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Unidade 2 Análise de falhas sob carregamento estático Projetista de Máquinas Teoria de falha estática ➢ Introdução: ❑ O motivo pelo qual elementos ou unidades mecânicas falham é uma questão na qual cientistas e engenheiros têm se ocupado constantemente. ❑ Uma resposta, provavelmente correta, seria que tais elementos falham por estarem submetidos a tensões que superam sua resistência. ❑ Porém, existe uma questão muito mais complexa, que se refere ao tipo de tensão ou solicitação que causou a falha (tensão de tração, de compressão, de cisalhamento, etc). Teoria de falha estática ❑ A resposta a esta questão depende do material utilizado e suas respectivas resistências. ❑ Além disso, depende também do tipo de carregamento (estático ou dinâmico) e da presença ou ausência de trincas no material. ❑ Geralmente, materiais dúcteis sujeitos à tração estática, têm seu limite de resistência dado pelo cisalhamento, enquanto que materiais frágeis são limitados por sua resistência à tração. ❑ Portanto, frente a esta situação, são necessárias diferentes teorias de falhas para as duas classes de materiais existentes, dúcteis e frágeis. Teoria de falha estática ❑ A definição cuidadosa do que se entende por falha, também é de significativa importância dentro deste contexto. ❑ Falha pode significar escoamento e distorção suficientes para impedir o funcionamento de um elemento. ❑ ou ainda... falha pode significar simplesmente fratura ou quebra. ❑ Ambas definições são válidas, porém geradas por mecanismos completamente diversos. Teoria de falha estática ❑ Um escoamento significativo precedendo a falha, somente é possível para materiais dúcteis. ❑ Materiais frágeis sofrem fratura, praticamente sem mudanças significativas de sua forma externa. ❑ Tais diferenças de comportamento são perfeitamente visíveis em diagramas tensão-deformação para cada tipo de material. ❑ Além disso, a presença de trincas em materiais dúcteis pode provocar fraturas repentinas. Teoria de falha estática ❑ Outro fator fundamental em falhas é a característica do carregamento, se estático ou dinâmico. ❑ Carregamentos estáticos são aplicados lentamente, permanecendo constantes com o tempo. ❑ Carregamentos dinâmicos podem ser aplicados de duas maneiras básicas: ➢ repentinamente, como no caso do impacto; ➢ variando repetidamente com o tempo, como no caso de cargas por fadiga. ❑ Ambas solicitações também podem ocorrer simultaneamente Teoria de falha estática A tabela abaixo apresenta quatro classes de carregamentos, baseados no movimento das partes solicitadas, e na sua dependência no tempo. Classes de Carregamentos Cargas Constantes Cargas Variáveis no Tempo Sistemas Estacionários Classe 1 - carga estática: estrutura de uma base do tipo plataforma fixa. Classe 2 - carga dinâmica: estrutura de uma ponte, sujeita a variação de carga dos veículos e da intensidade do vento. Sistemas Móveis Classe 3 - carga dinâmica: cortador de grama motorizado, sujeito a carga externa constante de cortar grama e às acelerações das pás, devido ao movimento rotativo. Classe 4 - carga dinâmica: motor de um automóvel, sujeito a cargas variáveis devidos às explosões de combustível e às variações de aceleração de suas massas inerciais. Teoria de falha estática ➢ Conceito de Tensão: ❑ Representa a intensidade da força interna sobre um plano específico (área) que passa por um determinado ponto. Teoria de falha estática ➢ Conceito de Tensão: ❑ Tensão Normal: A intensidade da força ou força por unidade de área, que atua no sentido perpendicular a ∆𝑨 , é definida como tensão normal, 𝝈 (sigma). Portanto pode-se escrever que: 𝑑𝐹 = 𝜎 ∙ 𝑑𝐴 𝐴 𝑃 = 𝜎 ∙𝐴 𝜎 = 𝑃 𝐴 Teoria de falha estática ➢ Conceito de Tensão: ❑ Tensão de Cisalhamento: A intensidade da força ou força por unidade de área, que atua na tangente a ∆𝑨 , é definida como tensão de cisalhamento, 𝝉 (tau). Portanto pode-se escrever que: 𝜏𝑚é𝑑 = 𝑉 𝐴 Teoria de falha estática ➢ Conceito de Tensão: ❑ Tensão de Cisalhamento: 𝜏𝑚é𝑑 = 𝑉 𝐴 ❑ onde: 𝝉𝒎é𝒅= Tensão de cisalhamento média na seção 𝑽 = Resultante interna da força de cisalhamento 𝑨 = Área da seção transversal Teoria de falha estática ➢ Conceito de Tensão: ❑ Unidade de medida no SI No Sistema Internacional de Unidades (SI), a intensidade tanto da tensão normal quanto da tensão de cisalhamento é especificada na unidade básica de newtons por metro quadrado (𝑵/𝒎²). Teoria de falha estática ➢ Conceito de Tensão: ❑ Unidade de medida no SI Esta unidade é denominada pascal ( 𝟏 𝑷𝒂 = 𝟏 𝑵/𝒎² ), como essa unidade é muito pequena, nos trabalhos de engenharia são usados prefixos como: ✓ quilo (103), mega (106) ou giga (109). 1 𝑀𝑃𝑎 = 106 𝑃𝑎 = 106 𝑁/𝑚² 1 𝐺𝑃𝑎 = 109 𝑃𝑎 = 109 𝑁/𝑚² Teoria de falha estática ➢ Falha de acordo com o tipo de material: ❑ Ensaio de tração Corpo de prova Teoria de falha estática ➢ Falha de acordo com o tipo de material: ❑ Máquina para ensaio de tração e compressão Travessa superior móvel Corpo de prova de tração Mostrador de carga Motor e controle de cargas Teoria de falha estática ➢ Falha de acordo com o tipo de material: ❑ Ensaio de tração Falha de um material dúctil Falha de um material frágil Teoria de falha estática ➢ Tipo de material: ❑ Material dúctil Qualquer material que possa ser submetido a grandes deformações antes da ruptura é chamado de material dúctil. São capazes de absorver choque ou energia e, quando sobrecarregados, exibem, em geral, grande deformação antes de falhar. Exemplo: ✓ Aço Teoria de falha estática ➢ Tipo de material: ❑ Material frágil São materiais que apresentam pouco ou nenhum escoamento são chamados de materiais frágeis. Exemplo: ✓ Ferro Fundido Cinza Teoria de falha estática ➢ Diagrama Tensão-Deformação: Diagrama Tensão-Deformação convencional e real para material dúctil (aço) (sem escala) Teoria de falha estática ➢ Lei de Hooke: ❑ A maioria dos materiais da engenharia apresentam relação linear entre tensão e deformação na região de elasticidade. ❑ Consequentemente , um aumento na tensão provoca um proporcional naaumento deformação. 𝝈 = 𝑬 ∙ 𝜺 ❑ onde: 𝑬 = módulo de elasticidade Teoria de falha estática ➢ Fator de Segurança: ❑ O fator de segurança ( 𝑭. 𝑺. ) é a relação entre a carga de ruptura 𝑭𝒓𝒖𝒑e a carga admissível𝑭𝒂𝒅𝒎. ❑ O fator de segurança é um número maior que 𝟏 a fim de evitar maior possibilidade de falha. ❑ Valores específicos dependem dos tipos de materiais usados e da finalidade pretendida da estrutura ou máquina. 𝑭𝒓𝒖𝒑 𝑭. 𝑺.= 𝑭𝒂𝒅𝒎 𝝈𝒓𝒖𝒑 𝑭. 𝑺.= 𝝈𝒂𝒅𝒎 𝝉𝒓𝒖𝒑 𝑭. 𝑺.= 𝝉𝒂𝒅𝒎 Teoria de falha estática ❑ As teorias de falha são fundamentais para a determinação de critérios para a previsão da falha de um determinado material frente a um estado bi ou tridimensional de tensões, sendo as mais clássicas: ✓ Materiais Frágeis ❖ Teoria da Máxima Tensão Normal (Rankine) ❖ Critério de Falha de Mohr ✓ Materiais Dúcteis ❖ Teoria da Máxima Tensão Cisalhante (Tresca) ❖ Teoria da Máxima Energia de Distorção (Von Mises) PRÓXIMA AULA: Teoria da Máxima Tensão Normal (Rankine) Teoria da Máxima Tensão Normal (Rankine) ❑ Materiais Frágeis ❑ Definição: (Shigley) ❑ A teoria da tensão normal máxima afirma que “a falha ocorre sempre que uma das três tensões principais iguala-se ou excede à resistência” Teoria da Máxima Tensão Normal (Rankine) ❑ a hipótese da teoria da máxima tensão normal considera que um elemento constituído de material frágil falha quando a tensão principal máxima no material atinge a tensão normal máxima que o material pode suportar em um teste de tração uniaxial. ❑ Esta teoria também admite que falhas em compressão ocorrem na mesma tensão máxima que as falhas em tração. Teoria da Máxima Tensão Normal (Rankine) Para o caso de tensãoplana, o critério da máxima tensão normal é dado pelas equações: 𝜎𝑥 = 𝜎1 = 𝜎𝑢 𝜎𝑦 = 𝜎2 = 𝜎𝑢 ❑ Onde: 𝜎𝑢= tensão de ruptura (do teste de tração) 𝜎1 = tensão normal máxima do material Teoria da Máxima Tensão Normal (Rankine) ❑ Para o caso de tensão tridimensional, o critério da máxima tensão normal é dado pelas equações: 𝜎1 ≥ 𝜎2 ≥ 𝜎3 = 𝜎𝑢 ❑ Onde: 𝜎𝑢= tensão de ruptura (do teste de tração) 𝜎1 = tensão normal máxima do material Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso estado triaxial de tensões ➢ Estado tridimensional de tensões Teoria da Máxima Tensão Normal (Rankine) ❑ Estas equações podem ser plotadas no plano 𝝈𝟏 – 𝝈𝟐 conforme apresentado na figura abaixo: Diagrama de falha para a teoria da tensão normal máxima (tensão plana) Estado seguro das tensões Materiais regulares e irregulares ❑ Materiais regulares são aqueles que tendem a apresentar uma resistência a compressão igual a resistência a tração. ❑ Muitos materiais fundidos, como o ferro fundido cinza, apresentam uma resistência à compressão muito superior à sua resistência à tração, sendo denominados materiais irregulares. ❑ Outra característica importante dos materiais frágeis é a ocorrência de uma resistência ao cisalhamento superior à resistência à tração: 𝝈𝒕< 𝝉 < 𝝈𝒄 ❑ As figura abaixo ilustra o Círculo de Mohr para materiais frágeis regulares. A área contida entre os círculos e as linhas tangentes de falha, representa a região de segurança de projeto. Materiais regulares e irregulares ❑ As figura abaixo ilustra o Círculo de Mohr para materiais frágeis irregulares. A área contida entre os círculos e as linhas tangentes de falha, representa a região de segurança de projeto. Materiais regulares e irregulares Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso ❑ Para materiais regulares, as linhas de falha são constantes e independem do valor da tensão normal, sendo, portanto, definidas pelo critério da máxima resistência ao cisalhamento do material. ❑ Por sua vez, os materiais irregulares apresentam as linhas de falha como uma função de ambas as tensões, normal (𝜎) e de cisalhamento (𝜏). compressão, a resistência ao cisalhamento ❑ À medida que aumenta a tensão normal de do material torna-se mais elevada. Materiais regulares e irregulares Materiais regulares e irregulares Teoria da Máxima Tensão Normal (Rankine) – não é aplicável O critério de falha do Mohr ou a teoria de falha de Coulomb-Mohr é uma adaptação da teoria da máxima tensão normal que, para materiais dúcteis, estabelece a ocorrência da falha quando a tensão normal supera algum limite de resistência do material, no caso dúctil, 𝑆𝑦. A figura a seguir ilustra o critério de Coulomb-Mohr para materiais frágeis, considerando a máxima resistência à tração 𝑆𝑢𝑡. Critério de falha de Mohr ❑ A figura abaixo ilustra o critério de Coulomb-Mohr para materiais frágeis, considerando a máxima resistência à tração 𝑆𝑢𝑡. Critério de falha de Mohr ❑ Para materiais regulares temos: 𝑺𝒖𝒕 = −𝑺𝒖𝒄 ❑ Ou seja, a máxima resistência à tração é igual à máxima resistência à compressão, conforme o quadrado simétrico. Critério de falha de Mohr ❑ Os materiais frágeis irregulares apresentam uma resistência à compressão 𝑺𝒖𝒄 muito superior a resistência à tração 𝑺𝒖𝒕, caracterizando o quadrado maior assimétrico. Critério de falha de Mohr ❑ Porém, a envoltória de falha para materiais irregulares é válida somente nos 1º e 3º quadrantes, por não considerar a relação de variação existente entre as tensões normal e de cisalhamento. Critério de falha de Mohr ➢ Relação de dependência ❑ a relação de dependência entre 𝝈 e 𝝉 é contemplada através da união dos vértices destes dois quadrantes (1º e 3º) Critério de falha de Mohr 𝑆𝑢𝑡 = limite de resistência à tração 𝑆𝑢𝑐 = limite de resistência à compressão ➢ Relação de dependência Critério de falha de Mohr 𝑆𝑢𝑡, 𝑆𝑢𝑡 𝑆𝑢𝑡, 0 0, −𝑆𝑢𝑐 0, 𝑆𝑢𝑡 −𝑆𝑢𝑐, 0 −𝑆𝑢𝑐, −𝑆𝑢𝑐 Estado seguro das tensões 𝑆𝑢𝑡, 𝑆𝑢𝑡 𝑆𝑢𝑡, −𝑆𝑢𝑡 0, −𝑆𝑢𝑐 −𝑆𝑢𝑡, 𝑆𝑢𝑡 −𝑆𝑢𝑐, 0 −𝑆𝑢𝑐, −𝑆𝑢𝑐 ➢ Teoria de Mohr modificada ❑ Experimentalmente: Critério de falha de Mohr Estado seguro das tensões ❑ Analisando os primeiro e segundo quadrantes da figura referente ao critério de Mohr modificado, definem-se claramente três planos de condições de tensão: I. plano A, onde 𝝈𝟏e 𝝈𝟑 são sempre positivos; I. plano B, onde 𝝈𝟏e 𝝈𝟑 tem sinais opostos e o limite de resistência em 𝑺𝒖𝒕; I. plano C, onde 𝝈𝟏e 𝝈𝟑 tem sinais opostos e os limites de resistência em 𝑺𝒖𝒕e 𝑺𝒖𝒄. Fator de Segurança Fator de Segurança 𝑆𝑢𝑡, 𝑆𝑢𝑡 𝑆𝑢𝑡, −𝑆𝑢𝑡 0, −𝑆𝑢𝑐 −𝑆𝑢𝑡, 𝑆𝑢𝑡 −𝑆𝑢𝑐, 0 −𝑆𝑢𝑐, −𝑆𝑢𝑐 Estado seguro das tensões 𝑆𝑢𝑡, −𝑆𝑢𝑐 ❑ O fator de segurança para os planos A e B, é, portanto: 𝑁 = 𝑆𝑢𝑡 𝜎1 ❑ Pois a falha ocorre quando as linhas de carga ultrapassam os pontos A’ e B’, respectivamente, para os planos A e B. Fator de Segurança ❑ Para o plano C, a interseção da linha de carga com a envoltória de falha em C’, define o fator de segurança N. ❑ Para equação da reta entre 0, −𝑆𝑢𝑐 e 𝑆𝑢𝑡 , −𝑆𝑢𝑡 , obtém-se: 𝜎1 − 𝑆𝑢𝑡 = −𝑆𝑢𝑡 𝜎3 + 𝑆𝑢𝑡 −𝑆𝑢𝑐 +𝑆𝑢𝑡 −𝑆𝑢𝑡 𝜎1 +𝜎3 + 𝜎1𝑆𝑢𝑐 = 𝑆𝑢𝑡𝑆𝑢𝑐 𝑆𝑢𝑡𝑆𝑢𝑐 −𝑆𝑢𝑡 𝜎1 +𝜎3 + 𝜎1𝑆𝑢𝑐 = 1 Fator de Segurança ∗ ❑ A expressão (∗) estabelece uma relação entre os 𝑺𝒖𝒕limites máximos de resistência à tração , à compressão 𝑺𝒖𝒄e as tensões principais 𝝈𝟏e 𝝈𝟑, igual à unidade 𝟏 , o que significa justamente a reta que contorna o critério de falha para o quarto quadrante. ❑ Para valores superiores à unidade, o estado de tensões se encontra no interior do hexágono deformado pelo critério de Mohr modificado, estando, portanto, a favor da segurança. Fator de Segurança ❑ Portanto: 𝑆𝑢𝑡𝑆𝑢𝑐 = 1 −𝑆𝑢𝑡 𝜎1 + 𝜎3 + 𝜎1𝑆𝑢𝑐 𝑆𝑢𝑡𝑆𝑢𝑐 −𝑆𝑢𝑡 𝜎1 + 𝜎3 + 𝜎1𝑆𝑢𝑐 = 𝑁 𝑆𝑢𝑡𝑆𝑢𝑐 = 𝑁 −𝑆𝑢𝑡 𝜎1 + 𝜎3 + 𝜎1𝑆𝑢𝑐 𝑆𝑢𝑡𝑆𝑢𝑐 = −𝑆𝑢𝑡𝑁 𝜎1 + 𝜎3 + 𝑁𝜎1𝑆𝑢𝑐 𝑁𝜎1 − 𝑆𝑢𝑡 = −𝑆𝑢𝑡 𝑁𝜎3 + 𝑆𝑢𝑡 −𝑆𝑢𝑐 +𝑆𝑢𝑡 Fator de Segurança 𝑁𝜎3 +𝑆𝑢𝑡 𝑁𝜎1 − 𝑆𝑢𝑡 = −𝑆𝑢𝑡 −𝑆𝑢𝑐 +𝑆𝑢𝑡 𝜎1 − 𝑆𝑢𝑡 𝑁 3 𝑁𝜎 + 𝑆𝑢𝑡 = −𝑆𝑢𝑡 𝑁 −𝑆𝑢𝑐 +𝑆𝑢𝑡 𝑁 ❑ Na aplicação desta teoria, pode ser conveniente a definição de uma tensão efetiva ❖ (expressão de Dowling) Fator de Segurança ∗∗ ❑ expressão de Dowling: 1𝐶 = 1 2 𝜎1 − 𝜎2 + 𝑆𝑢𝑐 + 2𝑆𝑢𝑡 𝑆𝑢𝑐 𝜎1 + 𝜎2 2𝐶 = 1 2 𝜎2 −𝜎3 + 𝑆𝑢𝑐 + 2𝑆𝑢𝑡 𝑆𝑢𝑐 𝜎2 + 𝜎3 3𝐶 = 1 2 𝜎3 −𝜎1 + 𝑆𝑢𝑐 + 2𝑆𝑢𝑡 𝑆𝑢𝑐 𝜎3 + 𝜎1 Fator de Segurança ❑ O maior valor estimado entre 𝐶1, 𝐶2, 𝐶3, 𝜎1, 𝜎2 e 𝜎3, será assumido como tensão efetiva para materiais frágeis. 𝜎 = 𝑀𝐴𝑋 𝐶1, 𝐶2, 𝐶3, 𝜎1, 𝜎2,𝜎3 ❑ Se 𝜎 = 𝑀𝐴𝑋 𝐶1, 𝐶2, 𝐶3, 𝜎1, 𝜎2,𝜎3 ≤ 0 ⇒ 𝜎 = 0 Fator de Segurança ❑ A tensão efetiva de Mohr modificada pode, então, ser comparada à máxima resistência à tração, para o fator de segurança𝑵: 𝑁 = 𝑆𝑢𝑡 𝜎 ❑ Onde: 𝑆𝑢𝑡 = limite de resistência à tração 𝜎 = tensão efetiva para materiaisfrágeis Fator de Segurança 𝝈𝟏−𝝈𝟐 𝝉𝒎𝒂𝒙 −𝝉𝒎𝒂𝒙 𝑻 = 𝟒𝟎𝟎𝟎 𝑵 ∙ 𝒎 𝑻 = 𝟒𝟎𝟎𝟎 𝑵 ∙ 𝒎 𝒓 ❑ O eixo maciço de ferro fundido mostrado na figura abaixo está sujeito a um torque 𝑻 = 𝟒𝟎𝟎𝟎 𝑵 ∙ 𝒎. ❑ Determine seu menor raio de forma que ele não falhe segundo a teoria da máxima tensão normal. ❑ Um corpo de prova de ferro fundido, testado a tração, apresenta uma tensão última 𝝈𝒖 𝒕 = 𝟏𝟓𝟎 𝒌𝑷𝒂. Exercícios - 1 𝟓𝟎𝟎 𝑵 ∙𝒎 𝟓𝟎𝟎 𝑵 ∙𝒎 𝟐𝒌𝑵 ❑ O cilindro curto de concreto, mostrado na figura abaixo, com diâmetro de 𝟓𝟎𝒎𝒎 está sujeito a um torque de 𝟓𝟎𝟎 𝑵 ∙ 𝒎 e a uma carga axial compressiva de 𝟐 𝒌𝑵. ❑ Determine se ele falhará segundo a teoria da máxima tensão normal. 𝟐𝒌𝑵 ❑ A tensão última do concreto é 𝝈𝒖 = 𝟐𝟖 𝑴𝑷𝒂. Exercícios - 2 ❑ Depois que falhas ocorreram emdiversas caixas de rolamento de ferro fundido, tomou-se a decisão de usar rosetas de extensômetros (stran-gages) para determinar as tensões de operação e então realizar uma análise de falha usando o critério de falha de Mohr. ❑ Durante um longo período de operação, a combinação mais crítica de tensões foi estabelecida como sendo ( 𝝈𝒙= 𝟎 , 𝝈𝒚 = 𝟏𝟏𝟓𝑴𝑷𝒂, 𝝉𝒙𝒚 = 𝟕𝟓𝑴𝑷𝒂); e os limites de resistência em tração e compressão do ferro fundido foram determinados como sendo 𝝈𝒖𝒕= 𝟏𝟔𝟎𝑴𝑷𝒂 e 𝝈𝒖𝒄= 𝟔𝟓𝟓𝑴𝑷𝒂, respectivamente. Determine: (a)tensões principais 𝝈𝟏 e 𝝈𝟐 correspondentes ao estado de tensão dado. (b) Construa um diagrama de falha de Mohr, para o ferro fundido. (c)Usando os resultados obtidos nos itens (a) e (b), você poderia explicar porque as falhas estão ocorrendo nas caixas de rolamentos? Mostre seus cálculos. Exercícios - 3 ❑ Considere a chave de roda da figura a seguir, como feita de ferro fundido, usinada para as dimensões. ❑ A força 𝑭 requerida para a fratura dessa peça pode ser considerada a resistência da componente da peça. ❑ Se o material utilizado é o ferro fundido 𝑨𝑺𝑻𝑴 𝒈𝒓𝒂𝒖 𝟑𝟎 , encontre a força 𝑭 com o modelo de falha de Mohr modificado. ❑ Dados: 𝜎𝑢𝑡 = 215 𝑀𝑃𝑎 𝜎𝑢𝑐 = 750 𝑀𝑃𝑎 Exercícios - 4 𝟓 𝒄𝒎 𝟑𝟎 𝒄𝒎 ∅ 𝟓 𝒄𝒎 𝟒𝟎 𝒄𝒎 Exercícios - 4 Falha de materiais dúcteis sujeitos à carregamento estático ❑ Sabe-se que os materiais dúcteis sofrem fratura quando são estaticamente tensionados além de sua máxima resistência à tração, ou tensão de ruptura. ❑ Porém, a falha dos componentes de máquinas para este tipo de material é, geralmente, considerada quando este sofre escoamento sob carregamento estático. ❑ Sua resistência ao escoamento é consideravelmente inferior à sua resistência máxima. Teoria da Máxima Tensão de Cisalhamento (Teoria de Tresca) ❑ Materiais Dúcteis ❑ Definição: (Shigley) ❑ A teoria da tensão máxima de cisalhamento prevê que o escoamento começa sempre que a tensão máxima de cisalhamento em qualquer elemento iguala-se ou excede à tensão máxima de cisalhamento em um espécime de ensaio de tração do mesmo material quando aquele espécime começa a escoar. Teoria da Máxima Tensão de Cisalhamento (Teoria de Tresca) ❑ Materiais Dúcteis ❑ “Traduzindo” ❑ A teoria da máxima tensão de cisalhamento (Tresca) estabelece que a falha ocorre quando a tensão de cisalhamento máxima em uma região supera a tensão de cisalhamento resultante de um teste de falha por tração. Teoria da Máxima Tensão de Cisalhamento (Teoria de Tresca) ❑ Neste caso, para materiais dúcteis, a resistência ao cisalhamento é a metade da resistência ao escoamento por tração. 𝑺𝒔𝒚 = 𝟎, 𝟓𝟎 ∙ 𝝈𝒆 ❑ ou 𝑺𝒔𝒚 = 𝝈𝒆 𝟐 ❑ Onde: 𝜎𝑒= resistência ao escoamento por tração 𝑆𝑠𝑦 = resistência ao cisalhamento Teoria da Máxima Tensão de Cisalhamento (Teoria de Tresca) ✓ 𝑺𝒔𝒚= 𝟎, 𝟓𝟎 ∙ 𝝈𝒆 Círculo de Mohr para Solicitação por Tração Teoria da Máxima Tensão de Cisalhamento (Teoria de Tresca) ❑ De acordo com a figura temos: 𝜏𝑚𝑎 = 𝜎1 − 𝜎3 2 ❑ Pela definição de Tresca: 𝑆𝑠 = 𝜎𝑒 2 ❑ Reescrevendo, temos: 𝜏𝑚𝑎 ⇒= 𝜎𝑒 𝜎1 − 𝜎3 = 𝜎𝑒 2 2 2 ⇒ 𝜎1 − 𝜎3 = 𝜎𝑒 Teoria da Máxima Tensão de Cisalhamento (Teoria de Tresca) ❑ Logo, para um estado de tensão geral, a teoria da máxima tensão de cisalhamento prevê escoamento quando: 𝝈𝟏 − 𝝈𝟑 ≥𝝈𝒆 ❑ Para propósitos de projeto, a equação acima pode ser modificada para incorporar um fator de segurança, 𝒏. Assim: 𝜎1 − 𝜎3 = 𝜎𝑒 𝑛 Teoria da Máxima Tensão de Cisalhamento (Teoria de Tresca) ❑ Porém, para realizar a correta análise segundo a teoria de Tresca, há três casos a considerar quando utilizarmos a equação definida anteriormente, sendo eles: 𝜎1 − 𝜎3 ≥ 𝜎𝑒 ❑ Caso 1 ✓ 𝜎1 = 𝜎𝐴 e 𝜎3 = 0 → 𝜎𝐴 ≥ 𝜎𝐵 ≥ 0 → ambos positivos 𝝈𝑨 ≥ 𝝈𝒆 Teoria da Máxima Tensão de Cisalhamento (Teoria de Tresca) 𝜎1 − 𝜎3 ≥ 𝜎𝑒 ❑ Caso 2 ✓ 𝜎1 = 𝜎𝐴 e 𝜎3 = 𝜎𝐵 → 𝜎𝐴 ≥ 0 ≥ 𝜎𝐵 → sinais opostos 𝝈𝑨 − 𝝈𝑩 ≥ 𝝈𝒆 ❑ Caso 3 ✓ 𝜎1 = 0 e 𝜎3 = 𝜎𝐵 → 0 ≥ 𝜎𝐴 ≥ 𝜎𝐵 → ambos negativos 𝝈𝑩 ≥ −𝝈𝒆 Teoria da Máxima Tensão de Cisalhamento (Teoria de Tresca) ❑ São consideradas dentro dos limites de segurança, as tensões combinadas que se localizarem na área interna ao hexágono, estando o elemento sujeito à falha quando estas se posicionarem sobre o contorno que delimita o hexágono: Exercícios - 1 ❑ O eixo maciço mostrado na figura abaixo tem raio de 𝟎,𝟓 𝒄𝒎 e é feito de aço com tensão de escoamento de 𝝈𝒆 = 𝟑𝟔𝟎 𝑴𝑷𝒂. ❑ Determine se as cargas provocam a falha do eixo de acordo como a teoria de Tresca. 𝜏𝑥𝑦 𝜎𝑥 Exercícios - 2 ❑ Um componente de máquina construído em aço, está submetido ao estado de tensões indicado. ❑ O aço utilizado tem 𝝈𝒆 = 𝟑𝟑𝟏 𝑴𝑷𝒂. ❑ Determine se vai ocorrer escoamento de acordo com o ◦ critério de Tresca. ◦ (a) considerar 𝝈𝒐 = 𝟐𝟏𝟎 𝑴𝑷𝒂 ◦ (b) considerar 𝝈𝒐 = 𝟐𝟗𝟒 𝑴𝑷𝒂 10 𝑘𝑃𝑎 4 𝑘𝑃𝑎 8 𝑘𝑃𝑎 ❑ O estado de tensões atuantes no ponto crítico de um elemento de máquina é mostrado na figura abaixo. ❑ Determine a menor tensão de escoamento para um aço a ser selecionado para a fabricação do componente, baseado na teoria da máxima tensão cisalhante. Exercícios - 3 Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Materiais Dúcteis ❑ Definição: (Shigley) ❑ A teoria da energia de distorção prevê que ocorre escoamento quando a energia de deformação por distorção em uma unidade de volume alcança ou excede à energia de deformação por distorção por unidade de volume correspondente ao escoamento sob tração ou compressão do mesmo material. Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Materiais Dúcteis ❑ “Traduzindo” ❑ O escoamento ocorre devido ao deslizamento relativo das partículas de material dentro dos limites de sua estrutura. Tal deslizamento é provocado por tensões de cisalhamento, sendo acompanhado por uma distorção na forma do elemento em questão. A energia armazenada neste elemento devido à distorção é um indicador das tensões de cisalhamento presentes no material. Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Energia Total de Deformação Define-se por energia de deformação 𝑼 a área sob a curva tensão-deformação, contida até o ponto correspondente à tensão aplicada 𝝈𝒊 , para um estado de tensão unidirecional. 𝟏 𝑼 = 𝟐 ∙ 𝒃𝒂𝒔𝒆 ∙ 𝒂𝒍𝒕𝒖𝒓𝒂 𝟏 𝑼 = 𝟐 ∙ 𝝈 ∙ 𝜺 Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Energia Total de Deformação Considerando um estado tridimensional de tensões, temos: 𝟏 𝑼 = 𝟐 ∙ 𝝈𝒊 ∙ 𝜺𝒊 𝟐 𝑼 = 𝟏 𝝈 𝜺 + 𝝈 𝜺 + 𝝈 𝜺𝟏 𝟏 𝟐 𝟐 𝟑 𝟑 Onde: 𝝈𝟏, 𝝈𝟐, 𝝈𝟑→ tensões principais presentes nomaterial 𝜺𝟏, 𝜺𝟐, 𝜺𝟑→ deformações principais nomaterial Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Energia Total de Deformação Da Lei de Hooke (generalizada), temos: 𝟏 𝑬 𝜺 = 𝟏 𝝈 𝟏 𝟐− 𝝂 𝝈 +𝝈𝟑 𝟐 𝑬 𝜺 = 𝟏 𝝈 𝟐 𝟏− 𝝂 𝝈 +𝝈𝟑 𝟑 𝑬 𝜺 = 𝟏 𝝈 𝟑 𝟏− 𝝂 𝝈 +𝝈𝟐 Onde: 𝝂→ coeficiente de Poisson Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Energia Total de Deformação com a Combinando a equação da Energia (𝑼) Lei de Hooke generalizada 𝜺𝒊 , temos: 𝑼 = 𝟏 𝟐𝑬 𝝈𝟏𝟐 + 𝝈𝟐𝟐 + 𝝈𝟑𝟐 − 𝟐𝝂 𝝈𝟏𝝈𝟐 + 𝝈𝟐𝝈𝟑 + 𝝈𝟏𝝈𝟑 Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Componentes da Energia de Deformação A energia total de deformação, em um elemento sujeito a carregamento estático, é composta por duas componentes: ➢ carregamento hidrostático → altera o volume do elemento ➢ distorção → altera a forma do elemento Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Componentes da Energia de Deformação (a) estado triaxial de tensões (b) variação de volume (carregamento hidrostático) (c) distorção Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Componentes da Energia de Deformação Assim, separando as duas componentesda energia de deformação e isolando a componente da energia de distorção, esta será um indicador da tensão de cisalhamento presente no elemento. Se 𝑼𝒅 é a energia de deformação por distorção e 𝑼𝒉 representa a energia de deformação hidrostática, então: 𝑼 = 𝑼𝒅+ 𝑼𝒉 ⇒ 𝑼𝒅= 𝑼 − 𝑼𝒉 Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Componentes da Energia de Deformação As tensões principais, por sua vez, também podem ser expressas em termos de componente hidrostático (ou volumétrico), que é a mesma para todas as faces do material; e da componente de distorção, que varia de acordo com a face considerada. 𝝈𝟏 = 𝝈𝟏𝒅 +𝝈𝒉 𝝈𝟐 = 𝝈𝟐𝒅 +𝝈𝒉 𝝈𝟑 = 𝝈𝟑𝒅 +𝝈𝒉 Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Componentes da Energia de Deformação Somando as tensões principais, temos: 𝝈𝟏 + 𝝈𝟐 + 𝝈𝟑 = 𝝈𝟏𝒅 + 𝝈𝒉 + 𝝈𝟐𝒅 + 𝝈𝒉 + 𝝈𝟑𝒅 + 𝝈𝒉 𝝈𝟏+ 𝝈𝟐+ 𝝈𝟑= 𝝈𝟏𝒅 + 𝝈𝟐𝒅 + 𝝈𝟑𝒅+ 𝟑𝝈𝒉 ✓ Portanto: 𝟑𝝈𝒉 = 𝝈𝟏 + 𝝈𝟐 +𝝈𝟑 − 𝝈𝟏𝒅 + 𝝈𝟐𝒅 +𝝈𝟑𝒅 Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Componentes da Energia de Deformação Para uma redução volumétrica, sem distorção, a tensão hidrostática se reduz a uma média aritmética das tensões principais: 𝟑𝝈𝒉 = 𝝈𝟏 + 𝝈𝟐 +𝝈𝟑 − 𝝈𝟏𝒅 + 𝝈𝟐𝒅 +𝝈𝟑𝒅 𝟑𝝈𝒉 = 𝝈𝟏 + 𝝈𝟐 +𝝈𝟑 𝝈𝒉 = 𝝈𝟏 + 𝝈𝟐+𝝈𝟑 𝟑 Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Componentes da Energia de Deformação Substituindo as tensões principais 𝝈𝟏, 𝝈𝟐, 𝝈𝟑 pela tensão hidrostática 𝝈𝒉 na equação da Energia 𝑼 , obtemos a energia de deformação hidrostática 𝑼𝒉 : 𝑼 = 𝟏 𝟐𝑬 𝝈𝟏𝟐 + 𝝈𝟐𝟐 + 𝝈𝟑𝟐 − 𝟐𝝂 𝝈𝟏𝝈𝟐 + 𝝈 𝝈𝟐 𝟑 + 𝝈 𝝈𝟏 𝟑 𝑼𝒉 = 𝟏 𝟐𝑬 𝝈𝒉𝟐 + 𝝈𝒉𝟐 + 𝝈𝒉𝟐 − 𝟐𝝂 𝝈𝒉𝝈𝒉 + 𝝈 𝝈𝒉 𝒉 + 𝝈 𝝈𝒉 𝒉 𝑼𝒉 = 𝟏 𝟐𝑬 𝝈𝒉𝟐 + 𝝈𝒉𝟐 + 𝝈𝒉𝟐 − 𝟐𝝂 𝝈𝒉𝟐 + 𝝈𝒉𝟐 + 𝝈 𝒉 𝟐 Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Componentes da Energia de Deformação 𝑼𝒉 = 𝟏 𝟐𝑬 𝝈𝒉𝟐 + 𝝈𝒉𝟐 + 𝝈𝒉𝟐 − 𝟐𝝂 𝝈𝒉𝟐 + 𝝈𝒉𝟐 + 𝝈𝒉 𝟐 𝑼𝒉 = 𝟏 𝟐𝑬 𝟑𝝈𝒉 𝟐 − 𝟐𝝂 𝟑𝝈𝒉 𝟐 𝑼𝒉 = 𝟏 𝟐𝑬 𝒉 𝟑𝝈 𝟐 𝟏 −𝟐𝝂 𝑼𝒉 = 𝟑 𝟏 − 𝟐𝝂 𝟐𝑬 𝝈𝒉 𝟐 Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Componentes da Energia de Deformação Substituindo a tensão hidrostática 𝝈𝒉 pelas tensões principais 𝝈𝟏,𝝈𝟐,𝝈𝟑 em 𝑼𝒉 , temos: 𝑼𝒉 = 𝟑 𝟏 − 𝟐𝝂 𝟐𝑬 𝝈𝒉 𝟐 𝑼𝒉 = 𝟑 𝟏 −𝟐𝝂 𝟐𝑬 𝝈𝟏+ 𝝈𝟐 +𝝈𝟑 𝟑 𝟐 𝒉𝑼 = 𝟏 − 𝟐𝝂 𝟔𝑬 𝝈𝟏𝟐 + 𝝈𝟐𝟐 + 𝝈𝟑𝟐 − 𝟐 𝝈𝟏𝝈𝟐 + 𝝈 𝝈𝟐 𝟑 + 𝝈 𝝈𝟏 𝟑 Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Componentes da Energia de Deformação A energia de distorção 𝑼𝒅 é, então, obtida, subtraindo a energia de deformação hidrostática 𝑼𝒉 da energia de deformação 𝑼 , ou seja: 𝑼 = 𝑼𝒅+ 𝑼𝒉 𝑼𝒅= 𝑼 − 𝑼𝒉 Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Componentes da Energia de Deformação 𝑼𝒅= 𝑼 − 𝑼𝒉 𝑼𝒅 = 𝟏 𝟐𝑬 𝝈𝟏𝟐 + 𝝈𝟐𝟐 + 𝝈𝟑𝟐 − 𝟐𝝂 𝝈𝟏𝝈𝟐 + 𝝈𝟐𝝈𝟑 + 𝝈𝟏𝝈𝟑 − − 𝟏 − 𝟐𝝂 𝟔𝑬 𝝈𝟏𝟐 + 𝝈𝟐𝟐 + 𝝈𝟑𝟐 − 𝟐 𝝈𝟏𝝈𝟐 + 𝝈𝟐𝝈𝟑 + 𝝈𝟏𝝈𝟑 𝑼𝒅 = 𝟏 + 𝝂 𝟑𝑬 𝝈𝟏𝟐 + 𝝈𝟐𝟐 + 𝝈𝟑𝟐 − 𝝈𝟏𝝈𝟐 − 𝝈𝟐𝝈𝟑 − 𝝈𝟏𝝈𝟑 Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Critério de Falha Para se obter um critério de falha, comparamos a energia de distorção, por volume unitário, dada pela expressão de 𝑼𝒅 , com a energia de distorção, por volume unitário, presente num teste de falha por tração 𝑼𝒅 𝒕, por ser esta a principal fonte de dados de resistência dos materiais. Trata-se, portanto, da resistência ao escoamento 𝝈𝒆 Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Critério de Falha O teste de tração é um estado de tensão uniaxial onde, no escoamento, tem-se: 𝝈𝟏 = 𝝈𝒆 e 𝝈𝟐 = 𝝈𝟑 = 𝟎 Portanto, da expressão de 𝑼𝒅 , obtém-se a energia de distorção para o teste de tração 𝑼𝒅 𝒕: 𝑼𝒅 𝒕 = 𝟏 + 𝝂 𝟑𝑬 𝒆 𝝈 𝟐 Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Critério de Falha 𝑼𝒅 𝒕 = 𝟏 + 𝝂 𝟑𝑬 𝒆 𝝈 𝟐 Círculo de Mohr para Tensão de Tração Unidirecional Teoria da Energia de Distorção ❑ Critério de Falha ◦ Portanto, para um estado tridimensional, o critério de ◦ falha por energia de distorção, fica: ◦ 𝑼𝒅 𝒕 = 𝑼𝒅 (Teoria de von Mises) 𝟏 + 𝝂 𝟑𝑬 𝒆 𝝈 𝟐 = 𝟏 + 𝝂 𝟑𝑬 𝝈𝟏𝟐 + 𝝈𝟐𝟐 + 𝝈𝟑𝟐 − 𝝈𝟏𝝈𝟐 − 𝝈𝟐𝝈𝟑 − 𝝈 𝝈𝟏 𝟑 𝝈𝒆𝟐 = 𝝈𝟏𝟐 + 𝝈𝟐𝟐 + 𝝈𝟑𝟐 − 𝝈𝟏𝝈𝟐 − 𝝈𝟐𝝈𝟑 − 𝝈𝟏𝝈𝟑 𝝈𝒆 = 𝝈𝟏𝟐 + 𝝈𝟐𝟐 + 𝝈𝟑𝟐 − 𝝈𝟏𝝈𝟐 − 𝝈𝟐𝝈𝟑 − 𝝈𝟏𝝈𝟑 Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Critério de Falha e, para um estado bidimensional, o critério de falha por energia de distorção, fica: 𝝈𝟐 = 𝟎 𝝈𝒆 = 𝝈𝟏𝟐 + 𝝈𝟐𝟐 + 𝝈𝟑𝟐 − 𝝈𝟏𝝈𝟐 − 𝝈𝟐𝝈𝟑 − 𝝈𝟏𝝈𝟑 𝝈𝒆 = 𝝈𝟏𝟐 + 𝝈𝟑𝟐 − 𝝈𝟏𝝈𝟑 Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Critério de Falha A equação do critério de falha para um estado bidimensional descreve uma elipse nos respectivos eixos 𝝈𝟏 e 𝝈𝟑. O interior da elipse define a região das tensões biaxiais combinadas, dentro dos limites de segurança quanto ao escoamento, sob carga estática. A equação do critério de falha para um estado tridimensional descreve um cilindro de seção circular, inclinado em relação aos eixos 𝝈𝟏, 𝝈𝟐 e 𝝈𝟑, de modo que sua interseção com qualquer dos três planos principais, seja uma elipse como a da figura a seguir. Para torção pura 𝝈𝒆 𝝈𝟏𝟐 − 𝝈𝟏𝝈𝟑 + 𝝈𝟑𝟐 = 𝟏 Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Critério de Falha Elipse da Energia de Distorção em 2-D para Resistência ao Escoamento Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Tensão Efetiva de von Mises Define-se como tensão efetiva de Von Mises (𝝈′) uma tensão de tração uniaxial, capaz de gerar a mesma energia de distorção, como aquela resultante da combinação das tensões reais aplicadas. 𝝈′ = 𝝈𝟏𝟐 + 𝝈𝟐𝟐 + 𝝈𝟑𝟐 − 𝝈𝟏𝝈𝟐 − 𝝈𝟐𝝈𝟑 − 𝝈𝟏𝝈𝟑 Homenagem ao Dr. Von Mises – colaborador da Teoria Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Tensão Efetiva de von Mises Portanto, para um estado tridimensional, a teoria de von Mises, fica: 𝝈′ = 𝝈𝟏𝟐 + 𝝈𝟐𝟐 + 𝝈𝟑𝟐 − 𝝈𝟏𝝈𝟐 − 𝝈𝟐𝝈𝟑 − 𝝈𝟏𝝈𝟑 em termos das tensões aplicadas, temos: 𝝈′ = 𝟐 𝟐 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 + 𝝈𝒚 − 𝝈𝒛 + 𝝈𝒛 − 𝝈𝒙 𝟐 + 𝟔 𝝉𝒙𝒚𝟐 + 𝝉𝒚𝒛𝟐 + 𝝉𝒛𝒙𝟐 Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Tensão Efetiva de von Mises 𝜎2 = 0 , a teoria de e, para um estado bidimensional, von Mises, fica: 𝜎𝑧= 0 , 𝜏𝑦𝑧 = 0 , 𝝈′ = 𝝈𝟏𝟐 + 𝝈𝟑𝟐 − 𝝈𝟏𝝈𝟑 em termos das tensões aplicadas, 𝜏𝑧𝑥 = 0 , temos: 𝝈′ = 𝝈𝒙𝟐 + 𝝈𝒚𝟐 − 𝝈𝒙𝝈𝒚 + 𝟑𝝉𝒙𝒚 𝟐 Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Critério de Falha de von Mises Logo, para materiais dúcteis, o escoamento ocorrerá quando: 𝝈′ ≥𝝈𝒆 onde: 𝝈𝒆→ resistência ao escoamento por tração 𝝈′ → tensão efetiva de von Mises Para torção pura 𝝈𝒆 𝝈𝟏𝟐 − 𝝈𝟏𝝈𝟑 + 𝝈𝟑𝟐 = 𝟏 Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Critério de Falha de von Mises Estado seguro das tensões Teoria da Energia de Distorção (Teoria de von Mises) ❑ Fator de Segurança Dentro do escopo de projeto, é interessante incluir uma estimativa do fator de segurança 𝑵 , de modo que o estado de tensões esteja dentro dos limites de segurança da elipse de tensões. 𝑵 = 𝝈𝒆 𝝈′ onde: 𝑵 ≤ 𝟏 → falha por escoamento Comparação Tresca x von Mises 𝝈𝒆 𝝈𝟐 𝝈𝟏 𝝈𝒆 −𝝈𝒆 −𝝈𝒆 −𝝈𝒆, −𝝈𝒆 𝝈𝒆,𝝈𝒆 Tresca (hexágono) von Mises (elipse) ❑ O estado plano de tensões no ponto crítico da braçadeira de aço de uma máquina é mostrado na figura abaixo. ❑ Se a tensão de escoamento do aço é 𝝈𝒆 = 𝟑𝟔 𝒌𝑷𝒂 , determine se ocorre escoamento do material utilizando a teoria da máxima energia de distorção (von Mises). 𝟏𝟐 𝒌𝑷𝒂 𝟏𝟖 𝒌𝑷𝒂 𝟐𝟎 𝒌𝑷𝒂 Exercícios - 1 ❑ Um aço laminado a quente tem resistência ao escoamento de 𝝈𝒆 = 𝟏𝟎𝟎 𝒌𝑷𝒂 e uma deformação verdadeira na fratura de 𝜺𝒇= 𝟎, 𝟓𝟓. ❑ Estimeo fator de segurança para os seguintes estados de tensão principal, de acordo com o critério de falha de von Mises: a) 𝟕𝟎, 𝟕𝟎, 𝟎𝒌𝑷𝒂 (estado bidimensional) b) 𝟑𝟎, 𝟕𝟎, 𝟓𝟎𝒌𝑷𝒂 (estado tridimensional) Exercícios - 2 Exercícios - 3 ❑ O eixo maciço mostrado na figura abaixo tem raio de 𝟎,𝟓 𝒄𝒎 e é feito de aço com tensão de escoamento de 𝝈𝒆 = 𝟑𝟔𝟎 𝑴𝑷𝒂. ❑ Determine se as cargas provocam a falha do eixo de acordo como a teoria de von Mises. 𝜏𝑥𝑦 𝜎𝑥 Elementos de Máquinas Prof. Me. André L. Bosso