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Agrotóxicos: O que são e seus riscos

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AGROTÓXICOS
Afinal, o que são agrotóxicos?
Os agrotóxicos, também chamados de defensivos químicos, são produtos utilizados na agricultura para controlar insetos, doenças ou plantas daninhas que causam danos às plantações.
Os agrotóxicos surgiram na Segunda Guerra Mundial, com o propósito de funcionarem como arma química. Com o pós-guerra, o produto passou a ser utilizado como defensivo agrícola, ficando conhecido também como pesticida, praguicida ou produto fitossanitário. Na legislação brasileira, o termo utilizado é agrotóxico, apesar de haver tentativas de mudanças.
Agrotóxicos nos alimentos
É do conhecimento de grande parte da população que os agricultores utilizam agrotóxicos nos alimentos, nas plantações de frutas, legumes e verduras, alegando a inibição de pragas que destroem suas lavouras e prejudicam a sua produção.
O que muitos destes agricultores não sabe são os efeitos destes tipos de venenos para a saúde dos consumidores. De acordo com relatório divulgado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil é o país que mais faz uso de agrotóxicos no campo, chegando a 1 milhão de toneladas por ano. Os resíduos de agrotóxicos que permanecem nos alimentos se apresentam em nível superior ao permitido e, algumas vezes, o agricultor utiliza agrotóxico que não é permitido para alguns alimentos. 
Brasil: campeão mundial no consumo de agrotóxicos
Muita gente se assusta quando descobre que o Brasil lidera o ranking mundial de consumo de agrotóxicos. A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) estima que 70% dos alimentos in natura consumidos por aqui têm algum resíduo de agrotóxico. Desses, pelo menos um terço contém substâncias não autorizadas pela Anvisa. 
E ao mesmo tempo em que o consumo desses produtos cresceu 93% em todo o mundo, no Brasil o crescimento foi de impressionantes 190% nos últimos dez anos, segundo dados divulgados pela Anvisa.
Qual risco eu corro por consumir alimentos com agrotóxico?
A Organização Mundial da Saúde diz que a população em geral é exposta a níveis muito baixos de resíduos de agrotóxico em alguns alimentos e na água, de modo que o consumidor final não está sob risco elevado de envenenamento e nem tem chances elevadas de desenvolver algum problema de saúde — embora a probabilidade exista, a depender muito do nível de exposição. 
As principais populações-chave para os perigos dos agrotóxicos, de acordo com a entidade, são os trabalhadores da lavoura que aplicam os inseticidas e outras pessoas que têm contato com os agrotóxicos logo depois que eles são aplicados.
Dados oficiais dão conta de que cerca de 20 mil pessoas em países em desenvolvimentos (como o Brasil) morrem todos os anos em decorrência do contato indireto com agrotóxicos, por meio principalmente de inalação e manipulação dos defensivos.
Mas como comemos tanta comida contaminada?
Uma pesquisa da ESALQ/USP (Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"), da Universidade de São Paulo, revelou que os agrotóxicos, inclusive os mais perigosos, estão muito presentes na alimentação da população. A pesquisadora Jacqueline Gerage Marques, mestra em ciência e tecnologia de alimentos, cruzou dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com informações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para analisar 743 itens alimentares bastante comuns no nosso cardápio, entre eles, abacaxi, abóbora, arroz, batata, café e cebola. A conclusão foi que 69 compostos excediam o valor de ingestão diária aceitável para não afetar a saúde de uma pessoa. O foco do estudo era entender a contaminação crônica, causada pelo consumo de pequenas quantidades de resíduos de agrotóxicos por um longo período. O chamado efeito cumulativo dessas microdoses de venenos ao longo da vida é apontado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), como responsável pelo aparecimento de diversas doenças, sobretudo, o câncer.
Lavar resolve o problema?
Todo alimento orgânico in natura precisa ser lavado antes de consumido, e o próprio processo de lavagem e higienização com água e hipoclorito de sódio, bem como a retirada de cascas e folhas externas já ajudam a reduzir os níveis de agrotóxicos. Isso, porém, somente no exterior do alimento — os resíduos que estão dentro permanecem mesmo após a higienização.
Por isso, lavar ajuda a reduzir os níveis de defensivos químicos que permaneceram no alimento, mas não resolve totalmente a questão. Para ajudar, você pode mergulhar a fruta, por exemplo, em vinagre, cloro ou água sanitária. Isso ajuda a eliminar os resíduos de agrotóxicos. 
Alimentos que estão em nossa mesa...
Frutas e vegetais que estão expostos e disponíveis nos mercados têm uma "cara" boa, atrativa, mas não se engane: eles podem esconder em suas cascas uma película de resíduos de agrotóxicos usados na lavoura.
Um levantamento realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) constatou a presença de organofosforados (um dos tipos de agrotóxicos mais comuns, usado como acaricidas, fungicidas, bactericidas e inseticidas, entre outros) em mais da metade das amostras de alimentos observadas - sendo que esses compostos podem comprometer o sistema nervoso e provocar problemas cardiorrespiratórios. O estudo destaca também que doenças crônicas não transmissíveis (as desencadeadas por contaminação por agrotóxicos) são um grande problema de saúde pública hoje em dia.
· Agrotóxicos no: Pimentão
O pimentão é o campeão de agrotóxicos segundo uma pesquisa feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a contaminação de alimentos por agrotóxicos, em 2010. e, ainda nesta, foi constatado que além de grande parte dos pimentões coletados conterem uma quantidade muito maior de agrotóxicos permitidos - um miligrama por quilo - chamou a atenção da Anvisa o uso de agrotóxicos não permitidos. Ingredientes ativos banidos nos países desenvolvidos, como o acefato, o metamidofós e o endossulfam.
· Agrotóxicos no: Morango
O morango comum (estes encontrados no comercio geral e nas ruas das cidades) é um dos alimentos que mais possuem agrotóxicos. A fruta é bastante sensível, daí o uso exagerado de agrotóxicos.
A maioria dos morangos que encontramos no mercado possuem brometo de metilo, um produto químico muito tóxico usado para eliminar fungos, e também fertilizantes químicos que são colocados na plantação nos estágios intermediários do crescimento da fruta.
O brometo de metilo pode causar envenenamento, danos neurológicos e reprodutivos. Por isto, a agência de proteção ambiental do Estados Unidos, por exemplo, classifica-o como um composto de toxicidade categoria I, uma classificação reservada às substâncias mais mortais existentes.
Mas nem pense em tirar o morango da sua cesta: ele é rico em vitamina A, boa para os olhos e também tem boas doses de ferro, mineral que combate à anemia. Mas, por causa dos furinhos, o morango acumula muitos agrotóxicos.
· Agrotóxicos no: Pepino
No pepino o percentual de amostras irregulares foi de 57,4%, na análise de suas amostras foram de detectados os seguintes problemas: teores de resíduos de agrotóxicos acima do permitido e o uso de agrotóxicos não autorizados para esta cultura. No pepino são encontrados os seguintes agrotóxicos: Abamectina, Herbicidas, Inseticidas, etc.
· Agrotóxicos no: Couve
Em plantações de couve o Acefato, inseticida que pertence a classe toxicológica III, é utilizado com freqüência.
· Agrotóxicos na: Cenoura
A cenoura é um dos alimentos mais consumidos no Brasil, e devido a essa alta demanda, sua produção também utiliza agrotóxicos. Alguns desses agrotóxicos são: acefato, metamidofós, endossulfam e abamectina.
· Agrotóxicos no: Abacaxi
A casca não é comestível e tem alto grau de impermeabilidade, o que diminui a concentração de resíduos na polpa porém, mesmo assim, no abacaxi encontramos agrotóxicos como, principalmente o carbendazim.
· Agrotóxicos na: Laranja
Assim como no abacaxi, a casca da laranja reduz a concentração de resíduos na polpa. A maioria das situações de risco para a laranja está relacionada ao agrotóxico carbendazim.· Agrotóxicos no: Tomate
Os resíduos encontrados foram, principalmente: acefato, Abamectina e inseticidas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DINIZ, Melissa. "Veneno Invisível"; Uol. Disponível em <https://www.uol/estilo/especiais/veneno-invisivel.htm>. Acesso em 13 de maio de 2019.
VALE, Mayara. "Agrotóxicos nos alimentos: Onde está o agrotóxico na sua mesa?"; Mayara Vale: Consultora de alimentos. Disponível em <https://consultoradealimentos.com.br/seguranca-alimentar/agrotoxicos-nos-alimentos>. Acesso em 13 de maio de 2019.
CAVALHEIRO, Vinícius de Vita. "Agrotóxicos: eles fazem mal para a saúde ou não?"; Ativo Saúde. Disponível em <https://www.ativosaude.com/alimentacao-saudavel/agrotoxicos-eles-fazem-mal-para-a-saude-ou-nao>. Acesso em 13 de maio de 2019.
EQUIPE, eCycle. "O que são agrotóxicos?"; eCycle. Disponível em <https://www.ecycle.com.br/3671-agrotoxicos.html>. Acesso em 13 de maio de 2019.
ÉBOLI, Evandro. "Anvisa alerta: pimentão é o campeão de agrotóxicos"; O Globo. Disponível em <https://oglobo.globo.com/brasil/anvisa-alerta-pimentao-o-campeao-de-agrotoxicos-3395673>. Acesso em 14 de maio de 2019.
CASTRO, Chris. "Morangos e Agrotóxicos"; Chris Castro: Nutrição e beleza da pele. Disponível em <https://nutricaoebeleza.com.br/morangos-e-agrotoxicos>. Acesso em 14 de maio de 2019.
CANCIAN, Natália. "Laranja e abacaxi são os alimentos de maior risco por agrotóxicos, diz Anvisa"; Folha de São Paulo. Disponível em <https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/11/1835565-laranja-e-abacaxi-sao-os-alimentos-de-maior-risco-por-agrotoxico-diz-anvisa.shtml>. Acesso em 14 de maio de 2019.
GOMES, Tamires Criscio. "10 alimentos mais contaminados com o uso de agrotóxicos"; Dicas de Mulher. Disponível em <https://www.dicasdemulher.com.br/alimentos-mais-contaminados-com-o-uso-de-agrotoxicos>. Acesso em 14 de maio de 2019.
MARIZ, Renata. "Laranja e abacaxi estão no topo da contaminação por agrotóxicos"; O Globo. Disponível em <https://oglobo.globo.com/sociedade/sustentabilidade/laranja-abacaxi-estao-no-topo-da-contaminacao-por-agrotoxicos-20542450>. Acesso em 14 de maio de 2019.

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