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Aspectos da Enunciação Linguística

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1 - Leia o trecho do poema de Fernando Pessoa: “Sossega, coração! Não desesperes! Talvez um dia, para além dos dias, Encontres o que queres porque o queres. Então, livre de falsas nostalgias, Atingirás a perfeição de seres.” Assinale a alternativa em que é apresentado o enunciatário do poema:
No primeiro verso, ao dizer: “Sossega coração”, o eu lírico situa o leitor quanto ao enunciatário do poema.
2 -   Assinale a alternativa em que há outro modo de denominar o enunciador nos estudos enunciativos: 
Ducrot e Benveniste são alguns dos autores que trabalham com a categoria de locutor para referirem-se ao enunciador.
3 - Num discurso a enunciação apresenta-se, não como uma única voz, mas como um emaranhado de vozes que originam-se de outros discursos e, ao ser proferido, revela essa heterogeneidade de vozes. Dessa forma, o enunciador divide o espaço da enunciação com uma multiplicidade de vozes. Esse é um dos aspectos fundamentais da linguagem. 
Assinale a alternativa que melhor define o caráter da linguagem descrito acima.
Um dos aspectos da linguagem está em seu caráter dialógico e polifônico, pois são muitas as vozes que perpassam o pensamento e as relações do enunciador com o objeto de sua enunciação, assim, são os discursos institucionais, sociais e culturais que compõem o discurso do enunciador. A interlocução é uma denominação do próprio ato de enunciação, tempo e espaço compõem a enunciação e, nem a interlocução, tão pouco o tempo e o espaço caracterizam a linguagem na perspectiva polifônica.Também, não são as partes ou diferentes denominações que se dá ao enunciador, ao enunciado e ao enunciatário que evidenciam esse caráter da linguagem.
4 - No trecho a seguir, extraído da obra Conversas com Linguistas, Carlos Alberto Faraco responde, ao ser questionado sobre o que é língua: “Eu não sei se há uma resposta simples para essa pergunta aparentemente tão simples. Nós que nos formamos na euforia do estruturalismo, nos acostumamos a ver a língua como um sistema, [...] como um código autônomo e até auto-suficiente. [...] Mas nós vivemos a crise desta perspectiva com a reentrada na cena teórica das práticas de linguagem, aí entendidas com toda a sua complexidade. Daí que eu costumo dizer aos alunos que nosso objeto de estudo é complexa realidade semiótica, estruturada sim, mas necessariamente aberta, fluida, cheia de indeterminações e polissemias, porque é atravessada justamente por nossa condição de seres históricos. [...]” (XAVIER e CORTEZ, 2003, p. 64).
Na sua fala o linguista estabelece uma relação entre o seu dizer e o enunciatário de seu dizer. Assinale a alternativa a seguir que contenha elementos linguísticos que remetam ao enunciador:
Ao utilizar-se do pronome Eu, o linguista marca sua inscrição no tema que discute, pois, como estudamos em Benveniste, “EU” é uma marca enunciativa que remete ao enunciador. Quando diz “sei”, “costumo”, o linguista marca sua posição em relação ao que é dito em seu enunciado.
5 - Na literatura e na poesia, é sabido que as convenções da língua e da realidade podem ser infringidas devido à “licença poética” que as artes têm para que possam melhor expressar seus temas. Benveniste diz que as categorias enunciativas, enunciador e enunciatário não se relacionam a sujeitos empíricos, mas expressam a inscrição dos sujeitos na língua. O poema de Fernando Pessoa, Mar Português, é um exemplo do que diz Benveniste, pois seu enunciatário não é um sujeito empírico.
Leia atentamente o trecho do poema: Mar Português Ó Mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar!
Assinale a alternativa em que é apresentado o enunciatário deste poema:
O poema Mar Português remete à emigração dos Portugueses no período das guerras napoleônicas, acontecimento que os levou à travessia do Atlântico em busca de asilo nas colônias de Portugal, uma viagem muito perigosa à época e da qual muitos jamais voltaram.
Fernando Pessoa elabora, então, uma estratégia para marcar esse enunciatário em seu poema utilizando a expressão “Mar Português” para intitular o poema e invocando “Ó mar salgado” no primeiro verso.
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Leia o trecho do poema de Fernando Pessoa: “Sossega, coração! Não 
desesperes! Talvez um dia, para além dos dias, Encontres o que queres 
porque o queres. Então, livre de falsas nostalgias, Atingirás a perfeição de 
seres.” Assinale a alternativa em que
 
é apresentado o enunciatário do 
poema:
 
No primeiro verso, ao dizer: “Sossega coração”, o eu lírico situa o leitor 
quanto ao enunciatário do poema.
 
 
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Assinale a alternativa em que há outro modo de denominar o 
enunciador nos estudos enunciativos: 
 
Ducrot e Benveniste são alguns dos autores que trabalham com a catego
ria 
de locutor para referirem
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se ao enunciador.
 
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Num discurso a enunciação apresenta
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se, não como uma única voz, 
mas como um emaranhado de vozes que originam
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se d
e outros discursos 
e, ao ser proferido, revela essa heterogeneidade de vozes. Dessa forma, 
o enunciador divide o espaço da enunciação com uma multiplicidade de 
vozes. Esse é um dos aspectos fundamentais da linguagem. 
 
Assinale a alternativa que melhor def
ine o caráter da linguagem descrito 
acima.
 
Um dos aspectos da linguagem está em seu caráter dialógico e polifônico, 
pois são muitas as vozes que perpassam o pensamento e as relações do 
enunciador com o objeto de sua enunciação, assim, são os discurs
os 
institucionais, sociais e culturais que compõem o discurso do enunciador. A 
interlocução é uma denominação do próprio ato de enunciação, tempo e 
espaço compõem a enunciação e, nem a interlocução, tão pouco o tempo 
e o espaço caracterizam a linguagem na 
perspectiva polifônica.Também, 
não são as partes ou diferentes denominações que se dá ao enunciador, ao 
enunciado e ao enunciatário que evidenciam esse caráter da linguagem.
 
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No trecho a seguir, extraído da obra 
Conversas com Linguistas
, Carlos 
Alberto Faraco responde, ao ser questionado sobre o que é língua: “Eu 
não sei se há uma resposta simples para essa pergunta aparentemente 
tão 
simples. Nós que nos formamos na euforia do estruturalismo, nos 
acostumamos a ver a língua como um sistema, [...] como um código 
autônomo e até auto
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suficiente. [...] Mas nós vivemos a crise desta 
1 - Leia o trecho do poema de Fernando Pessoa: “Sossega, coração! Não 
desesperes! Talvez um dia, para além dos dias, Encontres o que queres 
porque o queres. Então, livre de falsas nostalgias, Atingirás a perfeição de 
seres.” Assinale a alternativa em que é apresentado o enunciatário do 
poema: 
No primeiro verso, ao dizer: “Sossega coração”, o eu lírico situa o leitor 
quanto ao enunciatário do poema. 
 
2 - Assinale a alternativa em que há outro modo de denominar o 
enunciador nos estudos enunciativos: 
Ducrot e Benveniste são alguns dos autores que trabalham com a categoria 
de locutor para referirem-se ao enunciador. 
3 - Num discurso a enunciação apresenta-se, não como uma única voz, 
mas como um emaranhado de vozes que originam-se de outros discursos 
e, ao ser proferido, revela essa heterogeneidade de vozes. Dessa forma, 
o enunciador divide o espaço da enunciação com uma multiplicidade de 
vozes. Esse é um dos aspectos fundamentais da linguagem. 
Assinale a alternativa que melhor define o caráter da linguagem descrito 
acima. 
Um dos aspectos da linguagem está em seu caráter dialógico e polifônico, 
pois são muitas as vozes que perpassam o pensamento e as relações do 
enunciador com o objeto de sua enunciação, assim, são os discursos 
institucionais, sociais e culturais que compõem o discurso do enunciador. A 
interlocução é uma denominação do próprio ato de enunciação, tempo e 
espaço compõem a enunciação e, nem a interlocução, tão pouco o tempo 
e o espaço caracterizam a linguagem na perspectiva polifônica.Também, 
não são as partes ou diferentesdenominações que se dá ao enunciador, ao 
enunciado e ao enunciatário que evidenciam esse caráter da linguagem. 
4 - No trecho a seguir, extraído da obra Conversas com Linguistas, Carlos 
Alberto Faraco responde, ao ser questionado sobre o que é língua: “Eu 
não sei se há uma resposta simples para essa pergunta aparentemente 
tão simples. Nós que nos formamos na euforia do estruturalismo, nos 
acostumamos a ver a língua como um sistema, [...] como um código 
autônomo e até auto-suficiente. [...] Mas nós vivemos a crise desta

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