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Tutoria 3- Pré-eclâmpsia Paciente, 26 anos, branca, foi encaminhada ao Centro Obstétrico de sua cidade. Apresentava-se na segunda gestação (um parto prévio) com 36 semanas de idade gestacional, referindo aumento de pressão arterial, escotomas cintilantes, cefaleia náuseas, vômitos, tonturas e diarreia sanguinolenta após ingestão rotineira de comida árabe (sintoma presente há 2 dias antes do aparecimento dos demais sintomas). Paciente não apresenta febre. Paciente refere ter tido infecções urinárias recorrentes antes e durante o período gestacional. Na história familiar chamava a atenção o fato de que a mãe teria falecido no pós-parto com quadro compatível com insuficiência renal e a irmã seria portadora de insuficiência renal crônica desde a sua última gestação, com diagnóstico etiológico não esclarecido. Ao exame constatou-se pressão arterial de 150/100 mmHg, cérvice uterina sem modificações significativas, contrações uterinas irregulares. Foram realizados cardiotocografia e perfil biofísico fetal, com evidência de feto reativo, escore de 8/8 e líquido amniótico com volume normal. Apresentava hemoconcentração (Ht 43,8%, Hb 14,0 g/dL, 14.500 leucócitos com diferencial sem particularidades) e 259.000 plaquetas. Os demais exames de avaliação da gravidade do quadro hipertensivo estavam sem alterações significativas (exceto LDH pouco acima do limite superior da normalidade): creatinina 0,9 mg/dl; ácido úrico 5,9 mg/dL; AST 28 mg/dL; ALT 19 mg/dL; LDH 607; bilirrubinas totais 0,3 mg/dL; direta 0,2 mg/dL; +++ de proteínas em fita reagente; relação proteinúria/creatininúria em amostra urinária de 6,2. Foi solicitado cultura de fezes. Com base nestes dados foi feito o diagnóstico presuntivo de pré-eclâmpsia e iniciada indução do parto com ocitocina. Durante o atendimento ao trabalho de parto, observou-se sangramento vaginal aumentado, com suspeita de descolamento prematuro de placenta (DPP). A paciente foi então submetida a cesariana, com retirada de recém-nascido do sexo feminino, com 2.190 g, e escore de Apgar de 9 no 1º e 10 no 5º minuto. O exame da placenta não evidenciou sinais sugestivos de DPP. A pressão arterial permaneceu instável no puerpério, com picos de 200/140 mmHg, sendo iniciado tratamento com anti- hipertensivos no terceiro dia pós-cesárea. No oitavo dia de pós-operatório a paciente mostrou exacerbação do edema periférico e oligúria (350 mL em 24 horas). A avaliação laboratorial evidenciou anemia com sinais de hemólise (Ht 15,3%, Hb 4,95 g/dL - esferócitos e eritrócitos fragmentados), leucograma infeccioso ou reacional (12.750 leucócitos com 11% bastonados, granulações grosseiras em neutrófilos), plaquetopenia (70.000). A função renal estava comprometida (ureia 227 mg/dL e creatinina 6,7 mg/ dL), ácido úrico de 8,7 mg/dL, LDH de 7025, provas de coagulação com aumento isolado de D-dímeros (7,49). Resultado do exame de fezes acusa infecção por E. coli O157:H7. Foi iniciado programa de hemodiálise e plasmaférese em dias alternados na paciente. -- Escotomas cintilantes: que ocorre antes do início de uma enxaqueca, mas que também pode ocorrer sozinho. Este escotoma aparece como uma luz cintilante em forma de arco que invade o campo visual centra. As microangiopatias trombóticas da gestação constituem um grupo de doenças caracterizadas por trombocitopenia, anemia hemolítica e falência de múltiplos órgãos. Apesar de serem relativamente incomuns, a falha no diagnóstico precoce e tratamento pode resultar em morbimortalidade materno-fetal significativa. Participam do diagnóstico diferencial pré- eclâmpsia, vasculite lúpica, púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) e síndrome hemolíticourêmica (SHU). Durante a gestação, a SHU ocorre mais comumente no terceiro trimestre ou no pós-parto e se caracteriza por trombocitopenia, anemia hemolítica e insuficiência renal aguda. -- O processo fisiopatológico da SHU envolve dano endotelial com aumento do espaço subendotelial e trombose da pequena vasculatura, por ativação anormal da agregação plaquetária, ocasionando isquemia transitória em órgãosalvo. A agregação plaquetária parece ser predominantemente renal, mas manifestações extrarenais também ocorrem. A falência renal está associada a hematúria e proteinúria significativas e é distinta daquela que ocorre em associação com complicações obstétricas como descolamento de placenta, préeclâmpsia, hemorragia, embolia por líquido amniótico ou sepse, que, em geral, ocorrem no final da gestação ou no puerpério imediato. As anormalidades da função renal podem preceder o processo hemolítico. A hipertensão arterial de início recente, sangramento, fragilidade capilar, fadiga, febre, sintomas neurológicos, náuseas, vômitos e hematúria em graus variáveis são sintomas proeminentes da SHU. Como PTT, SHU e pré-eclâmpsia podem coexistir, uma clara distinção entre essas entidades pode não ser possível. No entanto, quando uma paciente com pré-eclâmpsia não apresenta melhora do seu quadro em uma semana, associado a uma piora da função renal ou de parâmetros hematológicos, o diagnóstico de PTT ou SHU deve ser pensado. O diagnóstico laboratorial se define, na maioria dos estudos, em trombocitopenia (<100.000/ microml) e hemólise microangiopática. O distúrbio na coagulação é primariamente plaquetário. Portanto, tempo de protrombina, tempo de tromboplastina tecidual ativado, tempo de trombina e fibrinogênio encontram- se geralmente em concentração normal. A insuficiência renal, relacionada à SHU, tem sido observada mesmo depois de semanas após o parto. A diálise foi necessária em 29% dos pacientes. A ocorrência de SHU relacionada à atividade antifosfolípide constitui apenas uma das diversas consequências do mecanismo fisiopatológico inicial, que se caracteriza por dano endotelial e estímulo à agregação plaquetária. No caso relatado, a paciente apresentava dosagens negativas de anticorpos anticardiolipina e anticoagulante lúpico. Houve avanços no tratamento da PTT/SHU na última década, com o advento da infusão de plasma e da plasmaférese, determinando um aumento na sobrevida de 80 a 90% e taxa de resposta clínica que varia em torno de 64%. Os investigadores que defendem a administração de plasma sugerem que o benefício está em oferecer à paciente substâncias que lhe são deficientes (como a prostaciclina), além de, com a plasmaférese, remover as toxinas do plasma que causam as lesões endoteliais. Combinação de plasmaférese e infusão plasmática deve ser iniciada logo após confirmado o diagnóstico. A reposição inicial de plasma deve ser na dose de 30-40 mL/kg e manutenção com 15-20 mg/kg. Várias sessões de plasmaférese podem ser necessárias para resposta laboratorial e clínica e o tratamento deve continuar após a melhora dos parâmetros, pelo menos por mais três dias. Para orientar a decisão de descontinuar a plasmaférese e/ou infusão de plasma, é necessário monitorização diária de hematócrito, reticulócitos, plaquetas e LDH. O esfregaço para verificação de fragmentação hemática pode ser realizado a cada três dias. Assim que esses valores se aproximarem do normal e os níveis de LDH estiverem abaixo de 400, em dias consecutivos, o tratamento pode ser descontinuado. A suspensão prematura do tratamento tem sido associada com recorrência. A remissão completa é definida por resolução dos sintomas neurológicos, plaquetas com valores superiores a 150.000, aumento gradual sustentado da hemoglobina e nível normal de LDH. Devem ser realizados exames laboratoriais para seguimento e, se diagnosticada recorrência, o tratamento deve ser reiniciado. Já foi relatada a possibilidade de ocorrência familiar de PTT/SHU, padrão relacionado possivelmente a herança autossômica recessiva. Em concordância com as evidências relatadas, a paciente em questão apresentava-se inicialmente com sintomas conflitantes entre pré-eclâmpsia e PTT/SHU, sendo verificada piora do controle pressóricoe perda de função renal no puerpério imediato, além dos sinais laboratoriais de plaquetopenia e hemólise microangiopática que esclareceram o diagnóstico de SHU. No controle diário laboratorial, foi evidenciada melhora constante dos parâmetros hematológicos, assim como estabilização da perda de função renal com a plasmaférese, não sendo esperada, no entanto, recuperação completa da função renal, mesmo na continuidade do tratamento conforme previsto. A história familiar dessa paciente sugere padrão familiar de herança genética. A mãe teria falecido no pós-parto com um quadro compatível com insuficiência renal e a irmã tem insuficiência renal crônica desde a sua última gestação, com diagnóstico etiológico não esclarecido. Em discordância com os relatos da literatura, em que a maioria das pacientes são primigrávidas, a paciente apresentou SHU na terceira gestação, tendo relato de duas gestações prévias sem intercorrências. A púrpura trombocitopênica trombótica e a síndrome hemolítico-urêmica constituem, provavelmente, diferentes manifestações clínicas de um mesmo processo patológico e estão associadas a alta morbimortalidade, nascimentos pré-termo e morte fetal intraútero, dentre outros desfechos indesejados. O diagnóstico precoce e tratamento agressivo podem melhorar a sobrevida das pacientes com o mínimo possível de sequelas. Com base no que foi exposto, é importante que a equipe obstétrica esteja atenta a quadros clínicos atípicos envolvendo patologias hipertensivas específicas da gestação. Este cuidado torna possível o atendimento da paciente por uma equipe multidisciplinar (obstetra, nefrologista, hematologista, intensivista), permitindo diagnóstico precoce e tratamento agressivo das complicações, na tentativa de minimizar as chances de sequelas graves como a insuficiência renal. Escore de Apgar O escore de Apgar, também chamado de índice de Apgar ou escala de Apgar, é um dos métodos mais utilizados para a avaliação imediata do recém-nascido (RN), principalmente, no primeiro e no quinto minutos de vida. Usado para avaliar 5 sinais objetivos do recém-nascido, atribuindo a cada sinal uma pontuação de 0 a 2. - Interpretação dos resultados • de 0 a 3 – Asfixia grave • de 4 a 6 – Asfixia moderada • de 7 a 10 – Boa vitalidade, boa adaptação O resultado do primeiro minuto geralmente está relacionado com o pH do cordão umbilical e traduz asfixia intraparto. Já o Apgar do quinto minuto se relaciona com eventuais sequelas neurológicas. Além disso, escore menor que 7 é indicativo de asfixia perinatal. Micro E. coli Produtora de Toxina Shiga (STEC)- Sorotipos O157:H7 e O26:H11 A STEC é, também, conhecida como E. coli enterro- hemorrágica (EHEC) e, em 24 horas após a ingestão, já começa com a produção e liberação da toxina Shiga (citotoxica). O sorotipo O157:H7 da STEC se destaca por causar um amplo espectro de doenças no homem, que compreende desde casos assintomáticos até casos mais graves. No complexo de Golgi, as subunidades são separadas → a A1 atua na subunidade 28s do RNAm → inibição da síntese proteica e morte desse enterócito. 3 principais síndromes: Colite Hemorrágica (CH): mecanismo semelhante à EPEC: adesão → colonização → lesão A/E; com dores fortes abdominais e diarreia sanguinolenta; Síndrome Hemolítica Urêmica (SHU): Atribuída à ação da toxina Shiga (Stx) → absorvida pela mucosa → circulação → células endoteliais → rins → obstrução dos vasos renais → INSUFICIÊNCIA RENAL. Nesse caso, a STEC pode ser identificada nas fezes de 5 a 124 dias após a ingestão inicial. A SHU é definida pela tríade: anemia hemolítica, plaquetopenia ou trombocitopenia e insuficiência renal aguda. Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT): caracterizada por anemia aguda e hemorragias. A PTT se caracteriza pela presença de trombocitopenia e anemia hemolítica, sendo considerada como uma extensão da SHU que inclui sintomas neurológicos e febre. Outras síndromes: apendicite, cistite hemorrágica e até mesmo anormalidades neurológicas podem ser observadas. A análise do material fecal é sensa para analisar. Patogênese da STEC/ EHEC: Ingestão dos bacilos em alimentos ou água contaminados → com incubação média de 3 a 4 dias → sintomas iniciais: diarreia não sanguinolenta e dor abdominal. A partir de um ou dois dias, a diarreia torna-se SANGUINOLENTA e a for abdominal mais intensa → caracterizando a Colite Hemorrágica. O paciente pode permanecer assim por um período de até 10 das. Após isso, a maioria evolui para a cura sem sequelas. No entanto, em aproximadamente 10% dos pacientes, a doença pode progredir para Síndrome Hemolítica Urêmica. Tratamentos com antimicrobianos e com agentes que diminuem o peristaltismo intestinal têm sido utilizados em casos de diarreia. A síndrome hemolítica urêmica (SHU) é uma grave doença causada por infecção pela toxina Shiga, também chamada de verotoxina, presente em água ou alimentos contaminados. Essa toxina é produzida mais comumente por alguns sorotipos da bactéria Escherichia coli e se assemelha com uma toxina produzida pela Shigella dysenteriae. A insuficiência renal aguda é evidente, e também há presença de anemia hemolítica microangiopática e trombocitopenia. Na SHU, a toxina Shiga é responsável por causar uma lesão renal, onde há formação de microtrombos que se depositam na vasculatura dos rins, através da ligação da holotina ao globotriaosilceramida (Gb3), um glicopeptídio que se encontra na superfície das células endoteliais renais. Dessa maneira, as células dos capilares glomerulares, passam a liberar substâncias vasoativas e agregantes plaquetários, que levam a formação de edema e trombos que culmina em uma coagulação intravascular glomerular. Assim, os eritrócitos não conseguem passar pelos glomérulos renais e são destruídos, resultando na anemia microangiopática. Esse paciente desenvolve um quadro de insuficiência renal aguda. Para o diagnóstico da SHU, são realizados exames bioquímicos de sangue para avaliar a taxa de função renal, hemograma para verificar a presença de anemia, coprocultura para identificação da bactéria e ainda pesquisa de anticorpos anti-LPS dos sorotipos de E. coli produtoras da toxina Shiga. Além disso, pode ser dosado desidrogenase láctica (DHL), que quando encontra-se em concentrações elevadas, constitui um marcador sensível da hemólise microangiopática. A síndrome hemolítica urêmica (SHU) é uma grave doença caracterizada por anemia microangiopática, trombocitopenia e insuficiência renal aguda. Acomete mais frequentemente crianças de pouca idade e geralmente ocorre em decorrência da infecção pela toxina Shiga, produzida por bactérias como a Escherichia coli, mais comumente o sorotipo O157: H7. Por algum tempo, a SHU e a púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) foram tratadas como uma só doença, devido a semelhança das manifestações clínicas ocorridas em ambas. A diferenciação dessas patologias foi descrita em 1955 por Gasser e colaboradores, onde foi realizada uma descrição detalhada sobre a SHU, definindo as manifestações clínicas cardinais e a ocorrência de duas formas distintas da doença, a SHU clássica que geralmente é precedida de um caso de gastroenterite aguda, provocada pela toxina Shiga, e um grupo menor denominado de SHU atípica que pode ser relacionada ao uso de fármacos, herança genética autossômica recessiva ou dominante, gravidez, transplante de órgãos e infecções. Os sinais e sintomas mais frequentes são insuficiência renal aguda, acompanhada por palidez, petéquias e hematomas. Alguns pacientes podem desenvolver quadros de hipertensão arterial. Além disso, cerca de 25% dos pacientes apresentam manifestações neurológicas como convulsões, letargia, irritabilidade e até coma. Frequentemente, a SHU é acompanhada por gastroenterite e diarreia sanguinolenta. E em alguns casos pode ter a ocorrência de febre, porém a ausência delapode ajudar na diferenciação da SHU das shigeloses e também de outras disenterias causadas por cepas enteroinvasivas de E. coli ou Campylobacter. O sorotipo mais comum é o O157: H7, porém não é a única cepa capaz de produzir a toxina Shiga e provocar a SHU. Essas cepas produtoras dessa toxina são classificadas na categoria STEC (Shiga Toxinproducing E. coli). Existem dois tipos de toxina Shiga (Stx): Stx1 e Stx2. Dentre elas, a Stx1 é praticamente idêntica a Stx produzida pela Shigella dysenteriae 1, e a Stx2 é heterogênea e pode apresentar em algumas variantes como a Stx2c, Stx2d e Stx2e. Uma única cepa STEC pode produzir uma (Stx1 ou Stx2), ambas (Stx1 + Stx2) ou múltiplas formas de Stx2. Sorologicamente são consideradas distintas, mas apresentam ação biológica semelhante entre si. Essa toxina consiste de cinco sub-unidades B idênticas que são responsáveis pela ligação da holotina ao globotriaosilceramida (Gb3), um glicopeptídio que se encontra na superfície celular; e ainda uma subunidade A que é responsável por sua ação biológica, clivando o RNA ribossomal impedindo que aconteça a síntese de proteínas nas células do hospedeiro. São várias as doenças provocadas pela toxina Shiga, podendo ser apenas uma diarreia fraca ou casos graves de colite hemorrágica, que podem evoluir para desordens extraintestinais complicadas como a púrpura trombocitopênica trombótica e a síndrome urêmica hemolítica. O principal reservatório de STEC que vem sendo apontado é o gado bovino. A contaminação cruzada na preparação de alimentos e a contaminação fecal da água e outros alimentos também constituem uma importante via de infecção. A transmissão se dá pelo consumo de alimentos contaminados, especialmente aqueles preparados com carne moída crua ou mal cozida e leite não pasteurizado. As cepas produtoras de STEC são resistentes e podem sobreviver por muitos meses no solo, nas fezes e na água contaminada com matéria fecal. Por exemplo, a E. coli O157:H7 tem condições de sobreviver nos sucos e nas carnes fermentadas que apresentam baixo pH. E ainda pode ocorrer contaminação de verduras pela irrigação com água contaminada. Para o diagnóstico, também é realizado coprocultura, com amostra de fezes coletadas no início da doença. Essas amostras devem ser semeadas em meio Agar MacConkey Sorbitol (SMAC) e em algum outro meio para identificação de enterobactérias. Se não houver crescimento no meio SMAC, isso pode indicar o sorotipo O157: H7, uma vez que estes microorganismos não conseguem fermentálo. Se as características bioquímicas forem compatíveis com E.coli, deverá ser realizado o teste de aglutinação em lâmina com o anti-soro O157. Pode-se realizar sorologia para a pesquisa de anticorpos anti-LPS dos sorotipos de E.coli que produzem a toxina Shiga, como O157, O26, O103, O111 e O113. Para isso, duas amostras de sangue deverão ser necessárias: a primeira devendo ser coletada no início da doença e a segunda entre o 15º e o 20º dia. Existem outras técnicas mais sofisticadas para o diagnóstico diferencial de SHU, como a reação em cadeia de polimerase (PCR), hibridização de colônias ou pesquisa da toxina Shiga em culturas celulares, porém essas técnicas são pouco utilizadas devido ao seu custo elevado, sendo, portanto, realizadas somente em laboratórios de referência.