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Osteodistrofias de Origem Nutricional

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OSTEODISTROFIAS – DIAGNÓSTICO POR IMAGEM @IZACSSR 
 
Osteodistrofia: desordem osteoarticular (crescimento 
disforme/deformação óssea) que acomete animais cuja nutrição tem 
papel primário ou secundário. 
Hiperparatireoidismo Secundário Nutricional (HSN): doença metabólica 
caracterizada pela secreção compensatória aumentada do 
paratormônio (PTH) devido a um desequilíbrio da relação cálcio e fósforo 
por uma dieta desbalanceada, levando a osteopenia (perda gradual de 
massa óssea). Causas + frequentes: DRC, síndromes de má absorção e 
exposição solar inadequada crônica. 
 Acomete mais animais jovens; 
 Felinos susceptíveis; 
 Dietas muito ricas em carne c/ baixo níveis de Ca e altos níveis 
de P; 
 Uma dieta pobre em Ca ou com desequilíbrio na relação Ca e P 
leva à hiperfosfatemia > aumentando o PTH e a CT (calcitonina) 
> aumentando a reabsorção de Ca ósseo > gerando aumento da 
excreção de fosfatos. 
 Sinais Radiográficos: 
 Diminuição generalizada da radiopacidade óssea 
(osteopenia); 
 Radiopacidade óssea semelhante a de tecidos moles; 
 Adelgaçamento do osso compacto (diáfises); 
 Desvio de eixo anatômico da coluna vertebral; 
 Estreitamento pélvico (angústia pélvica); 
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 Fraturas patológicas. 
 Aumento da excreção de radicais fosfatados: a fosfatase alcalina 
(FA) de origem óssea pode estar aumentada em animais jovens, 
em consolidação de fraturas, hiperparatireoidismo, 
osteossarcoma, osteomalácia ou na deficiência de vitamina D. A 
FA é de pouca importância em doenças hepáticas em equinos e 
ruminantes devido aos amplos intervalos de referência. 
O diagnóstico diferencial é com hepatopatias, colecistites ou 
doenças biliares. 
Raquitismo: doença osteo-metabólica que acomete animais jovens e 
afeta a placa de crescimento dos ossos, causando uma falha na 
mineralização óssea. 
 Falta de VitD: quando há deficiência de vitamina D, o organismo 
absorve menos cálcio e fosfato, implicando no crescimento dos 
ossos. 
 Sinais radiográficos: 
 Alargamento de linha fisária; 
 Alargamento de metáfise; 
 Falha na ossificação da fise; 
 Afeta todas as linhas fisárias; 
 Pode resultar em severas deformidades. 
Osteodistrofia Hipertrófica/Doença de Moler-Barlow/Osteopatia 
Metafisária: doença óssea idiopática que causa destruição das 
trabéculas metafisárias em ossos longos de cães jovens com 
crescimento rápido. 
 
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 Animais jovens em fase de crescimento com crescimento rápido 
 3 a 7 meses 
 Maior incidência em machos que em fêmeas; 
 Fatores etiológicos: suplementação excessiva de cálcio na 
dieta, deficiência de vitamina C, hiper nutrição e 
microrganismos infecciosos 
 Fator de Risco: aumento da concentração de fósforo na 
dieta; 
 SC: febre, diarreia, hiperqueratose dos coxins, leucocitose, 
anemia, pneumonia. 
 Sinais radiográficos: 
 Lesões ósseas bilaterais e simétricas; 
 Faixa ou linha de osteólise na metáfise, paralela ao disco de 
crescimento (cartilagem); 
 Região metafisária dos ossos longos: 
 Terços distais de rádio, ulna e tíbia; 
 Casos + crônicos com proliferação periostal irregular 
ao redor das metáfises; 
 Junções costocondrais aumentadas. 
Hiperparatireoidismo Secundário Renal: complicação decorrente da 
alteração do metabolismo de cálcio e fósforo, manifestado pela 
desmineralização óssea. O desequilíbrio do metabolismo de cálcio e 
fósforo ocorre como consequência da perda gradativa da capacidade 
funcional dos rins, promovendo estímulo da paratireoide e aumento da 
secreção de paratormônio, como tentativa de manter a homeostase 
do cálcio. 
 
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 Sinais Radiográficos: 
 Cães e gatos adultos ou jovens com doença renal; 
 Mais comum em cães; 
 SC associados à insuficiência renal crônica; 
 Diminuição da radiopacidade óssea: lâmina dura ao redor 
dos dentes/alvéolos dentário; 
 Doença renal reduz a excreção de fosfatos, levando a 
hiperfosfatemia; 
 Mineralização da parede gástrica. 
Panosteíte/Panosteíte eosinofílica: doença ortopédica/condição de 
ossos longos em cães jovens de raças grandes, ex: cão-da-montanha-
dos-pirineus; mastiff, pastor alemão, dog alemão, doberman, Golden 
retriever, schnauzer gigante, labrador retriever, basset hounds. 
 Condição dolorosa; 
 Caracterizada por dor e claudicação; 
 Afeta ossos longos; 
 Acomete cães jovens; 
 Claudicação alternada entre membros torácicos e pélvicos; 
 Machos tem maior incidência que fêmeas; 
 Causa desconhecida (a + provável é dieta hiperenergética e 
hiperproteica). 
 Pode acometer camelos em cativeiro. 
 Sinais Radiográficos: 
 Aumento da radiopacidade óssea no canal medular de 
ossos longos, próximos a um forame nutrício do osso 
afetado; 
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 Claudicação e achados radiográficos alternados, 
normalmente em mais de um membro. 
 Enostose: lesão de origem incerta encontrada em todas as 
idades. 
 Ossos mais afetados: 
 1/3 proximal da ulna; 
 Diáfise e 1/3 distal do úmero; 
 1/3 médio do rádio; 
 1/3 médio do fêmur; 
 1/3 distal da tíbia. 
Osteopatia Hipertrófica: conjunto de alterações com manifestação 
óssea nas diáfises e metáfises dos ossos dos animais, caracterizada 
pela proliferação óssea (em paliçada)., ex: lêmure, felinos. 
 Aumento do fluxo sanguíneo periférico; 
 Início nas falanges, metacarpos e metatarsos; 
 Causas postuladas: anóxia crônica, toxinas, mecanismos reflexos 
neurovasculares (estimulação vagal). 
 SC: apatia, relutância em se movimentar, aumento de tamanho 
das extremidades distais dos membros, dor à palpação das 
extremidades e edema. 
 Fatores de risco: 
 Neoplasia primária: sarcoma esofageano, 
rabdomiossarcoma vesical, adenocarcinoma 
hepático/prostático, mesoteliomas torácicos e abdominais. 
 Neoplasia metastática. 
 Afecções torácicas não neoplásicas: pneumonia, 
dirofilariose, cardiopatias congênitas ou adquiridas, corpos 
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estranhos, infestação do esôfago por Spirocerca lupi, 
atelectasia pulmonar.

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