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Betel U Betel W a ó .oi N DOMINICAL Adultos á A RELEVÂNCIA DA IGREJA, SUA ESSENCIA E MISSAO Reafirmando os fundamentos, a importância do compromisso com a Palavra de Deus, a adoração sincera e o serviço autêntico, segundo os preceitos de Jesus Cristo. DAFA TO aMirca \ V DE 6H AS 9H DA MANHA! DIREÇÃO GERAL: BISPO ABNER FERREIRA APRESENTAÇÃO: LENILTON SIMÕES Foco ~ Betel DOMINICAL Adultos Revista de Escola Biblica Dominical 30 Trimestre de 2024 Ano 34 N° 132 Publicação Trimestral ISSN 2448-184X A RELEVÂNCIA DA IGREJA, SUA ESSÊNCIA E MISSÃO Reafirmando os fundamentos, a importância do compromisso com a Palavra de Deus, a adoração sincera e o serviço autêntico, segundo os preceitos de Jesus Cristo. NOSSA CAPA: Imagem ilustrativa de uma igreja local e da Igreja, Corpo de Cristo. LIÇÃO 1 A relevância da Palavra de Deus para edificação doutrinária da Igreja 3 LIÇÃO 2 A Igreja e a relevância para a adoração verdadeira no culto LIÇÃO 3 A relevância da Igreja no cumprimento de sua missão 10 17 LIÇÃO 4 A relevância de pertencer e ser membro de uma Igreja local 24 LIÇÃO 5 A relevância de congregar em uma Igreja local, para fortalecer a fé e a comunhão LIÇÃO 6 A relevância da Igreja cumprir o seu papel na integração e discipulado agregador 31 38 LIÇÃO 7 A relevância da Igreja para o crescimento e a vida do cristão 45 LIÇÃO 8 A relevância e importância da doutrina pentecostal para manter a Igreja viva 52 LIÇÃO 9 A importância e a relevância da contribuição para a pregação, crescimento e desenvolvimento da Igreja 59 LIÇÃO 10 A relevância da Igreja na sociedade e sua importante função social 66 LIÇÃO 11 A importância e relevância da Igreja na edificação e solidificação da instituição família 73 LIÇÃO 12 A relevância da liderança para condução e ensinamento da Igreja 80 LIÇÃO 13 A relevância da esperança da volta de Cristo para Sua Igreja 87 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 101 lEI conheça os recursos feitos para você e disponíveis gratuitamente em nosso site, acessando pelo link: bit.ly/aux-ebd-bd ou pelo QR code:PAE Essa revista pertence a: C.' Betel Ed i tora Rua Carvalho de Souza, 20- Madureira Rio de Janeiro/RJ - CEP 21350-180 21 3575-8900 meal a 97278-8560 r.r,r<P'r, 21 99723-0055 comercial®edito ra betel.com. b r www.editorabetel.com.br Ili @ O Editora Betel MESA DIRETORA Bispo Primaz Mundial Dr. Manoel Ferreira Presidente Bispo Samuel Cássio Ferreira Bispo Abner de Cássio Ferreira Bispo Oídes José do Carmo Pr. Amarildo Martins da Silva Pr. Abinair Vargas Vieira Pr. Josué de Campos Pr. Dilmo dos Santos Pr. Magner de Cássio Ferreira Pr. Eliel Araújo de Alencar Pr. Josué Rodrigues de Gouveia Pr. Gilson Ferreira Campos Pr. José Fernandes Correia Noleto Pr. João Adair Ferreira Pr. Antônio Paulo Antunes DIRETORIA/CONSELHO DELIBERATIVO Bispo Primaz Mundial Dr. Manoel Ferreira Bispo Oídes José do Carmo Pr. Josué de Campos Pr. Márcio Tristão Vergniano Pr. Eliel Araújo de Alencar Pr. José Fernandes Correia Noleto Pr. David Cabral Pr. Neuton Pereira de Abreu Pr. Eduardo Sampaio de Oliveira Pr. Moisés Pereira Pinto Pr. Abinair Vargas Vieira Pr. Dilmo dos Santos Pr. Desailton Antônio de Souza Pr. José Pedro Teixeira Pr. João Nunes dos Santos Pr. Antonio Paulo Antunes Pr. Deiró de Andrade Pr. Marcivon Neres de Oliveira GERÊNCIA Bispo Samuel Cássio Ferreira Gerente Executivo Bispo Abner de Cássio Ferreira Gerente Geral © 2024 Editora Betel. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser re- produzida ou transmitida, em qualquer meio, sem prévia autorização por escrito da editora. Palavra do Comentarista "Cientes de que a Igreja é uma instituição divina, de sua importância para a vida e o bem-estar do ser humano, uma vez que, pelo poder do Espíri- to Santo, cumpre um exclusivo papel de tornar conhecido a toda a criatura o plano divino de salvação e contribuir na formação e desenvol- vimento do caráter cristão na vida dos nascidos de novo, neste trimestre estudaremos o tema: "A relevância da Igreja" As lições aqui inseridas abordarão e reforçarão temas cruciais para o aperfeiçoamento dos que estão em Cristo Jesus e para o enfrentamento de tantos desafios que confrontam a presente geração do povo de Deus na terra, como a prática de muitos que se dizem cristãos, porém dispensam a participação em uma Igreja local. Portanto, o conteúdo da pre- sente revista é um necessário e urgente chama- do ao povo de Deus a "guardar o bom depósito" e "permanecer no que temos aprendido" [2Tm 1.14; 3.14] e, assim, prosseguir no crescimento espiritual, na proclamação da sã doutrina e na defesa da fé Cristocêntrica, até que Ele venha! PR. JOSUÉ RODRIGUES DE GOUVEIA Pastor Presidente da Assembleia de Deus Ministério Vila Nova, Goiânia-GO, 2° Vice-presidente da CONEMAD/GO (Conven- ção Estadual das Assembleias de Deus — Estado de Goiás), Membro da Mesa Diretora e 5° Secretário da CONAMAD (Convenção Nacional das Assembleias de Deus); Presidente do SEPEGO (Seminário Pentecostal de Goiás). TEXTO ÁUREO "A relevância da Palavra de Deus para edificação doutrinária da Igreja "Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome." Apocalipse 3.8 VERDADE APLICADA A Palavra de Deus é o alicerce da Igreja. Ela é o fundamento de todos os princípios que nor- teiam a vida cristã. ~ O OBJETIVOS DA LIÇÃO E Evidenciar a relevância da CT Enfatizar a importância de Q Mostrar o resultado da apli- Palavra de Deus. priorizar a Palavra de Deus. cação da Palavra. TEXTOS DE REFERÊNCIA SALMOS 119 91. Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha medi- tação em todo o dia. 9$. Tu, pelos teus mandamentos, me fazes mais sábio que meus inimigos, pois estão sempre comigo. 99. Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque medito nos teus teste- munhos. 100. Sou mais prudente do que os velhos, porque guardo os teus preceitos. 101. Desviei os meus pés de todo caminho mau, para observar a tua palavra. 102. Não me apartei dos teus juízos, porque tu me ensinaste. 103. Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca. BETEL DOMINICAL Revista do Professor 3 SEGUNDA 1 Sm 15.22 Obedecer é melhor do que sacrificar. TERÇA 51 1.2 Bem-aventurado o que medita na Palavra. QUARTA ¡ SI 119.1 Bem-aventurado o que anda na lei do Senhor. J HINOS SUGERIDOS 306, 505, 506 MOTIVO DE ORAÇÃO Ore para que a Palavra de Deus seja cada vez mais valorizada. QUfJTA Jr 23.29 A Palavra de Deus é como fogo. SEXTA Jo 17.17 A Tua Palavra é a verdade. SÁBADO At 6.4 Perseverar na oração e na Palavra. ld ESBOÇO DA LIÇÃO Introdução 1. A relevância do aprendizado da Palavra 2. A importância de priorizar a Palavra 3.O resultado da aplicação da Palavra Conclusão INTRODUÇÃO Nesta lição, refletiremos sobre a relevância da Palavra de Deus para a Igreja. Portanto, apresentaremos alguns princípios que evidenciam essa relevância crucial para a vida cristã. 0 A relevância do aprendiza- do da Palavra Além de estudar, é preciso que haja um aprendizado efetivo. Aprender é uma tarefa de excelência tanto pa- ra o discípulo, quando alcança esse objetivo, como também para o mestre, que vê um re- sultado positivo do seu trabalho, pois: "Bem- -aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coi- sas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo." [Ap 1.3]. PONTO DE PARTIDA A Palavra de Deus é o alicerce da Igreja. Portanto, o ensino está intrinse- camente ligado a ouvir, guardar e praticar o que está sendo mi- nistrado. 0 aprendizado nos tor- na sábios para a salvação. O elemento essencial que nos conscientiza da salva- ção vem pelo aprendizado da Palavra, porquanto a fé advém de ouvi-la[Rm 10.17]. O apóstolo Paulo afirmou para Timóteo, seu filho na fé, que ele havia chegado a essa conclusão pelo conhecimento da Palavra de Deus: "E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas le- 4 LIÇÃO 1 tras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus:' [2Tm 3.15]. Os mestres da lei, estudiosos diligentes das Escrituras, a examinavam na certeza de encon- trar a vida eterna [Jo 5.39], porém ignoravam o fato de que as mesmas testificavam de Jesus, o único cami- nho para a salvação. A Lawrence Richards (Comentário Bíblico do Professor - Editora Vida, 2004, P. 1122 e 1124) enfatiza que 1 e 2Timóteo e Tito é um "Chamado para o Ensino": "Ensinar e aprender é um dos temas principais nessas car- tas referentes às "últimas palavras" do apóstolo Paulo. (...) A evidência do aprendizado cristão não se encontra em nosso saber, mas no amor, na fé e na santidade de vida do crente. Paulo encorajou Timóteo e Tito a se envol- ver no tipo de ensino que conecta a verdade à vida; o tipo de ensino o qual produz pessoas amorosas, confiáveis e santas. Paulo certamente diria que o caráter, não o conhecimento, é o melhor indicador de um cristão bem- -preparado" t .Z 0 aprendizado nos torna sá- bios para a vida. O aprendizado da Palavra de Deus proporciona ao crente essa sabedoria celestial que se sobrepõe à sabedoria humana e terrena. De nada vale o conheci- mento sem reconhecer a Palavra de Deus como base de toda a ciência. O salmista admite que o aprendizado da Palavra de Deus o fazia superar até seus mestres, incluindo pessoas mais velhas e experientes do que ele: "Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos. Sou mais prudente do que os velhos, porque guardo os teus preceitos." [Si 119.99-100]. 'f Sarah Cavalcanti (Livro "Uma escola para todos" - Editora Betel, 2015): "É através do ensino da Bíblia que crescemos no conhecimento da Palavra de Deus e no relacionamento com o Deus da Palavra. É no estudo da Bíblia que se aprende os rudimen- tos da fé cristã. Se quisermos avançar como Igreja vitoriosa e relevante no século XXI, precisamos investir ar- duamente no ensino da Bíblia, afinal é a sua mensagem que transforma e liberta o pecador:' 0 aprendizado nos faz discer- nir o falso ensino. Jesus disse que o erro dos saduceus, líderes em Israel, derivava do fato de não co- nhecerem as Escrituras, ou seja, a principal qualidade de quem ensina a Palavra é conhecê-la: "Jesus, po- rém, respondendo, disse-lhes: Er- rais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus." [Mt 22.29]. Ainda de acordo com o texto de Oséias, o povo pereceu porque lhes faltou o conhecimento de Deus [Os 4.6]. Existe ainda o fragoroso peri- go de se estar ensinando doutrinas heréticas, visto que há uma linha muito tênue entre o ensino genu- íno da Palavra e um ensinamento deturpado. BETEL DOMINICAL Revista do Professor 5 f Pr. Joabes Rodrigues do Rosário (Revista Betel Dominical, 4° Trimes- tre de 2019, P. 6) - "A refutação e os últimos dias": "A Palavra de Deus re- vela que os últimos dias da Igreja na terra seriam caracterizados, também, pelo surgimento de falsos profetas [Mt 24.11], espíritos enganadores e dou- trinas de demônios [ 1Tm 4.1 ], falsos doutores e heresias [2Pe 2.1]. Eviden- temente, muitos destes erros não são facilmente identificados. É preciso, pois, como Igreja, estarmos firmados e convictos quanto ao conteúdo da fé bí- blica e buscarmos a indispensável ação do Espírito Santo no discernimento e na capacitação necessária para refu- tarmos os enganos que vão surgindo, além da proclamação do Evangelho." QJ EU ENSINEI QUE: 0 ensino está intrinsecamente ligado a ouvir, guardar e praticar o que está sendo ministrado. fl A importância de priorizar a Palavra A prioridade da Palavra de Deus perpassa por uma atitude firme da Igreja, justamente quando as lideranças entendem que o estu- do sistemático da Palavra é fun- damental em todas as funções eclesiásticas. QFOCO NA LIÇÃO A importância da Palavra no Antigo Testamento. O sacerdote e escriba Esdras é um exemplo muito importante para apresentarmos o ensino da Palavra no Antigo Testa- mento: "Porque Esdras tinha prepa- rado o seu coração para buscar a lei do Senhor, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus direitos:' [Ed 7.10]. O povo se reunia para ler e meditar na lei do Senhor. Essa atitude de Esdras pro- duziu um dos maiores avivamentos na história de Israel. A Sarah Cavalcanti (Livro "Uma es- cola para todos" — Editora Betel, 2018): "O ato de ensinar o povo acontece des- de os tempos do Antigo Testamento. O texto de Deuteronômio 31.12 re- vela que a ideia era reunir o povo pa- ra ensinar a Palavra de Deus. Todos deveriam estar presentes ("homens, e mulheres, e meninos, e os teus estran- geiros") à ministração e ao ensino das leis de Deus:' A importância da Palavra no Novo Testamento. Os apóstolos dei- xaram um legado muito importante para a Igreja dos nossos dias: "Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra." [At 6.4]. A atitude apostólica de priorizar o bi- nômio oração e Palavra é infalível e Aprender é uma tarefa de excelência tanto para o educando, quando alcança esse objetivo, como também para o educador, que vê um resultado positivo do seu trabalho... i 6 LIGAO 1 deve ser imitada por todas as Igre- jas, se quiserem ter uma vida espi- ritual e um crescimento saudável. A Igreja apostólica crescia mediante o trabalho do ministério [At 2.42], pois perseverava em todas as ativi- dades que realizava. Era uma ação contínua, sendo parte constante da vida da Igreja. Vemos Paulo exor- tando a Timóteo, seu filho na fé, para que pregasse a palavra em todo o tempo [2Tm 4.2]. A Eurico Bergsten (Lições Bíblicas, 3° trimestre de 1978) ao comentar sobre o crescimento e desenvolvimento da igreja em Jerusalém: "Em tudo a Igreja se apoiava na Palavra de Deus. No dia de Pentecostes, quando as críticas con- tra as bênçãos recebidas apareceram, eles se defendiam com a Bíblia. "Isto é o que foi dito pelo profeta Joel" [At 2.16]. Quando o povo estava atônito pela cura do coxo, citavam a Palavra de Deus para explicar o fato [At 3.13- 16]. Quando foram proibidos de falar em nome de Jesus, baseavam a sua defesa na Palavra de Deus [At 4.11], o que lhes deu muita ousadia [At 4.25- 27]. Quando apareceu o grave proble- ma criado pelos fariseus que queriam obrigar os crentes a se circuncidarem, então com base na Palavra de Deus conseguiram dissipar aquela ameaça à paz [At 15.15-16, 28-30]. Aleluia! Aqui estão alguns exemplos. A Bíblia diz: "Permaneceram na doutrina dos apóstolos" [At 2.42]:' 7.1; A Palavra nutre a vida espiritu- al. Nossa saúde espiritual está inti- mamente ligada à nossa busca pelo conhecimento da Palavra de Deus. O apóstolo Pedro escreveu: "Desejai afetuosamente, como meninos nova- mente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo:' [ 1 Pe 2.2] . Assim como o leite materno não possui substituto à altura, de igual modo na vida cris- tã nada pode substituir a Palavra de Deus. De acordo com este texto bíbli- co, a Palavra é o principal elemento no "cardápio alimentar" da vida es- piritual. Ela deve ser prioritária em nossa vida. A Pr. Jairo Fontes Ferreira (Revis- ta Betel Dominical, 3° Trimestre de 1993, p. 26) comentou sobre a Bíblia e seu valor como alimento: "Assim co- mo o corpo físico, templo do Espírito Santo, precisa do alimento material, nosso espírito e alma necessitam do alimento espiritual [Dt 8.3]. Este é o princípio estabelecido por Deus, para o Seu povo valorizar Sua palavra co- mo alimento. O próprio Senhor Jesus autenticou a palavra do Pai diante de Satanás [Mt 4.4]. "Nem só de pão..:' disse Jesus, mostrando-nos a neces- sidade do pão espiritual, a Palavra de Deus, para cada dia de nossas vidas. A Palavra de Deus, como alimentoespiritual, é comparada a: a) mel [Sl 119.103]; b) leite [Hb 5.13]; c) alimen- to sólido [Hb 5.14]." OJ EU ENSINEI QUE: 0 estudo sistemático da Palavra é fundamental em todas as funções eclesiásticas. BETEL DOMINICAL Revista do Professor 7 QFOCO NA LIÇÃO A atitude apostólica de priorizar o binômio oração e Palavra é infalível e deve ser imitada por todas as igrejas... 0 0 resultado da aplicação da Palavra A aplicação da Palavra de Deus se constitui no elemento funda- mental para o cristão sob todos os aspectos. Ela tem o poder de transformar a vida do ser hu- mano. Fortalece a vida cristã. A matu- ridade cristã será alcançada através de uma vida alicerçada na Palavra de Deus. Só assim o cristão poderá vencer todos os embates da vida com equilí- brio e resiliência: "Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combate- ram aquela casa, e não caiu, porque es- tava edificada sobre a rocha." [Mt 7.24- 25]. Rios, chuvas, ventos e tempestades são situações que podem atingir a vida cristã e somente quem está alicerçado na Palavra de Deus poderá vencer. Sarah Cavalcanti (Livro "Uma es- cola para todos" - Editora Betel, 2018): "Ensinar a Bíblia é fundamental para uma vida cristã bem-sucedida e, tam- bém, para uma Igreja saudável. Além disso, em diferentes momentos da vi- da, a Palavra se renova, se ressignifica e sempre traz um novo aprendizado." Produz santificação. A vontade de Deus para o Seu povo é a santificação [ 1Ts 4.3], e um dos elementos impor- tantes para a santificação é a Palavra de Deus, conforme ressaltou Jesus na oração sacerdotal, ao revelar o poder santificador da mesma: "Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade" [ Jo 17.17] . De acordo com o apóstolo Tiago, para que haja uma mudança de vida efetiva, a Palavra precisa ser enxertada em nossas vidas [Tg 1.21]. A Além de João 17.17, vemos também a Palavra de Deus como agente de san- tificação em João 15.3. Podemos dizer que o Espírito Santo usa a Palavra de Deus para exercer o efeito santificador sobre os discípulos de Cristo. Todos que acolhem a Palavra de Deus são limpos. Vemos em João 13.10 que o Senhor Je- sus revelou que nem todos estavam lim- pos. Portanto, não se trata de automa- tismo na santificação. É preciso acolher a Palavra. Conservar no coração. Foi o que faltou a Judas. Para manter pura a conduta é preciso viver de acordo com a Palavra de Deus [Si 119.9]. Agrada a Deus. A obediência é um dos mais importantes princípios da vida cristã, de maneira que qualquer sacrificio não tem nenhum valor sem a obediência. Isso fica claro nas palavras do profeta Sa- 8 LIÇÃO I muel ao advertir o rei Saul: "Porém, Sa- muel disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrificios como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar (...):' [ 1Sm 15.22]. A Pr. Marcos SantAnna da Silva (Livro "Aperfeiçoamento cristão" - Editora Be- tel, 2018): "Se declaramos e cremos que a Palavra de Deus é a verdade e a revela- ção da vontade de Deus para nós, então a disposição em praticá-la deve preceder o conhecimento da mesma. Ou seja, o discípulo de Cristo precisa ir à Palavra com fé e disposição de obedecê-la" OJ EU ENSINEI QUE: A aplicação da Palavra de Deus se constitui no elemento fundamental para o cristão sob todos os aspectos. Ela tem o poder de transformar a vida do ser humano. G CONCLUSÃO Após a morte de Moisés, Deus fala com Josué e lhe faz promessas e ga- rante que estaria com ele, mas o advertiu que não deixasse de observar a Palavra de Deus em todo o tempo. Assim também deve ser com cada geração da Igreja enquanto estiver na terra: os tempos mudam, mas a Palavra de Deus permanece. Os princípios bíblicos são os mesmos. A última exortação bíblica se refere a como estamos lidando com a Palavra de Deus [Ap 22.18-19]. Que o Espírito Santo nos ajude em todo o tempo a guardarmos a Palavra de Deus [Ap 3.8, 10]. BETEL DOMINICAL Revista do Professor 9 TEXTO ÁUREO VERDADE APLICADA "Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça- -se tudo para edificação." 1 Coríntios 14.26 0 culto a Deus é a celebração de Seu nome, quando expressamos gratidão e 0 adora- mos pelo que Ele é e por Seus atos pode- rosos, em conformidade com as Escrituras. O OBJETIVOS DA LIÇÃO Priorizar a adoração indivi- Destacar que somente ' Mostrar que Deus busca ver- dual e coletiva a Deus. Deus é digno de adoração. dadeiros adoradores. 8 TEXTOS DE REFERÊNCIA SALMOS 122 1. Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor. 2. Os nossos pés estão dentro das tuas portas, o Jerusalém. 3. Jerusalém está edificada como uma cidade bem sólida. 4. Onde sobem as tribos, as tribos do Senhor, como testemunho de Israel, para darem graças ao nome do Senhor. 5. Pois ali estão os tronos do juízo, os tronos da casa de Davi. 6. Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam. 7. Haja paz dentro de teus muros e prosperi- dade dentro dos teus palácios. 8. Por causa dos meus irmãos e amigos, direi: Haja paz em ti. 9. Por causa da casa do Senhor, nosso Deus, buscarei o teu bem. lo El LEITURAS COMPLEMENTARES SEGUNDA SI 27.1-4 Confiança em Deus e anelo pela Sua presença. TERCA 51133 A excelência do amor fraternal. QUARTA 10 4.23 Deus procura os verdadeiros adoradores. _____I ' ,1 1 HINOS SUGERIDOS f_____ 144, 243, 244 MOTIVO DE ORAÇÃO Ore pela unidade e comunhão na sua Igreja local. QUINTA 1Co 14.26-40 A necessidade de ordem no culto. X íA Hb 10.19-39 Exortação a perseverar na fé. SÁBADO 1 Pe 1.25 A Palavra do Senhor permanece para sempre. ESBOÇO DA LIÇÃO Introdução 1.0 culto é relevante porque é bíblico 2.0 culto é relevante pela comunhão 3. Elementos centrais do culto Conclusão INTRODUÇÃO O culto está relacionado com a honra, o reconhecimento e o valor da suprema dignidade de Deus, por tudo que Ele é e tem feito, sendo Ele digno de nossa adoração, louvor e serviço em conformidade com as Escrituras Sagradas. a 0 culto é relevante porque é bíblico Ao afirmar que Deus procura ver- dadeiros adoradores [ Jo 4.23], Jesus nos ensinou que a adoração verda- deira é mais uma ques- tão de essência do que formalidades. Assim en- tendemos que a adora- ção envolve não apenas o lugar formal onde nos reunimos para cultuar a Deus, mas tudo o que fazemos em nossas vidas. 0 culto no Antigo Testamento. O templo era central na vida da nação israelita. Todas as grandes celebrações PONTO DE PARTIDA Deus é digno de adoração, louvor e serviço. estavam relacionadas ao templo. É nos salmos que vemos as maiores expres- sões de prazer e honra nas atividades no templo: "Senhor, eu tenho amado a habitação da tua casa e o lugar onde perma- nece a tua glória." [Si 26.8]. Pr. Valdir Alves de Oliveira (Revista Betel Dominical, 1O Trimestre de 2022, p. 74): "É oportuno refletirmos acerca da relevância da presença de um santu- ário na história de Israel, desde a saída do Egito até o início do cativeiro babi- lônico': O salmista expressa isso: "Por- que vale mais um dia nos teus átrios do que, em outra parte, mil. Preferiria estar BETEL DOMINICAL Revista do Professor 11 à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas da impiedade." [Si 84.10]. Este expressa o anseio e o que significa para o autor adorar a Deus no templo em Jerusalém. Afinal, no Antigo Testa- mento, ali era o lugar estabelecido onde o Senhor Deus se revelava de maneira singular [2Cr 7.12-16]. Desse modo, entendemos a razão da grande alegria expressada pelo salmista: "Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor." [Sl 122.1]. E nós, continuamos empolgados e tendo anseio por estar- mos reunidos como povode Deus pa- ra oração, louvor e anúncio da Palavra de Deus? A Comentário Bíblico Moody sobre Salmos 84.1-12: "Após proferir uma pe- quena oração pelo rei ungido de Deus, o salmista descreve a alegria de se jun- tar aos outros no culto de adoração. Um dia no local do culto, ele sente, vale mais que mil dias em qualquer outro lugar. Ele preferia ser o mais humilde servo do Templo, do que ter um lugar de ha- bitação permanente onde a impiedade abunda." 0 culto no Novo Testamento. Em Atos 2.46 encontramos a seguinte in- formação: "E perseverando unânimes todos os dias no templo (...)". Ao anali- sar este versículo vemos que a expressão "todos os dias" significa algo contínuo, já "unânimes'; fala de unidade e pro- pósito, e embora eles se reunissem nas casas, todavia, o culto no lar não supri- mia a necessidade do culto no templo. Existem muitas outras referências de que o templo era também central na vida da Igreja Primitiva: eles oravam no templo [At 3.1]; ensinavam no templo [At 5.42]; realizavam milagres no tem- plo [At 3.6-8]. Embora os templos ofi- cialmente surgissem no terceiro século depois de Cristo, parece que a Igreja conseguia ou alugava lugares espaçosos para o culto. Na cidade de Éfeso, Paulo usou a escola de Tirano [At 19.9], um espaço grande para reuniões. ,% Simon Kistemaker (Comentário do Novo Testamento, Atos Volume 1, Editora Cultura Cristã, 2016, p. 152, 159): "Os cristãos de Jerusalém vão ao templo, que para eles é a casa de Deus. Consideram-se judeus que viram o cumprimento da Escritura do Antigo Testamento por intermé- dio da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Eles se reúnem nos pá- tios do Templo, presumivelmente na área chamada Pórtico de Salomão [At 3.11; 5.12] para oração e louvor. (...) os apóstolos mantinham a tradição de orar no templo em horas estipuladas. Os cristãos primitivos se considera- vam judeus que jamais pensariam em romper com as horas tradicionais de oração no templo:' 0 culto na atualidade. Sabemos que na Nova Aliança, a presença e o culto a Deus não estão restritos a um lugar, como bem disse Jesus à mulher samaritana, pois viria a hora em que nem em Jerusalém, nem no monte Gerizim, adorariam ao Pai, mas os verdadeiros adoradores adorariam ao Pai em espírito e em verdade, inde- pendente do lugar [Jo 4.21-23]. Mas 12 LiçAo 2 essa sublime verdade não substitui a necessidade e o imperativo do culto coletivo da Igreja realizado no tem- plo. Em Hebreus 10.25 temos a gran- de exortação para não deixarmos de congregar, porque naquela época era costume de alguns. Infelizmente, hoje podemos dizer que o mesmo tem se tornado o costume de muitos. A Pr. Abrahão Cipriano (Livro "Obreiro de valor" - Editora Betel, 2015): "Se atentarmos para a Palavra de Deus, veremos que não é "atual" o apego que as pessoas têm à forma para agradar a Deus. No texto de Isaias 1.10- 20, encontramos o Senhor convidando o povo a apresentar um culto mais sig- nificante [Is 1.18], que exija transforma- ção de vidas. Devemos depreender que, a cada minuto, o culto deve mostrar ao participante porque ele está ali. A cada momento o culto deve mostrar ao parti- cipante que ele precisa corresponder-se com Deus ali em seu íntimo. O membro jamais deve ir à Igreja com a missão de apenas cumprir todos os itens da litur- gia programada. Ele deve ir para adorar e cultuar a Deus:' m EU ENSINEI QUE: Adoração envolve não apenas o lugar formal onde nos reunimos para cultuar a Deus, mas tudo o que fazemos em nossas vidas. QFOCO NA LIÇÃO 0 culto é relevante pela comunhão A palavra comunhão, do grego koinonia, expressa a intimidade que deve haver na vida cristã, tanto com Cristo [1Co 1.9], bem como com os irmãos [ 1 Jo 1.7] . Comunhão com Deus. Conforme já dissemos, a comunhão com Deus não se restringe ao culto no ambiente do tem- plo, haja vista que Cristo está conosco sempre [Mt 28.20]. Devemos, porém, reconhecer que a frequência aos cultos é imprescindível, pois este é o veículo ou o ambiente mais adequado para condu- zir o adorador a um encontro real com Deus. A música, a adoração, o ambien- te, a reverência e tudo quanto ocorre no culto visa nos conduzir à presença de Deus. No Salmo 27.4 Davi expressa seu desejo de morar todos os dias na casa do Senhor, mas com qual objeti- vo? Ele responde: a fim de contemplar a formosura do Senhor. Esse contemplar a formosura refere-se não apenas a ver, mas experimentar, vivenciar a presença de Deus em sua vida. Portanto, para ele culto é sinônimo da presença de Deus. A presença de Cristo é central na Igreja [Ap 2.1] e o verdadeiro culto proporciona aos verdadeiros adoradores um ambiente de aprendizagem, experiência, edificação no contínuo processo de crescimento espiritual. Assim entendemos que a adoração envolve não apenas o lugar formal onde nos reunimos para Cultuar a Deus, mas tudo o que fazemos em nossas vidas. BETEL DOMINICAL Revista do Professor 13 Coleção Betel Dominical - Volume IV, p. 315: "O apóstolo Paulo fala da im- portância da comunhão da Igreja com a Trindade [2Co 13.13], corroborando com ele, o apóstolo João [ 1 Jo 1.3]. A comunhão com Deus nos afasta das trevas e nos aproxima da luz [ 1 Jo 1.6]. Comunhão com os irmãos. O culto é a comunidade cristã reunida a fim de viver intensamente a realidade de Deus em suas vidas de forma coletiva e ao mesmo tempo partilhar essa sublime realidade uns com os outros. A Bíblia resume a vida da Igreja Primitiva em termos de comunhão com a seguin- te expressão: "(...) estavam juntos e tinham tudo em comum" [At 2.44]. Embora a comunhão com Deus possa ser individual e pessoal, o reflexo disso resulta em comunhão coletiva. O ver- dadeiro cristão tem prazer na compa- nhia dos seus irmãos e o ambiente de culto oportuniza isso. A Pr. Sergio Costa (Livro "Igreja: doutrina, história e missão" - Editora Betel, 2019, p. 116): "A comunhão é a forma mais específica e única do rela- cionamento entre os cristãos." Resultado da comunhão. Gente precisa de Deus, mas gente também precisa de gente. Paulo queria encon- trar-se com Timóteo, pois seria um conforto e encheria o velho apóstolo de alegria [2Tm 1.4]. De acordo com o Salmo 133, a comunhão é agradável a Deus, a comunhão é terapêutica, a comunhão é restauradora, a comu- nhão é abençoadora. Por isso, um dos primeiros sintomas de declínio espiritual é normalmente o compare- cimento irregular nos cultos e demais atividades da Igreja. As igrejas deve- riam ser caracterizadas pelo alto grau de comunhão entre seus membros. Viver de forma unida é extremamente agradável a Deus. A Dicionário Bíblico Unger (SBB, 2017, p. 257) - Comunhão: "Signifi- ca companheirismo, uma relação na qual as partes têm algo em comum, uma interação familiar. Os cristãos têm comunhão com o Pai, com o Filho [1Jo 1.3] e com o Espírito Santo [2Co 13.14], e, também, uns com os outros [1Jo 1.7]. O amor fraternal e a comu- nhão mútua são necessários à comu- nhão com Deus e a manifestam [ 1 Jo 4.12]. Cristo orou para que o seu povo tivesse comunhão entre si [ Jo 17.21]. A comunhão com Deus é essencial à frutificação [Jo 15.4-5]." QJ EU ENSINEI QUE: A palavra comunhão expressa a intimidade que deve haver na vida cristã, tanto com Cristo, bem como com os irmãos. fl Elementos centrais do culto Na visão apostólica, existem três elementos centrais e imprescin- díveis em um culto: a Palavra de Deus, a oração e a adoração. A Palavra de Deus é central no culto. A Palavra de Deus é essencial à vida cristã. Jó a considerava mais importante do que a própria comida 14 LiÇAO 2 FOCO NA LIÇÃO Devemos, porém, reconhecer que a frequência aos cultos é imprescindível, pois este é o veículo ou o ambiente mais adequado para conduzir o adorador a um encontro real com Deus. [ Jó 23.12]. A Palavra de Deus é o mais importante cardápio no alimento es- piritual do crente. Por reiteradas ve- zes ela é comparada com o alimentoque nutre a vida espiritual [Mt 4.4]. Pr. Lourival Dias Neto (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre de 2010, p. 49) comentou uma Lição sobre "A Igreja e a Bíblia": "3.1. Seu lugar no culto. A Bíblia é o instrumento primordial para o desenvolvimento do culto. (...) Ela ocupava lugar central no ministé- rio dos apóstolos [At 6.2-4]. Quando se compreende esta realidade, ela está presente do início ao fim, por meio das orações, dos cânticos, da adoração, ou seja, toda liturgia tem a sua base na Bí- blia. O desprezo pela Palavra de Deus tem resultado em cultos sem conteúdo, vidas vazias, levando a uma superficia- lidade espiritual adoecedora." A A relevância da exposição bíbli- ca em um culto é atestada quando o apóstolo Paulo apresenta a "doutri- na, ou seja, "instrução" como um dos elementos da liturgia [1Co 14.26]. No culto praticado pelo pentecostalismo clássico se mantém as Escrituras Sa- gradas como o padrão para analisar as manifestações espirituais. Tal con- duta está de acordo com a diretriz que encontramos no Antigo Testamento. Destacamos dois exemplos: a) Êxo- do 8.25-27 - quando Faraó propôs a Moisés que o povo de Israel oferecesse sacrifícios a Deus na própria terra do Egito, Moisés respondeu: "sacrifique- mos ao Senhor, nosso Deus, como ele nos dirá": A Palavra a ser revelada é que instruiria como o povo deveria servir a Deus; b) 1Crônicas 13 e 15 - o próprio rei Davi reconheceu que não tinham sido bem-sucedidos em levar a arca de Deus para Jerusalém, porque não tinham agido "segundo a ordenança' ou "conforme a palavra do Senhor": Não é qualquer culto que Deus aceita! 0 efeito da oração coletiva. É ne- cessário compreendermos que a ora- ção coletiva é tão importante quanto a oração individual, já que uma refor- ça a outra. No livro de Atos podemos aprender algumas lições sobre o efeito da oração coletiva e a importância que ela tem para que a obra de Deus pos- sa avançar [At 1.14, 24-25]. É crucial que a Igreja (Corpo de Cristo) cultive a oração coletiva em conexão com a vontade de Deus já revelada, como vemos na descida do Espírito Santo [At 2.1-4]. É perseverando em oração coletiva que o Espírito Santo se ma- nifesta coletivamente. Se queremos ver e participar das manifestações do Espírito Santo na Igreja devemos orar coletivamente. No cenáculo estavam quase cento e vinte pessoas e todas fo- BETEL DOMINICAL Revista do Professor 15 ram cheias do Espírito Santo. Isso pode repetir hoje, desde que a Igreja esteja disposta a perseverar em oração [At 2.42; 12.5]. O Senhor Deus atendeu à contínua oração da Igreja e enviou um anjo para libertar Pedro. N Coleção Betel Dominical - Volu- me IV, p. 315: "A Igreja deve zelar pela comunhão com o Senhor, através da oração [At 13.3a]. A oração é o meio pelo qual a Igreja tem comunhão dire- ta com o Senhor [Mt 6.6]. O fervor da Igreja dependerá de sua vida de oração diante de Deus [At 2.42; 12.12]:' 0 valor da adoração coletiva. A manifestação da presença de Deus em um culto não deve ser o anelo somente daqueles que o dirigem: o dirigente, ministério de louvor, pregador. Não viemos para assistir o culto, viemos para realizá-lo. Não somos meros figu- rantes, somos adoradores conscientes. Todos quantos estão em um culto são agentes importantes na realização do mesmo. Em 1Coríntios 14.26, o após- tolo Paulo recomenda: "(...) Quando vos ajuntais (para cultuar), cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem re- velação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação" Todos os membros eram convidados a par- ticipar conforme o Senhor os dirigia, um desejava cantar um hino, outro era conduzido pelo Espírito para compar- tilhar uma doutrina, alguns recebiam revelações transmitidas em línguas e outros interpretavam. Mas tudo com decência e ordem, não havia exibição, gerando assim edificação. A Pr. Abrahão Cipriano (Livro "Obreiro de valor" - Editora Betel, 2015): "Busque incansavelmente a sensibilidade do Espírito Santo. (...) O pastor ou dirigente deve ser receptivo à voz do Espírito Santo para conduzir o culto debaixo de Sua direção, pois um culto sem o comando do Espírito Santo é mecânico, vazio e frio. O Es- pírito Santo é o único capaz tanto de revelar ao pastor ou dirigente as neces- sidades da Igreja em cada culto quanto de orientar sobre a melhor maneira de conduzi-lo" ED EU ENSINEI QUE: Existem três elementos centrais e imprescindí- veis em um culto: a Palavra de Deus, a oração e a adoração. © CONCLUSÃO O momento que a Igreja reserva e programa para oferecer a Deus o culto dentro do seu aspecto bíblico espiritual é imprescindível tanto a nível coletivo quanto individual. Trata-se de um tempo oportuno e importan- te para o verdadeiro adorador cultivar e manter a real comunhão com Deus, sendo ao mesmo tempo edificado pela Sua Palavra e fortalecido pela oração e comunhão. 16 LIÇÃO 2 A relevância da Igreja no cumprimento de sua missão TEXTO ÁUREO "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo." Mateus 28.19 VERDADE APLICADA Cada membro do Corpo de Cristo esteja com- prometido em fazer discípulos e na edificação uns aos outros, para o crescimento do Corpo e a glória de Deus. O OBJETIVOS DA LIÇÃO I ' Revelar o verdadeiro pa- Falar sobre o dever da lgre- C Destacar a Igreja como re- pel da Igreja no mundo. ja de edificar seus membros. presentante de Deus. TEXTOS DE REFERÊNCIA ATOS 13 1. E, na Igreja que estava em Antioquia, havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o te- trarca, e Saulo. 2. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. 3. Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. 4. E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre. 5. E, chegados a Sa►amina, anunciavam a pala- vra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador. BETEL DOMINICAL Revista do Professor 17 1G LEITURAS COMPLEMENTARES SEGUNDA Mt 28.19-20 A missão de evangelizar e discipular. TERÇA Mc 16.15 A missão de pregar o Evangelho a todos. QUARTA At 2.37-41 As primeiras conversões. HINOS SUGERIDOS 12, 15, 16 k MOTIVO DE ORAÇÃO Ore pela evangelização local e transcultural. QUINTA At 8.1-25 0 Evangelho em Samaria. SEXTA 1 Co 12.12-31 A unidade dos membros do corpo. SÁBADO Ef 4.1-16 A unidade da Fé. ?ESBOÇO DA LIÇÃO Introdução 1. Missão para com o mundo 2. Missão consigo mesma 3. Missão para com Deus Conclusão INTRODUÇÃO Para nosso propósito, focaremos em três aspectos da missão da Igreja: a re- levância da missão da Igreja em relação ao mundo, em relação a Deus e em relação a si mesma. 0 Missão para com o mundo Cristo, de forma sucinta, mas bem clara, revela o escopo da mis- são evangelizadora da Igreja no mundo Evangelizar o mundo. Em Atos 1.8, temos a visão de atuação da Igreja tan- to no aspecto local, quanto mundial. Os estágios são: Jerusalém (cidade), Judéia (estado), Samaria (país), e confins da terra (mundo). A partir da Igreja local, a vontade de Cristo é que ela alcance o mundo. Em um único versículo Cristo sintetiza a relevância PONT PAR Amiss Igreja é o Evan 0 DE TIDA ão da pregar gelho. da missão da Igreja. Notemos que não se trata de completar a evangelização local para depois ir a outros locais. Mas, sim, que a Igreja inicia onde está e, si- multaneamente, promove o anúncio do Evangelho em outras regiões. Ela deve agir localmente e ter uma cosmo- visão, ou seja, uma visão de mundo. Algo que desejamos enfatizar é que a missão da Igreja é corporativa. Somente com o somatório de esforços de todos os seus membros é que ela pode efetuar sua missão. Isto posto, compreendemos a importância de ser membro daIgreja. ~ 18 LIÇÃO 3 " Bispo Oídes José do Carmo (Re- vista Betel Dominical - 3° Trimestre de 2017, p. 52): "Os obreiros de Cris- to não podem se lançar ao trabalho sem o poder do Espírito Santo. Para a execução da obra missionária, a par- tir de Jerusalém, Deus prometeu uma capacitação do alto para a Sua Igreja [At 2.33; Gl 3.14]. Existe um governo organizado e pronto para impedir o avanço missionário [Ef 6.10-12]. Por esse motivo, a obra missionária não pode ser feita de qualquer maneira. Essa é uma obra na qual lidamos com almas, cujos resultados são eternos:' Evangelização local. Refere-se à missão evangelizadora da Igreja em cuja área geográfica ela se encontra inserida. Casas, famílias, comércios, escolas, ou seja, todo segmento orga- nizado, e até indivíduos, são de sua responsabilidade a comunicação da mensagem salvadora do Evangelho na pessoa do Senhor Jesus Cristo. Temos o exemplo da Igreja de Jerusalém, que será sempre, nesse estudo, uma refe- rência para nós. Ela alcançou o mu- do dos seus dias com a pregação do Evangelho, mas não se esqueceu do seu contexto local. Em Atos 5.28, temos um testemunho da sua poderosa ação evangelística. O texto "encheste Jeru- salém dessa doutrina" significa que os crentes daquela Igreja fizeram com que todos os habitantes da grande cidade de Jerusalém ouvissem a Palavra de Deus e isto em meio a muita oposição. Será que podemos afirmar que nossa região está cheia da doutrina de Cris- to? Temos que repensar isso, porque é a Igreja local, conforme veremos, que dá suporte à evangelização mundial. A Bispo Samuel Ferreira (Revista Be- tel Dominical, 4° Trimestre de 1996): "O Senhor Jesus, antes de ser assunto ao céu, estabeleceu para a Igreja os li- mites para a evangelização, iniciando por Jerusalém e indo até os confins da terra [At 1.8]. Uma vez possuindo o poder, os discípulos saíram a anun- ciar Jesus, mesmo debaixo de proibi- ção [At 4.17-20], cumprindo assim o plano divino para a Igreja. Jesus dera ordem que a evangelização começasse primeiro em Jerusalém [Lc 24.47]. Isto foi uma orientação importante, pois a obra missionária precisa ser desenvol- vida no campo da Igreja local." Evangelização mundial. É comu- mente conhecida como missão, ou seja, uma evangelização transcultural, cuja finalidade é alcançar outros povos, isto é, os confins da terra, conforme orienta o texto bíblico. De forma sim- plificada, existem três formas de fazer missões: orando, contribuindo e indo ao campo missionário. A Bispo Oídes José do Carmo (Revis- ta Betel Dominical - 3° Trimestre de 2017, p. 56): "O grande legado missio- nário foi transmitido para nós através do exemplo vivo de homens que en- tregaram suas vídas à causa do Mestre. Graças à sensibilidade desses homens ao Espírito Santo e à compaixão pelos perdidos é que o Evangelho atravessou séculos e chegou até nós [At 13.49, 52]. Agora, precisamos ter um coração BETEL DOMINICAL Revista do Professor 19 pronto para obedecer ao chamado de Deus: fazer Missões. Inicie fazendo o que está ao seu alcance. Apresente- -se ao seu pastor local e coloque-se à disposição. Distribua folhetos evange- lísticos, participe da comissão de visi- tas, busque informações missionárias, contribua, ore. Você testemunhará as maravilhas do Senhor." m EU ENSINEI QUE: Cristo, de forma sucinta, mas bem clara, revela o escopo da missão evangelizadora da Igreja no mundo D Missão consigo mesma O segundo aspecto da missão da Igreja é com relação a si mesma, já que tem o precípuo dever de edificar seus membros. O apóstolo Paulo falou repetidamente sobre a edificação do Corpo. De acordo com Efésios 4.16, a edificação da Igreja é a tarefa mútua realizada por todos os membros do Corpo e não somente pelo pastor ou mi- nistro. Isso mostra a importância fundamental de ser membro atu- ante de uma Igreja local. Edificar seus membros. Por meio da comunhão, edificamos uns aos ou- tros: "De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem QFOCO NA LIÇÃO com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele." [ 1 Co 12.26] . Enquanto a dor é di- minuída, a alegria é aumentada através do compartilhamento, isso gera edifi- cação. A Igreja também edifica seus membros por meio da instrução e do ensino. Além disso, a Igreja edifica seus membros por meio da disciplina [Mt 18.15-17]. A Pr. Sergio Costa (Livro "Igreja" - Editora Betel, 2019): "Uma das ca- racterísticas da Igreja do Senhor é o discipulado. Todo crente em Jesus é chamado para ser um discípulo de Cristo. (...) Se a obrigação da Igreja é aprender de Jesus através de Sua Pa- lavra, é obrigação desta o ensino das verdades de Deus." Cuidar dos seus membros. Presen- te nas diversas funções da Igreja, está a responsabilidade de realizar atos de amor e bondade, tanto para cristãos, quanto com os descrentes. Sendo que devemos priorizar os domésticos da fé [Gl 6.10]. Está evidente que Jesus Cristo preocupava-se com as neces- sidades não somente espirituais, mas físicas também das pessoas. Ele é nosso exemplo maior e devemos segui-Lo. A Pr. Marcos Sant'Anna (Livro "Aper- feiçoamento cristão" - Editora Betel, 2018): "Como membros do Corpo de ...não se trata de completar a evangelização local para depois ir a outros locais. Mas, sim, que a Igreja inicia onde está e, simultaneamente, promove o anúncio do Evangelho em outras regiões. 20 LIÇÃO 3 Cristo, temos que estar comprometi- dos com a responsabilidade de cuidar uns dos outros [ 1 Co 12.25; Gl 5.13] . Não é tarefa apenas dos que lideram ou fazem parte do ministério da Igreja local, mas de todos que têm o Espíri- to Santo. Assim, há edificação, cresci- mento e o Senhor Deus é glorificado:' ? ' A missão social da Igreja. Sabemos que a Igreja não consegue fazer frente a todos os desafios sociais de nossos dias, mas, nem por isso, ela pode se omitir de estar ativa nessa importante área, dando sua contribuição a fim de minimizar os sofrimentos das pessoas e revelar o Deus que serve [Mt 5.16]. O apóstolo Tiago afirma que a omissão nessa área é demonstração de que nos- sa fé é morta [Tg 2.15-17] . Em 1 João 3.17-18 diz que a demonstração de que amamos a Deus é quando amamos os irmãos. A Pr. Alex Cardoso (Revista Betel Dominical - 1° Trimestre de 2006) comentou sobre a fé genuína que se transforma em solidariedade: "De que vale a fé que presencia o sofrimento alheio e não se dispõe a acudir aos ne- cessitados? Algumas pessoas, entre as classes mais pobres, literalmente não sabem de onde lhes virá sua próxima refeição, e, muito menos, como po- derão passar o mês. (...) Deveríamos fazer uma espécie de provisão para elas, a fim de amenizar a desigualda- de social em nosso meio [At 2.42-47]. O fato que o autor sagrado menciona o "mantimento cotidiano" [Tg 2.15] mostra-nos que o caso suposto na história é "urgente'; exigindo ações imediatas e generosas. No entanto, o cristão de "crença inoperante" não se sensibiliza com a penúria alheia. Quer dê, quer não dê, sente-se "seguro" em sua salvação. Impressões sentimentais passivas, diante da miséria, quando não se transformam em ações ativas de socorro, apenas endurecem o coração:' ED EU ENSINEI QUE: A Igreja tem o precípuo dever de edificar seus membros. D Missão para com Deus A missão da Igreja para com Deus consiste em edificar um templo espiritual para adoração a Deus. Adoração no Velho Testamento. A adoração no Antigo Testamento acontecia de diversas formas e em vá- rios locais diferentes. Começou com os rústicos altares que eram erguidos por homens piedosos nos quais se ofe- reciam sacrifícios e Deus se agradava dos mesmos [Gn 8.20-21]. O patriarca Abraão era um construtor de altares [Gn 12.8; 13.18]. De igual modo, Isa- que e também Jacó adoravam a Deus por meio dos altares que erguiam. A adoração a Deus também ocorria no tabernáculo portátil construído sob as ordens de Deus [Êx 40.34]. O granderei Salomão construiu um majestoso templo em Jerusalém, que se tornou o centro da adoração nacional e a glória de Deus veio habitar nele [2Cr 7.1-2]. Mas os altares não existem mais, nem o tabernáculo; e o templo foi totalmente BETEL DOMINICAL Revista do Professor 21 FOCO NA LIÇÃO ... a edificação da Igreja é a tarefa mútua realizada por todos os membros do Corpo e não somente pelo pastor ou ministro... destruído. Na atual dispensação Jesus Cristo veio restaurar a verdadeira ado- ração [Jo 4.23]. A Revista Betel Dominical — 4° Tri- mestre de 2016 - comentário sobre o vocabulário bíblico para adoração: "(...) "Latreia"; cujo significado principal é "serviço" ou "culto": Denota o serviço prestado a Deus pelo povo inteiro ou pelo indivíduo. Em outras palavras, é o serviço que se oferece à divindade através do culto formal, ritualístico e através do oferecimento integral da vida [Êx 3.12; Dt 6.13; Mt 4.10; Lc 1.74; 2.37; Rm 12.1]. "Leitourgia ; palavra compos- ta por outras duas de origem grega, que são: "povo" (laós) e "trabalho" (érgon). O termo significa "serviço do povo" No Antigo Testamento, referia-se ao ser- viço oferecido a Deus pelo sacerdote, quando esse apresentava o holocausto sobre o altar de sacrifícios [Js 22.27; 1Cr 23.24, 28]. O termo "proskynein"; originalmente, significava "beijar": No Antigo Testamento, significa "curvar- -se", tanto para homenagear homens importantes e autoridades, como para "adorar" a Deus [Gn 24.52; 2Cr 7.3; 29.29; Sl 95.6]." Constituindo uma casa para habi- tação de Deus. Lemos em Efésios 2.22: "No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito": A Igreja é o grande templo que está sendo edificado para Deus habitar e ser adorado nele. No sentido coletivo, a Igreja é simbolizada por um templo e no sentido individual cada cristão é um templo para habitação de Deus [ 1Co 3.16]. Portanto, a adoração não ocorre somente no ambiente no templo, como disse Jesus: "Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem." [ Jo 4.23]. A adoração a Deus, portanto, é um estilo de vida, independentemente de onde o adorador se encontra [ 1 Co 10.31]. A Livro "Adoração e louvor" - Edi- tora Betel, 2016: "Um dos conceitos que precisam ser resgatados com ur- gência máxima é o da universidade da adoração. Não podemos adorar se cairmos no equívoco de achar que a adoração genuína só é encontrada onde nós estamos. Adoração não é um produto exclusivo de um deter- minado povo, Igreja ou cultura. Ado- ração é fruto que nasce no coração quebrantado, esteja essa pessoa em qualquer país do mundo, em qual- quer cultura:' Seguindo o exemplo da Igreja Primitiva. A Igreja Primitiva estava longe de ter a estrutura que temos ho- 22 LIÇÃO 3 je, mas sua adoração era efusiva. Eles partiam o pão de casa em casa, toma- vam refeições com alegria e singeleza de coração, isto é, uma adoração de coração e contando com a simpatia do povo, ou seja, sua adoração e estilo de vida influenciavam o povo ao seu redor [At 2.47]. A' Livro "500 anos da Reforma Protestante e suas lições para a Igreja atual" - Editora Betel, 2017: "Não podemos perder mais tem- po. É hora de clamarmos pela in- tervenção de Deus [Sl 119.126]. É hora de a Igreja unir-se em oração e rasgar o coração numa volta sin- cera e profunda para Deus. É hora de clamarmos por um avivamento que nos dobre, que nos leve de volta ao altar, que crie no nosso coração sede de Deus e compromisso com a santidade:' QJ EU ENSINEI QUE: A missão da Igreja para com Deus consiste em edificar um templo espiritual para adoração a Deus. G CONCLUSÃO Que o Espírito Santo nos ajude a cada dia para não nos desviarmos do propósito de Deus para com o Seu povo revelado nas Escrituras: aper- feiçoamento (ou preparo) dos santos [Ef 4.12] para fazer discípulos de todas as nações, que sejam agentes de edificação uns dos outros, para que Deus seja em tudo glorificado, até a volta de Jesus Cristo. BETEL DOMINICAL Revista do Professor 23 A relevância de pertencer e ser membro de uma Igreja local TEXTO ÁUREO "Louvando a Deus e caindo na graça de to- do o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar." Atos 2.47 VERDADE APLICADA Cada membro do Corpo de Cristo encontra na vivência comunitária cristã o necessá- rio desenvolvimento e amadurecimento em Cristo. ~ O OBJETIVOS DA LIÇÃO I ' Salientar a relevância de ser Q' Explicar o compromisso membro do Corpo de Cristo. do membro da Igreja. Q TEXTOS DE REFERÊNCIA EFÉSIOS 2 19. Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e da família de Deus. 20. Edificados sobre o fundamento dos após- tolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; 21. No qual todo o edifício, bem ajustado, cres- ce para templo santo no Senhor, E' Expor o papel da membre- sia na Igreja e na sociedade. 22. No qual também vós juntamente sois edifi- cados para morada de Deus no Espírito. 1 PEDRO 2 9. Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. 24 6a LEITURAS COMPLEMENTARES SEGUNDA 5127.4 A alegria de estar na Casa do Senhor. TERÇA Mt 16.18 0 inferno não prevalecerá contra a Igreja. QUARTA 1Co 12.12-31 A unidade dos membros do Corpo de Cristo. J HINOS SUGERIDOS 24, 28, 46 MOTIVO DE ORAÇÃO Ore para que mais cristãos sejam atuantes na Igreja. QUINTA Ef 2.11-22 Somos unidos por Deus mediante Cristo. SEXTA CI1.16-18 Cristo é o Cabeça da Igreja. SÁBADO It 2.1-10 Exortações aos cristãos. 11 ESBOÇO DA LIÇÃO Introdução 1. Membro da Igreja: a identidade do cristão 2. Membro da Igreja: estar sob a bênção 3. Membro da Igreja: sob liderança espiritual Conclusão c j INTRODUÇÃO A autêntica vida de discípulo de Cristo é vivida num contexto comunitário, onde a manifestação dos dons contribui para edificação do Corpo de Cristo, cada membro cuidando do outro e assim o corpo vai crescendo com ordem e decência conforme a Palavra de Deus, para a glória de Deus. 0 Membro da Igreja: identi- dade do cristão Mediante Seu sacrifício vicário na cruz, Jesus estabeleceu composta por todos os salvos, para representá- -Lo na terra, glorificar o Seu nome e proclamar o Evangelho. Vejamos como essa verdade é res- saltada na Bíblia. As pessoas que se convertiam eram acrescentadas à Igreja. De acordo com o texto de Atos, após se converterem, as pes- soas passavam a viver a vida comunitária se expressando como verdadeiros cristãos. Por reiteradas vezes, ao escrever suas car- a Igreja, PONTO DE PARTIDA A Igreja é o Corpo de Cristo. tas, o apóstolo Paulo as endereçava a uma comunidade de crentes em determinada localidade, tais como: a Igreja de Corinto, a Igreja de Éfeso, a Igreja em Roma, reco- nhecendo que ali havia uma comunidade de crentes unidos a Cristo e entre si. A Revista Betel Dominical, 1° Trimestre de 1995, Lição 7 - A Igreja: "Etimologicamente, Igreja é a tradução do grego Ekklesia, que tem o significado linguístico de' s chamados para fora ; com aplicação também no sentido de uma "convoca- ção': É a junção de dois vocábulos gregos Ek que indica "para fora" com aplicação de que o povo "chamado para fora" era BETEL DOMINICAL Revista do Professor 25 de classe especial, e Kletos ou Klesia, originada do verbo Kalein que significa `chamar, convocar, reunir': Literalmente nas Escrituras significa "os chamados de dentro do mundo para fora dele. Uma co- munidade que reconhece o Cristo como Senhor': De acordo com as palavras pro- nunciadas por Jesus [Mt 16.18] quando da fundação da Igreja, aprendemos três lições importantes: 1) A Igreja pertence a Jesus — "Minha Igreja"; 2) Jesus tem um planopara a Igreja - "Eu edificarei"; 3) A Igreja jamais será derrotada - "As portas do inferno não prevalecerão contra ela" . A relevância de expressar a fé. A vida cristã se expressa em um contexto de uma Igreja. Ser membro da Igreja é fundamental a fim de expressar a fé em Cristo. Em qualquer lugar do mundo, ser crente é sinônimo de ser ligado a um corpo local. Não somos ensinados que a vida cristã envolve somente crer, também envolve participar. • É notório em diversos textos do Novo Testamento que uma das características mais marcante dos discípulos de Cristo é que procuravam estar juntos. Vemos isso logo após a ascensão de Jesus - Atos 1.14- 15; 2.1, 42. Não há base bíblica para um vi- vera fé cristocêntrica de maneira proposi- talmente isolado ou fechado em si próprio. O apóstolo Paulo, após ser batizado, procu- rou estar com os discípulos em Damasco e, quando retornou a Jerusalém, "procurava ajuntar-se aos discípulos" [At 9.18-19, 26]. O gentio Cornélio após a experiência da conversão tinha o desejo de estar mais tempo com aqueles que também estavam em Cristo [At 10.48]. É preciso vigilância para que não desprezemos a relevância de estarmos juntos, como povo de Deus. É preciso cuidado para não sermos influen- ciados pelo `espírito de murmuração' ou `critico, que só enfatiza pontos negativos e nunca está satisfeito. Que sejamos uma geração caracterizada por: "Todos os que criam estavam juntos" [At 2.44]. A necessidade de comprometimento. Você é crente? Perguntamos para alguém, se a resposta for sim, segue outra pergunta fundamental, qual é a sua Igreja, ou a qual Igreja você pertence? O cristão precisa es- tar comprometido com um grupo especí- fico de discípulos para ser um verdadeiro seguidor de Cristo. Você não é o Corpo de Cristo isolado, você precisa de outros para expressar essa condição. Juntos, e não separados, somos o Corpo de Cristo [Jo 13.35]. Existem algumas analogias de um cristão desconectado da Igreja. Um jogador de futebol sem time, um solda- do sem uma tropa ou comandante, uma ovelha sem rebanho, mas o mais incom- preensível quadro é de uma criança sem família, pois um crente sem a família de Deus é um órfáo. A Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, Volume 1, Vida Nova, 2000, p. 997-998) sobre o verbete IGREJA e o emprego de diversas expres- sões em 1 Pedro: "A ênfase, entrementes, fica na unidade que há entre aqueles que, como peregrinos [ 1 Pe 1.1-2] no meio do sofrimento [ 1 Pe 2.21 e segs.; 4.12 e segs.; 5.8-9], se ajuntam como pedras vivas nu- ma casa espiritual [2.5 e segs., a metáfora da construção expressa crescimento]. Servem uns aos outros [4.10] com dons 26 LIÇÃo 4 diferentes, como testemunha da graça de Deus que neles está sendo revelada' Outro texto que nos ajuda a refletir so- bre a relevância do comprometimento mútuo é 1 Coríntios 12-14. A vida cristã comunitária é essencial ao crescimento e desenvolvimento de cada membro do Corpo de Cristo. Vemos que o amor que é descrito em 1 Coríntios 13 se torna uma realidade quando os discípulos de Cristo se reúnem e convivem. É nesse contex- to comunitário cristão que os dons são reconhecidos e manifestados. QJ EU ENSINEI QUE: Jesus estabeleceu a Igreja para representá-Lo na terra, glorificar o Seu nome e proclamar o Evangelho. D Membro da Igreja: estar sob a bênção Cristo disse de forma clara e ine- quívoca que edificaria a Sua Igreja, sobre Si mesmo, e nada poderia detê-la, nem mesmo as portas do inferno [Mt 16.18]. Todos aqueles que fazem parte da Igreja e se tor- nam um corpo, estão debaixo dessa bênção. Quando Cristo abençoa o corpo, seus membros de uma forma individual também são abençoados. Esse Corpo de Cristo do qual somos parte está destinado a ser vencedor. FOCO NA Lição Z. ` A Igreja é defendida por Cristo. Cris- to defende a Igreja, porque é o Seu Cor- po, isso está expresso no encontro que Ele teve com Saulo, quando lhe pergunta: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" [At 9.4]. Subtende-se claramente que perseguir a Igreja é perseguir a Cristo e Ele a defenderá contra tudo e todos. O último ato de Cristo quando ascendia aos céus foi erguer as mãos e abençoar Seus discípulos [Lc 24.50-51 ]. A vitalida- de da cabeça alcança todos os membros. Cristo, constituído como Cabeça da Igre- ja [Ef 1.22], abençoa todos os membros de Seu Corpo [Ef 2.21-22]. A Pr. Sergio Costa (Revista Betel Do- minical, 2° Trimestre de 2019) comen- tou sobre "A Igreja de Filadélfia, um modelo para os nossos dias": "Uma Igreja perseguida - Havia na cidade uma comunidade de judeus que perseguiam os cristãos. No final do século I e início do II, houve uma grande perseguição aos cristãos. Todavia, devido à sua fi- delidade, a Igreja teve a permissão de escapar à horrenda perseguição que se levantou nas províncias do Império Romano, por motivo do "culto ao im- perador'; em que os homens eram for- çados a adorar ao imperador de Roma. Os discípulos de Cristo não devem ficar surpresos ou espantados às inúmeras adversidades e provações, pois o pró- prio Cristo afirmou acerca das aflições Mediante Seu sacrifício vicário na cruz, Jesus estabeleceu a Igreja, composta por todos os salvos, para representá- Lo na terra, glorificar o Seu nome e proclamar o Evangelho. BETEL DOMINICAL Revista do Professor 27 e perseguições [Jo 15.19-20; 16.13]. Contudo, é certo que Ele está com a Sua Igreja tanto para livrar "na" tribu- lação, como para livrar "da" [Jo 17.15; 1 Ts 1.10; Hb 2.18; 1 Pe 5.10; Ap 3.101." Privilégios e bênçãos de ser membro da Igreja. Como membros do Corpo de Cristo, mantemos comunhão com o nos- so Salvador e com os demais salvos, para que "tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos os membros pa- decem com ele; e, se um membro é hon- rado, todos os membros se regozijam com ele" [1Co 12.25-26]. Além disso, é por intermédio da salvação em Jesus que nos tornamos filhos de Deus, herdeiros de Suas promessas e participantes de todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo [Gl 3.26-27; Ef 1.3]. A Pr. Marcos Sant'Anna (Livro "Aper- feiçoamento cristão" - Editora Betel, 2018, p. 63): "A ação do Espírito San- to na vida do discípulo de Cristo não se restringe a conceder poder para proclamar o Evangelho [At 1.8]. Tam- bém atua produzindo fruto na vida do nascido de novo [Gl 5.22]. O Espírito opera, também, na formação do Corpo de Cristo [iCo 12.13]. Assim, estar no Espírito resulta na comunhão com os outros membros da Igreja. O Espírito opera incorporando e capacitando cada membro com dons, visando o bem do Corpo [ 1 Co 12.7], para que todos sejam beneficiados. (...) não existe membro do Corpo de Cristo tão carente que esteja isento da responsabilidade de cuidar de outros, como não existe um mem- bro tão completo que não necessite de cuidados. Precisamos ser interdepen- dentes, não independentes" 0 perigo de se profanar a Igreja. Como já dissemos, a Igreja não é uma instituição humana, mas o corpo (espiri- tual) de Cristo que o representa na terra. Portanto, profanar ou manchar esse cor- po é ofender e desonrar o próprio Jesus. Em 1Coríntios 5.5, o apóstolo Paulo usa o termo incomum "seja entregue a Sata- nás'; referindo-se a alguém que cometeu um grave pecado, não se arrependeu e continuava a sua vida indiferente ao ocorrido. O apóstolo disse que entregaria essa pessoa ao domínio de Satanás para que a carne, isto é, "as cobiças da natu- reza pecaminosa fossem destruídas'; a fim que o espírito fosse salvo no dia do Senhor. Essa revelação mostra que fora do convívio da Igreja e consequentemen- te de Cristo, a pessoa deixa de desfrutar de bênçãos que alcançam os que estão em comunhão com a Igreja e passa a sofrer sérias consequências. Quem dá a vida é Deus, mas quem cuida é a fa- mília. Quem salva é Cristo, mas quem cuida é a Igreja. Valorizemos, portanto, nossa privilegiada posição de membrosdo Corpo de Cristo. A Pr. Marcos Sant'Anna (Livro "Aper- feiçoamento cristão - Editora Betel, 2018, p. 51-58) escreveu sobre discipli- na e o processo educacional de Deus: "A Igreja e a disciplina - Foi o próprio Jesus Cristo quem primeiro tratou sobre a Igreja lidar com a aplicação da disci- plina [Mt 18.15-19]. Há casos de mem- bros da igreja que são disciplinados 28 Lição 4 QFOCO NA LIÇÃO Quando Cristo abençoa o corpo, seus membros de uma forma individual também são abençoados. Esse Corpo de Cristo do qual somos parte está destinado a ser vencedor. diretamente por Deus [1Co 11.30-32]. Porém, também é bíblica a autoridade da Igreja para aplicar a disciplina [Mt 18.15-19; Rm 16.17-18; 1Co 5; Gl 6.1; 2Ts 3.14-15;1 Tm 5.20; Tt 1.10-11]. Infe- lizmente, vivemos num tempo de muito individualismo e insubordinação. Além disso, em muitas igrejas locais não se exerce mais a autoridade concedida por Deus para aplicar a disciplina. Eviden- temente, devemos, como Igreja, agir tendo em mente os princípios bíblicos que norteiam o uso da disciplina, evi- tando, assim, tanto a negligência como o abuso" m EU ENSINEI QUE: Perseguir a Igreja é perseguir a Cristo e Ele a defenderá contra tudo e todos. D Membro da Igreja: sob lide- rança espiritual Os apóstolos reconheceram que os dois mais importantes ministérios de um líder espiritual era pregar e orar [At 6.4]. Essa oração, muitas vezes chamada de intercessão, ti- nha como finalidade abençoar e proteger os cristãos. Nessa mesma linha vemos Paulo afirmando que de modo frequente intercedia pe- la igreja, e a fazia saber que estava orando por ela [Fp 1.4]. A relevância da intercessão pe- la igreja. O apóstolo Paulo elogiou o "combate" que Epafras, líder da Igreja em Colossos, demonstrava na oração por eles [Cl 4.12]. A sincera, amorosa e perseverante oração de um pastor por seu rebanho trará vitórias abundantes. Hebreus 13.17 diz que os pastores ve- lam pelas almas que lhe foram confia- das. Velar é estar sempre atento, a fim de proteger o rebanho, como fazia um pastor de ovelhas. Portanto, ser mem- bro da Igreja é estar debaixo da oração da liderança espiritual da Igreja e Deus tem compromisso com essa liderança, com o trabalho que eles realizam e prin- cipalmente com suas orações. A Russell Shedd (Epístolas da prisão, Vida Nova, 2005, p. 284), comentando sobre Colossenses 4.12, pontua que Epafras, além de sua dedicação e obe- diência a Cristo, "era também grande homem de oração. Epafras era um ho- mem de fé e esperança. Não deixava de suplicar a Deus pelos crentes de Colos- sos, pedindo que mantivessem em pé, maduros (ou perfeitos) e plenamente convencidos da verdade do evangelho como sendo a plena vontade revelada de Deus. (...) Não devemos esquecer a relação entre a preocupação (literal- mente, "luta") e a oração. Quem não se envolve na vida dos outros, tal como os pais se preocupam pelos filhos, pouca BETEL DOMINICAL Revista do Professor 29 ansiedade sentirá. Não era o caso de Epafras, nem de Paulo." Ser membro nos faz descobrir os dons e ministério. Através do convívio com os demais irmãos em Cristo, des- cobrimos os dons que nos foram outor- gados por Deus, os quais devem ser usa- dos para a glória do Seu excelso nome e aplicados para a edificação, exortação e consolação da Igreja. Além disso, o convívio com outros cristãos, partici- pando de suas alegrias e sofrimentos [Rm 12.15], produz conhecimento e crescimento espiritual tanto no serviço como no ministério [Ef 4.11-12]. A O Novo Comentário Bíblico - No- vo Testamento sobre Romanos 12.15: "Quando uma parte do corpo de Cristo sofre, todas as demais também sofrem, porque os cristãos são membros uns dos outros. Quando um dos membros do corpo se alegra, todos podem se alegrar. Os cristãos não podem perma- necer indiferentes ao sofrimento ou à alegria uns dos outros, aqueles com os quais compartilham da mesma fé [ 1 Co 12.25-26)" Cristãos maduros na fé ajudam quem está iniciando. No Antigo Testa- mento vemos o exemplo de Josué que cresceu servindo a Moisés [Nm 11.28] e depois se tornou seu sucessor. Vemos também o exemplo de Eliseu que serviu ao profeta Elias [2Rs 3.11], sucedendo-o posteriormente. Paulo chama Timóteo, que foi o seu discípulo e por quem ti- nha grande apreço, de "meu filho': Isso significa que o ministério de Timóteo cresceu sob a orientação e cuidados pastorais do apóstolo [ 1Tm 1.2]. Em sua epístola a Tito, em termos de coletivi- dade, o apóstolo Paulo recomenda que as irmãs experientes ajudem as menos experientes [Tt 2.3]. A O Novo Comentário Bíblico - No- vo Testamento sobre 1 Timóteo 1.2: "Timóteo foi um jovem cristão de Listra, que viajou e atuou junto com Paulo durante sua segunda e tercei- ra viagens missionárias [At 16.2-3]. Verdadeiro filho se refere ao filho le- gítimo, que possuía todos os direitos e privilégios como membro da famí- lia. Paulo queria mostrar que aceita- va totalmente Timóteo como cristão, como filho na fé" QJ EU ENSINEI QUE: 0 convívio com outros cristãos produz co- nhecimento e crescimento espiritual tanto no serviço como no ministério. CGS CONCLUSÃO Faz parte do perfeito plano de Deus que os salvos em Cristo Jesus vivam em comunhão, como Corpo de Cristo, cuidando uns dos outros conforme o dom dado a cada um pelo Espírito, visando o cumprimento da missão dada à igreja e o "aumento do corpo, para sua edificação em amor" [Ef 4.16], para a glória de Deus. 30 LiçAo 4 TEXTO ÁUREO Óngregar em uma Igreja local, para fortalecer a fé e a comunhão "E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, co- miam juntos com alegria e singeleza de coração." Atos 2.46 VERDADE APLICADA Congregar em uma Igreja local, dentre outras, é uma das características da pessoa que passa pela experiência da conversão e prossegue no processo de aperfeiçoamento cristão. I -i Incentivar a participação nas atividades da Igreja. O OBJETIVOS DA LIÇÃO Ri Mostrar o perigo de não E2' Apresentar os benefícios congregar. Q TEXTOS DE REFERÊNCIA ATOS 2 42. E perseveravam na doutrina dos após- tolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. 43. E em toda alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. 44. E todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. 45. E vendiam suas propriedades e fazendas de congregar. e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. 46. E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, 47. Louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à Igreja aqueles que se haviam de salvar. BETEL DOMINICAL Revista do Professor 31 6~ LEITURAS COMPLEMENTARES SEGUNDA 51122.1 A alegria de ir juntos para a Casa do Senhor. TERÇA At 2.1 Todos reunidos no mesmo lugar. QUARTA 1Co 11.17-22 Dissensões nas reuniões da Igreja de Corinto. jQ HINOS SUGERIDOS 225, 243, 253 S MOTIVO DE ORAÇÃO Ore por aqueles que não querem mais con- gregar em sua Igreja. QUINTA 1Co 14.26 A necessidade de estarmos juntos no culto. SEXTA Ef 2.19 A Igreja é a família de Deus. SÁBADO Hb 10.25 Não devemos deixar de congregar. Gd ESBOÇO DA LIÇÃO Introdução 1. É necessário congregar 2.0 perigo de não congregar 3. Os benefícios de congregar Conclusão Ç1 INTRODUÇÃO Nesta lição estudaremos sobre a importância e a necessidade de congregar. No sentido bíblico, congregar é o ato de se reunir no nome de Jesus, para a edificação mútua e adoração ao Senhor [Mt 18.20; 1Co 14.26]. a É necessário congregar A reunião local do povo de Deus sempre foi essencial, principal- mente para seu crescimento es- piritual, isto pode ser notado no Antigo Tes- tamento, como no No- vo Testamento e nos dias atuais. No Antigo Testamento. A primeira menção bíblica sobre um local de culto a Deus se encontra em Êxodo 25.8, quando Deus deu aseguinte or- dem a Moisés: "E me farão um santuá- rio, e habitarei no meio deles". A cons- trução do tabernáculo no deserto, um PONT PART Congr é de import para a I O DE IDA egar vital ância greja. templo móvel, bem como a construção do templo em Jerusalém, demonstra o quanto Deus se interessava em que o Seu povo tivesse um lugar para con- gregar a fim de prestar-Lhe culto [Êx 40.34; 2Cr 7.1]. O templo era central na vida da nação israelita. Todas as celebrações estavam relacio- nadas ao templo. A O Novo Comentário Bí- blico - Antigo Testamento sobre Êxodo 25.8: "O Senhor, cuja verdadeira morada é o céu, queria que fosse erguido um lugar que repre- sentasse Sua santidade entre os israe- litas. Assim, o templo é uma notável 32 LIÇÃO 5 condescendência da graça de Deus. Ele, que habita genuinamente as altu- ras celestes, almejou a criação de uma estrutura que servisse de centro simbó- lico de Sua presença entre os hebreus" No Novo Testamento. Embora os templos oficialmente tenham surgido no terceiro século depois de Cristo, o relato bíblico nos leva a entender que a Igreja se reunia, fora das sinagogas, em espaços cedidos ou alugados para este fim. Na cidade de Éfeso, por exem- plo, Paulo usou a escola de Tirano, um espaço grande para realizar cultos [At 19.9]. Ao longo de sua história, a Igreja tem se reunido com regularidade em locais predeterminados para cultuar a Deus e fortalecer a comunhão entre os seus membros. A vontade do Senhor é que possamos estar juntos e sempre unidos [At 2.46]. O Novo Comentário Bíblico - Novo Testamento sobre Atos 19.8-10: "Paulo fala aos judeus na sinagoga por três me- ses persuadindo-os acerca do Reino de Deus. Depois que eles o rejeitaram to- talmente, Paulo reuniu os que tinham crido e começou uma nova escola para estudar as Escrituras em um local cedido por um filósofo chamado Tirano. Du- rante os dois anos que Paulo dirigiu essa escola, todos os que habitavam na Ásia ouviram o evangelho. Isso mostra que Paulo e seus alunos fizeram mais do que estudar; eles também evangelizaram" Nos dias atuais. Apesar de estar- mos presenciando um considerável crescimento do número dos "desigre- jados", ou seja, daqueles crentes que dizem não precisar frequentar uma Igreja para expressar a sua fé, o fato é que este movimento constitui um desvio da verdadeira comunhão cristã, pois é impossível viver a plenitude da vida devocional sem a prática do amor fraternal e do sentimento de perten- cimento. Em Efésios 2.19 o apóstolo Paulo chama a Igreja de "família de Deus': Portanto, a Igreja nos dias atuais não pode deixar de promover a verda- deira adoração, a pregação do Evange- lho, bem como o companheirismo e a integração entre os seus membros, isto é, cumprir a sua vocação como Corpo de Cristo aqui na Terra. Uma das coisas que não podemos fazer sozinhos é ser cristãos. O Senhor Jesus durante Seu ministério na terra tinha o costume de frequentar a sinagoga e o Tem- plo. Locais reservados para oração, leitura e exposição das Escrituras. Além dos discípulos, muitas pessoas se reuniam também nestes locais [Mt 26.55; Lc 4.16]. A' Pr. Sergio Costa (Livro "Igreja" - Editora Betel, 2019): "Cultuar a Deus é um serviço que deve ser realizado de todo coração, não um encontro social ou uma obrigação, mas um ato servil de felicidade e prazer ao entrar na pre- sença de Deus que nos resgata e nos abençoa com a Sua presença sublime:' QJ EU ENSINEI QUE: A reunião local do povo de Deus sempre foi essencial, principalmente para seu crescimento espiritual. BETEL DOMINICAL Revista do Professor 33 O perigo de não congregar Os que estão unidos em Cris- to também devem estar unidos entre si. Deixar de congregar pode caracterizar pelos menos três coisas: Desobediência à Palavra de Deus. Deus mostra de forma muito clara na Sua Palavra a necessidade do Seu po- vo congregar. Nas suas últimas instru- ções, Moisés exorta os líderes de Israel, sacerdotes e anciãos, no sentido de que de tempos em tempos ajuntasse todo povo (homens, mulheres e crianças) para ouvir e aprender a Palavra de Deus [Dt 31.12]. O escritor aos He- breus disse que não podemos deixar de congregar: "Não deixando a nos- sa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vede que se vai aproximando aquele dia." [Hb 10.25]. Portanto, o crente que deliberadamente deixa de congregar, está em desacordo com uma determi- nação divina. A' Algumas denominações enfren- tam uma crise evidenciada por duas tendências distintas: um declínio no número de membros ou um cresci- mento que não traduz um autêntico vínculo com a verdade e a santidade. Tal crise tem suas raízes no abandono da sã doutrina, como igrejas na Eu- FOCO NA LIÇÃO ropa, América do Norte e Brasil ce- dendo ao liberalismo e ao misticismo. Esse afastamento dos fundamentos é um caminho para a ruína, como de- monstrado pelo exemplo das igrejas em Pérgamo e Tiatira na Ásia Me- nor. Essas congregações abriram suas portas para as enganosas doutrinas de falsos mestres, corrompendo-se tanto em teologia quanto em ética. A essência da questão é que a fidelidade às Escrituras é abandonada, deixando a igreja sem defesa contra a apostasia e marcando o início de seu declínio ou até a morte. Debilidade espiritual. A saúde espiritual do crente pode ser facil- mente aferida pelo apreço que ele tem pela casa de Deus. Normalmen- te, quando um crente esfria na fé, a primeira coisa que ele deixa de fa- zer é de congregar. Negligenciar as reuniões da Igreja local é o primeiro passo visível de apostasia, pois quem deixa de congregar, facilmente cai da fé. Nos dias atuais, muitos crentes, por qualquer motivo, têm deixado de congregar e não têm tido mais a alegria de estar no templo para cul- tuar ao Senhor e ser edificado pela comunhão com os seus irmãos em Cristo. O culto no templo é bíblico e relevante. A reunião local do povo de Deus sempre I foi essencial, principalmente para seu crescimento espiritual... 34 uçAo 5 * Pr. Marcos SantAnna (Livro ̀ Aperfei- çoamento cristão' - Editora Betel, 2018): "É incrível, mas precisamos voltar a en- fatizar a importância da vida devocional (separar um tempo em casa para leitura bíblica e oração), participação na Escola Bíblica Dominical, Culto de Ensino, reu- niões de oração e jejum, envolvimento em atividades na igreja como hábitos saudáveis que contribuem bastante no processo de crescimento espiritual. Além da importância de sermos pastoreados. Nosso crescimento e aperfeiçoamento como membros do Corpo de Cristo passa pelo pastoreio." Morte espiritual. Hoje em dia mui- tas igrejas locais transmitem seus cultos pela internet. Esta inovação tem trazido benefícios àqueles que eventualmente se veem impossibilitados de estar par- ticipando dos cultos presencialmen- te, mas muitos crentes, mesmo tendo condições de estar presente nos cultos, preferem assisti-los em casa. Estar nos cultos em vez de assisti-los em casa faz toda a diferença, pois o clima de co- munhão, alegria e unção que sentimos numa reunião de culto, mostra que a fé cristã não é para ser vivida isoladamen- te, por isso é necessário estarmos juntos [ 1 Co 14.26] . A seguinte ilustração nos ajuda a entender o quanto é perigoso deixar de congregar: se tiramos uma brasa do fogo, o que acontece com ela? Certamente ela permanecerá acesa por um pouco, mas com o passar do tempo ela vai se esfriar e apagar. Assim se dá também com o crente quando deixa de congregar, vai esfriando na fé até apagar. *' A morte ou declínio de uma Igreja Local é refletido com seu próprio reco- nhecimento ao seu declínio espiritual que é o prelúdio de sua ruína. A igreja de Laodicéia como exemplo, se via co- mo rica e próspera, mas era na verdade necessitada e desafortunada aos olhos do divino. De forma semelhante, a Igreja de Sardes se considerava vibrante e cheia de vida, enquanto já