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Podcast Disciplina: Proteção do meio ambiente Título do tema: Avaliação e gerenciamento de resíduos sólidos Autoria: Caroline Hatada Lima Bomfim Leitura crítica: Joubert Rodrigues dos Santos Júnior Abertura: Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos falar sobre O Manifesto de Transporte de Resíduos. Sabemos que o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) é fundamental para a gestão de riscos ao meio ambiente associado aos resíduos sólidos gerados por uma empresa. De forma geral, auxilia na verificação da situação atual da organização, e indica para as prefeituras e/ou órgãos estaduais como a empresa está realizando a gestão de seus resíduos. Além disso, serve como Guia para quantidades geradas e medidas de contenção caso aconteça acidentes. O PGRS é um documento físico, que fica em posse da empresa e dos órgãos municipal/estadual. Em 01 de janeiro de 2021, o Ministério do Meio Ambiente tornou obrigatório o cadastro de empresas geradoras de resíduos no sistema do Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR). Este sistema é auto declaratório, não envolve custos, e possibilita que os órgãos responsáveis rastreiem os resíduos gerados, controlando todas as etapas (geração, transporte, armazenamento temporário) até a geração final. Na prática, se torna um PGRS online. O sistema é integrado, e fornece subsídios para que o governo e as empresas alimentem o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão de Resíduos Sólidos (SINIR), que fornece anualmente informações relacionadas à temática e auxilia na tomada de decisão dos gestores municipais. Essas informações ficam no banco de dados do sistema SINIR, disponíveis para consulta por todos os interessados. Antes do MTR, o processo de destinação correta do resíduo acontecia da seguinte forma: quando se procedia o descarte do resíduo, a empresa geradora entrava em contato com a empresa que iria dar a destinação ambientalmente correta, e esta buscava o material e emitia uma declaração de recebimento. Essa declaração somente indicava que a empresa recebeu uma certa quantidade e destinou a mesma quantidade para o local adequado. A declaração era apresentada no processo de renovação do PGRS. Com o MTR, a empresa geradora deve gerar 2 vias de um Manifesto de Transporte antes da empresa recolher seu resíduo, indicando dados do transportador e a respectiva quantidade destinada, além da placa do veículo, modelo, CPF do motorista, entre outros. Uma via do MTR fica com a empresa, e a outra segue com o transportador. Quando o resíduo chega no local de W BA 08 65 _V 1. 0 destinação, a empresa recebedora comunica o sistema que recebeu a mesma quantidade, e o sistema automaticamente avisa o gerador que o material foi recebido. Todos os dados são enviados então para sistema SINIR. Não emitir o MTR para transportar um resíduo pode acarretar a retenção do veículo e da carga, até a sua regularização. Ainda, está sujeito a penalidades conforme lei, a depender do tipo do resíduo e grau de risco. Caso a empresa que você pretende transportar ou destinar seu resíduo não esteja cadastrada no sistema, esta não poderá constar no MTR, devendo previamente realizar tal cadastro. Com isso, diminui-se as probabilidades de empresas de transporte e destinação não realizarem corretamente o descarte do resíduo, pois, muitas vezes, o descarte é alto e o lucro, baixo. Lembre-se que a responsabilidade é compartilhada de acordo com a PNRS, e a empresa é responsável pelos resíduos até o final da cadeia, ou seja, até a destinação final ambientalmente correta. Fechamento: Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!