADE, M. In: MORICONI, I. Os cem melhores contos brasileiros do 
século.
São Paulo: Objetiva, 2000 (fragmento).
No fragmento do conto de Mário de Andrade, o tom 
confessional do narrador em primeira pessoa revela 
uma concepção das relações humanas marcada por 
a) distanciamento de estados de espírito acentuado 
pelo papel das gerações. 
b) relevância dos festejos religiosos em família na 
sociedade moderna. 
c) preocupação econômica em uma sociedade urbana 
em crise. 
d) consumo de bens materiais por parte de jovens, 
adultos e idosos. 
e) pesar e reação de luto diante da morte de um familiar 
querido. 
22
TEXTO 1
Fonte: Justiça do Trabalho
TEXTO 2
Com o mercado de trabalho cada vez mais competitivo 
e o alto número de demissões no País, os profissionais 
estão sentindo cobranças diárias por melhores 
resultados. A pressão, somada ao cansaço e até 
mesmo às más lideranças, está tornando o ambiente 
de trabalho cada vez mais prejudicial para a saúde.
Esse cenário é o ideal para o aparecimento da síndrome 
de burnout, que no Brasil atinge cerca de 30% dos 
mais de 100 milhões de trabalhadores, segundo 
a Associação Nacional de Medicina do Trabalho 
(Anamt). O problema, que também é conhecido como 
síndrome do esgotamento profissional, tem sintomas 
parecidos com os da ansiedade e da depressão, como 
esgotamento de energia e distanciamento de amigos e 
familiares.
Fonte: https://jornal.usp.br/atualidades/sindrome-de-burnout-
esta-cada-vez-mais-presente-na-vida-dos-brasileiros/
 TEXTO 3
 A síndrome, que foi incluída na Classificação 
Internacional de Doenças da Organização Mundial 
da Saúde (OMS) em 2019, em uma lista que entrará 
em vigor em 2022, se não tratada pode evoluir 
para doenças físicas, como doença coronariana, 
hipertensão, problemas gastrointestinais, depressão 
profunda e alcoolismo. 
Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) 
Tema: O crescente aumento dos casos de Síndrome de Burnout 
entre os trabalhadores da contemporaneidade
que analisou o impacto da pandemia e do isolamento 
social na saúde mental de trabalhadores essenciais, 
mostrou que sintomas de ansiedade e depressão afetam 
47,3% desses trabalhadores durante a pandemia, no 
Brasil e na Espanha. Mais da metade deles (e 27,4% do 
total de entrevistados) sofre de ansiedade e depressão 
ao mesmo tempo. Além disso, 44,3% têm abusado de 
bebidas alcoólicas; 42,9% sofreram mudanças nos 
hábitos de sono; e 30,9% foram diagnosticados ou se 
tratou de doenças mentais no ano anterior.
Segundo a OMS, no Brasil, 11,5 milhões de pessoas 
sofrem com depressão e até 2030 essa será a doença 
mais comum no país. A Síndrome de Burnout ou 
esgotamento profissional também vem crescendo 
como um problema a ser enfrentado pelas empresas 
e, de acordo com um estudo realizado em 2019, cerca 
de 20 mil brasileiros pediram afastamento médico no 
ano por doenças mentais relacionadas ao trabalho. 
Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2021-01/
excesso-de-trabalho-e-pandemia-podem-desencadear-sindrome-
de-burnout
Texto 4
23
ciências humanas e suas 
tecnologias
46. (ENEM) Estamos testemunhando o reverso 
da tendência histórica da assalariação do trabalho 
e socialização da produção, que foi característica 
predominante na era industrial. A nova organização 
social e econômica baseada nas tecnologias da 
informação visa à administração descentralizadora, 
ao trabalho individualizante e aos mercados 
personalizados. As novas tecnologias da informação 
possibilitam, ao mesmo tempo, a descentralização das 
tarefas e sua coordenação em uma rede interativa de 
comunicação em tempo real, seja entre continentes, 
seja entre os andares de um mesmo edifício.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2006 
(adaptado).
No contexto descrito, as sociedades vivenciam 
mudanças constantes nas ferramentas de comunicação 
que afetam os processos produtivos nas empresas. Na 
esfera do trabalho, tais mudanças têm provocado 
a) o aprofundamento dos vínculos dos operários com 
as linhas de montagem sob influência dos modelos 
orientais de gestão. 
b) o aumento das formas de teletrabalho como solução 
de larga escala para o problema do desemprego 
crônico. 
c) o avanço do trabalho flexível e da terceirização como 
respostas às demandas por inovação e com vistas à 
mobilidade dos investimentos. 
d) a autonomização crescente das máquinas e 
computadores em substituição ao trabalho dos 
especialistas técnicos e gestores. 
e) o fortalecimento do diálogo entre operários,gerentes, executivos e clientes com a garantia de 
harmonização das relações de trabalho. 
 
47. (ENEM PPL) O reconhecimento da união 
homoafetiva levou o debate à esfera pública, dividindo 
opiniões. Apesar da grande repercussão gerada pela 
mídia, a população ainda não se faz suficientemente 
esclarecida, confundindo o conceito de união estável 
com casamento. Apesar de ter sido legitimado pelo 
Supremo Tribunal Federal (STF), o reconhecimento 
da união homoafetiva é fruto do protagonismo dos 
movimentos sociais como um todo.
ARÊDES, N.; SOUZA, I.; FERREIRA, E. Disponível em: http://
reporterpontocom.wordpress.com.
Acesso em: 1 mar. 2012 (adaptado).
As decisões em favor das minorias, tomadas pelo 
Poder Judiciário, foram possíveis pela organização 
desses grupos. Ainda que não sejam assimiladas por 
toda a população, essas mudanças 
a) contribuem para a manutenção da ordem social. 
b) reconhecem a legitimidade desses pleitos. 
c) dependem da iniciativa do Poder Legislativo Federal. 
d) resultam na celebração de um consenso político. 
e) excedem o princípio da isonomia jurídica. 
 
48. (FUVEST) 
Em 1932, o Estado Brasileiro instalou campos de 
concentração de flagelados no Ceará, desde a região do 
Cariri até Fortaleza, destinados a isolar os retirantes 
que saíam do interior. No total, esses campos 
chegaram a concentrar mais de mil pessoas vivendo 
sob condições precárias.
Sobre o tema das secas no Nordeste, é correto afirmar 
que 
a) o chamado “Polígono das Secas”, abrangendo a 
Zona da Mata, desde a Bahia até o Maranhão, foi 
oficialmente demarcado nos anos 1930, no contexto 
da grande seca. 
b) grandes levas de retirantes flagelados do Ceará saíam 
do sertão e se direcionavam ao agreste nordestino, 
em busca de trabalho nos canaviais, ou às capitais do 
Sudeste, à procura de emprego no comércio. 
c) o projeto de transposição de águas do rio São 
24
Francisco, implantado na atualidade como medida de 
combate à seca, resultará em desassoreamento desse 
canal fluvial. 
d) a ocorrência de campos para flagelados explica-
se pela ausência de políticas de combate às secas, 
implantadas apenas em 1960 pela Sudene – 
Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste. 
e) a explicação do fenômeno de migração para as 
cidades como decorrente da pobreza no sertão e 
exclusivamente relacionada à seca é insuficiente, 
pois omite a lógica da concentração fundiária e suas 
consequências. 
 
49. (UPE) Leia o texto a seguir:
A história do século XX apresenta outros conflitos de 
interesses que vão além da divisão da sociedade em 
classes: conflitos entre homens e mulheres, entre 
adultos e jovens, entre heterossexuais e homossexuais, 
entre brancos e não brancos e/ou minorias étnicas. 
OLIVEIRA, L. F.; COSTA, R. C. R. Sociologia para jovens do século 
XXI. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2007, p.115-116.
Atualmente, no Brasil, existe um número significativo 
de grupos, que reivindicam direitos sociais e políticos 
importantes para a formação de cidadania, identidade 
e pertencimento no contexto nacional. 
Com base nas desigualdades apresentadas no texto e 
nas reflexões sobre os grupos sociais que as vivenciam, 
assinale a alternativa CORRETA. 
a) A opressão sofrida pelas mulheres é conhecida 
como desigualdade de gênero. Ela se refere às normas 
sociais que são aceitas pelas mulheres como forma 
de reconhecimento do seu papel transformador das 
condições sociais desiguais. 
b) A homossexualidade é representada no Brasil como 
um desvio de conduta e, por isso, deve ser tratada como 
doença psíquica e social. Para isso, há no país leis que 
garantem a intervenção médica de indivíduos que 
apresentam traços do comportamento homossexual. 
c) O racismo no Brasil é considerado pelos sociólogos 
como um preconceito disfarçado. Assim, as piadas, 
brincadeiras e frases de duplo sentido com relação 
a grupos étnicos são consideradas formas sutis de 
racismo. 
d) Os conflitos entre adultos e jovens têm como 
base as vivências socioculturais. Todavia um fator 
fundamental para formação e manutenção desses 
conflitos é a diferença financeira, pois os jovens 
recebem menos que os adultos na sua vida profissional. 
e) “A marcha das vadias” é um movimento social, que 
tem como objetivo conscientizar a sociedade acerca da 
opressão que as mulheres vivenciam diariamente. Isso 
representa um avanço, pois todas as reivindicações 
do movimento são aceitas e acatadas imediatamente 
pelas instituições sociais como forma de melhorar a 
condição das mulheres. 
 
50. (ENEM PPL) 
Os aparelhos televisores se multiplicam nas 
residências do Brasil a partir da década de 1960. 
A partir da charge, os programas televisivos eram 
controlados para atender interesses dos 
a) artistas críticos. 
b) grupos terroristas. 
c) governos autoritários. 
d) partidos oposicionistas. 
e) intelectuais esquerdistas. 
 
51. (ENEM) Viam-se de cima as casas acavaladas umas 
pelas outras, formando ruas, contornando praças. 
As chaminés principiavam a fumar, deslizavam as 
carrocinhas multicores dos padeiros; as vacas de 
leite caminhavam como seu passo vagaroso, parando 
à porta dos fregueses, tilintando o chocalho; os 
quiosques vendiam café a homens de jaqueta e chapéu 
desabado; cruzavam-se na rua os libertinos retardios 
com os operários que se levantavam para a obrigação; 
ouvia-se o ruído estalado dos carros de água, o rodar 
monótono dos bondes.
 (AZEVEDO, Aluísio de. Casa de Pensão. São Paulo: 
Martins, 1973)
O trecho, retirado de romance escrito em 1884, 
25
descreve o cotidiano de uma cidade, no seguinte 
contexto: 
a) a convivência entre elementos de uma economia 
agrária e os de uma economia industrial indicam o 
início da industrialização no Brasil, no século XIX. 
b) desde o século XVIII, a principal atividade da 
economia brasileira era industrial, como se observa 
no cotidiano descrito. 
c) apesar de a industrialização Ter-se iniciado no 
século XIX, ela continuou a ser uma atividade pouco 
desenvolvida no Brasil. 
d) apesar da industrialização, muitos operários 
levantavam cedo, porque iam diariamente para o 
campo desenvolver atividades rurais. 
e) a vida urbana, caracterizada pelo cotidiano 
apresentado no texto, ignora a industrialização 
existente na época. 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Aumento de produtividade
 Nos últimos 60 anos, verificou-se grande 
aumento da produtividade agrícola nos Estados Unidos 
da América (EUA). Isso se deveu a diversos fatores, tais 
como expansão do uso de fertilizantes e pesticidas, 
biotecnologia e maquinário especializado. O gráfico a 
seguir apresenta dados referentes à agricultura desse 
país, no período compreendido entre 1948 e 2004.
52. (ENEM) Com base nas informações anteriores, 
pode-se considerar fator relevante para o aumento 
da produtividade na agricultura estadunidense, no 
período de 1948 a 2004, 
a) o aumento do uso da terra. 
b) a redução dos custos de material. 
c) a redução do uso de agrotóxicos. 
d) o aumento da oferta de empregos. 
e) o aumento do uso de tecnologias. 
 
53. (ENEM 2ª APLICAÇÃO) A dependência regional 
maior ou menor da mão de obra escrava teve reflexos 
políticos importantes no encaminhamento da extinção 
da escravatura. Mas a possibilidade e a habilidade de 
lograr uma solução alternativa – caso típico de São 
Paulo – desempenharam, ao mesmo tempo, papel 
relevante.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2000.
A crise do escravismo expressava a difícil questão em 
torno da substituição da mão de obra, que resultou 
a) na constituição de um mercado interno de mão 
de obra livre, constituído pelos libertos, uma vez 
que a maioria dos imigrantes se rebelou contra a 
superexploração do trabalho. 
b) no confronto entre a aristocracia tradicional, que 
defendia a escravidão e os privilégios políticos, e 
os cafeicultores, que lutavam pela modernização 
econômica com a adoção do trabalho livre. 
c)