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Direito Processual do Trabalho 1) Conceito Carlos Henrique Bezerra: “ramo da ciência jurídica, constituído por um sistema de valores, princípios, regras e instituições próprias, que tem por objeto promover a concretização dos direitos sociais fundamentais individuais, coletivos e difusos dos trabalhadores e a pacificação justa dos conflitos decorrentes direta ou indiretamente das relações de emprego e de trabalho, bem como regular o funcionamento e a competência dos órgãos que compõem a Justiça do Trabalho”. OBS: Os sujeitos da relação processual do trabalho são o reclamante (autor) e reclamado (réu). 2) Posição Enciclopédica Direito Público OBS: Todo direito processual é público, pois quem presta a tutela judicial é o estado. 3) Autonomia Extensão de matéria. Existência de princípios próprios. Autonomia didática. Autonomia OBS1: Direito Processual do Trabalho não é a mesma coisa que Direito do Trabalho são disciplina autônomas. OBS2: Não existe ramo do direito sem princípios próprios. OBS3: Violar um princípio é mais grave que violar uma norma. 4) Princípios Peculiares 4.1) Princípio da Proteção - art. 844, CLT Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não- comparecimento do reclamado importa revelia (falta de contestação por parte do réu em relação à ação proposta em face dele), além de confissão quanto à matéria de fato (aceitação tácita ou expressa de alegações contidas na inicial). OBS1: As regras são interpretadas de maneira mais favorável ao empregado, pois este é hipossuficiente necessita de proteção. OBS2: No caso do arquivamento da ação da trabalhista o reclamante pode apresentar a mesma ação, pois não fez coisa julgada material. Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, e serão calculadas: (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) I – quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor; (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002) II – quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da causa; (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002) III – no caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em ação constitutiva, sobre o valor da causa; (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10537.htm#art789 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10537.htm#art789 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10537.htm#art789 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10537.htm#art789 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10537.htm#art789 IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002) 4.2) Princípio da Finalidade Social Carlos Henrique Bezerra Leite: permite-se que o juiz tenha uma atuação mais ativa, na medida em que auxilia o trabalhador, em busca de uma solução justa, até chegar o momento de proferir a sentença. OBS1: O juiz deve buscar uma decisão justa antes da sentença para o processo. OBS2: Quando o juiz proferir a sentença não tem princípio da finalidade social. OBS3: Se juiz entender que o acordo é prejudicial ao trabalhador ele pode deixar de homologar o acordo. Súmula nº 418 do TST MANDADO DE SEGURANÇA VISANDO À HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 217/2017 - DEJT divulgado em 20, 24 e 25.04.2017 A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança. 4.3) Princípio da Conciliação - arts. 831, 846 e 850, CLT Art. 831 - A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação. Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação. (Redação dada pela Lei nº 9.022, de 5.4.1995) Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10537.htm#art789 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9022.htm#art1 proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. OBS1: Os dissídios sempre serão sujeitos a conciliação. OBS2: O juiz é obrigado a perguntar. OBS3: O juiz deve propor a proposta pela segunda vez e se não for aceita o juiz proferirá a decisão. OBS4: Se caso o juiz não propor pela segunda vez, haverá a nulidade do processo. 4.4) Princípio da Normatização Coletiva – art. 114, § 1º, § 2º e § 3º, CRFB/88 Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: § 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADI nº 3423) (Vide ADI nº 3423) (Vide ADI nº 3423) (Vide ADI nº 3431) (Vide ADI nº 3432) (Vide ADI nº 3520) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) § 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADI nº 3423) (Vide ADI nº 3431) (Vide ADI nº 3520) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3423&processo=3423 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3392&processo=3392 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3392&processo=3392 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3423&processo=3423 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3431&processo=3431 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3432&processo=3432 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3520&processo=3520 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3423&numProcesso=3423 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3431&processo=3431 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3520&processo=3520 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432 OBS1: A justiça do trabalho tem o poder de criar normas e condições gerais abstratas ao proferir uma sentença normativa com eficácia ultra partes. OBS2: É exclusivo do direito processual do trabalho OBS3: Quando a negociação coletiva é frustrada OBS4: No dissídio coletivo haja um acordo e uma das partes não aceitar há falta de pressuposto processual, sendo assim, a justiça do trabalho exclui o dissidio sem resolução. OBS5: Se o dissídio é apresentado pelo ministério público do trabalho não precisa de comum acordo. 4.5) Princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias - art. 893, § 1º, CLT Art. 893 - Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: (Redação dada pela Lei nº 861, de 13.10.1949) § 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva. (Parágrafo único renumerado pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946) Súmula nº 214 do TST DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) - Res. 127/2005, DJ 14, 15 e 16.03.2005 Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação (petição que se opõe a pedido judicial) mediante recurso para o mesmo Tribunal; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L0861.htm#art893 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del8737.htm#art893 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del8737.htm#art893 c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. OBS1: Decisões interlocutórias não admitem recurso imediato. OBS2: Quando juiz proferir a sentença definitiva cabe recurso. OBS3: As exceções estão previstas na súmula 219 do TST. 4.6) Princípio da Celeridade – art. 5º, LXXVIII, CRFB/88 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392) Exemplos: padronização dos prazos recursais; irrecorribilidade das decisões interlocutórias; unicidade da audiência; prazo simples, e não em dobro, para os litisconsortes com advogados diferentes 310. LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 229, CAPUT E §§ 1º E 2º, DO CPC DE 2015. ART. 191 DO CPC DE 1973. INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO TRABALHO (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 1º e 2º, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392 OBS1: É uma garantia constitucional. OBS2: O processo trabalhista deve tramitar em 8 dias, ou seja, de maneira mais rápida, pois os créditos trabalhistas configuram natureza alimentícia. OBS3: Depois da reforma trabalhista os prazos trabalhistas só correm em dias uteis. OBS4: Litisconsortes com advogados diferentes não terão prazo em dobro, pois isso é inaplicável no processo do trabalho e vai contra o princípio da celeridade. 4.7) Princípio da Extra petição - art. 496, CLT Art. 496 - Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do artigo seguinte. É aquele que autoriza que juiz do trabalho, em situações excepcionais autorizadas por lei, possa deferir direito diverso do que foi pedido. Súmula nº 396 do TST ESTABILIDADE PROVISÓRIA. PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO. CONCESSÃO DO SALÁRIO RELATIVO AO PERÍODO DE ESTABILIDADE JÁ EXAURIDO. INEXISTÊNCIA DE JULGAMENTO "EXTRA PETITA" (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 106 e 116 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a reintegração no emprego. (ex-OJ nº 116 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997) II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT. (ex-OJ nº 106 da SBDI-1 - inserida em 20.11.1997) OBS: O juiz não pode deferir o que não foi pedido. Sentença citra petita é aquela que não examina em toda a sua amplitude o pedido formulado na inicial (com a sua fundamentação) ou a defesa do réu. Na sentença ultra petita, o defeito é caracterizado pelo fato de o juiz ter ido além do pedido do autor, dando mais do que fora pedido. A sentença é extra petita quando a providência jurisdicional deferida é diversa da que foi postulada; quando o juiz defere a prestação pedida com base em fundamento não invocado; quando o juiz acolhe defesa não arguida pelo réu, a menos que haja previsão legal para o conhecimento de ofício. 5) Fontes Subsidiárias - arts. 769 e 889, CLT e art. 15, CPC Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. Art. 889 - Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal. Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente. OBS1: O legislador não quis criar um código de processo de trabalho. OBS2: O objetivo do legislador foi criar as normas principais e disciplinar todos os institutos. OBS3: O legislador criou dois dispositivos para estabelecer a fontes subsidiárias do direito do trabalho, que se tratam de fontes acessórias e complementares. OBS4: Quando se encontra na fonte principal não é necessário ir para fontes subsidiárias. OBS5: Diante da omissão da CLT e que haja compatibilidade entre dispositivo se busca a fonte subsidiária e a principiologia da fonte subsidiaria. OBS6: A petição inicial deve cumprir requisitos. OBS7: Quando a petição envolve processo do trabalho não se utiliza o art. 282, CPC, pois o art. 840, CLT determina os requisitos da petição inicial em sua regra expressa. OBS8: A reconvenção é omissa na CLT, sendo assim, será aplicada a fonte subsidiária o art. 343, CPC, pois, se trata da reconvençãoe há compatibilidade. OBS9: O prazo de litisconsórcios em processo trabalhista com advogados diferentes a CLT é omissa, sendo assim, será buscada a fonte subsidiária prevista no art. 229, CPC. OBS10: Apesar estar omisso na CLT o art. 229, CPC não é compatível, pois isso contraria o princípio da celeridade. OBS11: O art. 889, CLT se trata das fontes subsidiárias da execução para serem aplicadas deve se ter a omissão e a compatibilidade entre a fonte subsidiaria e o processo do trabalho. OBS12: Nos casos de execução se houver omissão na CLT e compatibilidade no processo do trabalho a primeira fonte subsidiária aplicável será a Lei 6.830/80 e a segunda o CPC. Fase Conhecimento Execução Fontes Subsidiárias 1-CPC 1-Lei 6.830/80 2-CPC Requisitos Omissão e compatibilidade Omissão e compatibilidade 6) Formas de Solução dos Conflitos Trabalhistas 6.1) Autodefesa ou Autotutela Se caracteriza quando um conflito é resolvido por imposição de uma das partes. OBS1: Em regra a autodefesa é proibida pelo ordenamento jurídico. OBS2: Se trata do princípio da arbitragem das próprias razões que é considerado crime de exercício arbitrário das próprias razões pelo art. 345, CP. OBS3: Só é permitido a autodefesa em caso de legítima defesa, pois é uma excludente de ilicitude previsto no art. 23, CP. OBS4: Se caracteriza autodefesa quando a resolução do conflito é feita mediante violência física e mental. 6.2) Autocomposição Um método de solução de conflito quando o conflito é resolvido pelas próprias partes sem a necessidade de intervenção de um terceiro. OBS1: Um exemplo de autocomposição é a transação. OBS2: Com a reforma trabalhista a transação feita pelas partes pode ser levada para o judiciário para haver uma homologação, sendo que é necessário a presença de um advogado. OBS3: O acordo coletivo de trabalho se trata de um método de autocomposição, onde há uma negociação coletiva. 6.3) Heterocomposição É caracterizada quando o conflito é solucionado por uma intervenção de um terceiro (arbitro ou juiz). OBS1: Sentença arbitral é irrecorrível. OBS2: No direito coletivo do trabalho é expressamente autorizada a arbitragem quando a negociação coletiva é frustrada que se encontra prevista no art. 114, § 1º, CRFB/88. OBS3: A arbitragem em direito coletivo do trabalho é pouco utilizada no Brasil. OBS4: Conflitos que envolvem somente empregado e empregador, férias e FGTS não se aplica a arbitragem. OBS5: A arbitragem só pode ser aplica em direitos patrimoniais disponíveis (direitos coletivos) e não direitos indisponíveis (direitos individuais). OBS6: Nos conflitos individuais do trabalho a uma exceção trazida pela reforma trabalhista no art. 507-A, CLT que se trata do empregado que recebe teto do INSS que no valor R$ 6.433,57 em dobro R$ 12.867,14, fazendo com que este empegado seja hiper suficiente e cabível de arbitragem . 7) Comissão de Conciliação Prévia - arts. 625-A a 625-H, CLT Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, de composição paritária, com representante dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. Parágrafo único. As Comissões referidas no caput deste artigo poderão ser constituídas por grupos de empresas ou ter caráter intersindical. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) OBS1: Tem como objetivo conciliar conflitos individuais, antes da propositura da ação trabalhista no judiciário (justiça do trabalho). Art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no mínimo, dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas: (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 I - a metade de seus membros será indicada pelo empregador e outra metade eleita pelos empregados, em escrutínio,secreto, fiscalizado pelo sindicato de categoria profissional; (incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) II - haverá na Comissão tantos suplentes quantos forem os representantes títulares; (incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) III - o mandato dos seus membros, titulares e suplentes, é de um ano, permitida uma recondução. (incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) § 1º É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se cometerem falta grave, nos termos da lei. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) § 2º O representante dos empregados desenvolverá seu trabalho normal na empresa afastando-se de suas atividades apenas quando convocado para atuar como conciliador, sendo computado como tempo de trabalho efetivo o despendido nessa atividade. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) OBS2: É um órgão extrajudicial e paritário composto no mínimo dois e no máximo 10 membros sendo que metade é eleita pelo empregador e a outra metade pelos empregados. OBS3: Haverá suplentes de acordo com a quantidade dos titulares. OBS4: E o mandato será de um ano. Art. 625-C. A Comissão instituída no âmbito do sindicato terá sua constituição e normas de funcionamento definidas em convenção ou acordo coletivo. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, na localidade da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no âmbito da empresa ou do sindicato da categoria. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) OBS5: A corrente majoritária anteriormente estipulada pelo TST obrigava o empregado a passar pelo conselho de conciliação prévia antes de entrar com ação trabalhista. OBS6: Porém o STF decidiu que o art. 625-D, CLT deve ser interpretado de acordo com o art. 5, XXXV, CRFB/88 determinou que fica facultativo ao empregado passar primeiro pela comissão de conciliação prévia antes da ação trabalhista, pois quando se torna obrigatório viola o princípio de liberdade de acesso à justiça. § 1º A demanda será formulada por escrito ou reduzida a termo por qualquer dos membros da Comissão, sendo entregue cópia datada e assinada pelo membro aos interessados. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) (Vide ADIN 2139) (Vide ADIN 2160) (Vide ADIN 2237) § 2º Não prosperando a conciliação, será fornecida ao empregado e ao empregador declaração da tentativa conciliatória frustrada com a descrição de seu objeto, firmada pelos membros da Comissão, que devera ser juntada à eventual reclamação trabalhista. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) (Vide ADIN 2139) (Vide ADIN 2160) (Vide ADIN 2237) § 3º Em caso de motivo relevante que impossibilite a observância do procedimento previsto no caput deste artigo, será a circunstância declarada na petição da ação intentada perante a Justiça do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) (Vide ADIN 2139) (Vide ADIN 2160) (Vide ADIN 2237) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2139&processo=2139 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2160&processo=2160 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2237&processo=2237 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2139&processo=2139 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2160&processo=2160 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2237&processo=2237 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2237&processo=2237 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2139&processo=2139 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2160&processo=2160 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2237&processo=2237 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2237&processo=2237 § 4º Caso exista, na mesma localidade e para a mesma categoria, Comissão de empresa e Comissão sindical, o interessado optará por uma delas submeter a sua demanda, sendo competente aquela que primeiro conhecer do pedido. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) (Vide ADIN 2139) (Vide ADIN 2160) (Vide ADIN 2237) Art. 625-E. Aceita a conciliação, será lavrado termo assinado pelo empregado, pelo empregador ou seu proposto e pelos membros da Comissão, fornecendo-se cópia às partes. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) Parágrafo único. O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) OBS7: É gerado fora do judiciário. OBS8: Uma vez o trabalhador assina o termo de conciliação ele está fazendo uma quitação total do contrato de trabalho o trabalhador não poderá cobrar nenhum outro direito trabalhista com a exceção de parcelas ressalvadas expressamente pelo empregado. OBS9: A quitação total do contrato de trabalho é corrente majoritária adotada pelo TST. Art. 625-F. As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de dez dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação a partir da provocação do interessado. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) Parágrafo único. Esgotado o prazo sem a realização da sessão, será fornecida, no último dia do prazo, a declaração a que se refere o § 2º do art. 625-D. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2139&processo=2139 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2160&processo=2160 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2237&processo=2237 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art625d http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 Art. 625-G. O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) Art. 625-H. Aplicam-se aos Núcleos Intersindicais de Conciliação Trabalhista em funcionamento ou que vierem a ser criados, no que couber, as disposições previstas neste Título, desde que observados os princípios da paridade e da negociação coletiva na sua constituição. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) Organização da Justiça do Trabalho Varas do Trabalho – 1ª instancia Órgão Singular As varas do trabalho é a porta de entrada da maioria das ações trabalhistas, são órgãos e juízos singulares e não colegiado as decisões serão sempre tomadas por um juiz. Antes da EC 24/99 Antigamente as varas do trabalho eram chamadas de juntas de conciliação e julgamento e os únicos empregados que poderiam ajuizar ação trabalhista eram aqueles que eram sindicalizados e isso ocorria desde a criação da justiça do trabalho (criação 1941 e integração no judiciário 1946) até a EC 24/99 que transformou as juntas de conciliação e julgamento em varas de trabalho e a diferença se encontra pelo fato que antigamente havia um colegiado de juízes havia juiz togado e outros 2 juízes que eram classistas um que representava os empregados e um que representava os empregadores a sentença era sempre proferida por unanimidade ou por maioria. OBS1: Não há varas trabalho em todos os munícipios, porém o art. 112, CRFB/88 a lei poderá dispor nos munícipios que não http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art625f http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9958.htm#art1 tiverem varas o cidadão poderá apresentar a ação trabalhista na justiça estadual, apesar do juiz estadual não ter competência para processar e julgar ação trabalhista. OBS2: A sentença proferida pelo juiz de direito cabe recurso e irá para o TRT. OBS3: Não caberá recurso ordinário no prazo de 8 dias para o TRT. OBS4: Se houver instalação de uma nova vara de trabalho, o juiz de direito perderá sua competência independentemente do andamento do processo e todas as ações trabalhistas serão transferidas para nova vara de trabalho. TRT – 2ª instancia É um tribunal que corresponde a segunda instancia tem como competência recursos ordinários e agravos de petição e é formado por 7 juízes togados com idade entre 35 a 65 anos, no Brasil há 24 regiões trabalhistas, isso porque alguns TRT´S abrangem algumas unidades federativas. OBS: O estado de São Paulo possui 2 TRT'S. TST – 3ª instancia É um tribunal superior com sede em Brasília e jurisdição em todo território nacional é composto por 27 ministros com idades entre 35 a 65 anos e tem o papel de uniformizar a jurisprudência e interpretar a legislação trabalhista. OBS1: Se houver matéria constitucional quem irá uniformizar será o STF. OBS2: A EC 45/2004 trouxe novidades no ramo administrativo dos tribunais criando o CNJ e o CSJT. Competência da Justiça do Trabalho 1) Competência Material Carlos Henrique Bezerra Leite: “A competência em razão da matéria no processo do trabalho é delimitada em virtude da natureza da relação jurídica material deduzida em juízo”. É de matéria absoluta Matéria de ordem pública O juiz não pode declarar ofício Não há preclusão, podendo ser arguida a qualquer tempo e grau de jurisdição. 1.1) art. 114, CRFB/88 Redação dada pela EC 45/04. Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) OBS1: Tudo que está previsto no art. 114, CRFB/88 é de competência da justiça do trabalho. OBS2: Antes da EC 45/04 a justiça do trabalho era mais limitada com apenas um caput e três §§. 1.1.1) INCISO I Abrange de uma forma geral, as relações de trabalho (autônomos, eventuais, etc), e não apenas as relações de emprego. I as ações oriundas darelação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) OBS1: Relação de emprego é espécie e relação de trabalho é gênero. Relação de Trabalho Avulso http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 Art. 643 - Os dissídios, oriundos das relações entre empregados e empregadores bem como de trabalhadores avulsos e seus tomadores de serviços, em atividades reguladas na legislação social, serão dirimidos pela Justiça do Trabalho, de acordo com o presente Título e na forma estabelecida pelo processo judiciário do trabalho. (Redação dada pela Lei nº 7.494, de 17.6.1986) § 3o A Justiça do Trabalho é competente, ainda, para processar e julgar as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001) OBS2: A justiça do trabalho é competente para processar e julgar trabalhadores autônomos, avulsos e portuários, pois, há relação de trabalho. Relação de Consumo Carlos Henrique Bezerra Leite: “não são da competência da Justiça do Trabalho as ações oriundas da relação de consumo”. Súmula 363 - STJ Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente. OBS3: Questões que envolvem relações de consumo não serão de competência da justiça do trabalho e sim da justiça estadual. Servidor Público Estatutário O presidente do STF concedeu liminar na ADI n. 3.395, proposta pela AJUFE. OBS4: Justiça do Trabalho não tem competência para processar e julgar ações propostas por servidor público estatuário. OBS5: O STF entendeu que a relação entre servidor público estatuário e o ente público não é uma relação de trabalho pura ou propriamente dita e sim uma relação de conotação estatuária http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7494.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7494.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2164-41.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2164-41.htm#art2 e índole administrativa sendo regulada pelo direito administrativo. OBS6: Antes da EC 45/04 muitos defendiam que a justiça do trabalho era competente para processar e julgar ações que envolvam servidor público estatuário. OBS7: A competência de processar e julgar ações de servidor público estatuário será da justiça estadual e se for servidor público federal será da justiça federal. OBS8: O motivo de se encontrar previsto no art. 114, I, CRFB/88 é porque ainda existe servidores públicos celetistas apesar da maioria ser estatuária. OBS9: O servidor público celetista é empregado, pois, é aquele que é destinatário do direito do trabalho porque trabalha de carteira assinada e tem direitos próprios de empregado, sendo assim, é de competência da justiça do trabalho processar e julgar as ações impostas pelo servidor público celetista. OBS10: As empresas públicas e sociedade de economia mista, pois, o regime de contratação é o celetista. OBS11: Os trabalhadores em designação temporária que são contratados com base do art. 37, IV, CRFB/88 para excepcional interesse público, o STF entendeu que os trabalhadores em designação temporária têm um contrato administrativo se ele quiser ajuizar uma ação relacionada ao contrato administrativo a ação tem que ser ajuizada na justiça comum se for plano federal será na justiça federal e se for plano estadual será na justiça estadual. Competência Criminal ADI n 3.684: no âmbito de jurisdição da justiça do trabalho, não entra competência para processar e julgar ações penais. OBS12: Mesmo que seja um crime cometido nas relações de trabalho a competência não será da justiça do trabalho e sim da justiça estadual ou justiça federal. OBS13: Antes da EC 45/04 alguns acreditavam que ação penal decorrente de relação de trabalho era da justiça do trabalho. OBS14: O STF entendeu que justiça do trabalho não é competente para ajuizar ação penal. OBS15: Em questão de consequências do crime que podem ser patrimoniais aí pode ser cogitada a competência da justiça do trabalho. OBS16: As controvérsias decorrentes do crime são de competência da justiça do trabalho. OBS17: Mesmo que o crime seja praticado por servidor público celetista não será de competência da justiça do trabalho. 1.1.2) INCISO II Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) II as ações que envolvam exercício do direito de greve; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) OBS1: É uma novidade da EC 45/04. OBS2: Antes da EC 45/04, a justiça do trabalho iria julgar só o dissidio coletivo de greve para avaliar se a greve era abusiva ou não abusiva. OBS3: As ações que envolviam direito de greve eram de competência da justiça estadual, como por exemplo, as ações possessórias, porque ninguém vai duvidar que no exercício de direito de greve pode ocorrer ameaças ou lesões a posse do empregador e se este estiver sendo ameaçado, turbulhado e esbulhado na sua posse o empregador irá vai ter de ajuizar uma http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 ação possessória em face do sindicato buscando a tutela da posse na justiça do trabalho que antigamente era de competência da justiça estadual antes da EC 45/04. OBS4: Interessa a justiça do trabalho, pois, envolve o exercício de greve. OBS5: As demais ações possessórias serão ajuizadas na justiça comum. Súmula Vinculante 23 - Ações possessórias A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. Publicação - DJe nº 232/2009, p. 1, em 11/12/2009. 1.1.3) INCISO III Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) OBS1: É uma novidade da EC 45/04. OBS2: Essas ações eram julgadas na justiça estadual que a partir da EC 45/04 passaram a ser julgadas da justiça do trabalho. OBS3: São ações que dizem respeito ao direito coletivo do trabalho. OBS4: No caso de tiver dois ou mais sindicatos brigando pela mesma base territorial ou categoria a controvérsia será resolvida http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1na justiça do trabalho que antes era da justiça estadual, pois, no Brasil é aplicada a regra da unicidade sindical. OBS5: No caso de algum dirigente do sindicato no exercício do mandato sindical produzir danos ao sindicato o sindicato pode ajuizar uma ação de reparadora de danos na justiça do trabalho. OBS6: A jurisprudência tem entendido que a representação sindical e que envolvem os atos relacionados ao exercício do mandato sindical serão ajuizados na justiça do trabalho. OBS7: Ações que envolvem o processo eletivo do sindicato devem ser ajuizadas na justiça do trabalho. SÚMULA 222- STJ; desatualizada; anterior a EC 45/04 Compete à Justiça Comum processar e julgar as ações relativas à contribuição sindical prevista no art. 578 da CLT. Data da Publicação - DJ 02.08.1999 p. 252 OBS8: Até a reforma trabalhista as contribuições sindicais eram obrigatórias. OBS9: Mas se o empregado autorizar o desconto pode ser feito. OBS10: Se o empregador não estiver repassando para o sindicato as contribuições sindicais o sindicato poderá ajuizar a ação na justiça do trabalho. OBS11: A súmula 222 do STJ está desatualizada, pois, depois da EC 45/04 as ações que envolvem contribuição sindical que antes eram de competência da justiça estadual passaram a ser de competência da justiça do trabalho. 1.1.4) INCISO IV Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 OBS1: Quando houver mandados de segurança, habeas corpus e habeas data que envolvem jurisdição trabalhista a competência sempre será da justiça do trabalho. OBS2: O mandado de segurança tutela direito líquido e certo que não é amparado por habeas data e habeas corpus. OBS3: O habeas data tutela o direito de informação pessoal. OBS4: O habeas corpus tutela o direito de ir e vir. OBS5: Em regra a prisão civil é proibida no Brasil, com a exceção de pensão alimentícia. OBS6: O STF interpretou a partir do tratado de San José da Costa Rica que é impossível a prisão civil de depositário infiel no Brasil. OBS7: Antes do entendimento do STF era possível a prisão de depositário infiel. OBS8: Nas relações trabalhistas antes do entendimento do STF o juiz do trabalho constatava depositário infiel mandava prender. OBS9: Hoje em dia se juiz de trabalho manda prender depositário infiel o ato é considerado ilegal e será aplicado o habeas corpus na justiça do trabalho para esse ato ilegal seja caçado, pois, viola o direito de locomoção. 1.1.5) INCISO V Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) OBS1: Se trata de conflito de competência entre os órgãos da justiça do trabalho. OBS2: O conflito de competência é quando dois ou mais juízes se consideram competentes ou incompetentes para julgar uma ação. OBS3: Se houver um conflito de competência entre órgãos de justiça diferentes não será de competência da justiça do trabalho. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 OBS4: No caso de conflito de competência entre vara de trabalho e vara cível a justiça do trabalho não irá julgar o conflito de competência e sim o STJ. OBS5: O art. 102, I, o se trata de conflitos de competência entre os tribunais superiores. OBS6: Se um dos envolvidos no conflito de competência for um tribunal superior (só basta um) a competência para julgar o conflito será do STF. 1.1.6) INCISO VI Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) OBS1: Danos morais e patrimoniais decorrentes da relação de trabalho serão de competência da justiça do trabalho. OBS2: Dano material pode ser tanto gastos com médico, com medicamentos ou com tratamento psicológico. OBS3: Sendo assim, a vítima que sofre de por exemplo assédio moral ou sexual pode ingressar com ação de danos morais e patrimoniais na justiça do trabalho. OBS4: Também se encaixam no inciso VI do art. 114, CRFB/88 ações que envolvam indenização de danos morais ou patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho. Súmula Vinculante 22 - Competência A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04. Publicação - DJe nº 232/2009, p. 1, em 11/12/2009. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 OBS5: O STF determinou que é de competência da justiça do trabalho processar e julgar ações envolvendo danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho. OBS6: Em hipótese de morte do empregado são os familiares que sofrem os danos morais e patrimoniais decorrentes do acidente de trabalho podendo assim ajuizar ação de danos morais e patrimoniais na justiça do trabalho. OBS7: Houve uma controvérsia de quem seria competente para processar e julgar ações ajuizadas por familiares de empregado falecido. OBS8: Hoje em dia há uma jurisprudência no sentido que compete a justiça do trabalho processar e julgar ações ajuizadas por familiares em face do empregador de empregado falecido em decorrência de acidente de trabalho postulando indenização de danos materiais e morais. OBS9: A jurisprudência costuma utilizar as expressões danos diretos ou danos ricochete, porque a vítima direta é o empregado falecido, mas o acidente de trabalho vai ter reflexos ricochete nos familiares, pois são efeitos indiretos do acidente do trabalho. OBS10: Podem surgir outras controvérsias a partir de um acidente de trabalho se for uma ação de indenização de danos morais e materiais promovidas pelo empregado em face do empregador em face do acidente de trabalho a competência será da justiça do trabalho, porém, pode se ter outras consequências de um acidente de trabalho, por exemplo questões previdenciárias, se caso o empregado acidentado e incapacitadoem razão do acidente de trabalho e a previdência social negue o benefício o trabalhador terá que ajuizar a ação na justiça estadual, pois, não deriva da relação de trabalho e sim previdenciária que é a relação entre empregado e previdência social e a competência não será da justiça do trabalho e sim da justiça estadual. OBS11: Normalmente as ações ajuizadas em face do INSS é uma autarquia federal e são processadas e julgadas pela justiça federal só que o art. 109, I, CRFB/88 estabelece uma exceção e quando fala dessas exceções menciona o acidente de trabalho, portanto, as ações normalmente ajuizadas em face do INSS postulando outros benefícios como aposentadoria ou pensão por morte a competência será da justiça federal, entretanto se envolver acidente de trabalho a competência será da justiça estadual. 1.1.7) INCISO VII Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) OBS1: É uma novidade da EC 45/04. OBS2: Antes da EC 45/04 as ações mencionadas eram processadas e julgadas pela justiça federal. OBS3: A partir da EC 45/04 as ações passaram a ser processadas e julgadas pela justiça do trabalho. OBS4: Há três eixos no inciso VII que são a penalidade administrativa, empregador e órgão de fiscalização das relações de trabalho. OBS5: O ministério do trabalho é um órgão de fiscalização das relações de trabalho e existem as superintendências regionais do trabalho aonde se tem auditores fiscais do trabalho e estes fiscalizam as relações de trabalho e quando esses auditores constatam que empresa não está cumprindo a legislação trabalhista os auditores fiscais do trabalho laudam um auto de infração, no campo administrativo a empresa tem garantia de apresentar uma defesa administrativa no ministério do trabalho. OBS6: Ao final do processo administrativo não havendo êxito a atuação persiste e a empresa terá que pagar uma multa administrativa na justiça federal. OBS7: No caso da empresa não concordar com a multa e não querer paga-la e não conseguiu reverter a atuação e continua a não concordar com a penalidade administrativa esse empregador pode ajuizar uma ação anulatória da multa e da atuação na justiça do trabalho, pois, se trata de uma ação anulatória de uma penalidade administrativa aplica a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 empregador por ordem da fiscalização das relações de trabalho que é de competência da justiça do trabalho. OBS8: O autor da anulação será o empregador e o réu será a união federal em face do ministério do trabalho. OBS9: Ministério do trabalho não é pessoa física, sendo assim, não pode ser réu em uma ação. OBS10: A ação anulatória da atuação e da multa deverá ser ajuizada na união federal (fazenda pública). OBS11: Se o empregador for atuado pelos órgãos de fiscalização do trabalho e pelo ministério do trabalho que marcou ato de infração e a multa imposta ao empregador não for paga até a data do vencimento a união federal irá escrever em dívida ativa por essa razão a união vai promover uma execução fiscal para cobrar aquela penalidade administrativa. OBS12: Em caso de execução fiscal ajuizada pela união para cobrar multa em dívida ativa em face do empregador quem irá processar e julgar vai ser a justiça do trabalho, pois, se trata de uma ação que envolve penalidade administrativa aplicada a empregador por órgão de administração das relações de trabalho. 1.1.8) INCISO VIII Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) OBS1: Se trata das execuções de ofícios e contribuições previdenciárias, pois, as contribuições sociais mencionadas e previstas pelo art. 195, I, a, e e II, CRFB/88 são contribuições previdenciárias que incidem sobre salário de contribuição que normalmente são parcelas salariais que são recolhidas em favor do INSS. OBS2: Os assuntos abordados no art. 114, VIII, CRFB/88 são de competência da justiça do trabalho. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 OBS3: O que se encontrava no inciso VIII se encontrava previsto no § 3º que havia sido introduzido pela EC 20/98 e quando veio a EC 45/04 quando esta “redesenhou” o art. 114, CRFB/88 e pegou o § 3º como inciso VIII do mesmo art. OBS4: Isso não é uma novidade da EC 45/04 e sim uma novidade da EC 20/98. OBS5: É composta por parcelas salariais o chamado salário de contribuições que é base de cálculo das contribuições previdênciais. OBS6: Em decorrência das sentenças condenatórias haverá execuções trabalhistas e nestas serão calculados créditos trabalhistas e muitos deles de natureza salarial, mas o legislador vai dar a competência para justiça do trabalho para promover de ofício execução das contribuições previdenciárias e incidentes sobre a sentença que for proferida na justiça do trabalho e como se trata de uma execução de ofício o juiz do trabalho vai promover a execução das contribuições previdenciárias mesmo sem provocação. OBS7: Na própria execução trabalhista quando faturado o valor do crédito trabalhista como por exemplo horas extras e insalubridade se faz a apuração do valor do crédito trabalhista e já se calcula a contribuição previdenciária que incide sobre esse crédito. OBS8: No caso de horas extras o mesmo cálculo que irá apura-la irá apurar a contribuição previdenciária e será somada o crédito trabalhista e a contribuição e se o juiz do trabalho for promulgar uma execução trabalhista pra satisfazer o crédito trabalhista ele também irá buscar a satisfação sobre crédito previdenciário. OBS9: E quando houver cobrança a intimação do executado pra pagar é pra pagar todos os créditos tanto o trabalhista quanto o previdenciário e tudo no mesmo processo e na mesma execução. OBS10: Antes da EC 20/98 o INSS tinha que escrever a dívida ativa para promover uma execução fiscal na justiça federal e na maioria das vezes o INSS não ficava sabendo das sentenças trabalhistas e mesmo sabendo não tinha braço pra fazer a inscrição de dívida ativa e quando fazia promovia a execução fiscal na justiça federal como toda morosidade e o dinheiro não entrava nos cofres do INSS. OBS11: Hoje em dia o INSS faz inscrição de dívida ativa com eficiência e de maneira célere dentro da própria execução trabalhista. OBS12: A justiça do trabalho ajudou muito os cofres do INSS. OBS13: O art. 114, VIII, CRFB/88 se trata de sentença condenatória, pois, ela é título executivo que é base pra execução. OBS14: Sentença meramente declaratória não é um título executivo, pois, não tem o que se executar.OBS15: Sentença constitutiva também não é título executivo, pois, ela simplesmente cria, modifica ou extingue relação jurídica não se tem o que executar. OBS16: A sentença condenatória impõe o vencido o cumprimento de obrigação de dar, fazer ou não fazer. Súmula nº 368 do TST DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS. IMPOSTO DE RENDA. COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO. FORMA DE CÁLCULO. FATO GERADOR (aglutinada a parte final da Orientação Jurisprudencial nº 363 da SBDI-I à redação do item II e incluídos os itens IV, V e VI em sessão do Tribunal Pleno realizada em 26.06.2017) - Res. 219/2017, republicada em razão de erro material – DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017 I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição. (ex-OJ nº 141 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998). Súmula Vinculante 53 - STF A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituição Federal alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados. Publicação - DJe em 22/6/2015. OBS17: Quando o legislador inseriu o § 3º pela EC 20/98 e depois o transformou em VIII do art. 114, CRFB/88 com a EC 45/04 o INSS passou a entender que era qualquer sentença desde que seja trabalhista e existe uma sentença muito comum meramente declaratória que a sentença que reconhece a relação de emprego onde o reclamante apresenta uma reclamação trabalhista em face do reclamado alegando que foi empregado por determinado tempo com todos os requisitos do vínculo de emprego, mas a relação de emprego não foi reconhecida. OBS18: Quando for reconhecida o INSS irá cobrar as contribuições previdenciárias. OBS19: Mas a justiça do trabalho não tem competência para executar essas contribuições previdenciárias e incidentes sobre salários pagos ao longo do contrato de trabalho que foi reconhecido judicialmente. OBS20: A diferença é que a justiça do trabalho não vai condenar a pagar salários que já foram pagos ela só irar declarar ao longo do tempo que era empregado não serão os valores que serão executados e cobrados na justiça do trabalho. OBS21: Justiça do trabalho não cobra o passado, sendo assim, o INSS vai ter que fazer a inscrição de dívida ativa por meio de execução fiscal na justiça federal. 1.1.9) INCISO IX Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) OBS1: Antes da EC 45/04 o que está previsto no inciso IX se encontrava no final do caput do art. 114, CRFB/88. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 OBS2: A intenção original era de que a própria lei ordinária sem emenda constitucional poderia atribuir a competência para a justiça do trabalho pra julgar outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho. OBS3: O inciso IX já teve sua relevância e importância quando era parte final do art. 114, CRFB/88 no passado na sua redação original, pois, a justiça do trabalho era limitada a julgar as ações oriundas de relação de emprego. OBS4: Antigamente fazia sentido dar a legislação ordinária de atribuir outras controvérsias a justiça do trabalho desde que decorrentes da relação de trabalho. OBS5: Hoje em dia tudo que envolve relação de trabalho será de competência da justiça do trabalho. 1.1.10) Competência Normativa – art. 114, § 2º e § 3º, CRFB/88 Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADI nº 3423) (Vide ADI nº 3423) (Vide ADI nº 3423) (Vide ADI nº 3431) (Vide ADI nº 3432) (Vide ADI nº 3520) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) § 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADI nº 3423) (Vide ADI nº 3431) (Vide ADI nº 3520) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3423&processo=3423 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3392&processo=3392 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3392&processo=3392 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3423&processo=3423 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3431&processo=3431 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3432&processo=3432 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3520&processo=3520 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3423&numProcesso=3423 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=3431&processo=3431 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3520&processo=3520 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3432&processo=3432 OBS: Se trata de uma competência exclusiva da justiça do trabalho de criar normas, condições e proferir sentenças normativas com eficácia ultra partes. 2) Competência Territorial OBS1: Ratione Loci (Em razão do local). OBS1: É equivalente ao foro competente. OBS2: É um critério relativo. OBS3: Não é matéria de ordem pública. OBS4: Tem prazo, tempo e remédio certo para apresentar a incompetência territorial. OBS5: Se não for feito no prazo certo haverá na prorrogação de competência (juiz incompetente se torna competente). OBS6: O reclamado terá o prazo de 5 dias a partir da citação para apresentar a exceção de incompetência territorial e se caso não for apresentado dentro do prazo a matéria não pode ser alegadadepois, ou seja, ela preclui. 2.1) Local da prestação de trabalho – art. 651, CLT Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. (Vide Constituição Federal de 1988) OBS1: Se trata da regra geral OBS2: No art está escrito juntas de conciliação, pois, a redação é antiga. OBS3: A ação deve ser ajuizada no local da prestação de serviços. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art112 OBS4: No caso de empregado que muda de local de prestação de trabalho a ação pode ser ajuizada nos locais que ele prestou serviços e também pode cobrar tudo sobre os outros locais. OBS5: No caso do local de trabalho não tiver vara de trabalho a competência será da justiça estadual. 2.2) Agente ou Viajante – art. 651, § 1º, CLT Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. (Vide Constituição Federal de 1988) § 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. (Redação dada pela Lei nº 9.851, de 27.10.1999) (Vide Constituição Federal de 1988) OBS1: Os §§ do art. 651, CLT se tratam das exceções. OBS2: As hipóteses do art. 651, § 1º, CLT só se aplicam a empregado agente ou viajante (expressão antiga) comercial que é aquele que trabalha em determinada área geográfica rodando várias localidades ao mesmo tempo. OBS3: A competência territorial será do local em que a empresa tem agência ou filial desde que o empregado esteja subordinado a ela. OBS4: Se não houver vara de trabalho no local em que a empresa tenha agência ou filial que o empregado esteja subordinado o empregado pode ajuizar a ação no seu domicilio. 2.3) Brasileiro que trabalha no estrangeiro – art. 651, § 2º, CLT http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art112 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9851.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art112 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art112 Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. (Vide Constituição Federal de 1988) § 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. (Vide Constituição Federal de 1988) OBS1: Se trata de competência internacional. OBS2: Da a possibilidade a trabalhador brasileiro promover ação trabalhista no Brasil na justiça do trabalho brasileira. OBS3: Só é aplicável ao trabalhador seja brasileiro e desde que não haja convenção internacional que disponha o contrário. 2.4) Empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato – art. 651, § 3º, CLT Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. (Vide Constituição Federal de 1988) § 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. OBS1: Abre duas possibilidades ao empregado ele pode propor a ação trabalhista no local da contratação ou no lugar que ele presta serviços. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art112 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art112 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art112 OBS2: Só é aplicável quando for um empregador que promove a realização de atividades fora do contrato, ou seja, uma empresa que executa atividades que tem frentes de trabalhos em vários locais. OBS3: É o caso de empregados de circo ou de um pedreiro por exemplo. OBS4: A posição majoritária na jurisprudência e na doutrina é que o art. 651, § 3º, CLT se trata de empregadores promovem atividades esporádicas e permanentes em diversos locais. Partes e Procuradores 1) Partes Moarcy Amaral Santos: “Partes, no sentido processual, são as pessoas que pedem ou em relação às quais se pede a tutela jurisdicional”. OBS1: Nem todos os sujeitos do processo são partes. OBS2: Se trata de autor e réu ou reclamante e reclamado. 2) Litisconsórcio - arts. 113 a 118, CPC e art. 842, CLT Humberto Theodoro Junior: “Vem a ser a hipótese em que uma das partes do processo se compõe de várias pessoas”. OBS1: Se trata de pluralidade de partes. OBS2: Pode existir tanto no polo ativo quanto passivo. OBS3: Quando se tem mais de um autor será litisconsórcio ativo. OBS4: Quando se tem mais de um réu será litisconsórcio passivo. OBS5: Quando se tem mais de um autor e um réu será o litisconsórcio misto ou recíproco. OBS6: Na CLT não tem o regramento sobre a questão do litisconsórcio o que é cabível fonte subsidiaria que no caso o CPC desde que seja compatível. OBS7: Os critérios para classificação de litisconsórcio dependerão de sua obrigatoriedade. OBS8: O litisconsórcio é uma relação jurídica incindível. OBS9: Os arts. 113 a 118, CPC se aplicam ao direito processual do trabalho. OBS10: Há regramento na questão do litisconsórcio facultativo que se encontra previstos no art. 113, CPC. Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando: I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir; III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito. § 1º O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença. § 2º O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta, que recomeçará da intimação da decisão que o solucionar. Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes. OBS11: Só será necessário quando a lei estipular e quando isso decorrer da natureza jurídica controvertida. OBS12: Um exemplo de litisconsórcio necessário é a ação de usucapião. Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório, será: I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter integrado o processo; II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados. Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena deextinção do processo. Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes. OBS13: O litisconsórcio só será unitário quando a decisão judicial for a mesma para as partes e simples se a decisão for diferente. OBS14: Quando o litisconsórcio for necessário em razão de sua natureza ele também poderá ser unitário. Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar. Art. 118. Cada litisconsorte tem o direito de promover o andamento do processo, e todos devem ser intimados dos respectivos atos. OBS15: O litisconsórcio originário é o litisconsórcio formado pela petição inicial tanto pelo polo passivo quanto ativo. OBS16: O litisconsórcio ulterior após a propositura da ação. OBS17: Há dois arts na CLT que tratam de 2 hipóteses de litisconsórcios. OBS18: O art. 842 é a norma antiga e o art. 611-A, § 5º é a norma nova. Orientação Jurisprudencial 310/TST-SDI-I - 11/08/2003 - Recurso. Contestação. Prazo em dobro. Litisconsórcio. Procuradores distintos. CPC/1973, art. 191. CPC/2015, art. 229, caput e §§ 1º e 2º. Inaplicável ao processo do trabalho. Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no CPC/2015, art. 229, caput e §§ 1º e 2º - CPC/2015 (CPC/1973, art. 191 - CPC de 1973), e razão de incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente. Art. 842 - Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou estabelecimento. OBS18: Se trata de um requisito. OBS19: Se houver vários empregados reclamando e postulando a mesma matéria e esses empregados trabalham para o mesmo empregador é cabível o litisconsórcio. OBS20: Se trata de reclamação trabalhista plúrima que é uma espécie de litisconsórcio ativo, facultativo e simples, pois esse direito pode ser postulado individualmente. Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00058691973-191 https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00131052015-229 https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00131052015-229 https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00131052015 https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00058691973-191 https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00058691973-191 https://www.legjur.com/legislacao/art/lei_00058691973 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 § 5o Os sindicatos subscritores de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho deverão participar, como litisconsortes necessários, em ação individual ou coletiva, que tenha como objeto a anulação de cláusulas desses instrumentos. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) OBS21: Se trata de uma novidade imposta pela reforma trabalhista. OBS22: Se trata de litisconsórcio necessário em convenção coletiva ou acordo coletivo envolvendo sindicato que envolvam anulação de cláusulas. OBS23: É um litisconsórcio simples, pois se trata de decisão diferente. 3) Capacidade É a aptidão para praticar atos. 3.1) Capacidade ser parte Carlos Henrique Bezerra Leite: “Todo ser humano tem capacidade de ser (em juízo), independentemente de sua idade ou condição psíquica ou mental, seja para propor ação, seja para defender-se". OBS1: Todos podem ser autores ou réus em processo, pois todos tem capacidade ser parte é inerente a natureza humana por se tratar de um direito fundamental. OBS2: É aplicável a pessoas jurídicas. 3.2) Capacidade processual Também chamada de capacidade de estar em juízo, é outorgada OBS1: Se pode ser capacidade ser parte, mas não pode se ter capacidade processual. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 OBS2: Se baseia na capacidade civil podem ser representados ou assistidos. 4) Ius Postulandi – arts. 791 e 855-B, CLT É o direito de postular. Carlos Henrique Bezerra Leite: O ius postulandi nada mais é do que a capacidade de postular em juízo. OBS1: Quem postula é o advogado. OBS2: Há exceções nos casos que envolvam por exemplo habeas corpus e a justiça do trabalho. Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. OBS3: Antigamente a justiça do trabalho não fazia parte do judiciário. OBS4: Reclamar pessoalmente é postular pessoalmente. Súmula nº 425 do TST JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. Res. 165/2010, DEJT divulgado em 30.04.2010 e 03 e 04.05.2010 O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. OBS5: O ius postulandi continua valendo, porém há limites só alcança a vara do trabalho e TRT, sendo assim, não existe ius postulandi em TST. OBS6: Em caso de recurso de revista, ação rescisória, ação cautelar, mandado de segurança e recursos de competência quem irá postular é o advogado, sendo assim, não sendo aplicado o ius postulandi. OBS7: Não existe ação cautelar no CPC/15. OBS8: Tutela cautelar é pedida no mesmo processo de maneira antecedente ou procedente. OBS9: Tem a ver com a efetividade do processo. OBS10: Tutela provisória é gênero. OBS11: A tutela cautelar preservar o ultimo resultado do processo. Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) OBS12: É quando as partes estão levando ao judiciário acordo extrajudicial (fora da justiça) estipulado pelas mesmas para ser homologado, mas nesse caso é necessário um advogado e advogados diferentes, sendo assim, não é cabível o ius postulandi. 5) Honorários Advocatícios - art. 791-A, CLT Antes da reforma trabalhista: art. 14 da Lei 5.584/70 e súmula 219 do STJ OBS1: Não se trata de honorários advocatícios contratuais e sim de honorários de sucumbência previstos na decisão judicial. Art 14. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador. OBS2: Só eram concedidos com requisitos com a assistência do sindicato e hipossuficiência financeira. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L1060.htm Súmula nº 219 do TST HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO (alterada a redação do item I e acrescidos os itens IV a VI em decorrência do CPC de 2015) - Res. 204/2016, DEJT divulgado em 17, 18 e 21.03.2016 I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. (art.14,§1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305da SBDI-I). II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no