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A variação de temperatura provoca mudanças nas dimensões de uma peça estrutural. Quando a temperatura aumenta a estrutura sofre uma dilatação. Quando a temperatura diminui a estrutura sofre uma contração. Tensões térmicas Estudos experimentais demonstraram que a variação de comprimento provocada pela temperatura em uma barra de material homogêneo é dada por: LTT .. = propriedade do material denominada coeficiente de dilatação térmica dado em 1/oC T = variação de temperatura em oC L = comprimento inicial da barra T = variação no comprimento da barra Se a estrutura for isostática, e a variação de comprimento provocada pela temperatura for livre, não surgirão tensões causadas pela variação de temperatura. Se a estrutura for hiperestática, a variação de comprimento da barra provocada pela temperatura será impedida e surgirão tensões térmicas. Estas tensões térmicas podem atingir valores elevados, causando danos à estrutura ou mesmo provocando sua ruptura. Cálculo do efeito da variação térmica em uma estrutura hiperestática (variação de comprimento impedida). Equação de equilíbrio: 0: 0y A BF R R )1(BA RR Para a resolução deste tipo de problema, é possível considerar a reação do apoio como reação redundante e aplicar o princípio da superposição Equação de compatibilidade: )2(0AB LTT .. Variação de comprimento provocada pela temperatura: Variação de comprimento provocada reação RA: AE LRA R . . Equação de compatibilidade: 0 . . .. AE LR LT AAB 0 (2)AB T R BA RTAER ... TAEN ... TE A N T .. Tensão térmica A barra de aço mostrada na figura está restringida para caber exatamente entre os dois suportes fixos quando T1=30°C. Se a temperatura aumentar até T2=60°C, determinar a tensão térmica normal média desenvolvida na barra. Usar E=200GPa e . Exemplo 4- 612 10 1/ C T =60-30=30°C 210mm×10mm=100mmA =-72MPa Gladimir Carimbo 6) A barra AB é perfeitamente ajustada aos anteparos fixos quando a temperatura é de +25°C. Determinar as tensões atuantes nas partes AC e CB da barra para a temperatura de -50°C. Usar :E=200GPa e Respostas: Exercício de fixação: 612 10 1/ C 240 120AC CBMPa MPa 7) Os diâmetros e materiais de fabricação do conjunto são indicados na figura. Se o conjunto estiver bem ajustado entre seus apoios fixos quando a temperatura é T1=70°F, determine a tensão normal média em cada material quando a temperatura atingir T2=110°F . Respostas: 6 6 612,8 10 1/ 9,6 10 1/ 9,6 10 1/alum bronze açoinoxF F F 3 3 310,6(10 ) E 15(10 ) E 28(10 )alum bronze açoinoxE ksi ksi ksi 2,5 5,5 22,1alum bronze açoinoxksi ksi ksi 8) Os dois segmentos de haste circular, um de alumínio e outro de cobre, estão presos às paredes rígidas de modo tal que há uma folga de 0,2mm entre eles quando T1 = 15°C. Cada haste tem diâmetro de 30mm, determine a tensão normal média em cada haste se T2 = 150°C. Resposta: 6 624 10 1/ 17 10 1/ alum cobreC C 70 E 126alum cobreE GPa GPa 185,6MPa 8) Os dois segmentos de haste circular, um de alumínio e outro de cobre, estão presos às paredes rígidas de modo tal que há uma folga de 0,2mm entre eles quando T1 = 15°C. Cada haste tem diâmetro de 30mm, determine a tensão normal média em cada haste se T2 = 150°C. Resposta: 6 624 10 1/ 17 10 1/ alum cobreC C 70 E 126alum cobreE GPa GPa 185,6MPa Quando um corpo deformável é alongado em uma direção, ele sofre uma contração na direção transversal. Coeficiente de Poisson Coeficiente de Poisson (ni) para alguns materiais: • Aço: 0,30 • Concreto: 0,20 allongitudin ltransversa Nos anos de 1800, o cientista francês S. D. Poisson descobriu que a relação entre a deformação transversal e deformação longitudinal era constante no regime elástico. Coeficiente de Poisson negativo???? Materiais auxéticos! A expressão acima tem sinal negativo porque o alongamento longitudinal (deformação positiva) provoca contração lateral (deformação negativa) e vice-versa. ' longitudinal transversalL r Até agora, nosso estudo se limitou à análise de barras delgadas submetidas a cargas axiais, isto é, dirigidas ao longo de um eixo somente. Estados Múltiplos de Carregamento – Generalização da Lei de Hooke Tensão normal em cubo elementar Tensão normal em um elemento plano Passamos agora a considerar elementos estruturais sujeitos à ação de carregamentos que atuam nas direções dos três eixos coordenados, produzindo tensões normais . Temos então um ESTADO MÚLTIPLO DE CARREGAMENTO OU CARREGAMENTO MULTIAXIAL. Cubo elementar original de arestas de Cubo elementar deformado comprimento unitário , x y ze Para escrevermos as expressões das componentes de deformação em função das tensões, vamos considerar separadamente o efeito provocado por cada componente de tensão e superpor os resultados (princípio da superposição). Considerando em primeiro lugar a tensão : causa uma deformação específica de valor na direção do eixo x e de na direção y e z. y y y z z x zx x y z x E E E E E E E EE /x E Generalização da Lei de Hooke para carregamento multiaxial Lembrando: Válido para o regime elástico e deformações pequenas! Deformação positiva – expansão Deformação negativa - contração /x E x Volume : Aplicando a Lei de Hooke Generalizada: zyx E e 21 EE e zyxzyx 2 Dilatação volumétrica (1 )(1 )(1 )x y z Mudança de volume: 1 (1 )(1 )(1 ) 1x y ze x y ze As deformações específicas são muito menores que a unidade e os produtos entre elas podem ser desprezados. Dilatação volumétrica específica V e V pzyx Pressão hidrostática uniforme: p E e )21(3 Módulo de elasticidade de volume: )21(3 E k k p e px pz py 9) Um círculo de diâmetro d=230mm é desenhado em uma placa de alumínio livre de tensões de espessura t=20mm. Forças atuando no plano da placa posteriormente provocam tensões normais e . Para E=70GPa e 𝜈=0,33, determine a variação (a) do comprimento do diâmetro AB, (b) do comprimento do diâmetro CD, (c) da espessura da placa e (d) a dilatação volumétrica específica. Respostas: (a)δAB=122,6μm (b)δCD=368 μm (c) δt=-21,2 μm (d) 0,00107 Exercício de fixação: 84x MPa 140z MPa 10) A figura mostra um bloco de aço submetido à ação de pressão uniforme em todas as faces. Mediu-se a variação do comprimento AB, que foi de - 24μm. Determinar: (a) variação do comprimento das outras duas arestas (b) a pressão p aplicada às faces do bloco. Adotar E=200GPa e ν=0,29. Respostas: (a)δy=-12μm (b)δz=-18 μm (c) p=-142,9MPa Exercício de fixação: 11) Um bloco cilíndrico de latão, com 160mm de altura e 120mm de diâmetro é deixado afundar num oceano até a profundidade onde a pressão é de 75MPa (cerca de 7500m abaixo da superfície). Sabendo-se que E=105GPa e ν=0,35, determinar: (a) variação do altura do bloco (b) sua variação do diâmetro (c) sua dilatação volumétrica específica (d) variação do volume Respostas: (a) δh=-34,2μm (b)δd=-25,7 μm (c) e=-6,42(10 -4) (d)ΔV= - 1161mm3 Exercício de fixação: 12) Um bloco feito de liga de magnésio (E=45GPa e ν=0,35). Sabendo que σx=-180MPa, determinar: (a) σy para qual a variação do altura do bloco é zero (b) a correspondente variação da área da face ABCD (c) a correspondente variação do volume. Respostas: (a) σy =-63MPa (b) -4,05mm 2 (c)-162mm3 Exercício de fixação: