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Pr. Romilton Lourenço
Os Dez Mandamentos 
para os dias atuais
Revista de Jovens e Adultos da Convenção Batista Fluminense
An
o 1
6 
- n
° 6
5 
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 Ju
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 2
02
0
LIÇÕESSUMÁRIO LIÇÕ
ES
02 FESTA DO AMOR 2020
03 PALAVRA DO DIRETORPR. AMILTON VARGAS 
05e06 30 DIAS DE ORAÇÃO
10
VIRA CRIANÇA
AJUDANDO A CRIANÇA 
A CRESCER COM CRISTO
11 APRESENTAÇÃOPR. ROMILTON LOURENÇO
09 CONGRESSO DE EBD
07 PALAVRA DO REDATORPR. MARCOS ZUMPICHIATTE MIRANDA
LIÇÃO 1 - UMA SOCIEDADE QUE 
DESCONSIDERA OS MANDAMENTOS 
DIVINOS 12
LIÇÃO 2 – RELACIONAMENTO PERIGO
SO16
LIÇÃO 3 – A IMAGEM DO DEUS INVISÍ
VEL20
LIÇÃO 4 – O NOME QUE ESTÁ 
SOBRE TODO NOME24
LIÇÃO 5 – JESUS É O SENHOR DO SÁB
ADO28
LIÇÃO 6 – CÓDIGO DE HONRA32
LIÇÃO 7 – ESTANCANDO O SANGUE36
LIÇÃO 8 – ADÚLTEROS E ADULTÉRIO N
A 
BALANÇA DE DEUS40
LIÇÃO 9 – SEJA HONESTO44
LIÇÃO 10 – EM CONFRONTO COM A VERD
ADE48
LIÇÃO 11 – OLHOS COBIÇOSOS52
LIÇÃO 12 – O PRIMEIRO GRANDE 
MANDAMENTO56
LIÇÃO 13 – O SEGUNDO GRANDE 
MANDAMENTO60
3
PALAVRA DO DIRETOR
Do mesmo modo que o Apóstolo Paulo 
escreveu aos irmãos e líderes da Igreja em 
Filipos, agradeço o apoio de todos na Cam-
panha de Missões Estaduais do ano passado. 
Suas orações e contribuições nos fizeram 
perceber o amor do Senhor, permitindo assim 
que a obra de evangelização no campo flumi-
nense expandisse e vidas puderam ser salvas.
Temos como tema de Missões Estaduais 
este ano: SIM, EU CREIO! Esta afirmação 
nos remete ao projeto de crescimento do 
Reino de Deus e nos lança ao principal de-
safio deste ano: Capacitar 1600 líderes como 
evangelistas PARA ATUAR EM CAMPANHAS 
DE EVANGELIZAÇÃO EM TODO O Estado do 
Rio de Janeiro.
Em nossa parceria com Evangelismo 
Explosivo Internacional no Brasil, já capaci-
tamos quase 500 evangelistas até fevereiro 
deste ano, que está sendo um ano de novos 
projetos na Plantação e Fortalecimento de 
Igrejas, Capelanias, Projetos Missionários 
Especiais e grande foco na Campanha Esta-
dual de Evangelização.
 Com sua ajuda, organizamos novas igre-
jas, batizamos pessoas fruto das capelanias 
prisional, hospitalar, universitária e esporti-
va. Também foram realizados batismos de 
pessoas fruto de nossos projetos especiais 
e, através de parcerias com várias igrejas, 
são mantidos 23 “Projetos PEDE” em co-
munidades, além do “Projeto Escolhas” em 
escolas, frentes de trabalho com depen-
dentes químicos e outros com crianças em 
vulnerabilidade social, além de atendimento 
espiritual a idosos no Lar Batista. São de 
58 Projetos Missionários em todo o campo 
fluminense agregando, além dos nossos 
missionários do quadro, mais de 800 volun-
tários até dezembro de 2019.
Com sua ajuda, batizamos, estimulamos 
muitos novos projetos especiais, demos 
atendimento espiritual a aproximadamente 
110.000 pessoas, apenas nos hospitais em 
2019, apoiamos diversos projetos, igrejas e 
congregações com poucos membros e que 
estão sendo fortalecidas.
Embora tenhamos muita gratidão pelas 
ofertas do ano passado, os recursos são in-
suficientes para custeio da obra missionária, 
estamos precisando de sua ajuda para não 
reduzir, mas ampliar essa obra tão impor-
tante, daí enfatizar: Ame essa obra, ore e se 
envolva com nossos líderes e missionários, 
mas não deixe de contribuir. Faça uma oferta 
EXPRESSANDO NOSSA GRATIDÃO...
 “Dou graças ao meu Deus todas as 
vezes que me lembro de vós, 
Fazendo sempre com alegria oração 
por vós em todas as minhas súplicas, 
pela vossa cooperação no evangelho 
desde o primeiro dia até agora.”
(Filipenses 1:3-5)
4
especial, pois sem seu suporte não conse-
guiremos avançar.
Faça uma doação voluntária de amor e 
fé, por depósito, TED, ou DOC na conta do 
Departamento de Evangelismo e Missões:
NOME: CONVENÇÃO BATISTA FLUMINENSE
BANCO: BRADESCO
AGÊNCIA: 2376-0
CONTA: 12.521-0
CNPJ 07026815/0001-99
(ESSA É A CONTA USADA EXCLUSIVAMENTE 
PARA MISSÕES E EVANGELISMO)
No site (www.batistasfluminense.org.br) 
você encontrará todas as orientações para 
cooperar com essa grande obra, imprimindo 
seu boleto. Caso tenha alguma dificuldade, 
pode solicitar ajuda pelo telefone (21) 2620-
1515 ramal 218. 
Queremos agradecer a Deus por sua 
oferta e, também orar por você. Se você pu-
der, por gentileza envie pelo WhatsApp ou 
por e-mail (evangelismo@batistafluminen-
se.org.br), o comprovante de sua preciosa 
oferta, nome e da sua Igreja, bem como a 
Associação a qual pertence.
Dentre outras, temos relevantes reali-
zações através de nossas organizações, de-
partamentos e áreas, como UFMBF, UMHBF, 
JUBERJ, ADIBERJ e AMBF, JUNEDAS, DEM 
e DER, por exemplo:
Através do Seminário Teológico Batis-
ta Fluminense (FABERJ), em nossa sede e 
nos mais de 30 polos de parcerias somando 
mais de 1300 alunos através do curso bási-
co de teologia, na parceria com seminários 
e na modalidade EAD em Teologia, Educação 
Cristã, Música e Adoração e Formação em 
Ministro de Família. Nosso objetivo prin-
cipal acompanhar o vocacionado desde o 
processo de despertamento até a formação 
e aprimoramento pós-formação. Contamos 
sempre com o apoio das igrejas e pastores 
para que cumpramos a nossa missão na 
formação e multiplicação de uma liderança 
comprometida com a palavra de Deus, com 
a Igreja de Cristo e com a obra missionária.
Nosso Lar Batista tem cumprido com 
o seu papel no acolhimento de idosos, 
cuidando, evangelizando e restaurando a 
dignidade de cada um que ali é acolhido. 
Foram mais de 50 conversões a Jesus nos 
últimos 4 anos. O serviço do Lar Batista tem 
proporcionado a alegria de recuperar a ca-
pacidade motora e de locomoção de idosos 
que ali chegaram incapacitados. Há caso de 
idosos que não enxergavam e que tiveram 
a capacidade de visão total ou parcialmente 
recuperada. Como resultado do seu trabalho 
o Lar Batista foi eleito para ocupar uma das 
cadeiras titulares no CMAS (Conselho Mu-
nicipal de Assistência Social) do Município 
de Niterói, órgão que reúne representantes 
do governo e da sociedade civil para discutir, 
estabelecer normas e fiscalizar a prestação 
de serviços sociais públicos e privados no 
Município, além de projetos de evangeliza-
ção para crianças e adolescentes.
O Senhor tem nos sustentado e conti-
nuará sustentando em glória, você, sua fa-
mília e sua igreja.
No amor de Cristo,
Pr. Amilton Vargas
Diretor Executivo da Convenção Batista 
Fluminense e Pastor Interino da 
PIB Universitária do Brasil
PS. Caso você queira participar como 
evangelista no projeto “SIM EU CREIO”, ou 
precise de capacitação, faça contato com 
seu pastor, sua Associação para que solicite 
aos nossos Departamentos: Evangelismo e 
Missões e de Educação Religiosa, a assis-
tência às igrejas de sua região. Verifique 
também em nosso calendário os eventos de 
capacitação já programados, para que você 
possa participar.
7
PALAVRA DO REDATOR
PLANO DE CRESCIMENTO PARA 
A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
A Bíblia usa a palavra crescimen-
to para identificar o processo educa-
tivo. Este processo faz parte do cres-
cimento que visa desenvolver nossas 
potencialidades e vencer nossas fra-
quezas, nos identificando com Cristo. 
A Palavra de Deus é enfática nes-
te assunto:
“Cresçamos em tudo” – Efésios 4.15
“Crescendo no conhecimento” – 
Colossenses 1.10
“Crescei na graça e no conheci-
mento de nosso Senhor...” 2Pedro 3.18
Mas o crescimento do crente não 
se dá somente de forma individual. 
Paulo diz que esse crescimento 
acontece com a contribuição da Igre-
ja, onde há participação de todos: 
uns plantando e outros regando, 
com a certeza de que é Deus quem 
dá o crescimento.
Neste olhar, a Escola Bíblica Do-
minical se torna uma organização 
fundamental para o crescimento do 
cristão e do não cristão. Entretanto, 
percebemos que em muitos lugares 
a EBD parou no tempo, estagnou, 
e por isso, educadores, diretores 
da EBD e pastores têm se preocu-
pado em como e o quê fazer para o 
crescimento da Escola Bíblica Domi-
nical, cumprindo assim seu objetivo 
de fazer e ensinar discípulos: “Fazei 
discípulos detodas as nações, bati-
zando-os em nome do Pai, e do Fi-
lho e do Espírito Santo; ensinando-
-os a guardar todas as coisas que 
eu vos tenho mandado; e eis que 
eu estou convosco todos os dias, 
 “antes crescei na graça e 
conhecimento de nosso Senhor 
e Salvador Jesus Cristo. A ele 
seja dada a glória, assim agora 
como no dia da eternidade. 
Amém” (2Pe 3.18)
8
até a consumação dos séculos”. 
(Mt 28.19-20).
Dentro desse plano de crescimen-
to, destacamos algumas ideias para 
que a Escola Bíblica Dominical cres-
ça1: 
1. Localizar o povo – Os líde-
res da EBD precisam saber onde 
se encontra o seu público alvo. 
É necessário saber quem são e onde 
estão os alunos em potencial a serem 
matriculados na Escola Bíblica Do-
minical. Onde está a fonte de novos 
alunos? 
a) Lista de novos convertidos 
– Muitos se convertem e não voltam 
mais à Igreja. Precisamos buscá-
-los! Os novos convertidos são como 
crianças recém-nascidas em Cristo; 
precisam ser recepcionados e iden-
tificados imediatamente após a con-
versão. 
b) Relação de visitantes na EBD 
e nos cultos da igreja; 
c) O rol de membros da Igreja 
– O rol de membros é uma fonte qua-
se inesgotável. Faça uma campanha 
com o lema “Cada crente um aluno”. 
O número de matriculados na EBD 
deverá ser maior que o número de 
crentes no rol de membros da Igreja; 
d) A comunidade ao redor da 
igreja – Faça um recenseamento. 
Faça uma visita às famílias e convide-
-as para visitar a Escola Bíblica Domi-
nical. (Organize uma classe para não 
crentes.); 
1 - https://pregadorjeandersonnunes.webnode.com.br/products
2. Promova uma campanha 
contínua de matrículas – Existe 
uma ligação direta entre a matrícula 
e a presença na EBD. À medida que 
cresce a matrícula, cresce também a 
presença; 
3. Elabore um programa de vi-
sitação – A visitação visa encorajar 
os alunos ausentes, e reintegrá-los à 
vida cristã. Todo domingo, cada clas-
se deve preparar uma lista de alunos 
ausentes e determinar quem da clas-
se os visitará durante a semana; 
4. Providenciar espaço adequa-
do – Não adianta pensar em matri-
cular novos alunos, em formar novas 
classes, se não existe espaço para a 
nova classe funcionar. Este é um dos 
principais problemas que explicam o 
pouco crescimento na maioria das 
Escolas Dominicais.
Aqui vão algumas sugestões para 
ajudar no crescimento de sua EBD. 
Creio que outras poderão surgir ou 
até mesmo você, como diretor de 
EBD ou professor, tem utilizado outras 
ferramentas. Envie-nos sugestões e 
exemplos que foram utilizados na sua 
Igreja que ajudou na revitalização da 
sua EBD para o e-mail: educacaoreli-
giosa@batistafluminense.org.br, que 
publicaremos nas próximas edições.
Pr. Marcos Zumpichiatte Miranda
Redator da Revista Palavra e Vida 
Coordenador do Departamento de 
Educação Religiosa
11
Romilton Louren-
ço, pastor da Igreja 
Batista Central em 
Praça da Bandeira, 
São João de Meri-
ti – RJ, Bacharel em 
Teologia pelo Seminá-
rio Teológico Batista 
da Pavuna, graduado em Pedagogia pela 
Universidade de Uberaba, pós graduado 
em Teologia Contemporânea pelo STBP, 
casado com Mariélia Souza Queiroz, pai 
de Yuri Queiroz Lourenço e Laura Queiroz 
Lourenço e avô de Alice Vieira Queiroz 
Lourenço.
QUEM ESCREVEU
APRESENTAÇÃO
Você seria capaz de descrever o mundo 
atual em uma só palavra? Nos faltam adjeti-
vos para caracterizar o estado social do nos-
so planeta.
Dias desses, estava parado embaixo do 
semáforo e respeitando o sinal vermelho, 
quando vi uma cena, não rara, mas que me 
chamou a atenção. À minha frente, uma faixa 
para pedestres. Do meu lado direito, foi pos-
sível observar que no semáforo de pedestres, 
o verde se apagou e a luz vermelha começou 
a oscilar. Muitos pedestres apressaram os 
passos na faixa de travessia. Do meu lado 
esquerdo, o automóvel estava sendo guiado 
por um rapaz, sem o cinto de segurança. Ele 
olhava para o semáforo sobre nós e, ao mes-
mo tempo, acelerava fundo, dando mais tor-
ques no motor e buzinando com veemência. 
Foi exatamente neste momento que um 
senhor, apoiado em seu andador, pôs os pés 
no início da faixa e começou a sua travessia. 
Logo que vi a cena, retirei o pé da embreagem 
e, com os olhos preocupados, acompanhei 
a longa travessia deste senhor. Foi possível 
ouvir o som, quase que ensurdecedor, das 
buzinas que se misturavam às palavras de 
baixo calão, soando atrás de mim. O moço 
do meu lado esquerdo estava em desespero. 
Ao final da travessia deste senhor, o semá-
foro indicou sinal vermelho para todos nós, 
nos impossibilitando de continuar o trajeto. 
São as leis do trânsito.
As leis foram feitas para quem? No caso 
acima, você entende que a lei foi feita para 
mim, ou para o rapaz ansioso do meu lado? 
As leis foram feitas para todos. A lei tipifica 
o fato: no caso concreto trata de quem a 
delinque; no caso de regulação a todos que, 
igualmente, podem vir a desobedecê-la. Leis 
são mandamentos. As leis são princípios e 
normas que foram criadas para estabelecer 
como devemos nos comportar.
Na Bíblia, em especial no Livro de Êxo-
do, encontramos um povo recém liberto da 
escravidão que ainda não era uma nação. Os 
hebreus, embora caminhassem livres rumo à 
Terra Prometida, eram ágrafos e anômicos, 
ou seja, não tinham uma escrita definida, 
tampouco tinham leis sobre si. Yahweh não 
foi apenas o libertador de Israel, da sua servi-
dão aos egípcios, mas era também o seu le-
gislador. Mesmo livres, o povo de Israel, para 
ser uma nação, teria que admitir um código 
legal e divinamente inspirado, a saber, os dez 
mandamentos (Êx 20.3-17; Dt 5.7-21).
Permita-me algumas sugestões: releia 
os dez mandamentos; estude também o ser-
mão da montanha registrado nos capítulos 5, 
6 e 7 do evangelho de Mateus; e agregue à 
sua memória os dois grandes mandamentos 
de Jesus em que devemos amar a Deus e ao 
próximo (Mt 22.37-40). Isso possibilitará a 
você descobrir nestas lições, se a sociedade 
atual desconhece ou descumpre a todos os 
princípios da Lei divina.
12
UMA SOCIEDADE QUE 
DESCONSIDERA OS MANDAMENTOS 
DIVINOS
LIÇÃO 1
DATA DO ESTUDO
Texto Básico: Oséias 4.6
Os historiadores cristãos divi-
dem a trajetória humana, desde a 
Criação até os dias atuais, em lon-
gos períodos de tempo: Pré-História 
humana, que compreende entre o 
Jardim do Éden até o início da escri-
ta; Antiguidade, período entre 4000 
a.C. a 476 d.C.; Idade Média, entre 
476 d.C. e 1453 d.C., que marcou 
a queda de Constantinopla; Idade 
Moderna, que compreende o perío-
do de 1453 d.C. até 1789 d.C, ano 
do início da Revolução Francesa; 
e Pós-modernidade, que teve seu 
início em 1989, com a queda do 
Muro de Berlim e durou até 2001, 
marcada pela queda das Torres 
Gêmeas nos EUA. De 2001 até os 
dias atuais, não há uma definição do 
período em que estamos da nossa 
História. O sociólogo Zygmunt Bau-
man defende que o período atual é 
de uma sociedade líquida, que insis-
te nas decisões individualistas, pois 
tudo é relativo.
A sociedade atual defende que 
o pluralismo de ideias deve ser res-
peitado e que a tolerância necessita 
estar sempre acima da lei de Deus e 
dos homens. Os homens tornaram-se 
amantes de si mesmos (2Tm 3.1-5). 
Deus e os princípios morais divinos, 
13
deixaram de ser o centro, o início e o 
fim de tudo. Na sociedade atual, não 
há espaço para os princípios imutá-
veis constantes nas Escrituras Sa-
gradas. O homem de hoje, com seu 
ego inflado, ocupa todos os espaços. 
Nos dias atuais, não há mais espaço 
para Deus na consciência humana, 
há sim, o desprezo pelo sagrado, o 
desrespeito pelas leis e a redução do 
Ser de Deus a um mero mordomo, 
ávido para servir e atender aos mais 
absurdos desejos humanos.
O Senhor Jesus nos exorta a bus-
car a Deus e a sua justiça antes de 
tudo (Mt 6.33). Jesus nos diz que de-
vemos fazer do governo soberano de 
Deus e do nosso responsável relacio-
namento com o Criador, a mais alta 
prioridade da nossa vida. Na escala 
de valores desta vida, classificamos 
que o corpo vale mais do que o ves-
tuário, a vidavale mais do que o que 
comemos. Entretanto, acima de to-
das essas coisas terrenas, devemos 
buscar a comunhão com Deus. Quem 
opta por entregar a Deus o primeiro 
lugar da sua vida, desfrutará do cui-
dado divino (Rm 8.32).
1 - O DESCONHECIMENTO DOS 
PRINCÍPIOS MORAIS DE DEUS
O profeta Oséias nos assegura 
que o povo de Deus não é destruído 
pelo inimigo, pois contra ele podemos 
lutar, resistir e até fugir na tentativa 
de sobreviver; não somos destruídos 
pelas pragas e doenças deste mun-
do, pois o cuidado com a saúde e o 
1 - Teologia Sistemática STRONG – São Paulo, Hagnos, 2003 p 144
avanço da ciência tende a nos fazer 
mais saudáveis. O povo de Deus é 
destruído pela ignorância, pela falta 
de conhecimento. O que nos des-
trói, definitivamente, é a ausência do 
conhecimento de Deus e dos seus 
caminhos. O povo de Israel estava 
sendo aniquilado por falta de conhe-
cimento que vem através da Sua Lei 
(Os 4.1,2). Os próprios sacerdotes, 
intérpretes da Lei, estavam recusan-
do o aprendizado e o ensino da Lei. 
Observe o que Deus diz: “o meu 
povo...”. A nação de Israel estava per-
dendo o relacionamento com Deus 
por conta da falta de observação da 
Lei moral de Deus. Ao rejeitar o co-
nhecimento de Deus e os seus cami-
nhos, estavam cavando as suas pró-
prias sepulturas. Fé, conhecimento e 
obediência a Deus são indissociáveis.
Alguns dizem que pecar é errar o 
alvo. “Uma das palavras comumente 
traduzidas como ‘pecado’, ou empre-
gadas como seus sinônimos hata ou 
hamartía = erro ao alvo, falha, insu-
ficiência”1. Entretanto, podemos errar 
o alvo tentando acertar. Pecar é de-
sobedecer às leis de Deus (1Jo 3.4). 
São complexas e muito extensas as 
leis de Deus, por isso foi dada a Moi-
sés a bênção de resumi-las em dez 
grandes Mandamentos. São Man-
damentos e não recomendações ou 
sugestões. Pelo contrário, Deus quer 
que cumpramos todos os seus Man-
damentos (Êx 24.7). 
O Novo Testamento é claro em 
nos dizer que a salvação não vem 
da Lei, mas da fé em Jesus. A Lei do 
14
passado serviu como placas indicati-
vas, até que a humanidade chegas-
se ao Cristo Salvador (Gl 3.23-25). A 
função disciplinar da Lei, no passado, 
cessou com a vinda do Senhor Jesus 
(Rm 10.4). Entretanto, a Lei ainda 
opera, principalmente nos corações 
dos pecadores, com a finalidade de 
despertá-los para Cristo.
2 - CONSEQUÊNCIAS DA 
DESOBEDIÊNCIA À LEI DIVINA
Desde que a humanidade optou 
por ignorar as Leis morais de Deus, 
o caos foi instaurado. Adolf Hitler é o 
filho gerado pela sociedade moder-
na. A humanidade, que desconhece 
as Leis divinas, experimentou duas 
grandes Guerras Mundiais. Se sair-
mos da visão caótica que apenas 
amplia momentos de trevas na histó-
ria e entrarmos nos dramas internos 
dessa sociedade, veremos o número 
crescente da violência contra a mu-
lher. Enquanto poucos conseguem, 
pelo menos, três refeições diárias, 
existem muitos adultos, jovens e 
crianças remexendo latas de lixo em 
busca de algo para comer. Hoje à 
noite alguns terão um colchão e um 
cobertor para descansar, mas exis-
tem pessoas cujo teto sobre si é uma 
marquise e o único bem que possui, 
além de poucas roupas, é um pedaço 
de papelão para repousar o seu cor-
po. Muitos que dormem sob as mar-
quises, não é pela consequência do 
uso de drogas ou do álcool, mas por 
causa do desemprego e da miséria. 
A crescente e incurável epidemia 
da Aids é uma triste realidade. As ar-
mas de grosso calibre, que deveriam 
ser utilizadas apenas pelas forças 
armadas em defesa da sociedade, 
estão espalhadas nas mãos de ho-
mens maus que ameaçam, saqueiam 
e matam uma população indefesa e 
acuada. As notícias de que homens-
-bomba assassinaram inocentes por 
causa de suas insanidades, parece 
não mais alarmar, tamanha rotina no 
Oriente Médio. Quantas crianças, jo-
vens, adultos e idosos arriscam suas 
vidas sobre perigosas embarcações 
na travessia de mares e rios, na ten-
tativa de se refugiarem em outros 
países em busca de paz? Cresce-
mos mundialmente. Somos 7 bilhões 
de habitantes que cresce a cada dia. 
Temos fama de que vivemos, mas 
estamos mortos (Ap 3.1). A humani-
dade tem colhido os frutos amargos 
por causa de sua desobediência 
(Dt 28.15). 
3 - O AMOR E A LEI
Durante a Segunda Guerra Mun-
dial e na agonia do holocausto dos 
judeus, dentro do campo de concen-
tração existia um acordo, algo tácito: 
as judias que engravidassem dos 
soldados nazistas teriam direito à li-
berdade, levando consigo, não ape-
nas o filho no ventre, mas também 
os filhos judeus. Em nome do amor 
aos filhos, a fim de amenizar seus 
sofrimentos, muitas judias se prosti-
tuíam. Será que esse amor pela fa-
mília ultrapassa qualquer objeção à 
lei moral? Será que a fornicação e o 
15
sexo ilícito são perdoados por causa 
do amor? Toda atitude sem amor, ten-
de a ser ofensiva. Contudo, o aborto 
para salvar apenas a mãe e a euta-
násia, que toma o lugar de Deus para 
decidir quem vive ou quem morre, 
jamais podem ser considerados atos 
de amor sem antes esbarrar no limite 
da Lei de Deus que diz: “não mata-
rás” (Êx 20.13). Alguns homens estão 
distorcendo o entendimento do que é 
o amor, alegando que “não estamos 
sob a lei, mas sob a graça” (Rm 6.14). 
Tomam como exemplo a decisão do 
Senhor Jesus em perdoar uma mu-
lher pega em adultério (Jo 8.1-11). 
Erroneamente, estão se apossando 
do amor para legalizar seus pecados, 
afinal, há quem diga que Moisés nos 
trouxe uma Lei que já está ultrapas-
sada, mas Cristo é a única Lei.
Com isso, muitos estão justifi-
cando seus erros e pecados, sobre-
pujando a lei em nome do amor. Até 
cristãos estão trocando de esposas 
por causa desse pseudo amor. Jesus 
não veio para revogar a Lei, mas para 
cumpri-la (Mt 5.17). Ao confrontar os 
acusadores da mulher pega adulte-
rando, precisamos observar a frase 
final dita por Jesus: “... vá e não pe-
ques mais.” (Jo 8.11). Ainda que te-
nha perdoado, Jesus faz questão de 
afirmar que houve pecado.
PARA PENSAR E AGIR:
Quando você pensa no antigo 
código moral de Deus, conhecido 
como os Dez Mandamentos, não 
vem à sua mente a figura de Moisés 
segurando duas tábuas de pedras, 
uma em cada mão? Porventura, não 
lhe dá a sensação de que tal figura 
é antiquada, na verdade um símbolo 
ultrapassado? É justamente o que a 
sociedade, ao longo do tempo, foi in-
ternalizando: as leis morais de Deus 
são retrógradas. Não parece estra-
nho, saber que Jesus defendeu as 
Leis, além de cumpri-las? 
Nas paredes dos tribunais huma-
nos, juízes têm sobre si uma figura 
estereotipada do Cristo numa escul-
tura fixada, mas grande parte dos 
magistrados dos dias atuais, consul-
tam suas leis e ignoram as de Deus 
em suas decisões.
O Decálogo não deve ser com-
parado às peças de um museu. 
Na verdade, os Dez Mandamentos 
sempre nos oferecerão soluções prá-
ticas para nossos dilemas existen-
ciais e sociais. Você pode imaginar 
um mundo sem leis? Buzinaríamos 
em frente aos hospitais; não reduzi-
ríamos a velocidade no perímetro es-
colar; não teríamos um guarda corpo 
na estrada e todos nós estaríamos 
em perigo por causa do desfiladei-
ro em uma curva da montanha, por 
exemplo.
Le
itu
ra
 Di
ár
ia
Segunda: Mateus 19.17
Terça: Romanos 13.8-10 
Quarta: Mateus 5.17-18
Quinta: Romanos 2.12-15
Sexta: Gálatas 3.23-25
Sábado: Salmos 37.30-31 
Domingo: Mateus 22.37-40
16
LIÇÃO 2
DATA DO ESTUDO
Texto Básico: Êxodo 20.1-3
A parábola do Filho Pródigo 
(Lc 15.11-32) é mais do que uma 
história, trata-se de um alerta do 
Senhor Jesus aos seus discípulos. 
A narrativa é em torno de um filho 
que rompe a sua intimidade frater-
nal e vai em busca de outros rela-
cionamentos. Podemos conjecturar 
que o pai exortou ao seu filho, mas 
este, colocando as mãos sobre suas 
orelhas, tenha dito: “não quero ouvir, 
apenas deixe-me ir!” O desejo do Fi-
lho Pródigo era sair em busca de no-
vos relacionamentos, novas aventu-
ras. Abandonar o seu pai e cair no 
mundo, era mais do que um objetivo 
do Filho Pródigo, era uma obsessão. 
Algum tempo depois,ele colheu as 
consequências de sua decisão in-
sensata. Ao voltar para casa, o Filho 
Pródigo trazia no corpo e na alma 
as humilhações dos relacionamen-
tos ocasionados pelo mundo.
Foi por isso que Deus nos es-
creveu o Primeiro Mandamento. Na 
verdade, esse Mandamento é uma 
advertência que nos transmite uma 
profunda preocupação do Senhor 
com a nossa integridade física, 
moral, psíquica e espiritual. Sua in-
tenção é nos advertir do perigo que 
existe em nos relacionarmos com 
quem quer que seja diferente dEle, 
quão grande é o risco de entregar 
nossa fidelidade e dedicação a deu-
ses que na verdade nunca existiram. 
RELACIONAMENTO PERIGOSO
O Primeiro Mandamento – Êx 20.3: “Não terás outros 
deuses diante de mim.”
17
O Primeiro Mandamento é a ma-
nifestação do amor de Deus ao seu 
povo. O Primeiro Mandamento é um 
alerta: se optarmos por Deus, te-
remos guarda, carinho e salvação, 
mas se O substituirmos por algo ou 
alguém, estes nos trarão falsas e 
momentâneas alegrias, pois fora de 
Deus teremos humilhação, desespe-
rança e condenação.
1 - RELACIONAMENTO COM DEUS 
E “DEUSES” NA BÍBLIA.
A intenção da Bíblia é clara em 
provar que só existe um Único Deus 
(Is 43.10; 1Co 8.6). Não existem deu-
ses. Entretanto, no período do antigo 
povo de Israel, muitas nações adora-
vam seus ídolos. Os filisteus suplica-
vam a Dagon por prosperidade em 
suas colheitas. Moloque era adora-
do pelos amorreus e exigia crianças 
como sacrifício. Uma abertura na 
estátua de Moloque foi transforma-
da em fornalha e ali os bebês eram 
lançados sobre a chama ardente e 
sacrificados. Em troca, os amorreus 
acreditavam que Moloque lhes con-
cederia vitória sobre seus inimigos 
nas guerras. Uma deusa comumente 
adorada, em especial pelos fenícios, 
era Astarote, que consentia, segundo 
suas devoções, a fertilidade. 
Quando Deus chama Abrão para 
sua jornada de fé, lhe assegura que 
será o seu Deus e irá protegê-lo 
(Gn 12.1-3). Após livrar o povo da 
servidão no Egito, Deus os lembra 
que foi Ele quem os tirou da escravi-
dão e reafirma: “Eu sou o Senhor teu 
Deus...” (Êx 20.2).
Deus exige de nós exclusividade: 
“não tenham outros deuses!”. Alguns 
interpretam este Primeiro Manda-
mento como uma arrogância divina. 
Uma rápida análise diria que Deus 
quer tudo para sua glória. Imagine 
alguém nos dizer: “não tomem mais 
remédio, vou curar todos vocês. Não 
trabalhem mais, eu vou sustentar 
vocês”. Será que alguém ou algo é 
capaz de ordenar isso e cumprir? Ja-
mais! Mas Deus, é capaz? Sim, claro! 
Então, Deus não é arrogante, mas 
poderoso, pois promete e cumpre. 
Entretanto, Deus não poderia ser 
mais humilde, possibilitando-nos ou-
tros relacionamentos? Deus certa-
mente é humilde, pois se relaciona 
conosco. O que Deus não tem é a 
falsa humildade. Imaginem Cristiano 
Ronaldo, jogador português, eleito 
melhor jogador do mundo por várias 
vezes, em uma entrevista dizer: “Ah, 
bondade de vocês, pois não jogo tanta 
bola assim, não. Aliás sou quase um 
perna-de-pau”. Trata-se de uma falsa 
modéstia, uma enganosa humildade. 
Em Deus você não encontrará falsi-
dade. Os relacionamentos com ídolos 
podem nos trazer danos futuros terrí-
veis. Por isso é seguro crer em Deus 
e seguir o primeiro mandamento. 
Não coloque nada na frente de Deus 
(Mt 6.33). Ele quer prioridade!
2 - RELACIONAMENTO COM “DEUSES” 
NO PASSADO E NOS DIAS ATUAIS
No passado, muito mais pes-
soas se inclinavam diante dos ído-
los, apesar de encontrarmos muitos 
18
povos, nações e tribos que ainda 
adoram deuses de madeira, pedra 
e metal. O avanço do cristianismo 
fez com que essa prática relacional 
e religiosa diminuísse. Entretanto, 
os dias atuais têm seus novos deu-
ses. Por exemplo, o dinheiro – que o 
Novo Testamento chama de “Mamón” 
(Mt 6.24). O apóstolo Paulo dá desta-
que para a avareza, considerando-a 
uma idolatria (Cl 3.5). Além do dinhei-
ro, o sexo, a comida, a bebida e o po-
der ocupam o lugar principal na vida 
de muitos seres humanos, pois seus 
relacionamentos com tais “deuses” 
são interesseiros, interessa apenas 
alimentar a carne (Fl 3.19). Por que 
será que nos dias dos grandes clás-
sicos de futebol regional, em especial 
nos jogos de decisão de campeonato, 
sentimos falta de alguns irmãos no cul-
to? Os “deuses” ainda ocupam espaço 
nos corações e mentes humanas. 
A sociedade atual colhe frutos 
amargos dos relacionamentos com 
seus deuses. A adoração desenfrea-
da ao sexo, disseminou ao mundo o 
vírus da AIDS. O site da Revista Veja 
registra que “em 2010 existiam no 
Brasil cerca de 43 mil novos casos 
de AIDS. Já em 2015, esse número 
subiu para 44 mil. Entre 2010 e 2015, 
essa população saltou de 700 000 
para 830 000 pessoas. O aumento 
foi de 18%. Hoje, a doença é a causa 
de 15 000 mortes por ano no país”1. A 
ciência não descobriu a cura da AIDS, 
mas Deus afirma que a cura para essa 
pandemia é abandonar os “deuses”, 
se arrepender e voltar imediatamen-
te para um exclusivo relacionamen-
1 - https://veja.abril.com.br/saude/casos-de-aids-diminuem-no-mundo-mas-avancam-no-brasil/
to com o Único Deus. A erradicação 
da AIDS só será possível quando a 
sociedade obedecer a Deus, vene-
rando-O com o matrimônio honrado 
(Hb 13.4), adorando ao Senhor e res-
peitando os valores familiares.
Os amantes do dinheiro (1Tm 6.10) 
não apenas financiam incentivos 
para a prática da fornicação, 
fabricando em laboratórios mé- 
todos contraceptivos, mas também 
esperanças paliativas para que 
mantenham vivos e ativos os 
portadores de doenças sexualmente 
transmissíveis, até que a vacina 
da cura venha a existir. O dinheiro 
financia também o poder político e 
bélico. Os homens-bomba não re-
presentam apenas a vingança contra 
o capitalismo, mas é a justiça des-
cabida dos fracos. Para proteger do 
fanatismo que mata inocentes, o di-
nheiro concede poder aos políticos 
que criam armas capazes de aniqui-
lar seus alvos terroristas a milhares 
de distância. É o mundo em guerra.
A sociedade atual precisa, urgen-
temente, abandonar a adoração aos 
seus ídolos que não são apenas de 
pedra, madeira e bronze, mas de es-
cravidão ao dinheiro, sexo e poder e 
conceder soberania a Deus em sua 
vida e atitudes.
3 - OFERTAS DOS FALSOS DEUSES 
NOS DIAS ATUAIS
No Livro do Profeta Daniel, quatro 
jovens recusaram as ofertas disponí-
veis no palácio do Rei Nabucodono-
sor. Muito provavelmente nos dias de 
19
hoje, os adoradores de deuses diriam 
que neste ato estariam recebendo 
suas recompensas, afinal, estavam 
saboreando finas iguarias. Os babilô-
nicos podiam mudar as vestes, os no-
mes, a habitação, os ensinamentos e 
até o cardápio de Daniel, Hananias, 
Misael e Azarias, mas não consegui-
riam mudar o coração deles. Eles só 
tinham um Deus, o Senhor, Deus dos 
seus pais (Dn 2.23).
Até ao Senhor Jesus foi lhe ofe-
recido falsas recompensas. Satanás 
ofereceu a Cristo uma recompensa, 
na verdade, um atalho sem sacrifício, 
sem cruz, sem dor e sem a humilha-
ção. A única exigência de Satanás, 
seria que Jesus abandonasse o Pri-
meiro Mandamento e se prostrasse 
diante dele. Entretanto, Jesus não 
apenas o enfrenta negando insana 
possibilidade, mas também nos en-
sina que não basta recusar as ofer-
tas dos falsos deuses, também é 
necessário adorar a Deus (Dt 6.13 e 
Mt 4.10).
Muitos nos dias de hoje estão re-
jeitando os falsos deuses. Cumprem 
parcialmente o Primeiro Mandamen-
to: “Não terás outros deuses diante 
de mim”, mas estão substituindo ído-
los pelo vazio existencial. Pessoas 
abandonam o vício, pagam suas 
contas em dia, não adulteram, não se 
prostituem, mas esquecem de adorar 
a Deus. É necessário entender bem 
o Primeiro Mandamento: não basta 
recusar as ofertas dos falsos deuses, 
é imprescindível oferecer a Deus, por 
meio de Jesus, nosso sacrifício de 
louvor (Hb 13.15).
PARA PENSAR E AGIR:
Nas lições a seguir, vamos parti-
lhar sobre os outros Mandamentos. 
Observe que se este Mandamento: 
“Não terás outros deuses diante de 
mim”, não estivesse em primeiro lugar 
na lista do Decálogo, os outrosman-
damentos seriam apenas bons con-
selhos ou regras de conduta moral.
Se você tem certeza de que obe-
dece aos outros nove Mandamen-
tos, mas ainda declina no primeiro, 
afirmo que você apenas conhece os 
Mandamentos, mas não os obedece. 
Se você entende que basta cumprir 
e obedecer do segundo ao décimo 
Mandamento e pensar que está agra-
dando a Deus, lhe asseguro que você 
está cometendo um grande engano. 
Só é possível cumprir todos os prin-
cípios do Decálogo se você cumprir o 
Primeiro Mandamento.
Responda para si mesmo: Deus 
ocupa o primeiro lugar na minha vida 
e adoração? É exatamente sobre isso 
que trata o Primeiro Mandamento. 
Nossa vida só tem sentido se Deus 
estiver em primeiro lugar. Deus é o 
nosso porto seguro (Is 41.10)!
Le
itu
ra
 Di
ár
ia
Segunda: Jeremias 33.3
Terça: Salmos 25.14 
Quarta: Jeremias 29.11
Quinta: 1Crônicas 16.11
Sexta: Sofonias 2.3
Sábado: Lucas 12.31 
Domingo: João 14.8-12
20
A IMAGEM DO DEUS INVISÍVEL
O Segundo Mandamento – Êx 20.4: “Não farás para ti 
imagem de escultura”
LIÇÃO 3
DATA DO ESTUDO
Texto Básico: Êxodo 20.4-6
Quando meu filho era criança, 
ao me ver arrumar as malas, cor-
reu até o seu quarto, me trouxe 
seu aviãozinho de brinquedo e per-
guntou: “papai, você vai viajar em 
um desse?” – “Sim”, respondi com 
certa ironia. “- E você cabe aqui, 
papai?”. No dia do meu embarque, 
ele foi comigo ao aeroporto. No ca-
minho, ele viu vários aviões no céu 
e os comparou ao seu aviãozinho. 
Não passava na cabeça dele como 
seu pai caberia em uma aeronave. 
Quando chegamos ao aeroporto, 
logo depois do meu check-in, levei-
-o até uma grande janela de vidro 
de frente para a pista de pouso e 
decolagem. Seus olhos se arrega-
laram. Sua mente ainda ingênua, 
tentava comparar a gigantesca ae-
ronave à sua frente com seu avião-
zinho. Da janela, ele observava o 
plano inverso: o avião era imenso 
e as pessoas eram pequeninas. Foi 
então que ele me fez uma pergun-
ta que nunca esqueci: “Pai, você 
vai encolher para entrar dentro do 
avião?” Não cabe na mente das 
crianças a dimensão das grande-
zas, por isso elas tendem a reduzir 
o tamanho de quase tudo. 
O Segundo Mandamento é um 
alerta às mentes dos adultos que 
insistem em raciocinar como as das 
21
crianças. Este Mandamento impede 
o homem de esculpir ídolos ou fazer 
imagens para representar Deus. A 
proibição é óbvia: qualquer tentativa 
de esculpir Deus em madeira, gesso, 
latão, ainda que bem adornado com 
o mais raro metal deste mundo, o 
artesão apenas estaria reduzindo o 
tamanho de Deus e comparando-O à 
dimensão humana.
Meu filho, ao se aproximar da ae-
ronave, descobriu a sua grandeza e 
seguramente pode perceber que a 
imagem de seu aviãozinho em nada 
representava o que seus olhos es-
tavam testemunhando. O Segundo 
Mandamento é uma advertência do 
Criador: se você idolatra imagens, 
mesmo que a intenção seja de que 
esta se assemelhe a Deus, você in-
correrá em um grande pecado, pois 
a imagem é morta e o Deus a qual 
servimos é vivo. 
Quanto mais distante de Deus, 
mais reduzimos o seu esplendor. 
Quanto mais perto de Deus, mais ob-
servamos e tememos a sua grandeza.
1 - POR QUE O HOMEM TENDE 
A FAZER ESCULTURAS E 
CONTRARIAR O SEGUNDO 
MANDAMENTO?
A adoração à imagens é mais 
antiga que a adoração ao próprio 
Deus. O apóstolo Paulo já adver-
tia sobre tal pecado em Romanos 
1.21-23, onde os homens insanos 
estariam trocando a glória do Deus 
imortal por imagens mortas. O pro-
feta Isaías esclarece que o Segundo 
Mandamento adverte que Deus é ir-
representável, pois nenhum símbolo 
ou imagem o representa (Is 42.8). 
Quem se relaciona com imagens e 
esculturas tem relacionamentos su-
perficiais. Deus quer de nós um rela-
cionamento profundo. Israel fez para 
si um bezerro de ouro. Esqueceram 
o que Deus lhes fizera libertando-os 
das garras do Egito, além de lhes 
abrir o Mar Vermelho.
No século VIII, surgiu o movimen-
to iconoclasta (movimento dedicado à 
destruição de imagens). As imagens, 
ícones e pinturas foram apagadas 
nas Igrejas, em especial no Oriente. 
Entretanto, o Segundo Concílio de 
Nicéia, em 787 d.C., onde fora rea-
lizado o Sétimo Concílio Ecumênico, 
tornou legítima a veneração de ima-
gens de santos católicos romanos e 
declarou herético todo o movimento 
iconoclasta. A partir dessa data, não 
somente aumentou a idolatria às 
imagens, mas cresceu a veneração 
às relíquias chamadas de sagradas. 
A Igreja de Constantinopla, atual Is-
tambul, dizia possuir a cabeça de 
João Batista e o corpo de Estêvão, 
primeiro mártir, o que lhes garantia a 
proteção da cidade. 
A Reforma Protestante, em 1517, 
teve como um de seus propósitos, o 
cumprimento do Segundo Manda-
mento, ainda que na paróquia de Lu-
tero, bem como em algumas igrejas 
luteranas atualmente, existissem pin-
turas que registram cenas bíblicas, 
embora quase nenhuma imagem. 
22
Calvino afirmava, citando Gregório, 
que as imagens são para incultos e 
que imagens e esculturas que tentam 
representar Deus são mentiras e vai-
dades humanas.
Os símbolos da fé cristã, por sé-
culos, não são necessariamente 
imagens que contrariam o Segundo 
Mandamento. A cruz, a Bíblia e os 
elementos da Ceia do Senhor são 
ícones que despertam a fé. Os batis-
tas, em especial, entendem que tais 
símbolos não conferem graça.
O homem, durante séculos, acredi-
tou que as imagens eram mediadoras 
para que pudesse ter acesso ao Deus 
invisível. O Segundo Mandamento é 
uma advertência: não há imagens en-
tre nós e Deus que possa validar al-
gum tipo de mediação ou intercessão. 
Só existe um Mediador entre Deus 
e o homem, a saber, Jesus Cristo 
(1Tm 2.5-6), pois o próprio Cristo é a 
imagem do Deus vivo (Cl 1.15).
2 - CONSEQUÊNCIAS DA 
DESOBEDIÊNCIA AO SEGUNDO 
MANDAMENTO.
Para os que insistem na idola-
tria, o Segundo Mandamento tem 
uma dura sentença: a aflição até a 
quarta geração (Êx 20.5). Nos as-
susta quando Deus afirma ser “ze-
loso”. O sentido mais próximo para 
o entendimento da palavra “zelo-
so” é ter ciúme da noiva amada. 
E o castigo, pelo descumprimento 
do Segundo Mandamento, é o sofri-
mento até a terceira e a quarta gera-
ção por causa dos pecados dos pais 
no passado.
Uma leitura superficial desse texto 
pode parecer que Deus é vingativo e 
sua sentença aos que o trai é o sofri-
mento aos pais e que este alcançará 
os seus filhos, netos, bisnetos e ta-
taranetos. Entretanto, o que está es-
crito no Segundo Mandamento é que 
as gerações irão sofrer a “iniquidade 
dos pais”, ou seja, a adoração à ima-
gens promove um canal que deságua 
na depravação humana. Quando o 
homem troca a glória de Deus por 
imagens de aves e répteis ou coisa 
semelhante, na verdade está come-
tendo iniquidade, onde tal erro abre 
as portas da violência, da desigualda-
de, malícia, avareza, maldade, inveja, 
homicídio, contenda, engano, malig-
nidade (Rm 1.23-29).
A sociedade atual vive atolada 
na lama da iniquidade. Colhe os fru-
tos amargos da herança dos seus 
pecados de idolatria. Os pais hoje 
olham para o futuro e se perguntam 
que mundo deixarão para os seus 
filhos, quando na verdade deveriam 
se preocupar de outra forma: quais 
os filhos deixarão para este mundo? 
Que possamos afirmar como Josué 
que advertiu ao seu povo e fez valer 
o Segundo Mandamento, cancelando 
a adoração aos ídolos e preocupado 
com sua geração afirmou que servi-
riam apenas ao Senhor (Js 24.15).
3 - BENEFÍCIOS AOS QUE ADORAM 
APENAS A DEUS
O Segundo Mandamento pode 
ser resumido como uma ordem con-
tra toda e qualquer profanação e ten-
tativa de representar a imagem de 
23
Deus, seja por escultura ou pintura, 
por estas criar um acesso ao Criador.
Nosso relacionamento com Deus 
sempre parte do princípio de causa 
e efeito. Por isso, o salário do pecado 
(causa) é a morte (efeito). Entretanto, 
servimos ao Deus que é perfeito em 
amor. Sabemos que Ele é justo, mas 
também é amor. Jesus nos apresen-
tou o desdobramento desse amor: mi-
sericórdia e graça. A misericórdia de 
Deus, retira de nós os efeitos dacau-
sa (Ef 2.3-5). A graça nos presenteia 
com favores de Deus, ainda que não 
sejamos merecedores. A misericórdia 
retira o castigo que merecemos.
Ao cumprir o Segundo Manda-
mento, Deus nos concede misericór-
dia até mil gerações (Dt.7:9). Veja que 
Deus tem mais prazer em nos conce-
der misericórdia, pois a estende até 
mil das nossas gerações, do que 
impor a sua justiça, pois esta última 
sentença alcança até a quarta gera-
ção dos desobedientes.
Jesus, com a obra da cruz, nos 
trouxe misericórdia, cancelando qual-
quer dívida do passado, oriunda dos 
nossos antepassados (Cl 2.13-15).
PARA PENSAR E AGIR:
Você consegue perceber que na 
atual sociedade existe adoração à 
imagens? Será que o horóscopo é 
um exemplo que fere diretamente o 
Segundo Mandamento? Será que na 
Igreja Evangélica dos nossos dias, 
existem imagens e idolatria que mate-
rializam a fé e estão sendo utilizadas 
como mediadora ao Deus invisível?
Se o Segundo Mandamento nos 
adverte a não adorar a Deus através 
de imagens e tampouco por elas pro-
duzir um acesso a Deus, qual seria a 
forma correta de adorar ao Senhor?
A Bíblia diz que somos imagem e 
semelhança de Deus, nem por isso 
podemos cometer a autoidolatria. 
Deus nos dotou de capacidade cria-
tiva e de liderança, pois somos capa-
zes de raciocinar, analisar, planejar e 
visualizar o futuro. Nós criamos lite-
ratura, arte, música e poesia. Somos, 
de certa forma, muito limitadamente, 
semelhantes a Deus. Nosso caráter 
tende à fraqueza. Não amamos como 
Deus ama. Entendemos muito pouco 
do plano espiritual. Contudo, nenhum 
outro ser neste mundo se assemelha 
a Deus como nós (Sl 8.4-8). 
Qual então, seria nosso exemplo 
perfeito da imagem de Deus? A res-
posta é Jesus: “Quem me vê a mim 
vê o Pai” (Jo 14.9). E a Bíblia diz que 
devemos buscar essa mesma seme-
lhança (Rm 8.29). Se Cristo é a ima-
gem do Deus vivo, nós, iguais a Cristo, 
refletiremos a imagem do Deus vivo. 
Como isso se dará? A resposta está 
em 1Coríntios 15.50-53 e 1João 3.2.
Le
itu
ra
 Di
ár
ia
Segunda: Deuteronômio 4.15-19
Terça: Tiago 1.25
Quarta: Salmos 115.1-8
Quinta: 1Timóteo 2.4-6
Sexta: João 4.23-24
Sábado: Salmos 97.7-9 
Domingo: Romanos 8.1
24
O NOME QUE ESTÁ SOBRE 
TODO NOME!
O Terceiro Mandamento – Êx 20.7: “Não tomarás o nome 
do Senhor, teu Deus, em vão”.
LIÇÃO 4
DATA DO ESTUDO
Texto Básico: Êxodo 20.7
Dias desses, em uma visita pas-
toral, uma irmã reclamava de um 
enorme buraco em frente à sua re-
sidência. O que mais me chamou 
a atenção foi a expressão que ela 
usou para lamentar sobre a perigo-
sa cratera: “Só Jesus na causa, pas-
tor!”. Nesse dia, à noite, quando eu 
estava meditando sobre o Terceiro 
Mandamento, a seleção brasileira 
estava em campo vencendo por 1 
x 0 em um importante campeona-
to. Lá pelos 45 minutos do segundo 
tempo, o jogo já entrando em seus 
acréscimos, a seleção adversá-
ria teve um escanteio a seu favor. 
Observei alguns dedinhos cruzados 
na sala e o que mais me chamou 
a atenção foram os clamores: “Ai, 
meu Deus do Céu! E agora? Tira 
essa bola daí, Jesus!”.
O grande problema da humani-
dade, que desconhece a importân-
cia e os desdobramentos do Tercei-
ro Mandamento, é a intenção do uso 
mágico do nome. Parece que, pelo 
simples ato de mencionar o nome 
de Deus, a situação tende a ser re-
vertida ou controlada. 
O Senhor Jesus nos ensinou a 
reverenciar o nome de Deus, por 
25
exemplo na oração modelo, quando 
disse: “...santificado seja o Teu nome” 
(Mt 6.9). E advertiu os fariseus que 
usavam o nome de Deus em vão nos 
seus juramentos (Mt 5.33-36), mes-
mo que não pronunciassem o nome 
de Deus, mas o substituísse pelos 
termos Reino dos Céus, terra e até 
pela cidade de Jerusalém. O que 
Jesus nos advertiu é que o Terceiro 
Mandamento não trata de pronunciar 
ou não o nome de Deus e até expres-
sões como “sangue de Jesus tem po-
der; Jesus toma conta”, mas empre-
gar Seu Nome em situações banais, 
de forma leviana e imprópria.
O Novo Testamento, em espe-
cial nos imperativos de Jesus, nos 
autoriza a utilizar o nome de Deus 
(Mt 28.18,19). Enquanto os judeus te-
miam e não pronunciavam o nome de 
Deus para não correrem o risco de pe-
car, Jesus nos permite fazer menção 
deste Nome. Contudo, é necessário 
observar que o nome de Deus é santo 
e quando nós o pronunciamos, deve-
mos fazer com reverência e temor. 
A geração passada, tinha uma 
espécie de juramento quase que in-
falível. Quando alguém jurava “pela 
mãe mortinha”, servia como garantia 
de que aquilo que se estava falando 
era verdadeiro, pois quem colocaria a 
vida da sua própria mãe em risco? Os 
tribunais requeriam das testemunhas 
seus juramentos com a mão sobre a 
Bíblia Sagrada e com a frase: “juro em 
nome de Deus dizer nada mais além 
da verdade”. Será que nos dias atuais 
alguém acreditaria nos juramentos 
endossados por tais argumentos? 
1 - A IMPORTÂNCIA DO NOME
Quando os filhos nascem, pais se 
apressam ao cartório, não apenas 
para registrar a criança, mas o mais 
importante neste processo é que a 
criança tenha também o seu nome. 
Quão frustrante é para os que em 
suas certidões de nascimento não 
consta o nome do pai! Intensa é a luta 
dos filhos e filhas na busca pelos pais 
ausentes. Em muitos casos a procu-
ra se dá, não pelo resgate da afetivi-
dade perdida, mas pela inclusão do 
nome do pai em sua identidade, mes-
mo que tardia.
Muitos de nós também, mes-
mo que tardiamente, tivemos nosso 
nome registrado no Cartório Celestial 
(Ap 3.5). A obra de Cristo possibilitou 
nossa adoção (Ef 1.5). Outrora tí-
nhamos um pai que nos abandonou, 
a saber, Adão que nos deixou uma 
herança de pecados. Nossa certi-
dão espiritual não continha o nome 
do pai, mas Jesus nos concedeu um 
novo nome (Ap 2.17), escreveu nosso 
nome no Livro da Vida e nos deu um 
Pai (Rm 8.15).
Por todo esse sacrifício e pela 
maravilhosa graça da conquista de 
ter Deus como Pai em nossas vidas, 
é que existe o Terceiro Mandamento. 
Essa obra custou o sangue precio-
so de Jesus. A graça não é barata! 
Não a compramos com dinheiro, mas 
pagamos um alto preço para demons-
trar que a Graça de Deus nos alcan-
çou. Tal demonstração se dá pelo fato 
de não utilizar o nome de Deus em 
vão (Ml 1.6).
26
2 - CONSEQUÊNCIAS EM USAR O 
NOME DE DEUS EM VÃO
O nome de uma pessoa repre-
senta o seu caráter e reputação. Ve-
nho de uma geração que bastava o 
pai assinar um bilhete ou empenhar 
sua palavra, para que o crédito fos-
se aprovado na mercearia do bairro. 
Mais do que isso, os compromissos 
assumidos eram saldados. Confiá-
vamos na palavra e o sobrenome da 
família era devidamente preservado. 
Nos dias de hoje, o SPC e o Sera-
sa são instituições que registram os 
inadimplentes. De certa forma, essas 
instituições registram os nomes de 
pessoas que não são confiáveis, cla-
ro, com raríssimas exceções de quem 
é arrolado por um erro ou má fé. Se 
é honroso preservar nosso nome, por 
que não preservar o nome de Deus, 
se Ele é a maior autoridade em todo 
o Universo? 
No Antigo Testamento Interpre-
tado versículo por versículo - Vol. 1, 
Nova versão Revisada, 2018, pág. 
463, R. N. Champlin diz que: “Ne-
nhuma punição é imposta aqui aos 
faltosos, mais fica entendido que o 
homem que usasse indevidamente 
o nome de yahweh não escaparia do 
devido castigo.” É claro que, diante do 
arrependimento de qualquer pecado, 
o Senhor nos perdoa, como lemos 
nos seguintes versículos: “Porque 
serei misericordioso para com suas 
iniquidades, e de seus pecados não 
me lembrarei mais.” (Hb 8.2); “Eu, 
eu mesmo, sou o que apago as tuas 
transgressões por amor de mim, e 
dos teus pecados não me lembro.” 
(Is 43.25) e “Se confessarmos os 
nossos pecados, ele é fiel e justo 
para nos perdoar os pecados e nos 
purificar de toda injustiça.” (1Jo 1.9). 
Portanto, quando erramos diante do 
Senhor, devemos nos arrepender 
para receber o pleno perdão.
Talvez o maior castigo seja a ver-
gonha. Tomemos como exemplo uma 
passagem bíblica, onde homens ju-
deus estavam tentando exorcizar umespírito maligno em Atos 19.13-16 e 
para isso utilizaram o nome de Jesus 
em vão, pelo simples fato de terem 
visto o apóstolo Paulo agir assim. 
Esses judeus não se relacionavam 
com Jesus. A repreensão não veio 
de Deus, tampouco dos apóstolos, 
mas do próprio espírito maligno: “Co-
nheço a Jesus, e sei quem é Pau-
lo, mas vós quem sois?” (At 19.15). 
O nome de Deus não é mágico, antes, 
deve-se ter temor e reverência ao 
utilizá-lo, pois a ignomínia pode ser 
o maior castigo aos que utilizam em 
vão o nome do Senhor.
3 - COMO USAR O NOME DO 
SENHOR DE FORMA DIGNA?
É muito comum encontrar um 
cristão utilizando-se de certas ex-
pressões: “Se Deus quiser! Graças 
a Deus! Deus te abençoe!”. Tais fra-
ses do nosso cotidiano são forças de 
expressão. Melhor seria definir essas 
citações como expressões da for-
ça de Deus. São expressões de fé; 
expressões da autoridade de Deus. 
Ao dizer essas frases, não estamos 
27
utilizando o nome de Deus em vão, 
pois não é algo dito da boca para fora. 
Quando utilizamos o nome do Se-
nhor, de forma responsável, acaba-
mos por expressar a fé e a alegria em 
abençoar o nosso próximo (Ml 4.2).
O batismo é uma forma de utili-
zar o nome do Senhor dignamente 
(Mt 28.19). O batismo é um símbolo 
do sepultamento e da ressurreição de 
uma nova criatura, um novo filho ou 
filha que traz consigo um novo nome 
(Cl 2.12). Outra maneira honrada de 
utilizar o nome de Deus é através da 
pregação da Sua Palavra. Jesus diz 
que pelos frutos conheceremos os 
verdadeiros profetas (Mt 7.15,16), 
pois o que é dito precisa, necessaria-
mente, concordar com o que Deus diz 
de fato (Mc 7.6).
Quando não vivemos de forma 
digna ou quando não vivemos de ma-
neira honrosa, cumprindo os nossos 
compromissos cristãos na adoração 
e na busca da santidade, nós repre-
sentamos mal a Deus. Da mesma 
forma que nos esforçamos para não 
arrastar o nosso sobrenome para a 
lama do escárnio e da vergonha, de-
vemos também obedecer ao Terceiro 
Mandamento e honrar o nome do Se-
nhor. Existem falsos cristãos nos dias 
atuais que não zelam pelo nome do 
Deus a quem servem (Rm 2.24): po-
líticos prometem em nome de Deus; 
falsos sacerdotes utilizam o nome de 
Deus para enriquecerem; diante de 
doenças, muitos fazem promessas e 
não cumprem (Ec 5.4,5).
PARA PENSAR E AGIR:
Os apóstolos pregaram que o 
nome de Jesus Cristo é que garan-
te a redenção eterna aos que creem 
(1Jo 3.23,24). É preciso crer e obser-
var o nome do Messias Salvador com 
respeito e reverência. É necessário 
entender que não há outro nome 
maior que o de Jesus (Fl 2.9). Nesse 
caso, não seria melhor repreender as 
expressões chulas acerca do nome 
do Senhor e crer que através da invo-
cação ao nome de Jesus, podemos 
alcançar a salvação (At 2.21)?
Se o Primeiro Mandamento nos 
encoraja a amar a Deus e colocá-lO 
no centro da nossa vida e o Segun-
do Mandamento nos exorta que ne-
nhuma imagem ou escultura pode 
substituí-lO, então o Terceiro Man-
damento nos diz que devemos hon-
rar o nome do Senhor e que temos 
em nossas atitudes um nome a zelar, 
que é o próprio nome do nosso Deus. 
O nome do Senhor é santo. Portanto, 
neste nome há salvação, o que não 
encontraremos em nenhum outro 
nome (At 4.12).
Le
itu
ra
 Di
ár
ia
Segunda: Malaquias 1.6
Terça: Marcos 7.6 
Quarta: João 12.28
Quinta: Lucas 11.2
Sexta: Isaías 42.8
Sábado: Salmos 105.1 
Domingo: Salmos 83.18
28
JESUS É O SENHOR DO SÁBADO
O Quarto Mandamento – Êx 20.8: “Lembra-te do dia de 
sábado, para o santificar”
LIÇÃO 5
DATA DO ESTUDO
Texto Básico: Êxodo 20.8-11
O dia do descanso é exigido em 
muitos segmentos religiosos e con-
cedidos no mercado de trabalho. 
O mulçumano, por exemplo, des-
cansa na sexta feira; o judeu, no 
sábado; o cristão, no domingo; o 
pastor trabalha no sábado, no do-
mingo e com raríssimas exceções, 
descansa na segunda-feira com 
sua família; os trabalhadores que 
têm escala de 12h x 36h, folgam 
dia sim, dia não; plantonistas de 
24h tem um descanso de 5 dias. 
Então, cada religião ou trabalhador 
tem seu dia de descanso.
A questão do descanso começa 
em Gênesis 2.2, onde está o registro 
do sétimo dia, mas não necessaria-
mente o sábado. A tradução diz que 
Deus descansou. Será que o Criador 
relaxou vislumbrando sua criação e 
disse: “vou tirar um cochilo!”? Jesus 
disse que o Pai trabalha sem parar 
(Jo 5.17). O salmista afirma que 
Deus não cochila (Sl 121.4). Há al-
guma divergência entre o texto de 
Gênesis e os do Novo Testamento? 
Na verdade, não há. A menção de 
Jesus ao Deus Criador é que Ele 
não dorme, tampouco descansa. O 
Quarto Mandamento foi escrito para 
nós, e não para Deus. 
A palavra sábado ou Shabat é 
o mesmo que cessar, repouso ou 
pausa. Em Gênesis 2.2 o termo 
descansar é cessar. O termo he-
braico aqui é ֙תֹּבְׁשִּיַו (shavat) ou seja, 
Deus cessou, terminou sua criação; 
mesmo termo hebraico usado em 
Jeremias 7.34. O descanso do Cria-
dor nada tem a ver com fadiga. Tra-
ta-se da calmaria que ocorre logo 
após que a ordem assume o lugar 
de onde só existia o caos (Gn 1.1,2). 
29
Quando a luz, a água, o ar e a terra, 
passaram a existir, Deus viu que tudo 
isso era bom e suficiente para sua sa-
tisfação (Gn 1.10).
O Quarto Mandamento é a possi-
bilidade de perguntarmos ao Criador 
se existe algo a fazer depois que Ele 
criou tudo, mas eis que Deus nos res-
ponderá sempre: “Não, não há nada 
que você precise fazer, apenas des-
canse e desfrute da Minha Criação”.
1 - OS ASPECTOS DA LEI NO 
ANTIGO TESTAMENTO
Existem duas questões muito im-
portantes implícitas na Lei do Antigo 
Testamento. A forma pela qual de-
vemos observar a Lei é a partir de 
dois pontos de vista interpretativos, 
a saber, o aspecto cerimonial e o as-
pecto moral. No que diz respeito às 
leis cerimoniais, elas já tiveram seus 
momentos importantes na história do 
povo de Israel, mas ficou para trás e 
não são mais necessárias. O sacri-
fício de animais para expiação dos 
pecados humanos foi abolido pelo 
sacrifício de Jesus por nós, na cruz 
do Calvário (Jo 1.29; 1Tm 2.6). 
Por que nas cerimônias, Deus 
exigia o sacrifício de animais ino-
centes? O que eles teriam feito de 
errado para pagar um preço tão 
alto pelos pecados dos humanos? 
A resposta é que no âmago da ceri-
mônia, existia também um aspecto 
moral: os animais eram inocentes 
e morriam por aqueles que eram 
culpados. Jesus foi conduzido ao 
madeiro por ser inocente, sem pe-
cados, sem culpa e voluntariamente 
se entregou em sacrifício por nós 
(2Co 5.21). Os aspectos cerimoniais 
da Lei já passaram, ou seja, não sa- 
crificamos mais animais (Hb 10.1-17), 
mas os aspectos morais devem ser 
cumpridos. As cerimônias passam, 
mas as leis morais não.
2- CONSCIÊNCIA MORAL HUMANA
O decálogo está intrínseco na 
consciência humana (Rm 2.14,15), 
pois sabemos muito bem o que é er-
rado diante de Deus e diante dos ho-
mens: matar e roubar, por exemplo. 
Todos nós sabemos que se trabalhar-
mos ininterruptamente, sem descan-
so, morreremos vencidos pelo can-
saço. Por isso, a própria consciência 
humana reconhece que precisamos 
de pelo menos um dia, para repor as 
energias do corpo.
O Quarto Mandamento é um elo 
natural entre o que é moral e o que 
é religioso. 
Aspecto Moral: trabalhe seis dias 
e descanse no sétimo;
Aspecto cerimonial: escolha o sá-
bado para isso.
Nisso entendemos que o concei-
to moral do Quarto Mandamento nos 
diz que se trabalharmos direto, mor-
reremos. Já o conceito ritualista des-
te mandamento é: tenha um dia para 
consagrar sua vida ao Senhor.
Nos dias atuais, parece que há 
um consenso de que 24 horas por 
dia já não são mais suficientes para 
a realização de todas as tarefas. 
O mundo empresarial, competitivo e 
movido pela ganância tem criado al-
guns Workaholic (alguém viciado em 
trabalho; um trabalhador compulsivo). 
30
Existem pessoas que não conseguem 
se desligar do trabalho. Além de tra-
balharem na empresa, levam trabalho 
para casa. A mente desses viciados 
em trabalho não descansa nunca. Por 
outrolado, existem os que não que-
rem absolutamente nada com o traba-
lho. Todavia, não podemos esquecer 
dos desempregados que querem 
trabalhar, mas não encontram espaço 
no mercado. O que há de comum nos 
dias atuais é o descumprimento reli-
gioso do Quarto Mandamento, pois 
trabalhadores e desempregados não 
separam um dia para consagrar suas 
vidas a Deus. 
3 - VENDO MAL ONDE NÃO EXISTE
Por que os cristãos não guardam 
mais o sábado? Quando essa ceri-
mônia foi extinta? O Novo Testamento 
nos esclarece que todas as cerimô-
nias eram como um símbolo que iria 
se concretizar no futuro (Lv 23.1-8; 
Hb 10.1). Compreendemos que um 
dia as cerimônias não seriam mais 
necessárias, bem como o sábado, a 
Páscoa (não celebramos a Páscoa 
dos judeus, mas a ressurreição de 
Jesus, por ocasião da Páscoa), 
primeiros frutos, festa dos tabernácu-
los ou Yon Kipur. Todas essas fizeram 
parte da Antiga Aliança, não teriam 
mais sentido de existir. Findaram-se 
os aspectos cerimoniais destas, mas 
não os aspectos morais. Vejamos:
• Oseias 2.11 – Deus já comunicava 
ao seu povo que cessaria as ceri-
mônias.
• Colossenses 2.16,17 – Cumpre-se 
este comunicado com a vinda de 
Jesus.
• Hebreus 8.6,7 e 13 – Estamos na 
Nova Aliança (1Co 11.24,25).
A grande pergunta ainda na atua-
lidade é: se as cerimônias foram 
extintas, por que apenas o sábado 
ainda gera dúvida e é respeitado por 
alguns segmentos religiosos? Fica 
claro que, se estamos em uma Nova 
Aliança, então as cerimônias também 
são outras.
Qual o ensino de Jesus para 
os dias atuais? Jesus foi muito per-
seguido pelos judeus exatamente 
por causa da cerimônia do sábado. 
O Filho de Deus nos esclarece que 
o sábado do Quarto Mandamento foi 
feito por causa do homem e não o ho-
mem por causa do sábado (Mc 2.27). 
Seria o mesmo que dizer o seguin-
te: o carro foi feito para servir a fa-
mília, e não a família servir ao carro. 
Apesar de guardar o veículo na 
garagem e abastecê-lo de suas 
necessidades, a prioridade não é o 
carro, mas a família. 
4 - A IGREJA E O DIA DO DESCANSO 
( SHABAT )
No início da caminha da Igreja 
Primitiva, alguns irmãos ainda sacri-
ficavam animais e iam ao Templo de 
Jerusalém. As cerimônias deixaram 
de existir por causa de dois fatos im-
portantíssimos: a ressurreição de Je-
sus e o derramar do Espírito Santo no 
Pentecostes. 
No dia da ressurreição de Jesus, 
os discípulos estavam reunidos em 
uma casa; todos estavam temerosos 
com os desdobramentos da crucifi-
cação de Jesus. Afinal, eram segui-
dores de Cristo. Quais seriam suas 
31
sentenças? Será que o Império Ro-
mano iria crucificá-los? Como Deus 
os julgaria por terem abandonado o 
seu Filho? Em meio a este turbilhão 
de dúvidas, eis que surge Jesus res-
surreto e se põe entre eles dizendo: 
“paz seja convosco” (Jo 20.19). 
O evangelista João detalha o dia 
em que isso aconteceu: “no primeiro 
dia da semana”, ou seja, exatamente 
no domingo. Quanto ao Pentecostes, 
dia da festa da Colheita judaica, era 
calculado da seguinte forma: seriam 
7 sábados x 7 semanas após a Pás-
coa. O que resultaria em 49 dias, fal-
taria 1 dia para o total de 50. O termo 
penta é um designativo de cinco ou 
cinquenta. Então qual o dia após o 
sábado? Claro, o domingo! Portanto 
o dia que compreendemos que acon-
teceu a descida do Espírito Santo foi 
exatamente no domingo (At 2.1).
No decorrer da história da Igreja 
Primitiva, vamos identificando que o 
domingo passou a ser o dia do Se-
nhor. Observe que quando o apóstolo 
Paulo esteve em Trôade, foi exata-
mente em um domingo que ele prega 
àquele povo e ainda ministra a Ceia 
do Senhor (At 20.7). Foi se tornando 
um hábito, algo muito comum, os pri-
meiros crentes se reunirem para pres-
tarem culto ao Senhor Jesus sempre 
aos domingos (1Co 16.1,2). Por isso 
entendemos que o dia do Senhor é o 
domingo e não mais o sábado.
Nos dias atuais é muito comum 
os crentes desejarem o repouso 
em casa ao invés buscarem des-
canso no dia do Senhor. O artigo X 
da nossa Declaração Doutrinária 
destaca que o domingo é o dia do 
Senhor como princípio doutrinário. 
O domingo deve ser, para os cristãos, 
um dia de repouso, em que “pela fre-
quência aos cultos nas igrejas e pelo 
maior tempo dedicado à oração, à 
leitura bíblica e outras atividades re-
ligiosas, eles estarão se preparando 
para aquele descanso que resta para 
o povo de Deus”. 
O Quarto Mandamento, longe de 
ser um motivo para várias e intermi-
náveis discussões interpretativas, é 
uma bênção para os filhos de Deus. 
O Senhor abençoa o trabalho, mas 
exige para o nosso próprio bem um 
período de descanso. E o descanso 
sempre será nos braços do Salvador 
(Mt 11.28).
PARA PENSAR E AGIR:
Trabalhamos 6 dias da semana 
para conquistar o nosso sustento 
material e dedicamos apenas 1 dia 
em consagração para conquistar 
o sustento espiritual das mãos de 
Deus. Será que se invertermos esta 
disposição e Deus dispor seus cui-
dados a nós em apenas 1 dia, sobre-
viveríamos?
Na sua opinião, qual o dia do Se-
nhor? Apenas o domingo? Somente 
o sábado? Ou todos os dias devem 
ser dedicados ao Senhor?
Le
itu
ra
 Di
ár
ia
Segunda: Marcos 2.27-28
Terça: Mateus 12.11-12 
Quarta: Lucas 13.14-16
Quinta: João 5.16-17
Sexta: Isaías 1.10-15
Sábado: Romanos 14.5-6 
Domingo: Hebreus 4.9-10
32
CÓDIGO DE HONRA
O Quinto Mandamento – Êx 20.12: “Honra teu pai e tua mãe”
LIÇÃO 6
DATA DO ESTUDO
Texto Básico: Êxodo 20.12
Os Dez Mandamentos divi-
dem-se em dois grupos. Os quatro 
primeiros apontam para uma boa 
relação com Deus, onde os três pri-
meiros Mandamentos são exigên-
cias do Senhor para o nosso próprio 
bem e, consequentemente, nossa 
felicidade. No Quarto Mandamento 
há uma cerimônia e uma condição 
moral: se alguém trabalhar direto, 
certamente haverá fadiga, ou seja, 
trabalhe, mas também folgue. A ce-
rimônia é o shabat (cesse de traba-
lhar) e nesse dia do seu descanso, 
consagre sua vida a Deus. A partir 
do Quinto Mandamento, temos o ou-
tro grupo de mandamentos extrema-
mente morais. 
O primeiro grupo de quatro man-
damentos nos instrui como adorar 
e nos relacionar com o Criador. Já 
o segundo grupo, formado por ou-
tros seis mandamentos, nos ensina 
como interagir, respeitar e se rela-
cionar com o nosso próximo. O obje-
tivo dos seis últimos Mandamentos 
é o bem-estar de todos. Na transi-
ção dos grupos de Mandamentos 
está o Quinto Mandamento que fala 
do respeito aos pais e principalmen-
te da honra que é devida a eles.
Os termos do Quinto Manda-
mento são bem claros: “Honra teu 
pai e tua mãe, a fim de que tenha 
vida longa na terra que o Senhor, 
o teu Deus, te dá” (Êx 20.12). Nas 
famílias bem estruturadas e de pais 
tementes ao Senhor, não existe 
nenhuma dificuldade em acatar a 
instrução do Quinto Mandamento. 
33
Honrar pai e mãe em famílias tra-
dicionais e bem ajustadas, não há 
nenhum problema. No lar em que 
tudo é perfeito, em um lar cristão, 
por exemplo, é fácil honrar pai e mãe. 
Entretanto, para as famílias cujo pais 
são desajustados, o Quinto Manda-
mento tem gosto amargo. 
Entretanto, a desobediência ao 
Quinto mandamento acarreta perda 
da promessa de uma vida prolonga-
da. Inegavelmente, há uma verdade 
no Quinto Mandamento: indepen-
dentemente das circunstâncias, pai e 
mãe merecem nossa honra.
Existem três princípios que devem 
ser cuidadosamente analisados.
1 - PRIMEIRO PRINCÍPIO DO 
CÓDIGO DE HONRA: 
A PROMESSA
O que significa uma vida longa 
prometida no cumprimento do Quinto 
Mandamento? Existem, pelo menos, 
três possibilidades:
A primeira possibilidade é um sen-
tido literal e histórico.
Na época do Antigo Testamento, 
a desobediência aos pais tinha como 
sentença a pena de morte: Êx 21.17; 
Lv 20.9; Dt 21.18-21 – o desobedien-
te morreria. Em um sentido mais am-
plo, quem obedecesse estaria livre da 
morte, mas quem cometesse desonra 
aos pais, pagaria com a própria vida.
A segunda possibilidade dessa 
promessa é espiritual.
Isso implica dizer que aqueles que 
obedecem ao Quinto Mandamento, 
viverá mais tempona terra. Deus ob-
serva a obediência e prolonga a vida 
do filho obediente. E quanto àqueles 
filhos que eram obedientes ao Quinto 
Mandamento, mas morreram prema-
turamente? Não há resposta humana 
que satisfaça essa pergunta, somen-
te Deus sabe as razões. Não cabe 
a nós, em momento algum, desviar 
o princípio do código de honra aos 
pais. A vida pode até ter sido prema-
turamente ceifada, mas a promessa 
se cumpre em uma vida espiritual 
prolongada e cuidada pelo Senhor, 
pois Deus, ao obediente, promete 
ser companheiro e cuidar da alma 
(Dt 8.11-20).
A terceira possibilidade é física, 
ou de uma vida longa de qualidade.
Deus sabe quem obedece, mes-
mo com pais iníquos, prolonga a vida 
dos filhos, com saúde. 
O maior exemplo da Bíblia em 
obediência está em Cristo. Veja se 
a promessa da obediência aos pais 
não se cumpriu em sua essência na 
obra de Cristo. Afinal, Jesus, ao obe-
decer ao Pai, não só foi ressuscitado, 
mas vive eternamente.
2 - SEGUNDO PRINCÍPIO DO 
CÓDIGO DE HONRA: TER UMA 
GERAÇÃO VITORIOSA
É necessário ressaltar que nossos 
pais não são perfeitos (Rm 3.23). To-
dos nós, incluindo nossos pais, estão 
destituídos da glória de Deus. Deus 
não espera que nossos pais estejam 
34
sempre certos. O Quinto Mandamen-
to não é uma ordem que pressupõe 
que nossos pais sempre estarão 
certos em seus preceitos e que por 
isso devemos sempre honrá-los. 
Nossos pais não são merecedores 
da honra, da qual só devemos dar a 
Deus. Só o Senhor é digno de honra! 
O código de honra aos pais envolve 
o amor. O imperativo do Quinto Man-
damento consiste em amar aos nos-
sos pais, pois mesmo que estes não 
mereçam, o amor deve ultrapassar 
os méritos.
A honra é devida porque os pais 
são indispensáveis. Os filhos são o 
prolongamento da vida dos pais. Os 
pais cuidam dos filhos e, com o pas-
sar dos anos, são os filhos que devem 
cuidar dos pais. Filhos necessitam de 
bons relacionamentos com os pais 
para que haja desenvolvimento, co-
nhecimento e aplicação de uma vida 
ética, preservando os conceitos mo-
rais e os princípios divinos. Pais pre-
param os filhos para a vida (Sl 127).
Nossa sociedade entende que a 
mãe também faz parte da capitação 
de recursos financeiros para o sus-
tento da família. Cada vez mais a 
mulher adquire o direito de ajudar a 
compor financeiramente, junto com 
seu marido, o salário que a família 
necessita para seu sustento. A preo-
cupação dos pais deve sempre estar 
no cuidado e na atenção ao desenvol-
vimento dos filhos. Mas em que isso 
acarreta? Atualmente os pais traba-
lham de 8 a 10 horas por dia. Perdem 
quase 4 horas nas conduções que os 
levam para o serviço e os trazem de 
volta ao lar. Eles chegam exaustos. 
Deram quase tudo de si no trabalho 
e na volta para casa. Mas o que dão 
aos filhos quando chegam em casa? 
O resto de quem trabalhou o dia in-
teiro, intensamente pela família? Os 
pais estão apenas entregando aos 
filhos o que sobra deles? Queremos 
que os nossos filhos sejam príncipes 
e princesas no futuro, mas estamos 
tratando-os como mendigos existen-
ciais, pois o que lhes oferecemos 
quando chegamos em casa é apenas 
o que resta em nós (1Tm 5.8).
Nossa geração só será vitoriosa 
se entendermos que o Quinto Man-
damento é um código de honra que 
começa primeiro na obrigação dos 
pais e depois no recebimento da hon-
ra. Mas também de uma geração de 
filhos que, a despeito do tratamento, 
amor, dedicação e cuidado que rece-
beram dos seus pais, deseja o melhor 
para os seus próprios filhos.
3 -TERCEIRO PRINCÍPIO DO 
CÓDIGO DE HONRA: SER UM 
BOM FRUTO A DESPEITO DA 
ÁRVORE QUE O GEROU
Os pais devem sempre se empe-
nhar para merecer a honra dos seus 
filhos (Ef 6.4). Nossos pais nos corri-
gem por pouco tempo, até que che-
guemos aos anos da nossa maturida-
de. Devemos aos nossos pais a nossa 
vida física. Entretanto, a Deus deve-
mos nossa parte imortal (Hb 12.9,10). 
Não existem pais perfeitos (Sl 106.6), 
por isso os pais precisam se esforçar 
para fazer jus à devida honra. O esfor-
ço dos pais consiste em amar, cuidar, 
35
educar, motivar e principalmente in-
centivar os filhos nos retos caminhos 
do Senhor (Pv 22.6).
Obedecer ao pai e a mãe, agrada 
ao Senhor (Cl 3.20). Entretanto, como 
obedecer aos pais que não são per-
feitos? Honrar pai e mãe implica em 
ser bom fruto a despeito da criação. 
Uma árvore seca, que não tem formo-
sura, cuja casca está grossa e enru-
gada, pode gerar bons frutos. Visitei 
um jovem que estava preso por seus 
delitos. Indaguei o porquê, pois tão 
jovem perdeu a sua liberdade. Ele me 
disse que se tornou violento por cau-
sa do seu pai. Seu pai era um bêba-
do, um viciado, iracundo. Seus maus 
tratos à mãe, que não o denunciava, 
e o desprezo pela família o levaram 
a cometer pequenos roubos para seu 
próprio sustento, até ser preso. Per-
guntei sobre sua família. Ele me disse 
que tinha um irmão gêmeo. Fui até o 
endereço do irmão dele. Para minha 
surpresa, o local onde encontrei seu 
irmão era em um escritório de advo-
cacia. Seu irmão era advogado e iria 
lhe defender. Perguntei ao irmão o 
que o incentivou a ser um advogado? 
Ele me respondeu: “Meu pai foi meu 
maior incentivo. Estou honrando meu 
pai produzindo um fruto que ele não 
gerou em mim, mas vou gerar em 
meus filhos”. Quem não honra pai e 
mãe é como uma lâmpada que se 
apaga nas trevas.
PARA PENSAR E AGIR:
Se quisermos a bênção de Deus 
sobre nossas vidas, se faz necessá-
rio honrar os nossos pais. Precisamos 
atentar que este é o primeiro Manda-
mento com promessa (Ef 6.2). Aque-
les que um dia terão filhos, só pode-
rão exigir o cumprimento do Quinto 
Mandamento em suas vidas, se hoje 
obedecem a este código de honra.
Honrar pai e mãe descrentes im-
plica em uma árdua obediência ao 
Quinto Mandamento, por parte dos 
filhos. Honrar a pais desobedientes 
aos princípios bíblicos não é ser so-
lidário a estes. Uma das formas de 
honrar pai e mãe que são infiéis ao 
Senhor, é se converter a Jesus Cristo.
A última palavra registrada no An-
tigo Testamento é maldição. Entretan-
to o último versículo da Antiga Aliança 
retrata a família. Quando é que Deus 
levanta maldição na terra? Quando o 
coração dos pais não está converti-
do aos filhos, quando o coração dos 
filhos não está convertido aos pais e 
quando ambos não se convertem a 
Deus (Ml 4.6).
Os princípios firmados no Quinto 
Mandamento geram paz, harmonia, 
graça, bênçãos e amor para a nação. 
Contudo, ao ferir o código de honra, 
as famílias tornam-se parte do mal 
desta sociedade.
Le
itu
ra
 Di
ár
ia
Segunda: Provérbios 19.26
Terça: Mateus 19.19 
Quarta: Marcos 10.19
Quinta: Deuteronômio 5.16
Sexta: Mateus 15.4-6
Sábado: Marcos 7.10-13 
Domingo: Lucas 18.20
36
ESTANCANDO O SANGUE
O Sexto Mandamento – Êx 20.13: “Não Matarás”
LIÇÃO 7
DATA DO ESTUDO
Texto Básico: Êxodo 20.13
Sessenta pessoas são assas-
sinadas a cada hora, segundo os 
dados da Organização Mundial da 
Saúde (OMS). No entanto, o Sexto 
Mandamento nos deixa bem cla-
ro: matar contraria os princípios do 
Criador. Assassinar é pecado.
Desde a descoberta do Brasil, 
nossa nação vive em um banho de 
sangue. Uma pesquisa do Datafolha 
em 2017, registrou que um a cada 
três brasileiros já teve um amigo ou 
um parente que foi assassinado. En-
quanto isso, o Sexto Mandamento 
nos adverte: Matar é pecado! 2 mi-
lhões de pessoas morrem de forma 
violenta a cada ano no mundo. Esti-
ma-se que uma pessoa cometa sui-
cídio a cada 40 segundos; uma pes-
soa morre de forma violenta a cada 
minuto; e 35 pessoas são mortas 
por hora, decorrente das guerras. 
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Cada vez mais os exércitos, poli-
ciais e bandidos estão se armando até 
os dentes. A pergunta que não cala 
é: “Por que será que a humanidade 
insiste em ferir o Sexto Mandamento? 
Talvez não passe pela sua cabeça fa-
zer mal a alguém, tampouco matar. 
Entretanto, por que será que Jesus, 
não apenas alertou sobre este Man-
damento, mas o potencializou: “Ou-
vistes que foi dito aos antigos: “Não 
matarás; [...] Eu, porém, vos digoque 
todo aquele que [sem motivo] se irar 
contra seu irmão estará sujeito a jul-
gamento; e quem proferir um insulto a 
seu irmão estará sujeito a julgamento 
do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, 
estará sujeito ao inferno de fogo” (Mt 
5.21,22). Proferir um insulto, odiar ou 
cuspir é tão letal quanto o efeito de 
matar. No coração de Deus, no inte-
rior do Senhor, não cabe o ódio.
O que Jesus quer nos dizer? Por 
qual razão o Senhor nos ensina o 
real motivo do Sexto Mandamento? 
Jesus sabe que dentro de nós habi-
ta a velha criatura. Temos dentro de 
nós uma fera indomável. Se não a ali-
mentarmos, ela tende a enfraquecer 
de inanição. Contudo, uma arma na 
cintura pode levar um ser desequili-
brado ao ápice da violência. Certa 
vez, um rapaz me contou que estava 
muito angustiado. Seus punhos es-
tavam cerrados. Seu rosto, vermelho 
de raiva. Ao indagá-lo do porquê, ele 
me disse que alguém bateu em seu 
automóvel e não parou para negociar 
o conserto. Ele perseguiu o veículo 
por vários quarteirões, mas o outro 
motorista é habilidoso e fugiu. Ele me 
disse que se estivesse armado, algo 
de pior poderia ter acontecido. Eu lhe 
disse que o pior estava acontecendo, 
pois o motorista que causou o aciden-
te tinha ido embora da cena do crime, 
mas ainda estava dentro do peito da 
vítima, fazendo-o sofrer e elaborar os 
mais sórdidos planos de vingança. 
Jesus espera mais dos seus discípu-
los do que da lei.
Por que a sociedade atual violen-
ta este mandamento? Por que ainda 
se mata tanto? As respostas a seguir 
são as interpretações mais prováveis 
e, uma vez compreendida, podem 
servir de estanque para essa hemor-
rágica violência. 
1 - O PECADO COMO CAUSA 
PRINCIPAL 
A morte não é um castigo de 
Deus, mas uma consequência do 
pecado humano (Rm 6.23). Graças à 
bondade do Senhor, tal salário não é 
pago antecipadamente. 
As primeiras mortes acontece-
ram no Éden. Adão e Eva, devido ao 
seu pecado, sofreram também outras 
consequências por essa desobediên-
cia, a principal delas foi a morte, que 
Deus avisou que aconteceria caso 
comessem o fruto proibido: “Mas da 
árvore do conhecimento do bem e do 
mal não comerás; porque, no dia que 
dela comeres, certamente morrerás.” 
(Gn 2:17). A morte põe fim ao peca-
do. A morte encerra a possibilidade 
de pecar. Se Adão e Eva permane-
cessem no Éden, comeriam do fruto 
da Árvore da Vida e seriam pecado-
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res eternos. Do lado de fora do Éden 
e longe do fruto da árvore que lhes 
daria vida, teriam a oportunidade de 
se salvar, arrependendo-se. Perma-
necendo no Éden, Adão e Eva man-
chariam a Glória de Deus.
Portanto, todo pecador terá que 
morrer, seja naturalmente ou por 
doenças, assassinado ou até por sui-
cídio. O pecado condenou a huma-
nidade à morte. Todavia, nunca po-
demos esquecer que o dom da vida 
e a sentença de morte pertencem a 
Deus. Quando Caim assassina seu 
irmão (Gn 4.8-16) e se arrepende, 
percebendo a gravidade do seu ato, 
Deus o livra da morte (Gn 4.15). Nin-
guém tem o direito de matar!
2 - É NECESSÁRIO DIFERENCIAR 
MATAR DE ASSASSINAR
“Quem derramar o sangue do 
homem, pelo homem o seu sangue 
será derramado; porque Deus fez 
o homem conforme a sua imagem” 
(Gn 9.6). Jesus alertou a Pedro: “... 
Embainha a tua espada; porque to-
dos os que lançarem mão da espada, 
à espada morrerão” (Mt 26.52). Davi 
matou Golias, a ameaça viva do seu 
povo. (1Sm 17.50,51)
A palavra hebraica usada no Sex-
to Mandamento (Êx 20.13 e Dt 5.17) 
é “ratsach”, que traduzida quer dizer 
“assassinar”. Ratsach, quer dizer, li-
teralmente, um assassinato premedi-
tado violento de um inimigo pessoal. 
Assassinar é matar premeditadamen-
te. Então, se pudéssemos traduzir 
literalmente o Sexto Mandamento di-
ríamos que está escrito assim, para 
melhor entendimento: “Não assassi-
narás premeditadamente”. 
Há profissionais que dialogam 
com a morte em suas rotinas de tra-
balho. Por exemplo, um bombeiro civil 
que se lança em um prédio em cha-
mas na tentativa de salvar alguém, 
mas acaba morrendo no salvamen-
to. O bombeiro não tirou sua própria 
vida, premeditadamente. Da mesma 
forma, um policial militar arrisca a sua 
vida perseguindo meliantes, quase 
sempre. Se desventura falecer em 
combate, o policial militar não preme-
ditou sua morte. Todavia, se um PM 
desferir tiros contra um bandido com 
ódio ou por vingança, na verdade, ele 
está cometendo pecado e ferindo o 
Sexto Mandamento.
Vários servos de Cristo e mis-
sionários do Reino de Deus, deram 
suas próprias vidas na luta para 
anunciar as Boas Novas. Mesmo 
sabendo dos riscos de morte, ain-
da assim dedicaram suas vidas 
(Rm 8.36), não cabe aqui a auto ani-
quilação. Aliás, o suicídio é um crime 
diante dos homens e uma afronta 
diante de Deus, por ser premeditado.
3 - NÃO HÁ EXCEÇÕES NO SEXTO 
MANDAMENTO
Não existe nenhuma exceção. 
O Sexto Mandamento inaugura 
uma proibição absoluta: “Não Ma-
tarás”. Contudo, será que há exce-
ções, por exemplo, para o aborto ou 
a eutanásia?
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O aborto é a descontinuação da 
gravidez, com ou sem a expulsão 
do embrião que resulta na morte do 
feto. A Bíblia esclarece que o nas-
cituro se torna um ser vivo no ven-
tre materno (Jr 1.5; Sl 139.13-16; 
Is 49.1). Alguns movimentos insistem 
em afirmar que no Sexto Mandamen-
to há exceções para o aborto, pois:
A mulher tem direito sobre seu 
próprio corpo – Sim, mas o nascituro 
não é uma extensão do seu corpo, é 
um ser vivo que nele habita.
Com a não autorização do aborto, 
muitas mulheres recorrem a clínicas 
clandestinas, acarretando problemas 
graves de saúde – Um erro não justi-
fica o outro. Clínicas clandestinas são 
casos de polícia.
As mães pobres são forçadas a 
dar à luz aos seus filhos – Existem 
métodos contraceptivos e campanha 
do Ministério da Saúde que doam 
anticoncepcionais e alertam contra a 
má utilização desses métodos.
Portanto, realizar um aborto, ou 
ajudar alguém a realizá-lo é homicí-
dio, da mesma forma que a eutaná-
sia (conduta de retirar a vida de al-
guém em estado terminal, beirando à 
morte, ou que esteja sujeito a dores 
e intoleráveis sofrimentos físicos). 
A Bíblia diz: “... e não matarás o ino-
cente e o justo; porque não justificarei 
o ímpio” (Êx 23.7). 
A vida pertence a Deus. Ele é o 
doador da vida. Tirar a vida de al-
guém, através de assassinato é 
usurpar a autoridade do Criador. 
Nossa função, como imagem e se-
melhança de Deus, não é assassinar, 
mas ajudar as pessoas a viverem.
PARA PENSAR E AGIR:
Você seria capaz de matar al-
guém para defender a sua família? 
Se você tivesse a oportunidade de 
desarmar um assassino que aponta a 
arma para um ente querido, qual se-
ria a sua reação?
Muitos nesta sociedade defendem 
que “bandido bom é bandido mor-
to!”. Você também pensa assim? Por 
exemplo, naquele sequestro, em que 
um jovem sequestrou um ônibus com 
passageiros, até culminar em sua 
morte por um atirador de elite agindo 
dentro da lei. Qual foi a sua reação 
quando este jovem caiu morto, de-
pois de receber três, dos cinco tiros 
disparados, levando-o a morte?
Como estancar esse banho de 
sangue oriundo do caos social? 
Criando mais leis ou anunciando a 
paz que excede todo entendimento 
humano (Fl 4.7)?
Le
itu
ra
 Di
ár
ia
Segunda: Tiago 2.11
Terça: Romanos 13.9 
Quarta: Lucas 18.20
Quinta: Romanos 13.4
Sexta: Atos 3.15
Sábado: 1Samuel 2.6 
Domingo: João 11.17-27
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ADÚLTEROS E ADULTÉRIO NA 
BALANÇA DE DEUS
O Sétimo Mandamento – Êx 20.14: “Não Adulterarás”
LIÇÃO 8
DATA DO ESTUDO
Texto Básico: Êxodo 20.14
Em todo ser humano, indepen-
dente de sua nação, tribo, comuni-
dade, crença ou cultura, existe um 
senso moral que reconhece o que 
é certo ou errado, ético ou imoral e 
que o mal tem como consequência 
o julgamento e a punição
Imaginemos a humanidade 
sem leis e normas. Como ficaria, 
por exemplo, alguém que chegou 
primeiro e se apropriou de um ter-
ritório, logo em seguida demarcou 
as suas terras, mas pouco tempo 
depois, alguém se dizendo dono, 
reivindica tal propriedade? Sem 
leis, normas

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