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Tipos de Pele, Metodologias de Análise
e Ativos Promotores de Hidratação
Gabriel Corrêa de Farias, M.Sc.
2021
Biometria Cutânea
Biometria Cutânea
pHmeter
Princípio das Medidas
Análise da Hidratação Cutânea: mede o
grau de hidratação da superfície
cutânea, utilizando a medição da
capacitância do estrato córneo. Este
método de medição baseia-se na
variabilidade do valor da constante
dielétrica da água que pode ser medida
através de um capacitor capaz de
determinar essas variações,
registrando-as automaticamente no
aparelho. O aparelho utilizado é o
Corneometer CM 820 PC.
Medida da Perda
Transepidérmica de Água
(TEWL): Trata-se da perda
dita insensível de vapor de
água que se estabelece entre
o estrato córneo e o meio
exterior, baseado no principio
de difusão de Adolf Fick. O
aparelho utilizado é o
Tewameter TM 210.
Princípio das Medidas
Análise do Teor de Gordura: Baseia-se na
fotometria (banda do visível) de uma fita
plástica especial, a qual se torna
progressivamente transparente por adsorção
dos lipídios após contato com a superfície da
pele em análise. A cabeça do cassete de
medição contém uma tira plástica de
aproximadamente 0,1 mm de espessura, que
adsorve a gordura ao ser colocada em
contato com a pele. O tempo de medição é
de 30 segundos. Seguidamente o cassete é
colocado no aparelho onde uma célula
fotoelétrica avalia a transparência da tira
plástica, quantificando assim o conteúdo
lipídico da superfície cutânea. O aparelho
utilizado é o Sebumeter SM 810 PC
Princípio das Medidas
Análise do pH da Superfície Cutânea:
Determinado instantaneamente por
potenciometria direta, isto é através de
um eletrodo especial. A avaliação do pH
através de aparelhos de biometria é
considerada como o único método
técnico e cientificamente comprovado. A
medição é rápida e sem dificuldades,
garantindo resultados precisos. A
determinação do pH requer um eletrodo
especialmente concebido através de uma
fina membrana de vidro com uma face
plana, de forma a assegurar um contato
total com a pele. O aparelho utilizado é o
Skin pH-Meter
Princípio das Medidas
Pele Eudérmica (Normal);
Pele Oleosa;
Pele Seca (Alipídica e Desidratada);
Pele Hidratada.
Classificação dos tipos de pele
Luz de Wood: quando projetada sobre distintas substâncias
orgânicas, dá origem à fluorescência. A lâmpada é colocada à
distância de 15 a 30 cm da pele para avaliação.
Tipos de Fluorescência
Fluorescência Tipo de pele
Leve azul violeta com ligeira 
tonalidade de alfazema
Normal
Violeta intenso Hidratada
Violeta pálido Desidratada
Esbranquiçada Espessa (fortemente queratinizada)
Escura Fina (debilmente queratinizada)
Amarelo pálido ou rosa Oleosa
Determinação do tipo de pele
➢ Lâmpada de Mercúrio, vidro de silicato de Bário, constituído por 9% de dióxido de 
Níquel;
➢ Passagem de radiação ultravioleta na ordem de 340 a 450 nm.
Luz de Wood
Pele Normal Jovem
É o tipo de pele ideal, mas efêmera, a qual 
devemos conservar as qualidades:
❑ Através de uma proteção contra os agentes
exteriores;
❑ Através da manutenção do filme
hidrolipídico de superfície.
Princípios ativos de origem vegetal: óleo de 
amêndoas, de maçã, etc.
Pele Alipídica e Desidratada
É necessário:
❑ Restabelecer o filme hidrolipídico insuficiente, reconstituindo as
fases lipídica e aquosa por componentes especificamente
escolhidos;
❑ Evitar à evaporação de água;
❑ Agir sobre o cimento intercelular, que desempenha uma função
na coesão das células e na integridade celular.
Princípios ativos que melhoram a fase lipídica
1. Extrato oleoso de 
cenoura;
2. Óleo de germe de trigo
3. Óleo de borragem;
4. Óleo de onagra;
5. Manteiga de Karité;
6. Óleo de argan;
7. Cera de jojoba;
8. Óleo de grãos de 
chá.
Princípios ativos que melhoram a fase aquosa, 
diminuindo a desidratação
1. Componentes do Fator de Hidratação Natural (NMF):
❑ Uréia
❑ Ácido pirrolidônico carboxílico (PCA)
❑ Lactatos
❑ Aminoácidos.
2. Hidrolisados de proteínas: as proteínas são
degradadas quimicamente em aminoácidos que
possuem uma melhor penetração cutânea.
3. Substâncias oclusivas: possuem propriedades anti-
desidratantes:
❑ Vaselina;
❑ Óleo de parafina;
❑ Ceras animais ou vegetais;
❑ Óleo de silicone.
5. Colágeno: efeito 
tensor por suas 
propriedades 
filmogêneas e 
efeito hidratante 
graças a seu efeito 
higroscópico.
6. Cutina e 
quitosano: 
extraído da 
concha de 
crustáceos.
4. Substâncias 
umectantes:
❑ Sorbitol;
❑ Glicerol;
❑ Propilenoglicol
❑ Trealose.
❑ As ceramidas (cerebrosidas, esfingo-lipídeos);
❑ Os ácidos graxos essenciais.
Princípios ativos que agem sobre o cimento 
intercelular
Pele envelhecida
O envelhecimento é um fenômeno fisiológico 
que não se pode evitar, mas a prevenção é 
muito importante.
É necessário:
❑Proteger a pele dos raios solares;
❑Restabelecer a estrutura da camada córnea;
❑Restaurar a fluidez das membranas celulares para melhorar 
o metabolismo;
❑Suprir a insuficiência do filme hidrolipídico;
❑Favorecer a atividade mitótica da epiderme;
❑Estimular os fibroblastos no sistema das macromoléculas da 
derme;
❑Melhorar a rede microdepressionária cutânea, agindo sobre a 
junção dermoepidérmica;
❑Captar os radicais livres.
1. Princípios ativos de origem vegetal: óleo de
rosa mosqueta, óleo de andiroba, óleo de
castanha-do-pará e outros.
2. Princípios ativos de origem animal:
❑ Colágeno: que constitui as fibras de colágeno do
tecido conjuntivo. Pode ser utilizado sob forma
de tropocolágeno, prolina, hidroxiprolina.
❑ Elastina: que constitui as fibras de elastina do
tecido conjuntivo. Pode ser utilizada sob forma
de tropoelastina, desmosina ou isodesmosina.
Mantém a elasticidade cutânea e retarda a ação
das elastases.
3. Princípios ativos de origens diversas:
❑ Vitamina A– ácido retinóico: pode evitar o
adelgaçamento epidérmico e a debilitação da
lâmina basal, proporcionando novamente a
atividade dos fibroblastos na síntese das
macromoléculas, acelerando o turn over,
melhorando a angiogênese.
❑ Inibidores de radicais livres: as vitaminas A, E e C,
betacaroteno ou pró-vitamina A, enzimas,
flavonóides como rutina e a hesperidina, o gingko-
biloba; oligoelementos como o selênio.
Pele que apresenta imperfeições vasculares
❑ Melhorar a microcirculação cutânea,
tonificando as paredes capilares.
❑ Combater os rubores difusos acalmando-
os e descongestionando-os.
❑ Gingko biloba: estimula a microcirculação
cutânea;
❑ Centella asiática: melhora a circulação
superficial.
É necessário:
Pele gordurosa
❑Retirar o excesso de sebo sem irritar a glândula sebácea:
evitar sabonetes com pH alcalino, tensoativos aniônicos
agressivos. Excipientes, evitar os corpos graxos
comedogênicos (óleo minerais);
❑Ajudar a contração normal do óstio folicular: utilizar loções
tônicas sem álcool, à base de derivados vegetais, ativos com
ação adstringente;
❑Normalizar a secreção sebácea pela utilização de emulsões
que re-estabelecem o equilíbrio entre os ácidos graxos
saturados e os ácidos graxos insaturados;
❑Equilibrar a flora microbiana cutânea pelos antissépticos
leves;
❑ Impedir a evolução da seborreia e a formação de comedões,
escolhendo princípios ativos absorventes, adstringentes e
reparadores.
É necessário:
Princípios ativos de origem vegetal (fitocosmética):
hamamélis (ação adstringente); bétula branca
(ação antisséptica); saponina (ação reparadora e
tônica) etc.
Princípios ativos de origem mineral: alúmem
(adstringente); caulim (adsorvente); sulfato de
zinco (antisséptico e cicatrizante) etc.
Princípios ativos de origem sintética: lactato de etil
(inibe as lipases bacterianas e diminui a produção
dos ácidos graxos irritantes); zinco e vitamina B6
(associados, agem como inibidor da 15 alfa
redutase, que acarreta uma produção exagerada de
dihidrotestoterona com hiperseborréia.
Por hoje é só!
Melanina são polímeros de alto peso molecular, produzidos por
oxidação enzimática da tirosina.
Sua biossíntese é controlada por umaenzima – TIROSINASE.
Cabelos ClarosCabelos Escuros

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