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ESTEATOSE HEPÁTICA 
Esteatose Hepática - Degeneração gordurosa: deposição de material lipídico nos hepatócitos.
Mudanças morfológicas:
 → Coloração que varia entre manchas amareladas e manchas mais claras ou o predomínio de um coloração mais amarela.
 → Presença de áreas de fibrose, que podem ser de diferentes graus. É diferente da cirrose (fibrose difusa), a qual é mais grave, um passo à frente, em que o órgão encolhe devido à deposição de colágeno, que substitui as células mortas.
→Hepatomegalia -o fígado esteatótico se torna palpável, diferentemente do fígado saudável. Nas imagens (ultrassonografia), há aumento da opacidade do órgão.
OBS - não dá pra confundir exames de imagens de cirrose hepática e esteatose hepática. 
Só temos marcação de alteração de função hepática com aumento de enzimas hepáticas quando há lise, morte celular. Pode haver mudança nos níveis das enzimas mas não em todos os graus, somente nos mais avançados, em que tem-se necrose dos hepatócitos.
Já na cirrose, as enzimas hepáticas estão sempre aumentadas.
A esteatose é dividida em grau 1, grau 2 ou grau 3 por meio da análise de biópsia, a qual revela a porcentagem atingida do fígado. Quanto mais avançado, mais próximo de um fígado cirrótico.
Fígado de pato/ganso → foie gras - fígado gordo - fígado bem inchado, repleto de gordura, coloração diferenciada.
Etiologia:
Obesidade centrípeta/ acúmulo de gordura visceral → causa alterações metabólicas (o indivíduo obeso é um indivíduo inflamado). Os adipócitos produzem suas próprias citocinas (adipocinas - TNF-alfa/ IL-6 - inflamação crônica). A disfunção metabólica que o tecido adiposo visceral proporciona é que vai levar ao distúrbio metabólico, pois modifica a resposta da insulina (dessensibilização dos receptores de insulina), levando à hiperglicemia.
OBS: Evidências recentes indicam que os principais fatores envolvidos na gênese da resistência à insulina são oriundos do TECIDO ADIPOSO, especialmente quando ele se prolifera de forma exagerada (obesidade)!!! Adipócitos “abarrotados” de gordura aumentam a se-
creção de TNF-alfa e diminuem a secreção de Adiponectina,um hormônio lipídico que regula o catabolismo de ácidos graxos.
Menos GLUT4 na membrana → menor captação de glicose → glicemia aumentada - diabetes mellitus tipo 2.
Tem menor grau de lipase periférica (quebra tgl em ácido graxo livre e glicerol), aumentando a síntese de AG livres através da glicose.
Ácidos graxos livres provenientes da dieta → são absorvidos no intestino, circulam e vão para os hepatócitos onde sofrerão a metabolização.
Vias de metabolização dos ácidos graxos:
Ácidos graxos → corpos cetônicos e acetil-CoA (oxidação nas mitocôndrias);
Ácido graxos → fosfolipídeos (constitutivos de membranas);
Ácidos graxos → ésteres de colesterol (esterificação);
Ácidos graxos → triglicerídeos;
Os triglicerídeos podem ser armazenados no complexo de Golgi (acúmulo intracelular)ou se associar as apoprotreínas (LDL, HDL, VLDL), formando lipoproteínas, as quais são transportadas para a corrente sanguínea por meio do espaço de Disse (espaço entre o hepatócito e o sinusóide hepático).
Vesículas formadas por microtúbulos e microfilamentos armazenam as lipoproteínas, caem no espaço de Disse, e assim irão atingir a corrente sanguínea.
Disfunções no metabolismo:
→ Aumento da captação de ácidos graxos - aumento de triglicerídeos;
→ Comprometimento da via da oxidação dos ácidos graxos - lesões mitocondriais, há desvio para outras vias, levando ao acúmulo de triglicerídeos;
→ Diminuição da liberação de ácidos graxos - acúmulo do triglicerídeo dentro do hepatócito na forma de lipoproteína - por exemplo, quando há lesão nos microtúbulos e microfilamentos, impedindo a saída das lipoproteínas,que ficam acumuladas no citoplasma hepático - esteatose.
As vias de metabolização dos AG envolvem o NAD. O etanol é tóxico, desvia a rota metabólica dos lipídeos e consome o NAD na rota de metabolização do etanol, diminuindo a disponibilidade de NAD.
O consumo de NAD no metabolismo do etanol produz NADH, gerando estresse oxidativo (EROS).
Ou seja, o metabolismo do etanol diminui a oxidação de AG a corpos cetônicos pelas mitocôndrias e geram processos oxidativos que destroem a estrutura dos microtúbulos e microfilamentos das vesículas que armazenam lipoproteínas, as quais ficam acumuladas no citoplasma, levando ao quadro de esteatose hepática.
OBS - Corpúsculo de Mallory-Denk: balonização dos hepatócitos - retenção de proteínas (resultado da destruição dos microtúbulos e microfilamentos) + metabólitos + retenção de água (as proteínas retém água).
Tudo aquilo que produz estresse oxidativo para o hepatócito pode gerar corpúsculo de Mallory-Denk.
Evolução: Esteatose - Esteatohepatite - Fibrose hepática difusa (cirrose). 
Três “estágios” na evolução da DHA: esteatose, esteato-hepatite e cirrose.
Histologicamente, os três predominam na região central (perivenular) do lóbulo hepático (zona 3), o que ajuda a diferenciar a DHA de outras hepatopatias crônicas, como as hepatites virais, que predominam na região periportal (zona 1).
Esteatose - Vacúolos lipídicos bem próximos da veia centrolobular - ZONA 3.
O trato portal ainda está preservado.
Infiltrado inflamatório mononuclear e polimorfonuclear da Esteatohepatite:
Balonização de hepatócitos - corpúsculos de Mallory Denk - indicados pela seta.
* corpo apoptótico.
OBS: Esteatose # Esteatohepatite → na esteatohepatite tem-se a presença de inflamação.
Fibrose perivenular:
A esteatose pode ser classificada de acordo com a porcentagem de gordura/lipídeos.
Balonização - grau 0: nenhum corpúsculo de Mallory Denk; grau 1: poucos corpúsculos; grau 2: muitos corpúsculos.
Cirrose:
O padrão macronodular está geralmente presente nas hepatites e na DHGNA.
O padrão micronodular é frequente na doença hepática alcoólica.
 
A base dos carcinomas hepatocelulares é o fígado cirrótico. Porém, é importante ressaltar que nem todos os pacientes cirróticos, irão desenvolver o hepatocarcinoma. 
Aspectos clínicos - Na cirrose alcoólica o paciente cursa com manifestações clínicas inerentes a qualquer quadro de cirrose, isto é, sinais e sintomas das síndromes de falência hepatocelular (icterícia, encefalopatia, hipoalbuminemia, coagulopatia, ginecomastia, aranhas vasculares) e hipertensão porta (esplenomegalia, ascite, varizes esofago-
gástricas).

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