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DOR LOMBAR Paciente com dor lombar aguda => afastá-lo do trabalho. Pode cessar em 6-8 semanas com tratamento clínico conservador (repouso, analgésicos simples e AINEs, relaxamentes musculares e manipulação da coluna vertebral). ANAMNESE Tempo de duração; Fatores de melhora; Parestesia; Perda de força; Irradiação – compressão do nervo Trauma; Alteração urinária; Dependente de posição; Dor Sobrecarga Instabilidade Uso de medicações – por exemplo corticoide. Alteração de marcha. Postura antálgica – mudança de posição para melhorar a dor. SINTOMAS CONSTITUCIONAIS ASSOCIADOS Febre – causa infecciosa Calafrios Erupção cutânea Fadiga: são comuns na AR, no LES, na PMR e em outras artrites inflamatórias. Exames como VHS, Proteína C, contagem de plaquetas e hematócrito. Anorexia Perda de peso Fraqueza Sinais que podem indicar uma lombalgia SECUNDÁRIA a alguma doença. EXAME FÍSICO MANOBRA DE LASEGUE Paciente com hérnia de disco, vai sentir o trajeto da dor em todo o caminho do nervo. AVALIAÇÃO DE FORÇA Avaliar a força de adução, abdução, flexão de coxa e pedir pro paciente realizar uma “chute” e o examinador faz força contra AVALIAÇÃO DE REFLEXO CIATALGIA Relação com hérnia de disco e dói em Manobra de Valsalva. SÍNDROME DA CAUDA EQUINA Quadro de dor radicular associado a disfunção vesical ou intestinal, anestesia em sela ou parestesia perineal. É SÚBITA E LEVA A COMPRESSÃO DA CAUDA EQUINA. SE NÃO OPERA => DANO PERMANENTE. OPERA EM 24H L1 e L2 – na fossa ilíaca OSTEOPOROSE 9% dos adultos >50 anos tem osteoporose; 4M:1H; Não fez terapia de reposição corporal Condições clínicas, como tireotoxicose, espru celíaco, DII, cirrose, doença renal crônica, transplante de órgãos, diabetes melito, infecção pelo HIV, hipogonadismo, mieloma múltiplo, anorexia nervosa e distúrbios autoimunes e reumatológicos Fatores de risco: • Pós-menopausa • Idade ≥ 50 anos • Episódio anterior de fratura por fragilidade óssea • Baixo índice de massa corporal • Baixa ingestão de cálcio • Deficiência de vitamina D • Tabagismo e etilismo em excesso • Imobilização • Atividade física inadequada • Osteoporose em um parente de primeiro grau Medicamentos, como, por exemplo, corticosteroides inalados em doses altas e orais, anticoagulantes (uso prolongado), inibidores de aromatase para câncer de mama, metotrexato, alguns medicamentos antiepilépticos, agentes imunossupressores, inibidores da bomba de prótons (uso prolongado) e terapia antigonadal para câncer de próstata. • Rastreio com densitometria óssea de coluna lombar e colo de fêmur; • Mulheres>65 anos; • Sem evidência para rastreio em homens sem fatores de risco; • Em pacientes com fatores de risco; • Critérios: • Osteoporose: escore T < – 2,5 (DP de > 2,5 abaixo da média de jovens adultos) • Osteopenia: escore T entre – 1,0 e – 2,5 (DP de 1,0 a 2,5 abaixo da média para adultos jovens); • Tratamento com cálcio, vitamina D, luz solar, agentes antiabsortivos e antianabólicos (bifosfonatos, calcitonina, estrogênio...). Inicialmente faz RX TC é padrão ouro para osso Dor inflamatória ou mista => exame de imagem Dor mecânica => repouso e analgesia Dor mecânico + red flags (uso de corticoide, sofreu um trauma) => TC Dor mecânica + síndrome de cauda equina e perda de consciência => RM Osteofitóse – bico de papagaio – pontinha Presença de hemangioma dentro da vértebra, hérnia de disco lombar (protusão distal) sinal de grande impacto. CASO CLÍNICO 1 Paciente, 35 anos, auxiliar administrativo, casado, obeso, tabagista. Procura atendimento médico com queixa de lombalgia diária há 2 semanas. Relata trabalhar sentado durante 12-14 horas todos os dias. Nega traumas, emagrecimento, comorbidades Dor mecânica e aguda - Estilo de vida sedentário - Profissão fisicamente exigente - Postura laboral não ergonômica - Excesso de peso/obesidade LOMBALGIA POSTURAL (Não especifica) CASO CLÍNICO 2 Paciente 40 anos, atleta, solteiro, procurando atendimento médico com queixa de lombociatalgia incapacitante, associada a parestesia em face posterior de coxa e face lateral de perna direita. • Relata ainda que a dor torna-se mais intensa quando faz esforço evacuatório. Dor aguda, dor mecânica com red flags positivo. Faz RM devido a suspeita de hérnia. Pega L5 e S1 Dor irradiada para membro inferior Dor no membro + intensa que lombar Sintomas de dermátomo Manobra de Valsalva exacerba dor Laségue positivo RADICULOPATIA CASO CLÍNICO 3 • Paciente 40 anos, casada, do lar, procurando atendimento médico com queixa de lombalgia baixa incapacitante. • Ao exame Glasgow 15, nervos cranianos sem anormalidades. Força muscular e sensibilidade normais. Lasegue negativo. Mobilidade da coluna preservada e sem dor. Dor à palpação de articulações sacroiliacas DOR SACROILÍACA – É DOR INFLAMATÓRIA Pensar em espondilite anquilosante ou sacroileíte. - Dor a palpação de sacro ilíaca - Sem dor axial - Lasegue negativo SACROILEÍTE CASO CLÍNICO 4 • Paciente 70 anos, viúva, aposentado, procurando atendimento médico com queixa de dorsalgia súbita incapacitante após carregar sacolas de supermercado. • Ao exame Glasgow 15, nervos cranianos sem anormalidades. Força muscular e sensibilidade normais. Lasegue negativo. Dor intensa a mobilização da coluna vertebral. • HPP: artrite reumatóide em uso de corticosteroides MISTA: critérios mecânicos e inflamatório. Inflamatório: dor intensa a mobilização da coluna Mecânico: idade e incapacitante RED FLAGS: uso de corticoide PENSAR EM OSTEOPOROSE, devido ao uso de corticoide, dor após carregar sacolas. - > 65 anos - Corticoterapia crônica - Osteoporose REALIZAR DENSITOMETRIA ÓSSEA. CASO CLÍNICO 5 • Paciente 65 anos, casado, porteiro, procurando atendimento médico com queixa de dorsalgia a cada dia mais intensa, pior a noite quando deita-se para dormir. Por vezes a dor o desperta. • Ao exame Glasgow 15, nervos cranianos sem anormalidades. Força muscular e sensibilidade normais. Lasegue negativo. • HPP: neoplasia de próstata ressecada há 18 meses HAS em uso regular das medicações. Dor aguda, inflamatória (piora a noite, insidioso, cada dia mais intensa) RED FLAGS: histórico de neoplasia Realizar TC e RM - > 50 anos - Dor noturna - Antecedentes de neoplasia NEOPLASIA DA COLUNA CASO CLÍNICO 6 • Paciente 32 anos, casado, empresário, procurando atendimento médico com queixa de dorsalgia incapacitante, associada a febre noturna diária. • Ao exame Glasgow 15, nervos cranianos sem anormalidades. Força muscular e sensibilidade normais. Lasegue negativo. Dor intensa a mobilização da coluna vertebral. • HPP: nefrolitíase de repetição, submetido a implante de cateter duplo há 1 mês. Dor aguda – incapacitante Mista: Inflamatório: dor intensa e mobilização da coluna vertebral Dor mecânica: qualquer idade e com dor aguda RED FLAGS: febre e cateter – manipulação do trato urinário. - Febre - Dor noturna - História recente de procedimento invasivo ESPONDILODISCITE / ABSCESSO => INFECÇÃO DA COLUNA VERTEBRAL E DISCO. – Infecção por contiguidade Interna e ATB - ceftriaxona, metronidazol e gentamicina – NÃO PRECISA SABER ISSO PARA PROVA ANALGESIA • Fisioterapia • Hidroterapia • Acupuntura • Atividade física (pilates) • RPG