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Trabalho de Dermato-Funcional - Francieli, Karen, Louise, Mayla e Rafael

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UNESA – UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL 
RADIOFREQUÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FRANCIELI CARVALHO FERREIRA 
KAREN GOMES COUTINHO 
LOUISE CARDOSO DA SILVA 
MAYLA DA SILVA ALVES COUTINHO 
RAFAEL DA SILVA CAMPOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ 
2020 
UNESA – UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA 
 
 
 
 
 
FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL 
RADIOFREQUÊNCIA 
 
 
 
 
FRANCIELI CARVALHO FERREIRA 
KAREN GOMES COUTINHO 
LOUISE CARDOSO DA SILVA 
MAYLA DA SILVA ALVES COUTINHO 
RAFAEL DA SILVA CAMPOS 
 
 
Trabalho acadêmico apresentado a 
Universidade Estácio de Sá, como parte das 
exigências para a obtenção da aprovação na 
disciplina de Fisioterapia em Dermato-funcional do 
curso de Fisioterapia. 
 
Orientadora: Prof.ª Thaís Passos. 
 
 
 
CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ 
2020 
RADIOFREQUÊNCIA 
DEFINIÇÃO 
Denomina-se radiofrequência as radiações compreendidas no espectro 
eletromagnético entre 30 KHz e 3 GHz, e as frequências mais utilizadas em 
equipamentos estéticos estão entre 0,5 MHz e 1,5 MHz. Utiliza-se ondas 
eletromagnéticas de alta frequência para produzir calor em nível cutâneo e 
subcutâneo. Seu mecanismo de ação (vibração das moléculas de água) transforma a 
energia eletromagnética em energia térmica. 
Esta técnica vem sendo utilizada desde 1891, quando seu inventor o fisiologista 
francês Jaques Arsène D’ Arsonval descobriu que frequência superior a 10.000 Hz no 
corpo humano era suportável, em 1911, o objetivo da radiofrequência foi para uso de 
corte e cauterização dos tecidos vivo, mas foi em 1976 que entrou para a medicina, 
no combate das células cancerígenas, utilizando potência mais elevada. 
A radiofrequência é um dos tratamentos mais modernos da Fisioterapia 
Dermato-Funcional e é indicado para rejuvenescimento facial e corporal. Utiliza 
radiações eletromagnéticas de alta frequência, que produzem efeito térmico. O 
aparelho de radiofrequência eleva a temperatura da pele e do músculo para 
aproximadamente 41ºC e isto acelera contração do colágeno existente e aumenta a 
produção de mais fibras de colágeno dando mais sustentação e firmeza à pele. 
Quando a pele é submetida à emissão da radiofrequência, responde com o 
estreitamento do colágeno. Temperaturas teciduais entre 39º e 45º não causam 
nenhum dano significativo, gerando apenas a retração do colágeno. Os danos 
começam a ser irreversíveis a partir de 50º, gerando a desnaturação do colágeno, 
redução nas atividades enzimáticas e até mesmo queimaduras. A radiofrequência 
também utiliza do aquecimento para redução de gordura, redução de rugas, melhora 
da celulite e contorno corporal. 
Equipamentos de radiofrequência permitem realizar contração de fibras 
colágenas sem cortá-las. O aproveitamento da energia de radiofrequência para 
fornecer elevação da temperatura tecidual para estruturas dérmicas resulta na 
retração não cirúrgica e encurtamento do tecido sem ruptura da integridade da 
epiderme respeitando os limites térmicos, através de uma microinflamação que gera 
colágeno. 
INDICAÇÕES 
a) Diminuir as rugas; 
b) Melhorar a aparência da pele; 
c) Melhorar a qualidade do colágeno e da elastina; 
d) Reorganizar as fibras de colágeno e elastina; 
e) Melhorar a microcirculação; 
f) Melhorar a hidratação da pele; 
g) Aumentar a oxigenação; 
h) Acelerar a eliminação de toxinas; 
i) Reduzir celulite; 
j) Combater estrias e fibroses; 
k) Melhorar a aparência das cicatrizes; 
l) Gordura localizada na barriga, culote, flancos, braços, papada; 
m) Combater a flacidez em qualquer área do corpo; 
n) Elimina a celulite melhorando a firmeza da pele e queimando a gordura local. 
PATOLOGIAS 
✓ Celulite – objetiva a resolução da fibrose, caracterizada pelo aprisionamento 
dos adipócitos e linfa, e a própria facilitação da drenagem, utilizando o aumento 
da vascularização sanguínea gerado pelo calor interno para estimular a 
drenagem linfática, reduzindo as concentrações de toxinas das células 
adiposas e consequentemente seu tamanho. 
✓ Estrias – o efeito da reorganização das fibras colágenas permite a possibilidade 
de uso da radiofrequência na correção das estrias atróficas em qualquer 
estágio. 
✓ Estética íntima – a radiofrequência é uma boa alternativa para o tratamento da 
flacidez dos grandes lábios vulvares, principalmente na percepção pessoal, 
gerando um efeito de “preenchimento” da região. 
https://clinicasesteticas.com.br/procedimento/drenagem-linfatica/
https://clinicasesteticas.com.br/procedimento/drenagem-linfatica/
✓ Gordura localizada – o uso desta tecnologia promove o aumento da 
vascularização local, ativando o metabolismo enzimático, ocorrendo o 
extravasamento do triglicerídeo para fora da célula, reduzindo assim o tecido 
adiposo (gordura). 
✓ Rejuvenescimento – a radiofrequência é indicada para flacidez tissular (de 
pele) corporal e facial. O aumento do calor proporciona a contração das fibras 
colágenas e elásticas da pele, ocorrendo então a formação de um novo 
colágeno adicional, melhorando a tonicidade e sustentabilidade da pele. 
CONTRAINDICAÇÕES 
− absolutas: infecções, gestantes, lactantes, preenchimentos, marcapasso, 
doenças oncológicas ou metástase, doenças autoimunes, artrite, pacientes 
imunodepressivos, menores de 18 anos, próteses metálicas, procedimentos 
cirúrgicos sem completa cicatrização, distúrbios de coagulação, doenças 
dermatológicas, diabetes, infecções sistêmicas, artrite, tuberculose ativa, 
aplicação nos testículos, epilepsia, utilização de peeling químico agressivo e 
terapia com retinoides. 
− relativas: flebites, varizes, tromboflebites, transtorno ou déficit de 
sensibilidade, osteossíntese, aplicação nas glândulas exócrinas e endócrinas, 
menstruação, próteses de solução fisiológica, infecções locais, pacientes que 
façam ingestão de vasodilatadores e anticoagulantes, sobre o globo ocular, 
varizes, terapia com esteroides tópicos nos últimos meses e esteroides orais 
nos últimos doze meses, terapia com colágeno ou toxina botulínica nos últimos 
seis meses e ter realizado microdermoabrasão na área nos últimos três meses. 
EFEITOS FISIOLÓGICOS NO TECIDO BIOLÓGICO 
A Radiofrequência (RF) é uma técnica que utiliza radiações do espectro 
eletromagnético na ordem de kilohertz (kHz) a Megahertz (MHz). Estas ondas 
eletromagnéticas apresentam energias que se diferem pela capacidade de induzir 
movimento de partículas ionizadas. 
O método baseia-se na conversão da energia eletromagnética em efeito 
térmico, quando utilizada na faixa de frequência de kHz não ocorre aquecimento nos 
tecidos pelo campo eletromagnético gerado e sim pela resistência à passagem da 
corrente. Na faixa de MHz, o campo eletromagnético causa a polarização e oscilação 
das moléculas de água, a fricção entre as moléculas transforma a energia 
eletromagnética em calor. 
Quando a corrente passa pelos tecidos, gera uma ligeira fricção ou resistência 
dos tecidos com uma passagem da radiofrequência, produzindo uma elevação térmica 
da temperatura tissular (temperatura dos tecidos). No momento que o organismo 
percebe um aumento da temperatura maior que o seu normal, inicia-se a dilatação 
dos vasos com abertura dos capilares, melhorando o trofismo tissular, proporcionando 
a reabsorção dos líquidos intercelulares excessivos e o aumento da circulação. 
Desta forma, ocorre um ganho de oxigênio, nutrientes e oligoelementos 
(microminerais, elementos químicos inorgânicos) para o tecido, influenciado pela 
radiofrequência, com uma melhora no sistema de drenagem dos resíduos celulares 
(toxinas e radicais livres). Estes efeitos proporcionam a possibilidade de fortalecer a 
qualidade dos adipócitos, provocando lipólise homeostática (processo pelo qual há a 
degradação de lipídios em ácidos graxos e glicerol e que ocorre no tecido adiposo) e 
produção de fibraselásticas de melhor qualidade. 
A estimulação eletromagnética dos fibroblastos induz o processo de 
neocolagênese. O efeito térmico da radiofrequência provoca desnaturação parcial de 
fibras colágenas antigas e induz a síntese de novas moléculas de colágeno pelos 
fibroblastos estimulados, processo denominado neocolagênese. Este confere mais 
firmeza e elasticidade à pele. 
Dentre os principais efeitos fisiológicos da radiofrequência, encontram-se: 
vasodilatação local, incremento da circulação sanguínea, maior aporte denutrientes, 
maior atividade metabólica e enzimática, diminuição da viscosidade, alteração do 
tecido colagenoso e estimulação nervosa. 
Entre os benefícios que a radiofrequência traz, há a diminuição de rugas, 
melhora da aparência da pele, melhora da qualidade do colágeno e da elastina, 
reorganizaçãodas fibras de colágeno e elastina, melhora da microcirculação, melhora 
da hidratação da pele, aumentoda oxigenação, aceleramentoda eliminação de 
toxinas, redução de celulites (fibroedema geloide), combate estrias e fibroses, melhora 
do aspecto das cicatrizes, combate a gordura localizada na barriga, culote, flancos, 
braços e papada, combate a flacidez em qualquer área do corpo e combate a celulite 
por melhorar a firmeza da pele. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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[s.d.]. Disponível em < https://clinicabergmann.com.br/tratamento/radiofrequencia-
tripolar-quais-as-contraindicacoes-da-radiofrequencia/>. 
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Benefícios da Radiofrequência na Estética.Revista Gestão em Foco, 2016. 
Disponível em <http://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-
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COSTA, E.K.O.;ALMEIDA, D. L.; SILVA, F.T.A; BORGES, F.M.R.; PEDROSA, C.V.; 
ALENCAR, E.R.; LACERDA, A.O.J.P.S.; OLIVEIRA, N.F.G.; PESSOA, D.R. (2019). 
Análise do efeito da radiofrequência no tratamento de flacidez cutânea relacionada ao 
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(31), e856. https://doi.org/10.25248/reas.e856.2019 
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https://www.acessa.com/saude/arquivo/pilates/2013/04/25-radiofrequencia-um-dos-
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PINHEIRO, M. Conheça os Benefícios e Riscos da Radiofrequência. Tua Saúde, 
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569-80, 2018. 
TASSINARY, J. Radiofrequência na Estética: As 9 perguntas que nunca te 
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em <https://joaotassinary.com.br/tratamentos-da-estetica/radiofrequencia-na-
estetica-um-estudo-completo/>. 
VIEIRA, G.S.K. Importância da Radiofrequência em tratamentos estéticos: 
revisão de literatura. 2016. 20f. Trabalho de Conclusão de Curso (especialização em 
Dermato Funcional) – Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 2016.

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