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Semiologia do sistema digestorio de pequenos animais

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MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
Principais sinais e sintomas 
 Halitose 
 Disfagia / odinofagia 
 Regurgitação/vômito 
 Hematêmese 
 Anorexia e inapetência 
 Incontinência fecal e diarreia 
 Constipação 
 Tenesmo/disquezia 
 Hematoquezia e melena 
 Dor, distensão abdominal 
 
Halitose 
Odor alterado, desagradável ou fétido do ar 
expirado. 
 É comum 
Causas: 
 Doença dental* 
 Doenças bucais, faríngeas, 
esofágicas e gástricas 
 Presença de corpo estranho 
 Coprofagia (odor fétido) 
 Dieta rica em proteína 
 Uremia (hálito urêmico) – doenças 
renais  lembra cheiro de urina. 
 Exame físico da cavidade oral, nasal, 
faringe esófago, além de solicitar outros 
exames, principalmente em doenças renais 
primárias. 
Halitose 
É a dificuldade ou impossibilidade de deglutição. 
 Importante fazer exame físico minucioso 
para diferenciar a origem da disfagia. 
 A deglutição tem 3 fases: oral, 
laríngea e esofágica. A depender do 
local onde o paciente apresenta a 
alteração de deglutição ele apresenta 
sinais diferentes. 
Disfagia de origem bucal – 
- Dificuldade de preensão/mastigação. 
- Sialorreia. 
- Halitose. 
Disfagia de origem laríngea – 
- Engasgos 
- Movimentos de deglutição repetidos. 
- Odinofagia (dor a deglutição) 
- Distensão exagerada do pescoço. 
Disfagia de origem esofágica – 
- Regurgitação*/vômito 
- Apetite voraz. (tentam se alimentar, mas 
não conseguem, assim continuam com fome). 
Causas 
 Fraturas de mandíbula 
 Processos dolorosos (principalmente 
de cavidade oral) 
 Obstruções (corpo estranho) 
 Anomalias congênitas (megaesôfago 
– disfagia de origem esofágica). 
 Deve ser investigada com inspeção 
da cavidade oral, palpação da região 
cervical (especialmente do lado 
esquerdo, onde passa o esôfago). 
Interessante oferecer alimento ao 
paciente e observar como ele o 
come. 
 
Vômito x regurgitação 
Vômito – é a ejeção forçada de conteúdo 
gástrico ou duodenal (forma ativa).  
Apresentam sinais que antecedem a 
ocorrência de determinado evento 
(prodrômicos): 
 Inquietação 
 Sialorreia 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 Lambedura dos lábios 
 Repetidas deglutições 
 Alteração do padrão respiratório 
 Vômito ocorre por associação de vários 
acontecimentos. 
Causas – solicitar exames indiretos para 
descobrir a causa do vômito. 
 Mudanças bruscas da dieta 
 Indisposição alimentar 
 Parvovirose 
 Pancreatite 
 Obstruções por corpo estranho 
 Alimento parcialmente digerido a não 
digerido e o animal se alimentou em um 
intervalo de tempo um pouco maior. 
 
Regurgitação – É a eliminação retrógrada e 
passiva (sem esforço abdominal) de conteúdo 
esofágico.  não chega ao estômago do 
paciente. 
Causas – 
 Megaesôfago 
 Obstruções esofágicas (corpos 
estranhos*) 
 Neoplasias 
 Alimento não é digerido. 
 Paciente não apresenta sinais prévios. 
 
 
Hematêmese 
É a presença de sangue no vômito. 
 É necessário entender a origem do 
sangue (gastrointestinal, cavidade oral ou 
trato respiratório -hemoptise). 
Causas: 
 Gastrite 
 Gastroenterite hemorrágica 
 Neoplasia 
 Ingestão de AINES* (úlceras) 
 Corpos estranhos (a depender da 
conformação pode promover 
perfuração) 
Causas secundárias: 
 Insuficiência renal ou hepática 
 Importante diferenciar do sangue 
proveniente de outras regiões. 
 
Anorexia x inapetência 
A anorexia confere uma completa perda de 
apetite ou não interesse pelo alimento. É um 
estágio mais grave em relação ao interesse 
pelo alimento. 
A inapetência é a perda parcial do apetite ou 
diminuição do consumo de alimento. 
 As causas são diferentes: 
 Doenças sistêmicas 
 Estresse 
 Troca de ração/alimentação 
 Fatores emocionais em geral 
Anamnese  investigar se houve 
modificação na alimentação do paciente, a 
marca da ração, o tipo de alimento consumido, 
perguntar se o animal já apresenta apetite 
seletivo ou não, se o paciente vem 
apresentando perda progressiva de peso. 
 
 É importante descartar a presença de 
disfagia O paciente perdeu interesse em se 
alimentar ou não consegue? 
 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
Constipação intestinal 
A passagem das fezes está dificuldade, 
menos frequente que o normal ou ausente. 
Os animais apresentam esforço ao defecar e 
ficam cada vez mais retidas, quanto mais 
retida, mais secas e endurecidas elas ficam 
no cólon e reto.  Pode até levar a 
formação de um fecaloma em casos graves 
(em alguns casos é tratamento cirúrgico com 
tratamento químico). 
Causas: 
 Drogas (anti-histamínicos e opioides 
que diminuem a motilidade intestinal) 
 Comportamentais (limpeza 
inadequada da caixa sanitária) 
 Dietéticas (alimentação rica em fibra 
para animais desidratados) 
 Obstruções intraluminais (tumores e 
CE) 
 Obstruções extraluminais 
(prostatomegalia) 
 Doenças muscoesqueléticas (fratura 
pélvica não consolidada 
corretamente, displasia coxofemoral, 
doença do disco intervertebral ou 
alterações na coluna). 
 Perguntar ao tutor se ele avaliou as fezes 
do animal e o que ele poderia ter encontrado. 
 Palpação, toque retal e exames indiretos, 
principalmente exames de imagem. 
 
Incontinência fecal x diarreia 
A incontinência fecal é a incapacidade de 
controlar a eliminação das fezes em função 
de um relaxamento do esfíncter anal. 
Causas: 
 Prostatite irritativa 
 Lesão em esfíncter anal 
 Lesões em nervos espinhais com raiz 
em S1 a S3. 
 Animal não adota a postura de 
defecação. 
A diarreia é o aumento anormal do volume 
fecal, frequência de defecação e do conteúdo 
líquido das fezes.  geralmente está 
associada a urgência fecal. 
Causas: 
 Parasitismo 
 Neoplasias 
 Insuficiência renal 
 Distúrbios pancreáticos e hepáticos 
 Antibióticos 
 Reações a dieta 
 A urgência fecal tem a eliminação das 
fezes de forma rápida e sem preparo, muitas 
vezes o tutor relata que o animal defecou em 
diferentes locais da casa que não são usuais, 
mas ele adota uma postura de defecação. 
 
Tenesmo x disquezia 
O tenesmo é quando o paciente tem esforços 
improdutivos e repetidos de defecação. 
 Tem postura de defecação 
 Defeca pouco 
 Permanece na posição de defecação 
na tentativa de continuar evacuando. 
 Em alguns casos as fezes podem sair 
com muco e em casos mais graves 
com sangue. 
A disquezia é a defecação dolorosa. O 
paciente pode ter tenesmo, mas não tem dor, 
apesar de que na maioria dos casos de 
tenesmo há disquezia. 
Causas: 
 Colites 
 Obstrução de cólon e reto 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 Hérnias perianais (geralmente em 
idosos inteiros que apresentam 
doença prostática) 
 Doença prostática (geralmente 
primária) 
 Obstrução uretral em gatos (pode 
apresentar grandes distensões da 
vesícula urinária que pode promover 
obstrução de cólon descendente e 
reto) 
 
Hematoquezia x melena 
A hematoquezia é a presença de sangue vivo 
nas fezes que se apresenta como estrias ou 
misturado ao bolo fecal. 
 Geralmente em pacientes com lesões 
em reto ou na região de cólon 
descendente, ou seja, o paciente tem 
lesão no final do trato digestório. 
 Quando misturado ao bolo fecal, a 
presença de lesões é mais distal ao 
trato digestivo, mas um pouco mais 
cranial em relação a distribuição do 
sangue em estrias. 
Causas: 
 Lesões hemorrágicas focais mais 
distais ao TGI 
A melena é a presença de sangue digerido nas 
fezes, sendo de coloração escura. Assim, os 
sangramentos são mais craniais ao TGI. 
Causas: 
 Sangramentos gástricos e duodenais 
 
É fundamental pensar que quando ocorre a 
melena, seja descartado que as fezes 
escurecidas não sejam em função de outras 
causas como: paciente que deglute sangue 
(paciente com trauma prévio ou 
hematêmese), uma dieta rica em ferro ou até 
histórico de ingestão de carvão ativado. 
 
 
Dor abdominal 
É frequente na rotina de atendimento. Tem 
origem no TGI ou outros órgãos. 
 As causas são diversas, assim, realizar 
exame físico minucioso. 
A dor referida é a dor que ocorre em um 
determinado local, mas que a suaorigem é em 
outra região que não aquela que está doendo. 
Causas: 
 Distensão de vísceras ocas 
 Peritonites 
 Ruptura de vísceras 
 Tromboses 
 Inflamação e/ou distensão do fígado, 
pâncreas e rins 
 Afecções da coluna. 
 Animais com dor aguda são candidatos a 
laparotomia exploratória se não há diagnóstico 
conclusivo com exames complementares. 
 
Distensão abdominal 
Facilmente identificada a depender do grau de 
distensão.  É o aumento do contorno 
abdominal. 
Causas: 
 Prenhez 
 Hepatomegalia/esplenomegalia 
 Cistos abdominais 
 Dilatação gástrica 
 Peritonite 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 Obesidade 
 Retenção de fezes a depender do 
grau de distensão. 
 Na grande maioria dos casos a inspeção 
indireta por exame ultrassonográfico é 
excelente para determinar diagnostico e 
nortear o tratamento para os pacientes. 
 
Exame físico geral 
1- Identificação do paciente. 
 Dados do tutor (nome, endereço, 
telefone, profissão – os formados 
na área de saúde podem ter 
facilidade de acesso a variadas 
medicações e isso impacta na 
avaliação do exame físico geral em 
função da medicação indevida). 
 Data de consulta 
 Nome do paciente 
 Espécie, raça, idade, sexo 
 Temperamento (pacientes 
agressivos podem ser mais perigosos 
no momento de avaliação semiológica). 
Espécies – cães tem maior propensão a 
ingerir CE. 
Raça – pastor alemão com maior propensão 
a problemas esofágicos. 
Gatos siameses mais propensos a doença 
inflamatória intestinal. 
Idade – animais mais jovens coma afecções 
mais associadas a ordens congênitas, 
infecciosas e virais. 
Sexo - Os machos adultos inteiros geralmente 
têm constipação e tenesmo associados a 
hiperplasia prostática benigna ou cística. 
2- Anamnese 
 Queixa principal? Duração e 
frequência dos sintomas? 
 Relaciona o quadro com algum evento 
ocorrido? 
 Qual a dieta principal? Houve 
mudança? 
 Ingestão de água? Apetite? 
 Características e frequência de 
defecação? 
 Tratamentos anteriores? Quais? 
Houve melhora? 
 Vacinação/vermifugação? 
 Acesso a rua? 
 Ambiente higienizado? Frequencia? 
 
Considerações no exame físico geral 
Avaliar: 
 Condição corporal/peso 
 Comportamento 
 Atitude/postura 
 Posicionamento ortopneico = quando apresenta 
abertura dos membros e extensão do pescoço 
normalmente associada a dificuldades respiratórias. 
 Posicionamento anti-álgico = presença de dor 
 Ritmo cardiorrespiratório 
 Temperatura 
 Coloração das mucosas 
 Secreções. 
 
Exame físico específico 
Envolve diferentes estruturas: 
 Cavidade oral e faringe 
 Esôfago 
 Abdome 
o Estômago 
o Intestinos 
o Fígado 
o Pâncreas 
 
 
 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
Exame físico específico 
Solicitados de forma mais direcionada. 
 Laboratoriais 
o Hemograma 
o Bioquímico 
o Urinálise 
 Parasitológico 
 Liquido peritoneal 
o Coleta melhor feita 
monitorado por técnicas de 
imagem. 
 Imagem 
o Raio x 
o Ultrassom 
o Endoscopia 
 Laparotomia exploratória (biópsias) 
 
Meios semiológicos 
 Inspeção 
 Palpação 
 Percussão 
 Auscultação 
 Olfação 
 
Avaliação da cavidade oral e faringe 
Compreende da região dos lábios até a 
orofaringe. 
 
 Geralmente em felinos na região de 
frênulo lingual são encontrados corpos 
estranhos lineares. 
 
Os principais sinais clínicos esperados em 
afecções orais: 
 Halitose 
 Sialorreia 
 Hemorragia oral 
 Distúrbios de preensão/mastigação 
 Disfagia/odinofagia 
 
A avaliação é feita primeiramente pela 
elevação dos lábios superiores. 
 
Mucosa oral 
 Observar se há simetria dos lábios 
superiores e a região superior e 
inferior. 
 Observar coloração 
 Se há presença de úlceras e lesões 
 Presente de CE e massas 
 Avaliar a umidade 
Gengiva 
 Inflamação 
 Ulceração 
 CE e massas 
Dentes 
 Característica dos dentes 
 Cor do dente 
 Área de fratura 
 Calculo dentário 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
Após a avaliação por elevação dos lábios 
superiores é necessário fazer a abertura da 
boca do paciente e aqueles que não permitem 
podem serem contidos quimicamente, se 
necessário. 
 
 Com o dedo indicador e o dedo polegar 
colocar a mão na região superior da maxila e 
encaixar os dedos na região caudal aos 
caninos e com a outra mão livro é tracionado 
ventralmente a mandíbula abrir a boca. 
 Fazer com delicadeza, para não 
causar dor ao paciente. 
O que avaliar? 
Dentes – 
 Posicionamento 
 Coloração 
 Oclusão 
 Presença de fraturas ou cálculos 
 Qualidade do esmalte 
Língua – 
 Mobilidade 
 Coloração 
 Tipo de superfície 
 Presença de lesões 
 Massas 
 Edema 
 CE em sua base 
Palato duro e mole – 
 Presença de lesões 
 CE 
 Palato mole alongado (cães 
braquicefálicos) 
 Anomalias congênitas 
Faringe e tonsilas – sedação e anestesia para 
haver abertura de boca efetiva e 
deslocamento ventral da língua 
 Inflamação 
 Secreção purulenta 
 Simetria 
 CE 
 Massas 
 
Presença de massa ulcerada. 
 
Laceração da região da base da língua onde 
havia presença de CE linear. 
 
As glândulas salivares são 4 pares (parótidas, 
mandibulares, sublinguais e zigomáticas). 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
Apenas as glândulas mandibulares podem ser 
possíveis de palpar no exame semiológico em 
aspecto de normalidade, porque só elas têm 
uma cápsula fibrosa. Quando há aspecto 
patológico, todas as glândulas podem ser 
palpadas e há também a identificação por 
inspeção direta da localização de cada uma. 
 Mucocele, sialocele ou rânula é o acúmulo 
de saliva no tecido subcutâneo causado por 
bloqueio do ducto/ruptura da glândula. 
 Aumento de volume na região onde a 
glândula está localizada e 
normalmente é unilateral. 
 Hiperplasia pode estar relacionada a 
abscessos ou neoformações. 
 Palpação 
 Inspeção direta 
 Inspeção indireta 
 
Avaliação do esôfago 
Anatomicamente é dividido em 3 regiões: 
 Cervical (vai desde o final da 
cartilagem cricóide até a entrada do 
tórax). 
 Torácico (entrada do tórax até o 
hiato diafragmático). 
 Abdominal (mais curto – hiato 
diafragmático até o cárdia). 
 
Esôfago cervical 
Inspeção direta 
Considerar que o esôfago cervical está 
localizado do lado esquerdo do paciente. 
 Afecções relacionadas a motilidade 
são a maioria dos casos de patologias 
no esôfago (megaesôfago). 
 Doenças de origem obstrutivas 
(principalmente em cães filhotes). 
o Estenose 
o Neoplasias locais ou 
adjacentes 
o Anomalias de anel vascular 
 Doenças inflamatórias 
o Esofagite 
o Hérnia de hiato 
o Fistulas 
o Ulcerações 
Sinais clínicos – geralmente apresentam um 
ou mais: 
 Regurgitação 
 Disfagia/odinofagia 
 Engasgos 
 Salivação excessiva 
 Emagrecimento com apetite voraz 
 Sinais respiratórios (secundários). 
 Necessário que se haja a certeza que o 
animal não tenha afecções de preensão e 
mastigação. 
Palpação 
Geralmente quando há aumento de volume. 
 Palpar na região esquerda, próximo 
ao suco jugular. 
 Descolar a cabeça do animal 
dorsalmente para melhorar a 
visualização e palpação das 
estruturas. 
 Pode fechar a narina e comprimir o 
tórax para evidenciar a dilatação 
esofágica. 
Auscultação 
Pode auscultar sons de movimento de fluidos. 
 
Esôfago torácico/abdominal 
Não pode ser feita uma avaliação por 
inspeção direta. 
 Rx 
 Rx contrastado 
 Endoscopia 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
Avaliação do abdome 
Precisa ser dividido em 3 regiões: 
 Epigástrica (cranial): delimitado 
cranialmente no diafragma e final no 
ultimo par de costelas. 
o Fígado 
o Estômago 
o Pâncreas 
o Rins (a depender da espécie) 
o Baço 
 Mesogástrica (meio): ultimo par de 
costelas até a crista ilíaca. 
o Alças intestinais (delgado) 
o Ovários 
o Ureter 
 Hipogástrica (caudal): da crista ilíaca 
até a região mais caudal do abdome. 
o Vesícula urinária 
o Próstata 
o Uretra 
o Reta 
o Cólon descendente 
Além disso, deve ser feita a divisão em: 
 Dorsal 
 Media 
 Ventral 
 É importante fazera divisão para saber 
os aspectos da anatomia topográfica que 
norteiam o exame. 
 Inspeção direta e indireta, palpação, 
percussão e auscultação. 
 
Inspeção direto 
Avaliar forma e perímetro 
 Simétrico 
 Proporcional ao tórax 
 Levar em consideração o aspecto 
anatômico esperado para cada raça 
e espécie. 
 Paciente com aumento de volume 
mais localizado na região ventral é o 
chamado abdome com aspecto de 
sapo. 
o Pode estar associado com 
acúmulo de líquido que esteja 
mais concentrado na região 
ventral em função da 
gravidade. 
 Paciente com aumento de volume na 
região dorsal 
o Pode ser gás livre 
(pneumoperitoneo) que se 
desloca para região mais 
dorsal por ser mais leve. 
Acúmulo de fluido e gás: 
 Abaulamentos assimétricos (cães de 
grande porte que recebeu grande 
quantidade de alimento e foi 
submetido a exercício extenuante – 
dilatação ou vólvulo gástrico). 
Aumento fisiológico 
 Gestação 
 Alimentação 
 
 Palpação 
 Paciente em estação ou decúbito 
lateral. 
 O tutor pode segurar os membros 
toráxicos do paciente de forma 
elevado em animais mais agressivos 
(lembrar que os órgãos irão se 
projetar mais caudalmente em 
função do levantamento do animal). 
 Iniciar com as pontas dos dedos de forma 
suave e depois mais profundamente e com as 
duas mãos (dedos e palmas). Vai da região 
epigástrica até a hipogástrica. 
 Avaliar sensibilidade 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 Tônus 
 Presença ou ausência de sensibilidade 
dolorosa 
 Observar delimitação de órgãos 
o Formato 
o Volume 
o Sensibilidade 
o Consistência 
 Nem todas as estruturas serão palpáveis. 
Zona epigástrica: 
 Intestino delgado, 
 Fígado (mais facilmente quando está 
distendido) 
 Estômago apenas distendido. 
Zona mesogástrica 
 Intestino delgado e grosso 
 Linfonodos mesentéricos 
(aumentados) 
 Rins (especialmente em gatos) 
 Baço 
 Estômago (distendido) 
Zona hipogástrica 
 Cólon descendente ou reto 
 Útero (distendido) 
 Vesícula urinária (distendida) 
 Próstata (muito aumentada) 
 
 Prova de ondulação ou baloteamento 
(observar líquido livre): 
Clínico por trás do paciente, colocar uma das 
mãos apoiada em um dos lados da cavidade 
abdominal e a outra mão livre do outro lado do 
abdome é feito pequenas batidas para 
promover o líquido faça ondulações que batem 
na outra mão do outro lado do abdome. 
 Cuidado com pacientes obesos e com 
vesícula muito cheia. 
 
 
 Percussão 
 Paciente em decúbito dorsal ou 
lateral. 
 Percussão dígito digital 
 Útil na orientação sobre conteúdo 
abdominal  se dá pelo tipo de som 
 Ponta dos dedos indicador ou médio 
bate na falange média do dedo médio 
ou indicador. É feito em todos os 
locais da cavidade abdominal, 
especialmente naqueles que há 
suspeita de afecção. 
 Observar tipo de som produzido 
o Claro 
 Com ar 
o Timpânico 
 Meteorismo 
 Pneumoperitoneo 
o Maciço 
 Órgãos densos 
 Estase fecal 
 Fluidos 
 
 Auscultação 
Auscultar ruídos característicos do TGI – 
borborigmos (deslocamento de gás e líquido). 
Higidez: ruídos leves e difíceis de serem 
percebidos. 
Patologia: ruídos frequentes, fortes e 
variáveis: motilidade intensa. 
Gestação: ruídos cardíacos fetais. 
 
Sons de capoteio – acúmulo de gás e de líquido 
na cavidade abdominal ou dentro de um órgão. 
 Uma das mãos situada em um lado do 
abdome e a outra do lado. 
 Se promove um movimento 
laterolateral do conteúdo abdominal 
para sentir o deslocamento das 
 MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
estruturas e auscultar o som de 
capoteio. 
 Na região epigástrica normalmente 
se trata de dilatação no estômago 
 Em todo o abdome normalmente é os 
dois conteúdos acumulados no 
estômago. 
 
Inspeção indireta 
Geralmente utilizado na análise de fluidos. 
 Fazer exame físico detalhado 
 Geralmente são solicitados US ou RX. 
 Coleta de líquidos há possibilidade de 
avaliação das características físicas 
e citológicas desse líquido. 
Como a coleta é feita? 
 Abdominocentese 
o Risco mínimo 
o Técnica invasiva 
o Pode ser eco guiado 
o Acesso mesogástrico 
(cicatriz umbilical) 
Tipos de líquidos: 
 Exsudato 
 Transudato 
 Transudato modificado 
 Quilo 
 Hemorrágico 
 
Estômago 
Os principais sinais clínicos relacionados são: 
 Inapetência 
 Anorexia 
 Vômito 
 Dor abdominal 
 Hematêmese 
 São inespecíficos. 
Quais os meios semiológicos para sua 
avaliação? 
Inspeção – animais debilitados e desidratados 
em função do vômito. 
Palpação – Na região epigástrica quando 
repleto e em distensões graves na região 
mesogástrica. 
- Conteúdo, CE e dilatação 
- Observação de dor e desconforto 
Percussão – som timpânico: dilatação gástrica 
por gás. 
Auscultação – borborigmos evidentes em 
região epigástrica. 
 
Inspeção indireta: RX, US, endoscopia (padrão 
outro para identificação e remoção de CE) e 
exames laboratoriais (urinálise, coprofágico, 
dosagem de LT). 
 
Intestino delgado (absorção dos nutrientes) 
Os principais sinais clínicos são: 
 Diarreia* 
 Vomito (quanto mais proximal o 
processo inflamatório, mais 
frequente será o vômito). 
 desidratação. 
 Caquexia e perda de peso 
 Pelame de má qualidade 
 Apatia 
 Melena/hematoquezia 
Inspeção direta – palpação 
 Massas (neoplasias, granulomas, CE) 
 Conteúdo (gases, fluidos, alimento, CE) 
 Espessamento da parede 
 Intussuscepção (formato salsicha ou 
dedo de luva) 
 Pontos dolorosos 
 Obstruções 
 Inspeção indireta – parasitológico de 
fezes, laparotomia exploratória. 
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 Endoscopia (coleta de material, 
remoção de CE e excelente de 
vermifugação), RX (principalmente 
gasoso) e US. 
 
Intestino grosso 
Entre os principais sinais clínicos: 
 Diarreia / constipação 
o Fezes tem consistência mais 
pastosa/aquosa 
o Animal defeca em pequenas 
quantidades 
o Fezes associadas com 
presença de muco ou sangue 
vivo. 
 Disquesia 
 Tenesmo 
 Hematoquezia 
 Vômito (30% dos casos) 
 Grau de desidratação não é tão 
evidente como no intestino delgado. 
 É importante observar a região 
perianal. 
 Aumento de volume 
o Pólipo retal 
o Hérnia. 
Palpação: 
 CE intraluminais 
 Impactação 
 Intussuscepção ileocólica 
Toque retal: 
Pode ser realizado com o paciente em 
decúbito lateral ou quadrupedal (a depender 
da permissão do paciente). 
 Calcar luvas, usar lubrificante e 
unhas cortadas (evitar laceração). 
 Deve ser feito a depender do porte 
do paciente: dedo indicador a dedo 
mindinho. 
Como fazer o toque retal? 
 Introduz parcialmente o dedo e avalia 
o esfíncter anal (tónus, estenose, 
irregularidade). 
 Introduzir um pouco mais o dedo 
(estenose, CE, massas intraluminais e 
alterações da parede) 
 Ao retirar o dedo pode observar as 
fezes (aparência, coloração, sangue, 
muco, fragmentos ósseos) 
Inspeção indireta 
 Colonoscopia retal priorizando o 
segmento intestinal no sentido 
caudocranial 
 Chegando até o duodeno a depender 
do porte do animal e do aparelho 
utilizado 
 
Fígado 
Os principais sinais clínicos são: 
 Vômito 
 Diarreia 
 Melena 
 Hematêmese 
 Ascite 
 Icterícia 
 Perda de peso 
 Anorexia e depressão 
 As alterações físicas são muito variadas 
e a manifestação digestiva de pacientes 
hepatopatas sugere estado avançado da 
doença hepática. 
 
Palpação: 
Deve ser feita de forma delicada, 
introduzindo os dedos entre a arcada costal. 
 Manipular em diferentes decúbitos 
para conseguir palpar diferentes 
lobos hepáticos. 
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 Avaliar o tamanho hepático 
o Hepatomegalia: neoplasia, 
congestão, lipidose. 
Abcessos, hepatite 
o Micro-hepatia: cirrose, 
necrose, desvios 
portossistêmicos 
 Avaliar a superfície, a consistência e 
a sensibilidade 
o Superfície lisa e regular 
o Consistência não pode ser 
mole ou dura. 
 Prova de baloteamento – informação 
sobre a presença de fluidos. 
 
Inspeção indireta 
 Laboratoriais 
o Hemograma 
o Dosagem de proteínas 
o ALT 
 US para avaliação deparênquima 
hepático. 
 UD doppler 
o Desvios portossistêmicos. 
 
Pâncreas 
Geralmente sinais clínicos associados a uma 
pancreatite aguda, que pode ser variável de 
acordo com a idade dos pacientes. 
Em pacientes idosos: alimentação com alto 
índice de gordura ou mudanças bruscas na 
alimentação. 
Em pacientes jovens: pancreatite causada 
por insuficiência pancreática. 
 Os sinais clínicos são pouco específicos: 
 Depressão 
 Anorexia 
 Febre 
 Vomito 
 Diarreia 
 Dor abdominal (síndrome do abdômen 
agudo) 
 É uma difícil exploração semiológica, assim 
é necessário a inspeção indireta. 
 Análise de enzimas pancreáticas 
 US* 
 TC em casos mais complexos 
 Laparotomia exploratória 
 
Principais exames complementares 
 Hemograma/bioquímico/urinálise 
 Parasitológico de fezes 
 Exame dos líquidos peritoneais 
 RX/US/Endoscopia 
 Laparotomia exploratória 
 
Procedimentos intervencionistas 
 Intubação orogástrica 
 Intubação nasogástrica 
 Punção aspirativa 
 Biópsia transabdominal 
 Abdominocentese 
 Necessário conhecimento básico para 
realizar os procedimentos sem auxílio de 
técnicas imaginológicas. 
 
Intubação orogástrica 
Estabelece um acesso direto ao estômago. 
Indicado para: 
 Administração de medicamento 
 Contraste radiográfico 
 Pacientes com anorexia ou vômitos 
repetitivos 
 Realizar lavagem ou descompressão 
gástrica. 
Principais materiais: 
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 Sonda (varia em comprimento e 
espessura a depender da espécie e 
porte) 
 Abre-boca 
 Rolo de fita 
 Caneta marcação (delimitar o 
comprimento da sonda até o ponto 
que será introduzida) 
 Gel lubrificante 
 Seringas/funil 
Técnica: 
 Estimar o tamanho da sonda (não 
introduzir uma maior ou menor). 
Estimar desde a entrada da boca até 
o ultimo par de costelas ou alguns 
centímetros a menos. 
 Lubrificar a sonda 
 Contenção do paciente (pode ser 
feito em pacientes sentados ou em 
cima da mesa. Para cães maiores, um 
auxiliar posiciona o cão na frente de 
uma parede e passa as pernas de 
cada lado do animal).  Contenções 
químicas podem ser indicadas. 
 Introdução da sonda até o limite 
demarcado. 
 Checar a posição da sonda* 
Importante saber se ela chegou ao 
estômago e não foi pela traqueia. 
o Pequenos animais: 
Administrar quantidade 
pequena de água e observar 
de o animal apresente tosse. 
o Pequenos animais: US. 
o Grandes animais: palpação da 
região cervical onde é 
possível palpar a sonda e a 
tranqueia. 
 Administrar medicações/alimentos. 
 Fechar a extremidade final após a 
aplicação do medicamento ou alimento 
para que o mesmo não volte. 
 
Intubação nasogástrica 
É indicada para administração de 
medicamentos, contraste radiográfico ou 
para administração de alimentos. 
 Mais utilizada para felinos 
o Pós cirúrgico 
o Doentes 
Materiais: 
 Sonda de tamanho adequado que 
varia de acordo com a espécie e 
porte. 
o Se o paciente fica internado 
por muitos dias, a sonda 
pode ir até o 7º ou 8º 
espaço intercostal (esôfago 
caudal) porque existe 
possibilidade de refluxo se a 
sonda for até o estômago do 
paciente por um longo 
período de tempo. 
 Anestésico oftálmico 
 Gel lubrificante 
 Seringa com solução estéril 
 Material para curativo (prender a 
sonda). 
 É sempre importante e necessário avaliar 
a localização da sonda.  RX e US. 
Técnica: 
Paciente pode estar em decúbito esternal ou 
sentado sobre a mesa. 
 Estimar o comprimento da sonda: da 
narina até a região do ultimo par de 
costelas (estômago) ou 7º-8º EI 
(esôfago caudal). 
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 Anestésico tópico (oftálmico) que é 
feito na narina onde será introduzido 
a sonda  3-4 gotas, espera um 
tempo certo e mais 2-3 gotas e 
espera um pouco mais. 
 Gel lubrificante da sonda. 
 Inserir sonda delicadamente 
 Conferir localização 
 Administrar 
medicamentos/alimentos 
 Lavagem da sonda sempre ao fazer 
a administração de qualquer 
medicamento/alimento. 
 Fechar região final e retirar sonda. 
 Para pacientes que irão continuar 
com a sonda, utilizar materiais para 
prender a sonda. 
o Prender a sonda com 
esparadrapo ou sutura. 
o Colar elizabetano para o 
paciente não retirar a sonda. 
 Cuidado na administração incorreta. 
 Cuidado em traumas esofágicos e 
estomacais. 
 
Punção aspirativa transabdominal - fígado 
É necessário uma agulha, seringa e lâminas de 
vidro. 
 Paciente sedado 
 Paciente em decúbito dorsal 
lateralizado a direita  fígado com 
exposição maior e diminuição da 
punção biliar. 
 Tricotomia e antissepsia 
 Procedimento guiado por US (mais 
seguro)  localiza parênquima 
hepático e lesão, acompanha 
deslocamento da agulha, avalia a 
profundidade e acompanha 
movimento em leque ao alcançar o 
local desejado. 
 Também pode ser feito “às cegas”. 
o Indicado apenas para 
pacientes com suspeita de 
afecções difusas. 
Técnica às cegas: 
 Posicionamento do animal 
 Com agulha procura a região da 
cartilagem xifoide e introduz a agulha. 
 Avançar a agulha craniodorsalmente 
discretamente angulada a esquerda 
(30º E) 
 Remover mandril 
 Avançar agulha, girando-a em 
movimento de leque. 
 Remover a agulha e conectar a 
seringa 
 Depositar o material na lâmina 
 Fazer esfregaço e corar. 
 Cuidado com hemorragias, peritonites e 
punção da vesícula biliar. 
 
Biópsia transabdominal 
É mais invasivo e requer um pouco mais de 
cuidado. Pode ser às cegas (difusa) ou guiada 
por US. 
É contraindicado para alguns animais: sempre 
verificar se o paciente apresenta 
anormalidades hemostáticas, distúrbios de 
coagulação, hemangiossarcoma hepático 
(sangramento excessivo), cistos e abcessos. 
Materiais: 
 Agulha tru-cut (específica para 
biópsias) 
 Lâmina de bisturi 
 Anestésico local 
 Seringas 
 Luvas e material para antissepsia. 
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Considerações gerais: 
 Sedação leve e anestesia local 
 Decúbito dorsal com tórax elevado 
em relação ao abdômen com 
inclinação a direita. 
Técnica: 
 Sedação 
 Posicionamento 
 Tricotomia e antissepsia + luvas 
 Anestesia local + incisão da cartilagem 
xifoide 
 Introdução da agulha tru-cut inclinada 
no sentido craniodorsal levemente 
inclinada a esquerda 
 Avançar agulha do fígado 
 Empurrar o obturador 
 Avançar a cânula externa 
 Retirar a agulha. 
 Encaminhar material para patologia. 
Complicações: 
 Hemorragia 
 Punção de vesícula biliar 
 Peritonite 
 Laceração de vísceras 
 Pneumotórax 
 
Abdominocentese 
Sempre pensar em realizar quando o animal 
possui coleções líquidas no abdômen. 
 Coletar amostra de líquido para análise. 
Materiais: 
 Cateter 
 Seringa 
 Tubos 
Técnica: 
 Paciente pode estar em decúbito 
dorsal ou em estação (mais 
colaborativos). 
 A punção é de local variável, mas é 
dado preferência a: 
o Punção caudal a cicatriz 
umbilical, na linha média 
(grandes efusões). 
 Em pacientes com menos quantidade de 
líquido a abdominocentese pode não ser muito 
efetiva. 
 Fazer tricotomia e antissepsia + luvas 
 Fixar o cateter ou aguda (2-3 cm 
abaixo da cicatriz umbilical). 
 Leve sucção (se não sair líquido, 
retirar agulha e redirecionar ela na 
cavidade ou até mesmo mudar o 
decúbito do paciente). 
 Coletar líquido 
 Análise macroscópica do líquido 
 Enviar amostra para análise 
macroscópica do líquido. 
 Análise 
citológica/bioquímica/microbiológica 
 Avaliar os parâmetros clínicos do 
paciente.

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