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O soneto "Poesia como forma de dizer" de Paulo Henriques Britto é um metapoema que discute o propósito e o alcance do fazer poético. Ele apresenta a poesia como uma forma de dizer o que de outras formas é omitido, e que não se cala o que se vive e vê e sente por vergonha do sentido. A poesia é vista como um discurso completo, que é ao mesmo tempo uma trama de fonemas, artesanato de éter e projeto sobre a coisa que transborda o poema. A palavra é comparada a uma lâmina só gume que pelo que recorta é recortada, cinzel de mármore, obra e tapume. O poema dialoga com a tradição poética ocidental por meio do emprego do verso decassílabo e do poema de 14 versos, além de fazer alusões intertextuais a João Cabral de Melo Neto (“lâmina só gume”) e Olavo Bilac (“cinzel de mármore”), por exemplo. Sendo assim, a alternativa que apresenta uma afirmação INCORRETA sobre o poema é a letra a) Reivindica maior clareza e rigor ao texto poético, considerado esquivo, oblíquo, inexpressivo e, por isso, desprovido da autonomia que caracteriza a prosa. O poema não reivindica maior clareza e rigor ao texto poético, mas sim apresenta a poesia como uma forma de dizer o que de outras formas é omitido, e que não se cala o que se vive e vê e sente por vergonha do sentido.
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