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Cinthya Maria Souza 
 
LESÕES ANATOMIA 
Trombose 
A trombose venosa profunda (TVP) de uma ou mais veias profundas do membro inferior é caracterizada por 
edema, calor e eritema (inflamação e infecção). A estase (estagnação) venosa é uma causa importante de formação 
de trombo. A estase venosa pode ser causada por: 
• Fáscia frouxa, incompetente, que não resiste à expansão muscular, diminuindo a efetividade da bomba 
musculovenosa. 
• Pressão externa sobre as veias decorrente de longo período acamado no hospital ou de um aparelho 
gessado ou atadura apertada 
• Inatividade muscular (p. ex., durante um longo voo internacional). 
Pode ocorrer TVP com inflamação ao redor das veias acometidas (tromboflebite). Um grande trombo que se 
desprende de uma veia do membro inferior pode ir até os pulmões, causando tromboembolismo pulmonar 
(obstrução de uma artéria pulmonar). Um êmbolo grande pode obstruir uma artéria pulmonar principal e levar à 
morte. 
Contusões do quadril e da coxa 
Essa é uma das lesões mais comuns da região do quadril, e geralmente está associada a esportes de 
contato, como as várias formas de futebol, hóquei no gelo e voleibol. As contusões causam hemorragia por ruptura 
dos capilares e infiltração de sangue nos músculos, tendões e outros tecidos moles. O termo contusão do quadril 
também pode se referir à avulsão de fixações musculares ósseas, por exemplo, dos músculos sartório ou reto 
femoral às espinhas ilíacas anterossuperior e anteroinferior, respectivamente, ou dos músculos isquiotibiais do 
ísquio. Entretanto, essas lesões devem ser chamadas fraturas por avulsão. 
A cãibra muscular é causada por isquemia ou contusão e ruptura de vasos sanguíneos suficientes para 
formar um hematoma. A lesão geralmente é consequência da ruptura de fibras do músculo reto femoral; às vezes 
também há ruptura parcial do tendão do M. quadríceps femoral. O local mais comum de um hematoma da coxa é o 
músculo quadríceps femoral. A cãibra muscular está associada a dor localizada e/ou rigidez muscular e muitas 
vezes sucede o traumatismo direto (p. ex., um golpe de bastão de hóquei ou ao ser derrubado no futebol americano). 
Condromalacia patelar 
A condromalacia patelar (joelho de corredor) é um problema comum em maratonistas. Essa sobrecarga do 
joelho também pode ocorrer em esportes que incluem corrida como o basquete. A sensibilidade e a dor ao redor da 
patela, ou sob ela, resultam do desequilíbrio do músculo quadríceps femoral. A condromalacia patelar também pode 
ser causada por um golpe na patela ou flexão extrema do joelho (p. ex., durante o agachamento ao levantar peso). 
Cinthya Maria Souza 
 
Fraturas da patela 
Um golpe direto na patela pode fraturá-la em dois ou mais fragmentos. As fraturas transversas da patela podem 
resultar de um golpe no joelho ou contração súbita do músculo quadríceps femoral (p. ex., quando uma pessoa 
escorrega e tenta evitar uma queda de costas). O fragmento proximal é tracionado para cima com o tendão do 
quadríceps femoral, e o fragmento distal permanece com o ligamento da patela. 
Ossificação anormal da patela 
Ao nascimento, a patela é cartilaginosa. A ossificação ocorre durante os 3° a 6° anos, frequentemente a 
partir de mais de um centro de ossificação. Embora geralmente haja coalescência desses centros e formação de 
um único osso, eles podem permanecer separados de um ou ambos os lados, dando origem a uma patela bipartida 
ou tripartida. As anormalidades da ossificação são quase sempre bilaterais; portanto, as imagens diagnósticas 
devem ser examinadas de ambos os lados. Se forem bilaterais, os defeitos provavelmente são anormalidades da 
ossificação. 
Reflexo patelar 
A percussão do ligamento da patela com um martelo de reflexocnormalmente produz o reflexo patelar. Esse 
reflexo miotático (tendíneo profundo) é avaliado rotineiramente durante o exame físico, colocando-se a pessoa 
sentada com as pernas pendentes. Um golpe firme sobre o ligamento, com um martelo de reflexo, geralmente causa 
extensão da perna. Se o reflexo for normal, a mão sobre o M. quadríceps femoral da pessoa deve sentir a contração 
do músculo. Esse reflexo tendíneo avalia a integridade do nervo femoral e dos segmentos espinais L2–L4. A 
percussão do ligamento ativa fusos musculares no quadríceps. Os impulsos aferentes dos fusos seguem no nervo 
femoral até os segmentos L2–L4 da medula espinal. A partir daí, os impulsos eferentes são transmitidos através de 
fibras motoras no nervo femoral até o músculo quadríceps femoral, resultando em contração muscular espasmódica 
e extensão da perna na articulação do joelho. A diminuição ou ausência do reflexo patelar pode resultar de qualquer 
lesão que interrompa a inervação do músculo quadríceps femoral (p. ex., doença do nervo periférico). 
Palpação, compressão e canulação da artéria femoral 
Com a pessoa em decúbito dorsal, o pulso femoral é palpado a meio caminho entre a EIAS e a sínfise 
púbica. Colocando-se a ponta do dedo mínimo (da mão direita ao examinar o lado direito) sobre a EIAS e a ponta 
do polegar sobre o tubérculo púbico, o pulso femoral pode ser palpado com a região média da palma logo inferior 
ao ponto médio do ligamento inguinal mediante compressão firme. Normalmente, o pulso é forte; entretanto, a 
oclusão parcial das artérias ilíacas comum ou externa causa diminuição do pulso. 
A compressão da artéria femoral também pode ser feita nesse local mediante compressão direta em sentido 
posterior contra o ramo superior do púbis, músculo psoas maior e cabeça do fêmur. A compressão nesse ponto 
reduzirá o fluxo sanguíneo pela artéria femoral e por seus ramos, como a artéria femoral profunda. A artéria femoral 
pode ser canulada imediatamente inferior ao ponto médio do ligamento inguinal. Na angiografia cardíaca esquerda, 
um cateter longo e delgado é inserido na artéria, passando pela artéria ilíaca externa, artéria ilíaca comum e aorta 
até o ventrículo esquerdo do coração. A mesma técnica é usada para visualizar as artérias coronárias na arteriografia 
coronariana. Também se pode colher sangue da artéria femoral para gasometria arterial (a determinação das 
concentrações de oxigênio e dióxido de carbono e das pressões com o pH do sangue). 
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Hérnias femorais 
O anel femoral é uma área fraca na parede anterior do abdome que normalmente tem tamanho suficiente 
para permitir a passagem do dedo mínimo. O anel femoral é o local de origem habitual de uma hérnia femoral, uma 
protrusão das vísceras abdominais (frequentemente uma alça de intestino delgado) através do anel femoral para o 
canal femoral. A hérnia femoral apresenta-se como massa, amiúde dolorosa, no trígono femoral, inferolateral ao 
tubérculo púbico. A hérnia é limitada pela veia femoral lateralmente e pelo ligamento lacunar medialmente. O saco 
herniário comprime o conteúdo do canal femoral (tecido conjuntivo frouxo, gordura e vasos linfáticos) e distende a 
parede do canal. Inicialmente, a hérnia é pequena porque está contida no canal, mas pode aumentar seguindo para 
baixo através do hiato safeno até a tela subcutânea da coxa. 
As hérnias femorais são mais comuns em mulheres por causa de suas pelves mais largas. Pode haver 
estrangulamento de uma hérnia femoral devido aos limites rígidos e bem definidos do anel femoral, sobretudo a 
margem côncava do ligamento lacunar. O estrangulamento de uma hérnia femoral interfere com a vascularização 
do intestino herniado. Esse comprometimento vascular pode resultar em necrose. 
Bursite trocantérica 
A bursite trocantérica, inflamação das bolsas trocantéricas, pode ser causada por ações repetitivas como 
subir escadas carregando objetos pesados ou correr em uma esteira com inclinação acentuada. Esses movimentos 
incluem o músculo glúteo máximo e movimentam as fibras tendíneas superiores repetidas vezes para a frente e 
para trás sobre as bolsas do trocanter maior. A bursite trocantérica causa dor difusa profundana região lateral da 
coxa. Esse tipo de bursite por atrito é caracterizado por dor à palpação no ponto sobre o trocanter maior; entretanto, 
a dor se irradia ao longo do trato iliotibial que se estende do tubérculo ilíaco até a tíbia (ver Figuras 5.36 e 5.39C). 
Esse espessamento da fáscia lata recebe reforços tendíneos dos músculos tensor da fáscia lata e glúteo máximo. 
A dor causada pela inflamação da bolsa trocantérica, em geral localizada imediatamente posterior ao trocanter 
maior, costuma ser suscitada por resistência manual à abdução e rotação lateral da coxa enquanto a pessoa está 
deitada sobre o lado não afetado. 
Bursite isquiática 
Microtraumatismos recorrentes resultantes de estresse repetitivo (p. ex., no ciclismo, remo ou outras 
atividades que incluam extensão repetitiva do quadril na posição sentada) pode sobrepujar a capacidade da bolsa 
isquiática de dispersar o estresse aplicado. O traumatismo recorrente resulta em inflamação da bolsa (bursite 
isquiática). A bursite isquiática é uma bursite por atrito resultante do atrito excessivo entre as bolsas isquiáticas e os 
túberes isquiáticos. A dor localizada ocorre sobre a bolsa, e a dor aumenta com o movimento do músculo glúteo 
máximo. Na bursite crônica pode haver calcificação na bolsa. Como os túberes isquiáticos sustentam o peso do 
corpo na posição sentada, esses pontos de pressão podem causar úlceras de pressão em pessoas debilitadas, 
sobretudo paraplégicos sem cuidados de enfermagem adequados. 
Lesão do nervo glúteo superior 
A lesão desse nervo acarreta perda motora característica, com claudicação do músculo glúteo médio 
incapacitante, para compensar o enfraquecimento da abdução da coxa pelos músculos glúteos médio e mínimo, 
e/ou marcha glútea, uma inclinação compensatória do corpo para o lado em que o glúteo está enfraquecido. Essa 
compensação coloca o centro de gravidade sobre o membro inferior que sustenta o peso. Também há 
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comprometimento acentuado da rotação medial da coxa. Quando uma pessoa é instruída a ficar de pé sobre uma 
perna só, os músculos glúteos médio e mínimo normalmente se contraem assim que o outro pé deixa o solo, 
evitando inclinação da pelve para o lado sem apoio. Quando uma pessoa que sofreu uma lesão do nervo glúteo 
superior é instruída a ficar de pé sobre uma perna, há queda da pelve sobre o lado sem apoio, indicando fraqueza 
ou inatividade dos músculos glúteos médio e mínimo no lado apoiado. Na clínica, esse sinal é denominado teste de 
Trendelenburg positivo. 
Outras causas desse sinal incluem fratura do trocanter maior (a fixação distal do músculo glúteo médio) e 
luxação da articulação do quadril. Quando a pelve desce no lado sem sustentação, o membro inferior torna-se, na 
verdade, muito longo e não sai do solo quando o pé é avançado na fase de balanço da marcha. Para compensar, o 
indivíduo inclina-se para o lado com apoio, elevando a pelve a fim de dar espaço para que o pé saia do solo durante 
o avanço. Isso resulta em um “gingado” característico ou marcha glútea. Outras formas de compensação são 
levantar o pé mais alto durante o avanço, o que resulta na marcha escarvante, ou balançar o pé lateralmente, a 
denominada marcha com balanço lateral. Essas mesmas marchas são adotadas para compensar o pé em gota 
decorrente da paralisia do nervo fibular comum. 
Lesão do nervo isquiático 
A dor na nádega pode resultar da compressão do nervo isquiático pelo músculo piriforme (síndrome do 
piriforme). Os praticantes de esportes que exigem o uso excessivo dos músculos glúteos (p. ex., patinadores no 
gelo, ciclistas e alpinistas) e as mulheres são mais propensos a desenvolver essa síndrome. Em aproximadamente 
50% dos casos, os relatos indicam traumatismo da nádega associado a hipertrofia e espasmo do músculo piriforme. 
Em cerca de 12% das pessoas nas quais a divisão fibular comum do nervo isquiático atravessa o músculo piriforme, 
esse músculo pode comprimir o nervo. 
A secção completa do nervo isquiático é rara; entretanto, quando ocorre, o membro inferior torna-se inútil 
porque há comprometimento da extensão do quadril e também da flexão da perna. Há perda ainda de todos os 
movimentos do tornozelo e do pé. A secção incompleta do nervo isquiático (p. ex., por feridas perfurocortantes) 
também pode acometer os nervos glúteo inferior e/ou cutâneo femoral posterior. A recuperação de uma lesão do 
nervo isquiático é lenta e, em geral, incompleta. Em relação ao nervo isquiático, as nádegas têm um lado de 
segurança (a região lateral) e um lado de risco (a região medial). As feridas ou a cirurgia na região medial das 
nádegas podem lesar o nervo isquiático e seus ramos para os músculos isquiotibiais (semitendíneo, 
semimembranáceo e bíceps femoral) na face posterior da coxa. A paralisia desses músculos compromete a 
extensão da coxa e a flexão da perna. 
Síndrome de estresse tibial medial 
A síndrome de estresse tibial medial – edema e dor na área dos dois terços distais da tíbia – é causada por 
microtraumatismo repetitivo do TA, que provoca pequenas rupturas no periósteo que cobre o corpo da tíbia e/ou de 
fixações carnosas à fáscia muscular sobrejacente da perna. É uma forma leve da síndrome do compartimento 
anterior. A síndrome de estresse tibial é comum em traumatismos ou na sobrecarga atlética dos músculos no 
compartimento anterior, sobretudo o músculo TA, por pessoas não treinadas. Muitas vezes, as pessoas sedentárias 
têm síndrome de estresse tibial quando participam de caminhadas de longa distância. Isso também ocorre em 
corredores treinados que não respeitam o período de aquecimento e de recuperação. Os músculos no 
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compartimento anterior apresentam edema pelo uso excessivo súbito, e o edema e a inflamação do músculo– 
tendão reduzem o fluxo sanguíneo para os músculos. Há dor espontânea ou à pressão nos músculos edemaciados. 
Lesão do nervo fibular comum e pé em gota 
Em virtude de sua posição superficial, o nervo fibular comum é lesado com maior frequência no membro 
inferior, principalmente porque se espirala sob a pele ao redor do colo da fíbula, o que o deixa vulnerável ao 
traumatismo direto. Esse nervo também pode ser seccionado durante a fratura do colo da fíbula ou muito distendido 
quando há lesão ou luxação da articulação do joelho. A secção do nervo fibular comum resulta em paralisia flácida 
de todos os músculos nos compartimentos anterior e lateral da perna (dorsiflexores do tornozelo e eversores do pé). 
A perda da dorsiflexão do tornozelo causa o pé em gota, que é ainda mais exacerbado pela inversão do pé sem 
oposição. Isso tem o efeito de tornar o membro “muito longo”: os dedos não saem do solo durante a fase de balanço 
da marcha. Existem várias outras situações que podem resultar em um membro inferior “muito longo” 
funcionalmente, por exemplo, inclinação pélvica e paralisia espástica ou contração do músculo sóleo. Existem pelo 
menos três formas de compensar esse problema: A marcha cambaleante, na qual o indivíduo se inclina para o lado 
oposto ao do membro longo, “fazendo subir” o quadril. A marcha com balanço lateral, na qual o membro longo 
balança lateralmente (é abduzido) para permitir que os dedos saiam do solo. A marcha escarvante, com elevação 
demasiada do membro inferior, na qual há flexão exagerada do quadril e do joelho para levantar o pé o suficiente 
para evitar que os dedos toquem o solo. Como o pé em gota dificulta tocar primeiro com o calcanhar no solo como 
na marcha normal, a marcha escarvante costuma ser observada no caso de paralisia flácida. Às vezes é 
acrescentado um “chute” extra durante o avanço do membro livre, na tentativa de levantar a parte anterior do pé, 
logo antes de abaixar o pé. No pé em gota da paralisia flácida também há perda da ação de frenagem normalmente 
produzida por contração excêntrica dos dorsiflexores. Portanto, o pé não é abaixado até tocar o solo de forma 
controlada depois dotoque do calcâneo, mas bate subitamente no solo, emitindo um “clop” característico e 
aumentando muito o choque recebido pela parte anterior do pé e o choque transmitido pela tíbia para o joelho. Os 
indivíduos com lesão do nervo fibular também podem apresentar perda variável de sensibilidade na face 
anterolateral da perna e no dorso do pé. 
Tendinite do calcâneo 
A inflamação do tendão do calcâneo constitui 9 a 18% das lesões em corridas. Rupturas microscópicas das 
fibras colágenas no tendão, principalmente logo acima da sua fixação no calcâneo, resultam em tendinite, o que 
causa dor durante a caminhada, sobretudo ao usar sapatos com solado rígido. A tendinite do calcâneo é frequente 
durante atividades repetitivas, principalmente em pessoas que começam a correr após longo período de inatividade 
ou que aumentam subitamente a intensidade do treinamento, mas também pode ser causada por calçados ou 
superfícies de treinamento inadequados. 
Ruptura do tendão do calcâneo 
A ruptura do tendão do calcâneo ocorre frequentemente em pessoas mal condicionadas com história de 
tendinite do calcâneo. A lesão ocorre tipicamente com um estalido audível durante um impulso forçado (flexão 
plantar com o joelho estendido), seguido imediatamente por dor súbita na panturrilha e dorsiflexão forçada do pé 
em flexão plantar. Na ruptura completa do tendão, há uma depressão palpável, geralmente 1 a 5 cm proximal à 
fixação do calcâneo. Os músculos afetados são o gastrocnêmio, o sóleo e o plantar. A ruptura do tendão do calcâneo 
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provavelmente é o problema muscular agudo mais grave da perna. Indivíduos com essa lesão não podem realizar 
flexão plantar contra resistência (não conseguem elevar o calcanhar do solo ou apoiar o pé sobre o lado afetado) e 
a dorsiflexão passiva (geralmente limitada a 20° em relação à posição neutra) é excessiva. A deambulação só é 
possível quando o membro está em rotação lateral (externa), girando sobre o pé posicionado transversalmente 
durante a fase de apoio sem impulso. Há equimose na região maleolar, e geralmente surge massa na panturrilha 
causada pela retração do músculo tríceps sural. Em pessoas idosas ou não atléticas, os tratamentos não cirúrgicos 
costumam ser suficientes, mas geralmente é aconselhada a intervenção cirúrgica para aqueles que têm estilo de 
vida ativo (p. ex., jogadores de tênis). 
Bursite do calcâneo 
A bursite do calcâneo é causada pela inflamação da bolsa tendínea calcânea situada entre o tendão do 
calcâneo e a parte superior da face posterior do calcâneo. A bursite do calcâneo causa dor posterior ao calcanhar 
e é bastante comum durante corridas de longa distância, basquete e tênis. É causada pelo atrito excessivo na bolsa 
quando o tendão desliza continuamente sobre ela. 
Fasciite plantar 
A inflamação da fáscia plantar – fasciite plantar – costuma ser causada por esforço repetitivo. Pode ser 
provocada por corrida e por exercícios aeróbicos de alto impacto, sobretudo quando se usa calçado impróprio. A 
fasciite plantar é o problema mais comum da parte posterior do pé em corredores. Causa dor na face plantar do pé 
e no calcanhar. Muitas vezes a dor é mais intensa depois de se sentar e ao começar a caminhar de manhã. Em 
geral, desaparece depois de 5 a 10 minutos de atividade e reaparece após o repouso. Há dor à palpação no local 
de fixação proximal da aponeurose no tubérculo medial do calcâneo e na face medial desse osso. A dor aumenta 
com a extensão passiva do hálux e pode ser ainda mais exacerbada por dorsiflexão do tornozelo e/ou sustentação 
de peso. Se houver um esporão (processo ósseo anormal) do calcâneo que se saliente do tubérculo medial, a 
fasciite plantar tende a causar dor na face medial do pé ao caminhar. Em geral, há surgimento de uma bolsa na 
extremidade do esporão que também pode se tornar inflamada e dolorida. 
Reflexo plantar 
O reflexo plantar (raízes dos nervos L4, L5, S1 e S2) é um reflexo miotático (tendíneo profundo) avaliado 
durante exames neurológicos de rotina. A face lateral da planta do pé é estimulada com um objeto rombo, como um 
abaixador de língua, começando no calcanhar e cruzando até a base do hálux. O movimento é firme e contínuo, 
mas não é doloroso nem causa cócegas. A flexão dos dedos é uma resposta normal. O leve afastamento em leque 
dos quatro dedos laterais e a dorsiflexão do hálux são respostas anormais (sinal de Babinski), indicativas de lesão 
encefálica ou doença cerebral, exceto em lactentes. Como os tratos corticospinais não estão completamente 
desenvolvidos em recém-nascidos, o sinal de Babinski pode persistir até que as crianças completem 4 anos (exceto 
em pacientes com lesão encefálica ou doença cerebral). 
Compressão do nervo plantar medial 
A irritação por compressão do nervo plantar medial durante seu trajeto profundamente ao retináculo dos 
músculos flexores ou curva-se profundamente ao abdutor do hálux pode causar dor, queimação, dormência e 
formigamento (parestesia) na face medial da planta do pé e na região da tuberosidade do navicular. Pode haver 
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compressão do nervo plantar medial durante a eversão repetitiva do pé (p. ex., durante ginástica e corrida). Em 
virtude de sua frequência nos corredores, esses sintomas foram denominados “pé do corredor”. 
Fraturas do colo do fêmur 
As fraturas do colo do fêmur (infelizmente chamadas de “fraturas do quadril”, sugerindo que há fratura do osso do 
quadril) são raras na maioria dos esportes de contato, porque os participantes costumam ser jovens e o colo do 
fêmur é forte nas pessoas que têm menos de 40 anos. Quando ocorrem nessa faixa etária, geralmente são causadas 
por impactos fortes (p. ex., durante acidentes em corridas automobilísticas, com esqui, com trampolins e em eventos 
hípicos) quando o membro inferior é estendido e a força do impacto é transmitida à articulação do quadril, mesmo 
se aplicado a alguma distância da articulação. Por exemplo, se o pé estiver firmemente apoiado contra o assoalho 
do carro com o joelho travado, ou se o joelho estiver apoiado contra o painel durante uma colisão frontal, a força do 
impacto pode ser transmitida superiormente e causar a fratura do colo do fêmur. Essas fraturas são bastante comuns 
em indivíduos acima de 60 anos, sobretudo nas mulheres, porque os colos dos fêmures são mais fracos e se 
quebram com facilidade em virtude da osteoporose (Figura B5.29). Em geral, as fraturas do colo do fêmur são 
intracapsulares, e o realinhamento dos fragmentos do colo exige fixação óssea interna. 
As fraturas do colo do fêmur causam rotação lateral do membro inferior. Muitas vezes, essas fraturas interrompem 
a vascularização para a cabeça do fêmur. A maior parte do sangue para a cabeça e colo do fêmur provém da artéria 
circunflexa femoral medial. As artérias do retináculo originadas dessa artéria costumam se romper quando há fratura 
do colo do fêmur ou luxação da articulação do quadril. Após algumas fraturas do colo do fêmur, a artéria para o 
ligamento da cabeça do fêmur pode ser a única fonte remanescente de sangue para o fragmento proximal. 
Frequentemente, essa artéria é inadequada para manter a cabeça do fêmur; logo, o fragmento pode sofrer necrose 
vascular asséptica. 
Artroplastia do quadril 
Embora a articulação do quadril seja forte e estável, está sujeita a lesão traumática grave e doença 
degenerativa. A osteoartrite da articulação do quadril, caracterizada por dor, edema, limitação do movimento e 
erosão da cartilagem articular, é uma causa comum de incapacidade. Durante a artroplastia do quadril, a cabeça e 
o colo do fêmur são substituídos por uma prótese metálica fixada ao fêmur por cimento ósseo. Uma cavidade plástica 
cimentada ao osso do quadril substitui o acetábulo. 
Necrose da cabeça do fêmur em crianças 
Em crianças, as luxações traumáticas da articulação do quadril rompem a artéria para a cabeça do fêmur. 
As fraturas que resultam em separação da epífisesuperior do fêmur (a placa de crescimento entre a cabeça e o 
colo do fêmur) também tendem a resultar em vascularização inadequada para a cabeça do fêmur e em necrose 
avascular pós-traumática da cabeça do fêmur. Desse modo, há incongruência das superfícies articulares, e o 
crescimento na epífise é retardado. Esses distúrbios, mais comuns em crianças com 3 a 9 anos de idade, causam 
dor no quadril que pode se irradiar para o joelho. 
Luxação da articulação do quadril 
A luxação congênita da articulação do quadril é comum, e acomete aproximadamente 1,5 por 1.000 
neonatos; é bilateral em cerca de metade dos casos. A incidência em meninas é no mínimo oito vezes maior do que 
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em meninos. A luxação ocorre quando a cabeça do fêmur não está bem localizada no acetábulo. A incapacidade 
de abduzir a coxa é característica da luxação congênita. Além disso, o membro afetado parece (e funciona como se 
fosse) mais curto porque a cabeça do fêmur deslocada está situada mais alto do que no lado normal, resultando em 
um sinal de Trendelenburg positivo (o quadril parece cair de um lado durante a marcha). Cerca de 25% dos casos 
de artrite do quadril em adultos são consequência direta de defeitos residuais da luxação congênita do quadril. A 
luxação adquirida da articulação do quadril é rara porque essa articulação é muito forte e estável. Todavia, a luxação 
pode ocorrer durante um acidente automobilístico quando o quadril está em posição de flexão, adução e rotação 
medial, a posição habitual do membro inferior quando uma pessoa está guiando um veículo. As luxações posteriores 
da articulação do quadril são mais comuns. Uma colisão frontal que causa o choque do joelho contra o painel pode 
causar luxação do quadril quando a cabeça do fêmur é forçada a sair do acetábulo. A cápsula articular se rompe 
nas partes inferior e posterior, a cabeça do fêmur atravessa a ruptura e passa sobre a margem posterior do acetábulo 
até a superfície lateral do ílio, com encurtamento e rotação medial do membro afetado Em vista de sua proximidade 
com a articulação do quadril, o nervo isquiático pode ser lesado (estirado e/ou comprimido) durante luxações 
posteriores ou fraturas–luxações dessa articulação. Esse tipo de lesão pode resultar em paralisia dos músculos 
isquiáticos (do jarrete) e dos músculos distais ao joelho supridos pelo nervo isquiático. Também pode haver 
alterações sensitivas na pele sobre as faces posterolaterais da perna e sobre grande parte do pé em virtude da 
lesão dos ramos sensitivos do nervo isquiático. 
A luxação anterior da articulação do quadril resulta de uma lesão violenta que força a extensão, abdução e 
rotação lateral do quadril (p. ex., ao bater com a extremidade do esqui ao esquiar na neve). Nesses casos, a cabeça 
do fêmur situa-se inferiormente ao acetábulo. Com frequência, há fratura do limbo do acetábulo, com consequente 
fratura–luxação da articulação do quadril. A cabeça do fêmur, ao sofrer luxação, costuma levar consigo o fragmento 
ósseo do acetábulo e o lábio do acetábulo. Essas lesões também ocorrem nas luxações posteriores. 
Luxação da patela 
A luxação da patela é quase sempre lateral. É mais comum em mulheres, provavelmente por causa do maior 
ângulo Q, que, além de representar a posição oblíqua do fêmur em relação à tíbia, representa o ângulo de tração 
do músculo quadríceps femoral em relação ao eixo da patela e da tíbia (o termo ângulo Q foi cunhado como 
referência ao ângulo de tração do músculo quadríceps femoral). A tendência à luxação lateral normalmente é 
neutralizada pela tração medial e mais horizontal do poderoso músculo vasto medial. Além disso, a projeção anterior 
do côndilo lateral do fêmur e a inclinação mais profunda para a face patelar lateral maior constituem um impedimento 
mecânico à luxação lateral. Um desequilíbrio da tração lateral e os mecanismos que resistem a ela resultam em 
trajeto anormal da patela na face patelar e dor patelar crônica, mesmo quando não há luxação real. 
Síndrome patelofemoral 
A dor profundamente à patela costuma ser causada pela corrida excessiva, principalmente em declives; 
portanto, esse tipo de dor costuma ser chamado de “joelho do corredor”. A dor é causada por microtraumatismos 
repetitivos provocados pelo trajeto anormal da patela em relação à face patelar do fêmur, um distúrbio conhecido 
como síndrome patelofemoral. Essa síndrome também pode resultar de um golpe direto na patela e de osteoartrite 
do compartimento patelofemoral (desgaste degenerativo das cartilagens articulares). Em alguns casos, o 
fortalecimento do músculo vasto medial corrige a disfunção patelofemoral. Esse músculo tende a evitar a luxação 
lateral da patela resultante do ângulo Q, porque o vasto medial se fixa na margem medial da patela e a traciona. 
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Desse modo, a fraqueza do músculo vasto medial predispõe o indivíduo à disfunção patelofemoral e à luxação da 
patela. 
Lesões da articulação do joelho 
As lesões do joelho são comuns porque essa é uma articulação baixa, móvel, que sustenta peso e serve 
como fulcro entre duas alavancas longas (coxa e perna). Sua estabilidade depende quase totalmente dos ligamentos 
associados e dos músculos adjacentes. A articulação do joelho é essencial para atividades diárias como ficar de pé, 
caminhar e subir escadas. Também é uma articulação importante nos esportes que incluem corrida, salto, chute e 
mudanças de direção. Para realizar essas atividades, a articulação do joelho deve ser móvel; entretanto, sua 
mobilidade a torna suscetível a lesões. A lesão mais comum do joelho em esportes de contato é a distensão dos 
ligamentos, que ocorrem quando o pé está fixo no solo. A aplicação de uma força contra o joelho quando o pé estiver 
impedido de se mover tende a causar lesões dos ligamentos. Os ligamentos colaterais tibial e fibular (LCT e LCF) 
são muito estirados quando a perna é estendida, o que normalmente impede a ruptura das partes laterais da 
articulação do joelho. A firme fixação do LCT no menisco medial tem grande significado clínico, pois a ruptura desse 
ligamento costuma resultar em ruptura concomitante do menisco medial. Com frequência, a lesão é causada por 
um golpe na face lateral do joelho estendido ou por torção lateral excessiva do joelho fletido que rompe o LCT e, ao 
mesmo tempo, rompe e/ou separa o menisco medial da cápsula articular (Figura B5.33A). Essa lesão é comum em 
atletas que torcem os joelhos fletidos durante a corrida (p. ex., no basquetebol, nas várias formas de futebol e no 
voleibol). O LCA, que serve como eixo para movimentos giratórios do joelho e é tensionado durante a flexão, também 
pode se romper depois da ruptura do LCT, criando uma “tríade infeliz” de lesões do joelho. 
A hiperextensão e a grande força anterior contra o fêmur com o joelho semifletido (p. ex., um bloqueio 
cruzado no futebol americano) podem romper o LCA. A ruptura do LCA também é uma lesão comum do joelho em 
acidentes com esqui. Essa lesão causa o deslizamento anterior da tíbia livre sob o fêmur fixado, conhecido como 
sinal da gaveta anterior, avaliado clinicamente pelo teste de Lachman. O LCA pode ser arrancado do fêmur ou da 
tíbia; entretanto, as rupturas costumam ocorrer na parte média do ligamento. Embora forte, o LCP pode se romper 
quando um jogador cai sobre a tuberosidade da tíbia com o joelho fletido (p. ex., ao cair de joelhos no chão em um 
jogo de basquetebol). As rupturas do LCP geralmente estão associadas a rupturas do ligamento tibial ou fibular. 
Essas lesões também podem ocorrer em colisões frontais quando a pessoa não usa cinto de segurança e a 
extremidade proximal da tíbia se choca contra o painel. As rupturas do LCP permitem que a tíbia livre deslize 
posteriormente sob o fêmur fixado, conhecido como sinal da gaveta posterior. As rupturas do menisco costumam 
acometer o menisco medial. O menisco lateral geralmente não se rompe graças à sua mobilidade. Ador causada 
pela rotação lateral da tíbia sobre o fêmur indica lesão do menisco lateral, enquanto a dor à rotação medial da tíbia 
sobre o fêmur indica lesão do menisco medial. A maioria das rupturas do menisco ocorre em conjunto com as 
rupturas do LCT ou LCA. As rupturas periféricas do menisco costumam ser reparadas ou podem cicatrizar sozinhas 
em razão da generosa vascularização dessa área. Se as rupturas do menisco que não cicatrizarem ou não puderem 
ser reparadas, o menisco é retirado (p. ex., por cirurgia artroscópica). As articulações do joelho que tiveram um 
menisco removido não apresentam perda da mobilidade; entretanto, o joelho pode ser menos estável e os platôs 
tibiais costumam sofrer reações inflamatórias. 
Bursite na região do joelho 
A bursite pré-patelar é causada por atrito entre a pele e a patela; entretanto, a bolsa também pode ser lesada 
por forças compressivas resultantes de um golpe direto ou por queda sobre o joelho fletido. Se a inflamação for 
Cinthya Maria Souza 
 
crônica,a bolsa é distendida por líquido e surge um edema anterior ao joelho. Esse distúrbio foi chamado de “joelho 
de faxineira”; entretanto, outras pessoas que trabalham ajoelhadas sem proteção, como instaladores de pisos de 
madeira e tapete, também podem desenvolver bursite pré-patelar. A bursite subcutânea infrapatelar é causada por 
atrito excessivo entre a pele e a tuberosidade da tíbia; o edema ocorre sobre a extremidade proximal da tíbia. O 
distúrbio era chamado de “joelho de padre” devido à frequente genuflexão; entretanto, é mais comum em telhadores 
e ladrilheiros que não usam protetores no joelho. A bursite infrapatelar profunda provoca edema entre o ligamento 
da patela e a tíbia, superior à tuberosidade da tíbia. A inflamação geralmente é causada pelo uso excessivo e 
subsequente atrito entre o tendão da patela e as estruturas posteriores a ele, o corpo adiposo infrapatelar e a tíbia. 
O aumento da bolsa infrapatelar profunda oblitera as depressões que normalmente ocorrem de cada lado do 
ligamento da patela quando a perna é estendida. Escoriações ou feridas penetrantes podem ocasionar bursite 
suprapatelar, uma infecção causada por bactérias que entram na bolsa suprapatelar pela ruptura da pele. A infecção 
pode disseminar-se para a cavidade da articulação do joelho, causando eritema localizado e aumento dos linfonodos 
poplíteos e inguinais. 
Lesões do tornozelo 
O tornozelo é a grande articulação do corpo lesada com maior frequência. As entorses do tornozelo (ruptura 
de fibras dos ligamentos) são mais comuns. A entorse do tornozelo é quase sempre uma lesão por inversão, que 
inclui a rotação do pé em flexão plantar e sustentando peso. A pessoa pisa em uma superfície irregular e o pé é 
invertido à força. As entorses do ligamento lateral ocorrem em esportes de corrida e salto, sobretudo no basquete 
(70 a 80% dos jogadores já sofreram no mínimo uma entorse do tornozelo). O ligamento lateral é lesado porque é 
muito mais fraco do que o ligamento medial e é o ligamento que resiste à inversão na articulação talocrural. O 
ligamento talofibular anterior – parte do ligamento lateral – é mais vulnerável e se rompe, parcial ou completamente, 
com maior frequência durante entorses do tornozelo, resultando em instabilidade dessa articulação (Figura B5.39). 
O ligamento calcaneofibular também pode se romper. Em entorses graves, pode também haver fratura do maléolo 
lateral da fíbula. As lesões por cisalhamento fraturam o maléolo lateral na articulação talocrural ou superiormente a 
ela. As fraturas por avulsão rompem o maléolo inferiormente à articulação talocrural; um fragmento de osso é 
arrancado pelo(s) ligamento(s) fixado(s). A fratura–luxação do tornozelo de Pott ocorre quando o pé é evertido à 
força. Essa ação traciona o ligamento medial, que é extremamente forte, e muitas vezes rompe o maléolo medial. 
O tálus então se desloca lateralmente, arrancando o maléolo lateral ou, na maioria das vezes, fraturando a fíbula 
superiormente à sindesmose tibiofibular. Se a tíbia for levada anteriormente, a margem posterior da extremidade 
distal da tíbia também é arrancada pelo tálus, produzindo uma “fratura trimaleolar”. Ao aplicar esse termo à lesão 
desse tipo, toda a extremidade distal da tíbia é erroneamente considerada um “maléolo”. 
Compressão do nervo tibial 
O nervo tibial deixa o compartimento posterior da perna passando profundamente ao retináculo dos 
músculos flexores no espaço entre o maléolo medial e o calcâneo (Figura 5.71A). O aprisionamento e a compressão 
do nervo tibial (síndrome do túnel do tarso) ocorrem quando há edema e constrição no tornozelo envolvendo as 
bainhas sinoviais dos tendões dos músculos no compartimento posterior da perna. A área acometida vai do maléolo 
medial até o calcâneo, e a dor no calcanhar resulta da compressão do nervo tibial pelo da pele, no local onde a 
superfície dorsal do dedo sofre atrito retináculo dos músculos flexores. contínuo do calçado.

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