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Direito Processual do Trabalho 
1) Conceito 
Carlos Henrique Bezerra: “ramo da ciência jurídica, constituído 
por um sistema de valores, princípios, regras e instituições 
próprias, que tem por objeto promover a concretização dos 
direitos sociais fundamentais individuais, coletivos e difusos 
dos trabalhadores e a pacificação justa dos conflitos 
decorrentes direta ou indiretamente das relações de emprego e 
de trabalho, bem como regular o funcionamento e a 
competência dos órgãos que compõem a Justiça do Trabalho”. 
OBS: Os sujeitos da relação processual do trabalho são o 
reclamante (autor) e reclamado (réu). 
2) Posição Enciclopédica 
Direito Público 
OBS: Todo direito processual é público, pois quem presta a 
tutela judicial é o estado. 
3) Autonomia 
Extensão de matéria. 
Existência de princípios próprios. 
Autonomia didática. 
Autonomia 
OBS1: Direito Processual do Trabalho não é a mesma coisa 
que Direito do Trabalho são disciplina autônomas. 
OBS2: Não existe ramo do direito sem princípios próprios. 
OBS3: Violar um princípio é mais grave que violar uma norma. 
4) Princípios Peculiares 
4.1) Princípio da Proteção - art. 844, CLT 
 
 
 
 
 Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência 
importa o arquivamento da reclamação, e o não-
comparecimento do reclamado importa revelia (falta de 
contestação por parte do réu em relação à ação proposta em 
face dele), além de confissão quanto à matéria de fato 
(aceitação tácita ou expressa de alegações contidas na inicial). 
OBS1: As regras são interpretadas de maneira mais favorável 
ao empregado, pois este é hipossuficiente necessita de 
proteção. 
OBS2: No caso do arquivamento da ação da trabalhista o 
reclamante pode apresentar a mesma ação, pois não fez coisa 
julgada material. 
Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos 
do trabalho, nas ações e procedimentos de competência da 
Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas 
perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição 
trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento 
incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo 
de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o 
máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do 
Regime Geral de Previdência Social, e serão calculadas: 
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
I – quando houver acordo ou condenação, sobre o 
respectivo valor; (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 
27.8.2002) 
II – quando houver extinção do processo, sem julgamento 
do mérito, ou julgado totalmente improcedente o pedido, sobre 
o valor da causa; (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 
27.8.2002) 
III – no caso de procedência do pedido formulado em ação 
declaratória e em ação constitutiva, sobre o valor da causa; 
(Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10537.htm#art789
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10537.htm#art789
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10537.htm#art789
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10537.htm#art789
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10537.htm#art789
 
 
 
 
IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz 
fixar. (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002) 
4.2) Princípio da Finalidade Social 
Carlos Henrique Bezerra Leite: permite-se que o juiz tenha 
uma atuação mais ativa, na medida em que auxilia o 
trabalhador, em busca de uma solução justa, até chegar o 
momento de proferir a sentença. 
OBS1: O juiz deve buscar uma decisão justa antes da 
sentença para o processo. 
OBS2: Quando o juiz proferir a sentença não tem princípio da 
finalidade social. 
OBS3: Se juiz entender que o acordo é prejudicial ao 
trabalhador ele pode deixar de homologar o acordo. 
Súmula nº 418 do TST 
MANDADO DE SEGURANÇA VISANDO À HOMOLOGAÇÃO 
DE ACORDO (nova redação em decorrência do CPC de 
2015) - Res. 217/2017 - DEJT divulgado em 20, 24 e 
25.04.2017 
A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo 
direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de 
segurança. 
4.3) Princípio da Conciliação - arts. 831, 846 e 850, CLT 
 Art. 831 - A decisão será proferida depois de rejeitada 
pelas partes a proposta de conciliação. 
 Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá 
a conciliação. (Redação dada pela Lei nº 9.022, de 5.4.1995) 
 Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir 
razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos 
para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10537.htm#art789
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9022.htm#art1
 
 
 
 
proposta de conciliação, e não se realizando esta, será 
proferida a decisão. 
OBS1: Os dissídios sempre serão sujeitos a conciliação. 
OBS2: O juiz é obrigado a perguntar. 
OBS3: O juiz deve propor a proposta pela segunda vez e se 
não for aceita o juiz proferirá a decisão. 
OBS4: Se caso o juiz não propor pela segunda vez, haverá a 
nulidade do processo. 
4.4) Princípio da Normatização Coletiva – art. 114, § 1º, § 2º e 
§ 3º, CRFB/88 
 Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e 
julgar: 
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão 
eleger árbitros. 
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação 
coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum 
acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, 
podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as 
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como 
as convencionadas anteriormente. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADI nº 3423) (Vide ADI nº 
3423) (Vide ADI nº 3423) (Vide ADI nº 3431) (Vide ADI nº 3432) 
(Vide ADI nº 3520) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) 
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com 
possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público 
do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à 
Justiça do Trabalho decidir o conflito.(Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADI nº 3423) 
(Vide ADI nº 3431) (Vide ADI nº 3520) (Vide ADIN 3392) (Vide 
ADIN 3432) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3423&processo=3423
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3392&processo=3392
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3392&processo=3392
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3423&processo=3423
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3431&processo=3431
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3432&processo=3432
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3520&processo=3520
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3423&numProcesso=3423
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3431&processo=3431
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3520&processo=3520
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432
 
 
 
 
OBS1: A justiça do trabalho tem o poder de criar normas e 
condições gerais abstratas ao proferir uma sentença normativa 
com eficácia ultra partes. 
OBS2: É exclusivo do direito processual do trabalho 
OBS3: Quando a negociação coletiva é frustrada 
OBS4: No dissídio coletivo haja um acordo e uma das partes 
não aceitar há falta de pressuposto processual, sendo assim, a 
justiça do trabalho exclui o dissidio sem resolução. 
OBS5: Se o dissídio é apresentado pelo ministério público do 
trabalho não precisa de comum acordo. 
4.5) Princípio da irrecorribilidade imediata das decisões 
interlocutórias - art. 893, § 1º, CLT 
 Art. 893 - Das decisões são admissíveis os seguintes 
recursos: (Redação dada pela Lei nº 861, de 13.10.1949) 
 § 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio 
Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento 
das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão 
definitiva. (Parágrafo único renumerado pelo Decreto-lei nº 
8.737, de 19.1.1946) 
Súmula nº 214 do TST 
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) 
- Res. 127/2005, DJ 14, 15 e 16.03.2005 
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as 
decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo 
nas hipóteses de decisão: 
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou 
Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; 
b) suscetível de impugnação (petição que se opõe a pedido 
judicial) mediante recurso para o mesmo Tribunal; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L0861.htm#art893
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del8737.htm#art893
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del8737.htm#art893
 
 
 
 
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a 
remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a 
que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no 
art. 799, § 2º, da CLT. 
OBS1: Decisões interlocutórias não admitem recurso imediato. 
OBS2: Quando juiz proferir a sentença definitiva cabe recurso. 
OBS3: As exceções estão previstas na súmula 219 do TST. 
4.6) Princípio da Celeridade – art. 5º, LXXVIII, CRFB/88 
 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes: 
 LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são 
assegurados a razoável duração do processo e os meios que 
garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392) 
Exemplos: padronização dos prazos recursais; irrecorribilidade 
das decisões interlocutórias; unicidade da audiência; prazo 
simples, e não em dobro, para os litisconsortes com advogados 
diferentes 
310. LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. 
PRAZO EM DOBRO. ART. 229, CAPUT E §§ 1º E 2º, DO CPC 
DE 2015. ART. 191 DO CPC DE 1973. INAPLICÁVEL AO 
PROCESSO DO TRABALHO (atualizada em decorrência do 
CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 
26.04.2016 
Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 
229, caput e §§ 1º e 2º, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 
1973), em razão de incompatibilidade com a celeridade que lhe 
é inerente. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392
 
 
 
 
OBS1: É uma garantia constitucional. 
OBS2: O processo trabalhista deve tramitar em 8 dias, ou seja, 
de maneira mais rápida, pois os créditos trabalhistas configuram 
natureza alimentícia. 
OBS3: Depois da reforma trabalhista os prazos trabalhistas só 
correm em dias uteis. 
OBS4: Litisconsortes com advogados diferentes não terão prazo 
em dobro, pois isso é inaplicável no processo do trabalho e vai 
contra o princípio da celeridade. 
4.7) Princípio da Extra petição - art. 496, CLT 
 Art. 496 - Quando a reintegração do empregado estável for 
desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante 
do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa 
física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação 
em indenização devida nos termos do artigo seguinte. 
É aquele que autoriza que juiz do trabalho, em situações 
excepcionais autorizadas por lei, possa deferir direito diverso do 
que foi pedido. 
Súmula nº 396 do TST 
ESTABILIDADE PROVISÓRIA. PEDIDO DE 
REINTEGRAÇÃO. CONCESSÃO DO SALÁRIO RELATIVO 
AO PERÍODO DE ESTABILIDADE JÁ EXAURIDO. 
INEXISTÊNCIA DE JULGAMENTO "EXTRA PETITA" 
(conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 106 e 116 
da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
I - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao 
empregado apenas os salários do período compreendido entre 
a data da despedida e o final do período de estabilidade, não lhe 
sendo assegurada a reintegração no emprego. (ex-OJ nº 116 da 
SBDI-1 - inserida em 01.10.1997) 
 
 
 
 
II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que 
deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os 
termos do art. 496 da CLT. (ex-OJ nº 106 da SBDI-1 - inserida 
em 20.11.1997) 
OBS: O juiz não pode deferir o que não foi pedido. 
Sentença citra petita é aquela que não examina em toda a sua 
amplitude o pedido formulado na inicial (com a sua 
fundamentação) ou a defesa do réu. 
Na sentença ultra petita, o defeito é caracterizado pelo fato de o 
juiz ter ido além do pedido do autor, dando mais do que fora 
pedido. 
A sentença é extra petita quando a providência jurisdicional 
deferida é diversa da que foi postulada; quando o juiz defere a 
prestação pedida com base em fundamento não invocado; 
quando o juiz acolhe defesa não arguida pelo réu, a menos que 
haja previsão legal para o conhecimento de ofício. 
5) Fontes Subsidiárias - arts. 769 e 889, CLT e art. 15, CPC 
 Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum 
será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto 
naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. 
 Art. 889 - Aos trâmites e incidentes do processo da execução 
são aplicáveis, naquilo em que não contravierem ao presente 
Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais 
para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública 
Federal. 
 Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos 
eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste 
Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente. 
OBS1: O legislador não quis criar um código de processo de 
trabalho. 
 
 
 
 
OBS2: O objetivo do legislador foi criar as normas principais e 
disciplinar todos os institutos. 
OBS3: O legislador criou dois dispositivos para estabelecer a 
fontes subsidiárias do direito do trabalho, que se tratam de 
fontes acessórias e complementares. 
OBS4: Quando se encontra na fonte principal não é necessário 
ir para fontes subsidiárias. 
OBS5: Diante da omissão da CLT e que haja compatibilidade 
entre dispositivo se busca a fonte subsidiária e a principiologia 
da fonte subsidiaria. 
OBS6: A petição inicial deve cumprir requisitos. 
OBS7: Quando a petição envolve processo do trabalho não se 
utiliza o art. 282, CPC, pois o art. 840, CLT determina os 
requisitos da petição inicial em sua regra expressa. 
OBS8: A reconvenção é omissa na CLT, sendo assim, será 
aplicada a fonte subsidiária o art. 343, CPC, pois, se trata da 
reconvençãoe há compatibilidade. 
OBS9: O prazo de litisconsórcios em processo trabalhista com 
advogados diferentes a CLT é omissa, sendo assim, será 
buscada a fonte subsidiária prevista no art. 229, CPC. 
OBS10: Apesar estar omisso na CLT o art. 229, CPC não é 
compatível, pois isso contraria o princípio da celeridade. 
OBS11: O art. 889, CLT se trata das fontes subsidiárias da 
execução para serem aplicadas deve se ter a omissão e a 
compatibilidade entre a fonte subsidiaria e o processo do 
trabalho. 
OBS12: Nos casos de execução se houver omissão na CLT e 
compatibilidade no processo do trabalho a primeira fonte 
subsidiária aplicável será a Lei 6.830/80 e a segunda o CPC. 
Fase Conhecimento Execução 
 
 
 
 
Fontes 
Subsidiárias 
1-CPC 1-Lei 6.830/80 
2-CPC 
Requisitos Omissão e 
compatibilidade 
Omissão e 
compatibilidade 
6) Formas de Solução dos Conflitos Trabalhistas 
6.1) Autodefesa ou Autotutela 
Se caracteriza quando um conflito é resolvido por imposição de 
uma das partes. 
OBS1: Em regra a autodefesa é proibida pelo ordenamento 
jurídico. 
OBS2: Se trata do princípio da arbitragem das próprias razões 
que é considerado crime de exercício arbitrário das próprias 
razões pelo art. 345, CP. 
OBS3: Só é permitido a autodefesa em caso de legítima defesa, 
pois é uma excludente de ilicitude previsto no art. 23, CP. 
OBS4: Se caracteriza autodefesa quando a resolução do conflito 
é feita mediante violência física e mental. 
6.2) Autocomposição 
Um método de solução de conflito quando o conflito é resolvido 
pelas próprias partes sem a necessidade de intervenção de um 
terceiro. 
OBS1: Um exemplo de autocomposição é a transação. 
OBS2: Com a reforma trabalhista a transação feita pelas partes 
pode ser levada para o judiciário para haver uma homologação, 
sendo que é necessário a presença de um advogado. 
OBS3: O acordo coletivo de trabalho se trata de um método de 
autocomposição, onde há uma negociação coletiva. 
6.3) Heterocomposição 
É caracterizada quando o conflito é solucionado por uma 
intervenção de um terceiro (arbitro ou juiz). 
 
 
 
 
OBS1: Sentença arbitral é irrecorrível. 
OBS2: No direito coletivo do trabalho é expressamente 
autorizada a arbitragem quando a negociação coletiva é 
frustrada que se encontra prevista no art. 114, § 1º, CRFB/88. 
OBS3: A arbitragem em direito coletivo do trabalho é pouco 
utilizada no Brasil. 
OBS4: Conflitos que envolvem somente empregado e 
empregador, férias e FGTS não se aplica a arbitragem. 
OBS5: A arbitragem só pode ser aplica em direitos patrimoniais 
disponíveis (direitos coletivos) e não direitos indisponíveis 
(direitos individuais). 
OBS6: Nos conflitos individuais do trabalho a uma exceção 
trazida pela reforma trabalhista no art. 507-A, CLT que se trata 
do empregado que recebe teto do INSS que no valor R$ 
6.433,57 em dobro R$ 12.867,14, fazendo com que este 
empegado seja hiper suficiente e cabível de arbitragem . 
7) Comissão de Conciliação Prévia - arts. 625-A a 625-H, CLT 
Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem instituir 
Comissões de Conciliação Prévia, de composição paritária, com 
representante dos empregados e dos empregadores, com a 
atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. 
Parágrafo único. As Comissões referidas no caput deste 
artigo poderão ser constituídas por grupos de empresas ou ter 
caráter intersindical. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) 
OBS1: Tem como objetivo conciliar conflitos individuais, antes 
da propositura da ação trabalhista no judiciário (justiça do 
trabalho). 
Art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será 
composta de, no mínimo, dois e, no máximo, dez membros, e 
observará as seguintes normas: (Incluído pela Lei nº 
9.958, de 12.1.2000) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
 
 
 
 
I - a metade de seus membros será indicada pelo 
empregador e outra metade eleita pelos empregados, em 
escrutínio,secreto, fiscalizado pelo sindicato de categoria 
profissional; (incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) 
II - haverá na Comissão tantos suplentes quantos forem os 
representantes títulares; (incluído pela Lei nº 9.958, de 
12.1.2000) 
III - o mandato dos seus membros, titulares e suplentes, é 
de um ano, permitida uma recondução. (incluído pela Lei nº 
9.958, de 12.1.2000) 
§ 1º É vedada a dispensa dos representantes dos 
empregados membros da Comissão de Conciliação Prévia, 
titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo 
se cometerem falta grave, nos termos da lei. (Incluído pela Lei 
nº 9.958, de 12.1.2000) 
§ 2º O representante dos empregados desenvolverá seu 
trabalho normal na empresa afastando-se de suas atividades 
apenas quando convocado para atuar como conciliador, sendo 
computado como tempo de trabalho efetivo o despendido nessa 
atividade. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) 
OBS2: É um órgão extrajudicial e paritário composto no mínimo 
dois e no máximo 10 membros sendo que metade é eleita pelo 
empregador e a outra metade pelos empregados. 
OBS3: Haverá suplentes de acordo com a quantidade dos 
titulares. 
OBS4: E o mandato será de um ano. 
 Art. 625-C. A Comissão instituída no âmbito do sindicato 
terá sua constituição e normas de funcionamento definidas em 
convenção ou acordo coletivo. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 
12.1.2000) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
 
 
 
 
 Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza trabalhista será 
submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, na localidade 
da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no 
âmbito da empresa ou do sindicato da categoria. (Incluído pela 
Lei nº 9.958, de 12.1.2000) 
OBS5: A corrente majoritária anteriormente estipulada pelo TST 
obrigava o empregado a passar pelo conselho de conciliação 
prévia antes de entrar com ação trabalhista. 
OBS6: Porém o STF decidiu que o art. 625-D, CLT deve ser 
interpretado de acordo com o art. 5, XXXV, CRFB/88 determinou 
que fica facultativo ao empregado passar primeiro pela 
comissão de conciliação prévia antes da ação trabalhista, pois 
quando se torna obrigatório viola o princípio de liberdade de 
acesso à justiça. 
§ 1º A demanda será formulada por escrito ou reduzida a 
termo por qualquer dos membros da Comissão, sendo entregue 
cópia datada e assinada pelo membro aos interessados. 
(Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) (Vide ADIN 2139) 
(Vide ADIN 2160) (Vide ADIN 2237) 
§ 2º Não prosperando a conciliação, será fornecida ao 
empregado e ao empregador declaração da tentativa 
conciliatória frustrada com a descrição de seu objeto, firmada 
pelos membros da Comissão, que devera ser juntada à eventual 
reclamação trabalhista. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 
12.1.2000) (Vide ADIN 2139) (Vide ADIN 2160) (Vide ADIN 
2237) 
§ 3º Em caso de motivo relevante que impossibilite a 
observância do procedimento previsto no caput deste artigo, 
será a circunstância declarada na petição da ação intentada 
perante a Justiça do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 
12.1.2000) (Vide ADIN 2139) (Vide ADIN 2160) (Vide ADIN 
2237) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2139&processo=2139
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2160&processo=2160
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2237&processo=2237
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2139&processo=2139
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2160&processo=2160
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2237&processo=2237
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2237&processo=2237
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2139&processo=2139
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2160&processo=2160
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2237&processo=2237
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2237&processo=2237
 
 
 
 
§ 4º Caso exista, na mesma localidade e para a mesma 
categoria, Comissão de empresa e Comissão sindical, o 
interessado optará por uma delas submeter a sua demanda, 
sendo competente aquela que primeiro conhecer do pedido. 
(Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) (Vide ADIN 2139) 
(Vide ADIN 2160) (Vide ADIN 2237) 
 Art. 625-E. Aceita a conciliação, será lavrado termo 
assinado pelo empregado, pelo empregador ou seu proposto e 
pelos membros da Comissão, fornecendo-se cópia às partes. 
(Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) 
Parágrafo único. O termo de conciliação é título executivo 
extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às 
parcelas expressamente ressalvadas. (Incluído pela Lei nº 
9.958, de 12.1.2000) 
OBS7: É gerado fora do judiciário. 
OBS8: Uma vez o trabalhador assina o termo de conciliação ele 
está fazendo uma quitação total do contrato de trabalho o 
trabalhador não poderá cobrar nenhum outro direito trabalhista 
com a exceção de parcelas ressalvadas expressamente pelo 
empregado. 
OBS9: A quitação total do contrato de trabalho é corrente 
majoritária adotada pelo TST. 
 Art. 625-F. As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo 
de dez dias para a realização da sessão de tentativa de 
conciliação a partir da provocação do interessado. (Incluído pela 
Lei nº 9.958, de 12.1.2000) 
Parágrafo único. Esgotado o prazo sem a realização da 
sessão, será fornecida, no último dia do prazo, a declaração a 
que se refere o § 2º do art. 625-D. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 
12.1.2000) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2139&processo=2139
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2160&processo=2160
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2237&processo=2237
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art625d
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
 
 
 
 
 Art. 625-G. O prazo prescricional será suspenso a partir da 
provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando 
a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de 
conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F. 
(Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) 
 Art. 625-H. Aplicam-se aos Núcleos Intersindicais de 
Conciliação Trabalhista em funcionamento ou que vierem a ser 
criados, no que couber, as disposições previstas neste Título, 
desde que observados os princípios da paridade e da 
negociação coletiva na sua constituição. (Incluído pela Lei nº 
9.958, de 12.1.2000) 
Organização da Justiça do Trabalho 
Varas do Trabalho – 1ª instancia 
Órgão Singular 
As varas do trabalho é a porta de entrada da maioria das ações 
trabalhistas, são órgãos e juízos singulares e não colegiado as 
decisões serão sempre tomadas por um juiz. 
Antes da EC 24/99 
Antigamente as varas do trabalho eram chamadas de juntas de 
conciliação e julgamento e os únicos empregados que poderiam 
ajuizar ação trabalhista eram aqueles que eram sindicalizados e 
isso ocorria desde a criação da justiça do trabalho (criação 1941 
e integração no judiciário 1946) até a EC 24/99 que transformou 
as juntas de conciliação e julgamento em varas de trabalho e a 
diferença se encontra pelo fato que antigamente havia um 
colegiado de juízes havia juiz togado e outros 2 juízes que eram 
classistas um que representava os empregados e um que 
representava os empregadores a sentença era sempre proferida 
por unanimidade ou por maioria. 
OBS1: Não há varas trabalho em todos os munícipios, porém o 
art. 112, CRFB/88 a lei poderá dispor nos munícipios que não 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art625f
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1
 
 
 
 
tiverem varas o cidadão poderá apresentar a ação trabalhista na 
justiça estadual, apesar do juiz estadual não ter competência 
para processar e julgar ação trabalhista. 
OBS2: A sentença proferida pelo juiz de direito cabe recurso e 
irá para o TRT. 
OBS3: Não caberá recurso ordinário no prazo de 8 dias para o 
TRT. 
OBS4: Se houver instalação de uma nova vara de trabalho, o 
juiz de direito perderá sua competência independentemente do 
andamento do processo e todas as ações trabalhistas serão 
transferidas para nova vara de trabalho. 
TRT – 2ª instancia 
É um tribunal que corresponde a segunda instancia tem como 
competência recursos ordinários e agravos de petição e é 
formado por 7 juízes togados com idade entre 35 a 65 anos, no 
Brasil há 24 regiões trabalhistas, isso porque alguns TRT´S 
abrangem algumas unidades federativas. 
OBS: O estado de São Paulo possui 2 TRT'S. 
TST – 3ª instancia 
É um tribunal superior com sede em Brasília e jurisdição em todo 
território nacional é composto por 27 ministros com idades entre 
35 a 65 anos e tem o papel de uniformizar a jurisprudência e 
interpretar a legislação trabalhista. 
OBS1: Se houver matéria constitucional quem irá uniformizar 
será o STF. 
OBS2: A EC 45/2004 trouxe novidades no ramo administrativo 
dos tribunais criando o CNJ e o CSJT. 
Competência da Justiça do Trabalho 
1) Competência Material 
 
 
 
 
Carlos Henrique Bezerra Leite: “A competência em razão da 
matéria no processo do trabalho é delimitada em virtude da 
natureza da relação jurídica material deduzida em juízo”. 
É de matéria absoluta 
Matéria de ordem pública 
O juiz não pode declarar ofício 
Não há preclusão, podendo ser arguida a qualquer tempo e grau 
de jurisdição. 
1.1) art. 114, CRFB/88 
Redação dada pela EC 45/04. 
 Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
(Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) 
OBS1: Tudo que está previsto no art. 114, CRFB/88 é de 
competência da justiça do trabalho. 
OBS2: Antes da EC 45/04 a justiça do trabalho era mais limitada 
com apenas um caput e três §§. 
1.1.1) INCISO I 
Abrange de uma forma geral, as relações de trabalho 
(autônomos, eventuais, etc), e não apenas as relações de 
emprego. 
 I as ações oriundas darelação de trabalho, abrangidos 
os entes de direito público externo e da administração pública 
direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
OBS1: Relação de emprego é espécie e relação de trabalho é 
gênero. 
Relação de Trabalho Avulso 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
 
 
 
 
 Art. 643 - Os dissídios, oriundos das relações entre 
empregados e empregadores bem como de trabalhadores 
avulsos e seus tomadores de serviços, em atividades reguladas 
na legislação social, serão dirimidos pela Justiça do Trabalho, 
de acordo com o presente Título e na forma estabelecida pelo 
processo judiciário do trabalho. (Redação dada pela Lei nº 
7.494, de 17.6.1986) 
 § 3o A Justiça do Trabalho é competente, ainda, para 
processar e julgar as ações entre trabalhadores portuários e os 
operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - 
OGMO decorrentes da relação de trabalho. (Incluído pela 
Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001) 
OBS2: A justiça do trabalho é competente para processar e 
julgar trabalhadores autônomos, avulsos e portuários, pois, há 
relação de trabalho. 
Relação de Consumo 
Carlos Henrique Bezerra Leite: “não são da competência da 
Justiça do Trabalho as ações oriundas da relação de consumo”. 
Súmula 363 - STJ 
Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de 
cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente. 
OBS3: Questões que envolvem relações de consumo não serão 
de competência da justiça do trabalho e sim da justiça estadual. 
Servidor Público Estatutário 
O presidente do STF concedeu liminar na ADI n. 3.395, proposta 
pela AJUFE. 
OBS4: Justiça do Trabalho não tem competência para processar 
e julgar ações propostas por servidor público estatuário. 
OBS5: O STF entendeu que a relação entre servidor público 
estatuário e o ente público não é uma relação de trabalho pura 
ou propriamente dita e sim uma relação de conotação estatuária 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7494.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7494.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2164-41.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2164-41.htm#art2
 
 
 
 
e índole administrativa sendo regulada pelo direito 
administrativo. 
OBS6: Antes da EC 45/04 muitos defendiam que a justiça do 
trabalho era competente para processar e julgar ações que 
envolvam servidor público estatuário. 
OBS7: A competência de processar e julgar ações de servidor 
público estatuário será da justiça estadual e se for servidor 
público federal será da justiça federal. 
OBS8: O motivo de se encontrar previsto no art. 114, I, CRFB/88 
é porque ainda existe servidores públicos celetistas apesar da 
maioria ser estatuária. 
OBS9: O servidor público celetista é empregado, pois, é aquele 
que é destinatário do direito do trabalho porque trabalha de 
carteira assinada e tem direitos próprios de empregado, sendo 
assim, é de competência da justiça do trabalho processar e 
julgar as ações impostas pelo servidor público celetista. 
OBS10: As empresas públicas e sociedade de economia mista, 
pois, o regime de contratação é o celetista. 
OBS11: Os trabalhadores em designação temporária que são 
contratados com base do art. 37, IV, CRFB/88 para excepcional 
interesse público, o STF entendeu que os trabalhadores em 
designação temporária têm um contrato administrativo se ele 
quiser ajuizar uma ação relacionada ao contrato administrativo 
a ação tem que ser ajuizada na justiça comum se for plano 
federal será na justiça federal e se for plano estadual será na 
justiça estadual. 
Competência Criminal 
ADI n 3.684: no âmbito de jurisdição da justiça do trabalho, não 
entra competência para processar e julgar ações penais. 
 
 
 
 
OBS12: Mesmo que seja um crime cometido nas relações de 
trabalho a competência não será da justiça do trabalho e sim da 
justiça estadual ou justiça federal. 
OBS13: Antes da EC 45/04 alguns acreditavam que ação penal 
decorrente de relação de trabalho era da justiça do trabalho. 
OBS14: O STF entendeu que justiça do trabalho não é 
competente para ajuizar ação penal. 
OBS15: Em questão de consequências do crime que podem ser 
patrimoniais aí pode ser cogitada a competência da justiça do 
trabalho. 
OBS16: As controvérsias decorrentes do crime são de 
competência da justiça do trabalho. 
OBS17: Mesmo que o crime seja praticado por servidor público 
celetista não será de competência da justiça do trabalho. 
1.1.2) INCISO II 
 Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
(Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) 
 II as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
OBS1: É uma novidade da EC 45/04. 
OBS2: Antes da EC 45/04, a justiça do trabalho iria julgar só o 
dissidio coletivo de greve para avaliar se a greve era abusiva ou 
não abusiva. 
OBS3: As ações que envolviam direito de greve eram de 
competência da justiça estadual, como por exemplo, as ações 
possessórias, porque ninguém vai duvidar que no exercício de 
direito de greve pode ocorrer ameaças ou lesões a posse do 
empregador e se este estiver sendo ameaçado, turbulhado e 
esbulhado na sua posse o empregador irá vai ter de ajuizar uma 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
 
 
 
 
ação possessória em face do sindicato buscando a tutela da 
posse na justiça do trabalho que antigamente era de 
competência da justiça estadual antes da EC 45/04. 
OBS4: Interessa a justiça do trabalho, pois, envolve o exercício 
de greve. 
OBS5: As demais ações possessórias serão ajuizadas na justiça 
comum. 
Súmula Vinculante 23 - Ações possessórias 
 
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar 
ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do 
direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. 
 
Publicação - DJe nº 232/2009, p. 1, em 11/12/2009. 
 
1.1.3) INCISO III 
 Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
(Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) 
 III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, 
entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e 
empregadores; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
OBS1: É uma novidade da EC 45/04. 
OBS2: Essas ações eram julgadas na justiça estadual que a 
partir da EC 45/04 passaram a ser julgadas da justiça do 
trabalho. 
OBS3: São ações que dizem respeito ao direito coletivo do 
trabalho. 
OBS4: No caso de tiver dois ou mais sindicatos brigando pela 
mesma base territorial ou categoria a controvérsia será resolvida 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1na justiça do trabalho que antes era da justiça estadual, pois, no 
Brasil é aplicada a regra da unicidade sindical. 
OBS5: No caso de algum dirigente do sindicato no exercício do 
mandato sindical produzir danos ao sindicato o sindicato pode 
ajuizar uma ação de reparadora de danos na justiça do trabalho. 
OBS6: A jurisprudência tem entendido que a representação 
sindical e que envolvem os atos relacionados ao exercício do 
mandato sindical serão ajuizados na justiça do trabalho. 
OBS7: Ações que envolvem o processo eletivo do sindicato 
devem ser ajuizadas na justiça do trabalho. 
SÚMULA 222- STJ; desatualizada; anterior a EC 45/04 
Compete à Justiça Comum processar e julgar as ações 
relativas à contribuição sindical prevista no art. 578 da CLT. 
Data da Publicação - DJ 02.08.1999 p. 252 
OBS8: Até a reforma trabalhista as contribuições sindicais eram 
obrigatórias. 
OBS9: Mas se o empregado autorizar o desconto pode ser feito. 
OBS10: Se o empregador não estiver repassando para o 
sindicato as contribuições sindicais o sindicato poderá ajuizar a 
ação na justiça do trabalho. 
OBS11: A súmula 222 do STJ está desatualizada, pois, depois 
da EC 45/04 as ações que envolvem contribuição sindical que 
antes eram de competência da justiça estadual passaram a ser 
de competência da justiça do trabalho. 
1.1.4) INCISO IV 
 Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
(Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) 
 IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas 
data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua 
jurisdição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
 
 
 
 
OBS1: Quando houver mandados de segurança, habeas corpus 
e habeas data que envolvem jurisdição trabalhista a 
competência sempre será da justiça do trabalho. 
OBS2: O mandado de segurança tutela direito líquido e certo 
que não é amparado por habeas data e habeas corpus. 
OBS3: O habeas data tutela o direito de informação pessoal. 
OBS4: O habeas corpus tutela o direito de ir e vir. 
OBS5: Em regra a prisão civil é proibida no Brasil, com a 
exceção de pensão alimentícia. 
OBS6: O STF interpretou a partir do tratado de San José da 
Costa Rica que é impossível a prisão civil de depositário infiel 
no Brasil. 
OBS7: Antes do entendimento do STF era possível a prisão de 
depositário infiel. 
OBS8: Nas relações trabalhistas antes do entendimento do STF 
o juiz do trabalho constatava depositário infiel mandava prender. 
OBS9: Hoje em dia se juiz de trabalho manda prender 
depositário infiel o ato é considerado ilegal e será aplicado o 
habeas corpus na justiça do trabalho para esse ato ilegal seja 
caçado, pois, viola o direito de locomoção. 
1.1.5) INCISO V 
 Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
(Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) 
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição 
trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
OBS1: Se trata de conflito de competência entre os órgãos da 
justiça do trabalho. 
OBS2: O conflito de competência é quando dois ou mais juízes 
se consideram competentes ou incompetentes para julgar uma 
ação. 
OBS3: Se houver um conflito de competência entre órgãos de 
justiça diferentes não será de competência da justiça do 
trabalho. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
 
 
 
 
OBS4: No caso de conflito de competência entre vara de 
trabalho e vara cível a justiça do trabalho não irá julgar o conflito 
de competência e sim o STJ. 
OBS5: O art. 102, I, o se trata de conflitos de competência entre 
os tribunais superiores. 
OBS6: Se um dos envolvidos no conflito de competência for um 
tribunal superior (só basta um) a competência para julgar o 
conflito será do STF. 
1.1.6) INCISO VI 
 Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
(Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) 
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, 
decorrentes da relação de trabalho; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
OBS1: Danos morais e patrimoniais decorrentes da relação de 
trabalho serão de competência da justiça do trabalho. 
OBS2: Dano material pode ser tanto gastos com médico, com 
medicamentos ou com tratamento psicológico. 
OBS3: Sendo assim, a vítima que sofre de por exemplo assédio 
moral ou sexual pode ingressar com ação de danos morais e 
patrimoniais na justiça do trabalho. 
OBS4: Também se encaixam no inciso VI do art. 114, CRFB/88 
ações que envolvam indenização de danos morais ou 
patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho. 
Súmula Vinculante 22 - Competência 
 
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar 
as ações de indenização por danos morais e patrimoniais 
decorrentes de acidente de trabalho propostas por 
empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda 
não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando 
da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04. 
 
Publicação - DJe nº 232/2009, p. 1, em 11/12/2009. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
 
 
 
 
OBS5: O STF determinou que é de competência da justiça do 
trabalho processar e julgar ações envolvendo danos morais e 
patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho. 
OBS6: Em hipótese de morte do empregado são os familiares 
que sofrem os danos morais e patrimoniais decorrentes do 
acidente de trabalho podendo assim ajuizar ação de danos 
morais e patrimoniais na justiça do trabalho. 
OBS7: Houve uma controvérsia de quem seria competente para 
processar e julgar ações ajuizadas por familiares de empregado 
falecido. 
OBS8: Hoje em dia há uma jurisprudência no sentido que 
compete a justiça do trabalho processar e julgar ações ajuizadas 
por familiares em face do empregador de empregado falecido 
em decorrência de acidente de trabalho postulando indenização 
de danos materiais e morais. 
OBS9: A jurisprudência costuma utilizar as expressões danos 
diretos ou danos ricochete, porque a vítima direta é o 
empregado falecido, mas o acidente de trabalho vai ter reflexos 
ricochete nos familiares, pois são efeitos indiretos do acidente 
do trabalho. 
OBS10: Podem surgir outras controvérsias a partir de um 
acidente de trabalho se for uma ação de indenização de danos 
morais e materiais promovidas pelo empregado em face do 
empregador em face do acidente de trabalho a competência 
será da justiça do trabalho, porém, pode se ter outras 
consequências de um acidente de trabalho, por exemplo 
questões previdenciárias, se caso o empregado acidentado e 
incapacitadoem razão do acidente de trabalho e a previdência 
social negue o benefício o trabalhador terá que ajuizar a ação 
na justiça estadual, pois, não deriva da relação de trabalho e sim 
previdenciária que é a relação entre empregado e previdência 
social e a competência não será da justiça do trabalho e sim da 
justiça estadual. 
OBS11: Normalmente as ações ajuizadas em face do INSS é 
uma autarquia federal e são processadas e julgadas pela justiça 
federal só que o art. 109, I, CRFB/88 estabelece uma exceção 
e quando fala dessas exceções menciona o acidente de 
trabalho, portanto, as ações normalmente ajuizadas em face do 
INSS postulando outros benefícios como aposentadoria ou 
 
 
 
 
pensão por morte a competência será da justiça federal, 
entretanto se envolver acidente de trabalho a competência será 
da justiça estadual. 
1.1.7) INCISO VII 
 Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
(Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) 
 VII as ações relativas às penalidades administrativas 
impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das 
relações de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
OBS1: É uma novidade da EC 45/04. 
OBS2: Antes da EC 45/04 as ações mencionadas eram 
processadas e julgadas pela justiça federal. 
OBS3: A partir da EC 45/04 as ações passaram a ser 
processadas e julgadas pela justiça do trabalho. 
OBS4: Há três eixos no inciso VII que são a penalidade 
administrativa, empregador e órgão de fiscalização das relações 
de trabalho. 
OBS5: O ministério do trabalho é um órgão de fiscalização das 
relações de trabalho e existem as superintendências regionais 
do trabalho aonde se tem auditores fiscais do trabalho e estes 
fiscalizam as relações de trabalho e quando esses auditores 
constatam que empresa não está cumprindo a legislação 
trabalhista os auditores fiscais do trabalho laudam um auto de 
infração, no campo administrativo a empresa tem garantia de 
apresentar uma defesa administrativa no ministério do trabalho. 
OBS6: Ao final do processo administrativo não havendo êxito a 
atuação persiste e a empresa terá que pagar uma multa 
administrativa na justiça federal. 
OBS7: No caso da empresa não concordar com a multa e não 
querer paga-la e não conseguiu reverter a atuação e continua a 
não concordar com a penalidade administrativa esse 
empregador pode ajuizar uma ação anulatória da multa e da 
atuação na justiça do trabalho, pois, se trata de uma ação 
anulatória de uma penalidade administrativa aplica a 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
 
 
 
 
empregador por ordem da fiscalização das relações de trabalho 
que é de competência da justiça do trabalho. 
OBS8: O autor da anulação será o empregador e o réu será a 
união federal em face do ministério do trabalho. 
OBS9: Ministério do trabalho não é pessoa física, sendo assim, 
não pode ser réu em uma ação. 
OBS10: A ação anulatória da atuação e da multa deverá ser 
ajuizada na união federal (fazenda pública). 
OBS11: Se o empregador for atuado pelos órgãos de 
fiscalização do trabalho e pelo ministério do trabalho que 
marcou ato de infração e a multa imposta ao empregador não 
for paga até a data do vencimento a união federal irá escrever 
em dívida ativa por essa razão a união vai promover uma 
execução fiscal para cobrar aquela penalidade administrativa. 
OBS12: Em caso de execução fiscal ajuizada pela união para 
cobrar multa em dívida ativa em face do empregador quem irá 
processar e julgar vai ser a justiça do trabalho, pois, se trata de 
uma ação que envolve penalidade administrativa aplicada a 
empregador por órgão de administração das relações de 
trabalho. 
1.1.8) INCISO VIII 
 Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
(Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) 
 VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas 
no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das 
sentenças que proferir; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
OBS1: Se trata das execuções de ofícios e contribuições 
previdenciárias, pois, as contribuições sociais mencionadas e 
previstas pelo art. 195, I, a, e e II, CRFB/88 são contribuições 
previdenciárias que incidem sobre salário de contribuição que 
normalmente são parcelas salariais que são recolhidas em favor 
do INSS. 
OBS2: Os assuntos abordados no art. 114, VIII, CRFB/88 são 
de competência da justiça do trabalho. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
 
 
 
 
OBS3: O que se encontrava no inciso VIII se encontrava previsto 
no § 3º que havia sido introduzido pela EC 20/98 e quando veio a 
EC 45/04 quando esta “redesenhou” o art. 114, CRFB/88 e pegou 
o § 3º como inciso VIII do mesmo art. 
OBS4: Isso não é uma novidade da EC 45/04 e sim uma novidade 
da EC 20/98. 
OBS5: É composta por parcelas salariais o chamado salário de 
contribuições que é base de cálculo das contribuições 
previdênciais. 
OBS6: Em decorrência das sentenças condenatórias haverá 
execuções trabalhistas e nestas serão calculados créditos 
trabalhistas e muitos deles de natureza salarial, mas o legislador 
vai dar a competência para justiça do trabalho para promover de 
ofício execução das contribuições previdenciárias e incidentes 
sobre a sentença que for proferida na justiça do trabalho e como 
se trata de uma execução de ofício o juiz do trabalho vai promover 
a execução das contribuições previdenciárias mesmo sem 
provocação. 
OBS7: Na própria execução trabalhista quando faturado o valor do 
crédito trabalhista como por exemplo horas extras e insalubridade 
se faz a apuração do valor do crédito trabalhista e já se calcula a 
contribuição previdenciária que incide sobre esse crédito. 
OBS8: No caso de horas extras o mesmo cálculo que irá apura-la 
irá apurar a contribuição previdenciária e será somada o crédito 
trabalhista e a contribuição e se o juiz do trabalho for promulgar 
uma execução trabalhista pra satisfazer o crédito trabalhista ele 
também irá buscar a satisfação sobre crédito previdenciário. 
OBS9: E quando houver cobrança a intimação do executado pra 
pagar é pra pagar todos os créditos tanto o trabalhista quanto o 
previdenciário e tudo no mesmo processo e na mesma execução. 
OBS10: Antes da EC 20/98 o INSS tinha que escrever a dívida 
ativa para promover uma execução fiscal na justiça federal e na 
maioria das vezes o INSS não ficava sabendo das sentenças 
trabalhistas e mesmo sabendo não tinha braço pra fazer a 
inscrição de dívida ativa e quando fazia promovia a execução 
fiscal na justiça federal como toda morosidade e o dinheiro não 
entrava nos cofres do INSS. 
 
 
 
 
OBS11: Hoje em dia o INSS faz inscrição de dívida ativa com 
eficiência e de maneira célere dentro da própria execução 
trabalhista. 
OBS12: A justiça do trabalho ajudou muito os cofres do INSS. 
OBS13: O art. 114, VIII, CRFB/88 se trata de sentença 
condenatória, pois, ela é título executivo que é base pra execução. 
OBS14: Sentença meramente declaratória não é um título 
executivo, pois, não tem o que se executar.OBS15: Sentença constitutiva também não é título executivo, pois, 
ela simplesmente cria, modifica ou extingue relação jurídica não 
se tem o que executar. 
OBS16: A sentença condenatória impõe o vencido o cumprimento 
de obrigação de dar, fazer ou não fazer. 
Súmula nº 368 do TST 
DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS. IMPOSTO DE RENDA. 
COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO. 
FORMA DE CÁLCULO. FATO GERADOR (aglutinada a parte final da 
Orientação Jurisprudencial nº 363 da SBDI-I à redação do item II e 
incluídos os itens IV, V e VI em sessão do Tribunal Pleno realizada 
em 26.06.2017) - Res. 219/2017, republicada em razão de erro 
material – DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017 
I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o 
recolhimento das contribuições fiscais. A competência da 
Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições 
previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em 
pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo 
homologado, que integrem o salário de contribuição. (ex-OJ nº 
141 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998). 
Súmula Vinculante 53 - STF 
A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, 
da Constituição Federal alcança a execução de ofício das 
contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação 
constante das sentenças que proferir e acordos por ela 
homologados. 
 
 
 
 
Publicação - DJe em 22/6/2015. 
OBS17: Quando o legislador inseriu o § 3º pela EC 20/98 e 
depois o transformou em VIII do art. 114, CRFB/88 com a EC 
45/04 o INSS passou a entender que era qualquer sentença desde 
que seja trabalhista e existe uma sentença muito comum 
meramente declaratória que a sentença que reconhece a relação 
de emprego onde o reclamante apresenta uma reclamação 
trabalhista em face do reclamado alegando que foi empregado por 
determinado tempo com todos os requisitos do vínculo de 
emprego, mas a relação de emprego não foi reconhecida. 
OBS18: Quando for reconhecida o INSS irá cobrar as 
contribuições previdenciárias. 
OBS19: Mas a justiça do trabalho não tem competência para 
executar essas contribuições previdenciárias e incidentes sobre 
salários pagos ao longo do contrato de trabalho que foi 
reconhecido judicialmente. 
OBS20: A diferença é que a justiça do trabalho não vai condenar 
a pagar salários que já foram pagos ela só irar declarar ao longo 
do tempo que era empregado não serão os valores que serão 
executados e cobrados na justiça do trabalho. 
OBS21: Justiça do trabalho não cobra o passado, sendo assim, o 
INSS vai ter que fazer a inscrição de dívida ativa por meio de 
execução fiscal na justiça federal. 
1.1.9) INCISO IX 
 Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
(Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) 
 IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, 
na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
OBS1: Antes da EC 45/04 o que está previsto no inciso IX se 
encontrava no final do caput do art. 114, CRFB/88. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
 
 
 
 
OBS2: A intenção original era de que a própria lei ordinária sem 
emenda constitucional poderia atribuir a competência para a 
justiça do trabalho pra julgar outras controvérsias decorrentes 
da relação de trabalho. 
OBS3: O inciso IX já teve sua relevância e importância quando 
era parte final do art. 114, CRFB/88 no passado na sua redação 
original, pois, a justiça do trabalho era limitada a julgar as ações 
oriundas de relação de emprego. 
OBS4: Antigamente fazia sentido dar a legislação ordinária de 
atribuir outras controvérsias a justiça do trabalho desde que 
decorrentes da relação de trabalho. 
OBS5: Hoje em dia tudo que envolve relação de trabalho será 
de competência da justiça do trabalho. 
1.1.10) Competência Normativa – art. 114, § 2º e § 3º, CRFB/88 
 Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e 
julgar: 
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação 
coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum 
acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, 
podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as 
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como 
as convencionadas anteriormente. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADI nº 3423) (Vide ADI nº 
3423) (Vide ADI nº 3423) (Vide ADI nº 3431) (Vide ADI nº 3432) 
(Vide ADI nº 3520) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) 
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com 
possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público 
do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à 
Justiça do Trabalho decidir o conflito.(Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADI nº 3423) 
(Vide ADI nº 3431) (Vide ADI nº 3520) (Vide ADIN 3392) (Vide 
ADIN 3432) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3423&processo=3423
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3392&processo=3392
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3392&processo=3392
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3423&processo=3423
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3431&processo=3431
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3432&processo=3432
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3520&processo=3520
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3423&numProcesso=3423
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3431&processo=3431
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3520&processo=3520
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432
 
 
 
 
OBS: Se trata de uma competência exclusiva da justiça do 
trabalho de criar normas, condições e proferir sentenças 
normativas com eficácia ultra partes. 
2) Competência Territorial 
OBS1: Ratione Loci (Em razão do local). 
OBS1: É equivalente ao foro competente. 
OBS2: É um critério relativo. 
OBS3: Não é matéria de ordem pública. 
OBS4: Tem prazo, tempo e remédio certo para apresentar a 
incompetência territorial. 
OBS5: Se não for feito no prazo certo haverá na prorrogação de 
competência (juiz incompetente se torna competente). 
OBS6: O reclamado terá o prazo de 5 dias a partir da citação 
para apresentar a exceção de incompetência territorial e se caso 
não for apresentado dentro do prazo a matéria não pode ser 
alegadadepois, ou seja, ela preclui. 
2.1) Local da prestação de trabalho – art. 651, CLT 
 Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e 
Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, 
reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, 
ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
(Vide Constituição Federal de 1988) 
OBS1: Se trata da regra geral 
OBS2: No art está escrito juntas de conciliação, pois, a redação 
é antiga. 
OBS3: A ação deve ser ajuizada no local da prestação de 
serviços. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art112
 
 
 
 
OBS4: No caso de empregado que muda de local de prestação 
de trabalho a ação pode ser ajuizada nos locais que ele prestou 
serviços e também pode cobrar tudo sobre os outros locais. 
OBS5: No caso do local de trabalho não tiver vara de trabalho a 
competência será da justiça estadual. 
2.2) Agente ou Viajante – art. 651, § 1º, CLT 
 Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e 
Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, 
reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, 
ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
(Vide Constituição Federal de 1988) 
 § 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante 
comercial, a competência será da Junta da localidade em que a 
empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja 
subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização 
em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais 
próxima. (Redação dada pela Lei nº 9.851, de 27.10.1999) (Vide 
Constituição Federal de 1988) 
OBS1: Os §§ do art. 651, CLT se tratam das exceções. 
OBS2: As hipóteses do art. 651, § 1º, CLT só se aplicam a 
empregado agente ou viajante (expressão antiga) comercial que 
é aquele que trabalha em determinada área geográfica rodando 
várias localidades ao mesmo tempo. 
OBS3: A competência territorial será do local em que a empresa 
tem agência ou filial desde que o empregado esteja subordinado 
a ela. 
OBS4: Se não houver vara de trabalho no local em que a 
empresa tenha agência ou filial que o empregado esteja 
subordinado o empregado pode ajuizar a ação no seu domicilio. 
2.3) Brasileiro que trabalha no estrangeiro – art. 651, § 2º, CLT 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art112
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9851.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art112
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art112
 
 
 
 
 Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e 
Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, 
reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, 
ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
(Vide Constituição Federal de 1988) 
 § 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, 
estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos 
em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja 
brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em 
contrário. (Vide Constituição Federal de 1988) 
OBS1: Se trata de competência internacional. 
OBS2: Da a possibilidade a trabalhador brasileiro promover 
ação trabalhista no Brasil na justiça do trabalho brasileira. 
OBS3: Só é aplicável ao trabalhador seja brasileiro e desde que 
não haja convenção internacional que disponha o contrário. 
2.4) Empregador que promova realização de atividades fora do 
lugar do contrato – art. 651, § 3º, CLT 
 Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e 
Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, 
reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, 
ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
(Vide Constituição Federal de 1988) 
 § 3º - Em se tratando de empregador que promova 
realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é 
assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da 
celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos 
serviços. 
OBS1: Abre duas possibilidades ao empregado ele pode propor 
a ação trabalhista no local da contratação ou no lugar que ele 
presta serviços. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art112
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art112
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art112
 
 
 
 
OBS2: Só é aplicável quando for um empregador que promove 
a realização de atividades fora do contrato, ou seja, uma 
empresa que executa atividades que tem frentes de trabalhos 
em vários locais. 
OBS3: É o caso de empregados de circo ou de um pedreiro por 
exemplo. 
OBS4: A posição majoritária na jurisprudência e na doutrina é 
que o art. 651, § 3º, CLT se trata de empregadores promovem 
atividades esporádicas e permanentes em diversos locais. 
Partes e Procuradores 
1) Partes 
Moarcy Amaral Santos: “Partes, no sentido processual, são as 
pessoas que pedem ou em relação às quais se pede a tutela 
jurisdicional”. 
OBS1: Nem todos os sujeitos do processo são partes. 
OBS2: Se trata de autor e réu ou reclamante e reclamado. 
2) Litisconsórcio - arts. 113 a 118, CPC e art. 842, CLT 
Humberto Theodoro Junior: “Vem a ser a hipótese em que uma 
das partes do processo se compõe de várias pessoas”. 
OBS1: Se trata de pluralidade de partes. 
OBS2: Pode existir tanto no polo ativo quanto passivo. 
OBS3: Quando se tem mais de um autor será litisconsórcio 
ativo. 
OBS4: Quando se tem mais de um réu será litisconsórcio 
passivo. 
OBS5: Quando se tem mais de um autor e um réu será o 
litisconsórcio misto ou recíproco. 
 
 
 
 
OBS6: Na CLT não tem o regramento sobre a questão do 
litisconsórcio o que é cabível fonte subsidiaria que no caso o 
CPC desde que seja compatível. 
OBS7: Os critérios para classificação de litisconsórcio 
dependerão de sua obrigatoriedade. 
OBS8: O litisconsórcio é uma relação jurídica incindível. 
OBS9: Os arts. 113 a 118, CPC se aplicam ao direito processual 
do trabalho. 
OBS10: Há regramento na questão do litisconsórcio facultativo 
que se encontra previstos no art. 113, CPC. 
 Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo 
processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando: 
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações 
relativamente à lide; 
II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela 
causa de pedir; 
III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato 
ou de direito. 
§ 1º O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto 
ao número de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação 
de sentença ou na execução, quando este comprometer a 
rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento 
da sentença. 
§ 2º O requerimento de limitação interrompe o prazo para 
manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação da 
decisão que o solucionar. 
 Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de 
lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a 
eficácia da sentença depender da citação de todos que devam 
ser litisconsortes. 
 
 
 
 
OBS11: Só será necessário quando a lei estipular e quando isso 
decorrer da natureza jurídica controvertida. 
OBS12: Um exemplo de litisconsórcio necessário é a ação de 
usucapião. 
 Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a 
integração do contraditório, será: 
I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a 
todos que deveriam ter integrado o processo; 
II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram 
citados. 
Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo 
necessário, o juiz determinará ao autor que requeira a citação 
de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que 
assinar, sob pena deextinção do processo. 
 Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela 
natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de 
modo uniforme para todos os litisconsortes. 
OBS13: O litisconsórcio só será unitário quando a decisão 
judicial for a mesma para as partes e simples se a decisão for 
diferente. 
OBS14: Quando o litisconsórcio for necessário em razão de sua 
natureza ele também poderá ser unitário. 
 Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas 
relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto 
no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de 
um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar. 
Art. 118. Cada litisconsorte tem o direito de promover o 
andamento do processo, e todos devem ser intimados dos 
respectivos atos. 
 
 
 
 
OBS15: O litisconsórcio originário é o litisconsórcio formado pela 
petição inicial tanto pelo polo passivo quanto ativo. 
OBS16: O litisconsórcio ulterior após a propositura da ação. 
OBS17: Há dois arts na CLT que tratam de 2 hipóteses de 
litisconsórcios. 
OBS18: O art. 842 é a norma antiga e o art. 611-A, § 5º é a 
norma nova. 
Orientação Jurisprudencial 310/TST-SDI-I - 11/08/2003 - 
Recurso. Contestação. Prazo em dobro. Litisconsórcio. 
Procuradores distintos. CPC/1973, art. 191. CPC/2015, art. 229, 
caput e §§ 1º e 2º. Inaplicável ao processo do trabalho. 
Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no 
CPC/2015, art. 229, caput e §§ 1º e 2º - CPC/2015 (CPC/1973, 
art. 191 - CPC de 1973), e razão de incompatibilidade com a 
celeridade que lhe é inerente. 
Art. 842 - Sendo várias as reclamações e havendo 
identidade de matéria, poderão ser acumuladas num só 
processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou 
estabelecimento. 
OBS18: Se trata de um requisito. 
OBS19: Se houver vários empregados reclamando e postulando 
a mesma matéria e esses empregados trabalham para o mesmo 
empregador é cabível o litisconsórcio. 
OBS20: Se trata de reclamação trabalhista plúrima que é uma 
espécie de litisconsórcio ativo, facultativo e simples, pois esse 
direito pode ser postulado individualmente. 
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de 
trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, 
dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00058691973-191
https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00131052015-229
https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00131052015-229
https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00131052015
https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00058691973-191
https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00058691973-191
https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00058691973
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
 
 
 
 
§ 5o Os sindicatos subscritores de convenção coletiva ou de 
acordo coletivo de trabalho deverão participar, como 
litisconsortes necessários, em ação individual ou coletiva, que 
tenha como objeto a anulação de cláusulas desses 
instrumentos. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
OBS21: Se trata de uma novidade imposta pela reforma 
trabalhista. 
OBS22: Se trata de litisconsórcio necessário em convenção 
coletiva ou acordo coletivo envolvendo sindicato que envolvam 
anulação de cláusulas. 
OBS23: É um litisconsórcio simples, pois se trata de decisão 
diferente. 
3) Capacidade 
É a aptidão para praticar atos. 
3.1) Capacidade ser parte 
Carlos Henrique Bezerra Leite: “Todo ser humano tem 
capacidade de ser (em juízo), independentemente de sua 
idade ou condição psíquica ou mental, seja para propor ação, 
seja para defender-se". 
OBS1: Todos podem ser autores ou réus em processo, pois 
todos tem capacidade ser parte é inerente a natureza humana 
por se tratar de um direito fundamental. 
OBS2: É aplicável a pessoas jurídicas. 
3.2) Capacidade processual 
Também chamada de capacidade de estar em juízo, é 
outorgada 
OBS1: Se pode ser capacidade ser parte, mas não pode se ter 
capacidade processual. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
 
 
 
 
OBS2: Se baseia na capacidade civil podem ser representados 
ou assistidos. 
4) Ius Postulandi – arts. 791 e 855-B, CLT 
É o direito de postular. 
Carlos Henrique Bezerra Leite: O ius postulandi nada mais é 
do que a capacidade de postular em juízo. 
OBS1: Quem postula é o advogado. 
OBS2: Há exceções nos casos que envolvam por exemplo 
habeas corpus e a justiça do trabalho. 
 Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão 
reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e 
acompanhar as suas reclamações até o final. 
OBS3: Antigamente a justiça do trabalho não fazia parte do 
judiciário. 
OBS4: Reclamar pessoalmente é postular pessoalmente. 
Súmula nº 425 do TST 
JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. 
ALCANCE. Res. 165/2010, DEJT divulgado em 30.04.2010 e 
03 e 04.05.2010 
O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, 
limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do 
Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o 
mandado de segurança e os recursos de competência do 
Tribunal Superior do Trabalho. 
OBS5: O ius postulandi continua valendo, porém há limites só 
alcança a vara do trabalho e TRT, sendo assim, não existe ius 
postulandi em TST. 
OBS6: Em caso de recurso de revista, ação rescisória, ação 
cautelar, mandado de segurança e recursos de competência 
 
 
 
 
quem irá postular é o advogado, sendo assim, não sendo 
aplicado o ius postulandi. 
OBS7: Não existe ação cautelar no CPC/15. 
OBS8: Tutela cautelar é pedida no mesmo processo de 
maneira antecedente ou procedente. 
OBS9: Tem a ver com a efetividade do processo. 
OBS10: Tutela provisória é gênero. 
OBS11: A tutela cautelar preservar o ultimo resultado do 
processo. 
 Art. 855-B. O processo de homologação de acordo 
extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo obrigatória 
a representação das partes por advogado. (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017) 
OBS12: É quando as partes estão levando ao judiciário acordo 
extrajudicial (fora da justiça) estipulado pelas mesmas para ser 
homologado, mas nesse caso é necessário um advogado e 
advogados diferentes, sendo assim, não é cabível o ius 
postulandi. 
5) Honorários Advocatícios - art. 791-A, CLT 
Antes da reforma trabalhista: art. 14 da Lei 5.584/70 e súmula 
219 do STJ 
OBS1: Não se trata de honorários advocatícios contratuais e 
sim de honorários de sucumbência previstos na decisão 
judicial. 
 Art 14. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a 
que se refere a Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será 
prestada pelo Sindicato da categoria profissional a que 
pertencer o trabalhador. 
OBS2: Só eram concedidos com requisitos com a assistência 
do sindicato e hipossuficiência financeira. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L1060.htm
 
 
 
 
Súmula nº 219 do TST 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO (alterada a 
redação do item I e acrescidos os itens IV a VI em 
decorrência do CPC de 2015) - Res. 204/2016, DEJT 
divulgado em 17, 18 e 21.03.2016 
I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de 
honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente 
da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) 
estar assistida por sindicato da categoria profissional; b) 
comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do 
salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica 
que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio 
sustento ou da respectiva família. (art.14,§1º, da Lei nº 
5.584/1970). (ex-OJ nº 305da SBDI-I). 
II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários 
advocatícios em ação rescisória no

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