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LIVRO HISTÓRIA DA ARTE - NEOCLASSICISMO

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HISTÓRIA
DA ARTE
Priscila Farfan Barroso
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB-10/2147
B277h Barroso, Priscila Farfan.
 História da Arte / Priscila Farfan Barroso, Hudson de
 Souza Nogueira ; [revisão técnica: Max Elisandro dos Santos 
 Ribeiro]. – Porto Alegre: SAGAH, 2018.
 221 p. ; il. ; 22,5 cm.
 ISBN 978-85-9502-297-3
 1. Arte – História. I. Nogueira, Hudson de Souza.
 II. Título.
CDU 7
Revisão técnica:
Max Elisandro dos Santos Ribeiro
Licenciatura Plena em História
Especialista em Gestão e Tutoria EaD
Mestre em Educação
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Neoclassicismo
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Definir o surgimento e as influências do Neoclassicismo. 
 � Reconhecer as diferentes formas de manifestações da arte neoclássica. 
 � Relacionar o Neoclassicismo com a arte produzida no século XIX no 
Brasil. 
Introdução
No Neoclassicismo retomou-se os anfiteatros, as colunas dóricas, 
jônicas e coríntias do estilo grego e os afrescos que decoravam os 
salões. Esculturas que valorizavam obras antigas passaram a ser usadas 
na decoração, apresentando uma nova tendência direcionada para a arte 
da Antiguidade greco-romana. 
Neste texto, você vai entender como as escavações nas ruínas de 
Pompeia e Herculano revelaram muitos detalhes de obras produzidas 
há mais de dois mil anos e reascenderam o interesse pelas artes e o 
modo de vida da cultura greco-romana. Foi a partir deste fato que, 
no final do século XVIII, surgia o Neoclassicismo.
Influências do Neoclassicismo
O Neoclassicismo aconteceu na Europa no final do século XVIII e se estendeu 
até as três primeiras décadas do século XIX. Por meio das descobertas e esca-
vações arqueológicas, entre 1738 e 1748, das cidades romanas de Herculano 
e Pompeia, que tinham sido soterradas pelas cinzas da erupção do vulcão 
Vesúvio em 79 d.C., foram feitos novos achados que reascenderam o interesse 
pelas artes e o modo de vida da cultura greco-romana. 
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Ali, encontraram-se relíquias e artefatos que revelavam aspectos do co-
tidiano do povo romano. A arte encontrada dessa cultura antiga despertou o 
interesse dos estilistas, decoradores e arquitetos na volta do “estilo grego”. 
Desse modo, o movimento neoclassicista se deu a partir da valorização do 
passado e da influência dos ideais do Classicismo greco-romano, como reforça 
Argan (1993, p. 21):
Tema comum a toda arte neoclássica é a crítica, que logo se torna condena-
ção da arte imediatamente anterior, o Barroco e o Rococó. Adotando a arte 
Greco-romana como modelo de equilíbrio, proporção, clareza, condenam-
-se os excessos de uma arte que tinha sua sede na imaginação e aspirava 
despertá-la nos outros.
Neoclassicismo (neo, do grego “novo”) significa novo classicismo, ou 
seja, a retomada da cultura clássica greco-romana. Esse movimento também 
foi reconhecido por Academicismo, já que “[...] as concepções artísticas do 
mundo greco-romano tornaram-se conceitos básicos para o ensino das artes 
na academia mantidas pelo governo europeu” (PROENÇA, 2003, p. 122).
Esses centros de formação, que atuavam como institutos culturais, amplia-
ram-se ainda mais após a Revolução Francesa e, principalmente, com o império 
de Napoleão. No ideário da época, cabia às nações terem seus concertos de 
ideais iluministas com o objetivo de intercambiar autoridades e intelectuais, 
mas também de importar as ideias europeias a outros países.
Conforme a tendência neoclássica, uma obra de arte só seria perfeitamente 
bela, se imitassem a natureza seguindo o que os artistas clássicos gregos e os 
renascentistas italianos já haviam criado e, isso só era possível, se os artistas 
neoclássicos se capacitassem cuidadosamente nas técnicas e convenções da 
arte clássica. Por esse motivo, o tecnicismo e o convencionalismo também 
fizeram parte das Academias Imperiais de Belas Artes. 
Uma das principais cidades que cultuavam o movimento neoclassicista era 
a cidade de Roma, onde residia o historiador de arte e arqueólogo Joachim 
Winckelmann, considerado o fundador do neoclassicismo. Sua influência se 
deu a partir dos estudos da arte antiga, nos quais analisou a arte grega em 
comparação com a arte greco-romana, promovendo novas ideias artísticas no 
contexto em que viveu, como explica Mattos (2008, p. 75-76): 
O projeto intelectual de Winckelmann então era estético no sentido de Bau-
mgarten. Ele se concentrava nos princípios que sustentavam a perfeição da 
arte na Grécia, de forma a estabelecer uma base racional para o julgamento 
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da beleza. Nesse sentido, o seu principal interesse não eram esculturas anti-
gas, mas a crítica de arte da Antiguidade. As esculturas eram consideradas 
apenas quando apontadas pelas fontes antigas, e em especial por Plínio, como 
de excepcional qualidade.
Deste modo, como você pode observar na Figura 1, é possível destacar que 
as características que permeiam o neoclassicismo, envolvem: 
 � temas e padrões estéticos da arte clássica antiga;
 � assuntos sobre heróis e seres da antiga mitologia grega;
 � influência filosófica da razão iluminista, cores frias na pintura e opção 
pelo branco do mármore na escultura;
 � valorização do perspectivismo;
 � retomada e a valorização da simplicidade e pureza estética nas artes;
 � clareza e perfeição na arte textual. 
Figura 1. A coração de Napoleão, por Jacques-Louis David. 
Fonte: David (c2017).
Assim, esse novo padrão é reificado para os artistas da época, como ana-
lisa Baumer (1990, p. 26) “O Neoclassicismo, desejando, do mesmo modo, 
procurar modelos ideais da natureza, impunha regras universais e rígidas à 
arte e aos artistas.”
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Se quiser saber mais sobre o pensamento de Winckelmann, mentor do Neoclassi-
cismo, leia a tese Winckelmann: uma história da arte entre a norma e a forma, de Pedro 
Fernandes Galé (2016).
Manifestações artísticas do Neoclassicismo
A arquitetura neoclássica foi do século XVIII até o início do século XIX. Sua 
manifestação artística vai do Barroco ao Rococó, por meio de novos arquitetos 
intelectuais formados num contexto cultural do racionalismo iluminista. 
Assim, a base educacional desses artistas estava permeada pela influência da 
civilização Clássica, cada vez mais explorada pelo avanço da arqueologia e da 
história. Essas disciplinas buscavam descortinar e evidenciar os modos de vida 
e gostos da Antiguidade Clássica, sendo estudos que acabaram reverberando 
na produção artística do século XVIII em diante.
Portanto, os arquitetos neoclássicos seguiam uma linha com tendências 
artísticas universais, resultando em construções, tanto civis como religiosas, 
que tinham como modelo as edificações dos templos greco-romanos, como 
você pode observar na Figura 2. Ao mesmo tempo, os neoclassicistas não 
tinham a concepção de um ideal de beleza imutável e eterno, mas entendiam 
que o princípio da era clássica deveria seguir a realidade moderna. A esté-
tica neoclássica, não era unificada, uma vez que a Antiguidade Clássica era 
abordada com certa liberdade. 
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Figura 2. Fachada da Ópera de Paris. 
Fonte: Premier Photo / Shutterstock.com
As principais características da arquitetura neoclássica é o uso de materiais 
nobres, como mármore, pedra, granito e madeira; processos técnicos avança-
dos; uso de linhas ortogonais; sistema de construção simples; corpos planos 
e murais lisos; formas geométricas regulares e simétricas; uso de abóbada de 
aresta ou de berço; uso de cúpulas monumentais; espaços interiores seguindo 
formas de grande racionalidade e critérios geométricos; pórticos com colunas; 
frontões triangulares; decoração dos ambientes com elementos estruturais 
com formas clássicas; relevo em estuquee a pintura rural; e valorização do 
conforto nas mansões familiares.
Um exemplo de obra arquitetônica neoclassicista no estilo Chiswick House 
(estilo arquitetônico do Palladianismo), foi feita por Lord Burlington, próximo 
a Londres. Nesse mesmo estilo arquitetônico, em Paris, há o “Panteão de Paris” 
ou Igreja Genoveva projetada por Jacques Germain Soufflot (considerado um 
dos primeiros arquitetos neoclássicos). A planta desse edifício foi concebida 
em forma de uma cruz grega (cruz quadrada na qual todos os braços têm o 
mesmo comprimento), com um pórtico de seis colunas ao estilo dos templos 
romanos. Na mesma cidade, é possível destacar, ainda, a obra do arquiteto 
francês Pierre Alexandre Vignon, o Pórtico de La Medeleine, construído 
em 1764. Na cidade de Berlim, outra obra importante do estilo é o Portão de 
Brandemburgo, construído em 1788. 
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Na escultura Neoclássica, o movimento se inspirava no passado, mas 
buscava novos conhecimentos, que impactavam nessa arte, pois, desde o 
século XV, mantinham a linha clássica. Assim, os escultores se apoiavam 
na qualidade das obras de arte, mas não objetivavam atingir o espírito e a 
amplitude da escultura grega, evitando o contorcionismo e evidenciando 
formas mais naturalistas. 
Entre os principais escultores neoclássicos, destaca-se o italiano Antonio 
Canova (1757-1822), que nasceu em Veneza e, embora tenha sido desenhista, 
pintor, antiquário e arquiteto, é lembrado como escultor. Sua carreira foi 
longa e produtiva e seu estilo foi inspirado na Grécia Antiga. Em suas obras, 
explorou os sentimentos de forma dinâmica, passando da ingenuidade juvenil 
à violência desmedida, além de entrar em outras regiões da emoção como 
o arrependimento. Ele retratou personagens contemporâneos e divindades 
mitológicas como Psique, revivida pelo beijo de Eros, apresentada na Figura 
3. Com as asas não recolhidas, Cupido aterrissa para fazer reviver sua amada 
Psique com um terno abraço. O foco da escultura é criado por seus braços, 
reanimada pelo beijo do amor. Os materiais empregados nas esculturas foram: 
o bronze e o mármore branco. 
Figura 3. Eros e Psique, de Antonio Canova. 
Fonte: ultimathule / Shutterstock.com.
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Neste momento, preferia-se mostrar o material (mármore e bronze) usado 
na obra, do que pintar as peças de inúmeras cores. As temáticas abordadas 
eram as histórias e as mitologias greco-romanas, com elementos alegóricos, 
ressaltando o nu e os retratos (figuras de corpo inteiro e bustos) que enalteciam 
os homens públicos da época. Além disso, as obras mostravam um equilíbrio 
formal com muita expressividade. Essas obras também eram apresentadas 
em relevos, revestindo as frontarias de edifícios públicos ou de palácios. Uma 
das técnicas utilizadas na produção da obra era o uso de maquetas (pequeno 
esboço da obra de escultura), feitas de barro ou gesso, que, posteriormente, 
eram finalizadas com acabamentos rigorosos e relevos de pouca profundidade.
A pintura neoclassicista teve origem na Europa em meados do século XVIII, 
sendo influenciada pela escultura clássica grega e pela pintura renascentista 
italiana, em particular no pintor Rafael, que usava com sabedoria a harmonia 
e o equilíbrio entre as cores. O interesse da burguesia e das elites por tudo 
que era clássico influenciou toda a sociedade. As obras apresentavam cenários 
que imitavam construções e monumentos antigos e eram compostas com 
racionalidade, por meio da técnica da pincelada quase invisível, mostrando 
muito realismo e conhecimento tridimensional. 
O pintor de maior destaque na época foi francês Jaques-Louis David 
(1748- 1825). No Império de Napoleão, ele se tornou o pintor oficial, regis-
trando fatos históricos relacionados à vida do Imperador, entre os quais a sua 
coroação e a travessia dos Alpes. Suas obras expressam um vibrante realismo 
e provocam fortes emoções. Ele ainda destacou a Revolução Francesa (1789-
1799), período de grande agitação política e social, na França, impulsionado 
pelos burgueses; e a Revolução Industrial (1760 a 1840), que foi a transição 
para os novos processos de manufatura, iniciada na Inglaterra, mas que se 
espalhou por toda a Europa. Observe a Figura 4, uma das obras de David. 
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Figura 4. O juramento dos Horácios, de Jacques-Louis David.
Fonte: Wikipédia (2017a).
Outra forte influência foi Jean Auguste Dominique Ingres (1780-1867), 
com suas pinturas que retratavam mitologias, paisagens, nus e retratos. Ele 
registrou a fisionomia das pessoas nobres da época, ressaltando seu gosto pelo 
poder e autoconfiança. Usa poucas cores, e seus contornos são bem nítidos. 
O personagem é retratado com firmeza e determinação, e seu olhar voltado 
diretamente para o observador. 
Na literatura da época surge o Arcadismo, um movimento de reação ao 
Barroco. Seu nome faz referência à Arcádia, região campestre do Peloponeso, 
na Grécia Antiga, tida como ideal de inspiração poética. A produção do arca-
dismo buscava exaltar a natureza e tudo o que lhe diz respeito, mas também 
evidenciava a harmonia, o equilíbrio e a simplicidade da literatura renascentista. 
Na produção literária do século XVIII utilizava-se um vocabulário mais 
simples, abordando temas associados ao cotidiano, à natureza e à mitologia. 
Seus cenários descritos evidenciavam paisagens campestres e a vida e os 
costumes do campo, contrastando com o avanço industrial e a vida social da 
época. Assim, a poesia produzida nesse momento repudiava as coisas inúteis. 
As principais características estilísticas do Arcadismo são: versos brancos 
(sem rima); poesia imitando a natureza; compromisso com a perfeição e 
a beleza; pastoralismo (simplicidade ao escrever e a felicidade com a vida 
simples evidenciada); uso de pseudônimos (apelidos); e presença de musas.
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Se quiser aprofundar o seu conhecimento sobre o Arcadismo, leia o artigo “Arcadismo 
e Romantismo na obra de Manuel Maria Barbosa du Bocage” (GODOY; COSTA; CRUZ, 
2016), poeta português da época, que ficou reconhecido por sua produção literária.
Neoclassicismo no Brasil
No Brasil, a tendência neoclássica se torna visível na arquitetura em 1816, 
com a chegada da Missão Artística Francesa e a fundação da Escola Real de 
Ciências, Artes e Ofícios. Grandjean de Montigny (1776-1850) foi o arqui-
teto que teve maior importância na implantação da arquitetura neoclássica 
do Brasil. Ele chegou ao Brasil com a Missão Francesa, que se estendeu até 
mais ou menos 1870. Na capital carioca, o arquiteto se hospedou na reitoria 
da Pontifícia Universidade Católica no Rio de Janeiro, e suas obras buscaram 
adaptar a estética neoclássica ao clima tropical do lugar. Observe um exemplo 
de arquitetura neoclássica no Brasil na Figura 5.
Figura 5. Palácio Imperial, Petrópolis, Rio de Janeiro. 
Fonte: Wikipédia (2017b).
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Podemos afirmar que o movimento teve grande impulso com as ações de 
D. João VI, que buscava incentivar o desenvolvimento cultural no Brasil. Em 
um tempo em que a sociedade era agrário-escravocrata, o comércio relativa-
mente precário e tendo um governo monárquico, havia o desejo de modificar 
esses padrões, como evidencia Castro (1987, p. 213): “No afã de incorporar o 
País nos padrões arquitetônicos e urbanos de cunho europeu, desenvolve-se 
uma campanha permanente em favor do progresso e da civilização, que tom 
a França como parâmetro superior.”
Ainda assim, a influência neoclássica no país se deu em dois níveis dife-
rentes. Nos centros litorâneos, como Rio de Janeiro, Recife e Belém, por terem 
contato com a Europa, foi desenvolvido um nível complexo de arte arquitetônica 
que se integrou nos moldes internacionais de sua época, já nas províncias, as 
obras neoclássicas arquitetônicas eram bemmais simples.
No Brasil, a pintura neoclássica estava submetida ao Romantismo. O dese-
nho e a composição seguiam padrões do equilíbrio e da sobriedade, porém as 
cores refletiam certa dramaticidade romântica. Um exemplo é Flagelação de 
Cristo, de Victor Meirelles (1832-1903), que você pode observar na Figura 6. 
Essa tela foi realizada quando ele ainda era bolsista da Academia na Europa, 
e, como prêmio, sua bolsa de estudos foi prorrogada. 
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Figura 6. Flagelação de Cristo, de Victor Meirelles.
Fonte: Wikimedia Commons (2017). 
Na literatura árcade, o historiador Alfredo Bosi (2006) destaca dois 
momentos: 
 � Momento poético: a volta a tradição clássica, com a utilização dos seus 
modelos e a valorização da natureza e da mitologia.
 � Momento ideológico: sobre a influência da filosofia presente no Ilu-
minismo, que mostra a crítica da burguesia culta aos abusos da nobreza 
e do clero. 
Os principais autores arcadismo foram: Claudio Manuel da Costa, Tomás 
Antônio Gonzaga, Basílio da Gama, Santa Rita Durão e Silva Alvarenga.
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1. Quais as influências 
do Neoclassicismo? 
a) Os ornamentos rebuscados 
e as obras pequenas.
b) A retomada dos valores 
do Barroco.
c) As construções com poucas 
colunas e labirínticas.
d) A retomada do valores 
greco-romanos.
e) As pinturas coloridas e 
cheias de detalhes.
2. Qual é a importância da 
Academia de Belas Artes 
no Neoclassicismo? 
a) Difundir ideias da América 
do Norte para a Europa.
b) Concentrar o conhecimento dos 
árabes e asiáticos em um local.
c) Difundir ideias europeias 
para países não colonizados 
pela Europa.
d) Concentrar o conhecimento 
apenas entre moradores 
da região.
e) Difundir ideias europeias e 
intercambiar autoridades 
e intelectuais.
3. Identifique uma obra 
arquitetônica representante 
do Neoclassicismo. 
a) Igreja de Wies, na Alemanha.
b) Fachada da Ópera de 
Paris, na França.
c) Catedral de Chartres, na França.
d) Cúpula da Basílica de São 
Lourenço, na Itália.
e) Catedral Maria del Fiore, na Itália.
4. Sobre a escultura neoclássica, 
pode se afirmar que: 
a) dava preferência ao 
uso de madeira.
b) buscava enaltecer figuras 
humanas sem rosto.
c) dava preferência a obras 
chamadas de bibelô.
d) buscava enaltecer homens 
públicos com seus bustos.
e) dava preferência à construção 
de figuras rebuscadas e 
cheias de detalhes.
5. Sobre a arte neoclássica no 
Brasil, enfatiza-se que: 
a) a partir da Missão Italiana, 
o Brasil foi influenciado 
pelo Neoclassicismo.
b) na pintura as temáticas eram 
religiosas e históricas.
c) Grandjean de Montigny foi o 
autor de grandes poesias no país.
d) a literatura abandonou 
o arcadismo e foi direto 
ao romantismo.
e) a partir do século XVII, o 
país já tinha a construção 
de obras neoclássicas.
Neoclassicismo138
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ARGAN, G. C. Clássico e romântico. In: ARGAN, G. C. Arte moderna. São Paulo: Com-
panhia das Letras, 1993. cap. 1.
BAUMER, F. O mundo romântico. In: BAUMER, F. O pensamento europeu moderno. 
Lisboa: Edições 70, 1990.
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https://www.artflakes.com/
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/
http://www.anais.ueg.br/index.php/
https://commons.wikimedia.org/wiki/File
https://pt.wikipedia.org/
https://pt.wikipedia.org/wiki/
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Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo: