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ENSINADOR CRISTÃO Ano 25 - N 98 - 3 Trimestre de 2024

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a D om inic
Deus espera de todo professor uma constante dedicação 
na busca de conhecimentos bíblicos e pedagógicos, para 
que possa ensinar com excelência e, assim, poder edif icar 
a vida espiritual dos seus alunos.
Editorial
EXPEDIENTE
Presidente da CCADB 
José Wellington Costa Júnior 
Presidente do Conselho Administrativo 
José Wellington Bezerra da Costa
Diretor-executivo 
Ronaldo Rodrigues de Souza
Editor-chefe 
Silas Daniel
Gerente de Publicações 
Alexandre Claudino Coelho 
Gerente Financeiro 
Josafá Franklin Santos Bomfim
Gerente Comercial 
Cícero da Silva
Gerente de Produção 
Jarbas Ramires Silva
Gerente de Comunicação 
Leandro Souza da Silva
Chefe de Arte & Design 
W agner de Almeida 
Projeto Gráfico, diagramação e capa 
Suzane Barboza
Projeto Digital 
Alan Valle
Fotos
Shutterstock
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2a a 6a das 8h as 17:30min
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SUPORTE ASSINATURA DIGITAL
(21) 2406-7315
E-mail: cpadweb@cpad.com.br
Ano 25 I n°98 1 jul/ago/set de 2024
Ensinador Cristão-revista evangélica trimestral, 
lançada em novembro de 1999, editada pela 
Casa Publicadora das Assembléias de Deus.
C orrespo ndê nc ia para p u b lica çã o deve ser 
endereçada ao D epartam ento .de Jornalismo. 
As remessas de valor (pagamento de assinatura, 
p u b lic id a d e etc.) exc lus iva m en te à CPAD. A 
d ireção é responsável pe ran te a Lei por toda 
m atéria publicada. Perante a igreja, os artigos 
assinados são de re sp o n sá b ilid a d e de seus 
autores, não representando necessariam ente 
a op in ião da revista. Assegura-se a publicação, 
apenas, das colaborações solicitadas. O mesm o 
prin c íp io vale para anúncios.
Revista Ensinador Cristão 
E-mail: ensinador@cpad.com.br
Rute, Ester e Daniel: exem plos de 
fé e fide lidade a Deus em meio a 
c ircunstâncias d ifíce is
Ao longo de sua trajetória e desde o seu nascedouro, o 
povo hebreu foi alvo de intensa perseguição por parte de seus 
inimigos. A Bíblia Sagrada revela em suas páginas as façanhas 
de personagens que colocaram à prova a sua confiança em 
Deus quando não havia a menor chance de escape diante das 
armações perpetradas em círculos palacianos. Dentre esses 
exem plos de resistência e fé, há uma mulher: Ester, que foi 
instrumento de Deus para livrar seu povo de uma erradicação 
total no mundo antigo. Sua história, bem como a de Rute, e 
as lições que podemos extrair de ambas, são tema da revista 
Lições Bíblicas de Adultos da CPAD neste 3o trimestre.
Na seção Boas Idéias e na seção de subsídios da revista 
L içõ e s B íb lica s A d u lto s , o le itor encontrará um conteúdo 
que contribu irá na p reparação das aulas deste trim estre 
pelos professores. Além disso, temos uma entrevista com o 
com entárista da referida revista, o pastor Silas Queiroz, da 
Assem blé ia de Deus em Rondônia, que com enta sobre o 
conteúdo produzido e dá orientações aos professores.
Nesta ed ição , os le itores tam bém podem contar com 
as tradicionais seções Professor Responde, Sala de Leitura, 
ED em Foco e Em Evidência , que trazem respectivam ente 
orientações, resenhas de livros que contribuem para o enri­
quecimento das aulas e reportagens sobre ações na área de 
educação cristã que algumas igrejas estão im plementando 
para d inam izar esse tipo de traba lho . A seção C onversa 
Franca desta edição traz uma entrevista com o pastor José 
Orisvaldo, líder das Assem bléias de Deus em A lagoas, que 
fala sobe a importância da Escola Dominical para a sua vida 
e o que tem sido feito em sua igreja para incrementar ainda 
mais esse trabalho.
Em artigo, o pastor Valm ir M ilomem, da Assem bléia de 
Deus em Cuiabá (MT), discorre sobreo tema da revista Lições 
Bíb licas Jo v e n s da CPAD deste terceiro trim estre , por ele 
com entada: "Na Cova dos Leões: O Exem plo de Fé e C ora­
gem de Daniel para o Testemunho Cristão em Nossos D ias". 
Ou seja, os temas das revistas de Adultos e Jovens da CPAD 
levam alunos e professores a considerarem em suas vidas os 
princípios bíblicos que devem nortear sua caminhada rumo às 
mansões celestes. E dentro desse propósito, a revista Ensina­
dor Cristão continua com a sua missão de oferecer recursos 
para o auxílio dos professores em seu ministério de ensino e 
para uma bem-sucedida apresentação dos temas propostos 
ao longo do trimestre letivo. Logo, cremos que esta edição 
será bênção para a sua vida. Portanto, boa leitura!
http://www.cpaddigital.com.br
mailto:assinaturas@cpad.com.br
mailto:cpadweb@cpad.com.br
mailto:ensinador@cpad.com.br
Sumário
-A-.-- ^ ■
18
05
10
11
22
25
29
30
31 
44 
46
CAPA
Dinamizando o Estudo na Escola 
Bíblica Dominical: Estratégias para 
Explorar Temas Fundamentais 
da Fé Cristã
ARTIGO
NA COVA DOS LEÕES 
Exemplo de Fé e Coragem 
de Daniel para o Testemunho 
Cristão em Nossos Dias
ARTIGO
Um Estudo Panorâmico do 
Livro de Apocalipse
SUBSÍDIOS
O Deus que Governa o 
Mundo e Cuida da Família
ESPAÇO DO LEITOR
ED EM FOCO 
CONVERSA FRANCA
REPORTAGEM
EN TREVISTA DO COMEN TARISTA 
SALA DE LEITURA 
O PROFESSOR RESPONDE 
BOAS IDÉIAS 
ARTIGO 
EM EVIDÊNCIA
Divulgue as atividades 
do departamento de 
ensino de sua igreja
Entre em contato com
ENSINADOR CRISTÃO
Avenida Brasil, 34.401 
Bangu • Rio de Janeiros RJ 
CEP 21852-002 
Telefone 212406-7371 
Fax 21 2406-7370 
ensinador@cpad.com.br
t. ■
Reclam ação, crítica e/ou 
sugestão? Ligue:
21 2406-7416 
21 2406-7418
, SETOR DE ASSINATURAS
Atendim ento a todos 
os nossos periódicos: 
M EN SAG EIRO DA PAZ 
MANUAL DO O B R EIR O 
EN SIN ADO R CRISTÃO
mailto:ensinador@cpad.com.br
MU
:»
COMUNIQUE-SE COM A
ENSINAOOR CRISTÃO
Por carta: Av. Brasil, 34.401 - Bangu 
21852-002- Rio de Janeiro/RJ 
Por fax: 21 2406-7370 
Poremail: ensinador@cpad.com.br
Entre em contato com a 
revista Ensinador Cristão. 
Sua opinião é 
importante para nós!
ensin ad o r@ cp ad .co m .b r
Espaço de leitor
í
Excelentes su b síd io s poro os p ro fesso res
No meu entender, a revista Ensinador Cristão tem se destacado 
por oferecer excelentes subsídios e orientações aos leitores que 
se dedicam à docência cristã nas igrejas espalhadas pelo Brasil, 
contribuindo para um desempenho aprimorado deles em suas 
atividades na obra de Deus
Pr. Abdênego Xavier dos Santos, Ceará Mirim (RN)
69 Sem co n ta m in a çã o tóxico
A revista Ensinador Cristão tem nos ajudado na compreensão 
dos temas colocados em pauta em nossa Escola Dominical. Este 
periódico tem servido para nos manter na sã doutrina. Hoje em 
dia, o maior problema dos interessados em obter informações 
nessa área é a consulta online de conteúdos relacionados, nem 
sempre de qualidade; mas, quando se trata da revista Ensinador 
Cristão, editada pela CPAD, temos certeza de que se trata de 
uma ferramenta de qualidade. Temos o deleite de absorvermos 
o ensino publicado em suas páginas sem nos preocuparmos de 
alguma contaminação tóxica. Finalizo dizendo ser a Ensinador 
Cristão é mais um bom recurso oferecido por nossa CPAD e que 
precisa ser valorizada todos os dias em todas as nossas igrejas. 
Pr. Ednei Pagani Acioli, Apucarana (PR)
69 Le itu ra de ca b e ce iro
A revista Ensinador Cristão deveria ser o periódico de cabe­
ceira do povo de Deus, ao lado da Bíblia, pelo seu conteúdo, 
que traz subsídios, dinâmicas e muitos outros recursos válidos 
tanto para quem ensina como para quem tem vontade de 
aprender a Palavra de Deus. Eu ministro aulas para os compo­
nentes de corais de todas as idades, desde crianças com cinco 
anos até idosos, e o material da revista Ensinador Cristão tem 
me ajudado em relação a várias questões contemporâneas. 
Pr. Albino Carlos Alves, São Paulo (SP)
69 Fo n te de in fo rm ação poro o leitor
A revista Ensinador Cristãoé uma preciosa fonte de informa­
ção e conhecimento, ferramenta indispensável para o preparo 
daqueles que exercem o chamado na área do ensino e para os 
amantes do estudo da Palavra de Deus. Ela conta com temas e 
conteúdos sempre atuais, pomovendo crescimento espiritual e 
intelectual, aproximando os comentaristas dos ensinadores, e 
disponibilizando subsídios, artigos e orientações didáticas que 
clareiam a mente e expandem a visão de seus leitores. Além do 
que, a revista é um agente propagador dos grandes eventos e 
agendas da igreja pelo Brasil na área do ensino.
Pb. Johnathan Santos Horácio, Jaru (RO)
Devido às limitações de espaço, as 
cartas serão selecionadas e transcritas 
na íntegra ou em trechos considerados 
mais significativos. Serão publicadas 
as correspondências assinadas e 
que contenham nome e endereço 
completos e legíveis. No caso de uso 
de fax ou e-mail, só serão publicadas 
as cartas que informarem também a 
cidade e o Estado onde o leitor reside.
\
69 Fe rra m en ta D idático
A Revista Ensinador Cristão é uma importante ferramenta 
educacional para todos os pentecostais do país. Repleta de 
conteúdos selecionados com precisão cirúrgica, redigido por 
mentes brilhantes dedicas e centralizada nas verdades bíblicas 
que cremos, fornece subsídios imprescindíveis para todos aque­
les que buscam crescer na graça e no conhecimento. A revista 
exerce um excelente papel de demonstrar, através de conteúdos 
bem redigidos e fundamentados, que nós, pentecostais, em 
especial, assembleianos, também temos uma doutrina sólida, 
fundamentada e fincada nas Sagradas Escrituras.
Lucas da Silveira Gonçalves, Cuiabá (MT)
mailto:ensinador@cpad.com.br
mailto:ensinador@cpad.com.br
Capa
Eduardo Leandro AlvesE
Dinamizando o Estudo da
Escola Bíblica Dominical
Estratégias para Explorar Temas
Fundamentais da Fé Cristã
A Escola Bíblica Dominical é um ambiente valioso 
para aprofundar o entendimento da fé cristã e abordar 
questões cruciais que moldam nossa compreensão 
de Deus, da criação, da salvação, da deidade de 
Jesus, da inspiração das Escrituras, dos milagres, 
das profecias, da vida eterna e da condenação, entre 
outros temas que são abordados no decorrer das 13 
ou 14 lições de um trimestre.
Lembramos da importância do professor adquirir 
o livro de apoio oferecido pela CPAD, pois as dis­
cussões são ampliadas alí. Em cada capítulo, que 
corresponde a uma lição, temos aplicações práticas 
que auxiliarão no preparo das aulas. Abaixo, coloco 
alguns pontos importantes que podem lhe auxiliar 
no estudo e preparo de lições ímpactantes:
1. Abordagem Narrativa e Contextual
Os textos bíblicos da leitura em classe não são 
aleatórios. Com ece cada lição sítuando-a no texto 
bíblico que destaca o tem a. Use histórias como a 
criação do mundo em Gênesis ou os ensinamentos 
de Jesus sobre a vida eterna para conectar os alunos 
emocionalmente com os conceitos abordados.
Utilizar as h istórias b íb licas e seus contextos 
históricos favorece o processo de contextualização 
de forma sadia e torna os conceitos mais tangíveis, 
perm itindo que os alunos se conectem em ocio­
nalm ente às verd ades esp iritua is . Isso facilita a 
compreensão e a memorização dos ensinamentos.
2. D iscussões Interativas
Promova diálogos em grupo que estimulem os 
alunos a expressar seus pensamentos sobre os temas 
propostos. Incentive-os a compartilhar como o assunto 
influencia suas vidas diárias e a construção de uma pers­
pectiva sólida da fé. Ao fomentar conversas em grupo 
para que os alunos compartilhem suas perspectivas e 
experiências sobre os temas abordados, você estará 
incentivando o pensamento crítico, a troca de idéias 
e a construção de uma comunidade de aprendizado. 
Além disso, levará os alunos a refletirem sobre como 
aplicar os conceitos à sua vida diária na fé.
3. Análise de Evidências e Argumentos
Ao abordar o conceito de criação divina e a 
existência de Deus, incentive os alunos a explorar 
evidências científicas, filosóficas e teológicas que
6 ENSINADOR CRISTÃO
sustentam suas abordagens. Isso ajuda a fortalecer 
a fé através da compreensão crítica. Tratar os temas 
de forma analítica e fundamentada fortalece a fé dos 
alunos, demonstrando que a sua fé não é irracional. O 
apóstolo Paulo ensina que o culto deve ser prestado 
a Deus de forma racional (Rm 12.1).
4. Reflexão Pessoal e Testem unhos
Peça aos alunos que reflitam sobre momentos 
em suas vidas em que encontraram evidências da 
existência de Deus ou experimentaram a fé em 
ação. Compartilhar testemunhos pessoais ajuda a 
criar conexões significativas e a aplicar os conceitos I 
às experiências reais. A reflexão pessoal e os teste­
munhos reforçam a relevância dos ensinamentos 
para as vidas individuais, inspirando e encorajando 
outros alunos.
5. Utilização de Recursos Visuais e de Mui- j 
timídia
Incorpore vídeos, imagens ou ilustrações que 
I representem os temas abordados. Isso estimula 
o aprendizado visual e torna os conceitos mais 
[tangíveis, especialmente ao discutir a vida eterna 
| e a condenação. Recursos visuais captam a aten- 
| ção, tornam os ensinamentos mais memoráveis 
e oferecem uma maneira alternativa de abordar 
conceitos complexos.
6. Análise de Textos Bíblicos
Análise passagens bíblicas relevantes em profun­
didade, permitindo que os alunos mergulhem nas 
Escrituras para uma compreensão completa dos temas. 
Use ferramentas de estudo bíblico para explorar o 
significado original e a aplicação contemporânea. 
A análise bíblica promove uma compreensão mais 
profunda das Escrituras, permitindo que os alunos 
conectem os ensinamentos ao contexto original e 
à aplicação aos seus dias.
7. Debates e Diálogos Construtivos
Ao tratar de tópicos mais desafiadores - por 
exem plo, a condenação eterna -, crie debates 
construtivos que permitam aos alunos considerar 
diferentes perspectivas teológicas. Isso os ajuda a 
desenvolver pensamento crítico e a solidificar suas 
próprias crenças. Contudo, ao criar esses debates 
; com perspectivas distintas, tenha em mente que a
Escola Bíblica Dominical possui caráter confessional, 
isto é, possui estruturas doutrinárias estabelecidas 
com base nas Escrituras e que formam nossa identi­
dade como cristãos, pentecostais e assembleianos, 
por isso tenha o cuidado de fechar o assunto, como 
está proposto na lição, para que não se crie uma 
confusão doutrinária na mente dos alunos.
Os debates estimulam a reflexão crítica e o enten­
dimento aprofundado dos conceitos. Eles capacitam 
os alunos a articular e a defender as suas crenças de 
maneira respeitosa.
8. Aplicação Prática e Missão
Tenha como objetivo relacionar os conceitos 
j abordados com ações práticas e com a missão 
j cristã. Por exemplo: como a crença na vida eterna e 
na condenação afeta nossa responsabilidade para 
com os outros? Isso incentiva os alunos a conectar 
: fé e ação. Quando o professor busca conectar a fé 
' à ação prática, ele está incentivando os alunos a vi- 
! verem o que aprendem, demonstrando a relevância 
i do Cristianismo na vida diária e na transformação 
da sociedade. •
CONCLUSÃO
As estratégias propostas ao longo 
deste artigo são essenciais para di­
namizar o estudo da EBD, tornando-o 
mais interativo, aplicável e significativo 
para os alunos. Entendo que cada uma 
contribui para aprofundar a compre­
ensão dos temas propostos e para 
fortalecer a fé dos alunos. Prezado 
professor, ao dinamizar o estudo da 
Escola Bíblica Dominical com essas 
estratégias, você cria um ambiente 
vibrante de aprendizado, promoven­
do discussões profundas e reflexões 
pessoais sobre os fundamentos da fé 
cristã. Agora, lembre-se de adaptar 
essas estratégias às necessidades e 
ao nível dos alunos, buscando sempre 
incentivar a conexão entre a fé bíblica 
e a vida cotidiana.
Eduardo Leandro 
Alves é pastor, 
Doutor e Mestre 
em Teologia, líder 
da Assembléia de 
Deus em Rio Tinto 
(PB) e comentarista 
de Lições Bíblicas 
Jovens (CPAD).
EO em Foco
Assembléia de Deus em Abaetetuba(PA) realiza 4a Conferência de Escola 
Bíblica Dominical
Programação atraiu professores e obreiros em geral 
e focou no aperfeiçoamento do corpo docente
Os docentes de Abaetetuba atenderam ao convite formalizado Momento de contrição entre os membros da igreja paraense quando
pela liderança local a fim de reciclar seus conhecimentos teológicos tiveram a sua fé em Cristo renovada durante oração na conferência
O pastor Javan Moreira acompanhou os 
desdobramentos da conferência, que 
contou com palestras que abordaram 
temas pedagógicos importantes
Os dias 24 e 25 de novembro 
foram espedais para o corpo docente 
da Assembléia de Deus em Abaete­
tuba (PA), liderada pelo pastor Javan 
Moreira Pereira. Nesses dias, o corpo 
docente da igreja paraense compare­
ceu à 4a Conferência de Escola Bíblica 
Dominical promovida pela igreja, com 
a participação do pastor Agnaldo 
Roberto Betti, conferencista nas áreas 
de educação e família, e membro da 
Assembléia de Deus Ministério do 
Belém em Campinas (SP), liderada 
pelo pastor Paulo Roberto Freire da 
Costa. A liderança local congratulou-
-se com os participantes que marca­
ram presença a fim de reciclar seus 
conhecimentos teológicos. O tema 
que norteou os trabalhos na igreja 
paraense foi "EBD: Transformando 
conhecimento em Ação".
Antes do evento, entre 18h30 e 
19h30, os interessados se creden­
ciaram a fim de participar da série 
de palestras com os temas "A Pre­
paração do Professor e a Aplicação 
Prática da Lição" e "A Pedagogia 
de Jesus Aplicada à Escola Bíblica 
Dominical", com as plenárias tendo 
início às 19h30 e com encerramento 
às 21 h30. O louvor foi conduzido 
pelas cantoras Joyce Silva e Marlei 
Ferreira, membros do campo ecle­
siástico de Abaetetuba.
Os coordenadores do evento re­
cepcionaram os irmãos de caravanas 
oriundas dos campos eclesiásticos 
de Abarim, Tessalônica e Moriá de 
Abaetetuba. Os coordenadores do 
evento organizaram a programação 
da conferência de modo que os 
visitantes fossem contem plados 
da melhor forma possível. Após o 
evento, os visitantes participaram 
de um lanche a fim de seguir viagem
sem preocupações a seus campos 
de origem. O certificados foram 
disponibilizados de forma virtual ou 
com retirada agendada.
A conclusão da conferência se 
deu em momentos de quebranta- 
mento espiritual, com a ministração 
do pastor Agnaldo Betti, que clamou 
a Deus pelos participantes diante do 
altar, com a manifestação do Espírito 
Santo trazendo renovação espiritual 
aos inscritos na conferência. O pastor 
anfitrião Javan Moreira não escondeu 
a sua emoção e alegrou-se com 
os resultados da conferência, que 
abordou tema indispensável para o 
bom desempenho dos professores 
nas aulas da Escola Dominical.
A liderança local se congratulou 
com os participantes do evento e 
cada detalhe da programação con­
cebida por seus coordenadores foi 
de fundamental importância quanto 
ao processo de reciclagem de conhe­
cimentos teológicos, imprescindível 
para o aperfeiçoamento do corpo 
docente com o objetivo de oferecer 
o melhor conteúdo em termos edu­
cacionais aos professores que militam 
na Escola Dominical da região. •
10 ENSINADOR CRISTÃO
© Conversa Franca
A importância da Escola 
Dominical no crescimento e na 
consolidação da fé em Cristo
Líder da Assembléia de Deus em Alagoas fala 
também de investimentos e iniciativas em 
execução visando à otimização do ensino
O entrevistado desta edição de Conversa Franca é o pastor José 
Orisvaldo Nunes de Lima, líder da Convenção dos Ministros da Igreja 
Evangélica Assembléia de Deus no Estado de Alagoas (COMADAL) 
e da Igreja Evangélica Assem bléia de Deus no Estado de Ala 
goas (IEAD EA L), professor de diversas matérias teológicas, 
advogado, articulista ligado à Casa Publicadora das Assem ­
bléias de Deus (CPAD) e presidente do Conselho de Ética 
da Convenção Geral dos Ministros das Igrejas Evangélicas 
Assem bléias de Deus do Brasil (CGADB).
Nascido na cidade de Palmeira dos índios (AL), o pastor 
José Orisvaldo é filho de Osvaldo Ferreira de Lima e Lucy 
Nunes de Lima, e recebeu Jesus como Salvador pessoal em 
1979, durante a sua juventude. Ele é casado com a psicóloga 
Edivanilda Nicácio e é pai de três filhos: Wesley, Gunnar e Jáfya.
O pastor Jsé Orisvaldo é bacharel em Teologia, professor de 
diversas matérias teológicas e articulista do jornal M ensageiro 
da Paz e da revista O breiro Aprovado. Nesta entrevista, ele 
fala sobre a importância da Escola Bíblica Dominical para o 
crescim ento e a a consolidação da fé do crente em Cristo , 
e dos investimentos que tem feito na Assem bléia de Deus 
em Maceió no que tange à área do ensino.
Qual a importância da Escola 
Bíblica Dominical para a vida 
do irmão?
A Escola Bíblica Dominical (EBD) 
para mim não foi apenas um lugar de 
edificação cristã, mas uma evange- 
lização, uma catequese evangélica, 
pois sendo eu, na minha adolescên­
cia, muito religioso, recebi de uma 
colega de trabalho, como presente 
um exemplar da revista Lições Bíbli­
cas de Jovens e Adultos da CPAD. 
A partir de então, passei a estudá-la 
com sofreguidão e a frequentar a 
EBD de minha cidade. Era o primeiro 
semestre de 1979 e o assunto era
Reconheço que 
o que Deus tem 
feito em meu 
ministério muito se 
deve à dedicação 
ao estudo e a 
ministraçao das 
lições da Escola 
Dominical
t t
EN S IN A D O R C ristão 11
Escatologia. O comentarista era o 
missionário norte-americano Nels 
Lawrence Olson. Minhas convicções 
no romanismo foram abaladas pelo 
martelo da Palavra de Deus (Jr 23.29) 
e, antes do final daquele ano, pro­
fessei a minha fé na pessoa de Jesus 
Cristo como único e suficiente Sal­
vador. Em pouco tempo, Deus usou 
o meu pastor e eu fui posto como 
professor da classe dos adolescen­
tes, depois da classe dos jovens e, 
na minha peregrinação em outros 
lugares, sempre ministrei o resumo 
final do estudo bíblico de cada aula, 
com todas as classes juntas na nave 
do templo. Reconheço que o que 
Deus tem feito em meu ministério 
muito se deve à dedicação ao estudo 
e à ministração das lições da Escola 
Dominical.
/ /
As Escrituras 
são fartas de 
orientações para 
a igreja em geral e 
principalmente para 
os obreiros da 
seara divina
/ /
Que iniciativas a AD em 
Alagoas tem tomado na área 
de Escola Dominical e de 
educação cristã em geral?
A nossa igreja na capital alagoa­
na é composta de doze regiões que 
anualmente seguem uma agenda 
com treinamentos e trabalhos com 
as diversas faixas etárias e grupos, 
e o tema da Escola Dominical não 
tem faltado ao longo desses anos 
que Deus tem nos concedido aqui, 
com capacitações de p ro fesso­
res de EBD e de departamentos 
infantis. Para os adolescentes e 
jovens, são preparados, para além 
da revista de EBD , estudos com 
tem as como marxism o cultural, 
g ram cism o , m odern ism o , pós- 
-modernismo, modernidade líqui­
da, o liberalismo e suas origens,
ação e consequências etc. Esses 
estudos são ministrados nas maio­
res congregações de cada região, 
por professores(as) devidamente 
treinados, com milhares de jovens 
sendo alcançados. Em relação às 
crianças não é diferente. Agora, 
no período do carnaval, tivemos a 
graça de Deus de, em doze polos, 
congregar durante quatro dias 
9 .854 crianças para receberem 
ensinos baseados no capítulo 3 
de Daniel, sobre não ceder à nova 
modalidade imposta pelo Nabu- 
codonosor moderno. Esse evento 
chama-se CONAD-KIDS e está em 
sua quarta edição. Por graça de 
Deus, em meio a essas aulas, 63 
crianças decidiram-se por Cristo 
e outras 127 foram batizadas no 
Espírito Santo nessa última edição.
12 EN S IN AD O R C ristão
/ /
O s benefícios são 
inúmeros, pois o 
currículo de nossa 
EBD é produzido 
para todas as faixas 
etárias pela nossa 
Casa Publicadora 
das Asssembleias 
de Deus (CPAD), 
de maneira que 
não deixa de ser 
um forte curso 
teológico que nunca 
termina
/ /
Quais os benefícios que as 
igrejas ganham investindo 
na Escola Dominical?
Os benefícios são inúmeros, pois 
o currículode nossa EBD é produzido 
para todas as faixas etárias pela nossa 
Casa Publicadora das Asssembleias 
de Deus (CPAD), de maneira que não 
deixa de ser um forte curso teológico 
que nunca termina, trazendo à baila, 
como disse o Senhor Jesus, tesou­
ros preciosos com coisas "novas e 
velhas" (Mt 13.32). Todas as faixas 
etárias são beneficiadas: novos cren­
tes, crianças, adolescentes, jovens 
e adultos. Fico encantado com os 
temas abordados para adolescentes 
e jovens pela nossa CPAD. Em nosso 
meio, só se perde quem quer, pois 
orientação segura e sadia não tem 
faltado. Por graça de Deus, em nossa 
EBD, a frequência em nosso templo- 
-sede aqui em Maceió tem crescido 
maravilhosamente, pois em nossa
última escola marcaram presença 604 
alunos, tendo inclusive uma classe 
em que as aulas são ministradas 
em inglês com 15 alunos presentes 
usando o material de nossa CPAD.
Como administrar o tempo 
para atender às dem andas 
diárias da igreja sem perder 
aquele tempo para estudar e 
orar para sem pre ter conteú­
do para abençoar o povo?
Nós observam os que as Sa­
gradas Escritu ras são fartas de 
orientações para a igreja em geral 
e principalmente para os obreiros 
da seara d iv in a . Por exem p lo : 
"Buscai primeiro o Reino de Deus 
e sua justiça" (Mt 6.33); "Nós [os 
apóstolos] perseveremos na oração 
e no m inistério da palavra" (At 
6.4). É imprescindível que o pas­
tor, o dirigente de congregação, 
o professor ou superintendente
de Escola D om in ica l, priorize a 
oração e o estudo da Palavra a 
fim de ministrar aos que lhe foram 
confiados. O Espírito Santo nos 
revela na Palavra de Deus que 
isso é prioridade na vida do ser 
humano. Caso um pastor de campo 
falhe nessa área, todas as demais 
áreas de seu ministério ruirão. E 
necessário, como diz a Bíblia Viva, 
"andar bem perto do Senhor para 
ver e ouvir a sua palavra" (Jr 23.18). 
De acordo com o que o apóstolo 
Pedro registrou em sua carta, todos 
os demais trabalhos e obras serão 
destruídos no dia final (2 Pe 3.10); 
aquilo que permanecerá por toda 
a eternidade é o que semeamos 
nas almas instruídas nas Sagradas 
Letras. Portanto, tudo em segundo 
lugar, com a oração e a dedicação 
à Palavra como PRIORIDADE, e o 
que ficar em segundo lugar será 
abençoado pelo Senhor. •
EN S IN A D O R C ristão 13
Artigo Revista Jovens
Volmir Noscimento Milomem Santos B
Na Cova dos Leões
O exemplo de fé e coragem de Daniel para 
o testemunho cristão em nossos dias
Muitos personagens bíblicos são exemplos no­
táveis de coragem e fidelidade a Deus. Homens e 
mulheres que, embora imperfeitos e falhos, deram 
grande testemunho de fé, persistência e dedicação. 
Um desses heróis dos tempos bíblicos foi Daniel, cuja 
vida serve como exemplo inspirador para os cristãos 
em geral e aos jovens em particular. Seu testemunho 
nos encoraja a enfrentar as adversidades e a cultura 
secularizada, pluralista e neopagã que predomina na 
sociedade ocidental contemporânea.
Neste trimestre, teremos a oportunidade de estu­
dar o importante livro de Daniel na classe de jovens, 
e aprender sobre as suas características e acerca do 
contexto social, cultural e religioso da Babilônia, para 
onde foram transportados cativos. Sobretudo, seremos 
inspirados com o exemplo de vida que os servos de 
Deus demonstraram ao longo da sua jornada, até o fim.
John Lennox observou muito bem ao afirmar que 
"a história de Daniel é uma história de fé extraordi­
nária depositada em Deus e vivida no auge do poder 
executivo no pleno resplendor da vida pública". Jun­
tamente com seus companheiros de Judá, Hananias, 
Misael e Azarias, ele forma um quarteto de jovens 
crentes e destemidos que nos estimulam a servir ao 
Senhor com excelência, integridade e devoção em 
todas as áreas da vida. Mesmo advindos da nobreza 
judaica e após alcançarem o topo da carreira pública 
babilônica, não abandonaram o temor e a humildade 
características dos servos de Deus.
Vivendo no coração da Babilônia, nos dias tumultu­
osos do exílio do povo israelista, estes jovens hebreus 
se portaram valorosamente diante das vicissitudes da 
vida, das pressões culturais e das influências religiosas 
espúrias. Além do exemplo de vida, Daniel nos en­
sina por meio das revelações que Deus lhe deu. Ele 
era um homem com os pés na Babilônia, mas com o
coração em Jerusalém . Vivia no mundo, mas a sua 
mente estava no céu. Por isso, Deus lhe deu revelações 
extraordinárias sobre os eventos futuros do povo de 
Israel e do mundo, incluindo os últimos dias.
Para melhor aproveitamento das aulas e das lições 
que serão ministradas, é importante que o professor 
de jovens explore bem a riqueza do conteúdo bíblico, 
por meio das informações e dos detalhes das narrativas 
contidas no livro. Vale enfatizar que o livro de Daniel 
é autêntico e teologicamente rico. Escrito no período 
pós-exílio, ele reflete não apenas eventos históricos, 
mas também revela visões proféticas que têm ins­
pirado incontáveis gerações ao longo dos séculos. 
Ele registra as mensagens proféticas que o Senhor 
revelou a Daniel, inclusive interpretações de sonhos, 
visões de animais simbólicos e uma visão detalhada 
dos eventos escatológicos. Por isso, é chamado de 
"Apocalipse do Antigo Testamento", guardando um 
grande paralelo com a revelação ao apóstolo João no 
Novo Testamento. Embora algumas dessas revelações 
sejam tenebrosas, elas trazem, quando devidamente 
interpretadas, esperança ao povo de Deus, na certeza 
de que o Senhor domina o mundo e conduz o fio da 
história humana. A soberania divina é um tema-chave 
neste livro.
Além disso, é fundamental que o docente promova 
a contextualização do ensino para os dias atuais. Afinal, 
o objetivo principal da lição é destacar o exemplo de 
fé e coragem de Daniel para o testemunho cristão 
na sociedade contemporânea, a fim de aplicá-lo nas 
dinâmicas sociais, no trabalho, na escola, na faculdade, 
na política etc. O livro de Daniel é um livro para todas 
as épocas. Daniel esteve exilado por mais de setenta 
anos, até o fim da sua vida. Enfrentou conspirações, 
mudanças culturais e políticas. Foi pressionado de 
diversas formas, mas não negou a sua fé.
14 ENSINADOR CRISTÃO
ENSIN
Valmir Nascimento 
Milomem Santos 
é pastor, doutorando 
em Filosofia 
Política e mestre 
em Teologia, 
graduado em 
Direito e presidente 
do Conselho de 
Educação e 
Cultura da AD em 
Cuiabá (MT) e 
Região; escritor 
e comentarista 
da CPAD.
m
Desse modo, nas exposições 
das lições, vale enfatizar que Daniel, 
como servo fiel ao Senhor, sempre 
esteve rodeado do mal e de ataques 
na juventude, na maturidade e na 
velhice. Em tempo algum esteve 
livre da tentação e seduções, mas 
em tudo permaneceu firme e fiel.
Não se portou com o vítim a ou 
murmurador. Antes de ser cativo do 
Império Babilônico, sua consciência 
era cativa à Palavra de Deus!
Em primeiro lugar, Daniel viveu 
em um mundo frágil e cheio de in­
certezas. A Babilônia era palco das 
transformações e agitações globais 
da sua época. Daniel viu impérios 
desmoronarem e reis caírem , en­
quanto as pessoas sobreviviam de 
expectativas aterrorizantes, onde 
imperava a incerteza. Isso se assemelha ao tempo 
em que vivem os, p rincipalm ente pós-pandem ia. 
Em segundo lugar, o profeta presenciou um mundo 
com constante transição de poder. Daniel serviu nos 
impérios babilônico e medo-persa com a mesma fé 
e fidelidade. Nenhum soberano o fez mudar suas 
convicções, tam pouco o poder o seduziu. Ele nos 
lembra que os reis, presidentes e governantes desta 
terra passam, mas o Senhor permanece para sempre. 
Não importa quem esteja no poder político, o cristão 
mantém sua esperança sempre em Deus. Ele não se 
deixa seduzir por ideologias políticas.
Em terceiro lugar, Daniel viveu numa época cheia 
de conflitos e violência. Ele viu de perto os horrores 
da destruição provocada pelas guerras entre nações 
e sentiu na pele o sofrimento decorrente do exílio. 
Semelhantemente, o mundo contemporâneo continua 
a ser palco de conflitos internos e internacionais,ações 
terroristas e violências de todas as formas, provocan­
do dor e migração forçada. Isso nos faz recordar das 
pessoas que se encontram nessas situações, a fim 
de orar, buscar soluções e apoiar. Em quarto lugar, 
o mundo de Daniel era hostil aos valores judaicos. 
Logo, podem os traçar um paralelo entre a época 
de Daniel e o panorama da cultura contemporânea,
essencialmente virulento à visão de 
mundo judaico-cristã, em nome do 
relativismo e do secularismo.
Assim como os amigos de Daniel 
foram jogados na fornalha ardente 
por rejeitarem se curvar à ido la­
tria, os cristãos da atualidade são 
empurrados para novos tipos de 
fo rna lhas . E las não queim am o 
corpo, mas tentam destruir a fé, 
a espiritualidade e as convicções 
daqueles que servem ao Deus das 
Escrituras. Pensamentos totalitários 
procuram jogar os cristãos para a 
morte na cultura, caso não adorem 
seus ídolos. As fornalhas são novas, 
mas a estratégia é antiga. Da mesma 
maneira que Daniel foi jogado na 
cova dos leões para morrer, por não 
aceitar cumprir uma lei que proibia 
sua devoção ao Deus verdadeiro, leis humanas tentam 
impedir cada vez mais o exercício da fé, principalmen­
te na esfera pública. Somos incentivados a resistir a 
esse tipo de opressão, defendendo fervorosamente a 
liberdade religiosa e mantendo a prática da fé, mesmo 
diante de desafios sociais e legislativos.
Da mesma forma que aquele jovem hebreu foi 
pressionado a abandonar sua crença em razão das 
pressões culturais e religiosas na Babilônia, os cristãos 
de hoje estão enfrentando ataques severos da cultura 
anticristã, a exemplo do relativismo e do secularismo, 
dentre outras correntes filosóficas. Daniel nos ensina 
a ter sabedoria e inteligência espiritual para comba­
ter as estratégias do inimigo no tempo presente. Por 
meio desta lição, podemos ensinar aos jovens como 
é possível, apesar das adversidades, se manter fiel e 
íntegro. Apesar de desafiador, podemos viver contra a 
correnteza do relativismo e do secularismo dominantes. 
Com a graça de Deus, podemos rejeitar os manjares 
do mundo, manter nossa identidade e não nos deixar 
influenciar. A convicção de Daniel não estava confinada 
ao ambiente privado; ele preferiu enfrentar leões a re­
nunciar sua confissão pública de fé. Ele é um exemplo 
de que podemos usar a sabedoria e o conhecimento de 
Deus para testificar em diversos lugares da sociedade. •
/ /
O livro de Daniel 
nos ensina a 
ter sabedoria 
e inteligência 
espiritual para 
combater as 
estratégias 
do inimigo no 
tempo presente
/ /
CEORCE
WOOD
Ex-líder das 
Ássembleias de 
Deus nos Estados 
Unidos se destacou 
também na área 
do ensino
George Oliver Wood nasceu em 
1 de setembro de 1941, na China, 
filho do casal de missionários Geor­
ge Roy Wood e Elizabeth Weidman, 
das Ássem bleias de Deus norte- 
-americanas, que na ocaisão de seu 
nascimento estavam trabalhando 
naquele país. Em 1949, por causa 
da Revolução Comunista na China, 
a família Wood teve que voltar aos 
Estados Unidos. Desde cedo, seu 
pai incentivou o pequeno George 
aos estudos, e ele logo demons­
trou muito gosto pela coisa. Ele 
se dedicou sobretudo à Teologia, 
concluindo o bacharelado nessa 
área, depois o mestrado e o douto­
rado no Seminário Teológico Fuller. 
Ele também se formou em Direito.
George Wood foi ordenado ao 
ministério, em 1967, aos 26 anos. 
Sua primeira atividade ministerial foi 
como diretor de vida espiritual e vida
estudantiíno Evangel College, hoje 
Evangel University, em Springfield, 
Missouri. Ele ocupou essa função 
nos anos de 1970 e 1971. Depois, 
assumiu a liderança da Assembléia 
de Deus em Newport-Mesa, Costa 
Mesa, Califórnia (EUA). Entretanto, 
de 2020 a 2021, ele serviria ainda 
como presidente interino da Evangel 
University, sua alma mater.
O pastor G eo rg e W ood e s­
creveu oito livros, dentre eles a 
obra Um Salmo em Seu Coração, 
publicado tàmbém no Brasil pela 
CPAD. Ele escrevia com frequência 
artigos doutrinários, devocionais 
e pastorais, e tinha o hábito de 
publicar na internet regularmente a 
versão transcrita de seus sermões, 
edificando milhares de vidas.
De 1988 a 1993, pastor Wood 
foi superintendente assistente do 
Distrito das Ássembleias de Deus
do Sul da Califórnia. De 1993 a 2007, 
ele atuou como secretário-geral do 
Concilio Geral das Ássem bleias 
de Deus nos Estados Unidos; e 
de 2007 a 2017, ele atuou como 
superintendente-geral do Concilio 
G eral, época que ficou marcada 
pelo início de uma fase de grande 
crescimento das Ássem bleias de 
Deus nos EUA, sobretudo entre as 
minorias étnicas naquele país. Em 
2008, ele se tornou presidente da 
Associação Mundial das Assem ­
bléias de Deus.
O pastor Wood foi promovido 
à Glória em 12 de janeiro de 2022, 
aos 80 anos, após uma luta de 
quatro meses contra um câncer. 
Ele deixou a esposa Je w e l, seu 
filho George Paul, que é pastor, 
e a filha Evangeline, além de um 
legado de liderança, paixão pelas 
almas e amor ao ensino. •
ENSINADOR CRISTÃO 17
UM ESTUDO 
PANORÂMICO 
DO LIVRO DE 
APOCALIPSE
7 W
Precisamos de 
preparo para 
darmos aos 
meninos e meninas 
as respostas certas 
sobre o futuro 
apocalípitco que 
está por vir
/ /
Falar do Apocalipse assusta / /
você? Neste período pos-pan- 
dem ia da CO VID-19, a palavra 
"Apocalipse" tornou-se uma das 
hashtags mais pesqu isadas na 
internet. A pesar deste grande 
interesse pelo assunto, estudar os 
acontecimentos finais da história 
é um grande desafio!
A revista Lições B íb licas J u ­
venis deste trimestre tem como 
proposta trazer um estudo pano­
râmico do livro do Apocalipse. O 
objetivo é apresentar aos nossos 
adolescentes uma mensagem de 
consolo, esperança, bem como 
mostrar o futuro glorioso que Deus reservou para 
nós! O Apocalipse é a revelação de Jesus Cristo e 
também das coisas que hão de acontecer (Ap 1.1).
Saber o que acontecerá com a Igreja de Cristo, 
Israel e o restante da hum anidade exigirá de nós 
mais que simples curiosidade e interesse. Por isso, 
querido(a) professor(a), te convido a debruçar-se sob 
os 404 versículos que estão contidos nos 22 capítulos 
deste maravilhoso livro do Novo Testamento. Juntos, 
entenderemos os fatos do Tempo do Fim! Estudaremos 
as mensagens às igrejas da Ásia, as visões, símbolos, 
objetos e personagens que fazem parte deste enredo 
profético.
Professor(a), para a maioria de nossos adolescen­
tes o Apocalipse é um livro complexo que não gera 
afinidade ou interesse. Ao lê-lo, muitos reajem com 
perplexidade, medo ou simplesmente não entendem o 
que está escrito. A partir da observação deste cenário, 
precisamos de preparo para darmos aos meninos e 
meninas as respostas certas sobre o futuro apocalípitco 
que está por vir. Diante de tão grande desafio, estude 
e peça o ajuda ao Espírito Santo, bem como incentive 
a sua classe a ler e estudar este intrigante livro!
Quando estiver perante a classe, preferencialmen­
te, faça o levantamento do conhecimento prévio em 
relação ao Apocalipse. Conheça sempre as emoções 
e sensações que seus alunos sentem e manifestam 
quando leem as especeficidades deste livro listando-as 
no quadro. Procure destacar o ponto central de cada 
lição com o intuito de aplicar o conteúdo ensinado. 
Procure mesclar as aulas entre expositivas, dialógicas 
e audiovisuais.
O ad o lescente é ávido por 
informação e conhecimento, por­
tanto é preciso que ele conheça, da 
melhor maneira possível, o fim da 
história. Por estarem inseridos em 
um mundo que beira ao caos e que 
jaz no maligno, é importante aos 
nossos adolescentes ter a certeza 
de que o mal não triunfará! E nós, 
que somos a Noiva e Igreja de 
Cristo , reinaremos para sempre 
com Ele na eternidade. Professor(a), 
esteja pronto(a) para este desafio! 
Através de seu auxílio, os alunos 
aprenderão sobre a importância 
do A p o ca lip se para os nossos 
dias e serão conscientizados a viver em santidade e 
fidelidade ao Senhor, até que Cristo venha!
Em nossos encontros dominicais, perceberemos 
que o livro escatológicodo Novo Testamento traz 
expectativas, respostas e certezas que capacitarão 
os seus alunos a proclamar com alegria o evangelho, 
bem como a anunciar o futuro glorioso para todos os 
servem e amam a Cristo (Rm 8,18). •
Paulo Henrique 
Rodrigues da 
Silva é graduado 
em Direito e 
Gestão Pública 
(UNIBH); Bacharel 
em Teologia 
(Seminário Teoló­
gico Nacional); 
especialização em 
Neuroaprendiza- 
gem (Faculdade 
Metropolitana); 
especiaLização em 
Currículo, Didáti­
ca e Metodologias 
Ativas (Facuidade 
Metropolitana); 
mestrando em 
Teologia (Ivy 
Enber Christian 
University - 
Flórida/US); e 
superintendente 
da EBD da As­
sembléia de Deus 
em Itabira (MG)
APOSTOLO PAULO. O
GRANDE MISSIONÁRIO
# •
• • • • • •
• • • • • • • •
• • • • • • • •
• • • • • • • •
• • • • • • • •
Daniete Soares é 
membro da AD 
Jem Jundiaí (SP), 
|mestre em Bíblia 
|e Antigo Oriente : 
1 Próximo, mestre" 
jem Teologia com 
[ênfase no estudo 
|de línguas bíblicas* 
Iprofessora dq 
[Escola DominicaU 
jda Escola Teológica| 
lPr. Elyseu Queirozl 
Ide Souza (ETEQSf 
jrevisora e editor, 
|de textos teológicosj 
le tem se dedicadd 
|ao estudo da 
f práticas cul:urais| 
|e da relação' 
Jentre cultura e 
ICristianismoI
"Apóstolo Paulo, o Grande 
Missionário" é o título da revista 
Adolescentes Vencedores neste 
trimestre. Pelas treze lições, o 
aluno acompanhará os passos 
de Paulo durante as viagens 
missionárias. O objetivo é que os 
adolescentes estudem o minis­
tério de Paulo pela perspectiva 
do livro de Atos dos Apóstolos, 
escrito pelo médico Lucas (At 
1.1,2). Para isso, as lições tratam 
de relacionamento com Deus, 
missão e evangelismo, Teologia, 
História, Geografia e Cultura.
As lições procuram relacio­
nar o conteúdo de Atos com o 
ensino dos outros livros bíblicos, 
a fim de que os adolescentes 
entendam a mensagem da Bíblia 
como um todo. Por exem plo, 
enquanto o Evangelho de Lucas 
dá ênfase ao registro da vida do 
Senhor Je su s , do nascimento 
à ressurreição, o livro de Atos 
mostra o que aconteceu com 
aquele grupo que seguia o Filho 
de Deus após a Sua ascensão 
aos céus. Na verdade, o médico 
escreveu sobre a continuidade 
da ação divina no mundo por 
meio do Esp írito Santo, uma 
Promessa do Pai revelada por 
Jesus (At 1.4,5).
Assim, ao preparar as lições, 
é bom ter em m ente que os 
acontecimentos de Atos relatam 
o cumprimento dessa Promes­
sa no movimento de Jesus e, 
consequentemente, na origem
20 ENSINADOR CRISTÃO
Podemos construir 
relacionamento sólido 
com Oeus por meio da 
oração e da leitura da 
Bíblia Sagrada
ff
e no crescim ento da Igreja. A 
descida do Espírito Santo (At 
2.1-13) inaugurou um momento 
histórico em que o Evangelho 
passa a ser pregado em todo o 
mundo, transformando vidas e 
oferecendo esperança. A ação 
divina pelo Espírito Santo não é 
somente um debate teológico, é 
também a realidade do dia a dia 
da igreja e do crente. Paulo era 
conduzido pelo Espírito Santo 
e isso influenciou sua maneira 
de ensinar, construir amizades e 
lidar com as dificuldades.
O contexto geográfico e his­
tórico do apóstolo Paulo cobre 
uma parte do mundo romano 
nos primeiros anos da Era Cristã. 
Por isso, o uso de mapas e fotos 
- físicos ou digitais - durante 
as aulas facilita a visualização 
dos lugares descritos em Atos. 
Assim, os alunos acompanharão 
o trajeto e se familiarizarão com 
o mundo do Novo Testamento. 
Essas imagens podem ser encon­
tradas em atlas e enciclopédias
bíblicas na internet ou mesmo 
nas últimas páginas de algumas 
Bíblias.
Para atividade em sala de 
aula, uma sugestão é entregar 
um mapa em branco para que 
os adolescentes preencham os 
nomes dos lugares durante as 
aulas. Outra opção é levar o mapa 
já com os nomes e eles traçam 
uma linha com a rota das viagens. 
E ainda interessante incentivar a 
memorização dos nomes das ci­
dades de cada viagem. Isso pode 
se tornar parte de uma gincana, 
com prêmio ao final do trimestre. 
E importante que os professores 
aproximem as histórias bíblicas 
do dia a dia dos adolescentes, 
mostrando que se deve pedir a 
Deus que nos dê do Seu poder. 
Ter um diário ajuda na autorre- 
flexão da vida espiritual. Assim, 
os adolescentes podem fazer um 
diário de bordo para registrar 
suas reflexões sobre o que estão 
aprendendo durante o trimestre. 
Eles podem escrever, desenhar, 
pintar, fazer colagem etc.
O empoderamento e a ousa­
dia recebidos pelo cumprimento 
da promessa do batismo no Es­
pírito Santo foram para aqueles 
dias e são para hoje também! 
Assim , podemos construir um 
relacionamento sólido com Deus 
por meio da oração e da leitura 
da Bíblia, ser usados pelo Espírito 
Santo e espalhar as Boas Novas 
de Jesus para todo o mundo. •
m m
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g ) (021) 2406-7373 O (D O O
HUdcRT J, MORGAN
os 50
As últimas 
palavras da Bíblia 
sobre os últimos 
Hia'; ria Terra
No livro do Apocalipse estão as 
palavras finais da Bíblia sobre os 
últinnos dias do mundo. Para 
compreender seu significado, a 
chave é entender sua sequência 
simples de eventos - um após o 
outro, claramente definidos.
Se você se sentir perplexo e talvez 
até um pouco intimidado com o 
fim dos tempos e o livro do 
Apocalipse, esta obra será uma:
- visão geral, abrangente e fácil 
de entender:
- ferramenta útil que traduz os 
eventos do Apocalipse literal e 
sequencial mente;
- guia para interpretar as 
circunstâncias presentes, bem
Q í / c n t n c ft i t l I r n ç
http://www.cpad.com.br
Reportagem
Luciene Saviolli
35a CONFERÊNCIA DE ED 
DA CPAD EM RECIFE BATE
RECORDE DE INSCRITOS
Professores são impactados pelas
»REC
A edição da Conferência de ED da CPAD realizada em Recife não foi marcada apenas 
pelo maior número de participantes, mas por plenárias impactantes e abençoadoras
0 — 1 99%
Aconteceu nos dias 14 a 17 de março a 35a Conferência 
de Escola Dominical promovida pela Casa Publicadora 
das Assembléias de Deus (CPAD), realizada em Recife 
(PE). Esta foi a maior edição do evento já registrada 
em número de participantes. A conferência ocorreu no 
Centro de Convenções de Pernambuco e reuniu pas­
tores, superintendentes e professores de vários estados 
do nordeste brasileiro, os quais não mediram esforços 
para se reunir e aprender mais da Palavra de Deus nas 
plenárias, seminários e workshops. Foram computados 
2.478 inscritos no evento na capital pernambucana.
Segundo o pastor Ailton José Alves da Silva, pre­
sidente da Igreja Evangélica Assembléia de Deus em 
Pernambuco (IEADPE) e da Convenção das Assembléias 
de Deus no estado de Pernambuco (CONADEPE), o 
objetivo de receber a Conferência foi trazer avivamento à 
Escola Dominical. "Somos uma escola dominical grande, 
temos mais de 800 escolas somente na capital. Mesmo 
assim, precisamos trazer de volta alunos que não são 
mais assíduos e ampliar ainda mais o conhecimento dos 
professores. Por isso, fiz questão de incentivar não só os 
professores, mas também os obreiros e os jovens para 
que entendam a importância do ensino das Escrituras e 
quem sabe não se tornem novos professores", ressaltou.
Pela primeira vez em uma Conferência, não houve 
inscrição no local. De acordo com o pastor Nadjacka- 
son Saraiva, superintendente da Escola Dominical em 
Pernambuco, a divulgação nas mídias locais favoreceu 
para que as inscrições encerrassem uma semana antes 
do evento. "Fizemos um trabalho massificante de divul­
gação na rádio, reuniões de obreiros e na Convenção, 
e isso contribuiu para que alcançássemos esse número. 
Posso resumir em três palavras a Conferência: alegria, 
satisfação e gratidão", declarou.
O culto de abertura foi transmitido ao vivo pelo canal 
da TV CPAD no Youtube e também na tevê local pela 
Rede Brasil de Comunicação, ligada à AD pernambucana. 
Logo no início, o diretor-executivo da CPAD, Ronaldo 
Rodrigues de Souza, convidou a liderança assembleia- 
na para compor à mesa. Na ocasião, compareceram 
o presidente da ConvençãoGeral dos Ministros das 
Igrejas Evangélicas Assem bléias de Deus do Brasil 
(CGADB), pastor José Wellington Costa Junior; pastor 
José Carlos de Lima, presidente da União de Ministros 
das Assembléias de Deus no Nordeste (UMADENE) e 2° 
vice-presidente da CGADB; pastor Samuel de Oliveira, 1o 
vice-presidente da Assembléia de Deus em Recife; pastor 
Kemuel Sotero Pinheiro, vice-presidente do Conselho 
Administrativo da CPAD; pastor Paulo Filho, 1o vice-
Lideranças assembleianas de todo Nordeste compareceram ao 
evento na capital pernambucana
-presidente da COMADALPE; pastor Esequias Soares, 
presidente da Comissão de Apologética da CGADB e 
da Sociedade Bíblica do Brasil; pastor Douglas Baptis- 
ta, presidente do Conselho de Educação e Cultura da 
CGADB; pastor Nadjackon Saraiva, superintendente das 
Escolas Dominicais no estado de Pernambuco; pastor 
Alexandre Florêncio, secretário-executivo da CGADB; 
pastor Joab dos Santos, assessor da presidência da 
CG AD B; pastor Ailton Junior, pastor da Assembléia 
de Deus em Caruaru (PE); e alguns pastores que fazem 
parte da diretoria da igreja local e preletores do evento 
junto com o gerente de Publicações da CPAD, pastor 
Alexandre Claudino Coelho.
O pastor Wellington Junior foi o preletor da noite 
de abertura, ocasião em que ressaltou a importância do 
Espírito Santo na vida de um ensinador da Palavra de
O pastor Jo sé 
Wellington Junior, 
líder da CGADB, 
enfatizou a 
necessidade de 
o docente contar 
também com a 
assistência do 
Espírito Santo
I
da
Assem bléia de Deus 
em Pernambuco, 
ressaltou a 
qualidade das 
plenárias, seminários 
e workshops
O pastor Ailton 
Jo sé Alves, líder
O diretor da CPAD, 
Ronaldo Rodrigues 
de Souza, destacou 
o sucesso do evento 
e parabenizou 
as lideranças das 
caravanas pelo 
empenho
Preletores do evento da CPAD posam para foto com o p K to rM o n 
J o s é Z * e sua esposa Judi.e Alves, ambos ao centro d , tmagem
Deus. "Quem ensina a Palavra de Deus precisa ensinar 
sob a orientação do Espírito Santo. Por mais conheci­
mento e cultura que um professor tenha, a presença do 
Espírito Santo é fundamental para que o aluno receba as 
instruções e as guarde em sua vida. A igreja em Recife 
é referência não só no Círculo de Oração, mas também 
no ensino da Palavra de Deus", ressaltou.
No dia 15, a programação começou logo pela manhã 
com momentos devocionais de louvores a Deus. A primeira 
plenária foi com o pastor Esequias Soares, que abordou 
"a importância do ensino das Escrituras para os últimos 
dias". Ato contínuo, o evangelista Marcelo de Oliveira, 
chefe do Setor de Educação Cristã da CPAD, ministrou 
sobre "as irrefutáveis leis do ensino". Durante a tarde, 
os inscritos participaram de seminários e workshops 
realizados em sete salas simultaneamente, divididos por 
grupos previamente escolhidos na hora da inscrição.
No período noturno, aconteceu o Culto pelo 
Centenário da Harpa Cristã, com vários momentos 
memoráveis. Os cantores Marcelo Santos e Emerson 
Pedrosa e o Quarteto Gileade entoaram uma seleção 
de canções que fazem parte do hinário pentecostal e o 
auditório foi tomado pela presença do Espírito Santo.
Em sua oportunidade, o pastor Ailton José Alves, 
líder da AD pernambucana, louvou a Deus pelo cen­
tenário e relembrou que a primeira edição do hinário 
assembleiano foi publicada em Recife no ano de 1922. 
Em seguida, o pastor Douglas Baptista ministrou sobre 
a Educação Cristã e a Ortodoxia Bíblica.
No dia 16, o pastor A lexandre Claudino Coelho 
ministrou sobre a importância do currículo em uma 
Escola Dominical e como ele interfere no desenvolvi­
mento humano. Logo após, o pastor Eliezer de Morais 
abordou os desafios para a Escola Dominical pós- 
-pandemia. Antes de encerrar as atividades matutinas, 
o irmão Ronaldo parabenizou os líderes de caravanas 
pelo empenho e anunciou a caravanas vencedoras. A 
maior caravana foi de Natal (RN), liderada pelo pastor
Francisco Marto de Almeida Costa. O líder recebeu 
uma TV 55 polegadas. A caravana mais distante foi a 
de Juazeiro (BA), que percorreu 725km até o local do 
evento. O líder, pastor Josafá Pereira, foi premiado com 
um notebook. O diretor também mencionou a presença 
internacional do pastor Zandro de Souza, que veio dos 
Estados Unidos para participar do evento.
De acordo com o irmão Ronaldo, a 35a CO ED vai 
gerar uma repercussão positiva dentro das salas de 
aula. "A primeira conferência aconteceu em Recife no 
ano de 1999, quando lançamos o Currículo da Escola 
Dominical. Criamos a conferência por causa do currículo, 
mas não sabíamos os planos de Deus. Hoje estamos na 
35a edição, e ao longo desses anos, muitos professores 
já foram abençoados através das plenárias ministradas. 
Mais uma vez Recife entra na história, pois, tivemos que 
encerrar as inscrições antes do dia, por não haver mais 
espaço. Só temos que agradecer a Deus e ao pastor 
Ailton por apoiar esse evento. Sabemos que isso vai 
repercutir positivamente nas escolas dominicais das 
igrejas pernambucanas, para glória de Deus".
A noite, a plenária foi com o pastor Claiton Pom- 
merening, comentarista de Lições Bíblicas da CPAD, 
que abordou o tema "O Futuro da Educação Cristã". 
No domingo (17), o pastor Elienai Cabral, consultor 
doutrinário da CG AD B e CPAD, ministrou sobre "A 
Ação do Espírito Santo na Educação Cristã" e destacou 
a importância do professor ser cheio do Espírito Santo 
para ministrar com ousadia. A última plenária ficou 
com a professora Joani Bentes, sob o tema "Deixai 
vim a mim os pequeninos". Durante a preleção, Tia Jô 
utilizou de dinâmicas que despertaram o interesse dos 
presentes. Outro momento marcante foi quando Tia 
Jô abordou a importância da família, da igreja (pastor) 
e do ministério infantil na proteção da criança contra 
os ataques do maligno. A irmã Judite Alves, líder do 
Círculo de Oração da IEADPE, orou em prol das crianças 
que ainda não foram alcançadas pelo Senhor Jesus. 
Um grande mover do Espírito Santo foi sentido entre 
os professores. Ocorreram batismos no Espírito Santo 
no mover de Deus pela manhã.
Antes de encerrar, o pastor Ailton agradeceu a toda 
equipe de trabalho e o pastor Alexandre Coelho convidou 
a inscrita mais nova e a mais experiente - Ana Raquel de 
Alencar,14 anos, de Recife (PE); e Hilda Maria Moraes, 84, 
de Salvador (BA) - a receberem os certificados de partici­
pação no palco. "Não tenho palavras para agradecer a 
Deus e esse convívio maravilhoso que desfrutamos aqui. 
Sinto-me honrada", externou a irmã Hilda. •
O Deus que governa o mundo 
e cuida da família
Residente na cidade rondoniense de Ji-Paraná, o pastor Silas 
Rosalino de Quiroz serve a Deus na Assembléia de Deus local.
O ministro é o comentarista da revista Lições Bíblicas Adul­
tos da CPAD deste 3o trimestre, que traz o seguinte tema:
"O Deus que Governa o Mundo e Cuida da Fam ília". O 
pastor é bacharel em Teologia e Direito; pós-graduado 
em Direito Público, Direito Processual Civil e Docência 
Universitária; procurador-geral do município de Ji-Paraná; 
assessor jurídico da Convenção dos Ministros e Igrejas 
Assembléias de Deus no Estado de Rondônia (CEMADE- 
RON); membro do Conselho de Comunicação e Imprensa 
da C G A D B ; e autor dos livros "Jesu s, o Filho de Deus" e 
"Maturidade Espiritual do Líder", editados pela CPAD.
Durante a entrevista, o pastor Silas Queiroz comentou a rele­
vância das personagens RUte e Ester em seus respectivos contextos 
e o resultado da instrum entalidade divina em suas vidas.
Pastor Silas, no 3o trimestre, 
vam os estudar os livros de 
Rute e Ester na revista Lições 
Bíblicas Adultos da CPAD, 
cujo comentarista é o irmão. 
O que podemos esperar 
do conteúdo dessa revista? 
Quais os principais enfoques 
na abordagem desses livros?
O enfoque principal é teológico: 
o cuidado de Deus com o Seu povo, 
agindo na preservação da linha­
gem messiânica. Em Rute, temos 
a belíssima história de uma jovem 
moabita, que, de forma totalmente 
improvável sob a ótica humana, en­
troupara a genealogia do Messias, 
o Salvador do mundo, ao casar-se 
com o belemita Boaz. Em Ester, o 
agir divino se descortina livrando 
o povo judeu de um exterm ínio 
total. Além disso, a revista procura
apresentar o contexto histórico e 
geográfico das narrativas e, acima 
de tudo, a condição espiritual de 
Israel nos dias dos juizes, época dos 
fatos descritos em Rute, e depois do 
cativeiro babilônico, onde se situa o 
livro de Ester. Ao longo do estudo, 
buscamos destacar aspectos do 
virtuoso exem plo dos principais 
personagens, que são Rute, Noemi 
e Boaz (no livro de Rute) e Ester 
e Mardoqueu (no livro de Ester), 
procurando aprender com cada 
um deles. Buscamos extrair lições 
espirituais específicas para nossos 
dias, aplicáveis desde o contexto 
familiar, passando pelo trabalho, 
negócios e, finalmente, relações 
na esfera pública e assuntos de 
governo.
Há quem não entenda até 
hoje como Rute pôde ter
sido aceita pelos hebreus, 
considerando Deuteronômio 
23.3-5. Fale sobre a base des­
sa aceitação.
Esse texto afirma que nenhum 
amonita ou moabita poderia entrar 
na "congregação do Senhor". Essa 
é uma passagem que, em princípio, 
se mostra intrigante, e que costuma 
ser considerada sem pre que se 
estuda o livro de Rute, por ela ser 
moabita. A dúvida está ligada ao 
sentido da expressão "congrega­
ção do Senhor". A história de Rute 
contribui para o entendim ento 
de que a proibição se restringia 
a uma participação ativa no culto 
coletivo do povo de Israel, e não a 
qualquer ligação espiritual ou par­
ticipação da vida nacional judaica. 
Na verdade, o próprio contexto do 
versículo 3 de Deuteronôm io 23
ENSINADOR CRISTÃO 25
permite esse entendimento, porque 
a mesma proibição era aplicada a 
homens que tivessem os testículos 
esmagados ou amputados, assim 
como ao filho ilegítim o e a seus 
descendentes, e isso não significava 
exclusão de comunhão com Deus 
no contexto do Antigo Pacto. O 
termo "congregação" pode estar 
associado também ao grupo de ho­
mens com direito a tomar decisões 
e a servir no exército de Israel. Ou 
seja, o corpo governante da nação. 
E fato, contudo, que quando essa 
lei foi aplicada depois do exílio 
babilônico, não ficou restrita a uma 
proibição relacionada à direção 
do culto ou à liderança da nação 
judaica. Importou em rompimento 
de vínculos conjugais de toda a na­
tureza. Mas, novamente em função 
do exem plo de Rute, podem os 
entender que haveria exceção 
quando a mulher se convertesse 
totalm ente à religião judaica. O 
inverso não poderia ocorrer sob 
nenhuma hipótese, ou seja, uma 
mulher judia jamais poderia se casar 
com um amonita ou moabita, para 
que ele, como homem, não viesse 
participar da congregação de Israel 
em quaisquer dos sentidos. Mesmo 
que im aginem os a proibição de 
Deuteronômio 23.3 como sendo 
absoluta, o Deus Eterno, em Sua 
misericórdia, aceitou a Rute por sua 
fé e profunda convicção.
Qual a principal mensagem do 
Livro de Ester para nós hoje?
Vivemos em um mundo hostil 
e não podemos confiar nele e em 
suas estruturas, mas viver sempre 
confiando em Deus e dependen­
do dEle, porque é Ele, o Senhor, 
que cuida de nós em todos os 
aspectos de nossa vida. Depois 
do exílio bab ilôn ico , em vez de 
atender à convocação de seguir
/ /
Vivemos em um 
mundo hostil e 
nâo podemos 
confiar nele e em 
suas estruturas, 
mas viver sempre 
confiando em Deus 
e dependendo dEle
/ /
para Jerusalém para reconstruir a 
cidade e seu templo e restaurar o 
culto a Jeová, a absoluta maioria 
dos judeus preferiu permanecer na 
capital do Império Persa e em suas 
províncias, desfrutando de uma 
vida confortável e aparentemente 
segura. Tudo mudou rapidamente 
com o decreto de extermínio total 
assinado pelo rei Assuero. Como 
escreveu o apóstolo João, o mundo 
jaz no Maligno. Quando compreen­
deram a falsa segurança e passaram 
a depender novamente do socorro 
divino, se entregando a jejuns, choro 
e profunda lamentação, os judeus 
alcançaram um grande livramento. 
Por isso considero que a principal 
mensagem do livro para nós hoje 
seja esta: uma solene advertência 
para que não venhamos nos iludir 
com este mundo, pois ele jamais 
será benevolente com quem serve 
a Deus. Daniel viveu longos anos 
na Babilônia, mas sempre confiou 
inteiram ente em Deus. Quando 
agim os assim , experim entam os 
o Seu cuidado providencia l em 
todos os aspectos de nossa vida. 
Esse cuidado se dá para além dos 
milagres, que são os atos divinos 
sobrenaturais que conseguim os 
enxergar. No livro de Ester - assim 
como em Rute - não são narrados 
quaisquer milagres no sentido de 
intervenção sobrenatural. Contudo,
em Sua soberania o Todo-poderoso 
age do começo ao fim da história, 
fazendo de toda ela um grande 
milagre. Em tempos nos quais a 
Bíblia nos adverte do crescimento 
do secularismo e da diminuição da 
fé, Ester nos convida a aprofundar 
nossa comunhão com o Jeová-Jireh, 
o Deus da providência, para que 
possamos contemplá-lo melhor em 
nosso cotidiano, e ver, pela fé, Sua 
invisível (porém, infalível) agência 
em nosso favor.
Embora a tem ática da lição 
não seja especificam ente 
esta, fato é que Noemi, Rute 
e Ester tam bém são grandes 
exemplos de m ulheres de fé 
e da mulher como um instru­
mento nas mãos de Deus 
para sua geração. Fale so­
bre isso.
Sem dúvida, essas três mulheres 
demonstraram uma grande força 
moral e espiritual. O comportamen­
to de cada uma delas, a profunda 
convicção e a fé foram decisivas 
para que pudessem ser usadas 
como instrumentos nas mãos de 
Deus. Na revista, procuramos dar 
ênfase a esse aspecto, ressaltando 
o valor da mulher em toda a história 
bíblica e até nossos dias. A última 
lição conclui com uma referência a 
mulheres como Catarina von Bora, 
Susanna Wesley, Corrie ten Boom, 
Celina Martins Albuquerque, Frida 
Vingren, Albertina Bezerra Barreto, 
Ruth Doris Lemos e Wanda Freire 
Costa, cujas histórias são muito ins- 
pirativas para as mulheres de nossos 
dias. Graças a Deus por termos, 
entre nós, muitas servas de Deus 
que compreenderam o seu papel à 
luz da Bíblia, e que são dedicadas 
à família e ao serviço cristão, além 
de outras importantes áreas nas 
quais muitas atuam. •
Exam inai: princípio para 
testificar de Jesu s a partir 
do Antigo Testam ento
"Examinais as Escrituras, porque 
vós cuidais ter nelas a vida eterna, e 
são elas que de mim testificam" (Jo 
5.39). Encontramos muitas determi­
nações emitidas pelo Senhor Jesus 
à Sua Igreja: "Pregai", "Ensina i", 
"Batizai" e "Am ai" figuram como 
alguns exemplos, mas o texto acima 
m encionado, como fundamento 
para esta tem ática, subentende 
uma outra ordem imperativa que 
não pode ser desprezada, nem 
ignorada pela Igreja. Em tempo: 
Jesus não estava aqui ordenando os 
líderes religiosos judaicos a lerem as 
Escrituras, mas afirmando que eles 
já as liam, mas não estavam fazendo 
da forma correta.
O Evangelho de João foi o último 
a ser escrito e este livro contém pe­
culiaridades e narrativas específicas 
a respeito da pessoa, vida e obra de 
Jesus que os três evangelhos sinóti- 
cos - Mateus, Marcos e Lucas - não 
apresentam. E uma destas narrativas 
particulares está relacionada ao 
milagre do paralítico do tanque de 
Betesda (Jo 5.1-15) e da declaração 
e argumentação do Nazareno para 
os judeus de que Ele era o Filho de 
Deus e, consequentemente, igual 
ao Pai (Jo 5.16-47).
Em meio à Sua apologia e ensino, 
naquele dia, que era um sábado e 
por esta razão os líderes judeus o 
criticavam e perseguiam, o Mestre
os interpela sobre o examinar as 
Escrituras (v39). A qual Escritura eles 
precisavam recorrer? Os cristãos 
hodiernos não teriam dúvidas em 
responder: toda a Bíblia Sagrada. 
Porém, como já m encionado, o 
Evangelho de João foi último a ser 
escrito e é uma das últimas obras de 
todo cânon do Novo Testamento. O 
primeiro livro do Novo Testamento 
foi escrito aproximadamente 20 anos 
após a ressurreição de Cristo. Hoje, 
nós temos o privilégio de examinar os 
dois testamentos, porém os iniciantesda fé cristã daqueles dias possuíam 
unicamente o Antigo Testamento. Por 
isso, a pergunta: qual Escritura exami­
nar? Jesus está falando de examinar
ü I lm m
os escritos veterotestamentários. 
Claro que devemos estudar toda a 
Bíblia, mas Jesus aqui estava falando 
do Antigo Testamento.
Neste momento do Seu discurso, 
Jesus não ordena àquela geração 
olhar para frente, para as informa­
ções que ainda iriam ser escritas e 
canonizadas, mas Ele pede para os 
líderes religiosos de sua época ana­
lisar o conteúdo escrito do AT. Desta 
maneira, não O rejeitariam, muitos 
menos O perseguiríam até à morte, 
mas antes se alegrariam e ensinariam 
ao povo: "Achamos o M essias!". 
Não há condições mínimas de crer e 
anunciar se não tivermos o princípio 
de examinar as Escrituras e encon­
trar Jesus (Jo 5.39). Infelizmente, 
há muitos cristãos hodiernos que 
rejeitam total ou parcialmente o 
Por outro lado, assim como os 
"judeus" (vv 16-18) - termo dentro 
desta perícope alusivo aos fariseus, 
escribas, sacerdotes e anciãos -, que, 
ao examinar os textos da Antiga 
Aliança, encontravam pedras para 
apedrejar a mulher adúltera, falta de 
fé na transformação de publicanos 
e pecadores, bem como acusavam 
Jesus por ter operado um milagre 
no dia de sábado, assim também 
ministérios, lideres e cristãos 
atuais encontram de tudo nos es­
critos canônicos do AT: misticismo 
exagerado, superstições e magias 
em símbolos judaicos, falsas unções 
e ministérios inexistentes, porém 
não conseguem encontrar o Cristo 
predito, prometido e revelado na Lei, 
nos Profetas e nos Escritos.
Jesus, na plenitude da Sua hu­
mildade, continua o Seu diálogo de 
demonstração afirmando, através 
de testemunho alheio, que Ele é o 
Messias. Primeiro testemunho: o Pai 
'-23). Segundo testemunho: 
Batista (vv.32-35). Terceiro 
unho: o p róprio M oisés
(vv.45-47). Quarto testem unho: a própria palavra 
escrita (v.39).
Observando o quarto testemunho, atestificação da 
Palavra, Jesus alegava, em defesa do Seu messianismo, 
bem como da Sua filiação unigênita e da consequente 
igualdade divina, que o necessário era crer, pois tudo já 
estava revelado e escrito. Em várias passagens narradas 
pelos evangelistas sobre os eventos, fatos e obras reali­
zados por Jesus, é possível observar Jesus trazendo luz 
e conhecimento para Seus ouvintes a respeito daquilo 
que está escrito sobre Ele. O evangelista Lucas narra 
o episódio em que Jesus entra em uma sinagoga em 
Nazaré e o príncipe da sinagoga concede ao visitante 
daquele sábado a oportunidade para a leitura e lhe 
oferecido o livro do profeta Isaías, onde Ele proposital­
mente lê Isaías 61.1-2, e depois da leitura afirma: "Hoje 
se cumpriu esta escritura entre vós" (L c 4 .14-21). Com 
esta ratificação, o verbo encarnado está transmitindo 
ao Seu público alvo a mensagem "Eu estou ajudando 
vocês a examinar as Escrituras".
O Cristo vivo lapidava Seus diamantes (discípulos), 
extraía deles todas as suas dúvidas e os enchia de toda 
determinação e autoridade através e pela Palavra. 
Aqueles homens que foram discipulados e treinados 
na prática pelo Mestre, ao comtemplarem todo flagelo 
seguido de crucificação, morte e sepultamento, foram 
completamente abalados pelas circunstâncias e o medo. 
Lucas registra que, no mesmo dia da ressurreição, o 
Senhor aparece a dois discípulos no caminho de Emaús, 
os quais estavam totalmente desiludidos. Novamente 
o Mestre examina as Escrituras e demonstra aos discí­
pulos fragilizados que tudo estava escrito e precisava 
acontecer. "E , começando por Moisés e por tpdos 
os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em 
todas as Escrituras" (Lc 24.,27). Eles compreenderam 
e voltaram a Jerusalém com todo ímpeto.
Para concluir este tema, lembremos do apóstolo 
Pedro, em sua primeira preleção, após examinar as 
Escrituras e aplicar verdades cristocêntricas, o que 
teve como resultado cerca de 3 mil almas recebendo 
Jesus como Salvador pessoal. O que continha nesta 
mensagem? Basta examinar o conteúdo de Joel 2.22 
e Salmos 16 e 110. Que repouse sobre nós a graça 
do Senhor para continuarmos a examinar o Antigo 
Testamento e encontrar o fator de maior relevância 
para nossa vida: Jesus Cristo, nosso Salvador! •
Gesiel Pereira é líder da AD em Rodeio (SC), diretor teológico 
da Faculdade FAEST, professor de Teologia e escritor.
Sala de leitura
As Maravilhas da Criação
0 DEUS QUE 
GOVERNA O MUNDO 
E CUIDA DA FAMÍLIA
Os Ensinamentos Divinos nos Livros 
de Rute e Ester para a Nossa Geração
SILAS QUEIROZ IGREJA
IDENTIDADE
&S1MBOLOS '
O Deus que governa o 
mundo e cuida da família
Silos Rosalino de Queiroz
Neste trim estre, estudarem os 
na Lições Bíblcias Adultos da CPAD 
do is livros h istó rico s do A ntigo 
Testam ento cu jas p e rso n ag ens 
centrais são duas mulheres: Rute 
e Ester. A partir desses dois livros, 
aprenderemos lições que servem de 
ensinamento e edificação espiritual 
para a Igreja de Cristo. As histórias 
de Rute e Ester mostram a ação de 
Deus para executar Seu propósito. 
Em Rute, o propósito era um; em 
Ester, era outro; mas, em ambos 
estam os diante da ação de Deus 
na vida da família e de uma nação.
Algumas lições a serem aprendi­
das nesse conteúdo são preciosas: a 
soberania de Deus na vida humana, 
o amor entre nora e sogra, a cora­
gem de uma judia diante de uma 
ameaça, a maneira de se comportar 
diante de uma perseguição, enfim. 
São instruções graciosas que ser­
virão de sabedoria de Deus para 
o Seu povo.
»Na Bíblia que uso correntemente,
qS r ° d e Í a brevidade, Colossenses
quem "foram chria^ f J ° f as^iííVei! eas invisíveis"- • 
céus e as que ha na te , g n0e toc|as as coisas
Colossenses
Justo González
Igreja Identidade 
e Símbolos
_______ Esdras Costa Bentho_______
Ao atravessarem eras e culturas, 
muitas palavras mudam de significado. 
É o caso de uma das mais importantes 
palavras da Bíblia: ekklesia, muitas 
vezes traduzida no Novo Testamen­
to como "igreja". Modernamente, 
o vocábulo "igreja" tem designado 
denominações, o templo e até mesmo 
grupos heréticos, mas qual era o seu 
real significado, ou significados, no 
Antigo e no Novo Testamento? Qual. 
a relação existente entre a igreja do 
Novo Testamento, as assembléias da 
polis grega e a sinagoga judaica, todas 
traduzidas pela palavra ekklesia? O 
autor preocupou-se em reunir subsídios 
para compor uma obra que busca com­
preender o significado de ekklesia em 
sua dimensão lexical, cultural, bíblica e 
teológica com o objetivo de enfatizar 
ao leitor a identidade e a natureza da 
igreja neotestamentária, algo necessário 
nesse período de apostasia religiosa 
que grassa uma humanidade aturdida 
e divorciada de Deus.
Louie Giglio - ilustrado por 
Nicola Anderson
Que mundo maravilhoso Deus 
fez! Você vai adorar esses 100 devo- 
cionais que incluem versículos bíbli­
cos, orações, atividades divertidas e 
fotos incríveis, além da seção Explore 
a Maravilha, que apresenta fatos 
científicos alucinantes e edificantes:
• Animais - Desde pássaros guias 
de mel até cobras voadoras e narvais.
• Espaço - De buracos negros 
a luas vulcân icas e exp losões de 
raios gama.
• Pessoas - Desde o porquê de
ficarmos com fome até saber como 
nossos pensamentos afetam nossos 
corpos de maneira que podemos 
conversar sem palavras.
• Terra - De rios de arco-íris a lava 
azul e geleiras fluidas. E muito mais!
O autor é pastor da Passion City 
Church e o visionário original do 
M ovim ento Passion , que desde 
1997 tem reunido jovens em idade 
universitária em eventos nos EUA e 
pelo mundo.
Quando vivíamos no pe
nossos frutos e ações era
as obras da carne. Porém 
quando fomos libertos dc 
Poder e domínio, tendo l 
nova natureza implantada 
m nosso ser, nos tornam, 
________________ Pessoas diferentes. O que
encontrei com c X t T d e v e s e ^ d f '3 ^ ” na essência como nr, ™ diferente, ti 
aparência, do que eu era a m e ? ™ * 0 ® ^ 
Vida Plena 
Kelem Gaspar
EN
TR
E 
AS
PA
S
Como o professor deve agir 
quando é questionado peloaluno com uma pergunta para 
a qual não sabe a resposta?
Nem sem pre o professor te rá respostas, 
m as é preciso d e m o n s tra r interesse em 
pesqu isar sobre o assunto
Uma boa aula da Escola Bíblica Dominical é aquela 
que abre espaço para participação, diálogo e exposi­
ção dos questionamentos dos alunos. A preparação 
dos professores, o estudo e a oração antes da aula 
são fundamentais para que o Espírito Santo o ajude a 
lembrar o conteúdo e, assim, responder às dúvidas dos 
alunos (Jo 14.26). Você, como professor, nem sempre 
terá resposta para todos os questionamentos. Quando 
isso acontecer, o que fazer? a) Seja acolhedor ao ensino 
participativo: evite respostas vagas, ironia ou tratar o 
aluno de maneira ríspida. Valorize a curiosidade das 
pessoas sobre as Escrituras; assim, tenha em mente 
que é saudável, para a consolidação da aprendizagem, 
o ensino acolhedor e participativo, c) Demonstre hu­
mildade e interesse. Não tem problema assumir que 
você não tem o conhecimento necessário para tirar 
aquela dúvida naquele momento, mas que irá pesquisar 
para apresentar um posicionamento na próxima aula. 
Essa atitude cria um víncujo entre professor e aluno 
que pode ser transformador, a partir da explicação
das Escrituras (Rm12.10). d) Tenha disposição para 
aprender junto: anote a pergunta e pesquise durante 
a semana. Assim, você cria um ambiente favorável ao 
discipulado e aproveita todas as oportunidades, até 
os questionamentos, para aprender junto com seus 
alunos sobre a Palavra de Deus (Cl 3.16-17). Desse 
modo, ser questionado em sala de aula não é um 
problema, mas, sim, uma oportunidade de apresentar 
um espaço de ensino bíblico, acolhedor e participativo 
na Escola Bíblica Dominical. •
Janderson Nascimento da Silva Alves é pastor pela 
Convenção Estadual das Assembléias de Deus da 
Bahia (CEADEB); membro do Conselho Estadual de 
Discipulado Dinâmico da CEADEB/CEDD;pastor- 
auxiliar e 2° vice-presidente das Assembléias de Deus 
em Vitória da Conquista (ADEVIC); doutorando e 
Mestre em Teologia pelas Faculdades EST (2024); pós- 
graduado em Aconselhamento Pastoral pela UMESP 
(2018): e bacharel em Teologia pelo Instituto Bíbtico das 
Assembléias de Deus (IBAD-2013).
30 ENSINADOR CRISTÃO
t
Boas Idéias
A Mão que Governa o Mundo ® 
e Cuida da Família
Rute e Ester: duas histórias que inspiram e mostram 
a providência divina na história e na vida
DUAS IMPORTANTES MULHERES 
NA HISTÓRIA DE UM POVO
Prezado(a) professor(a), com a graça de Deus, 
vamos iniciar mais um trimestre de Lições Bíblicas 
Adultos. Nesta ocasião, estudaremos dois livros 
das Escrituras Sagradas: Rute e Ester. Duas im­
portantes mulheres na história do povo de Deus 
que viveram em épocas e contextos diferentes do 
nosso, contudo suas vidas continuam sendo fontes 
de profunda inspiração para todos que desejam 
agradar a Deus e servir ao próximo, não tendo 
suas vidas como preciosas. Rute deixou seu povo 
e sua família para se unir à sua sogra e cuidar dela 
em um momento muito difícil, de muitas perdas. 
Ester enfrentou um decreto real e com ousadia 
foi até à presença do rei para interceder em favor 
do seu povo, ajudando a livrá-lo do extermínio.
Objetivo: Apresentar o tema que será estudado 
na primeira lição do trimestre.
Material: Quadro branco e caneta.
Procedimento: Professor(a), escreva no quadro 
os nomes "Rute" e "Este r" . Em seguida, faça 
a seguinte pergunta: "O que vem à mente de 
vocês quando ouvem esses nomes?". Incentive 
a participação de todos e ouça as respostas com 
atenção. Depois, utilizando o quadro abaixo, ex­
plique a autoria desses livros, o público-alvo e o 
propósito. Essa atividade ajudará na compreensão 
e aprendizagem da temática desses livros.
O LIVRO DE RUTE O LIVRO DE ESTER
AUTORIA AUTORIA
PÚBLICO-ALVO PÚBLICO-ALVO
0 povo de Israel. O povo de Israel.
PROPÓSITO PROPÓSITO
Mostrar como duas mulheres 
permaneceram fiéis a Deus, 
mesmo em meio as dificul­
dades, quando a sociedade 
estava em colapso.
Evidenciar a soberania de 
Deus e o cuidado dEle para 
com o seu povo.
RUTE E NOEMI: 
ENTRELAÇADAS PELO AMOR
LIÇÃO 2
Professor(a), na lição 3, veremos no exemplo de 
Noemi e Rute a importância da união e do amor 
altruísta para termos famílias saudáveis. A sogra de­
mostrou seu amor ao incentivar a nora a recomeçar 
a vida. A nora revelou seu amor ao decidir não deixar 
sua sogra sozinha em um momento de perdas. 
Objetivo: Mostrar a importância do amor 
Material: Reproduza no quadro o esquema abaixo. 
Procedimento: Sente-se com seus alunos em 
círculo e apresente o tema da lição. Diga que vivemos 
em uma sociedade cada dia mais distante de Deus 
e onde o amor ao próximo tem esfriado. Vemos na 
mídia e nas redes sociais um forte apelo ao egoísmo 
e ao hedonismo. Em seguida, peça que os alunos 
formem três grupos e escolham um líder para cada 
grupo. Passe a caixinha com as tiras de papel para o 
líder de cada grupo retirar uma. Cada aluno deverá 
retirar uma tira e, por meio de textos bíblicos, mostrar 
qual deve ser a postura de um crente frente a essas 
três situações abaixo. Depois, peça que formem no­
vamente um único grupo onde cada líder vai explicar 
qual a postura correta do crente nessas situações.
CRISE FAMILIAR Orar a Deus, jejuar e confiar que Ele 
pode resolver todas as questões difíceis 
em nossos lares (Jr 33.3). Não devemos 
desistir diante das crises, mas superá-las 
com a ajuda do Pai.
DIAS DIFÍCEIS Todos, justos e ímpios, estão sujeitos 
a dor e ao sofrimento, o importante e 
a forma como reagimos diante deles, 
crendo que Deus está no controle de 
tudo (Ec 7.14). Não se desesperar, mas 
crer que na vida tudo e passageiro, os 
dias maus e os bons (SI 30.5).
MANIPULAÇÃO
EMOCIONAL
Noemi não apelou para os sentimen­
tos e emoçoes de suas noras e tal 
atitude é fundamental para a cons­
trução de relacionamentos saudáveis 
(Pv 20.11). Amar as pessoas de forma 
altruísta em toda e qualquer situação.
ENSINADOR CRISTÃO 31
O ENCONTRO DE 
RUTE COM BOAZ
Professor(a), na quarta lição, estudaremos a res­
peito do encontro de Rute com Boaz. Esse encontro 
nos ensina preciosas lições e uma delas é que os 
planos de Deus para as nossas vidas jamais serão 
frustrados (Jó 42.2). Parecia não haver esperança 
para Noemi e sua nora, mas o Pai Celeste estava 
trabalhando em favor delas. Muitas vezes, diante 
das adversidades, temos dificuldades em enxergar o 
agir de Deus em nosso favor, mas podemos crer que 
os planos do Senhor são sempre bons e perfeitos e 
que Ele tem o tempo certo para agir em nosso favor.
Objetivo: M ostrar que Deus não perde o 
controle de nossas vidas.
Material: Quadro branco.
Atividade: Professor(as), as palavras por si mesmas 
falam muito, por isso sugerimos que você escreva 
no quadro os seguintes vocábulos: "estrangeira", 
"viúva" e "remidor". Peça que os alunos digam o 
que vem à mente deles quando ouvem esses termos. 
Depois, enfatize o uso dessas expressões no livro 
de Rute e explique o seu significado. Mostre que 
Rute era moabita, ou seja, gentia, não fazia parte 
do povo de Deus. Ela também era viúva e essas 
deveriam ser ajudadas e sustentadas pelos filhos e 
familiares diretos. Diga que tudo parecia estar dando 
errado na vida de Rute, mas Deus tem o controle 
de todas as coisas e Ele já havia providenciado um 
parente remidor para ela. Diga que a condição de 
Rute não impediu que Boaz tomasse a decisão de 
ajudá-la. Ele proveu a subsistência de Noemi e Rute 
e cumpriu o costume do casamento levirato, para 
dar o filho que o marido de Rute não conseguiu 
lhe dar devido à sua morte (Dt 25.5-10). Enfatize 
que a melhor maneira de nos conduzirmos diante 
das necessidades do nosso próximo (estrangeiros, 
viúvas, idosos, pessoas em condição social de rua), 
é fazer como fez Boaz: acolher e amar, pois "quem 
ama aos outros cumpriu a lei" (Rm 13.8). Ressalte 
que Rute foi surpreendida com a atitude de Boaz 
para com ela, uma estrangeira e viúva. Muitos não 
crentes podem também serem surpreendidos por 
nossas atitudes de amor

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