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VULVOVAGINITES · Vamos falar das vulvovaginites infecciosas. Também temos vulvovaginites alérgicas, atróficas e outros tipos de vulvovaginites. · O manejo da doença é muito importante. O problema da recidiva ocorre justamente porque não tratamos. · Também é importante entender os fatores de risco para que as vulvovaginites ocorram e o fator de risco que ela representa. · É toda manifestação inflamatória, que pode ou não ser infecciosa, e que comprometa o trato genital feminino inferior (vulva, vagina e ectocérvice). · Se for vulva, vai ser vulvite. Se for vagina ou ectocérvice (é o mesmo epitélio), vai ser vaginite. · A mesma coisa que dá na vagina dá na ectocérvice, já que são do mesmo epitélio. · Quando ela falar de vaginite, ela também vai falar de ectocervicite. Nos livros, está escrito cervicite, mas ela prefere chamar de ectocervicite. · As vulvovaginites podem ser causadas por agentes infecciosos (transmitidos ou não pelo coito), mas também podem se relacionar a fatores físicos, químicos, hormonais, orgânicos e anatômicos que agem ora de forma predisponente, ora de forma desencadeante do processo. · A tricomoníase, por exemplo, tem transmissão exclusivamente sexual. Podemos pegar tricomonas de toalha molhada, não é impossível, mas o mais comum é pela via sexual. · Podemos ter uma vulvite ou uma vaginite atrófica, que podem gerar sensação de queimação, que é comum quando não temos hormônio. Então, é uma queixa comum em mulheres pós-menopausa. · Quando passamos alguma coisa na pele, temos uma proteção maior em casos de alergia por conta da queratina. Isso não ocorre na vagina, uma vez que seu epitélio não é queratinizado, e assim, pode gerar uma vaginite alérgica. Além disso, a vagina tem uma capacidade de absorção da substância muito maior, então respondemos a reação inflamatória de maneira muito mais rápida do que se passarmos essa substância na mão ou na perna. · Manifestam-se geralmente por corrimento de características variáveis, associado (ou não) a prurido (vulvo)vaginal, disúria, dispareunia ou desconforto pélvico. · As vaginites são as que se apresentam mais com corrimento. Já as vulvites, se apresentam mais com sensação de prurido. É o que mais chama a atenção. · O corrimento é uma queixa muito comum na ginecologia. · Se tiver uma fissura vulvar e for urinar, vai ocorrer um desconforto para urinar. · Dependendo da quantidade de inflamação que tem na vagina, vai der dor a relação sexual (dispareunia). · Se houver ascensão de bactérias da endocérvice para cima, podemos ter até um desconforto pélvico. Isso ela vai falar mais na outra aula. VAGINA NORMAL · Possui fatores de proteção naturais: · Vulva: tegumento (pele – é uma pele queratinizada, o que confere a proteção); pelos; coarctação dos pequenos lábios (o fechamento dos pequenos lábios funciona como uma proteção para que não tenha fatores irritantes entrando em contato com a mucosa vaginal). · Vagina: acidez (o meio ácido é dado pelos lactobacilos que quebram o glicogênio das células. Quando mais hormônios eu tenho, mais glicogênio eu tenho, então, temos uma vagina mais ácida, que controla o crescimento de microrganismos); lactobacilos (é o que tem que ser predominante na vagina, uma vez que é responsável por manter o pH vaginal, que contribui no combate contra os microrganismos); integridade do assoalho pélvico. · Colo: muco endocervical (possui ação bactericida). Dependendo do período que a gente tenha e da consistência, ele também tem uma capacidade de atrapalhar a colonização das bactérias ali. · Então, quando falamos de vagina, não falamos de um órgão seco. Ela é molhada. · Ela é um tubo músculo membranoso, recoberto na parte interna por uma malha vascular. Então, a vagina sua, e assim, vamos ter a secreção. E, da mesma forma que perdemos células na pele, perdemos células na vagina. · Essa perda de célula é o que constitui o conteúdo vaginal. · O conteúdo vaginal é constituído por muco cervical (que desce do colo do útero) + células de descamação do epitélio vaginal + secreção das glândulas vestibulares (glândulas parauretrais) + transudação vaginal + leucócitos + bactérias. · A vagina é um órgão colonizado por bactérias. Como ginecologista, a expectativa é que essa colonização seja feita por lactobacilos, que vão manter o pH ácido, garantindo que a vagina esteja protegida. · Microbiota: · 90% Lactobacillus sp. (Anaeróbio gram +, convertem o glicogênio das células em ácido láctico, substâncias bactericidas e H2O2). Mantém o pH entre 3,8 e 4,2) · 10% outras: · Anaeróbicas: Bacteroides sp. gram-negativas; Prevotella sp. gram negativa; Peptostreptococcus sp. gram positiva; Mycoplasma hominis gram negativa; Ureaplasma urealyticum; Gardnerella vaginalis gram negativos ou gram positivos. · Aeróbicas: Staphylicoccus epidermidis gram positiva; Streptococcus sp. gram positiva; Enterococcus faecalis gram positivo. · OBS: o tricomonas não vive na vagina. Mas, a cândida, a gardnerella sim. O que o médico quer é que a paciente tenha 90% de lactobacilos e só um pouco dessas outras bactérias. Isso garante que não tenha doença. Se a quantidade de lactobacilos diminui, essas bactérias ficam com um pH mais confortável e elas proliferam, podendo ocasionar doenças. Essas doenças podem até ascender para a genitália interna. VAGINOSE BACTERIANA · É um desequilíbrio na microbiota vaginal normal, com crescimento exagerado de bactérias aeróbicas e anaeróbicas e diminuição dos lactobacilos. · Isso pode acontecer em qualquer momento, como por exemplo, quando ficamos menstruada, quando temos relação sexual (o sêmen aumenta o pH, assim como o sangue da menstruação). PATOGÊNESE · Quando não conseguimos manter a microbiota de lactobacilos, temos um processo de patogênese. · Esse pH aumenta mais quando menstruamos, quando temos relação sexual desprotegida (sêmen dentro da vagina) e quando fazemos ducha. Com isso, temos a diminuição dos lactobacilos. · Com a diminuição dos lactobacilos, temos um aumento da Gardnerella vaginalis, que vai produzir aminoácidos. Esses aminoácidos vão ser utilizados pela Prevotella bivia, servindo de substrato para produção de amônia. · Essa amônia é uma substância volátil. E assim, ao examinar uma paciente nesse caso, percebemos um cheiro de “peixe” na vagina. EPIDEMIOLOGIA · É a principal causa de corrimento e odor vaginal. A paciente não precisa, necessariamente, se queixar de corrimento. Ela pode se queixar apenas de odor. · Esse odor é pior depois que tem relação sexual sem preservativo e quando está menstruada. · Prevalência de 30%. É o corrimento mais comum que nós temos. · Mais frequente em mulheres com múltiplos parceiros ou parceiro novos, porque ela vai ter uma frequência sexual maior. · Mais frequente em mulheres que usam duchas vaginais e que não usam preservativos. · Quando lavamos a vagina, lavamos também os lactobacilos. · Mais frequente em mulheres com parceiras homoafetivas com vaginose bacteriana. · Mais baixa em mulheres sem contato sexual. É praticamente inexistente nessas mulheres e nas que tem contato sexual esporádico com preservativo. Mas, como é um desequilíbrio da microbiota, nada impede que qualquer pessoa tenha vaginose bacteriana. HISTÓRIA NATURAL · Pode ocorrer agudamente, cronicamente e resolver espontaneamente. Isso depende da nossa capacidade de produzir lactobacilos. · Se a pessoa é uma boa produtora de lactobacilos, ela vai ter isso e logo vai ficar boa. DIAGNÓSTICO · O diagnóstico é dado classicamente pelos Critérios de Amsel, em que eu tenho 3 dos 4 critérios, conforme preconizado. Alguns serviços já consideram quando a paciente tem 2 dos 4 critérios. · Corrimento homogêneo, fino, aderente, cor de gelo (meio cinzento). A cor do corrimento não importa muito, porque vai depender da bactéria que vai estar ali junto para colonizar. Então, a cor da bactéria predominante é a que vale. NÃO DEVEMOS DECORAR A COR!!!!!!! Não representa infecção por nenhuma bactéria específica. Além disso, esse corrimento pode ter microbolhas, ou seja, bolhas muito pequenas.· pH vaginal > 4,5. Temos um pH acima do normal. · Prova de aminas positiva. Essa prova ocorre quando pingamos hidróxido de potássio a 10% nessa secreção. Com isso, ela vai exalar um cheiro de peixe. Quando sentimos esse cheiro, não temos dúvida. · Lâmina a fresco com células-chave (clue cells, células pista). Esse método é feito quando pegamos a secreção e pingamos na lâmina, jogamos soro fisiológico e jogamos uma lâminúla por cima, vemos as células-chaves, que são as células com as bactérias agarradas na borda da célula. Ela perde a definição. · Gram (Escore de Nugent). É O PADRÃO OURO!!!!!!!!!! Temos uma tabela (ela vai colocar no ava) e o citologista vai contando o número de lactobacilos, os números de bacilos que não são lactobacilos e o número de cocos. Quando temos muito lactobacilos, não temos vaginose bacteriana. Quando diminui os números de lactobacilos, as outras bactérias vão aumentando, o que causa a vaginose. · NAA (Teste de amplificação do ácido nucleico). É uma técnica usada nos EUA. Eles rastreiam as pacientes até 25/30 anos, profissionais do sexo etc. Fazem esse método de rastreio, mas aqui no Brasil, não fazemos rastreio. · A única coisa que não temos no posto é a fita de pH, que é uma fita muito cara. · Imagem: a foto cinza é uma lâmina fresca, é uma lâmina que fazemos no ambulatório. Não consegue ver onde termina o citoplasma devido a grande quantidade de bactérias agarradas. A segunda imagem é uma lâmina de citologia e nela, podemos observar as células rosas (células superficiais) e azul (células intermediárias). Percebemos que essas células estão com as bordas borradas. COMPLICAÇÕES · Ginecológicas: · Maior incidência de endometrite (Sangramento anormal em 40-60% dos casos). A endometrite também pode causar salpingite. · Doença inflamatória pélvica (9,2 vezes + sensibilidade anexial, associação com anaeróbios na DIP). · Infecções pós-histerectomia (3-6 vezes). Se a paciente tem vaginose bacteriana, a chance de ter um abcesso pélvico e febre pós-operatória é muito maior. · Maior transmissão HIV (pH ácido inativa HIV; pH sobrevida e transmissão HIV). · Mais comum em portadoras de SIL (lesão intraepitelial escamosa), que a lesão precursora de câncer de colo de útero. · INFERTILIDADE. · MAIOR INDICÊNCIA DE CÂNCER DE COLO DE ÚTERO. · MAIOR INCIDÊNCIA DE DSTs. · MAIS FEBRE/INFECÇÃO PÓS-OPERATÓRIA. · Obstétricas: · Abortamento no 1o trimestre. · Perda fetal no 2o trimestre. · Parto prematuro. · Amniorrexe prematura. · Placentite/corioamnionite. · Infecção puerperal principalmente se for submetido a cesariana. · 5,8 vezes risco de endometrite pós-cesariana. · Colonização RN por Mycoplasma, podendo causar leucomalácia periventricular e paralisia cerebral. TRATAMENTO · METRONIDAZOL · Oral, 2cp 250mg 12/12 horas por 7 dias (94% cura) – É O MELHOR TRATAMENTO!!! Trata o maior número de pessoas e implica em menores recidivas. · Gel vaginal 0,75% 5g/dia/5 dias – normalmente uma vez por dia e à noite. · O remédio pode ser feito em gravida também, em qualquer trimester. Só que, na rede, temos o metronidazole de 250mg. Então, fazemos dois comprimidos de 250mg de 12 em 12 horas, por 7 dias. · TINIDAZOL · Oral, 2g/dia/2 dias. · Oral, 1g/dia/5 dias. · SECNIDAZOL · 2g dose única · CLINDAMICINA · Oral, 300mg 12/12 horas por 7 dias (94% cura). · Creme vaginal 2% 1 aplicador à noite por 7 dias. · Óvulos 100mg VV à noite /3 noites. Coloca o óvulo na vagina à noite por 3 noites. · Gestantes: · Metronidazol oral 1g/dia/7 dias. O MS já reconhece esse medicamento para tratar a gestante. · 2ª opção: Clindamicina 300mg 12/12h por 7d. · Parceiros: · NÃO DEVEM SER TRATADOS. · Recorrente: · Retratamento. · Metronidazol gel 2 vezes/sem/4-6 meses. CANDIDÍASE VULVOVAGINAL · Também temos Candida na vagina. Quando ficamos doente e essa Candida aumenta muito, ela causa doença, que pode ser vulvar ou vaginal. · Além disso, a Candida é um fungo que está presenta na boca e em todo o trato gastrointestinal. Então, por exemplo, se um paciente está imunossuprimido, ele pode fazer candidíase. · É a infecção da vulva e da vagina causada por fungo comensal da mucosa vagina e da mucosa digestiva. · 80-90% das infecções devem-se a Candida albicans e 10-20% das infecções devem-se a C. glabrata; C. parapsilosis; C. tropicalis; C. krusei e C. kefyr. · As fontes de infecção são: reservatório intestinal, transmissão sexual e persistência de hifas após tratamento. · Pode acontecer de um paciente não tratar direito e ficar com a doença incubada e depois faz a doença de novo. · Ocorre em 70-75% das mulheres; destas 40-50% terão recorrência e destas, 5% terão formas intratáveis. · Existem alguns pacientes que fazem candidíase quando estão nervosos, quando vão se casar, fazer prova etc. Essas pessoas fazem infecções recorrentes e precisamos mexer nos fatores de risco para não facilitar a ocorrência da candidíase nesses pacientes. FATORES DE RISCO · Menacme – é mais comum nas mulheres em idade fértil do que nas crianças e nas mulheres pós-menopausa. · Gravidez (maior incidência e maior recorrência). · Diabetes – tanto homens quanto mulheres fazem mais candidíase cutânea. As mulheres diabéticas também podem fazer vaginite por Candida. · Obesidade – a pessoa obesa é cheia de dobrinhas, o que deixa o tecido úmido. Com isso, cria-se um ambiente favorável para proliferação da Candida. · Uso antibióticos de largo espectro, corticóides e imunossupressores – são pacientes que fazem mais candidíase do que a população geral. · Hábitos de higiene e vestuário que aumentam a umidade e o calor local. · Contato com substâncias irritantes e alérgenas. · Imunossupressão (HIV). · Contracepção (é mais comum com pílulas de alta dosagem). QUADRO CLÍNICO · Prurido (vulvo)vaginal – se tiver vulvite, vai dar coceira na vulva. Se tiver vaginite, vai dar coceira na vagina. · Secreção semelhante à nata de leite ou aquosa ou densamente homogênea. · Irritação e sensação de queimação vulva. · Ardor ao urinar; dispareunia. · Hiperemia, edema vulvar, fissuras e maceração (é como se a pele ficasse molhada, parece que deixou a vulva de molho) da pele da vulva. · Lesões pústulo-papulares periféricas. Quando essas lesões rompem, elas causam dor ao urinar. · Vagina e colo recobertos por placas brancas aderidas à mucosa. · Piora no pré-mênstruo DIAGNÓSTICO · Citologia a fresco com KOH 10%. Pega a secreção, passa na lâmina e pinga KOH. Na Candida, não dá teste de aminas positivos, então não vai ter cheiro de nada. O KOH faz lise celular, então quando rompemos as células, vai sobrar esporos e hifas de Candida. · Citologia corada. Vai ver as células, hifas e esporos. · pH < 4,0. · Cultura em meio de Sabouraud (apenas para casos de sintomatologia, em que os outros métodos não positivam e queira-se identificar tipo de Candida). Fazemos cultura quando temos uma Candida que é intratável. É um meio difícil de ser feito. TRATAMENTO TÓPICO · Miconazol (Gino-daktarin®) · Creme a 2% 5g/ dia/ 7dias ou creme 4% 5g/ dia/ 3dias. · Óvulo 200mg/ noite/ 3dias e óvulo 100mg/ noite/ 7dias. · Tioconazol (Gino-tralen®) · Creme 6,5% 5g ou óvulo 300mg dose única, à noite. · NÃO PODE FAZER NA GRAVIDEZ!!!!! · Clotrimazol (Gino-canesten®) · Creme 1% 5g/ noite/ 7-14dias ou creme 2%/ noite/ 3dias. · Óvulo 100mg/ noite/ 7dias ou 2 vezes/ dia/ 3dias ou 500mg DU vaginal. · Fenticonazol (Fentizol ®) · Creme 2% 5g/ dia/ 7dias ou óvulo 600mg dose única. · Butoconazol (Gynazole ®) · Creme 2% 5g/noite, dose única. · Creme 2% 5g/noite/3 dias. · Nistatina 100.000UI · 1 aplicador a noite por 14 dias. · Temos na rede de VR. · Se fizer por 10 dias, a chance de recidiva é muito maior. · Terconazol creme 0,4 % (Gino-Fungix ®) · Creme 5g/ dia/ 7dias ou Creme 0,8% 5g/ dia/ 3dias · Isoconazol (Gino-Icaden ®) · Creme 1% 5g/ dia/ 7dias ou óvulo 600mg DU. TRATAMENTO ORAL · Fluconazol 150mg dose única. · Cetoconazol 200mg- 2cp/dia/5dias. · Itraconazol 200mg- 1 cp 12 /12 horas. · GESTANTES SÓ TRATAMENTO TÓPICO!!! · SÓ TRATAMOS PARCEIROS SINTOMÁTICOS OU DE CASOS RECIDIVANTES!!!CANDIDÍASE VULVOVAGINAL COMPLICADA · Casos recidivantes (4 ou + episódios/ano). · Sintomas intensos – vulvas super edemaciadas, prurido intenso, muito corrimento. · Normalmente são causadas por agentes não albicans. · Presença de comorbidades ou gestação. · Corrigir hábitos de risco. · Tratamento: · Indução: creme imidazólico 10 a 14 dias; Fluconazol 3 doses (a cada 72h); ácido bórico 600mg/d/por 14 dias. · Manutenção: Fluconazol 150mg/sem/6m; Itraconazol 400mg/mês/6m; Clotrimazol óvulo 500mg/sem; Ácido Bórico 300mg/5d/D1-D5 do ciclo. · O ácido bórico não está descrito no MS, mas está descrito nos livros. TRICOMONÍASE · Infecção causada pelo protozoário flagelado Trichomonas vaginalis, tendo como reservatório a cérvice uterina, vagina e uretra. · Sua principal forma de transmissão é a sexual. Considerada IST. Incubação 4-28 dias. · Pode ser assintomática em 20-85% dos casos, porém 30% tornam-se sintomáticas em 6 meses. · Mesmo as assintomáticas ficam sintomáticas depois de um tempo. · Associa-se a partos prematuros, outras ISTs, DIP e maior susceptibilidade ao HIV (2-3 vezes). · Prevenção = PRESERVATIVO. · Rastreio de populações de risco. · TEM QUE TRATAR O PARCEIRO E ORIENTAR ESSAS MULHERES SOBRE AS ISTS!!!!!! QUADRO CLÍNICO · Corrimento cinza, verde ou amarelo BOLHOSO e mau cheiroso. Na foto que ela vai mostrar, o corrimento é branco, reforçando o que ela disse anteriormente sobre a cor do corrimento. · Prurido. · Dispareunia. · Sintomas urinários. · Petéquias hemorrágicas no colo - colo em morango ou colo em framboesa. O colo fica todo pintadinho. · Teste de Schiller positivo “onçóide”. Quando fazemos esse teste na vagina, a solução de iodo reage com as células presentes na vagina e no colo do útero. Ficam marrons quando o resultado está normal, e quando tem alteração, não conseguem colorir uma área específica. · As bolhas são grandes!!!! (Imagem 4) DIAGNÓSTICO · Citologia a fresco- visualização dos protozoários se movimentando na lâmina. · Citologia corada. · pH > 4,5. · NAAT. TRATAMENTO ORAL · Metronidazol 2g dose única. · Metronidazol 500mg 12/12h por 7dias (HIV). · Tinidazol 2g dose única. · Secnidazol 2g dose única. · Gestantes / nutrizes: Metronidazol 2g dose única. · TRATAR PARCEIRO SEMPRE. · Oferecer rastreio de outras ISTs. · CREME NÃO TRATA!!!