Prévia do material em texto
Princípios de Gestão PROF. ALEXANDRE BARROS História Desde os primórdios da humanidade, o homem associou-se a outros para conseguir, por meio do esforço conjunto, atingir determinados objetivos. Desse esforço conjunto surgiram as empresas rudimentares, que remontam à época dos assírios, babilônios, fenícios etc. Porém, a história da administração é relativamente recente, e surgiu com o aparecimento da grande empresa. O fenômeno que provocou o aparecimento da grande empresa e da moderna administração ocorreu no final do século XVIII e se estendeu ao longo do século XIX, chegando ao limiar do século XX. Esse fenômeno, que trouxe rápidas e profundas mudanças econômicas, sociais e políticas, chamou-se Revolução Industrial. A Revolução Industrial teve início na Inglaterra, com a invenção da máquina a vapor, por James Watt, em 1776.A aplicação da máquina a vapor no processo de produção provocou um enorme surto de industrialização, que se estendeu rapidamente a toda a Europa e Estados Unidos. A Revolução Industrial desenvolveu-se em duas fases distintas: Primeira fase, de 1780 a 1860 É a revolução do carvão (como principal fonte de energia) e do ferro (como principal matéria- prima). Começa com a introdução da máquina de fiar, no tear hidráulico e posteriormente do tear mecânico, do descaroçador de algodão provocando a mecanização das oficinas e da agricultura. O trabalho do homem do animal e da roda d'água é substituído pelo trabalho da máquina, surgindo o sistema fabril: o antigo artesão transforma-se no operário e a pequena oficina patronal sede lugar à fábrica e à usina. As novas oportunidades de trabalho provocam migrações e consequente urbanização ao redor de centros industriais. Há uma revolução nos meios de transportes e comunicações: surge a navegação a vapor, a locomotiva a vapor, o telégrafo e o telefone. É o início do capitalismo. Segunda fase, de 1860 a 1914 É a revolução da eletricidade e derivados do petróleo (como as novas fontes de energia) e do aço (com a nova matéria-prima). É a introdução definitiva da maquinaria automática e da especialização do operário. Há uma intensa transformação dos meios de transporte e nas comunicações: surge a estrada de ferro, o automóvel, o avião o telégrafo sem fio, o rádio. o capitalismo financeiro consolida-se e surgem as grandes organizações multinacionais (como a Standard Oil, a General Electric, a Westinghouse, a Siemens, a Dupont, a United States Steeletc.)Ao final desse período, o mundo já não era mais o mesmo. E a moderna administração surgiu em resposta a duas consequências provocadas pela Revolução Industrial, a saber ◦ a. Crescimento acelerado e desorganizado das empresas que passaram a exigir uma administração científica capaz de substituir o empirismo e a improvisação ◦ b. Necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas, para fazer face à intensa concorrência e competição no mercado. A Revolução Industrial desenvolveu-se em duas fases distintas: A Moderna Administração A moderna administração surgiu no início deste século, quando dois engenheiros publicaram suas experiências. Um era americano, Frederick Winslow Taylor (1856-1915) que veio a desenvolver a chamada Escolada Administração Científica, com a preocupação de aumentar a eficiência da indústria por meio da racionalização do trabalho dos operários. O outro engenheiro era francês, Henri Fayol(1841-1925) que veio a desenvolver a chamada Escola Clássica da Administração, com a preocupação de aumentar a eficiência da empresa por meio de sua organização e da aplicação de princípios gerais de administração. Embora esses precursores da administração jamais se tenham comunicado entre si e seus pontos de vista sejam diferentes, até mesmo opostos, o certo é que suas ideias se complementam, razão pela qual suas teorias dominaram as cinco primeiras décadas deste século no panorama da administração das empresas Taylor - Escola da Administração Científica = Organização do Trabalho de cada operário. Fayol - Escola Clássica da Administração = Organização da Empresa como um todo. A partir desses dois pioneiros, a pequena história da administração moderna pode ser assim resumida nas seguintes teorias ou escolas que lhes sucederam a. Teoria da Administração Científica: desenvolvida por engenheiros americanos, seguidores de Taylor. Preocupavam-se principalmente coma organização das tarefas, isto é, com a racionalização do trabalho dos operários. b. Teoria Clássica da Administração: desenvolvidas por seguidores de Fayol. Preocupava-se principalmente com a estrutura organizacional da empresa, com a departamentalização e com o processo administrativo. Recentemente, a Escola Clássica reapareceu com Peter Drucker e a chamada Escola Neoclássica, preocupada com a administração por objetivos. A Moderna Administração c. Teoria das Relações Humanas: desenvolvida a partir de 1940, nos Estados Unidos. Preocupada principalmente com as pessoas, com os grupos sociais e com a organização informal. Mais recentemente, esta escola ressurgiu com novas ideias, com o nome de Teoria do Comportamento Organizacional, preocupada mais com o comportamento global da empresa do que propriamente com o comportamento de pessoas ou de grupos sociais tomados isoladamente. d. Teoria Estruturalista: desenvolvida a partir de 1950 preocupada em integrar todas as teorias das diferentes escolas acima e numeradas. A Escola Estruturalista teve início com a teoria da burocracia com MaxWeber.. A Moderna Administração e.Teoria de Sistemas: desenvolvida a partir de 1970. Passou a abordar a empresa como um sistema aberto em contínua interação com o meio ambiente que o envolve. f. Teoria da Contingência: desenvolvida no final da década de 70, sob a influência da Teoria de Sistemas. Para essa teoria, a empresa e a sua administração são variáveis dependentes do que ocorre no ambiente externo, isto é, à medida que o meio ambiente muda, também ocorre mudanças na empresa e na sua administração como consequência. Isto significa que na administração tudo é relativo e nada é absoluto. Para a teoria da contingência tudo o que ocorre na empresa depende da situação e do ambiente externo A Moderna Administração TO-02 9 FREDERICK TAYLOR(1) (1856-1915) ORIGEM: nasceu na Pensilvânia, EUA. Família Quaker, educação básica rígida e disciplinada com conhecimentos de francês e alemão FORMAÇÃO ESCOLAR: Com 18 anos aprovado em Direito (Harvard), mas começou a trabalhar como operário em uma metalúrgica da Filadélfia. CARREIRA (1878 a 1884): Operário a engenheiro chefe Pode ser visto como: experimentador e pesquisador; autor e divulgador de experimentos; formador de uma equipe e linha de pensamento TO-02 10 FREDERICK TAYLOR(2) (1856-1915) Crença: Acreditava que cada operário produzia um terço do que poderia produzir chamando o processo de “vadiagem sistemática” Razão atribuída por Taylor: Os trabalhadores acreditavam que trabalhando mais depressa, outros trabalhadores perderiam o emprego Os sistemas administrativos falhos da época forçavam os operários a trabalhar mais lentamente para proteger seus próprios interesses Métodos de trabalhos empíricos vinham passando de uma geração para outra de trabalhadores (regra do polegar) Sistema de trabalho: Análise do trabalho; padronização das ferramentas; seleção e treinamento dos trabalhadores; supervisão e planejamento; pagamento por produção Considerado: Pai da administração científica TO-02 11 ESTUDOS DE TAYLOR Administração de Oficinas Livro: Administração de Oficinas (em1903) Objetivo: Racionalização do trabalho do operário, por meio do estudo dos tempos e movimentos. Duas fases: ◦ Analítica (descarte de movimentos inúteis e observação de habilidosos); ◦ Construtiva (Arquivo de movimentos elementares e tempo) Essência: ◦ Boa administração = pagar altos salários e baixos custos de produção ◦ Administração deve aplicar métodos científicos de pesquisa e experimento, para formular princípios e padrões de controle ◦ Empregados precisam ser cientificamente colocados em postos com materiais e condições cientificamente selecionadas ◦ Empregados cientificamente treinados para desenvolver aptidões ◦ Alta administração devia desenvolver atmosfera de cooperação TO-02 12 ESTUDOS DE TAYLOR Administração Científica Livro: Princípios de Administração Científica (em 1911) Objetivo: Apresenta estudos sobre Administração Geral Contexto: Vadiagem sistemática dos operários, desconhecimento das rotinas de trabalho por parte dos gerentes e do tempo necessário para sua realização e falta de uniformidade das técnicas e métodos de trabalho dos empregados. Objetivo básico: Incrementar a produtividade do trabalhador por meio de uma análise científica sistemática do trabalho do empregado, atingindo “uma maneira melhor” de realizar tal trabalho, assegurando a prosperidade para o empregador, conjugada com a máxima prosperidade para os trabalhadores. Princípio da exceção: ◦ Alta Administração=>concentração nas tarefas estratégicas ◦ Pessoal operacional => concentração nas tarefas padronizadas e de rotina TO-02 13 Características da Administração Científica Ciência em lugar do empirismo Harmonia em vez de discórdia Cooperação, não-individualismo Máxima produção e não-restrição de produção Desenvolvimento de cada indivíduo para sua máxima eficiência e prosperidade TO-02 14 Princípios da Administração Científica Planejamento Preparo Controle Execução TO-02 15 SEGUIDORES DE TAYLOR Frank e Lilian Gilbreth (1916-1917): ◦ Estudos dos tempos e movimentos dos operários e o estudo da fadiga humana (e=p/r onde e=eficiência; p=produtos resultantes e r=recursos utilizados) ◦ Propôs princípios relativos à economia de movimentos: ◦ Relativos ao uso do corpo humano ◦ Relativos ao arranjo do local de trabalho ◦ Relativos ao desempenho dos equipamentos e ferramentas Henry Gantt (1880-1901): Sistema de pagamento por incentivo “tarefa-bônus” TO-02 16 Seguidores de Taylor (cont.) TO-02 17 Seguidores de Taylor (cont.) Carl Barth (discípulo mais ortodoxo de Taylor)(1860-1939): Complexos problemas matemáticos dos experimentos de corte de metas Harrington Emerson (1853-1931): ◦ 10 princípios da eficiência: ◦ Ideais claramente definidos (objetivos); ◦ Senso comum (bom senso) ◦ Orientação competente; Disciplina; Tratamento justo; ◦ Registros confiáveis e imediatos; ◦ Prontidão, rapidez (nas rotinas); ◦ Padrões e programações; ◦ Condições padronizadas; operações padronizadas; ◦ Instruções escritas nas práticas-padrão ◦ Recompensas pela eficiência ◦ primeiros trabalhos de seleção e treinamento. TO-02 18 Seguidores de Taylor (cont.) Morris Cooke (1872-1960): Aplicação da Administração Científica no governo e na educação. Em 1911 aplicação da teoria de taylor na prefeitura da Filadélfia. Henry Ford (1863-1947): Grande empresário com visão prática. Seus princípios: ◦ Produtividade (máxima produção num período); ◦ Intensificação (giro capital com mínima imobilização do mesmo); ◦ Economicidade (mínimo matéria-prima); A política de Henry Ford se alicerçou na produção em massa, em série e em cadeia contínua; no pagamento de altos salários e na fixação de preços mínimos para os bens produzidos. Cria a linha de montagem (1913): 1 carro a cada 84 minutos TO-02 19 CRÍTICAS AO SISTEMA DE TAYLOR Dois grupos: ◦ Mecanização: que desestimula a iniciativa pessoal do operário, tornando-o “parte da máquina”, não considerando os seus aspectos psicossociais ◦ Esgotamento físico: frequente da ânsia em realizar mais do que previsto, para aumentar pagamento Consequências: ◦ Especialização demasiada da produção do operário, tornando-o apêndice da máquina; ◦ Destruir a iniciativa própria e relacionamento interpessoal ◦ Atomizar o trabalho em demasia, minimizando as aptidões dos operários TO-02 20 TO-02 21 Teoria da Burocracia Max Weber Origens • A fragilidade e a parcialidade das teorias Clássica e das Relações Humanas, que detinham uma visão extremista e incompleta sobreas organizações. •A necessidade de um modelo racional que envolvesse todas as variáveis da organização. O crescimento e a complexidade das organizações, passou a exigir modelos mais bem definidos. A burocracia se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins), para que se obtenha o máximo de eficiência. Tipos de Sociedade ou Poder ou Autoridades Legítimas • Tradicional: irracional, conservador, patriarcal e patrimonialista • Carismática: irracional, conseguido através do carisma • Burocrática, legal ou racional: racional, conseguido através de normas impessoais Tipos de Autoridade • Poder: potencial para exercer influência • Autoridade: probabilidade de uma ordem ser obedecida. Ter autoridade é ter poder; mas ter poder não significa ter autoridade [Principalmente quando não é legitimada (aceita por todos)] • Dominação: o governante acredita ter o direito do poder, e os governados a obrigação de obedecer-lhe Fatores que Desenvolveram a Burocracia, segundo Weber • Economia Monetária: a moeda racionaliza as transações econômicas • Superioridade Técnica: a Burocracia é superior a qualquer outro tipo de organização Características da Burocracia Caráter legal das normas e regulamentos: é uma organização ligada por normas e regulamentos Caráter formal das comunicações: são registradas prescrito Divisão racional do Trabalho Impessoalidade: relação a nível de cargos, e não de pessoas Hierarquia: cada cargo inferior deve estar sob supervisão do cargo automaticamente superior Rotina: o funcionário deve fazer o que a burocracia manda; não tem autonomia Meritocracia: a escolha das pessoas é baseada no mérito e na competência técnica Especialização da Adm.: separação entre propriedade e administração Profissionalização Previsibilidade: prever as ações; através das normas Disfunções da Burocracia • Internalização das regras: as normas passam de "meios para os fins"; os funcionários adquirem uma viseira e esquecem que a Previsibilidade é uma das características mais racionais de qualquer atividade • Excesso de formalismo e ”papelatório”: necessidade de formalizar e documentar todas as comunicações • Resistência a mudanças • Despersonalização: os funcionários se conhecem pelos cargos que ocupam •Categorização como base do processo decisório: o que possui o cargo mais alto, tomará as decisões independentemente do conhecimento que possui sobre o assunto •Super. conformidade às rotinas • Exibição de poderes de autoridade • Dificuldade com clientes: o funcionário está voltado para o interior da organização • A burocracia não leva em conta a organização informal e nem a variabilidade humana Taylor Taylor iniciou o seu estudo observando o trabalho do operário. Sua teoria seguiu um caminho de baixo para cima,e das partes para o todo; dando ênfase na tarefa. Para ele a administração tinha que ser tratada como ciência. Organização Racional do Trabalho • Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos: objetivava a isenção de movimentos inúteis, para que o operário executasse de forma mais simples e rápida a sua função, estabelecendo um tempo médio. Estudo da fadiga humana: A fadiga predispõe o trabalhador a diminuição da produtividade e perda de qualidade. Acidentes, doenças e aumento da rotação de pessoal ◦ Divisão do trabalho e especialização do operário ◦ Desenho de cargos e tarefas: Desenhar cargos é especificar o conteúdo de tarefas de uma função, como executar e as relações com os demais cargos existentes. ◦ Incentivos salariais e prêmios de produção ◦ Condições de trabalho ◦ Padronização: Administração O conceito de administração representa uma governabilidade, gestão de uma empresa ou organização de forma que as atividades sejam administradas com planejamento, organização, direção, e controle. Montana e Charnov em 2003 asseveraram que o ato de administrar é trabalhar com e por intermédio de outras pessoas na busca de realizar objetivos da organização bem como de seus membros. A administração tem uma série de características entre elas: um circuito de atividades interligadas, buscar de obtenção de resultados, proporcionar a utilização dos recursos físicos e materiais disponíveis, envolver atividades de planejamento, organização, direção e controle. O que é Administração Administração é o ato de trabalhar com e através de pessoas para realizar os objetivos tanto da organização quanto de seus membros. Administração é administrar a ação através das pessoas com objetivo bem definido Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos. A administração é o processo de tomar e colocar em prática decisões sobre objetivos e utilização de recursos ◦ Pessoas Planejamento ◦ Informação e conhecimento Organização ◦ Espaço Direção ou coordenação ◦ Tempo Controle ◦ Dinheiro ◦ Instalações Objetivos Decisões Recursos Planejamento O planejamento consiste em definir objetivos para traçar metas, assim identificando forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Interpretam-se dados, analisam-se recursos. O planejamento ocorre com base em muito estudo, muita pesquisa, antes da implantação de qualquer coisa, ele pode durar meses ou até anos. Planejamento Estratégico (longo alcance) O planejamento estratégico é aquele que define as estratégias de longo prazo da empresa. Este planejamento leva em conta todos os fatores internos e externos a companhia – por exemplo, a situação econômica global é um fator a ser levado em conta no planejamento estratégico. Quando elaboramos este planejamento procuramos ter uma visão integrada dos processos e da companhia, por que a empresa como um todo entra nesta etapa. O planejamento estratégico é feito em geral entre 5 e 10 anos no futuro. É essencial que o planejamento estratégico, apesar de ter um alcance de até 10 anos, seja atualizado constantemente. Se isto não ocorrer, o planejamento sofre um sério risco de ficar obsoleto e não ser utilizado dentro da empresa, como deve ser. Planejamento Tático (médio) O planejamento tático é diferente para cada área da companhia. A area financeira terá seu próprio planejamento tático financeiro, assim como a RH, marketing e assim por diante. Esta etapa é mais focada que o planejamento estratégico, que é desdobrado em diversos planos táticos. O planejamento tático é feito de ano a ano e busca otimizar uma determinada área da empresa na busca de um resultado. Planejamento Operacional (Curto alcance) O plano operacional coloca em prática cada um dos planos táticos dentro da empresa. Ele é projetado no curto prazo e envolve cada uma das tarefas e metas da empresa. Um planejamento operacional deve planejar os prazos, metas e recursos para a implantação de um projeto ou tarefa dentro da empresa. Por ser a última etapa de planejamento, o operacional deve ser um plano mais detalhado que os outros dois, tentando explicar cada tarefa isoladamente. Organizar, Dirigir, Controlar Organizar significa preparar processos a fim de obter os resultados planejados. Direção, neste procedimento decisões são necessárias, para que os objetivos relacionados no planejamento continuem alinhados. Controle, aqui é possível vislumbrar todo o processo de planejar, organizar e direcionar. Liderar e discernir se o resultado foi o almejado. Assim é possível recomeçar um novo ciclo com mais planejamento e suas etapas subsequentes. Organizar significa preparar processos a fim de obter os resultados planejados. Na OSM (Organização, Sistemas e Métodos) temos a função de planejar e organizar para desenvolver a construção da estrutura de recursos e de operações de uma empresa, bem como na determinação ou definição dos procedimentos, rotinas ou métodos da empresa. Em suas fases temos: Organizar Fase pioneira (ou inicial): geralmente constituída por um único profissional. Fase de desenvolvimento (ou expansão): estrutura cresce, expandem suas ações, intensifica seus trabalhos, aumenta o número de participantes. Fase do controle: estabelecimento de normas de coordenação e rotinas dos processos de trabalho. Preocupação com a documentação dos sistemas e são criados os controles para os sistemas. Fase da burocracia: fase do controle levado ao extremo. Fase de maturidade: área readquire sua característica de flexibilidade e inovação sem com isso abandonar o controle necessário. ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS Quando a estrutura organizacional é estabelecida de forma adequada, ela propicia para a empresa alguns aspectos: Responsabilidades; Lideranças; Motivações; Organização das Funções, Informações e Recursos. A estrutura organizacional dentro de um contexto geral se subdivide em duas: Estrutura Informal e Formal. Estrutura Informal: Esse tipo de estrutura se consiste numa rede de relações sociais e pessoais que não é estabelecida formalmente, ou seja, a estrutura surge da interação entre as pessoas, desenvolvendo-se espontaneamente quando as pessoas se reúnem entre si. A informalidade é geralmente, mais instável, pois está sujeita aos sentimentos pessoais, pois se trata de uma natureza mais subjetiva, ela não possui uma direção certa e obrigatória. Vantagens: Rapidez no processo; Redução de comunicação entre chefe e empregado; Motiva e integra os grupos de trabalho. Desvantagens: Desconhecimento de chefia; Dificuldade de controle; Atrito entre pessoas. Estrutura Formal: Essa é a estrutura que a grande maioria das empresas adota, é a estrutura deliberadamente planejada, e formalmente representada, em alguns aspectos, em organogramas. Nessa fase, a definição de suas atribuições se torna mais criteriosa, ou seja, aqui a estrutura formal pode alcançar proporções imensas. No desenvolvimento da estrutura formal devem-se considerar os seus componentes, seus condicionantes e seus vários níveis de influência. Pois será, a partir de uma estrutura bem implantada que uma empresa irá alcançar seus objetivos estabelecidos. Estrutura Formal: VISÃO /MISSÃO A empresa possui visão que é composta pelos seus sonhos, ou seja, ela é a sua maior aspiração, é aonde ela pretende chegar, o que pretendeser. Ou ainda, a forma como quer ser reconhecida no seu nicho empresarial, no mercado ou na sociedade em que está inserida. A empresa possui missão que é a função social da atividade da empresa dentro de um contexto global. Estrutura Formal: VISÃO /MISSÃO Portanto, todas as decisões estratégicas, todas as atividades, todos os pensamentos e ações da empresa e de seus colaboradores deverão ser norteados pela missão e pela visão. Após definidas e declaradas é imprescindível que todos os componentes da empresa, desde as funções mais altas de comando até o “chão de fábrica”, estejam perfeitamente cientes delas e, mais que isso, conscientes da importância de direcionar todos os seus esforços para a sua concretização. DIRIGIR Habilidades para Administrar Há pelo menos três tipos de habilidades necessárias para que o administrador possa executar eficazmente o processo administrativo: a habilidade técnica, a humana e a conceitual. Habilidades Técnicas Habilidades Técnicas são habilidades que necessitam de conhecimento especializado e procedimentos específicos e pode ser obtida através de instrução. Consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos necessários para a realização de suas tarefas específicas, através de sua instrução, experiência e educação. Habilidades Humanas Habilidades Humanas envolvem também aptidão, pois interage com as pessoas e suas atitudes, exige compreensão para liderar com eficiência. Consiste na capacidade e no discernimento para trabalhar com pessoas, compreender suas atitudes e motivações e aplicar uma liderança eficaz. Habilidades Conceituais Habilidades Conceituais englobam um conhecimento geral das organizações, o gestor precisa conhecer cada setor, como ele trabalha e para que ele existe. Consiste na habilidade para compreender as complexidades da organização global e o ajustamento do comportamento da pessoa dentro da organização. Esta habilidade permite que a pessoa se comporte de acordo com os objetivos da organização total e não apenas de acordo com os objetivos e as necessidades de seu grupo imediato. Níveis de Habilidades Níveis administrativos Habilidades necessárias Institucional Alta direção Conceituais Intermediário Gerência Humanas Operacional Supervisão Técnicas A Organização ORGANIZAÇÃO é a função administrativa que se incumbe do agrupamento das atividades necessárias para atingir os objetivos da empresa O agrupamento das atividades envolve a reunião de pessoas e recursos empresariais sob a autorização de um chefe. Assim, a organização precisa lidar com pessoas, órgãos e relações de autoridade e responsabilidade. Para que os objetivos sejam alcançados, os planos executados e as pessoas possam trabalhar eficientemente, as atividades precisam ser adequadamente agrupadas e a autoridade convenientemente distribuída. OBJETIVOS A ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA serve para agrupar e estruturar todos os recursos da empresa - pessoas e equipamentos- para permitir o alcance dos objetivos almejados da melhor forma possível. Assim, o objetivo da ORGANIZAÇÃO é agrupar as pessoas para que estas trabalhem melhor em conjunto. A organização existe porque o trabalho empresarial a ser realizado é impossível para uma só pessoa. Daí a necessidade de muitas pessoas em conjunto executando atividades diferentes, o que conduz a um novo problema: o da coordenação entre as pessoas. Os CINCO PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO a) Princípio da Especialização A organização deve fundamentar-se na divisão do trabalho que provoca a especialização das pessoas em determinadas atividades. A especialização produz um incremento da quantidade e qualidade de trabalho executado. Os CINCO PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO b) Princípio da Definição Funcional O trabalho de cada pessoa, a atividade de cada órgão e as relações de autoridade e responsabilidade são aspectos que devem ser claramente definidos por escrito. As empresas geralmente utilizam o organograma, a descrição do cargo ou o Manual de Organização para atender ao princípio da definição funcional. O importante é deixar claro a posição de cada pessoa ou órgão na estrutura organizacional da empresa. Os CINCO PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO c) Princípio da Paridade da Autoridade e Responsabilidade A autoridade é o poder dar ordens e exigir obediência ao subordinado, e responsabilidade é o dever de prestar contas ao superior. O princípio da Paridade salienta que deve haver uma correspondência entre o volume de autoridade e de responsabilidade atribuído a cada pessoa ou órgão. Essa equivalência é necessária para evitar que certas pessoas ou órgãos tenham excessiva responsabilidade sem a necessária autoridade. Ou, caso contrário, demasiada autoridade para muito pouca responsabilidade. A cada responsabilidade deve corresponder uma autoridade que permita realizá-la e a cada autoridade deve corresponder uma responsabilidade equivalente. Os CINCO PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO d) Princípio Escalar É decorrente do princípio anterior: cada pessoa deve saber exatamente a quem prestar contas e sobre quem possui autoridade. Refere-se à cada cadeia de relações diretas de autoridade de um superior para um subordinado em toda a organização, desde a base até a cúpula, onde geralmente está o chefe principal como autoridade máxima. Os CINCO PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO e) Princípio da Funções de Linha e de Staff Deve-se definir, da maneira mais clara possível, não só a quantidade de autoridade atribuída a cada pessoa ou órgão, mas também a natureza dessa autoridade. Este princípio leva a distinção entre as funções de linha e de staff dentro da empresa. As funções de linha são aquelas diretamente ligadas aos objetivos principais da empresa, enquanto as funções de staff são aquelas que não se encontram diretamente ligadas àqueles objetivos. O critério da distinção é o relacionamento direto ou indireto com os objetivos empresariais e não o grau de importância de uma atividade sobre outra. COMPONENTES DA ORGANIZAÇÃO 1. TAREFAS - Divisão do trabalho, provocando a especialização de atividades e de funções. 2. PESSOAS - Considera-se as habilidades, aptidões, interesses, experiências e prática e o comportamento de cada pessoa. 3. ÓRGÃOS - O trabalho e as pessoas são agrupadas em órgãos. Os órgãos são dispostos em níveis hierárquicos. A departamentalização é determinada de acordo com os critérios de melhor atendimento aos objetivos empresariais. 4. RELAÇÕES - Entre as pessoas e o trabalho, relacionamento entre uma pessoa com outras situadas em setores diferentes da empresa, relacionamento informal entre os participantes em situações fora do trabalho, etc. Estruturar Administrativas De acordo com Chiavenato a estrutura garante a totalidade de um sistema e permite sua integridade, assim são as organizações, diversos órgãos agrupados hierarquicamente, os sistemas de responsabilidade, sistemas de autoridade e os sistemas de comunicações são componentes estruturais. Existem vários modelos de organização, Organização Empresarial, Organização Máquina, Organização Política entre outras. As organizações possuem seus níveis de influência. O nível estratégico é representado pelos gestores O nível tático, representado pelos gerentes. Eles são importantes para manter tudo sob controle. O gerente tem uma visão global, ele coordena, define, formula, estabelece uma autoridade de forma construtiva,competente, enérgica e única. Fayol nomeia 16 diferentes atribuições dos gerentes. Os gerentes são responsáveis pelo elo entre o nível operacional, onde os colaboradores desenvolvem os produtos e serviços da organização. Estruturar Administrativas ORGANOGRAMA Como próprio nome indica, Organograma é o gráfico que representa a Organização formal de uma Empresa, ou seja, a sua estrutura organizacional. Estruturar Administrativas TIPOS DE ORGANOGRAMAS ORGANOGRAMA CLÁSSICO - É o mais frequentemente utilizado dentre os todos os tipos e aquele que apresenta as características mais importantes da estrutura organizacional. ORGANOGRAMA VERTICAL - É idêntico ao Clássico, com uma única diferença. Ele é colocado na posição vertical. ORGANOGRAMA DIAGONAL ou EUROPEU - É o organograma Clássico, disposto em sentido diagonalizado. ORGANOGRAMA SETORIAL ou RADIAL - É elaborado através de círculos concêntricos. A autoridade máxima se localiza no centro. ORGANOGRAMA CIRCULAR - É elaborado em círculos concêntricos, que representam os diversos níveis hierárquicos, traçados em linhas pontilhadas ou tracejadas. Estruturar Administrativas Organograma Tradicional O organograma tradicional, como o próprio nome diz, remete à ideia de empresas cujas estruturas seguem uma linha mais tradicional, hierárquica e, de certa forma, rígida. Nele, quanto maior for a autonomia e a responsabilidade exigida por determinado cargo ou setor, maior será a altura da posição desses no organograma. Essas posições serão representadas por retângulos distribuídos de forma vertical e interligados por linhas que representam tanto a comunicação como a hierarquia entre os diversos cargos e setores, conforme o modelo a seguir. Organograma Tradicional Como podemos perceber, o Presidente ocupa a posição mais alta do organograma e, a ele, respondem diretamente o Diretor Comercial, o Diretor Administrativo e o de Produção. O mesmo acontece em relação aos Gerentes quanto aos seus respectivos Diretores. Organograma Circular Diferente do anterior, ele não tem a preocupação de retratar a estrutura hierarquia da empresa e sugere uma ideia mais colaborativa e participativa entre as diversas áreas que são representadas por círculos concêntricos. Sua autoridade maior encontra-se no seu círculo central. O organograma circular é o mais usado em instituições modernas onde se quer ressaltar a importância do trabalho de grupo e do contato de clientes com determinados setores da empresa e até mesmo com a direção. Organograma Circular Esse modelo é caracterizado por economizar espaço e por suavizar a apresentação da estrutura organizacional. Organograma Matricial Sua estrutura é bem parecida com a do Organograma Tradicional, porém é usado para representar a estrutura das organizações que não apresentam uma definição clara das unidades funcionais, mas somente dos grupos de trabalhos que podem ser temporários e, por essa característica, oferecem grande flexibilidade estrutural. Esse modelo se enquadra melhor em empresas com estrutura dinâmica e mutável e orientação administrativa por projetos, como consultorias, empresas de engenharia, etc. Organograma Funcional Muito utilizado atualmente e bem semelhante ao tradicional, esse modelo, entretanto, representa as relações funcionais e não hierárquicas. É o mais racional de todos os modelos. Organograma Linear de Responsabilidade (OLR) Diferente da maioria dos modelos, ele apresenta a relação entre os cargos e a execução de suas respectivas atividades. Sua estruturação pode ser bem complexa devido a possível variedade de rotinas existentes em uma empresa, porém, uma vez estabelecido, permite uma análise bem objetiva da estrutura representada. Por sua natureza, esse modelo é mais adequado a empresas de estrutura rígida, formal, onde cada um exerce estritamente o que é de sua responsabilidade e com pouca margem para a criatividade. Organograma em Barras Nesse organograma, também representado por retângulos, os cargos são distribuídos com a utilização de barras com tamanhos diretamente proporcionais à importância da autoridade de cada um. É pouco utilizado, uma vez que não permite a visualização das relações entre os órgãos, mas apenas do nível hierárquico (quanto mais alto o cargo, maior será e mais alto estará seu retângulo).