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Betel Dominical Adultos, Professor - 3 Trim 2024

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Betel 
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DOMINICAL 
Adultos 
á A RELEVÂNCIA DA IGREJA, 
SUA ESSENCIA E MISSAO 
Reafirmando os fundamentos, a importância do compromisso com 
a Palavra de Deus, a adoração sincera e o serviço autêntico, 
segundo os preceitos de Jesus Cristo. 
DAFA
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aMirca 
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DE 6H AS 9H DA MANHA! 
DIREÇÃO GERAL: BISPO ABNER FERREIRA 
APRESENTAÇÃO: LENILTON SIMÕES 
Foco ~ 
Betel 
DOMINICAL 
Adultos 
Revista de 
Escola Biblica Dominical 
30 Trimestre de 2024 Ano 34 N° 132 
Publicação Trimestral ISSN 2448-184X 
A RELEVÂNCIA DA IGREJA, 
SUA ESSÊNCIA E MISSÃO 
Reafirmando os fundamentos, a importância do compromisso 
com a Palavra de Deus, a adoração sincera e o serviço autêntico, 
segundo os preceitos de Jesus Cristo. 
NOSSA CAPA: 
Imagem ilustrativa de uma 
igreja local e da Igreja, 
Corpo de Cristo. 
LIÇÃO 1 A relevância da Palavra de Deus para edificação doutrinária da Igreja 3 
LIÇÃO 2 A Igreja e a relevância para a adoração verdadeira no culto 
LIÇÃO 3 A relevância da Igreja no cumprimento de sua missão 
10 
17 
LIÇÃO 4 A relevância de pertencer e ser membro de uma Igreja local 24 
LIÇÃO 5 A relevância de congregar em uma Igreja local, para fortalecer 
a fé e a comunhão 
LIÇÃO 6 A relevância da Igreja cumprir o seu papel na integração e 
discipulado agregador 
31 
38 
LIÇÃO 7 A relevância da Igreja para o crescimento e a vida do cristão 45 
LIÇÃO 8 A relevância e importância da doutrina pentecostal para manter a 
Igreja viva 52 
LIÇÃO 9 A importância e a relevância da contribuição para a pregação, 
crescimento e desenvolvimento da Igreja 59 
LIÇÃO 10 A relevância da Igreja na sociedade e sua importante função social 66 
LIÇÃO 11 A importância e relevância da Igreja na edificação e solidificação 
da instituição família 73 
LIÇÃO 12 A relevância da liderança para condução e ensinamento da Igreja 80 
LIÇÃO 13 A relevância da esperança da volta de Cristo para Sua Igreja 87 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 101 
lEI conheça os recursos feitos para você e disponíveis gratuitamente em 
nosso site, acessando pelo link: bit.ly/aux-ebd-bd ou pelo QR code:PAE 
Essa revista pertence a: 
C.' Betel 
Ed i tora 
Rua Carvalho de Souza, 20- Madureira 
Rio de Janeiro/RJ - CEP 21350-180 
21 3575-8900 
meal a 97278-8560 r.r,r<P'r, 21 99723-0055 
comercial®edito ra betel.com. b r 
www.editorabetel.com.br 
Ili @ O Editora Betel 
MESA DIRETORA 
Bispo Primaz Mundial Dr. Manoel Ferreira 
Presidente 
Bispo Samuel Cássio Ferreira 
Bispo Abner de Cássio Ferreira 
Bispo Oídes José do Carmo 
Pr. Amarildo Martins da Silva 
Pr. Abinair Vargas Vieira 
Pr. Josué de Campos 
Pr. Dilmo dos Santos 
Pr. Magner de Cássio Ferreira 
Pr. Eliel Araújo de Alencar 
Pr. Josué Rodrigues de Gouveia 
Pr. Gilson Ferreira Campos 
Pr. José Fernandes Correia Noleto 
Pr. João Adair Ferreira 
Pr. Antônio Paulo Antunes 
DIRETORIA/CONSELHO DELIBERATIVO 
Bispo Primaz Mundial Dr. Manoel Ferreira 
Bispo Oídes José do Carmo 
Pr. Josué de Campos 
Pr. Márcio Tristão Vergniano 
Pr. Eliel Araújo de Alencar 
Pr. José Fernandes Correia Noleto 
Pr. David Cabral 
Pr. Neuton Pereira de Abreu 
Pr. Eduardo Sampaio de Oliveira 
Pr. Moisés Pereira Pinto 
Pr. Abinair Vargas Vieira 
Pr. Dilmo dos Santos 
Pr. Desailton Antônio de Souza 
Pr. José Pedro Teixeira 
Pr. João Nunes dos Santos 
Pr. Antonio Paulo Antunes 
Pr. Deiró de Andrade 
Pr. Marcivon Neres de Oliveira 
GERÊNCIA 
Bispo Samuel Cássio Ferreira 
Gerente Executivo 
Bispo Abner de Cássio Ferreira 
Gerente Geral 
© 2024 Editora Betel. Todos os direitos 
reservados. 
Nenhuma parte desta publicação pode ser re-
produzida ou transmitida, em qualquer meio, 
sem prévia autorização por escrito da editora. 
Palavra do Comentarista 
"Cientes de que a Igreja é uma instituição divina, 
de sua importância para a vida e o bem-estar do 
ser humano, uma vez que, pelo poder do Espíri-
to Santo, cumpre um exclusivo papel de tornar 
conhecido a toda a criatura o plano divino de 
salvação e contribuir na formação e desenvol-
vimento do caráter cristão na vida dos nascidos 
de novo, neste trimestre estudaremos o tema: 
"A relevância da Igreja" As lições aqui inseridas 
abordarão e reforçarão temas cruciais para o 
aperfeiçoamento dos que estão em Cristo Jesus 
e para o enfrentamento de tantos desafios que 
confrontam a presente geração do povo de Deus 
na terra, como a prática de muitos que se dizem 
cristãos, porém dispensam a participação em 
uma Igreja local. Portanto, o conteúdo da pre-
sente revista é um necessário e urgente chama-
do ao povo de Deus a "guardar o bom depósito" 
e "permanecer no que temos aprendido" [2Tm 
1.14; 3.14] e, assim, prosseguir no crescimento 
espiritual, na proclamação da sã doutrina e na 
defesa da fé Cristocêntrica, até que Ele venha! 
PR. JOSUÉ RODRIGUES DE GOUVEIA 
Pastor Presidente da Assembleia 
de Deus Ministério Vila Nova, 
Goiânia-GO, 2° Vice-presidente 
da CONEMAD/GO (Conven-
ção Estadual das Assembleias 
de Deus — Estado de Goiás), 
Membro da Mesa Diretora e 5° 
Secretário da CONAMAD (Convenção Nacional 
das Assembleias de Deus); Presidente do SEPEGO 
(Seminário Pentecostal de Goiás). 
TEXTO ÁUREO 
"A relevância da Palavra de Deus 
para edificação doutrinária da 
Igreja 
"Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus 
uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; 
tendo pouca força, guardaste a minha palavra 
e não negaste o meu nome." Apocalipse 3.8 
VERDADE APLICADA 
A Palavra de Deus é o alicerce da Igreja. Ela é 
o fundamento de todos os princípios que nor-
teiam a vida cristã. 
~ O OBJETIVOS DA LIÇÃO 
E Evidenciar a relevância da CT Enfatizar a importância de Q Mostrar o resultado da apli-
Palavra de Deus. priorizar a Palavra de Deus. cação da Palavra. 
TEXTOS DE REFERÊNCIA 
SALMOS 119 
91. Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha medi-
tação em todo o dia. 
9$. Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais 
sábio que meus inimigos, pois estão sempre 
comigo. 
99. Tenho mais entendimento do que todos os 
meus mestres, porque medito nos teus teste-
munhos. 
100. Sou mais prudente do que os velhos, porque 
guardo os teus preceitos. 
101. Desviei os meus pés de todo caminho mau, 
para observar a tua palavra. 
102. Não me apartei dos teus juízos, porque tu 
me ensinaste. 
103. Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu 
paladar! Mais doces do que o mel à minha boca. 
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 3 
SEGUNDA 1 Sm 15.22 
Obedecer é melhor do que sacrificar. 
TERÇA 51 1.2 
Bem-aventurado o que medita na Palavra. 
QUARTA ¡ SI 119.1 
Bem-aventurado o que anda na lei do Senhor. 
J HINOS SUGERIDOS 
306, 505, 506 
MOTIVO DE ORAÇÃO 
Ore para que a Palavra de Deus seja cada 
vez mais valorizada. 
QUfJTA Jr 23.29 
A Palavra de Deus é como fogo. 
SEXTA Jo 17.17 
A Tua Palavra é a verdade. 
SÁBADO At 6.4 
Perseverar na oração e na Palavra. 
ld ESBOÇO DA LIÇÃO 
Introdução 
1. A relevância do aprendizado da Palavra 
2. A importância de priorizar a Palavra 
3.O resultado da aplicação da Palavra 
Conclusão 
INTRODUÇÃO 
Nesta lição, refletiremos sobre a relevância da Palavra de Deus para a Igreja. 
Portanto, apresentaremos alguns princípios que evidenciam essa relevância 
crucial para a vida cristã. 
0 A relevância do aprendiza-
do da Palavra 
Além de estudar, é preciso que 
haja um aprendizado efetivo. 
Aprender é uma tarefa 
de excelência tanto pa-
ra o discípulo, quando 
alcança esse objetivo, 
como também para o 
mestre, que vê um re-
sultado positivo do seu 
trabalho, pois: "Bem-
-aventurado aquele que 
lê, e os que ouvem as palavras 
desta profecia, e guardam as coi-
sas que nela estão escritas; porque 
o tempo está próximo." [Ap 1.3]. 
PONTO DE 
PARTIDA 
A Palavra 
de Deus é o 
alicerce da 
Igreja. 
Portanto, o ensino está intrinse-
camente ligado a ouvir, guardar 
e praticar o que está sendo mi-
nistrado. 
0 aprendizado nos tor-
na sábios para a salvação. 
O elemento essencial que 
nos conscientiza da salva-
ção vem pelo aprendizado 
da Palavra, porquanto a 
fé advém de ouvi-la[Rm 
10.17]. O apóstolo Paulo 
afirmou para Timóteo, seu 
filho na fé, que ele havia chegado a 
essa conclusão pelo conhecimento 
da Palavra de Deus: "E que, desde a 
tua meninice, sabes as sagradas le-
4 LIÇÃO 1 
tras, que podem fazer-te sábio para 
a salvação, pela fé que há em Cristo 
Jesus:' [2Tm 3.15]. Os mestres da lei, 
estudiosos diligentes das Escrituras, 
a examinavam na certeza de encon-
trar a vida eterna [Jo 5.39], porém 
ignoravam o fato de que as mesmas 
testificavam de Jesus, o único cami-
nho para a salvação. 
A Lawrence Richards (Comentário 
Bíblico do Professor - Editora Vida, 
2004, P. 1122 e 1124) enfatiza que 1 
e 2Timóteo e Tito é um "Chamado 
para o Ensino": "Ensinar e aprender 
é um dos temas principais nessas car-
tas referentes às "últimas palavras" do 
apóstolo Paulo. (...) A evidência do 
aprendizado cristão não se encontra 
em nosso saber, mas no amor, na fé e 
na santidade de vida do crente. Paulo 
encorajou Timóteo e Tito a se envol-
ver no tipo de ensino que conecta a 
verdade à vida; o tipo de ensino o qual 
produz pessoas amorosas, confiáveis 
e santas. Paulo certamente diria que 
o caráter, não o conhecimento, é o 
melhor indicador de um cristão bem-
-preparado" 
t .Z 0 aprendizado nos torna sá-
bios para a vida. O aprendizado 
da Palavra de Deus proporciona ao 
crente essa sabedoria celestial que 
se sobrepõe à sabedoria humana 
e terrena. De nada vale o conheci-
mento sem reconhecer a Palavra de 
Deus como base de toda a ciência. O 
salmista admite que o aprendizado 
da Palavra de Deus o fazia superar 
até seus mestres, incluindo pessoas 
mais velhas e experientes do que 
ele: "Tenho mais entendimento do 
que todos os meus mestres, porque 
medito nos teus testemunhos. Sou 
mais prudente do que os velhos, 
porque guardo os teus preceitos." 
[Si 119.99-100]. 
'f Sarah Cavalcanti (Livro "Uma 
escola para todos" - Editora Betel, 
2015): "É através do ensino da Bíblia 
que crescemos no conhecimento da 
Palavra de Deus e no relacionamento 
com o Deus da Palavra. É no estudo 
da Bíblia que se aprende os rudimen-
tos da fé cristã. Se quisermos avançar 
como Igreja vitoriosa e relevante no 
século XXI, precisamos investir ar-
duamente no ensino da Bíblia, afinal 
é a sua mensagem que transforma e 
liberta o pecador:' 
0 aprendizado nos faz discer-
nir o falso ensino. Jesus disse que 
o erro dos saduceus, líderes em 
Israel, derivava do fato de não co-
nhecerem as Escrituras, ou seja, a 
principal qualidade de quem ensina 
a Palavra é conhecê-la: "Jesus, po-
rém, respondendo, disse-lhes: Er-
rais, não conhecendo as Escrituras, 
nem o poder de Deus." [Mt 22.29]. 
Ainda de acordo com o texto de 
Oséias, o povo pereceu porque lhes 
faltou o conhecimento de Deus [Os 
4.6]. Existe ainda o fragoroso peri-
go de se estar ensinando doutrinas 
heréticas, visto que há uma linha 
muito tênue entre o ensino genu-
íno da Palavra e um ensinamento 
deturpado. 
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 5 
f Pr. Joabes Rodrigues do Rosário 
(Revista Betel Dominical, 4° Trimes-
tre de 2019, P. 6) - "A refutação e os 
últimos dias": "A Palavra de Deus re-
vela que os últimos dias da Igreja na 
terra seriam caracterizados, também, 
pelo surgimento de falsos profetas [Mt 
24.11], espíritos enganadores e dou-
trinas de demônios [ 1Tm 4.1 ], falsos 
doutores e heresias [2Pe 2.1]. Eviden-
temente, muitos destes erros não são 
facilmente identificados. É preciso, 
pois, como Igreja, estarmos firmados e 
convictos quanto ao conteúdo da fé bí-
blica e buscarmos a indispensável ação 
do Espírito Santo no discernimento e 
na capacitação necessária para refu-
tarmos os enganos que vão surgindo, 
além da proclamação do Evangelho." 
QJ EU ENSINEI QUE: 
0 ensino está intrinsecamente ligado a ouvir, 
guardar e praticar o que está sendo ministrado. 
fl A importância de priorizar 
a Palavra 
A prioridade da Palavra de Deus 
perpassa por uma atitude firme 
da Igreja, justamente quando as 
lideranças entendem que o estu-
do sistemático da Palavra é fun-
damental em todas as funções 
eclesiásticas. 
QFOCO NA 
LIÇÃO 
A importância da Palavra no 
Antigo Testamento. O sacerdote e 
escriba Esdras é um exemplo muito 
importante para apresentarmos o 
ensino da Palavra no Antigo Testa-
mento: "Porque Esdras tinha prepa-
rado o seu coração para buscar a lei 
do Senhor, e para a cumprir, e para 
ensinar em Israel os seus estatutos e 
os seus direitos:' [Ed 7.10]. O povo 
se reunia para ler e meditar na lei do 
Senhor. Essa atitude de Esdras pro-
duziu um dos maiores avivamentos 
na história de Israel. 
A Sarah Cavalcanti (Livro "Uma es-
cola para todos" — Editora Betel, 2018): 
"O ato de ensinar o povo acontece des-
de os tempos do Antigo Testamento. 
O texto de Deuteronômio 31.12 re-
vela que a ideia era reunir o povo pa-
ra ensinar a Palavra de Deus. Todos 
deveriam estar presentes ("homens, e 
mulheres, e meninos, e os teus estran-
geiros") à ministração e ao ensino das 
leis de Deus:' 
A importância da Palavra no 
Novo Testamento. Os apóstolos dei-
xaram um legado muito importante 
para a Igreja dos nossos dias: "Mas 
nós perseveraremos na oração e no 
ministério da palavra." [At 6.4]. A 
atitude apostólica de priorizar o bi-
nômio oração e Palavra é infalível e 
Aprender é uma tarefa de excelência tanto para 
o educando, quando alcança esse objetivo, como também para o 
educador, que vê um resultado positivo do seu trabalho... 
i 
6 LIGAO 1 
deve ser imitada por todas as Igre-
jas, se quiserem ter uma vida espi-
ritual e um crescimento saudável. A 
Igreja apostólica crescia mediante 
o trabalho do ministério [At 2.42], 
pois perseverava em todas as ativi-
dades que realizava. Era uma ação 
contínua, sendo parte constante da 
vida da Igreja. Vemos Paulo exor-
tando a Timóteo, seu filho na fé, 
para que pregasse a palavra em todo 
o tempo [2Tm 4.2]. 
A Eurico Bergsten (Lições Bíblicas, 3° 
trimestre de 1978) ao comentar sobre 
o crescimento e desenvolvimento da 
igreja em Jerusalém: "Em tudo a Igreja 
se apoiava na Palavra de Deus. No dia 
de Pentecostes, quando as críticas con-
tra as bênçãos recebidas apareceram, 
eles se defendiam com a Bíblia. "Isto 
é o que foi dito pelo profeta Joel" [At 
2.16]. Quando o povo estava atônito 
pela cura do coxo, citavam a Palavra 
de Deus para explicar o fato [At 3.13-
16]. Quando foram proibidos de falar 
em nome de Jesus, baseavam a sua 
defesa na Palavra de Deus [At 4.11], o 
que lhes deu muita ousadia [At 4.25-
27]. Quando apareceu o grave proble-
ma criado pelos fariseus que queriam 
obrigar os crentes a se circuncidarem, 
então com base na Palavra de Deus 
conseguiram dissipar aquela ameaça 
à paz [At 15.15-16, 28-30]. Aleluia! 
Aqui estão alguns exemplos. A Bíblia 
diz: "Permaneceram na doutrina dos 
apóstolos" [At 2.42]:' 
7.1; A Palavra nutre a vida espiritu-
al. Nossa saúde espiritual está inti-
mamente ligada à nossa busca pelo 
conhecimento da Palavra de Deus. 
O apóstolo Pedro escreveu: "Desejai 
afetuosamente, como meninos nova-
mente nascidos, o leite racional, não 
falsificado, para que, por ele, vades 
crescendo:' [ 1 Pe 2.2] . Assim como o 
leite materno não possui substituto 
à altura, de igual modo na vida cris-
tã nada pode substituir a Palavra de 
Deus. De acordo com este texto bíbli-
co, a Palavra é o principal elemento 
no "cardápio alimentar" da vida es-
piritual. Ela deve ser prioritária em 
nossa vida. 
A Pr. Jairo Fontes Ferreira (Revis-
ta Betel Dominical, 3° Trimestre de 
1993, p. 26) comentou sobre a Bíblia 
e seu valor como alimento: "Assim co-
mo o corpo físico, templo do Espírito 
Santo, precisa do alimento material, 
nosso espírito e alma necessitam do 
alimento espiritual [Dt 8.3]. Este é o 
princípio estabelecido por Deus, para 
o Seu povo valorizar Sua palavra co-
mo alimento. O próprio Senhor Jesus 
autenticou a palavra do Pai diante de 
Satanás [Mt 4.4]. "Nem só de pão..:' 
disse Jesus, mostrando-nos a neces-
sidade do pão espiritual, a Palavra de 
Deus, para cada dia de nossas vidas. 
A Palavra de Deus, como alimentoespiritual, é comparada a: a) mel [Sl 
119.103]; b) leite [Hb 5.13]; c) alimen-
to sólido [Hb 5.14]." 
OJ EU ENSINEI QUE: 
0 estudo sistemático da Palavra é fundamental 
em todas as funções eclesiásticas. 
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 7 
QFOCO NA 
LIÇÃO A atitude apostólica de priorizar o binômio 
oração e Palavra é infalível e deve ser imitada por todas 
as igrejas... 
0 0 resultado da aplicação 
da Palavra 
A aplicação da Palavra de Deus 
se constitui no elemento funda-
mental para o cristão sob todos 
os aspectos. Ela tem o poder de 
transformar a vida do ser hu-
mano. 
Fortalece a vida cristã. A matu-
ridade cristã será alcançada através 
de uma vida alicerçada na Palavra de 
Deus. Só assim o cristão poderá vencer 
todos os embates da vida com equilí-
brio e resiliência: "Todo aquele, pois, 
que escuta estas minhas palavras e as 
pratica, assemelhá-lo-ei ao homem 
prudente, que edificou a sua casa sobre 
a rocha. E desceu a chuva, e correram 
rios, e assopraram ventos, e combate-
ram aquela casa, e não caiu, porque es-
tava edificada sobre a rocha." [Mt 7.24-
25]. Rios, chuvas, ventos e tempestades 
são situações que podem atingir a vida 
cristã e somente quem está alicerçado 
na Palavra de Deus poderá vencer. 
Sarah Cavalcanti (Livro "Uma es-
cola para todos" - Editora Betel, 2018): 
"Ensinar a Bíblia é fundamental para 
uma vida cristã bem-sucedida e, tam-
bém, para uma Igreja saudável. Além 
disso, em diferentes momentos da vi-
da, a Palavra se renova, se ressignifica 
e sempre traz um novo aprendizado." 
Produz santificação. A vontade de 
Deus para o Seu povo é a santificação 
[ 1Ts 4.3], e um dos elementos impor-
tantes para a santificação é a Palavra 
de Deus, conforme ressaltou Jesus na 
oração sacerdotal, ao revelar o poder 
santificador da mesma: "Santifica-os 
na verdade; a tua palavra é a verdade" 
[ Jo 17.17] . De acordo com o apóstolo 
Tiago, para que haja uma mudança 
de vida efetiva, a Palavra precisa ser 
enxertada em nossas vidas [Tg 1.21]. 
A Além de João 17.17, vemos também 
a Palavra de Deus como agente de san-
tificação em João 15.3. Podemos dizer 
que o Espírito Santo usa a Palavra de 
Deus para exercer o efeito santificador 
sobre os discípulos de Cristo. Todos que 
acolhem a Palavra de Deus são limpos. 
Vemos em João 13.10 que o Senhor Je-
sus revelou que nem todos estavam lim-
pos. Portanto, não se trata de automa-
tismo na santificação. É preciso acolher 
a Palavra. Conservar no coração. Foi o 
que faltou a Judas. Para manter pura a 
conduta é preciso viver de acordo com 
a Palavra de Deus [Si 119.9]. 
Agrada a Deus. A obediência é um 
dos mais importantes princípios da vida 
cristã, de maneira que qualquer sacrificio 
não tem nenhum valor sem a obediência. 
Isso fica claro nas palavras do profeta Sa-
8 LIÇÃO I 
muel ao advertir o rei Saul: "Porém, Sa-
muel disse: Tem, porventura, o Senhor 
tanto prazer em holocaustos e sacrificios 
como em que se obedeça à palavra do 
Senhor? Eis que o obedecer é melhor do 
que o sacrificar (...):' [ 1Sm 15.22]. 
A Pr. Marcos SantAnna da Silva (Livro 
"Aperfeiçoamento cristão" - Editora Be-
tel, 2018): "Se declaramos e cremos que 
a Palavra de Deus é a verdade e a revela-
ção da vontade de Deus para nós, então 
a disposição em praticá-la deve preceder 
o conhecimento da mesma. Ou seja, o 
discípulo de Cristo precisa ir à Palavra 
com fé e disposição de obedecê-la" 
OJ EU ENSINEI QUE: 
A aplicação da Palavra de Deus se constitui no 
elemento fundamental para o cristão sob todos 
os aspectos. Ela tem o poder de transformar a 
vida do ser humano. 
G CONCLUSÃO 
Após a morte de Moisés, Deus fala com Josué e lhe faz promessas e ga-
rante que estaria com ele, mas o advertiu que não deixasse de observar 
a Palavra de Deus em todo o tempo. Assim também deve ser com cada 
geração da Igreja enquanto estiver na terra: os tempos mudam, mas a 
Palavra de Deus permanece. Os princípios bíblicos são os mesmos. A 
última exortação bíblica se refere a como estamos lidando com a Palavra 
de Deus [Ap 22.18-19]. Que o Espírito Santo nos ajude em todo o tempo 
a guardarmos a Palavra de Deus [Ap 3.8, 10]. 
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 9 
TEXTO ÁUREO VERDADE APLICADA 
"Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, 
cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem 
revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-
-se tudo para edificação." 1 Coríntios 14.26 
0 culto a Deus é a celebração de Seu nome, 
quando expressamos gratidão e 0 adora-
mos pelo que Ele é e por Seus atos pode-
rosos, em conformidade com as Escrituras. 
O OBJETIVOS DA LIÇÃO 
Priorizar a adoração indivi- Destacar que somente ' Mostrar que Deus busca ver-
dual e coletiva a Deus. Deus é digno de adoração. dadeiros adoradores. 
8 TEXTOS DE REFERÊNCIA 
SALMOS 122 
1. Alegrei-me quando me disseram: Vamos à 
casa do Senhor. 
2. Os nossos pés estão dentro das tuas portas, 
o 
Jerusalém. 
3. Jerusalém está edificada como uma cidade 
bem sólida. 
4. Onde sobem as tribos, as tribos do Senhor, 
como testemunho de Israel, para darem graças 
ao nome do Senhor. 
5. Pois ali estão os tronos do juízo, os tronos 
da casa de Davi. 
6. Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão 
aqueles que te amam. 
7. Haja paz dentro de teus muros e prosperi-
dade dentro dos teus palácios. 
8. Por causa dos meus irmãos e amigos, direi: 
Haja paz em ti. 
9. Por causa da casa do Senhor, nosso Deus, 
buscarei o teu bem. 
lo 
El LEITURAS COMPLEMENTARES 
SEGUNDA SI 27.1-4 
Confiança em Deus e anelo pela Sua presença. 
TERCA 51133 
A excelência do amor fraternal. 
QUARTA 10 4.23 
Deus procura os verdadeiros adoradores. 
_____I ' ,1 1 HINOS SUGERIDOS f_____ 
144, 243, 244 
MOTIVO DE ORAÇÃO 
Ore pela unidade e comunhão na sua 
Igreja local. 
QUINTA 1Co 14.26-40 
A necessidade de ordem no culto. 
X íA Hb 10.19-39 
Exortação a perseverar na fé. 
SÁBADO 1 Pe 1.25 
A Palavra do Senhor permanece para sempre. 
ESBOÇO DA LIÇÃO 
Introdução 
1.0 culto é relevante porque é bíblico 
2.0 culto é relevante pela comunhão 
3. Elementos centrais do culto 
Conclusão 
INTRODUÇÃO 
O culto está relacionado com a honra, o reconhecimento e o valor da suprema 
dignidade de Deus, por tudo que Ele é e tem feito, sendo Ele digno de nossa 
adoração, louvor e serviço em conformidade com as Escrituras Sagradas. 
a 
0 culto é relevante porque 
é bíblico 
Ao afirmar que Deus procura ver-
dadeiros adoradores [ Jo 
4.23], Jesus nos ensinou 
que a adoração verda-
deira é mais uma ques-
tão de essência do que 
formalidades. Assim en-
tendemos que a adora-
ção envolve não apenas 
o lugar formal onde nos reunimos 
para cultuar a Deus, mas tudo o 
que fazemos em nossas vidas. 
0 culto no Antigo Testamento. O 
templo era central na vida da nação 
israelita. Todas as grandes celebrações 
PONTO DE 
PARTIDA 
Deus é digno 
de adoração, 
louvor e serviço. 
estavam relacionadas ao templo. É nos 
salmos que vemos as maiores expres-
sões de prazer e honra nas atividades 
no templo: "Senhor, eu tenho 
amado a habitação da tua 
casa e o lugar onde perma-
nece a tua glória." [Si 26.8]. 
Pr. Valdir Alves de Oliveira 
(Revista Betel Dominical, 1O
Trimestre de 2022, p. 74): "É 
oportuno refletirmos acerca 
da relevância da presença de um santu-
ário na história de Israel, desde a saída 
do Egito até o início do cativeiro babi-
lônico': O salmista expressa isso: "Por-
que vale mais um dia nos teus átrios do 
que, em outra parte, mil. Preferiria estar 
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 11 
à porta da casa do meu Deus, a habitar 
nas tendas da impiedade." [Si 84.10]. 
Este expressa o anseio e o que significa 
para o autor adorar a Deus no templo 
em Jerusalém. Afinal, no Antigo Testa-
mento, ali era o lugar estabelecido onde 
o Senhor Deus se revelava de maneira 
singular [2Cr 7.12-16]. Desse modo, 
entendemos a razão da grande alegria 
expressada pelo salmista: "Alegrei-me 
quando me disseram: Vamos à casa do 
Senhor." [Sl 122.1]. E nós, continuamos 
empolgados e tendo anseio por estar-
mos reunidos como povode Deus pa-
ra oração, louvor e anúncio da Palavra 
de Deus? 
A Comentário Bíblico Moody sobre 
Salmos 84.1-12: "Após proferir uma pe-
quena oração pelo rei ungido de Deus, 
o salmista descreve a alegria de se jun-
tar aos outros no culto de adoração. Um 
dia no local do culto, ele sente, vale mais 
que mil dias em qualquer outro lugar. 
Ele preferia ser o mais humilde servo 
do Templo, do que ter um lugar de ha-
bitação permanente onde a impiedade 
abunda." 
0 culto no Novo Testamento. Em 
Atos 2.46 encontramos a seguinte in-
formação: "E perseverando unânimes 
todos os dias no templo (...)". Ao anali-
sar este versículo vemos que a expressão 
"todos os dias" significa algo contínuo, 
já "unânimes'; fala de unidade e pro-
pósito, e embora eles se reunissem nas 
casas, todavia, o culto no lar não supri-
mia a necessidade do culto no templo. 
Existem muitas outras referências de 
que o templo era também central na 
vida da Igreja Primitiva: eles oravam no 
templo [At 3.1]; ensinavam no templo 
[At 5.42]; realizavam milagres no tem-
plo [At 3.6-8]. Embora os templos ofi-
cialmente surgissem no terceiro século 
depois de Cristo, parece que a Igreja 
conseguia ou alugava lugares espaçosos 
para o culto. Na cidade de Éfeso, Paulo 
usou a escola de Tirano [At 19.9], um 
espaço grande para reuniões. 
,% Simon Kistemaker (Comentário 
do Novo Testamento, Atos Volume 
1, Editora Cultura Cristã, 2016, p. 
152, 159): "Os cristãos de Jerusalém 
vão ao templo, que para eles é a casa 
de Deus. Consideram-se judeus que 
viram o cumprimento da Escritura 
do Antigo Testamento por intermé-
dio da vida, morte e ressurreição de 
Jesus Cristo. Eles se reúnem nos pá-
tios do Templo, presumivelmente na 
área chamada Pórtico de Salomão [At 
3.11; 5.12] para oração e louvor. (...) 
os apóstolos mantinham a tradição de 
orar no templo em horas estipuladas. 
Os cristãos primitivos se considera-
vam judeus que jamais pensariam em 
romper com as horas tradicionais de 
oração no templo:' 
0 culto na atualidade. Sabemos 
que na Nova Aliança, a presença e o 
culto a Deus não estão restritos a um 
lugar, como bem disse Jesus à mulher 
samaritana, pois viria a hora em que 
nem em Jerusalém, nem no monte 
Gerizim, adorariam ao Pai, mas os 
verdadeiros adoradores adorariam ao 
Pai em espírito e em verdade, inde-
pendente do lugar [Jo 4.21-23]. Mas 
12 LiçAo 2 
essa sublime verdade não substitui a 
necessidade e o imperativo do culto 
coletivo da Igreja realizado no tem-
plo. Em Hebreus 10.25 temos a gran-
de exortação para não deixarmos de 
congregar, porque naquela época era 
costume de alguns. Infelizmente, hoje 
podemos dizer que o mesmo tem se 
tornado o costume de muitos. 
A Pr. Abrahão Cipriano (Livro 
"Obreiro de valor" - Editora Betel, 
2015): "Se atentarmos para a Palavra 
de Deus, veremos que não é "atual" o 
apego que as pessoas têm à forma para 
agradar a Deus. No texto de Isaias 1.10-
20, encontramos o Senhor convidando 
o povo a apresentar um culto mais sig-
nificante [Is 1.18], que exija transforma-
ção de vidas. Devemos depreender que, 
a cada minuto, o culto deve mostrar ao 
participante porque ele está ali. A cada 
momento o culto deve mostrar ao parti-
cipante que ele precisa corresponder-se 
com Deus ali em seu íntimo. O membro 
jamais deve ir à Igreja com a missão de 
apenas cumprir todos os itens da litur-
gia programada. Ele deve ir para adorar 
e cultuar a Deus:' 
m 
EU ENSINEI QUE: 
Adoração envolve não apenas o lugar formal 
onde nos reunimos para cultuar a Deus, mas 
tudo o que fazemos em nossas vidas. 
QFOCO NA 
LIÇÃO 
0 culto é relevante pela 
comunhão 
A palavra comunhão, do grego 
koinonia, expressa a intimidade 
que deve haver na vida cristã, tanto 
com Cristo [1Co 1.9], bem como 
com os irmãos [ 1 Jo 1.7] . 
Comunhão com Deus. Conforme já 
dissemos, a comunhão com Deus não se 
restringe ao culto no ambiente do tem-
plo, haja vista que Cristo está conosco 
sempre [Mt 28.20]. Devemos, porém, 
reconhecer que a frequência aos cultos 
é imprescindível, pois este é o veículo ou 
o ambiente mais adequado para condu-
zir o adorador a um encontro real com 
Deus. A música, a adoração, o ambien-
te, a reverência e tudo quanto ocorre 
no culto visa nos conduzir à presença 
de Deus. No Salmo 27.4 Davi expressa 
seu desejo de morar todos os dias na 
casa do Senhor, mas com qual objeti-
vo? Ele responde: a fim de contemplar a 
formosura do Senhor. Esse contemplar 
a formosura refere-se não apenas a ver, 
mas experimentar, vivenciar a presença 
de Deus em sua vida. Portanto, para ele 
culto é sinônimo da presença de Deus. A 
presença de Cristo é central na Igreja [Ap 
2.1] e o verdadeiro culto proporciona aos 
verdadeiros adoradores um ambiente de 
aprendizagem, experiência, edificação 
no contínuo processo de crescimento 
espiritual. 
Assim entendemos que a adoração envolve não 
apenas o lugar formal onde nos reunimos para Cultuar a Deus, 
mas tudo o que fazemos em nossas vidas. 
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 13 
Coleção Betel Dominical - Volume IV, 
p. 315: "O apóstolo Paulo fala da im-
portância da comunhão da Igreja com 
a Trindade [2Co 13.13], corroborando 
com ele, o apóstolo João [ 1 Jo 1.3]. A 
comunhão com Deus nos afasta das 
trevas e nos aproxima da luz [ 1 Jo 1.6]. 
Comunhão com os irmãos. O culto 
é a comunidade cristã reunida a fim de 
viver intensamente a realidade de Deus 
em suas vidas de forma coletiva e ao 
mesmo tempo partilhar essa sublime 
realidade uns com os outros. A Bíblia 
resume a vida da Igreja Primitiva em 
termos de comunhão com a seguin-
te expressão: "(...) estavam juntos e 
tinham tudo em comum" [At 2.44]. 
Embora a comunhão com Deus possa 
ser individual e pessoal, o reflexo disso 
resulta em comunhão coletiva. O ver-
dadeiro cristão tem prazer na compa-
nhia dos seus irmãos e o ambiente de 
culto oportuniza isso. 
A Pr. Sergio Costa (Livro "Igreja: 
doutrina, história e missão" - Editora 
Betel, 2019, p. 116): "A comunhão é a 
forma mais específica e única do rela-
cionamento entre os cristãos." 
Resultado da comunhão. Gente 
precisa de Deus, mas gente também 
precisa de gente. Paulo queria encon-
trar-se com Timóteo, pois seria um 
conforto e encheria o velho apóstolo 
de alegria [2Tm 1.4]. De acordo com 
o Salmo 133, a comunhão é agradável 
a Deus, a comunhão é terapêutica, a 
comunhão é restauradora, a comu-
nhão é abençoadora. Por isso, um 
dos primeiros sintomas de declínio 
espiritual é normalmente o compare-
cimento irregular nos cultos e demais 
atividades da Igreja. As igrejas deve-
riam ser caracterizadas pelo alto grau 
de comunhão entre seus membros. 
Viver de forma unida é extremamente 
agradável a Deus. 
A Dicionário Bíblico Unger (SBB, 
2017, p. 257) - Comunhão: "Signifi-
ca companheirismo, uma relação na 
qual as partes têm algo em comum, 
uma interação familiar. Os cristãos 
têm comunhão com o Pai, com o Filho 
[1Jo 1.3] e com o Espírito Santo [2Co 
13.14], e, também, uns com os outros 
[1Jo 1.7]. O amor fraternal e a comu-
nhão mútua são necessários à comu-
nhão com Deus e a manifestam [ 1 Jo 
4.12]. Cristo orou para que o seu povo 
tivesse comunhão entre si [ Jo 17.21]. 
A comunhão com Deus é essencial à 
frutificação [Jo 15.4-5]." 
QJ EU ENSINEI QUE: 
A palavra comunhão expressa a intimidade 
que deve haver na vida cristã, tanto com Cristo, 
bem como com os irmãos. 
fl Elementos centrais do 
culto 
Na visão apostólica, existem três 
elementos centrais e imprescin-
díveis em um culto: a Palavra de 
Deus, a oração e a adoração. 
A Palavra de Deus é central no 
culto. A Palavra de Deus é essencial 
à vida cristã. Jó a considerava mais 
importante do que a própria comida 
14 LiÇAO 2 
FOCO NA 
LIÇÃO Devemos, porém, reconhecer que a frequência aos 
cultos é imprescindível, pois este é o veículo ou o ambiente mais 
adequado para conduzir o adorador a um encontro real com Deus. 
[ Jó 23.12]. A Palavra de Deus é o mais 
importante cardápio no alimento es-
piritual do crente. Por reiteradas ve-
zes ela é comparada com o alimentoque nutre a vida espiritual [Mt 4.4]. 
Pr. Lourival Dias Neto (Revista Betel 
Dominical, 2° Trimestre de 2010, p. 49) 
comentou uma Lição sobre "A Igreja 
e a Bíblia": "3.1. Seu lugar no culto. 
A Bíblia é o instrumento primordial 
para o desenvolvimento do culto. (...) 
Ela ocupava lugar central no ministé-
rio dos apóstolos [At 6.2-4]. Quando 
se compreende esta realidade, ela está 
presente do início ao fim, por meio das 
orações, dos cânticos, da adoração, ou 
seja, toda liturgia tem a sua base na Bí-
blia. O desprezo pela Palavra de Deus 
tem resultado em cultos sem conteúdo, 
vidas vazias, levando a uma superficia-
lidade espiritual adoecedora." 
A A relevância da exposição bíbli-
ca em um culto é atestada quando o 
apóstolo Paulo apresenta a "doutri-
na, ou seja, "instrução" como um dos 
elementos da liturgia [1Co 14.26]. No 
culto praticado pelo pentecostalismo 
clássico se mantém as Escrituras Sa-
gradas como o padrão para analisar 
as manifestações espirituais. Tal con-
duta está de acordo com a diretriz que 
encontramos no Antigo Testamento. 
Destacamos dois exemplos: a) Êxo-
do 8.25-27 - quando Faraó propôs a 
Moisés que o povo de Israel oferecesse 
sacrifícios a Deus na própria terra do 
Egito, Moisés respondeu: "sacrifique-
mos ao Senhor, nosso Deus, como ele 
nos dirá": A Palavra a ser revelada é que 
instruiria como o povo deveria servir a 
Deus; b) 1Crônicas 13 e 15 - o próprio 
rei Davi reconheceu que não tinham 
sido bem-sucedidos em levar a arca 
de Deus para Jerusalém, porque não 
tinham agido "segundo a ordenança' 
ou "conforme a palavra do Senhor": 
Não é qualquer culto que Deus aceita! 
0 efeito da oração coletiva. É ne-
cessário compreendermos que a ora-
ção coletiva é tão importante quanto 
a oração individual, já que uma refor-
ça a outra. No livro de Atos podemos 
aprender algumas lições sobre o efeito 
da oração coletiva e a importância que 
ela tem para que a obra de Deus pos-
sa avançar [At 1.14, 24-25]. É crucial 
que a Igreja (Corpo de Cristo) cultive 
a oração coletiva em conexão com a 
vontade de Deus já revelada, como 
vemos na descida do Espírito Santo 
[At 2.1-4]. É perseverando em oração 
coletiva que o Espírito Santo se ma-
nifesta coletivamente. Se queremos 
ver e participar das manifestações do 
Espírito Santo na Igreja devemos orar 
coletivamente. No cenáculo estavam 
quase cento e vinte pessoas e todas fo-
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 15 
ram cheias do Espírito Santo. Isso pode 
repetir hoje, desde que a Igreja esteja 
disposta a perseverar em oração [At 
2.42; 12.5]. O Senhor Deus atendeu à 
contínua oração da Igreja e enviou um 
anjo para libertar Pedro. 
N Coleção Betel Dominical - Volu-
me IV, p. 315: "A Igreja deve zelar pela 
comunhão com o Senhor, através da 
oração [At 13.3a]. A oração é o meio 
pelo qual a Igreja tem comunhão dire-
ta com o Senhor [Mt 6.6]. O fervor da 
Igreja dependerá de sua vida de oração 
diante de Deus [At 2.42; 12.12]:' 
0 valor da adoração coletiva. A 
manifestação da presença de Deus em 
um culto não deve ser o anelo somente 
daqueles que o dirigem: o dirigente, 
ministério de louvor, pregador. Não 
viemos para assistir o culto, viemos 
para realizá-lo. Não somos meros figu-
rantes, somos adoradores conscientes. 
Todos quantos estão em um culto são 
agentes importantes na realização do 
mesmo. Em 1Coríntios 14.26, o após-
tolo Paulo recomenda: "(...) Quando 
vos ajuntais (para cultuar), cada um de 
vós tem salmo, tem doutrina, tem re-
velação, tem língua, tem interpretação. 
Faça-se tudo para edificação" Todos 
os membros eram convidados a par-
ticipar conforme o Senhor os dirigia, 
um desejava cantar um hino, outro era 
conduzido pelo Espírito para compar-
tilhar uma doutrina, alguns recebiam 
revelações transmitidas em línguas e 
outros interpretavam. Mas tudo com 
decência e ordem, não havia exibição, 
gerando assim edificação. 
A Pr. Abrahão Cipriano (Livro 
"Obreiro de valor" - Editora Betel, 
2015): "Busque incansavelmente a 
sensibilidade do Espírito Santo. (...) O 
pastor ou dirigente deve ser receptivo 
à voz do Espírito Santo para conduzir 
o culto debaixo de Sua direção, pois 
um culto sem o comando do Espírito 
Santo é mecânico, vazio e frio. O Es-
pírito Santo é o único capaz tanto de 
revelar ao pastor ou dirigente as neces-
sidades da Igreja em cada culto quanto 
de orientar sobre a melhor maneira de 
conduzi-lo" 
ED EU ENSINEI QUE: 
Existem três elementos centrais e imprescindí-
veis em um culto: a Palavra de Deus, a oração 
e a adoração. 
© CONCLUSÃO 
O momento que a Igreja reserva e programa para oferecer a Deus o culto 
dentro do seu aspecto bíblico espiritual é imprescindível tanto a nível 
coletivo quanto individual. Trata-se de um tempo oportuno e importan-
te para o verdadeiro adorador cultivar e manter a real comunhão com 
Deus, sendo ao mesmo tempo edificado pela Sua Palavra e fortalecido 
pela oração e comunhão. 
16 LIÇÃO 2 
A relevância da Igreja no 
cumprimento de sua missão 
TEXTO ÁUREO 
"Portanto, ide, ensinai todas as nações, 
batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e 
do Espírito Santo." Mateus 28.19 
VERDADE APLICADA 
Cada membro do Corpo de Cristo esteja com-
prometido em fazer discípulos e na edificação 
uns aos outros, para o crescimento do Corpo 
e a glória de Deus. 
O OBJETIVOS DA LIÇÃO 
I ' Revelar o verdadeiro pa- Falar sobre o dever da lgre- C Destacar a Igreja como re-
pel da Igreja no mundo. ja de edificar seus membros. presentante de Deus. 
TEXTOS DE REFERÊNCIA 
ATOS 13 
1. E, na Igreja que estava em Antioquia, havia 
alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé 
e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e 
Manaém, que fora criado com Herodes, o te-
trarca, e Saulo. 
2. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o 
Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo 
para a obra a que os tenho chamado. 
3. Então, jejuando, e orando, e pondo sobre 
eles as mãos, os despediram. 
4. E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, 
desceram a Selêucia e dali navegaram para 
Chipre. 
5. E, chegados a Sa►amina, anunciavam a pala-
vra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham 
também a João como cooperador. 
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 17 
1G LEITURAS COMPLEMENTARES 
SEGUNDA Mt 28.19-20 
A missão de evangelizar e discipular. 
TERÇA Mc 16.15 
A missão de pregar o Evangelho a todos. 
QUARTA At 2.37-41 
As primeiras conversões. 
HINOS SUGERIDOS 
12, 15, 16 
k MOTIVO DE ORAÇÃO 
Ore pela evangelização local e transcultural. 
QUINTA At 8.1-25 
0 Evangelho em Samaria. 
SEXTA 1 Co 12.12-31 
A unidade dos membros do corpo. 
SÁBADO Ef 4.1-16 
A unidade da Fé. 
?ESBOÇO DA LIÇÃO 
Introdução 
1. Missão para com o mundo 
2. Missão consigo mesma 
3. Missão para com Deus 
Conclusão 
INTRODUÇÃO 
Para nosso propósito, focaremos em três aspectos da missão da Igreja: a re-
levância da missão da Igreja em relação ao mundo, em relação a Deus e em 
relação a si mesma. 
0 Missão para com o mundo 
Cristo, de forma sucinta, mas bem 
clara, revela o escopo da mis-
são evangelizadora da Igreja no 
mundo 
Evangelizar o mundo. 
Em Atos 1.8, temos a visão 
de atuação da Igreja tan-
to no aspecto local, quanto 
mundial. Os estágios são: 
Jerusalém (cidade), Judéia 
(estado), Samaria (país), e 
confins da terra (mundo). A partir da 
Igreja local, a vontade de Cristo é que 
ela alcance o mundo. Em um único 
versículo Cristo sintetiza a relevância 
PONT 
PAR 
Amiss 
Igreja é 
o Evan 
0 DE 
TIDA 
ão da 
pregar 
gelho. 
da missão da Igreja. Notemos que não 
se trata de completar a evangelização 
local para depois ir a outros locais. Mas, 
sim, que a Igreja inicia onde está e, si-
multaneamente, promove o 
anúncio do Evangelho em 
outras regiões. Ela deve agir 
localmente e ter uma cosmo-
visão, ou seja, uma visão de 
mundo. Algo que desejamos 
enfatizar é que a missão da 
Igreja é corporativa. Somente 
com o somatório de esforços de todos 
os seus membros é que ela pode efetuar 
sua missão. Isto posto, compreendemos 
a importância de ser membro daIgreja. 
~ 
18 LIÇÃO 3 
" Bispo Oídes José do Carmo (Re-
vista Betel Dominical - 3° Trimestre 
de 2017, p. 52): "Os obreiros de Cris-
to não podem se lançar ao trabalho 
sem o poder do Espírito Santo. Para a 
execução da obra missionária, a par-
tir de Jerusalém, Deus prometeu uma 
capacitação do alto para a Sua Igreja 
[At 2.33; Gl 3.14]. Existe um governo 
organizado e pronto para impedir o 
avanço missionário [Ef 6.10-12]. Por 
esse motivo, a obra missionária não 
pode ser feita de qualquer maneira. 
Essa é uma obra na qual lidamos com 
almas, cujos resultados são eternos:' 
Evangelização local. Refere-se à 
missão evangelizadora da Igreja em 
cuja área geográfica ela se encontra 
inserida. Casas, famílias, comércios, 
escolas, ou seja, todo segmento orga-
nizado, e até indivíduos, são de sua 
responsabilidade a comunicação da 
mensagem salvadora do Evangelho na 
pessoa do Senhor Jesus Cristo. Temos 
o exemplo da Igreja de Jerusalém, que 
será sempre, nesse estudo, uma refe-
rência para nós. Ela alcançou o mu-
do dos seus dias com a pregação do 
Evangelho, mas não se esqueceu do seu 
contexto local. Em Atos 5.28, temos 
um testemunho da sua poderosa ação 
evangelística. O texto "encheste Jeru-
salém dessa doutrina" significa que os 
crentes daquela Igreja fizeram com que 
todos os habitantes da grande cidade 
de Jerusalém ouvissem a Palavra de 
Deus e isto em meio a muita oposição. 
Será que podemos afirmar que nossa 
região está cheia da doutrina de Cris-
to? Temos que repensar isso, porque é 
a Igreja local, conforme veremos, que 
dá suporte à evangelização mundial. 
A Bispo Samuel Ferreira (Revista Be-
tel Dominical, 4° Trimestre de 1996): 
"O Senhor Jesus, antes de ser assunto 
ao céu, estabeleceu para a Igreja os li-
mites para a evangelização, iniciando 
por Jerusalém e indo até os confins da 
terra [At 1.8]. Uma vez possuindo o 
poder, os discípulos saíram a anun-
ciar Jesus, mesmo debaixo de proibi-
ção [At 4.17-20], cumprindo assim o 
plano divino para a Igreja. Jesus dera 
ordem que a evangelização começasse 
primeiro em Jerusalém [Lc 24.47]. Isto 
foi uma orientação importante, pois a 
obra missionária precisa ser desenvol-
vida no campo da Igreja local." 
Evangelização mundial. É comu-
mente conhecida como missão, ou 
seja, uma evangelização transcultural, 
cuja finalidade é alcançar outros povos, 
isto é, os confins da terra, conforme 
orienta o texto bíblico. De forma sim-
plificada, existem três formas de fazer 
missões: orando, contribuindo e indo 
ao campo missionário. 
A Bispo Oídes José do Carmo (Revis-
ta Betel Dominical - 3° Trimestre de 
2017, p. 56): "O grande legado missio-
nário foi transmitido para nós através 
do exemplo vivo de homens que en-
tregaram suas vídas à causa do Mestre. 
Graças à sensibilidade desses homens 
ao Espírito Santo e à compaixão pelos 
perdidos é que o Evangelho atravessou 
séculos e chegou até nós [At 13.49, 
52]. Agora, precisamos ter um coração 
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 19 
pronto para obedecer ao chamado de 
Deus: fazer Missões. Inicie fazendo o 
que está ao seu alcance. Apresente-
-se ao seu pastor local e coloque-se à 
disposição. Distribua folhetos evange-
lísticos, participe da comissão de visi-
tas, busque informações missionárias, 
contribua, ore. Você testemunhará as 
maravilhas do Senhor." 
m 
EU ENSINEI QUE: 
Cristo, de forma sucinta, mas bem clara, revela 
o escopo da missão evangelizadora da Igreja 
no mundo 
D Missão consigo mesma 
O segundo aspecto da missão da 
Igreja é com relação a si mesma, 
já que tem o precípuo dever de 
edificar seus membros. O apóstolo 
Paulo falou repetidamente sobre 
a edificação do Corpo. De acordo 
com Efésios 4.16, a edificação da 
Igreja é a tarefa mútua realizada 
por todos os membros do Corpo 
e não somente pelo pastor ou mi-
nistro. Isso mostra a importância 
fundamental de ser membro atu-
ante de uma Igreja local. 
Edificar seus membros. Por meio 
da comunhão, edificamos uns aos ou-
tros: "De maneira que, se um membro 
padece, todos os membros padecem 
QFOCO NA 
LIÇÃO 
com ele; e, se um membro é honrado, 
todos os membros se regozijam com 
ele." [ 1 Co 12.26] . Enquanto a dor é di-
minuída, a alegria é aumentada através 
do compartilhamento, isso gera edifi-
cação. A Igreja também edifica seus 
membros por meio da instrução e do 
ensino. Além disso, a Igreja edifica 
seus membros por meio da disciplina 
[Mt 18.15-17]. 
A Pr. Sergio Costa (Livro "Igreja" 
- Editora Betel, 2019): "Uma das ca-
racterísticas da Igreja do Senhor é o 
discipulado. Todo crente em Jesus é 
chamado para ser um discípulo de 
Cristo. (...) Se a obrigação da Igreja é 
aprender de Jesus através de Sua Pa-
lavra, é obrigação desta o ensino das 
verdades de Deus." 
Cuidar dos seus membros. Presen-
te nas diversas funções da Igreja, está 
a responsabilidade de realizar atos de 
amor e bondade, tanto para cristãos, 
quanto com os descrentes. Sendo que 
devemos priorizar os domésticos da 
fé [Gl 6.10]. Está evidente que Jesus 
Cristo preocupava-se com as neces-
sidades não somente espirituais, mas 
físicas também das pessoas. Ele é nosso 
exemplo maior e devemos segui-Lo. 
A Pr. Marcos Sant'Anna (Livro "Aper-
feiçoamento cristão" - Editora Betel, 
2018): "Como membros do Corpo de 
...não se trata de completar a evangelização local 
para depois ir a outros locais. Mas, sim, que a Igreja inicia onde está e, 
simultaneamente, promove o anúncio do Evangelho em outras regiões. 
20 LIÇÃO 3 
Cristo, temos que estar comprometi-
dos com a responsabilidade de cuidar 
uns dos outros [ 1 Co 12.25; Gl 5.13] . 
Não é tarefa apenas dos que lideram 
ou fazem parte do ministério da Igreja 
local, mas de todos que têm o Espíri-
to Santo. Assim, há edificação, cresci-
mento e o Senhor Deus é glorificado:' 
? ' A missão social da Igreja. Sabemos 
que a Igreja não consegue fazer frente 
a todos os desafios sociais de nossos 
dias, mas, nem por isso, ela pode se 
omitir de estar ativa nessa importante 
área, dando sua contribuição a fim de 
minimizar os sofrimentos das pessoas 
e revelar o Deus que serve [Mt 5.16]. O 
apóstolo Tiago afirma que a omissão 
nessa área é demonstração de que nos-
sa fé é morta [Tg 2.15-17] . Em 1 João 
3.17-18 diz que a demonstração de que 
amamos a Deus é quando amamos os 
irmãos. 
A Pr. Alex Cardoso (Revista Betel 
Dominical - 1° Trimestre de 2006) 
comentou sobre a fé genuína que se 
transforma em solidariedade: "De que 
vale a fé que presencia o sofrimento 
alheio e não se dispõe a acudir aos ne-
cessitados? Algumas pessoas, entre as 
classes mais pobres, literalmente não 
sabem de onde lhes virá sua próxima 
refeição, e, muito menos, como po-
derão passar o mês. (...) Deveríamos 
fazer uma espécie de provisão para 
elas, a fim de amenizar a desigualda-
de social em nosso meio [At 2.42-47]. 
O fato que o autor sagrado menciona 
o "mantimento cotidiano" [Tg 2.15] 
mostra-nos que o caso suposto na 
história é "urgente'; exigindo ações 
imediatas e generosas. No entanto, o 
cristão de "crença inoperante" não se 
sensibiliza com a penúria alheia. Quer 
dê, quer não dê, sente-se "seguro" em 
sua salvação. Impressões sentimentais 
passivas, diante da miséria, quando 
não se transformam em ações ativas de 
socorro, apenas endurecem o coração:' 
ED EU ENSINEI QUE: 
A Igreja tem o precípuo dever de edificar seus 
membros. 
D Missão para com Deus 
A missão da Igreja para com Deus 
consiste em edificar um templo 
espiritual para adoração a Deus. 
Adoração no Velho Testamento. 
A adoração no Antigo Testamento 
acontecia de diversas formas e em vá-
rios locais diferentes. Começou com 
os rústicos altares que eram erguidos 
por homens piedosos nos quais se ofe-
reciam sacrifícios e Deus se agradava 
dos mesmos [Gn 8.20-21]. O patriarca 
Abraão era um construtor de altares 
[Gn 12.8; 13.18]. De igual modo, Isa-
que e também Jacó adoravam a Deus 
por meio dos altares que erguiam. A 
adoração a Deus também ocorria no 
tabernáculo portátil construído sob as 
ordens de Deus [Êx 40.34]. O granderei Salomão construiu um majestoso 
templo em Jerusalém, que se tornou o 
centro da adoração nacional e a glória 
de Deus veio habitar nele [2Cr 7.1-2]. 
Mas os altares não existem mais, nem o 
tabernáculo; e o templo foi totalmente 
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 21 
FOCO NA 
LIÇÃO ... a edificação da Igreja é a tarefa mútua 
realizada por todos os membros do Corpo e não 
somente pelo pastor ou ministro... 
destruído. Na atual dispensação Jesus 
Cristo veio restaurar a verdadeira ado-
ração [Jo 4.23]. 
A Revista Betel Dominical — 4° Tri-
mestre de 2016 - comentário sobre o 
vocabulário bíblico para adoração: "(...) 
"Latreia"; cujo significado principal é 
"serviço" ou "culto": Denota o serviço 
prestado a Deus pelo povo inteiro ou 
pelo indivíduo. Em outras palavras, é 
o serviço que se oferece à divindade 
através do culto formal, ritualístico e 
através do oferecimento integral da vida 
[Êx 3.12; Dt 6.13; Mt 4.10; Lc 1.74; 2.37; 
Rm 12.1]. "Leitourgia ; palavra compos-
ta por outras duas de origem grega, que 
são: "povo" (laós) e "trabalho" (érgon). 
O termo significa "serviço do povo" No 
Antigo Testamento, referia-se ao ser-
viço oferecido a Deus pelo sacerdote, 
quando esse apresentava o holocausto 
sobre o altar de sacrifícios [Js 22.27; 
1Cr 23.24, 28]. O termo "proskynein"; 
originalmente, significava "beijar": No 
Antigo Testamento, significa "curvar-
-se", tanto para homenagear homens 
importantes e autoridades, como para 
"adorar" a Deus [Gn 24.52; 2Cr 7.3; 
29.29; Sl 95.6]." 
Constituindo uma casa para habi-
tação de Deus. Lemos em Efésios 2.22: 
"No qual também vós juntamente sois 
edificados para morada de Deus no 
Espírito": A Igreja é o grande templo 
que está sendo edificado para Deus 
habitar e ser adorado nele. No sentido 
coletivo, a Igreja é simbolizada por um 
templo e no sentido individual cada 
cristão é um templo para habitação de 
Deus [ 1Co 3.16]. Portanto, a adoração 
não ocorre somente no ambiente no 
templo, como disse Jesus: "Mas a hora 
vem, e agora é, em que os verdadeiros 
adoradores adorarão o Pai em espírito 
e em verdade, porque o Pai procura a 
tais que assim o adorem." [ Jo 4.23]. A 
adoração a Deus, portanto, é um estilo 
de vida, independentemente de onde 
o adorador se encontra [ 1 Co 10.31]. 
A Livro "Adoração e louvor" - Edi-
tora Betel, 2016: "Um dos conceitos 
que precisam ser resgatados com ur-
gência máxima é o da universidade 
da adoração. Não podemos adorar se 
cairmos no equívoco de achar que a 
adoração genuína só é encontrada 
onde nós estamos. Adoração não é 
um produto exclusivo de um deter-
minado povo, Igreja ou cultura. Ado-
ração é fruto que nasce no coração 
quebrantado, esteja essa pessoa em 
qualquer país do mundo, em qual-
quer cultura:' 
Seguindo o exemplo da Igreja 
Primitiva. A Igreja Primitiva estava 
longe de ter a estrutura que temos ho-
22 LIÇÃO 3 
je, mas sua adoração era efusiva. Eles 
partiam o pão de casa em casa, toma-
vam refeições com alegria e singeleza 
de coração, isto é, uma adoração de 
coração e contando com a simpatia 
do povo, ou seja, sua adoração e estilo 
de vida influenciavam o povo ao seu 
redor [At 2.47]. 
A' Livro "500 anos da Reforma 
Protestante e suas lições para a 
Igreja atual" - Editora Betel, 2017: 
"Não podemos perder mais tem-
po. É hora de clamarmos pela in-
tervenção de Deus [Sl 119.126]. É 
hora de a Igreja unir-se em oração 
e rasgar o coração numa volta sin-
cera e profunda para Deus. É hora 
de clamarmos por um avivamento 
que nos dobre, que nos leve de volta 
ao altar, que crie no nosso coração 
sede de Deus e compromisso com 
a santidade:' 
QJ EU ENSINEI QUE: 
A missão da Igreja para com Deus consiste em 
edificar um templo espiritual para adoração a 
Deus. 
G CONCLUSÃO 
Que o Espírito Santo nos ajude a cada dia para não nos desviarmos do 
propósito de Deus para com o Seu povo revelado nas Escrituras: aper-
feiçoamento (ou preparo) dos santos [Ef 4.12] para fazer discípulos de 
todas as nações, que sejam agentes de edificação uns dos outros, para 
que Deus seja em tudo glorificado, até a volta de Jesus Cristo. 
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 23 
A relevância de pertencer e ser 
membro de uma Igreja local 
TEXTO ÁUREO 
"Louvando a Deus e caindo na graça de to-
do o povo. E todos os dias acrescentava o 
Senhor à igreja aqueles que se haviam de 
salvar." Atos 2.47 
VERDADE APLICADA 
Cada membro do Corpo de Cristo encontra 
na vivência comunitária cristã o necessá-
rio desenvolvimento e amadurecimento 
em Cristo. 
~ O OBJETIVOS DA LIÇÃO 
I ' Salientar a relevância de ser Q' Explicar o compromisso 
membro do Corpo de Cristo. do membro da Igreja. 
Q TEXTOS DE REFERÊNCIA 
EFÉSIOS 2 
19. Assim que já não sois estrangeiros, nem 
forasteiros, mas concidadãos dos santos e da 
família de Deus. 
20. Edificados sobre o fundamento dos após-
tolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a 
principal pedra da esquina; 
21. No qual todo o edifício, bem ajustado, cres-
ce para templo santo no Senhor, 
E' Expor o papel da membre-
sia na Igreja e na sociedade. 
22. No qual também vós juntamente sois edifi-
cados para morada de Deus no Espírito. 
1 PEDRO 2 
9. Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio 
real, a nação santa, o povo adquirido, para que 
anuncieis as virtudes daquele que vos chamou 
das trevas para a sua maravilhosa luz. 
24 
6a LEITURAS COMPLEMENTARES 
SEGUNDA 5127.4 
A alegria de estar na Casa do Senhor. 
TERÇA Mt 16.18 
0 inferno não prevalecerá contra a Igreja. 
QUARTA 1Co 12.12-31 
A unidade dos membros do Corpo de Cristo. 
J HINOS SUGERIDOS 
24, 28, 46 
MOTIVO DE ORAÇÃO 
Ore para que mais cristãos sejam atuantes 
na Igreja. 
QUINTA Ef 2.11-22 
Somos unidos por Deus mediante Cristo. 
SEXTA CI1.16-18 
Cristo é o Cabeça da Igreja. 
SÁBADO It 2.1-10 
Exortações aos cristãos. 
11 ESBOÇO DA LIÇÃO 
Introdução 
1. Membro da Igreja: a identidade do cristão 
2. Membro da Igreja: estar sob a bênção 
3. Membro da Igreja: sob liderança espiritual 
Conclusão 
c j INTRODUÇÃO 
A autêntica vida de discípulo de Cristo é vivida num contexto comunitário, 
onde a manifestação dos dons contribui para edificação do Corpo de Cristo, 
cada membro cuidando do outro e assim o corpo vai crescendo com ordem 
e decência conforme a Palavra de Deus, para a glória de Deus. 
0 Membro da Igreja: identi-
dade do cristão 
Mediante Seu sacrifício vicário na 
cruz, Jesus estabeleceu 
composta por todos os 
salvos, para representá-
-Lo na terra, glorificar o 
Seu nome e proclamar 
o Evangelho. Vejamos 
como essa verdade é res-
saltada na Bíblia. 
As pessoas que se convertiam eram 
acrescentadas à Igreja. De acordo com o 
texto de Atos, após se converterem, as pes-
soas passavam a viver a vida comunitária 
se expressando como verdadeiros cristãos. 
Por reiteradas vezes, ao escrever suas car-
a Igreja, 
PONTO DE 
PARTIDA 
A Igreja é o 
Corpo de Cristo. 
tas, o apóstolo Paulo as endereçava a uma 
comunidade de crentes em determinada 
localidade, tais como: a Igreja de Corinto, 
a Igreja de Éfeso, a Igreja em Roma, reco-
nhecendo que ali havia uma 
comunidade de crentes unidos 
a Cristo e entre si. 
A Revista Betel Dominical, 
1° Trimestre de 1995, Lição 7 
- A Igreja: "Etimologicamente, 
Igreja é a tradução do grego 
Ekklesia, que tem o significado linguístico 
de' s chamados para fora ; com aplicação 
também no sentido de uma "convoca-
ção': É a junção de dois vocábulos gregos 
Ek que indica "para fora" com aplicação 
de que o povo "chamado para fora" era 
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 25 
de classe especial, e Kletos ou Klesia, 
originada do verbo Kalein que significa 
`chamar, convocar, reunir': Literalmente 
nas Escrituras significa "os chamados de 
dentro do mundo para fora dele. Uma co-
munidade que reconhece o Cristo como 
Senhor': De acordo com as palavras pro-
nunciadas por Jesus [Mt 16.18] quando 
da fundação da Igreja, aprendemos três 
lições importantes: 1) A Igreja pertence 
a Jesus — "Minha Igreja"; 2) Jesus tem um 
planopara a Igreja - "Eu edificarei"; 3) A 
Igreja jamais será derrotada - "As portas 
do inferno não prevalecerão contra ela" 
. A relevância de expressar a fé. A 
vida cristã se expressa em um contexto 
de uma Igreja. Ser membro da Igreja é 
fundamental a fim de expressar a fé em 
Cristo. Em qualquer lugar do mundo, 
ser crente é sinônimo de ser ligado a 
um corpo local. Não somos ensinados 
que a vida cristã envolve somente crer, 
também envolve participar. 
• É notório em diversos textos do Novo 
Testamento que uma das características 
mais marcante dos discípulos de Cristo é 
que procuravam estar juntos. Vemos isso 
logo após a ascensão de Jesus - Atos 1.14-
15; 2.1, 42. Não há base bíblica para um vi-
vera fé cristocêntrica de maneira proposi-
talmente isolado ou fechado em si próprio. 
O apóstolo Paulo, após ser batizado, procu-
rou estar com os discípulos em Damasco e, 
quando retornou a Jerusalém, "procurava 
ajuntar-se aos discípulos" [At 9.18-19, 
26]. O gentio Cornélio após a experiência 
da conversão tinha o desejo de estar mais 
tempo com aqueles que também estavam 
em Cristo [At 10.48]. É preciso vigilância 
para que não desprezemos a relevância de 
estarmos juntos, como povo de Deus. É 
preciso cuidado para não sermos influen-
ciados pelo `espírito de murmuração' ou 
`critico, que só enfatiza pontos negativos 
e nunca está satisfeito. Que sejamos uma 
geração caracterizada por: "Todos os que 
criam estavam juntos" [At 2.44]. 
A necessidade de comprometimento. 
Você é crente? Perguntamos para alguém, 
se a resposta for sim, segue outra pergunta 
fundamental, qual é a sua Igreja, ou a qual 
Igreja você pertence? O cristão precisa es-
tar comprometido com um grupo especí-
fico de discípulos para ser um verdadeiro 
seguidor de Cristo. Você não é o Corpo 
de Cristo isolado, você precisa de outros 
para expressar essa condição. Juntos, e 
não separados, somos o Corpo de Cristo 
[Jo 13.35]. Existem algumas analogias de 
um cristão desconectado da Igreja. Um 
jogador de futebol sem time, um solda-
do sem uma tropa ou comandante, uma 
ovelha sem rebanho, mas o mais incom-
preensível quadro é de uma criança sem 
família, pois um crente sem a família de 
Deus é um órfáo. 
A Dicionário Internacional de Teologia 
do Novo Testamento, Volume 1, Vida 
Nova, 2000, p. 997-998) sobre o verbete 
IGREJA e o emprego de diversas expres-
sões em 1 Pedro: "A ênfase, entrementes, 
fica na unidade que há entre aqueles que, 
como peregrinos [ 1 Pe 1.1-2] no meio do 
sofrimento [ 1 Pe 2.21 e segs.; 4.12 e segs.; 
5.8-9], se ajuntam como pedras vivas nu-
ma casa espiritual [2.5 e segs., a metáfora 
da construção expressa crescimento]. 
Servem uns aos outros [4.10] com dons 
26 LIÇÃo 4 
diferentes, como testemunha da graça 
de Deus que neles está sendo revelada' 
Outro texto que nos ajuda a refletir so-
bre a relevância do comprometimento 
mútuo é 1 Coríntios 12-14. A vida cristã 
comunitária é essencial ao crescimento 
e desenvolvimento de cada membro do 
Corpo de Cristo. Vemos que o amor que 
é descrito em 1 Coríntios 13 se torna uma 
realidade quando os discípulos de Cristo 
se reúnem e convivem. É nesse contex-
to comunitário cristão que os dons são 
reconhecidos e manifestados. 
QJ EU ENSINEI QUE: 
Jesus estabeleceu a Igreja para representá-Lo 
na terra, glorificar o Seu nome e proclamar o 
Evangelho. 
D Membro da Igreja: estar 
sob a bênção 
Cristo disse de forma clara e ine-
quívoca que edificaria a Sua Igreja, 
sobre Si mesmo, e nada poderia 
detê-la, nem mesmo as portas do 
inferno [Mt 16.18]. Todos aqueles 
que fazem parte da Igreja e se tor-
nam um corpo, estão debaixo dessa 
bênção. Quando Cristo abençoa o 
corpo, seus membros de uma forma 
individual também são abençoados. 
Esse Corpo de Cristo do qual somos 
parte está destinado a ser vencedor. 
FOCO NA 
Lição 
Z. ` A Igreja é defendida por Cristo. Cris-
to defende a Igreja, porque é o Seu Cor-
po, isso está expresso no encontro que 
Ele teve com Saulo, quando lhe pergunta: 
"Saulo, Saulo, por que me persegues?" 
[At 9.4]. Subtende-se claramente que 
perseguir a Igreja é perseguir a Cristo e 
Ele a defenderá contra tudo e todos. O 
último ato de Cristo quando ascendia 
aos céus foi erguer as mãos e abençoar 
Seus discípulos [Lc 24.50-51 ]. A vitalida-
de da cabeça alcança todos os membros. 
Cristo, constituído como Cabeça da Igre-
ja [Ef 1.22], abençoa todos os membros 
de Seu Corpo [Ef 2.21-22]. 
A Pr. Sergio Costa (Revista Betel Do-
minical, 2° Trimestre de 2019) comen-
tou sobre "A Igreja de Filadélfia, um 
modelo para os nossos dias": "Uma 
Igreja perseguida - Havia na cidade uma 
comunidade de judeus que perseguiam 
os cristãos. No final do século I e início 
do II, houve uma grande perseguição 
aos cristãos. Todavia, devido à sua fi-
delidade, a Igreja teve a permissão de 
escapar à horrenda perseguição que 
se levantou nas províncias do Império 
Romano, por motivo do "culto ao im-
perador'; em que os homens eram for-
çados a adorar ao imperador de Roma. 
Os discípulos de Cristo não devem ficar 
surpresos ou espantados às inúmeras 
adversidades e provações, pois o pró-
prio Cristo afirmou acerca das aflições 
Mediante Seu sacrifício vicário na cruz, Jesus 
estabeleceu a Igreja, composta por todos os salvos, para representá-
Lo na terra, glorificar o Seu nome e proclamar o Evangelho. 
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 27 
e perseguições [Jo 15.19-20; 16.13]. 
Contudo, é certo que Ele está com a 
Sua Igreja tanto para livrar "na" tribu-
lação, como para livrar "da" [Jo 17.15; 
1 Ts 1.10; Hb 2.18; 1 Pe 5.10; Ap 3.101." 
Privilégios e bênçãos de ser membro 
da Igreja. Como membros do Corpo de 
Cristo, mantemos comunhão com o nos-
so Salvador e com os demais salvos, para 
que "tenham os membros igual cuidado 
uns dos outros. De maneira que, se um 
membro padece, todos os membros pa-
decem com ele; e, se um membro é hon-
rado, todos os membros se regozijam 
com ele" [1Co 12.25-26]. Além disso, é 
por intermédio da salvação em Jesus que 
nos tornamos filhos de Deus, herdeiros 
de Suas promessas e participantes de 
todas as bênçãos espirituais nos lugares 
celestiais em Cristo [Gl 3.26-27; Ef 1.3]. 
A Pr. Marcos Sant'Anna (Livro "Aper-
feiçoamento cristão" - Editora Betel, 
2018, p. 63): "A ação do Espírito San-
to na vida do discípulo de Cristo não 
se restringe a conceder poder para 
proclamar o Evangelho [At 1.8]. Tam-
bém atua produzindo fruto na vida do 
nascido de novo [Gl 5.22]. O Espírito 
opera, também, na formação do Corpo 
de Cristo [iCo 12.13]. Assim, estar no 
Espírito resulta na comunhão com os 
outros membros da Igreja. O Espírito 
opera incorporando e capacitando cada 
membro com dons, visando o bem do 
Corpo [ 1 Co 12.7], para que todos sejam 
beneficiados. (...) não existe membro do 
Corpo de Cristo tão carente que esteja 
isento da responsabilidade de cuidar 
de outros, como não existe um mem-
bro tão completo que não necessite de 
cuidados. Precisamos ser interdepen-
dentes, não independentes" 
0 perigo de se profanar a Igreja. 
Como já dissemos, a Igreja não é uma 
instituição humana, mas o corpo (espiri-
tual) de Cristo que o representa na terra. 
Portanto, profanar ou manchar esse cor-
po é ofender e desonrar o próprio Jesus. 
Em 1Coríntios 5.5, o apóstolo Paulo usa 
o termo incomum "seja entregue a Sata-
nás'; referindo-se a alguém que cometeu 
um grave pecado, não se arrependeu 
e continuava a sua vida indiferente ao 
ocorrido. O apóstolo disse que entregaria 
essa pessoa ao domínio de Satanás para 
que a carne, isto é, "as cobiças da natu-
reza pecaminosa fossem destruídas'; a 
fim que o espírito fosse salvo no dia do 
Senhor. Essa revelação mostra que fora 
do convívio da Igreja e consequentemen-
te de Cristo, a pessoa deixa de desfrutar 
de bênçãos que alcançam os que estão 
em comunhão com a Igreja e passa a 
sofrer sérias consequências. Quem dá 
a vida é Deus, mas quem cuida é a fa-
mília. Quem salva é Cristo, mas quem 
cuida é a Igreja. Valorizemos, portanto, 
nossa privilegiada posição de membrosdo Corpo de Cristo. 
A Pr. Marcos Sant'Anna (Livro "Aper-
feiçoamento cristão - Editora Betel, 
2018, p. 51-58) escreveu sobre discipli-
na e o processo educacional de Deus: 
"A Igreja e a disciplina - Foi o próprio 
Jesus Cristo quem primeiro tratou sobre 
a Igreja lidar com a aplicação da disci-
plina [Mt 18.15-19]. Há casos de mem-
bros da igreja que são disciplinados 
28 Lição 4 
QFOCO NA 
LIÇÃO Quando Cristo abençoa o corpo, seus membros 
de uma forma individual também são abençoados. Esse Corpo 
de Cristo do qual somos parte está destinado a ser vencedor. 
diretamente por Deus [1Co 11.30-32]. 
Porém, também é bíblica a autoridade 
da Igreja para aplicar a disciplina [Mt 
18.15-19; Rm 16.17-18; 1Co 5; Gl 6.1; 
2Ts 3.14-15;1 Tm 5.20; Tt 1.10-11]. Infe-
lizmente, vivemos num tempo de muito 
individualismo e insubordinação. Além 
disso, em muitas igrejas locais não se 
exerce mais a autoridade concedida por 
Deus para aplicar a disciplina. Eviden-
temente, devemos, como Igreja, agir 
tendo em mente os princípios bíblicos 
que norteiam o uso da disciplina, evi-
tando, assim, tanto a negligência como 
o abuso" 
m EU ENSINEI QUE: 
Perseguir a Igreja é perseguir a Cristo e Ele a 
defenderá contra tudo e todos. 
D Membro da Igreja: sob lide-
rança espiritual 
Os apóstolos reconheceram que os 
dois mais importantes ministérios 
de um líder espiritual era pregar e 
orar [At 6.4]. Essa oração, muitas 
vezes chamada de intercessão, ti-
nha como finalidade abençoar e 
proteger os cristãos. Nessa mesma 
linha vemos Paulo afirmando que 
de modo frequente intercedia pe-
la igreja, e a fazia saber que estava 
orando por ela [Fp 1.4]. 
A relevância da intercessão pe-
la igreja. O apóstolo Paulo elogiou o 
"combate" que Epafras, líder da Igreja 
em Colossos, demonstrava na oração 
por eles [Cl 4.12]. A sincera, amorosa 
e perseverante oração de um pastor por 
seu rebanho trará vitórias abundantes. 
Hebreus 13.17 diz que os pastores ve-
lam pelas almas que lhe foram confia-
das. Velar é estar sempre atento, a fim 
de proteger o rebanho, como fazia um 
pastor de ovelhas. Portanto, ser mem-
bro da Igreja é estar debaixo da oração 
da liderança espiritual da Igreja e Deus 
tem compromisso com essa liderança, 
com o trabalho que eles realizam e prin-
cipalmente com suas orações. 
A Russell Shedd (Epístolas da prisão, 
Vida Nova, 2005, p. 284), comentando 
sobre Colossenses 4.12, pontua que 
Epafras, além de sua dedicação e obe-
diência a Cristo, "era também grande 
homem de oração. Epafras era um ho-
mem de fé e esperança. Não deixava de 
suplicar a Deus pelos crentes de Colos-
sos, pedindo que mantivessem em pé, 
maduros (ou perfeitos) e plenamente 
convencidos da verdade do evangelho 
como sendo a plena vontade revelada 
de Deus. (...) Não devemos esquecer a 
relação entre a preocupação (literal-
mente, "luta") e a oração. Quem não se 
envolve na vida dos outros, tal como os 
pais se preocupam pelos filhos, pouca 
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 29 
ansiedade sentirá. Não era o caso de 
Epafras, nem de Paulo." 
Ser membro nos faz descobrir os 
dons e ministério. Através do convívio 
com os demais irmãos em Cristo, des-
cobrimos os dons que nos foram outor-
gados por Deus, os quais devem ser usa-
dos para a glória do Seu excelso nome 
e aplicados para a edificação, exortação 
e consolação da Igreja. Além disso, o 
convívio com outros cristãos, partici-
pando de suas alegrias e sofrimentos 
[Rm 12.15], produz conhecimento e 
crescimento espiritual tanto no serviço 
como no ministério [Ef 4.11-12]. 
A O Novo Comentário Bíblico - No-
vo Testamento sobre Romanos 12.15: 
"Quando uma parte do corpo de Cristo 
sofre, todas as demais também sofrem, 
porque os cristãos são membros uns 
dos outros. Quando um dos membros 
do corpo se alegra, todos podem se 
alegrar. Os cristãos não podem perma-
necer indiferentes ao sofrimento ou à 
alegria uns dos outros, aqueles com os 
quais compartilham da mesma fé [ 1 Co 
12.25-26)" 
Cristãos maduros na fé ajudam 
quem está iniciando. No Antigo Testa-
mento vemos o exemplo de Josué que 
cresceu servindo a Moisés [Nm 11.28] 
e depois se tornou seu sucessor. Vemos 
também o exemplo de Eliseu que serviu 
ao profeta Elias [2Rs 3.11], sucedendo-o 
posteriormente. Paulo chama Timóteo, 
que foi o seu discípulo e por quem ti-
nha grande apreço, de "meu filho': Isso 
significa que o ministério de Timóteo 
cresceu sob a orientação e cuidados 
pastorais do apóstolo [ 1Tm 1.2]. Em sua 
epístola a Tito, em termos de coletivi-
dade, o apóstolo Paulo recomenda que 
as irmãs experientes ajudem as menos 
experientes [Tt 2.3]. 
A O Novo Comentário Bíblico - No-
vo Testamento sobre 1 Timóteo 1.2: 
"Timóteo foi um jovem cristão de 
Listra, que viajou e atuou junto com 
Paulo durante sua segunda e tercei-
ra viagens missionárias [At 16.2-3]. 
Verdadeiro filho se refere ao filho le-
gítimo, que possuía todos os direitos 
e privilégios como membro da famí-
lia. Paulo queria mostrar que aceita-
va totalmente Timóteo como cristão, 
como filho na fé" 
QJ EU ENSINEI QUE: 
0 convívio com outros cristãos produz co-
nhecimento e crescimento espiritual tanto no 
serviço como no ministério. 
CGS CONCLUSÃO 
Faz parte do perfeito plano de Deus que os salvos em Cristo Jesus vivam em 
comunhão, como Corpo de Cristo, cuidando uns dos outros conforme o 
dom dado a cada um pelo Espírito, visando o cumprimento da missão dada 
à igreja e o "aumento do corpo, para sua edificação em amor" [Ef 4.16], para 
a glória de Deus. 
30 LiçAo 4 
TEXTO ÁUREO 
Óngregar 
em uma Igreja local, para 
fortalecer a fé e a comunhão 
"E, perseverando unânimes todos os dias 
no templo e partindo o pão em casa, co-
miam juntos com alegria e singeleza de 
coração." Atos 2.46 
VERDADE APLICADA 
Congregar em uma Igreja local, dentre outras, 
é uma das características da pessoa que passa 
pela experiência da conversão e prossegue no 
processo de aperfeiçoamento cristão. 
I
-i Incentivar a participação nas 
atividades da Igreja. 
O OBJETIVOS DA LIÇÃO 
Ri Mostrar o perigo de não E2' Apresentar os benefícios 
congregar. 
Q TEXTOS DE REFERÊNCIA 
ATOS 2 
42. E perseveravam na doutrina dos após-
tolos, e na comunhão, e no partir do pão, e 
nas orações. 
43. E em toda alma havia temor, e muitas 
maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. 
44. E todos os que criam estavam juntos e 
tinham tudo em comum. 
45. E vendiam suas propriedades e fazendas 
de congregar. 
e repartiam com todos, segundo cada um 
havia de mister. 
46. E, perseverando unânimes todos os dias 
no templo e partindo o pão em casa, comiam 
juntos com alegria e singeleza de coração, 
47. Louvando a Deus e caindo na graça de 
todo o povo. E todos os dias acrescentava 
o Senhor à Igreja aqueles que se haviam 
de salvar. 
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 31 
6~ LEITURAS COMPLEMENTARES 
SEGUNDA 51122.1 
A alegria de ir juntos para a Casa do Senhor. 
TERÇA At 2.1 
Todos reunidos no mesmo lugar. 
QUARTA 1Co 11.17-22 
Dissensões nas reuniões da Igreja de Corinto. 
jQ HINOS SUGERIDOS 
225, 243, 253 
S MOTIVO DE ORAÇÃO 
Ore por aqueles que não querem mais con-
gregar em sua Igreja. 
QUINTA 1Co 14.26 
A necessidade de estarmos juntos no culto. 
SEXTA Ef 2.19 
A Igreja é a família de Deus. 
SÁBADO Hb 10.25 
Não devemos deixar de congregar. 
Gd ESBOÇO DA LIÇÃO 
Introdução 
1. É necessário congregar 
2.0 perigo de não congregar 
3. Os benefícios de congregar 
Conclusão 
Ç1 INTRODUÇÃO 
Nesta lição estudaremos sobre a importância e a necessidade de 
congregar. No sentido bíblico, congregar é o ato de se reunir no 
nome de Jesus, para a edificação mútua e adoração ao Senhor [Mt 
18.20; 1Co 14.26]. 
a É necessário congregar 
A reunião local do povo de Deus 
sempre foi essencial, principal-
mente para seu crescimento es-
piritual, isto pode ser 
notado no Antigo Tes-
tamento, como no No-
vo Testamento e nos 
dias atuais. 
No Antigo Testamento. 
A primeira menção bíblica 
sobre um local de culto a 
Deus se encontra em Êxodo 
25.8, quando Deus deu aseguinte or-
dem a Moisés: "E me farão um santuá-
rio, e habitarei no meio deles". A cons-
trução do tabernáculo no deserto, um 
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para a I 
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vital 
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greja. 
templo móvel, bem como a construção 
do templo em Jerusalém, demonstra o 
quanto Deus se interessava em que o 
Seu povo tivesse um lugar para con-
gregar a fim de prestar-Lhe 
culto [Êx 40.34; 2Cr 7.1]. O 
templo era central na vida 
da nação israelita. Todas as 
celebrações estavam relacio-
nadas ao templo. 
A O Novo Comentário Bí-
blico - Antigo Testamento 
sobre Êxodo 25.8: "O Senhor, 
cuja verdadeira morada é o céu, queria 
que fosse erguido um lugar que repre-
sentasse Sua santidade entre os israe-
litas. Assim, o templo é uma notável 
32 LIÇÃO 5 
condescendência da graça de Deus. 
Ele, que habita genuinamente as altu-
ras celestes, almejou a criação de uma 
estrutura que servisse de centro simbó-
lico de Sua presença entre os hebreus" 
No Novo Testamento. Embora os 
templos oficialmente tenham surgido 
no terceiro século depois de Cristo, o 
relato bíblico nos leva a entender que 
a Igreja se reunia, fora das sinagogas, 
em espaços cedidos ou alugados para 
este fim. Na cidade de Éfeso, por exem-
plo, Paulo usou a escola de Tirano, um 
espaço grande para realizar cultos [At 
19.9]. Ao longo de sua história, a Igreja 
tem se reunido com regularidade em 
locais predeterminados para cultuar a 
Deus e fortalecer a comunhão entre os 
seus membros. A vontade do Senhor 
é que possamos estar juntos e sempre 
unidos [At 2.46]. 
O Novo Comentário Bíblico - Novo 
Testamento sobre Atos 19.8-10: "Paulo 
fala aos judeus na sinagoga por três me-
ses persuadindo-os acerca do Reino de 
Deus. Depois que eles o rejeitaram to-
talmente, Paulo reuniu os que tinham 
crido e começou uma nova escola para 
estudar as Escrituras em um local cedido 
por um filósofo chamado Tirano. Du-
rante os dois anos que Paulo dirigiu essa 
escola, todos os que habitavam na Ásia 
ouviram o evangelho. Isso mostra que 
Paulo e seus alunos fizeram mais do que 
estudar; eles também evangelizaram" 
Nos dias atuais. Apesar de estar-
mos presenciando um considerável 
crescimento do número dos "desigre-
jados", ou seja, daqueles crentes que 
dizem não precisar frequentar uma 
Igreja para expressar a sua fé, o fato 
é que este movimento constitui um 
desvio da verdadeira comunhão cristã, 
pois é impossível viver a plenitude da 
vida devocional sem a prática do amor 
fraternal e do sentimento de perten-
cimento. Em Efésios 2.19 o apóstolo 
Paulo chama a Igreja de "família de 
Deus': Portanto, a Igreja nos dias atuais 
não pode deixar de promover a verda-
deira adoração, a pregação do Evange-
lho, bem como o companheirismo e a 
integração entre os seus membros, isto 
é, cumprir a sua vocação como Corpo 
de Cristo aqui na Terra. Uma das coisas 
que não podemos fazer sozinhos é ser 
cristãos. O Senhor Jesus durante Seu 
ministério na terra tinha o costume 
de frequentar a sinagoga e o Tem-
plo. Locais reservados para oração, 
leitura e exposição das Escrituras. 
Além dos discípulos, muitas pessoas 
se reuniam também nestes locais [Mt 
26.55; Lc 4.16]. 
A' Pr. Sergio Costa (Livro "Igreja" -
Editora Betel, 2019): "Cultuar a Deus 
é um serviço que deve ser realizado de 
todo coração, não um encontro social 
ou uma obrigação, mas um ato servil 
de felicidade e prazer ao entrar na pre-
sença de Deus que nos resgata e nos 
abençoa com a Sua presença sublime:' 
QJ EU ENSINEI QUE: 
A reunião local do povo de Deus sempre foi 
essencial, principalmente para seu crescimento 
espiritual. 
BETEL DOMINICAL Revista do Professor 33 
O perigo de não congregar 
Os que estão unidos em Cris-
to também devem estar unidos 
entre si. Deixar de congregar 
pode caracterizar pelos menos 
três coisas: 
Desobediência à Palavra de Deus. 
Deus mostra de forma muito clara na 
Sua Palavra a necessidade do Seu po-
vo congregar. Nas suas últimas instru-
ções, Moisés exorta os líderes de Israel, 
sacerdotes e anciãos, no sentido de que 
de tempos em tempos ajuntasse todo 
povo (homens, mulheres e crianças) 
para ouvir e aprender a Palavra de 
Deus [Dt 31.12]. O escritor aos He-
breus disse que não podemos deixar 
de congregar: "Não deixando a nos-
sa congregação, como é costume de 
alguns; antes, admoestando-nos uns 
aos outros; e tanto mais quanto vede 
que se vai aproximando aquele dia." 
[Hb 10.25]. Portanto, o crente que 
deliberadamente deixa de congregar, 
está em desacordo com uma determi-
nação divina. 
A' Algumas denominações enfren-
tam uma crise evidenciada por duas 
tendências distintas: um declínio no 
número de membros ou um cresci-
mento que não traduz um autêntico 
vínculo com a verdade e a santidade. 
Tal crise tem suas raízes no abandono 
da sã doutrina, como igrejas na Eu-
FOCO NA 
LIÇÃO 
ropa, América do Norte e Brasil ce-
dendo ao liberalismo e ao misticismo. 
Esse afastamento dos fundamentos é 
um caminho para a ruína, como de-
monstrado pelo exemplo das igrejas 
em Pérgamo e Tiatira na Ásia Me-
nor. Essas congregações abriram suas 
portas para as enganosas doutrinas 
de falsos mestres, corrompendo-se 
tanto em teologia quanto em ética. A 
essência da questão é que a fidelidade 
às Escrituras é abandonada, deixando 
a igreja sem defesa contra a apostasia 
e marcando o início de seu declínio 
ou até a morte. 
Debilidade espiritual. A saúde 
espiritual do crente pode ser facil-
mente aferida pelo apreço que ele 
tem pela casa de Deus. Normalmen-
te, quando um crente esfria na fé, a 
primeira coisa que ele deixa de fa-
zer é de congregar. Negligenciar as 
reuniões da Igreja local é o primeiro 
passo visível de apostasia, pois quem 
deixa de congregar, facilmente cai da 
fé. Nos dias atuais, muitos crentes, 
por qualquer motivo, têm deixado 
de congregar e não têm tido mais a 
alegria de estar no templo para cul-
tuar ao Senhor e ser edificado pela 
comunhão com os seus irmãos em 
Cristo. O culto no templo é bíblico 
e relevante. 
A reunião local do povo de Deus sempre I 
foi essencial, principalmente para seu crescimento 
espiritual... 
34 uçAo 5 
* Pr. Marcos SantAnna (Livro ̀ Aperfei-
çoamento cristão' - Editora Betel, 2018): 
"É incrível, mas precisamos voltar a en-
fatizar a importância da vida devocional 
(separar um tempo em casa para leitura 
bíblica e oração), participação na Escola 
Bíblica Dominical, Culto de Ensino, reu-
niões de oração e jejum, envolvimento 
em atividades na igreja como hábitos 
saudáveis que contribuem bastante no 
processo de crescimento espiritual. Além 
da importância de sermos pastoreados. 
Nosso crescimento e aperfeiçoamento 
como membros do Corpo de Cristo 
passa pelo pastoreio." 
Morte espiritual. Hoje em dia mui-
tas igrejas locais transmitem seus cultos 
pela internet. Esta inovação tem trazido 
benefícios àqueles que eventualmente 
se veem impossibilitados de estar par-
ticipando dos cultos presencialmen-
te, mas muitos crentes, mesmo tendo 
condições de estar presente nos cultos, 
preferem assisti-los em casa. Estar nos 
cultos em vez de assisti-los em casa faz 
toda a diferença, pois o clima de co-
munhão, alegria e unção que sentimos 
numa reunião de culto, mostra que a fé 
cristã não é para ser vivida isoladamen-
te, por isso é necessário estarmos juntos 
[ 1 Co 14.26] . A seguinte ilustração nos 
ajuda a entender o quanto é perigoso 
deixar de congregar: se tiramos uma 
brasa do fogo, o que acontece com ela? 
Certamente ela permanecerá acesa por 
um pouco, mas com o passar do tempo 
ela vai se esfriar e apagar. Assim se dá 
também com o crente quando deixa de 
congregar, vai esfriando na fé até apagar. 
*' A morte ou declínio de uma Igreja 
Local é refletido com seu próprio reco-
nhecimento ao seu declínio espiritual 
que é o prelúdio de sua ruína. A igreja 
de Laodicéia como exemplo, se via co-
mo rica e próspera, mas era na verdade 
necessitada e desafortunada aos olhos do 
divino. De forma semelhante, a Igreja de 
Sardes se considerava vibrante e cheia de 
vida, enquanto já

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